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TRABAHO DE FILOSOFIA – Liberdade para Sartre

A vida de Sartre: Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, França, em 21 de junho de 1905. Ele foi criado por
sua mãe, Anne-Marie Schweitzer, e cresceu em uma família burguesa. Seu pai, Jean-Baptiste Sartre,
morreu quando Sartre tinha apenas um ano de idade, e sua mãe se tornou uma figura importante em
sua vida.

Sartre estudou filosofia na École Normale Supérieure em Paris, onde conheceu Simone de Beauvoir, que
se tornaria sua companheira de vida e uma influente filósofa e escritora por conta própria. A amizade e
relacionamento de Sartre com Beauvoir foram fundamentais em sua vida, e ambos desempenharam
papéis importantes na formação de ideias filosóficas e existencialistas.

Na década de 1930, Sartre começou a se envolver mais profundamente com o movimento


existencialista, e sua primeira obra filosófica significativa foi "A Náusea" (1938), um romance que
explora temas existencialistas, como a angústia diante do absurdo e a natureza da liberdade.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Sartre serviu no exército francês e, após ser capturado pelos
alemães, foi mantido como prisioneiro de guerra por nove meses. Essa experiência influenciou suas
reflexões sobre a condição humana, liberdade e responsabilidade.

Em 1943, Sartre publicou sua obra filosófica mais importante, "O Ser e o Nada" ("L'Être et le Néant"),
onde desenvolveu as principais ideias do existencialismo, incluindo a liberdade radical, a angústia, a má
fé e a ideia de que a existência precede a essência.

Além de sua filosofia, Sartre era um prolífico escritor de romances, peças de teatro e ensaios políticos.
Suas peças de teatro, como "Entre Quatro Paredes" (Huis Clos), alcançaram grande sucesso e
popularidade.

Sartre também se envolveu ativamente na política, defendendo ideias marxistas e o engajamento


político. Ele foi um crítico ferrenho das injustiças sociais, especialmente em relação ao colonialismo e às
desigualdades econômicas.

Ao longo de sua vida, Sartre foi um pensador controverso e provocador. Sua influência na filosofia e no
pensamento intelectual do século XX foi imensa. Ele continuou escrevendo, ensinando e participando de
debates públicos até sua morte em 15 de abril de 1980, em Paris. Sua obra continua a ser estudada,
debatida e apreciada por pessoas de diversas áreas ao redor do mundo.

Quem foi Sartre? Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo, escritor e dramaturgo francês,
considerado uma das figuras mais influentes do existencialismo. Ele nasceu em Paris, França, e foi um
dos principais representantes do pensamento filosófico no século XX. Sartre é conhecido principalmente
por suas obras filosóficas, como "O Ser e o Nada" (1943), onde explora conceitos existencialistas sobre a
liberdade, a responsabilidade individual, a existência humana e a angústia. Sua filosofia existencialista
sustenta que a existência precede a essência. O que significa que os indivíduos nascem sem um
propósito predeterminado e são responsáveis por criar seu próprio significado e valores na vida. (não
colocar no slide)

Além de seus trabalhos filosóficos, Sartre também foi um prolífico escritor de romances e peças de
teatro. Sua obra mais famosa fora do campo da filosofia é a peça "Entre Quatro Paredes" (Huis Clos), na
qual popularizou a frase "o inferno são os outros".
Sartre esteve fortemente envolvido com questões políticas e sociais, e foi um defensor do marxismo e
do engajamento político. Ele criticou a opressão e a desigualdade e participou ativamente de
movimentos de esquerda.

Seu pensamento e sua obra continuam a influenciar diversas áreas, desde a filosofia até a literatura,
sociologia e política, tornando-o uma figura importante na história intelectual do século XX.

O que foi o existencialismo? O existencialismo foi um movimento filosófico que se desenvolveu


principalmente no século XX, especialmente nas décadas de 1940 e 1950. Ele se originou na Europa,
particularmente na França e na Alemanha, e teve uma influência significativa em diversas áreas da
cultura, incluindo filosofia, literatura, teatro, psicologia e artes.

Em termos gerais, o existencialismo coloca o foco na existência humana individual, destacando a


experiência subjetiva do ser humano e sua liberdade de escolha e responsabilidade em relação à vida.
Alguns dos principais temas do existencialismo incluem:

Liberdade e Responsabilidade: O existencialismo enfatiza a ideia de que os seres humanos têm


liberdade de escolha e são responsáveis por suas ações e escolhas. Isso implica que somos responsáveis
pelas consequências de nossas decisões e não podemos simplesmente culpar forças externas ou
circunstâncias pela forma como vivemos nossas vidas.

Angústia e Desespero: A consciência da liberdade radical também pode gerar angústia e desespero nos
indivíduos, já que eles precisam enfrentar a incerteza e a responsabilidade de criar seus próprios valores
e significados em um universo aparentemente sem sentido ou propósito fixo.

Existência Precede Essência: Os existencialistas argumentam que os seres humanos não têm uma
essência ou natureza fixa que determine seu propósito ou destino. Pelo contrário, somos seres
existenciais que primeiro existem e, em seguida, definem nossa essência através de nossas escolhas e
ações.

Autenticidade e Autonomia: O existencialismo valoriza a autenticidade, encorajando as pessoas a


serem verdadeiras consigo mesmas e a viverem de acordo com suas próprias convicções, em vez de
seguir cegamente normas sociais ou convenções impostas.

Angústia diante do Absurdo: O existencialismo também aborda a questão do absurdo da existência


humana, ou seja, a sensação de que a vida pode ser paradoxal, caótica e desprovida de um significado
objetivo.

Filósofos notáveis associados ao existencialismo incluem Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Albert
Camus, Martin Heidegger, Søren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche, entre outros. Cada um desses
filósofos contribuiu com suas próprias interpretações e abordagens para o existencialismo, tornando-o
um movimento filosófico diversificado e multifacetado.

O que é liberdade radical? Para Sartre, a "liberdade radical" é um conceito central em sua filosofia
existencialista. Ele argumenta que os seres humanos são condenados à liberdade, o que significa que
não possuem uma natureza ou essência predeterminada. Ao contrário de objetos inanimados, os
humanos não têm uma essência fixa que determine sua existência e propósito. Em vez disso, eles têm a
liberdade de escolher, decidir e criar seus próprios valores e significados na vida.
Essa liberdade radical implica que somos responsáveis por nossas escolhas e ações, e que não podemos
nos esconder atrás de desculpas ou determinismos externos para justificar o que fazemos. Sartre
resume essa ideia com a famosa frase: "O homem está condenado a ser livre".

A liberdade radical também traz consigo uma grande dose de angústia e responsabilidade, já que cada
decisão que tomamos implica escolher entre várias possibilidades e enfrentar as consequências de
nossas ações. Essa angústia surge da consciência de que não há um conjunto fixo de valores ou
princípios a seguir, e somos nós mesmos que devemos criar nossas próprias regras e sentido para a vida.

Assim, a liberdade radical é um chamado para que cada indivíduo assuma a responsabilidade total por
suas escolhas e ações, e tome a iniciativa de definir seu próprio destino. Sartre acreditava que, mesmo
em situações difíceis ou opressivas, os seres humanos têm a capacidade de exercer sua liberdade
interior e encontrar sentido e propósito na vida através de suas escolhas e compromissos.

O que é agir de má fé? Para Sartre, agir de má fé (mauvaise foi, em francês) é um conceito-chave em
sua filosofia existencialista e está relacionado à ideia de autenticidade e liberdade. Agir de má fé ocorre
quando um indivíduo se engana ou se engaja em autoenganos para evitar enfrentar a verdadeira
natureza de sua existência e sua liberdade de escolha.

Em outras palavras, agir de má fé é negar a própria responsabilidade e liberdade ao fingir que somos
meramente objetos no mundo, seguindo cegamente padrões e normas estabelecidas pela sociedade ou
por outras pessoas. Ao agir dessa forma, nos iludimos para evitar a angústia da liberdade e a
responsabilidade por nossas próprias decisões e ações.

Sartre dá exemplos de agir de má fé, como quando um garçom desempenha de maneira exagerada seu
papel de garçom, agindo como se fosse meramente um garçom e não um ser humano livre e consciente.
Ao fazer isso, ele está negando sua liberdade de escolher outras possibilidades e papéis na vida.

Outro exemplo seria quando alguém atribui suas ações a fatores externos, como destino, sorte ou
determinismo, em vez de reconhecer que eles têm a capacidade de fazer escolhas independentes.

Para Sartre, a má fé é uma forma de autodissimulação e autonegação, e ele enfatiza que a verdadeira
liberdade só pode ser alcançada quando nos confrontamos com a realidade de nossa liberdade e
responsabilidade, assumindo a autenticidade e a responsabilidade por nossas escolhas e ações.

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