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As Eleições gerais em Angola de 1992 aconteceram nos dias 29 e 30 de setembro de

1992 para eleger o Presidente da República e os deputados da Assembleia Nacional, a


primeira vez que se realizaram eleições livres e multipartidárias no país. Eles seguiram a
assinatura dos Acordos de Bicesse em 31 de maio de 1991 em uma tentativa de acabar
com a guerra civil. A participação eleitoral foi de 91,3% para as eleições parlamentares
e 91,2% para as eleições presidenciais.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no poder venceu ambas as
eleições; no entanto, oito partidos da oposição, em particular a União Nacional para a
Independência Total de Angola (UNITA), rejeitaram os resultados como fraudulentos.
Um observador oficial escreveu que havia pouca supervisão da ONU, que 500.000
eleitores da UNITA foram privados de direitos e que havia 100 assembleias de voto
clandestinas. A UNITA enviou negociadores à capital, mas ao mesmo tempo preparou
medidas para retomar a guerra civil. Como consequência, as hostilidades eclodiram em
Luanda e imediatamente se espalharam para outras partes do país. Vários milhares a
dezenas de milhares de membros ou apoiantes da UNITA foram mortos em todo o país
pelas forças do MPLA em poucos dias, no que é conhecido como o Massacre do Dia
das Bruxas

Eleições legislativas de 2008 em Angola


As Eleições legislativas de 2008 em Angola foram realizadas em a 5 e 6 de
setembro de 2008, como anunciado pelo presidente José Eduardo dos Santos a 27 de
dezembro de 2007.
Os angolanos votaram pela primeira vez, desde 1992, para escolher, entre 14 formações
políticas, o seu segundo parlamento desde que se tornou independente de Portugal,
em 1975. A União Africana foi convidada a enviar observadores para o processo de
votação e apuração dos votos. A União Europeia mandou uma equipa de 90
observadores.
Concorreram às legislativas em Angola 10 partidos políticos e quatro coligações.
Estavam registados 8,3 milhões de eleitores para eleger os 220 deputados à Assembleia
Nacional e o novo Governo. Os partidos PDA, PSD, PREA (entre dezenas de outros
partidos) não reuniram as pré-condições exigidas pela Comissão Nacional Eleitoral.
Recenseamento
O registo de eleitores deveria ter tido lugar entre o final de 2006 e o ano de 2007.
Originalmente, estava programado para acontecer em 1997, mas foi adiado numerosas
vezes devido a problemas organizacionais e logísticos. No início de Agosto de 2007, um
mês antes do final do período de registo, mais de sete milhões de eleitores já haviam se
recenseado para as eleições. Mais de oito milhões estavam recenseados em Agosto de
2008.
Acusação de intimidação
A oposição acusou o partido do MPLA de atacar uma delegação que fazia campanha na
cidade de Londuimbali, na região central do país. Sendo que se tratava de um
comportamento de grupo isolados.
Em comunicado, a UNITA afirmou que o MPLA, realizou um "ataque violento com
mais de 100 agressores munidos de pedras e paus" a uma delegação que fazia campanha
da oposição na Província de Huambo.
Pedido de reorganização
O principal partido da oposição no país, União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA), por meio do seu presidente Isaias Samakuva pediu a repetição das
eleições legislativas no país no prazo de oito dias devido aos atrasos que marcaram o
pleito realizado no dia 5, descrita pelo líder da oposição como "um desastre", com
inúmeros atrasos por todo o país. Além disso, foi pedido à comissão a realização de um
novo pleito. Os observadores da União Europeia reclamaram, também, da
desorganização na votação, na qual o partido da situação, MPLA, esperava estender o
seu governo de mais de três décadas.
Resultados
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgou em 10 de Setembro os últimos
resultados parciais das legislativas angolanas, os quais confirmam a vitória do
governista Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com 81,76% dos
votos emitidos.
Segundo a CNE, o MPLA recebeu 4.520.453 votos, contra 572.523 da União Nacional
para a Independência Total de Angola (UNITA), que correspondem a 10,36% e
colocam o principal partido opositor em segundo lugar na preferência do eleitorado
angolano.
Em terceiro lugar ficou o Partido de Renovação Social (PRS), com 173.546 votos, que
representam 3,14% do total

Eleições gerais de Angola de 2012


As Eleições gerais de Angola de 2012 realizaram-se a 31 de agosto de 2012, sendo as
primeiras eleições gerais no país. Havia mais de 4 milhões de eleitores registados, dos
quais cerca de 42% votaram e deram ao MPLA uma maioria qualificada na Assembleia
Nacional, elegendo por esta via - de acordo com a constituição de 2010 - José Eduardo
dos Santos, cabeça de lista dos candidatos do MPLA pelo Círculo Nacional, Presidente
da República.
Antecedentes
Nos anos 1980 e 1986, quando o país se chamava ainda República Popular de Angola,
houve eleições parlamentares de acordo com o sistema mono-partidário, vigente na
altura. Todos os deputados eleitos eram, naturalmente, do MPLA, único partido com
existência legal. Em 1992, quando da passagem de Angola para uma democracia
multipartidária e da adopção de uma nova constituição, organizaram-se duas eleições
que se realizaram em simultâneo: eleições legislativas e eleições presidenciais. Nas
legislativas o MPLA obteve uma clara maioria, mas constituiu-se também uma oposição
significativa, composta pela UNITA, a FNLA e alguns partidos com pouca expressão.
Nas presidenciais, o candidato do MPLA (e desde 1979 presidente em exercício), José
Eduardo dos Santos, ficou a menos de 1% da maioria absoluta requerida para a primeira
volta, ficando-se o candidato da UNITA, Jonas Savimbi, por pouco mais de 40%. A
segunda volta não chegou a realizar-se, uma vez que a UNITA não reconheceu os
resultados eleitorais e retomou a Guerra Civil. José Eduardo dos Santos continuou a
exercer as funções de Presidente, e o parlamento eleito passou a funcionar, até com a
participação dos deputados da UNITA e da FNLA, embora estes dois
movimentos/partidos estivessem em guerra com o MPLA. Em razão da Guerra Civil,
não se realizaram as eleições legislativas e presidenciais que, de acordo com a
constituição, deviam ter lugar de quatro em quatro anos.
Depois do fim da Guerra Civil, em 2002, o governo levou seis anos até à realização de
novas eleições. Em 2008 tiveram lugar eleições legislativas que deram quase 82% ao
MPLA, reduzindo a UNITA a cerca de 10% e a FNLA a uma expressão insignificante,
ao lado de dois outros pequenos partidos. Com esta maioria qualificada, o MPLA fez
adoptar, em 2010, uma nova constituição que, entre outros, já não prevê eleições
presidenciais, estipulando ao invés que o cabeça de lista do partido mais votado será
doravante automaticamente Presidente do Estado.
Características e condições
É com base nesta nova constituição que se realizaram as Eleições Gerais de 2012 que
receberam esta designação porque, embora se tenha tratado de eleições legislativas
(parlamentares), definiram de forma indirecta quem iria ser o Presidente da República.
Houve perto de 10 milhões de eleitores registados, e a Comissão Nacional
Eleitoral admitiu um total de 9 partidos (de entre as largas dezenas que haviam
requerido o registo). A campanha eleitoral foi amplamente dominada pelo MPLA, e os
outros partidos denunciaram algumas irregularidades. A votação correu praticamente
sem incidentes, embora também com a denúncia de certas irregularidades.
Resultados
% Nº
Partido Nº Votos +/- +/-
Votos Deputados

4 135
MPLA 71,8% 9,8 175 / 220 16
503

1 074
UNITA 18,7% 8,3 32 / 220 16
565

Nov
CASA-CE 345 589 6,0% Novo 8 / 220
o

PRS 98 233 1,7% 1,5 3 / 220 5

FNLA 65 163 1,1% = 2 / 220 1


Nova Democracia União Eleitoral 13 337 0,2% 1,0 0 / 220 2

Partido Popular pelo Nov


8 710 0,2% Novo 0 / 220
Desenvolvimento o

Frente Unida para a Mudança de Nov


8 260 0,1% Novo 0 / 220
Angola o

Nov
Conselho Político da Oposição 6 644 0,1% Novo 0 / 220
o

Votos inválidos 368 685 6,0% 4,6

6 124
Total 100% 220
669

9 757 24,
Eleitorado/Participação 62,8%
671 6

[1]
Fonte

Análise dos resultados


Fica patente na tabela que o MPLA, embora com uma percentagem menor de votos
expressos do que em 2008, manteve a maioria qualificada - sendo a consequência mais
saliente que José Eduardo dos Santos, que foi o seu cabeça de lista, ficou confirmado na
função de Presidente. O nº 2 da lista, Manuel Domingos Vicente, foi por esta via eleito
Vice-Presidente. A UNITA aumentou a sua percentagem em cerca de 80%, duplicando
o número de deputados. A CASA (Convergência Ampla de Salvação de Angola),
recentemente fundada por um antigo dirigente da UNITA, Abel Epalanga Chivukuvuku,
conseguiu respeitáveis 6%. A FNLA e o PRS passaram a valores insignificantes, e os
outros partidos que concorreram não chegaram a eleger um único deputado.
Merece forte destaque a alta taxa de abstenção que houve nesta eleição: 37.1% contra
12.5% em 2008. Significa isto que perto de 4 milhões de eleitores registados não foram
às urnas. Na Província de Luanda, onde vive a quarta parte da população angolana e
onde o nível de politização é particularmente alto, a abstenção foi de 42%.
Outro aspecto a destacar são as grandes diferenças entre províncias, no que respeita os
resultados dos partidos. Pode assinalar-se, neste contexto, o facto de a UNITA obter
cerca de 30% nas Províncias de Luanda e do Huambo, e 36% na Província do Bié. Os
partidos da oposição obtiveram, no conjunto, mais de 40% nas Províncias de Luanda e
de Cabinda.
Gerais
1992 • 2012 • 2017 • 2022
(pluripartidárias)

Somente
2008
legislativas
Na quarta-feira, 23 de agosto de 2017, realizaram-se as eleições para a Assembleia
Nacional de Angola. Desde a Reforma Constitucional de 2010, o candidato do partido
com mais votos para a Assembleia Nacional automaticamente se torna o presidente da
República.
A eleição é marcada pelo fim da presidência de José Eduardo dos Santos, que
foi presidente do país por quase quarenta anos.
Os resultados finais das eleições foram anunciados no dia 6 de setembro.
Contexto
Economia do país
Em 2002, com a eleição de José Eduardo dos Santos e a maior estabilidade no país, os
investimentos da China começaram a entrar no país, criando oportunidades de emprego,
principalmente nas áreas de construção e petróleo. Entretanto, nos últimos anos, a
economia do país tem sido afetada pela queda dos preços do petróleo, um dos principais
produtos exportados pelo país, que foi de cem dólares o barril para cerca de cinquenta
dólares o barril de petróleo. Com a queda na arrecadação, os serviços essenciais como o
serviço público de saúde começaram a ter problemas orçamentários.
A corrupção endémica no país também é destaque: Isabel dos Santos, a filha de José
Eduardo dos Santos, enriqueceu durante esse período, tendo uma riqueza avaliada em
3,4 mil milhões de dólares pela revista Forbes.
O país também lida com uma inflação de 30% ao ano.
Sistema eleitoral
As eleições gerais ocorrem a cada cinco anos, elegendo os membros do legislativo do
país. A eleição do presidente é indireta, onde o partido com mais votos ganha o cargo do
executivo.
Os 220 membros da Assembleia Nacional do país são eleitos por dois métodos: 130
membros são eleitos por votos em lista fechada no modo proporcional, com os assentos
do parlamento sendo preenchidos de forma proporcional aos votos. Outros 90 assentos
são reservados para os votos dos distritos de Angola, usando o método D'Hondt. Os
eleitores devem ter pelo menos dezoito anos, não podendo ser declarados insanos, terem
declarado falência, terem convicções criminais passadas, ou terem cidadania dupla.
Cerca de 9 milhões de angolanos estiveram aptos a votar para essas eleições.
Eleições
Observadores internacionais
A União Africana enviou observadores para as eleições, com o objetivo de garantir as
eleições democráticas.
Apesar de Angola ter convidado inúmeras organizações ao país para garantir eleições
justas, a União Europeia decidiu por não mandar uma grande equipa de observadores,
após as rejeições das metodologias da organização pelo governo de Angola, onde
o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Rebelo Chicoti declarou que: "O
convite é aberto. Mas não queremos quaisquer acordos específicos com cada uma destas
organizações. Quem quiser vir, vem e quem não quiser, pode não vir, mas o certo é que
o convite é aberto”. Ao enviar apenas uma equipa de peritos, não há nenhuma
declaração política final, nem relatório oficial para divulgação após as eleições.
Dia das eleições
As eleições foram iniciadas às sete horas da manhã, com previsão de que as estações de
voto fechassem às 18 horas da tarde. A Comissão Nacional Eleitoral de Angola admitiu
"pequenas falhas" no processo de votação, por ausência de delegados em certas estações
de votos, mas que teria convocado delegados suplentes para dar continuidade do
processamento de votos. Pelo menos quinze estações de voto foram afetadas, e os
eleitores só votariam no sábado.
Resultados eleitorais
De acordo com os resultados provisórios, o partido Movimento Popular de Libertação
de Angola (MPLA) ganhou as eleições gerais, com cerca de 61,1 % dos votos válidos,
elegendo João Lourenço como novo presidente de Angola. Os resultados finais das
eleições foram anunciados no dia 6 de setembro.

Eleições gerais em Angola a 24 de Agosto de 2022


Foram realizadas eleições gerais em Angola a 24 de Agosto de 2022 para os cargos
de Presidente e de deputado da Assembleia Nacional.
Apesar da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) dar a vitória ao Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA) por 51%, o resultado foi contestado pela União Nacional
para a Independência Total de Angola (UNITA) e pela Convergência Ampla de
Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA–CE), sendo alegadas irregularidades
na contagem dos votos. A despeito de tais reclamações, tanto a CNE como o Tribunal
Constitucional, respectivamente órgão executivo e órgão judiciário da matéria eleitoral
angolana, declararam improcedentes e insuficientes as alegações[4] e recursos
apresentados, ratificando o resultado e marcando a data de posse do Presidente e da
Vice-Presidente para dia 15 de setembro de 2022 e dos deputados para o dia seguinte.
Sistema eleitoral
Os 220 membros da Assembleia Nacional são eleitos por dois métodos; 130 são eleitos
por representação proporcional de lista fechada em uma única circunscrição nacional,
com assentos distribuídos proporcionalmente. 90 são eleitos em 18 círculos eleitorais de
cinco lugares, usando o método D'Hondt. Os eleitores devem ter pelo menos 18 anos de
idade e não ter uma condenação por falência, condenação criminal, dupla cidadania ou
ter sido declarado com perturbações mentais. Os candidatos devem ter no mínimo 35
anos. Pela primeira vez, os angolanos residentes no estrangeiro têm direito de voto.
O presidente é eleito por votação dupla simultânea — no qual vários cargos, como o de
presidente e os membros de uma legislatura, são eleitos por meio de um único voto para
uma lista partidária —, em voto maioritário unipessoal de maioria simples, e pode
cumprir no máximo dois mandatos. Cada partido participante indica um candidato
presidencial no topo de sua lista, que deve ser claramente identificado no boletim de
voto. O principal candidato do partido mais votado é eleito presidente de acordo com
a constituição de 2010.
Cenário anterior
Na eleição de 2017 o Movimento Popular de Libertação de Angola venceu de forma
esmagadora, obtendo 61% dos votos. Embora o partido tenha perdido 25 assentos,
manteve a sua maioria na Assembleia Nacional, garantindo 150 assentos. O maior
partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola, ganhou
51 lugares, acrescentando 19 novos assentos no parlamento com um total de 26% dos
votos. A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral conquistou
16 cadeiras, o Partido de Renovação Social ganhou duas e a Frente Nacional de
Libertação de Angola garantiu uma.
Candidaturas
Estiveram nas listas eleitorais de 2022:

Resultado
Cabeça de
de 2017
lista/
Partido/Coligação Espectro
Líder da
Votos
chapa Assentos
(%)

Centro-
Movimento Popular de João 150 /
MPLA esquerda a 61.1%
Libertação de Angola Lourenço 220
esquerda

União Nacional para a


Centro a Adalberto
UNITA Independência Total de 26.7% 51 / 220
direita Costa Júnior
Angola

Convergência Ampla de
CASA– Centro- Manuel
Salvação de Angola - 9.5% 16 / 220
CE direita Fernandes
Coligação Eleitoral

Partido de Renovação Centro- Benedito


PRS 1.4% 2 / 220
Social esquerda Daniel

Centro-
Frente Nacional de
FNLA direita a Nimi A Simbi 0.9% 1 / 220
Libertação de Angola
direita

Centro- Quintino
APN Aliança Patriótica Nacional 0.5% 0 / 220
esquerda Moreira
P- Partido Nacionalista para a Dinho
Direita — —
NJANGO Justiça em Angola Chingunji

Partido Humanista de Florbela


PHA Centro — —
Angola Malaquias

Campanha
A 5 de Outubro de 2021, os partidos de oposição UNITA, Bloco Democrático e PRA
JÁ Servir Angola anunciaram a formação de uma coligação denominada Frente
Patriótica Unida. Adalberto Costa Júnior da UNITA foi anunciado como candidato da
FPU para desafiar o presidente João Lourenço em coletiva de imprensa do porta-voz do
grupo Amândio Capoco. Capoco a descreveu como "uma aliança de angolanos ansiosos
por mudanças". Adalberto Costa Júnior respondeu anunciando que estaria pronto para
desafiar João Lourenço, declarando que "a nossa pátria clama por mudanças",
descrevendo o país como "assolado pelo desespero e pelo empobrecimento".[21] Em
março de 2022 a FPU não pôde se inscrever como coligação por não cumprimento de
requisitos eleitorais, muito embora tenha continuado a existir como plataforma
oposicionista durante a campanha eleitoral. Os membros dos partidos Bloco
Democrático e PRA JA-Servir Angola optaram por se inscrever na lista da UNITA,
ficando fora da eleição.
A campanha também foi ofuscada pela morte do antigo presidente José Eduardo dos
Santos em 8 de julho de 2022. No entanto, havia uma briga em andamento entre os
membros da família Dos Santos e entre parte da família e o Estado angolano acerca do
sepultamento.
Apesar do clima de crispação, a campanha também ficou marcada pela participação dos
líderes dos três principais partidos (MPLA, UNITA e CASA-CE) num culto ecuménico,
no domingo anterior às eleições, pela primeira vez na história.
O MPLA, por sua vez, indicou pela primeira vez uma mulher, Esperança da Costa,
como vice-cabeça de lista.
Resultados oficiais
Os resultados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), o órgão máximo das
eleições angolanas, encontram-se na tabela abaixo. Apesar da Comissão Nacional
Eleitoral (CNE) dar a vitória ao MPLA por 51%, o resultado não foi reconhecido pela
UNITA e pela CASA-CE, que contestaram o número de mandatos atribuídos a cada
partido, sendo alegadas várias irregularidades na contagem dos votos, em particular na
soma dos resultados das actas-síntese. Do mesmo modo, os delegados da UNITA que
fazem parte da CNE ensaiaram demarcar-se dos resultados apresentados, tendo a
própria CNE reconhecido que poderia haver alterações aos resultados finais.
A 29 de agosto, a CNE anunciou ter aprovado o resultado final. Após o anúncio, os
partidos teriam 72 horas para reclamar dos mesmos junto do Tribunal Constitucional.[31]
Em 7 e 8 de setembro de 2022 o Tribunal Constitucional, verificando os documentos da
CNE, julgou que eram insuficientes e improcedentes as alegações e recursos
apresentados pelas agremiações políticas UNITA e CASA-CE, ratificando o resultado e
marcando a data de posse do Chefe do Executivo para dia 15 de setembro de 2022 e dos
membros do Legislativo para o dia seguinte

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