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Jean-Paul

Sartre
• Biografia
•Ideias
•Teorias
•Conceitos específicos
•Principais Obras
•Questões de vestibular
•Como usá-lo no repertório
EM 1933, SARTRE INTERROMPEU SUA CARREIRA
APÓS RECEBER UMA BOLSA DE ESTUDOS QUE LHE

BIOGRAFIA PERMITIU ESTUDAR NA ALEMANHA NO INSTITUTO


FRANCÊS DE BERLIM, QUANDO ENTROU EM CONTATO
COM A FILOSOFIA DE HUSSERL E DE HEIDEGGER.
De Sartre
EM 1938, SARTRE PUBLICOU O ROMANCE “A
JEAN-PAUL SARTRE, (1905-1980)
NÁUSEA”, ESCRITO EM FORMA DE DIÁRIO NO QUAL
FOI UM FILÓSOFO E ESCRITOR FRANCÊS,
DESCREVE A REPULSA SENTIDA PELO PROTAGONISTA
UM DOS MAIORES REPRESENTANTES DO
AO TOMAR CONSCIÊNCIA DO PRÓPRIO CORPO.
PENSAMENTO EXISTENCIALISTA NA FRANÇA.
"O SER E O NADA" FOI O SEU PRINCIPAL TRABALHO
EM 1940, SARTRE FOI CONVOCADO PELO EXÉRCITO
FILOSÓFICO ONDE FORMULOU SEUS PRESSUPOSTOS
FRANCÊS PARA SERVIR NA SEGUNDA GUERRA
EXISTENCIALISTAS.
MUNDIAL. FEITO PRISIONEIRO DOS ALEMÃES, FOI
SOLTO EM ABRIL DE 1941 QUANDO RETORNOU PARA
JEAN-PAUL CHARLES AYMARD SARTRE, CONHECIDO
A FRANÇA.
COMO JEAN-PAUL SARTRE, NASCEU EM PARIS,
FRANÇA, NO DIA 21 DE JUNHO DE 1905. FILHO DE O EXISTENCIALISMO DE SARTRE
JEAN BAPTISTE MARIE EYMARD SARTRE, OFICIAL DA JEAN-PAUL SARTRE FOI O EXPOENTE MÁXIMO DO
MARINHA FRANCESA E DE ANNE-MARIE SARTRE, "EXISTENCIALISMO" – CORRENTE FILOSÓFICA QUE
FICOU ÓRFÃO DE PAI COM DOIS ANOS DE IDADE. PREGAVA A LIBERDADE INDIVIDUAL DO SER HUMANO.
O EXISTENCIALISMO NASCEU COM O FILÓSOFO
EM 1907, SARTRE MUDOU-SE COM SUA MÃE PARA A
DINAMARQUÊS SOREN KIEEKEGAARD (1831-1855)
CASA DE SEUS AVÓS MATERNOS EM MEUDON. EM
QUE COMBATIA A FILOSOFIA ESPECULATIVA.
1911, MUDOU-SE PARA PARIS E INGRESSOU NO
LICEU HENRI IV.
EM 1943, SARTRE PUBLICOU “O SER E O NADA”
EM 1916, COM O CASAMENTO DE SUA MÃE,
(1943), SEU TRABALHO FILOSÓFICO MAIS
CONSIDERADO POR SARTRE COMO TRAIÇÃO, FOI
CONHECIDO, QUANDO FORMULOU SEUS
OBRIGADO A SE MUDAR PARA LA ROCHELLE,
PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS QUE DETERMINOU
QUANDO INGRESSOU NO LICEU LA ROCHELLE.
O PENSAMENTO E A POSIÇÃO ESSENCIAL
FORMAÇÃO DA GERAÇÃO DE INTELECTUAIS DO
EM 1920 SARTRE VOLTOU PARA PARIS. EM 1924 PÓS-GUERRA. SARTRE
INGRESSOU NA ESCOLA NORMAL SUPERIOR DE VINCULOU A FILOSOFIA
PARIS, ONDE CONHECEU SUA FUTURA EXISTENCIAL
COMPANHEIRA A ESCRITORA SIMONE DE BEAUVOIR. AO MARXISMO E
À PSICANÁLISE.
EM 1929, CONCLUI A GRADUAÇÃO.

EM 1931, SARTRE FOI NOMEADO PROFESSOR DE


FILOSOFIA EM HAVRE. NESSA ÉPOCA, ESCREVEU O
ROMANCE, "A LENDA DA VERDADE", QUE NÃO FOI
ACEITO PELOS EDITORES.
Parte 2
NESSE MESMO ANO, ESCREVEU UM LONGO ARTIGO
EM SEU PERIÓDICO, INTITULADO “O FANTASMA DE

BIOGRAFIA STALIN”, QUE CONDENOU TANTO A INTERVENÇÃO


SOVIÉTICA QUANTO A SUBMISSÃO DO PARTIDO
COMUNISTA FRANCÊS AOS DITAMES DE MOSCOU.
De Sartre
ÚLTIMOS ANOS DE SARTRE
EM SEU BREVE TRATADO “O
EM 1960, SARTRE ESCREVEU SUA ÚLTIMA OBRA
EXISTENCIALISMO É UM
FILOSÓFICA “CRÍTICA DA RAZÃO DIALÉTICA”. ESSA
HUMANISMO (1946) O CONCEITO
OBRA APRESENTA O MARXISMO COMO UMA
DE LIBERDADE PASSOU A SER
FILOSOFIA TOTALIZANTE, EM PERMANENTE
APRESENTADO NÃO MAIS COMO VALOR EM SI, QUE
EVOLUÇÃO INTERNA, DA QUAL O EXISTENCIALISMO
PRESCINDE DE OBJETIVO OU PROPÓSITO, MAS
CONSTITUI UMA FORMA DE EXPRESSÃO IDEOLÓGICA.
COMO INSTRUMENTO DOS ESFORÇOS
EM 1964, ANO EM QUE PUBLICOU A AUTOBIOGRAFIA
CONSCIENTES
“AS PALAVRAS”, SARTRE RECUSOU O PRÊMIO NOBEL
JEAN-PAUL SARTRE E SIMONE DE BEAUVOIR DE LITERATURA, QUE LHE HAVIA SIDO OUTORGADO,
JEAN-PAUL SARTRE MANTEVE UM POIS, SEGUNDO ELE, “NENHUM ESCRITOR PODE SER
RELACIONAMENTO ABERTO COM SUA AMIGA E TRANSFORMADO EM INSTITUIÇÃO.”
TAMBÉM FILÓSOFA SIMONE DE BEAUVOIR DURANTE
50 ANOS. NUNCA SE CASARAM OU TIVERAM ÚLTIMOS ANOS DE SARTRE
FILHOS. EM 1960, SARTRE ESCREVEU SUA ÚLTIMA OBRA
FILOSÓFICA “CRÍTICA DA RAZÃO DIALÉTICA”. ESSA
ALÉM DA RELAÇÃO AMOROSA, ELES TINHAM UMA OBRA APRESENTA O MARXISMO COMO UMA
GRANDE AFINIDADE INTELECTUAL. SIMONE DE FILOSOFIA TOTALIZANTE, EM PERMANENTE
BEAUVOIR COLABOROU COM A OBRA FILOSÓFICA DE EVOLUÇÃO INTERNA, DA QUAL O EXISTENCIALISMO
SARTRE, ERA A REVISORA DE SEUS LIVROS E CONSTITUI UMA FORMA DE EXPRESSÃO IDEOLÓGICA.
TAMBÉM SE TORNOU UMA DAS PRINCIPAIS EM 1964, ANO EM QUE PUBLICOU A AUTOBIOGRAFIA
FILÓSOFAS DO MOVIMENTO EXISTENCIALISTA. “AS PALAVRAS”, SARTRE RECUSOU O PRÊMIO NOBEL
DE LITERATURA, QUE LHE HAVIA SIDO OUTORGADO,
ATIVIDADES POLÍTICAS DE SARTRE POIS, SEGUNDO ELE, “NENHUM ESCRITOR PODE SER
COMPROMETIDO DURANTE TODA A VIDA COM A TRANSFORMADO EM INSTITUIÇÃO.”
POLÍTICA, EM 1945, SARTRE ABANDONOU O ENSINO
PARA SE DEDICAR A LITERATURA. EM EM MAIO DE 1968 APOIOU A REBELIÃO ESTUDANTIL
COLABORAÇÃO COM REYMOND ARON, MAURICE QUE AJUDOU A DERRUBAR O GOVERNO
MERLEAU-PONTY E SIMONE DE BEAUVOIR, FUNDOU CONSERVADOR FRANCÊS. EM 1972, ASSUMIU A
O PERIÓDICO POLÍTICO-LITERÁRIO “LES TEMPS DIREÇÃO DO JORNAL ESQUERDISTA “LIBÉRTATION”.
MODERNES”, UMA DAS REVISTAS DE PENSAMENTO
JEAN-PAUL SARTRE, QUE FICOU CEGO EM SEUS
DE ESQUERDA, MAIS INFLUENTES DO PÓS-GUERRA.
ÚLTIMOS ANOS DE VIDA, FALECEU EM PARIS,
FRANÇA, NO DIA 15 DE ABRIL DE 1980. SEUS
EM 1952, JEAN-PAUL SARTRE FILIOU-SE AO
RESTOS MORTAIS FORAM SEPULTADOS NO
PARTIDO COMUNISTA. EM 1956, EM PROTESTO
CEMITÉRIO DE MONTPARNASSE, ONDE
PELA ENTRADA DE TANQUES SOVIÉTICOS EM
POSTERIORMENTE FOI SEPULTADA SUA
BUDAPESTE, SARTRE ABANDONOU O PARTIDO
COMPANHEIRA SIMONE DE BEAUVOIR.
COMUNISTA.
Para Sartre, o ser humano vive angustiado por três

IDEIAS motivos: porque ele percebe-se como um ser finito,


porque ele percebe-se abandonado num mundo
material e porque ele é incondicionalmente livre e,
No campo político, a vida de Sartre foi portanto, incondicionalmente responsável por seus
decisivamente marcada pelo marxismo. O filósofo

atos. A vida com base nessa percepção não é fácil,


era marxista e comungava com as ideias mas o enfrentamento da questão e a percepção das
socialistas aplicadas no campo prático, porém ele possibilidades podem levar o ser humano a aprender a
deu uma interpretação bem diferente aos ideais lidar com a angústia.
de Marx como maneira de adaptar o sistema
comunista à sua obra e às novas demandas do
O ser humano percebe-se como um ser finito, que vai
século XX.
morrer. A nossa consciência permite-nos entender
Em primeiro lugar, Sartre era pacifista e contra isso. Ele também percebe que está abandonado no
qualquer guerra armada. Em segundo lugar, o mundo material, sem Deus. A filosofia materialista de
filósofo existencialista era contra a imposição Sartre rejeitava a noção de Deus e de vida após a
direta de ditaduras opressoras, pois ele morte, o que implica finitude e abandono no mundo
enxergava na liberdade o principal exercício da material, sem Deus e sem qualquer consolo de um
vida humana. Para Sartre, havia uma extensão do paraíso ou de uma continuidade qualquer da vida em
marxismo no século XX que fez com que essa outro plano. Já a liberdade é o que substitui a
corrente teórica e política desenvolvesse-se essência do ser humano, visto que ele não tem uma
autonomamente, para além do que foi a essência pronta e definida que o componha. Portanto,
experiência soviética. o ser humano torna-se o que ele faz de si.

Defensor da liberdade irrestrita, Sartre acreditava


ser a liberdade o que movia o ser humano. Para Para explicar a sua noção de liberdade e de angústia,
ele, o ser humano é, paradoxalmente, condenado à Sartre toma alguns conceitos da obra de Heidegger,
liberdade. Somos seres feitos de escolhas. Por dando-os um novo contorno e introduzindo-os em sua
mais que eventos externos afetem as nossas obra de outro modo. Esses conceitos são o “ser-em-
escolhas, nós continuamos escolhendo. Isso si” e o “ser-para-si”. O ser-em-si é o que Heidegger
inclui a escolha entre resignar-se para escapar da chamou de Dasein (ser-aí). Trata-se da dimensão
morte ou enfrentar o poder e ser morto. A maior material que compõe o mundo, das coisas lançadas no
expressão do pensamento sartreano foi o mundo. Para Sartre, o ser-em-si é pronto, definido e
existencialismo. tem uma essência.

O existencialismo de Sartre O corpo humano é um ser-em-si, mas isso não é um


O pensamento existencialista começa nos ser humano por completo. O ser-para-si é aquilo que
momentos de crise. Não foi por acaso que o somente o ser humano tem: consciência. Essa
existencialismo surge na filosofia e nas artes consciência não nasce pronta e definida, mas é
com bastante força após a Primeira Guerra construída por meio da vivência e do exercício da
Mundial. Uma Europa devastada precisava liberdade. O problema que a leva à angústia é que ela
reconstruir-se, mas havia um embate de forças percebe a si mesma e percebe-se como desprovida de
internas nas pessoas que as fazia perguntar-se essência e responsável por si mesma.
qual era o sentido daquilo tudo.
TEORIAS Angústia: por ser livre e responsável por si
mesmo, o ser humano também se torna
responsável pela humanidade por meio das
Dono de uma obra inigualável na história da

escolhas que faz. Ao perceber que o seu


filosofia do século XX, Jean-Paul Sartre pode ser futuro e o da humanidade encontram-se em
considerado um dos principais expoentes do suas mãos e que não há possibilidade de ajuda
existencialismo e o principal expoente do divina (Sartre era ateu, e, segundo ele, o ser
existencialismo francês. humano estava abandonado na Terra), o ser
humano encontra-se numa situação
Dentre as suas contribuições mais significativas
angustiante.
para a filosofia, podemos destacar as seguintes:
Existencialismo: o conjunto da obra de Sartre, desde Liberdade: o ser humano é livre, sempre livre,
seus romances e peças teatrais até o conjunto de sua segundo a teoria sartriana. O ser humano é
filosofia, consiste na tentativa de compreender o modo
livre para escolher suas ações e escolher se
como a existência humana dá-se no mundo. Por ser
consciente, o ser humano tem um processo de vai, por exemplo, aceitar ou reagir contra
aceitação e de lida com a sua própria existência de aqueles que o encarceram. Sendo livre, o ser
maneira diferente como ocorre com os outros animais. O humano é responsável por si mesmo.
existencialismo vem para teorizar sobre esse modo
humano de viver e de habitar o mundo. As raízes dessa A existência precede a essência: a liberdade
vertente filosófica encontram-se nos escritos do
humana é somente completa se o ser humano
filósofo alemão Edmund Husserl e, mais profundamente,
ainda no século XIX, no pensador dinamarquês Søren não estiver preso a amarras metafísicas. Para
Kierkegaard e no controverso filósofo alemão Friedrich Sartre, é isso que acontece, visto que o ser
Nietzsche. humano não está preso, sequer, a uma
Para explicar a teoria existencialista, a qual lhe trouxe maior essência que o definisse. O ser humano, por
reconhecimento, Sartre recorreu ao dualismo psicofísico não ter uma essência pré-definida, constrói-se
como composição do ser humano: nós somos compostos de
enquanto se vive.
um corpo (matéria) e de uma consciência imaterial. Não é
possível existir uma consciência sem um corpo (Sartre é um
filósofo materialista), do mesmo modo que um corpo sem
consciência não é um ser humano. O filósofo lança mão
então de dois conceitos centrais: ser-em-si: é aquele que
tem uma identidade definida, ou seja, são os objetos e as
coisas. Faz parte também do ser humano, pois é o seu
corpo; ser-para-si: tem consciência de si, vive para si, mas
não tem uma identidade definida. É a consciência que nos
compõe enquanto seres humanos.
Esses dois conceitos levam o ser humano a uma situação de
angústia, pois, enquanto “ser-em-si”, ele quer ser idêntico a
si mesmo, mas não consegue, pois a consciência não tem
identidade pronta e definida. Também não há como ser
somente consciência, consciência pura, pois toda
consciência, para existir, necessita de um corpo. Portanto,
não há essência humana, e, se não há essência, também não
há natureza humana. Somente há a condição humana. O ser
humano sempre terá que construir sua existência. Ele não é
algo, ele sempre estará na condição de algo. Por isso,
sempre estará também condicionado a algo que o qualifica
momentaneamente enquanto um ser que existe para aquilo.
Conceitos
Má-fé:
Nem sempre nos sentimos à vontade com a
possibilidade de escolher, muitas pessoas

específicos: preferem evitar a responsabilidade de suas


escolhas e atribuem essa incumbência a
outras pessoas, uma norma social, ao
passado, a astrologia, a uma herança
Essência de uma pessoa: biológica, a uma religião, ao acaso a um
A essência de uma pessoa seria o conjunto partido político, a uma tradição de família,
de características que estariam inscritas etc. Sartre chama isso de Má-fé.
nela antes mesmo de sua existência, de
Ser-em-si:
modo que sua existência seria uma
Modo de ser de uma pessoa que se afirma
efetivação de uma essência determinada
numa identidade fixa e pronta de si,
previamente.
tratando a si mesma de maneira rígida e
Essência de um objeto: determinada, vivendo de acordo com a ideia
Um objeto é fabricado de acordo com um que se estabeleceu para si. Não possui
conceito de quem o fabricou, tendo um consciência de sua liberdade, pois se
intuito. Um objetivo e uma utilidade autodetermina como uma essência já
definida, antes mesmo de sua existência. definida, pronta e fechada.
Este objeto possui, portanto, uma essência
prévia. Ser-para-si:
Se refere ao modo de ser de uma pessoa
Existência:
que encara a liberdade e o risco de suas
Não há como conceber no ser humano uma
escolhas autônomas, que não se fixa numa
essência prévia que o determine, só
identidade rígida, estando sempre voltada
podemos nos definir por nossa existência,
para fora, aberta às coisas do mundo e às
sempre em processo. A existência não é
transformações que acontecem,
estática, mas se desenvolve e se
reconhecendo sua singularidade e como um
transforma de acordo com as experiências
vir-a-ser, disponível à possibilidade de
e escolhas que fazemos.
mudança.
Responsabilidade:
A responsabilidade é a primeira decorrência Angústia:
da liberdade de escolhas, que nos faz A angústia é uma espécie de medo ou temor
eticamente responsáveis, enquanto co- que não é direcionado a um objeto
autores de nossa existência e do mundo. específico, mas que volta-se para si mesmo.
Conceitos
Condenado a ser livre:
Não há como não ser livre, pois não

específicos: há como não escolher. Neste


sentido, a liberdade é uma espécie
Parte 2 de "condenação", pois inclusive
quando escolhemos não fazer nada,
Trata-se de uma reação da estamos escolhendo. Por um lado
consciência da contingência e da parece agradável a possibilidade de
liberdade, de que a vida não possui escolher a todo momento, mas ao
um sentido prévio, mas que somos mesmo tempo este é o drama da
nós que a fazemos, de que somos existência, ter de
responsáveis por nossas escolhas, escolher a todo momento.
e que escolhendo escolho a mim Liberdade:
mesmo. Uma condição da existência humana.
Para Sartre o ser humano está
"condenado a ser livre", pois não
Escolha:
escolhe ser livre, e sempre precisa
A escolha nem sempre é algo
escolher o que fazer de sua vida,
agradável, pode ser difícil e
sendo responsável pelas escolhas que
inclusive muito angustiante ter de
fizer.
escolher a todo momento. Por
conta disso, uma das primeiras
consequências da escolha é
justamente a angústia, que surge O inferno:
quando tomamos a consciência da O inferno, neste caso, são os outros, pois
nossa possibilidade de escolher, e são eles que estão sempre julgando
que nossas escolhas constroem a nossos modos de ser e nossas escolhas,
pessoa que estamos sendo. o que decidimos e o que fazemos de
nossas vidas.
PRINCIPAIS OBRAS:

Marcadas pelo existencialismo, as obras


de Sartre sempre mantêm um elo O existencialismo é um humanismo:
conectivo que as interliga, relacionando Texto originalmente escrito para
as ideias contidas em uma obra com as de amparar um discurso de Sartre, tem o
outras obras do autor. Os principais intuito principal de defender-se das
escritos de Sartre são: críticas feitas pelos marxistas que o
acusaram de elitismo e
A náusea: O esqueleto do descompromisso com a causa
existencialismo, ainda não organizado marxista. Sartre considerava-se
de maneira didática, aparece pela marxista, mas boa parte dos
primeira vez nesse livro, que é também intelectuais de movimentos marxistas
o primeiro romance publicado por da época achava que a sua defesa da
Sartre. O livro é uma espécie de diário liberdade humana irrestrita
do personagem principal, que vaga desconsiderava o sofrimento dos
pelas ruas de uma cidade enquanto trabalhadores. Sartre explica, nesse
vive situações inusitadas e reflete, por texto, o que quis dizer com a
meio dessas situações, sobre a “condenação à liberdade”, e
existência e a condição humana. mostra como isso coloca
o existencialismo em
O ser e o nada: Aqui há o ápice da obra compromisso direto
de Sartre e a maior explicação do que é com a humanidade.
o existencialismo. O texto, bastante
erudito, recorre a vários pensadores da
história da filosofia e deixa claro a sua
predileção pelos existencialistas e
pelos fenomenólogos, como Heidegger,
Merleau-Ponty, Husserl, Jaspers e
Kierkegaard, além de mostrar a face
nietzschiana e materialista da obra de
Sartre.
QUESTÕES DE (UFU-MG 2013) Para J.P. Sartre, o conceito de
“para-si” diz respeito

VESTIBULAR a) a uma criação divina, cujo agir depende de


princípio metafísico regulador.
b) apenas à pura manutenção do ser pleno,
(UPE/2018)
completo, da totalidade no seio
do que é.
Sobre a dimensão do homem na perspectiva c) ao nada, na medida em que ele se especifica
existencialista, considere o texto a seguir: pelo poder nadificador que o constitui.
d) a algo empastado de si mesmo e, por isso,
não se pode realizar, não se pode afirmar,
porque está cheio, completo.

3) (UEG GO/2020) A filosofia existencialista foi uma das mais


populares no século XX e teve várias correntes. O mais
destacado pensador existencialista foi Jean-Paul Sartre. Esse
filósofo teve duas fases em seu pensamento. Na primeira
fase, ele argumentou que o indivíduo está condenado a ser
Disponível em: https://www.google.com.br/search? livre e apelar para os determinismos seria usar de má-fé. Na
q=a+dimensão+humana+no+existencialism segunda fase, ele modera esse pensamento e passa a
destacar a questão da situação, dos grupos sociais, das
O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é classes sociais. Nessa segunda fase, ele assevera que:
definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois
a) o indivíduo é “condicionado pela sociedade” e por diversas
será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim,
determinações, e que por isso é necessário o engajamento em
não há natureza humana, visto que não há Deus para a
atividades extra-sociais, como o isolamento e a produção
.
conceber.
. artística solipsista.
. b) os seres humanos precisam fazer escolhas e que o “projeto
..
(SARTRE,
.
Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. original”, que é aquilo que define o indivíduo, deve ser
São
. Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 12). direcionado para a luta pela transformação social através da
filiação a um partido político.
O enfoque existencialista questiona o modo de ser do c) o homem continua “condenado a ser livre” e isso significa
homem. Entende esse modo de ser como o modo de ser- que, mesmo quando ele escolhe a não liberdade, ele continua
no-mundo. Na perspectiva existencialista, sobre o escolhendo, o que demonstra que continua sendo livre e
definindo seu destino.
homem, assinale a alternativa CORRETA.
d) o que importa, para o indivíduo, não é “o que ele faz de si
mesmo e sim o que ele faz daquilo que fizeram dele”, o que
a) É um projeto de ser. significa admitir que existem determinações, mas que elas
b) É um seguidor das escolhas dos outros. não têm importância.
c) É irresponsável por si próprio ao conceber seus atos. e) os intelectuais devem ser engajados, pois “nem uma pedra
d) Na sua própria essencialidade e no trajeto de sua é neutra” e por isso é preciso assumir a responsabilidade por
liberdade, não tem escolha. si e pelos outros, o que ocorre através do engajamento ao
.
e) Tem uma natureza concebida por Deus em sua lado do proletariado.
essência. Gabarito: 1-a; 2-c; 3-e
CONCEITOS PARA USAR COMO

REPERTÓRIO NA REDAÇÃO:
1. O homem deve ser inventado a cada dia.”
2. “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem.”
3. “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.”
4. “Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver
com a coragem.”
5. “Viver é isso: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências.”
6. “Não fazemos o que queremos e, no entanto, somos responsáveis pelo que somos: eis
a verdade.”
7. “Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem
saber como acabarão.”
8. “O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem, do que
poderia ter.”
9. “Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é
semelhantemente infinita em cada um.”
10. “A beleza é uma contradição velada.”
11. “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que
fizeram com você.”
12. “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.”
13. “O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio.”
14. “Liberdade não é fazer o que se quer, mas querer o que se faz.”
15. “Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que
somos.”
Referências :
https://www.preparaenem.com/filosofia/jean-paul-sartre.htm
https://www.ebiografia.com/jean_paul_sartre/
https://pt.slideshare.net/brunobcarrasco/sartre-conceitos
https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/filosofia/jean-paul-sartre.htm

GRUPO

Mariana Sant’Anna
Felipe Bacelo
Felipe Bermudes
Maria Fernanda
Davi Azevedo
Beatriz Gonçalves
Bernardo Henrique

Turma:3A
Disciplina: Filosofia
Professor: Mateus Xavier

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