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FATEB - Faculdade de Telêmaco Borba

Psicologia

Fernanda Marcondes de Souza


Kamily Schitcoski, Marcia Coraiola
Patricia Freitas
Samantha Landmann
Thalía do Amaral Antunes

Michel Foucault

Telêmaco Borba
2021
Fernanda Marcondes de Souza
Kamily Schitcoski, Marcia Coraiola
Patricia Freitas
Samantha Landmann
Thalía do Amaral Antunes

Michel Foucault

Trabalho elaborado como requisito parcial de


avaliação da disciplina de Bases
Sociológicas e Filosóficas da Psicologia, do
curso de Psicologia da Fateb – Faculdade de
Telêmaco Borba.
Professora: Fernanda Soares

Telêmaco Borba
2021
1. BIBLIOGRÁFIA

Paul-Michael Foucault nasceu na cidade de Poitiers, na França, no dia 15 de


outubro de 1926. Seus pais eram Paul Foucault, cirurgião e professor de anatomia, e
Anna Malapert. Assim como seu pai, os seus avôs (paterno e materno) também
eram cirurgiões; a medicina sempre esteve presente em sua vida, mas durante a
juventude ele se interessou pela filosofia.
Contrariando as vontades de seu pai, que queria que o filho se tornasse
médico, Foucault decidiu estudar Filosofia, tendo o apoio de sua mãe, com quem ele
tinha uma relação de muito afeto.
Em 1945, ele se mudou para Paris e começou a se preparar para ingressar
no ensino superior. Durante esse tempo conheceu o filósofo e professor Jean
Hyppolite, que o apresentou ao pensamento de Hegel. Foucault ingressou na École
Normale da rue d'Ulm e começou a estudar Filosofia. Ele tinha uma personalidade
introspectiva que se destacou ainda mais ao longo dos seus estudos, porque ele não
mantinha contato com seus colegas, por conta das disputas no local.
Com a descoberta da sua homossexualidade, e a dificuldade de aceitação de
si mesmo, em 1948 ele tentou suicídio pela primeira vez; e passou a ser
acompanhado por avaliações psiquiátricas constantes.
Também no ano de 1948, Foucault licenciou-se em Filosofia e, no ano
seguinte (1949), em Psicologia. Foi assistente de ensino na Universidade de Lille e
em 1952, terminou seu curso de Psicologia Patológica. O filósofo ensinou e proferiu
conferências e palestras em várias universidades na França, Alemanha, Estados
Unidos e Suíça, inclusive veio ao Brasil, na Universidade de São Paulo (USP), em
1965 e 1975.
Foucault trabalhou em diversos hospitais psiquiátricos e presídios, como
psicólogo, o que trouxe para as suas obras, como vigiar e punir (1975) e História da
loucura na Era Clássica (1961), elementos empíricos.
Em 1966 com a publicação de As palavras e as coisas, o jovem professor de
Filosofia e Psicologia, abiu portas para que ele se tornasse conhecido mundialmente
no cenário intelectual. Em 1968 ele se envolveu com a luta estudantil, na época ele
lecionava na Tunísia, a luta começou em maio daquele ano na França, e atingiu
setores educacionais no mundo todo.
No ano de 1969, o filósofo publicou A arqueologia do saber, livro que
restaurou e pôs fim na sua primeira fase de pensamento. E em 1970, ele foi aceito
para ocupar a cátedra de Jean Hyppolite, no Collège de France, com a aula
inaugural A ordem do discurso, publicada no mesmo ano.
Publicou Vigiar e Punir - a história da violência nas prisões, em 1975. No ano
seguinte lançou o primeiro volume da série de livros chamada de História da
Sexualidade, intitulado A vontade de saber. A série deveria contar com seis
volumes, mas os dois últimos foram publicados em 1984 (O uso dos Prazeres e
Cuidado de Si). O motivo do fim da saga dos livros foi a morte do pensador.
Paul-Michel Foucault morreu em Paris, França, no dia 26 de junho de 1984,
aos 57 anos de idade, por consequências das complicações da AIDS. Seu parceiro
Daniel Defert, em sua memória, fundou a instituição de caridade para doentes de
AIDS, a AIDES.
2. PRINCIPAIS IDEIAS

Segundo Foucault, a sociedade faz uso abusivo do poder através das


instituições, escolas e prisões, por exemplo.
A era moderna é definida através da disciplina, que nada mais é do que um
meio de dominação que tem como objetivo domesticar o comportamento humano.
Quanto à educação, Foucault chama a escola umas das “instituições de
sequestro”. Segundo ele, a escola tira os alunos do seu meio para os enclausurar e,
nessa clausura, domesticá-los da forma como a sociedade quer.
Antes, a escola era um local de castigo. Com a era moderna, passa a ser um
local de domesticação, modelo que também é seguido no sistema prisional.
Para Foucault, nos séculos XVIII e XIX, a população torna-se um objeto de
estudo e de gestão política. Passagem da norma da lei. Numa sociedade centrada
sobre a lei, mudou para uma empresa de gestão centrada no padrão. Esta é uma
consequência da grande revolução liberal.
Conceito de micro geração de forças de discurso para controlar quem está na
norma ou não.
Conceito de biopoder: o poder de morrer e deixar viver foi substituído pelo
biopoder que é viver e deixar morrer, do estado de bem-estar: segurança social,
seguros.
Figura do panóptico (projeto arquitetônico de prisão inventado por Jeremy
Bentham e destinada a garantir que todos os prisioneiros possam ser vistos a partir
de uma torre central) como um paradigma da evolução da nossa sociedade, ou o
que já é bastante (ver o conceito deleuziano de "sociedade de controle", na
discussão com a obra de Foucault).
As relações de poder permeiam toda a sociedade. Um discurso diz que o
paradigma da sociedade da guerra civil, em que todas as interações sociais são
versões derivadas da guerra civil. Podemos inverter a proposta de Clausewitz e
dizer que a política é a continuação da guerra por outros meios.
Conceito grego de Cuidado de Si, como base para a ética, para Foucault,
nos séculos XVIII e XIX, a população torna-se um objeto de estudo e de gestão
política. Passagem da norma da lei. Numa sociedade centrada sobre a lei, mudou
para uma empresa de gestão centrada no padrão. Esta é uma consequência da
grande revolução liberal.
Conceito de micro-geração de forças de discurso para controlar quem está na
norma ou não.
Conceito de biopoder: o poder de morrer e deixar viver foi substituído pelo
biopoder que é viver e deixar morrer, do estado de bem-estar: segurança social,
seguros.
Figura do panóptico (projeto arquitetônico de prisão inventado por Jeremy
Bentham e destinada a garantir que todos os prisioneiros possam ser vistos a partir
de uma torre central) como um paradigma da evolução da nossa sociedade, ou o
que já é bastante (ver o conceito deleuziano de "sociedade de controle", na
discussão com a obra de Foucault).
As relações de poder permeiam toda a sociedade. Um discurso diz que o
paradigma da sociedade da guerra civil, em que todas as interações sociais são
versões derivadas da guerra civil. Podemos inverter a proposta de Clausewitz e
dizer que a política é a continuação da guerra por outros meios.
Conceito grego de Cuidado de Si, como base para a ética.
3. INFLUÊNCIA NA PSICOLOGIA

No ano de 1948, o filósofo licenciou-se em Filosofia e, no ano seguinte, em


Psicologia. Tornou-se assistente de ensino na Universidade de Lille e terminou seu
curso de Psicologia Patológica, em 1952. O filósofo lecionou e proferiu conferências
e palestras em diversas universidades na França, Alemanha, Estados Unidos e
Suíça, estando, inclusive, na Universidade de São Paulo (USP), em 1965 e 1975.
Foucault também trabalhou como psicólogo patologista em diversos hospitais
psiquiátricos e presídios, o que forneceu elementos empíricos para a constituição de
algumas de suas obras, como Vigiar e punir e História da loucura.
A publicação de As palavras e as coisas, em 1966, abriu portas para que o
jovem professor de Filosofia e Psicologia se tornasse conhecido no cenário
intelectual mundial. Ele ministrou cursos, palestras e conferências, participou de
debates e desenvolveu uma vasta obra filosófica. Em 1968, Foucault, assim como
Deleuze, Marcuse, Sartre e tantos outros professores universitários ilustres,
envolveu-se com a luta estudantil deflagrada no mês de maio daquele ano na
França, a qual atingiu setores educacionais no mundo todo. Na época, Foucault
lecionava na Tunísia.
Logo após, em 1969, o pensador publicou A arqueologia do saber, livro que
restauro9u e encerrou a sua primeira fase de pensamento. Já em 1970, Foucault foi
aceito em processo seletivo para ocupar a cátedra de Jean Hyppolite, no Collège de
France, com a aula inaugural A ordem do discurso, publicada no mesmo ano.
Em 1975, ele publicou Vigiar e Punir - a história da violência nas prisões. No
ano seguinte, publicou o primeiro volume da coletânea História da Sexualidade,
intitulado A vontade de saber. Em 1984, publicou os dois últimos volumes da série,
que deveria conter seis volumes, intitulados O uso dos Prazeres e Cuidado de Si. O
motivo da interrupção do trabalho foi a morte do pensador aos 57 anos de idade. A
sua morte decorreu de complicações causadas pela aids.
Amado por uns e odiado por outros, por conta de seus escritos, de sua
visibilidade nos anos 70 e de sua atuação política, sempre voltada para a esquerda
(mas sempre recebendo, também, duras críticas de pensadores e ativistas da
esquerda), Foucault foi um dos filósofos mais aclamados do século XX.
3.1. Obras de Michel Foucault

a. História da loucura: utilizando-se do método arqueológico, o filósofo


buscou a compreensão de como se chegou a tratar e a entender a
loucura como fizeram os psiquiatras e manicômios até o século XX. O
livro levantou um debate, há muito tempo necessário, sobre a
crueldade dos manicômios e a necessidade do entendimento mais
profundo das desordens psiquiátricas como, muitas vezes, desordens
sociais.
b. As palavras e as coisas: Foucault entende que o que dissemos ser "o
homem" surgiu recentemente no âmbito do saber. Nesse livro, ele
analisa o modo como as ciências, sobretudo as humanidades,
constituem-se e modificam-se, tornando-se outras ciências ou outros
modos de pensar, entre os séculos XVI e XVIII, partindo, inicialmente,
da linguagem.
c. A Arqueologia do saber: livro que trata de uma resposta às críticas do
livro anterior e explica, de maneira mais detalhada, o chamado método
arqueológico de entendimento das ciências humanas.
d. Vigiar e punir: livro sobre a história das instituições disciplinares, da
punição, do poder disciplinar do corpo e das cadeias como formas de
aplicação da disciplina por excelência. É nessa obra que o filósofo
apresenta o pan-óptico, proposto por Jehremy Bentham no século
XVIII, relacionando-o à vigilância constante de nossa sociedade, e faz
uma comparação entre a cadeia e as demais instituições disciplinares,
como a escola, a fábrica e o hospital.
e. História da sexualidade: a série de livros, quando anunciada, prometia
um total de seis publicações. No entanto, a interrupção da coletânea
ocorreu quando ela estava pela metade em decorrência da morte
precoce de Foucault. Os volumes dessa obra atestam a mudança de
foco do filósofo, de um método genealógico no entendimento das
formas de poder a um pensamento voltado para entender as questões
biopolíticas relacionadas ao corpo e da relação das pessoas com as
subjetividades mediante a questão corpórea.
REFERÊNCIAS

BRASIL ESCOLA. Michel Foucault. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/michel-foucault.htm. Acesso em: 2 de jun.
2021.
EBIOGRAFIA. Michel Foucault – Filosofo Francês. Disponível em:
https://www.ebiografia.com/michel_foucault/. Acesso em: 2 de jun. 2021.

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