COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA PROFESSOR: PAULO JÚNIOR DA SILVA PEREIRA 6º TEXTO ICONOGRÁFICO: O ILUMINISMO 2º BIMESTRE-ANO 2022 2º ANO DO ENSINO MÉDIO TURMAS: 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 E 08 O ILUMINISMO O Iluminismo foi um movimento intelectual, um conjunto de obras filosóficas e pesquisas científicas que dominou o mundo das ideias na Europa durante o século XVIII, teve o centro de difusão: a França; também conhecido como “Século das Luzes”, “Ilustração”, “Filosofia das Luzes". O Iluminismo incluiu uma série de ideias centradas e estabelecidas na razão (racionalidade, luz) como princípio básico, como principal fonte de autoridade e legitimidade, sendo a capacidade humana de conhecer, compreender e julgar, é ainda o instrumento capaz de promover a crítica das questões que envolviam a sociedade e a natureza, acima da fé, da religiosidade e também, da tradição monárquica. O Iluminismo da Idade Moderna rompeu com o Teocentrismo, tendo como característica o Antropocentrismo e ainda rejeitava a herança medieval e, por isso, passaram a chamar este período de “Idade das Trevas”. O Iluminismo defendia ideais como liberdade, progresso, tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação Igreja- Estado. O Iluminismo foi uma ruptura com o passado e o início de uma fase de progresso da humanidade, é marcada ainda por uma revolução na ciência, nas artes, na política, e na doutrina jurídica. O Iluminismo se caracteriza ainda pela oposição ao mercantilismo e ao absolutismo monárquico, teve o apoio da burguesia, defesa dos direitos naturais do indivíduo, defesa da liberdade econômica e política. O Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. O Iluminismo trouxe outro ponto: pode-se falar em diversos "microiluminismos", diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de "iluminismo tardio", "iluminismo escocês" e "iluminismo católico". PRINCIPAIS ILUMINISTAS JOHN LOCKE (29 DE AGOSTO DE 1632- 28 DE OUTUBRO DE 1704) John locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 – Harlow, 28 de outubro de 1704) foi um filósofo político inglês conhecido como o "pai do Iluminismo“, estudou Medicina e Ciências Naturais na Universidade de Oxford, lecionou grego, filosofia e retórica. John Locke foi considerado o principal representante e fundador do empirismo britânico e um dos principais teóricos do Contrato Social, foi o precursor da democracia liberal, defendia a liberdade e a tolerância religiosa, contra os abusos do absolutismo, defendeu a monarquia constitucional e representativa, para ele a soberania não reside no Estado, mas sim na população. John Locke foi o primeiro a apresentar o princípio da divisão dos três poderes, segundo o qual o poder do estado se divide entre instituições distintas. O Poder Legislativo, ou Parlamento, o Poder Judiciário, ou o Tribunal, e o Poder Executivo, ou o Governo. John locke tinha por objetivo refutar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo régio, defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, escreveu obras como: “Dois Tratados sobre o Governo”, “Ensaio acerca do Entendimento Humano”. John Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma tábula rasa, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. John Locke defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo, foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas. BARÃO DE MONTESQUIEU (18 DE JANEIRO DE 1689-10 DE FEVEREIRO DE 1755) Montesquieu, (castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de janeiro de 1689 — Paris, 10 de fevereiro de 1755), foi um político, filósofo e escritor francês, adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Montesquieu teve formação iluminista com padres oratorianos, revelando-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista, bem como do clero católico. Montesquieu era a favor da Monarquia Parlamentar, sonhava apenas com a limitação do poder absoluto dos reis, pois era um conservador, que queria a restauração das monarquias medievais e o poder do Estado nas mãos da nobreza. Montesquieu não se dedicou aos abstratos estudos racionalistas e empiristas comuns no século XVII. Seu interesse voltou-se para aquilo que o ser humano faz na coletividade: moral, costumes e política. Montesquieu defendia a divisão do poder em três: Poder Executivo (órgão responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente); Poder Legislativo (órgão responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares); Poder Judiciário (órgão responsável pela fiscalização do cumprimento das leis e exercido por juízes e magistrados). Montesquieu escreveu um relatório sobre as várias formas de poder, em que explicou como os governos podem ser preservados da corrupção. Montesquieu publicou as "Cartas Persas", um sucesso instantâneo que lhe trouxe a fama como escritor. Inspirou-se no gosto da época pelas coisas orientais para fazer uma sátira das instituições e dos costumes das sociedades francesa e europeia, além de fazer críticas fortes à religião católica e à igreja. VOLTARIE (20 DE NOVEMBRO DE 1694-30 DE MAIO DE 1778) Voltaire (Paris, 21 de novembro de 1694 — Paris, 30 de maio de 1778), foi um escritor ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês. Integrante de uma família abastada, burguesa e aristocrata. Conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa, suas ideias influenciaram pensadores importantes. Voltaire produziu cerca de 70 obras em quase todas as formas, foi influenciado pelo cientista Isaac Newton e pelo filósofo John Locke. Voltaire defendia as liberdades civis; criticou as instituições políticas da monarquia, combatendo o absolutismo; criticou o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Voltaire foi um defensor do livre comércio, contra o controle do estado na economia, se opôs à intolerância religiosa e à intolerância de opinião existentes na Europa. Voltaire introduziu várias reformas na França, como a liberdade de imprensa, tolerância religiosa, tributação proporcional e redução dos privilégios da nobreza e do clero, foi precursor da Revolução Francesa. Voltaire publicou ao menos 53 textos dentre roteiros para peças, romances, contos, extensos poemas, ensaios e tratados filosóficos, deixou uma extensa e rica correspondência, que soma mais de 20 mil cartas, também usou seus escritos para denunciar o fanatismo clerical e as deficiências da justiça. Voltaire exprime na maioria dos seus textos a preocupação da defesa da liberdade, sobretudo do pensar, criticando a censura e a escolástica, como observamos na seguinte frase, escrita por Evelyn Beatrice Hall como tentativa de descrever o espírito de Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma palavra do que você disse, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo". D’ALEMBERT (16 DE NOVEMBRO DE 1717-29 DE OUTUBRO DE 1783) D’ Alembert (Paris, 16 de novembro de 1717 - Paris, 29 de outubro de 1783) foi um filósofo, matemático e físico francês, filho ilegítimo de uma aristocrata e de um cavaleiro, estudou Direito, Teologia e Medicina antes de se tornar autodidata em Matemática. D’Alembert foi inspirado também pelo movimento iluminista, se associando ao filósofo Denis Diderot para se tornar um dos principais autores da Enciclopédia. D'Alembert e Diderot mudaram a natureza da Enciclopédia, em um meio para divulgar opiniões revolucionárias contra o governo monárquico absolutista, disseminando os pensamentos iluministas a respeito da tolerância religiosa e liberdade de opinião. D’Alembert teve publicações importantes como: “Memória sobre o Cálculo Integral”, “Memória sobre a Refração de Corpos Sólidos”, Tratado de Dinâmica” e “Tratado do Equilíbrio e do Movimento dos Fluídos”. D’Alembert recusou o convite do rei da Prússia Frederico II de fazer parte da Academia Prussiana, bem como produziu um trabalho sobre música, além de uma crítica aos jesuítas quando estes foram expulsos da França. D’Alembert recusou também uma oferta da imperatriz da Rússia, Catarina II, para torna-se o tutor de seu herdeiro, o príncipe Paulo não querendo afastar-se do movimento intelectual parisiense. D'Alembert foi o primeiro a chegar a uma solução para o extraordinário problema da precessão dos equinócios. Seu trabalho principal puramente matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais, particularmente em conexão com correntes vibratórias. ‘Estudou as equações com derivadas parciais demonstrou o teorema fundamental da álgebra, que afirma ter toda equação algébrica pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert). DENIS DIDEROT (05 DE OUTUBRO DE 1713-31 DE JULHO DE 1784) Denis Diderot (Langres, 5 de outubro de 1713 — Paris, 31 de julho de 1784) foi um filósofo e escritor francês, crítico do Absolutismo e do poder e influência da Igreja na sociedade, é conhecido por ter sido o co-fundador, editor chefe e contribuidor da Encyclopédie. Denis Diderot teve sua iniciação religiosa, foi um ateu materialista e um dos precursores da filosofia anarquista, consagrou-se como um grande escritor, teve como ofício, a literatura o que valeu uma vasta produção literária. Denis Diderot deu importância a Ciência como principal motor do desenvolvimento e progresso humano, bem com acreditava que a política devia se incumbir de eliminar as diferenças sociais, que a religião seria restrita ao campo de formação do comportamento humano, que a tecnologia é de fundamental importância para o desenvolvimento econômico das nações. Denis Diderot acredita na razão como guia, da qual a filosofia deveria se alicerçar para desvendar a verdade e constituir um sólido conhecimento. Sem espanto, ele elaborou sua metodologia segundo os moldes e informações das ciências exatas, de acordo com o materialismo científico. Diderot criticou severamente a escravidão e refutou metodicamente os estereótipos raciais que à época pretendiam justificar o comércio de africanos escravizados. Diderot destacou-se principalmente nos romances e escreveu vários artigos de crítica de arte, publicou “Pensamento Filosófico”, uma formulação de objeções reacionárias em oposição ao sobrenatural, além disso publicou Cartas Sobre os Cegos Para Uso Dos Que Enxergam, onde a tese do ensaio é a sujeição do homem aos seus cinco sentidos, o relativismo do conhecimento humano e a negação de qualquer fé transcendental. JEAN-JACQUES ROUSSEAU (28 DE JUNHO DE 1712-02 DE JULHO DE 1788) Jean-Jacques Rousseau, também conhecido como J.J. Rousseau ou simplesmente Rousseau (Genebra, 28 de junho de 1712 — Ermenonville, 2 de julho de 1778), foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino. Jean- Jean-Jacques Rousseau tornou-se um dos maiores intelectuais do iluminismo francês, sendo considerado também um precursor do socialismo e o do romantismo. Jacques Jacques Rousseau escreveu, além de estudos políticos, romances e ensaios sobre educação, religião, música, ética, autobiografia e literatura. Jean- Jacques Rousseau afirmou a necessidade da religião, apesar disso em suas obras de filosofia, mostrou ideias discordantes com as doutrinas do catolicismo e do calvinismo. Jean-Jacques Rousseau estudou música e passou a ensinar os filhos da burguesia e da nobreza essa arte, tendo ainda composto várias peças musicais, Jean-Jacques Rousseau- que não eram reconhecidas pelas academias musicais e pelos críticos. Jean-Jacques Rousseau foi um dos principais influenciadores da formação do pensamento politico e educacional moderno. Jean-Jacques Rousseau teve como principal obra: "O Contrato Social", que serviu como verdadeiro catecismo para a Revolução Francesa e exerceu grande influência no chamado liberalismo político, foi defensor ardoroso dos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade”, o lema da revolução, é visto como o “profeta” do movimento. Jean- Jacques Rousseau ataca a arte, porém, dedica-se à música e escreve a ópera cômica “O Camponês da Aldeia” e a comédia “Narciso”, desenvolve ideias expostas no seu discurso premiado e escreve “Discurso Sobre a Desigualdade”. Para Rousseau, a liberdade natural caracteriza-se por ações tomadas pelo indivíduo. A ENCICLOPÉDIA A Enciclopédia foi uma obra-chave do Iluminismo, uma coletânea de 35 volumes em que foram reunidos vários pensamentos liberais, cujo projeto era libertar o ser humano da "dependência autoimposta“. Diderot e D'Alembert são seus principais organizadores. A Enciclopédia foi um movimento que tinha como objetivo principal a catalogação e divulgação do conhecimento iluminista através da escrita, publicação e divulgação. A Enciclopédia foi uma tentativa de organizar a filosofia iluminista e compartilhá-la da maneira mais ampla possível. A Enciclopédia tinha como um de seus objetivos ser um guia “racional das ciências, das artes e dos ofícios”. A Enciclopédia pretendia fornecer os instrumentos necessários para compreender as ações humanas pelo uso da razão e não pelas explicações religiosas que sempre recorriam à intervenção da Providência Divina. A FISIOCRACIA A FISIOCRACIA A Fisiocracia O termo fisiocracia tem origem no grego, significando “Governo da Natureza”. (fis = natureza; cratos = poder). Surgiu em um momento de crise econômica e política da monarquia na França, na segunda metade do século XVIII, sendo a primeira escola de economia científica, sofre influência do iluminismo e se opõe ao mercantilismo. A Fisiocracia é uma escola de pensamento econômico ou uma teoria econômica fundamentada na liberdade, defendida por um grupo de economistas franceses, chamados de fisiocratas. A Fisiocracia como doutrina econômica exercia um papel único na agricultura, a de autêntica geradora de riqueza, visava unicamente o valor de "terras agrícolas" ou do "desenvolvimento da terra“. Não valorizava positivamente o comércio e a indústria porque ambas as atividades apenas distribuía a riqueza. A Fisiocracia é uma teoria científico-econômica, considerada uma espécie de precursora do liberalismo econômico; expressa grande otimismo no ser humano e a ideia de progresso, teve vida bastante curta, de pouco mais de trinta anos. A Fisiocracia- O pensamento fisiocrata reduz a sociedade a três classes: A classe agrícola é a responsável pelo cultivo da terra. É composta por produtores, arrendatários e camponeses. A classe dos proprietários, como o nome diz, é compreendida pelos donos da terra, que se sustentam da renda gerada pela classe agrícola. A classe estéril é integrada por todos os cidadãos que se ocupam de outras atividades diferentes da agricultura. A Fisiocracia- A economia e a sociedade são regidas por leis naturais que levam a humanidade a um estado de harmonia, o mercado, principalmente os preços, deve ser regulado pela lei da oferta e procura (demanda). PRINCIPAIS FISIOCRATAS FRANÇOIS QUESNAY (04 DE JUNHO DE 1694-16 DE DEZEMBRO DE 1774) François Quesnay — (Méré, 4 de Junho de 1694 - Paris, 16 de Dezembro de 1774) viveu na França que passava pela Reforma de Colbert, foi um médico e economista francês, era filho de agricultores e, devido à situação em que viveu, sendo fruto de sua época, era adepto da Fisiocracia, ou seja, se destacou como principal figura da escola dos fisiocratas. François Quesnay acreditava que somente a agricultura era fonte fundamental e criadora de riquezas, que traz o desenvolvimento de uma nação, uma vez que poderia possibilitar grande quantidade de venda de gêneros alimentícios internamente, gerando assim riquezas a serem investidas para o Estado. Com isso, diminuiria a necessidade de compras no exterior, poupando assim custos. Se, entretanto, um Estado gastasse com luxos seus ganhos com o comércio, o sustento das famílias seria prejudicado e, logo, o........ François Quesnay- Estado enfraquecido, abrindo caminho até mesmo para a decadência econômica. François Quesnay acreditava que os indivíduos mais úteis à sociedade eram os grandes proprietários e os fazendeiros. François Quesnay fazia oposição as práticas mercantilistas, que primava pelo desenvolvimento da indústria e do comércio exterior. François Quesnay achava que tem de haver liberdade econômica como diz na célebre frase: “Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui- même”; ou seja, "deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por si mesmo". Cria a ideia de “oferta-procura”, isto é, quanto maior a procura do produto, maior é o seu preço. Contrariamente, quanto menor a procura, menor o preço. Se existir liberdade produz-se e consome-se o necessário, logo, há estabilidade do preço e equilíbrio. JACQUES TURGOT (10 DE MAIO DE 1727-18 DE MARÇO DE 1781) Jacques Turgot (Paris, 10 de maio de 1727 — Paris, 18 de março de 1781) foi um economista e estadista francês cuja obra é considerada um elo entre a fisiocracia e a escola britânica de economia clássica, estudou na Universidade de Sorbonne e foi trabalhar na administração real. Jacques Turgot estava destinado por sua família a entrar para o sacerdócio, porém, por conta de uma herança recebida pôde prosseguir seus estudos e carreira na administração. Jacques Turgot foi nomeado ministro-geral das finanças do rei Luís XVI de França, porém, suas ideias de reforma econômica liberal, tinha a ideia de eliminar as restrições estatista da economia. Jacques Turgot foi grande admirador dos enciclopedistas, dos pensadores iluministas que formaram a primeira escola de economia científica. Jacques Turgot, como intendente de Limoges aplicou com grande sucesso uma série de Jacques Turgot medidas destinadas à racionalizar a economia. Jacques Turgot defendeu o livre comércio e a interdependência entre as diferentes classes econômicas, fez oposição ao mercantilismo, sendo contrário a intervenção do Estado na economia, acreditava que a agricultura era a principal atividade para a geração de riqueza, utilizou a posse de terras para desenvolver suas teorias econômicas, era a favor de um imposto único sobre o "produto líquido", defendeu a liberdade econômica e o direito de propriedade, defendeu a interdependência entre as diversas classes econômicas existentes na sociedade. Jacques Turgot apresenta um papel importante na definição do conceito de capital, reconstituindo o conceito de juro de David Hume para definir o conceito de capital como todos os bens acumulados sem distinção. O LIBERALISMO ECONÔMICO O Liberalismo Econômico foi uma doutrina ou ideologia político- econômica que defende a ideia de liberdade na economia, surgiu quando os Estados Nacionais estavam se constituindo, teve suas teses que foram criadas no século XVI com a clara intenção de combater o mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas necessidades do capitalismo. O Liberalismo Econômico significa a utilização de princípios liberais aplicados às questões econômicas, um de seus pilares fundamentais é a não intervenção externa no controle da economia, ou seja, contra o intervencionismo estatal, o que significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou por organizações coletivas. O Liberalismo Econômico defende a ideia que somente a ausência de controle estatal é capaz de permitir o crescimento e fortalecimento da economia de um país. O Liberalismo Econômico se baseia na liberdade individual de escolha, tanto para as empresas como os trabalhadores, traz ideias fundamentais como: a valorização do trabalho assalariado e a liberdade para decidir empreender. O Liberalismo Econômico teve outra ideia adotada, a permissão da prática de livre concorrência, considerada essencial para beneficiar os consumidores. O Liberalismo Econômico, mostra que cabe ao Estado, a manutenção da ordem, a preservação da paz e a proteção à propriedade privada. O Liberalismo Econômico é mais praticado em países regidos pelo sistema capitalista, sendo oposto aos países com princípios e ideologias comunistas e socialistas. O Liberalismo Econômico será duramente criticado pelo marxismo que declarava que o liberalismo era o culpado pela concentração de riqueza da burguesia e a pobreza da classe operária. ADAM SMITH (05 DE JUNHO DE 1723-17 DE JULHO DE 1790) Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 – Edimburgo, 17 de julho de 1790) foi um filósofo e economista britânico nascido na Escócia, teve como cenário para a sua vida o atribulado Século das Luzes, o século XVIII. Adam Smith é o pai da economia moderna, considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico, suas ideias tiveram uma grande influência na burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em muitas regiões rurais da Europa. Adam Smith analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia, abordou questões como o crescimento econômico, ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução social, acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, Adam Smith- com pouca ou nenhuma intervenção governamental, sendo defensor do free banking (sistema bancário livre). Adam Smith também pode ser considerado um dos formadores do estágio atual em que se encontra a globalização, é autor da obra: “Uma Investigação sobre a Natureza” e a “Causa da Riqueza das Nações”. Adam Smith acreditava que a economia se movia através dos interesses individuais de cada um, já que o trabalhador se ocupava para garantir apenas a sua sobrevivência e não da sociedade como o todo. Adam Smith também sugeriu que as nações deveriam se especializar em produtos mais específicos, com a intenção de vendê-los no mercado. Adam Smith observava a sociedade e criava a teorias que explicavam o comportamento humano. Acreditava que cada ação de um indivíduo gerava um resultado na economia. O DESPOTISMO ESCLARECIDO O DESPOTISMO ESCLARECIDO-(1) O Despotismo Esclarecido foi uma expressão cunhada pelo historiador alemão Wilhelm Roscher, em 1847, é também conhecido por "despotismo benévolo“, "absolutismo esclarecido“ ou ainda “absolutismo ilustrado”. O Despotismo Esclarecido foi um regime ou doutrina onde se aprofunda a ruptura com a tradição típica do Antigo Regime, para uma forma de governar mais eficiente, sem abandonar os fatores absolutistas. O Despotismo Esclarecido foi uma forma reformista de governo com o objetivo de transformar a monarquia absolutista que estava em crise com a popularidade das ideias iluministas, ou seja, apoiado e inspirado por princípios iluministas. O Despotismo Esclarecido da segunda metade do século XVIII, desenvolveu-se sobretudo no leste europeu, Europa continental (Áustria, Prússia e Rússia), visava acelerar e contribuir o processo de modernização de alguns O Despotismo Esclarecido- países, e assim aumentar seu poder e prestígio a fim de enfraquecer a oposição ao seu governo. O Despotismo Esclarecido teve como suas principais características: uma administração política que não prejudicasse o Direito Divino, intensificação da autoridade real, modernização do funcionamento do Estado, utilizavam somente os conhecimentos iluministas acerca de assuntos político-administrativos, não adotaram os princípios liberais e democratizantes do iluminismo, empregavam ministros e filósofos alinhados ao pensamento iluminista para orientar o monarca. O Despotismo Esclarecido vigorou em territórios que não haviam a predominância da burguesia, adoção da lógica e da razão como forma de orientação, liberdade religiosa, ampliação do número de instituições educacionais, respeito à propriedade privada e desenvolvimento da economia. FREDERICO II DA PRÚSSIA REINADO (31 DE MAIO DE 1740 a 17 DE AGOSTO DE 1786) Frederico II, da Prússia- (24 de janeiro de 1712 - 17 de agosto de 1786) foi o principal déspota esclarecido prussiano, também compositor e escritor, fez de Berlim uma das capitais das luzes. Frederico II foi um grande administrador, que via no bem-estar de seus súditos o requisito fundamental para o fortalecimento do Estado. Frederico II centralizou o poder e elaborou um código de lei para todo o reino que eliminava legislações locais, prosseguiu com a política mercantilista de seus antecessores e reforçou o absolutismo central, acentuando a concentração de poderes e a burocratização. Frederico II nomeou agentes para fiscalizar as finanças, a economia e o Exército e incentivou a imigração e o assentamento de colonos nas regiões devastadas pela guerra, manteve um Estado forte só possível com a aliança entre a monarquia e a nobreza e também pelo fato de ter ao seu serviço Frederico II, da Prússia um poderoso exército, usou os novos impostos sobre o café e o tabaco para financiar a banca de Berlim. Frederico II promoveu reformas, como a abolição da tortura e das corveias feudais, fundou escolas elementares, desenvolveu a instrução pública e decretou a tolerância religiosa, acolheu refugiados franceses que escapavam de perseguições religiosas em seu país. Frederico II procurou desenvolver ainda mais a indústria e o comércio, sem muito êxito, devido à persistência dos grandes latifúndios da nobreza. Com sua obra de expansão e desenvolvimento, colocou a Prússia entre as principais potências da Europa. Frederico II foi amigo pessoal de Voltaire, atraiu a sua corte cientistas e escritores e mandou construir o palácio de Sans- Souci, de estilo rococó francês, sua política estava voltada para o fortalecimento do exército e das conquistas militares. CARLOS III DA ESPANHA REINADO (10 DE AGOSTO DE 1759 a 14 DE DEZEMBRO DE 1788) CARLOS III DA ESPANHA (1) Carlos III da Espanha- (Madrid, 20 de janeiro de 1716 – Madrid, 14 de dezembro de 1788) foi o Rei da Espanha até sua morte, e também Rei de Nápoles como Carlos VII e da Sicília como Carlos V desde suas conquistas até sua abdicação. Carlos III da Espanha promoveu a ciência e pesquisas universitárias, facilitando o comércio, modernizando a agricultura e evitando guerras, decidiu proibir as touradas, uma prática que considerava brutal e pouco civilizada. Carlos III da Espanha nomeou o marquês de Esquillache secretário das finanças e do tesouro e, juntos, levaram a cabo muitas reformas, o exército e a marinha espanholas foram reorganizados apesar das perdas sofridas durante a Guerra dos Sete Anos. Carlos III da Espanha eliminou também o imposto sobre a farinha, o que liberalizou o comércio em grande escala. No entanto, devido a esta medida, houve uma grande subida nos Carlos III, da Espanha preços, causada pelos "monopolizadores" que começaram a especular sobre as más colheitas dos anos anteriores. Carlos III da Espanha criou a fábricas: de porcelana “Real Fábrica del Buen Retiro”, de cristal, “Real Fábrica de Cristales de La Granja” e a “Real Fábrica de Platería Martínez”. Carlos III da Espanha industrializou as zonas das Astúrias e da Catalunha tornaram-se grandes fontes de rendimento para a economia espanhola, centrou as suas atenções na economia estrangeira, virando-se para as suas colônias nas Américas. Carlos III da Espanha dedicou-se às finanças das Filipinas e encorajou o comércio com os Estados Unidos, mandou construir o Canal de Aragão, várias estradas para Madrid, no centro de Espanha, e em Sevilha foram construídas várias estruturas como hospitais e o Arquivo Geral das Índias. JOSÉ II DA ÁUSTRIA REINADO (18 DE AGOSTO DE 1765 a 20 DE FEVEREIRO DE 1790) José II da Áustria (Viena, 13 de março de 1741 – Viena, 20 de fevereiro de 1790) foi o Imperador Romano-Germânico e Arquiduque da Áustria até sua morte, além de Rei da Hungria, Croácia e Boêmia. José II da Áustria realizou as primeiras reformas a centralização administrativa do império através da supressão dos órgãos colegiais e da criação de uma chancelaria com vastos poderes. José II da Áustria praticou políticas próximas do colbertismo, sua educação formal foi fornecida através dos escritos de Voltaire e dos enciclopedistas, procedeu-se a um cadastro das terras, construiu-se uma rede de estradas e fomentaram-se as indústrias, sobretudo na Boêmia. José II da Áustria através do Édito de Tolerância concedeu a liberdade de culto a todos os cristãos, embora os protestantes não obtivessem todos os direitos, apesar de muito apegado ao catolicismo, não hesitou em colocar a José II da Áustria- Igreja sob sua autoridade, exercendo uma política religiosa autônoma de Roma que ficou conhecida por Josefismo. José II da Áustria suprimiu as ordens contemplativas e vendeu os bens destas em proveito das obras assistenciais, fez com que os clérigos seculares se tornassem funcionários civis e instituiu seminários estatais. José II da Áustria imitou o culto das relíquias, os feriados e as peregrinações, aboliu a servidão e a tortura, fundou novos hospitais, asilos e orfanatos, a educação passou a ser encarada como responsabilidade do Estado, tendo sido decretado o ensino primário obrigatório, o alemão tornou-se língua obrigatória no império. José II da Áustria fez uma aliança com Catarina II da Rússia contra os turcos, mas José fracassou nos intentos de os derrotar. Durante o período da co-regência dedicou-se a viajar pelos estados austríacos e pelo estrangeiro. GUSTAVO III DA SUÉCIA REINADO (12 DE FEVEREIRO DE 1771 a 29 DE MARÇO DE 1792) Gustavo III da Suécia (Estocolmo, 24 de janeiro de 1746 – Estocolmo, 29 de março de 1792) foi o Rei da Suécia, era o filho mais velho do rei Adolfo Frederico e da rainha Luísa Ulrica da Prússia, ficou para a história como a maior personalidade cultural entre todos os reis do país. Através de um golpe de estado não sangrento, retirou ao parlamento o governo do país, encerrando assim a Era de Liberdade. Gustavo III da Suécia restaurou sucessivamente o seu poder pessoal, como monarca quase absoluto, pelo Decreto de União e Segurança passado a governar "ele e só ele“. Gustavo III da Suécia fundou várias academias como patrono e benfeitor das artes e literatura, entre elas a Academia Sueca, a Ópera Real Sueca e o Teatro Dramático Real, além da criação do traje nacional sueco. Gustavo III da Suécia foi mecenas de personalidades artísticas da época, gastou Gustavo III, da Suécia grandes quantidades de dinheiro público em aventuras culturais, colaborando para a controvérsia de seu reinado. Gustavo III, da Suécia tentou conquistar a Noruega com a ajuda da Rússia, e depois recapturar sem sucesso as províncias bálticas na Guerra Russo-Sueca, apesar de ter restaurado a força militar sueca. Gustavo III da Suécia foi admirador de Voltaire, legalizou a presença católica e judia em seu reino e realizou amplas reformas para um liberalismo econômico, reforma social e abolição de tortura e pena de morte, apesar de ter eliminado todo tipo de mídia independente. Após a Revolução Francesa. Gustavo III da Suécia tentou formar alianças com outros monarcas a fim esmagar a insurreição e restaurar o rei Luís XVI de França, oferecendo o auxílio sueco sob sua liderança na causa real da França. CATARINA II DA RÚSSIA REINADO (09 DE JULHO DE 1762 a 17 DE NOVEMBRO DE 1796) Catarina II da Rússia (Estetino, 2 de maio de 1729 – São Petersburgo, 17 de novembro de 1796), conhecida como Catarina, a Grande, foi a Imperatriz da Rússia, sendo que durante o seu reinado, o Império Russo melhorou a sua administração e continuou a modernizar-se. Catarina II da Rússia ansiava por ser reconhecida como uma soberana iluminista, iniciou reformando a obsoleta administração e estimulando a agricultura e o comércio, reorganizou o exército, construiu asilos, hospitais, hospícios e maternidades. Catarina II, da Rússia promulgou a "Carta da Nobreza", na qual abolia os impostos dos nobres, aumentando ainda mais o poder dos senhores de terra. Catarina II, da Rússia financiou guerras em diversas fronteiras, incorporando vastos territórios e aproximando-se da Europa central, amplificou as fronteiras do Império Russo para sul e para o ocidente, absorvendo Catarina II, da Rússia a Nova Rússia, Crimeia, Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia e Curlândia. assinou um tratado comercial com a Grã-Bretanha, mas evitou uma aliança militar. Catarina II, da Rússia tinha a reputação de ser uma mecenas das artes, literatura e educação, escreveu ainda comédias, ficção e uma autobiografia. Catarina II da Rússia admirava os filósofos e a cultura ocidental e queria rodear-se de pessoas que partilhavam as suas ideias dentro da Rússia, se correspondia com iluministas como Diderot e d’Alembert, com Voltaire manteve correspondência durante 15 anos desde a sua ascensão ao trono até a morte dele. Catarina II, da Rússia acreditava que se podia criar um "novo tipo de pessoa" com a educação dos mais novos, acreditava que a educação podia modificar o espírito e as ideias russas para que estas se modernizassem. MARIA TEREZA DA ÁUSTRIA REINADO-(05 DE MAIO a 07 DE NOVEMBRO DE 1827) Maria Teresa, da Áustria (Viena, 13 de maio de 1717 - Viena, 29 de novembro de 1780), foi Duquesa da Lorena, grã-duquesa da Toscana e imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico, foi a última chefe da Casa de Habsburgo, soberana da Áustria, Hungria, Boêmia, Croácia, Mântua, Milão, Galícia e Lodomeria, Parma e Países Baixos Austríacos. Maria Teresa, da Áustria ficou conhecida pelo seu estilo de vida ascético, foi responsável por grandes reformas financeiras, promoveu o comércio e desenvolveu a agricultura, reorganizou o exército austríaco, modernizou o império, supervisionou a unificação das chancelarias da Áustria e da Boêmia, teve uma relação bastante complexa com os jesuítas, membros da ordem que a educaram. Maria Tereza, da Áustria fez reformas relativas à Igreja Católica Romana, sua política eclesiástica, era baseada na primazia do controle do governo nas Maria Teresa, da Áustria- relações entre a Igreja e o Estado. Maria Teresa, da Áustria recusou-se a permitir a tolerância religiosa, levando seus contemporâneos a avaliar seu regime como preconceituoso e supersticioso, além disso, proibiu a criação de novos cemitérios, pois condenava o desperdício e a falta de higiene dos costumes funerários. Maria Teresa, da Áustria instituiu uma reforma na educação, um novo sistema de ensino, baseado no prussiano, todas as crianças de ambos os sexos entre seis e doze anos, tinham que frequentar a escola. Maria Teresa, da Áustria definiu os direitos civis na Áustria, proibiu que se queimassem mulheres acusadas de bruxaria em fogueiras, a tortura, retirou a pena de morte do código penal, substituindo-a por trabalhos forçados. Maria Teresa, da Áustria acreditava que sua causa deveria ser a causa de seus súditos. REFLEXÃO BÍBLICA
“PORQUE ESTE DEUS É O
NOSSO DEUS PARA SEMPRE; FIM ELE SERÁ NOSSO GUIA ATÉ À MORTE” SL 48-14.