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ESCOLA ESTADUAL DEPUTADO VITAL DE MENDONÇA

ITACOATIARA, 06 DE JUNHO DE 2022


COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
PROFESSOR: PAULO JÚNIOR DA SILVA
PEREIRA
6º TEXTO ICONOGRÁFICO: O ILUMINISMO
2º BIMESTRE-ANO 2022
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
TURMAS: 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07 E 08
O ILUMINISMO
O Iluminismo foi um movimento intelectual, um conjunto de obras
filosóficas e pesquisas científicas que dominou o mundo das ideias
na Europa durante o século XVIII, teve o centro de difusão: a
França; também conhecido como “Século das Luzes”, “Ilustração”,
“Filosofia das Luzes". O Iluminismo incluiu uma série de ideias
centradas e estabelecidas na razão (racionalidade, luz) como
princípio básico, como principal fonte de autoridade e legitimidade,
sendo a capacidade humana de conhecer, compreender e julgar, é
ainda o instrumento capaz de promover a crítica das questões que
envolviam a sociedade e a natureza, acima da fé, da religiosidade
e também, da tradição monárquica. O Iluminismo da Idade
Moderna rompeu com o Teocentrismo, tendo como característica o
Antropocentrismo e ainda rejeitava a herança medieval e, por isso,
passaram a chamar este período de “Idade das Trevas”.
O Iluminismo defendia ideais como liberdade, progresso,
tolerância, fraternidade, governo constitucional e separação Igreja-
Estado. O Iluminismo foi uma ruptura com o passado e o início de
uma fase de progresso da humanidade, é marcada ainda por uma
revolução na ciência, nas artes, na política, e na doutrina jurídica.
O Iluminismo se caracteriza ainda pela oposição ao mercantilismo
e ao absolutismo monárquico, teve o apoio da burguesia, defesa
dos direitos naturais do indivíduo, defesa da liberdade econômica e
política. O Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas
tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes intelectuais e
atitudes religiosas. O Iluminismo trouxe outro ponto: pode-se falar
em diversos "microiluminismos", diferenciando especificidades
temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de
"iluminismo tardio", "iluminismo escocês" e "iluminismo católico".
PRINCIPAIS
ILUMINISTAS
JOHN LOCKE
(29 DE AGOSTO DE 1632- 28 DE OUTUBRO DE 1704)
John locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 – Harlow, 28 de
outubro de 1704) foi um filósofo político inglês conhecido como o
"pai do Iluminismo“, estudou Medicina e Ciências Naturais na
Universidade de Oxford, lecionou grego, filosofia e retórica. John
Locke foi considerado o principal representante e fundador do
empirismo britânico e um dos principais teóricos do Contrato
Social, foi o precursor da democracia liberal, defendia a liberdade
e a tolerância religiosa, contra os abusos do absolutismo, defendeu
a monarquia constitucional e representativa, para ele a soberania
não reside no Estado, mas sim na população. John Locke foi o
primeiro a apresentar o princípio da divisão dos três poderes,
segundo o qual o poder do estado se divide entre instituições
distintas. O Poder Legislativo, ou Parlamento, o Poder Judiciário,
ou o Tribunal, e o Poder Executivo, ou o Governo.
John locke tinha por objetivo refutar a doutrina do direito divino dos
reis e do absolutismo régio, defendeu a separação da Igreja do
Estado e a liberdade religiosa, escreveu obras como: “Dois
Tratados sobre o Governo”, “Ensaio acerca do Entendimento
Humano”. John Locke também afirmava que a mente de uma
pessoa ao nascer era uma tábula rasa, uma espécie de folha em
branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que
vão formando seus conhecimentos e personalidade. John Locke
defendia também que todos os seres humanos nascem bons,
iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável
pela formação do indivíduo, foi um defensor da escravidão. Não
relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra.
De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra
poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas.
BARÃO DE MONTESQUIEU
(18 DE JANEIRO DE 1689-10 DE FEVEREIRO DE 1755)
Montesquieu, (castelo de La Brède, próximo a Bordéus, 18 de
janeiro de 1689 — Paris, 10 de fevereiro de 1755), foi um político,
filósofo e escritor francês, adquiriu sólidos conhecimentos
humanísticos e jurídicos, frequentou em Paris os círculos da
boêmia literária. Montesquieu teve formação iluminista com padres
oratorianos, revelando-se um crítico severo e irônico da monarquia
absolutista, bem como do clero católico. Montesquieu era a favor
da Monarquia Parlamentar, sonhava apenas com a limitação do
poder absoluto dos reis, pois era um conservador, que queria a
restauração das monarquias medievais e o poder do Estado nas
mãos da nobreza. Montesquieu não se dedicou aos abstratos
estudos racionalistas e empiristas comuns no século XVII. Seu
interesse voltou-se para aquilo que o ser humano faz na
coletividade: moral, costumes e política.
Montesquieu defendia a divisão do poder em três: Poder Executivo
(órgão responsável pela administração do território e concentrado
nas mãos do monarca ou regente); Poder Legislativo (órgão
responsável pela elaboração das leis e representado pelas
câmaras de parlamentares); Poder Judiciário (órgão responsável
pela fiscalização do cumprimento das leis e exercido por juízes e
magistrados). Montesquieu escreveu um relatório sobre as várias
formas de poder, em que explicou como os governos podem ser
preservados da corrupção. Montesquieu publicou as "Cartas
Persas", um sucesso instantâneo que lhe trouxe a fama como
escritor. Inspirou-se no gosto da época pelas coisas orientais para
fazer uma sátira das instituições e dos costumes das sociedades
francesa e europeia, além de fazer críticas fortes à religião católica
e à igreja.
VOLTARIE
(20 DE NOVEMBRO DE 1694-30 DE MAIO DE 1778)
Voltaire (Paris, 21 de novembro de 1694 — Paris, 30 de maio de
1778), foi um escritor ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês.
Integrante de uma família abastada, burguesa e aristocrata.
Conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa
das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa, suas ideias
influenciaram pensadores importantes. Voltaire produziu cerca de
70 obras em quase todas as formas, foi influenciado pelo
cientista Isaac Newton e pelo filósofo John Locke. Voltaire defendia
as liberdades civis; criticou as instituições políticas da monarquia,
combatendo o absolutismo; criticou o poder da Igreja Católica e
sua interferência no sistema político. Voltaire foi um defensor do
livre comércio, contra o controle do estado na economia, se opôs
à intolerância religiosa e à intolerância de opinião existentes na
Europa.
Voltaire introduziu várias reformas na França, como a liberdade de
imprensa, tolerância religiosa, tributação proporcional e redução
dos privilégios da nobreza e do clero, foi precursor da Revolução
Francesa. Voltaire publicou ao menos 53 textos dentre roteiros
para peças, romances, contos, extensos poemas, ensaios e
tratados filosóficos, deixou uma extensa e rica correspondência,
que soma mais de 20 mil cartas, também usou seus escritos para
denunciar o fanatismo clerical e as deficiências da justiça. Voltaire
exprime na maioria dos seus textos a preocupação da defesa da
liberdade, sobretudo do pensar, criticando a censura e a
escolástica, como observamos na seguinte frase, escrita por
Evelyn Beatrice Hall como tentativa de descrever o espírito de
Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma palavra do que você
disse, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo".
D’ALEMBERT
(16 DE NOVEMBRO DE 1717-29 DE OUTUBRO DE 1783)
D’ Alembert (Paris, 16 de novembro de 1717 - Paris, 29 de outubro
de 1783) foi um filósofo, matemático e físico francês, filho ilegítimo
de uma aristocrata e de um cavaleiro, estudou Direito, Teologia e
Medicina antes de se tornar autodidata em Matemática.
D’Alembert foi inspirado também pelo movimento iluminista, se
associando ao filósofo Denis Diderot para se tornar um dos
principais autores da Enciclopédia. D'Alembert e Diderot mudaram
a natureza da Enciclopédia, em um meio para divulgar opiniões
revolucionárias contra o governo monárquico absolutista,
disseminando os pensamentos iluministas a respeito da tolerância
religiosa e liberdade de opinião. D’Alembert teve publicações
importantes como: “Memória sobre o Cálculo Integral”, “Memória
sobre a Refração de Corpos Sólidos”, Tratado de Dinâmica” e
“Tratado do Equilíbrio e do Movimento dos Fluídos”.
D’Alembert recusou o convite do rei da Prússia Frederico II de
fazer parte da Academia Prussiana, bem como produziu um
trabalho sobre música, além de uma crítica aos jesuítas quando
estes foram expulsos da França. D’Alembert recusou também uma
oferta da imperatriz da Rússia, Catarina II, para torna-se o tutor de
seu herdeiro, o príncipe Paulo não querendo afastar-se do
movimento intelectual parisiense. D'Alembert foi o primeiro a
chegar a uma solução para o extraordinário problema da
precessão dos equinócios. Seu trabalho principal puramente
matemático, foi sobre equações parcialmente diferenciais,
particularmente em conexão com correntes vibratórias. ‘Estudou as
equações com derivadas parciais demonstrou o teorema
fundamental da álgebra, que afirma ter toda equação algébrica
pelo menos uma raiz real ou imaginária (teorema de D'Alembert).
DENIS DIDEROT
(05 DE OUTUBRO DE 1713-31 DE JULHO DE 1784)
Denis Diderot (Langres, 5 de outubro de 1713 — Paris, 31 de julho
de 1784) foi um filósofo e escritor francês, crítico do Absolutismo e
do poder e influência da Igreja na sociedade, é conhecido por ter
sido o co-fundador, editor chefe e contribuidor da Encyclopédie.
Denis Diderot teve sua iniciação religiosa, foi um ateu materialista e
um dos precursores da filosofia anarquista, consagrou-se como um
grande escritor, teve como ofício, a literatura o que valeu uma
vasta produção literária. Denis Diderot deu importância a Ciência
como principal motor do desenvolvimento e progresso humano,
bem com acreditava que a política devia se incumbir de eliminar as
diferenças sociais, que a religião seria restrita ao campo de
formação do comportamento humano, que a tecnologia é de
fundamental importância para o desenvolvimento econômico das
nações.
Denis Diderot acredita na razão como guia, da qual a filosofia
deveria se alicerçar para desvendar a verdade e constituir um
sólido conhecimento. Sem espanto, ele elaborou sua metodologia
segundo os moldes e informações das ciências exatas, de acordo
com o materialismo científico. Diderot criticou severamente a
escravidão e refutou metodicamente os estereótipos raciais que à
época pretendiam justificar o comércio de africanos escravizados.
Diderot destacou-se principalmente nos romances e escreveu
vários artigos de crítica de arte, publicou “Pensamento Filosófico”,
uma formulação de objeções reacionárias em oposição ao
sobrenatural, além disso publicou Cartas Sobre os Cegos Para
Uso Dos Que Enxergam, onde a tese do ensaio é a sujeição do
homem aos seus cinco sentidos, o relativismo do conhecimento
humano e a negação de qualquer fé transcendental.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU
(28 DE JUNHO DE 1712-02 DE JULHO DE 1788)
Jean-Jacques Rousseau, também conhecido como J.J. Rousseau
ou simplesmente Rousseau (Genebra, 28 de junho de 1712 —
Ermenonville, 2 de julho de 1778), foi um importante filósofo,
teórico político, escritor e compositor autodidata genebrino. Jean-
Jean-Jacques Rousseau tornou-se um dos maiores intelectuais do
iluminismo francês, sendo considerado também um precursor do
socialismo e o do romantismo. Jacques Jacques Rousseau
escreveu, além de estudos políticos, romances e ensaios sobre
educação, religião, música, ética, autobiografia e literatura. Jean-
Jacques Rousseau afirmou a necessidade da religião, apesar disso
em suas obras de filosofia, mostrou ideias discordantes com as
doutrinas do catolicismo e do calvinismo. Jean-Jacques Rousseau
estudou música e passou a ensinar os filhos da burguesia e da
nobreza essa arte, tendo ainda composto várias peças musicais,
Jean-Jacques Rousseau- que não eram reconhecidas pelas
academias musicais e pelos críticos. Jean-Jacques Rousseau foi
um dos principais influenciadores da formação do pensamento
politico e educacional moderno. Jean-Jacques Rousseau teve
como principal obra: "O Contrato Social", que serviu como
verdadeiro catecismo para a Revolução Francesa e exerceu
grande influência no chamado liberalismo político, foi defensor
ardoroso dos princípios de “liberdade, igualdade e fraternidade”, o
lema da revolução, é visto como o “profeta” do movimento. Jean-
Jacques Rousseau ataca a arte, porém, dedica-se à música e
escreve a ópera cômica “O Camponês da Aldeia” e a comédia
“Narciso”, desenvolve ideias expostas no seu discurso premiado e
escreve “Discurso Sobre a Desigualdade”. Para Rousseau, a
liberdade natural caracteriza-se por ações tomadas pelo indivíduo.
A ENCICLOPÉDIA
A Enciclopédia foi uma obra-chave do Iluminismo, uma coletânea
de 35 volumes em que foram reunidos vários pensamentos
liberais, cujo projeto era libertar o ser humano da "dependência
autoimposta“. Diderot e D'Alembert são seus principais
organizadores. A Enciclopédia foi um movimento que tinha como
objetivo principal a catalogação e divulgação do conhecimento
iluminista através da escrita, publicação e divulgação. A
Enciclopédia foi uma tentativa de organizar a filosofia iluminista e
compartilhá-la da maneira mais ampla possível. A Enciclopédia
tinha como um de seus objetivos ser um guia “racional das
ciências, das artes e dos ofícios”. A Enciclopédia pretendia fornecer
os instrumentos necessários para compreender as ações humanas
pelo uso da razão e não pelas explicações religiosas que sempre
recorriam à intervenção da Providência Divina.
A FISIOCRACIA
A FISIOCRACIA
A Fisiocracia O termo fisiocracia tem origem no grego, significando
“Governo da Natureza”. (fis = natureza; cratos = poder). Surgiu em
um momento de crise econômica e política da monarquia na
França, na segunda metade do século XVIII, sendo a primeira
escola de economia científica, sofre influência do iluminismo e se
opõe ao mercantilismo. A Fisiocracia é uma escola de pensamento
econômico ou uma teoria econômica fundamentada na liberdade,
defendida por um grupo de economistas franceses, chamados de
fisiocratas. A Fisiocracia como doutrina econômica exercia um
papel único na agricultura, a de autêntica geradora de riqueza,
visava unicamente o valor de "terras agrícolas" ou do
"desenvolvimento da terra“. Não valorizava positivamente o
comércio e a indústria porque ambas as atividades apenas
distribuía a riqueza.
A Fisiocracia é uma teoria científico-econômica, considerada uma
espécie de precursora do liberalismo econômico; expressa grande
otimismo no ser humano e a ideia de progresso, teve vida bastante
curta, de pouco mais de trinta anos. A Fisiocracia- O pensamento
fisiocrata reduz a sociedade a três classes: A classe agrícola é a
responsável pelo cultivo da terra. É composta por produtores,
arrendatários e camponeses. A classe dos proprietários, como o
nome diz, é compreendida pelos donos da terra, que se sustentam
da renda gerada pela classe agrícola. A classe estéril é integrada
por todos os cidadãos que se ocupam de outras atividades
diferentes da agricultura. A Fisiocracia- A economia e a sociedade
são regidas por leis naturais que levam a humanidade a um estado
de harmonia, o mercado, principalmente os preços, deve ser
regulado pela lei da oferta e procura (demanda).
PRINCIPAIS
FISIOCRATAS
FRANÇOIS QUESNAY
(04 DE JUNHO DE 1694-16 DE DEZEMBRO DE 1774)
François Quesnay — (Méré, 4 de Junho de 1694 - Paris, 16 de
Dezembro de 1774) viveu na França que passava pela Reforma de
Colbert, foi um médico e economista francês, era filho de
agricultores e, devido à situação em que viveu, sendo fruto de sua
época, era adepto da Fisiocracia, ou seja, se destacou como
principal figura da escola dos fisiocratas. François Quesnay
acreditava que somente a agricultura era fonte fundamental e
criadora de riquezas, que traz o desenvolvimento de uma nação,
uma vez que poderia possibilitar grande quantidade de venda de
gêneros alimentícios internamente, gerando assim riquezas a
serem investidas para o Estado. Com isso, diminuiria a
necessidade de compras no exterior, poupando assim custos. Se,
entretanto, um Estado gastasse com luxos seus ganhos com o
comércio, o sustento das famílias seria prejudicado e, logo, o........
François Quesnay- Estado enfraquecido, abrindo caminho até
mesmo para a decadência econômica. François Quesnay
acreditava que os indivíduos mais úteis à sociedade eram os
grandes proprietários e os fazendeiros. François Quesnay fazia
oposição as práticas mercantilistas, que primava pelo
desenvolvimento da indústria e do comércio exterior. François
Quesnay achava que tem de haver liberdade econômica como diz
na célebre frase: “Laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-
même”; ou seja, "deixar fazer, deixar passar, que o mundo vai por
si mesmo". Cria a ideia de “oferta-procura”, isto é, quanto maior a
procura do produto, maior é o seu preço. Contrariamente, quanto
menor a procura, menor o preço. Se existir liberdade produz-se e
consome-se o necessário, logo, há estabilidade do preço e
equilíbrio.
JACQUES TURGOT
(10 DE MAIO DE 1727-18 DE MARÇO DE 1781)
Jacques Turgot (Paris, 10 de maio de 1727 — Paris, 18 de março
de 1781) foi um economista e estadista francês cuja obra é
considerada um elo entre a fisiocracia e a escola britânica de
economia clássica, estudou na Universidade de Sorbonne e foi
trabalhar na administração real. Jacques Turgot estava destinado
por sua família a entrar para o sacerdócio, porém, por conta de
uma herança recebida pôde prosseguir seus estudos e carreira na
administração. Jacques Turgot foi nomeado ministro-geral das
finanças do rei Luís XVI de França, porém, suas ideias de reforma
econômica liberal, tinha a ideia de eliminar as restrições estatista
da economia. Jacques Turgot foi grande admirador dos
enciclopedistas, dos pensadores iluministas que formaram a
primeira escola de economia científica. Jacques Turgot, como
intendente de Limoges aplicou com grande sucesso uma série de
Jacques Turgot medidas destinadas à racionalizar a economia.
Jacques Turgot defendeu o livre comércio e a interdependência
entre as diferentes classes econômicas, fez oposição ao
mercantilismo, sendo contrário a intervenção do Estado na
economia, acreditava que a agricultura era a principal atividade
para a geração de riqueza, utilizou a posse de terras para
desenvolver suas teorias econômicas, era a favor de um imposto
único sobre o "produto líquido", defendeu a liberdade econômica e
o direito de propriedade, defendeu a interdependência entre as
diversas classes econômicas existentes na sociedade. Jacques
Turgot apresenta um papel importante na definição do conceito de
capital, reconstituindo o conceito de juro de David Hume para
definir o conceito de capital como todos os bens acumulados sem
distinção.
O LIBERALISMO ECONÔMICO
O Liberalismo Econômico foi uma doutrina ou ideologia político-
econômica que defende a ideia de liberdade na economia, surgiu
quando os Estados Nacionais estavam se constituindo, teve suas
teses que foram criadas no século XVI com a clara intenção de
combater o mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas
necessidades do capitalismo. O Liberalismo Econômico significa a
utilização de princípios liberais aplicados às questões econômicas,
um de seus pilares fundamentais é a não intervenção externa no
controle da economia, ou seja, contra o intervencionismo estatal, o
que significa que o maior número possível de decisões econômicas
são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou
por organizações coletivas. O Liberalismo Econômico defende a
ideia que somente a ausência de controle estatal é capaz de
permitir o crescimento e fortalecimento da economia de um país.
O Liberalismo Econômico se baseia na liberdade individual de
escolha, tanto para as empresas como os trabalhadores, traz
ideias fundamentais como: a valorização do trabalho assalariado e
a liberdade para decidir empreender. O Liberalismo Econômico
teve outra ideia adotada, a permissão da prática de livre
concorrência, considerada essencial para beneficiar os
consumidores. O Liberalismo Econômico, mostra que cabe ao
Estado, a manutenção da ordem, a preservação da paz e a
proteção à propriedade privada. O Liberalismo Econômico é mais
praticado em países regidos pelo sistema capitalista, sendo oposto
aos países com princípios e ideologias comunistas e socialistas. O
Liberalismo Econômico será duramente criticado pelo marxismo
que declarava que o liberalismo era o culpado pela concentração
de riqueza da burguesia e a pobreza da classe operária.
ADAM SMITH
(05 DE JUNHO DE 1723-17 DE JULHO DE 1790)
Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de junho de 1723 – Edimburgo, 17 de
julho de 1790) foi um filósofo e economista britânico nascido na
Escócia, teve como cenário para a sua vida o atribulado Século
das Luzes, o século XVIII. Adam Smith é o pai da economia
moderna, considerado o mais importante teórico do liberalismo
econômico, suas ideias tiveram uma grande influência na
burguesia europeia do século XVIII, pois atacavam a política
econômica mercantilista promovida pelos reis absolutistas, além de
contestar o regime de direitos feudais que ainda persistia em
muitas regiões rurais da Europa. Adam Smith analisou a divisão do
trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a
economia, abordou questões como o crescimento econômico,
ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução
social, acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente,
Adam Smith- com pouca ou nenhuma intervenção governamental,
sendo defensor do free banking (sistema bancário livre). Adam
Smith também pode ser considerado um dos formadores do
estágio atual em que se encontra a globalização, é autor da obra:
“Uma Investigação sobre a Natureza” e a “Causa da Riqueza das
Nações”. Adam Smith acreditava que a economia se movia através
dos interesses individuais de cada um, já que o trabalhador se
ocupava para garantir apenas a sua sobrevivência e não da
sociedade como o todo. Adam Smith também sugeriu que as
nações deveriam se especializar em produtos mais específicos,
com a intenção de vendê-los no mercado. Adam Smith observava
a sociedade e criava a teorias que explicavam o comportamento
humano. Acreditava que cada ação de um indivíduo gerava um
resultado na economia.
O DESPOTISMO ESCLARECIDO
O DESPOTISMO ESCLARECIDO-(1)
O Despotismo Esclarecido foi uma expressão cunhada pelo
historiador alemão Wilhelm Roscher, em 1847, é também
conhecido por "despotismo benévolo“, "absolutismo esclarecido“ ou
ainda “absolutismo ilustrado”. O Despotismo Esclarecido foi um
regime ou doutrina onde se aprofunda a ruptura com a tradição
típica do Antigo Regime, para uma forma de governar mais
eficiente, sem abandonar os fatores absolutistas. O Despotismo
Esclarecido foi uma forma reformista de governo com o objetivo de
transformar a monarquia absolutista que estava em crise com a
popularidade das ideias iluministas, ou seja, apoiado e inspirado
por princípios iluministas. O Despotismo Esclarecido da segunda
metade do século XVIII, desenvolveu-se sobretudo no leste
europeu, Europa continental (Áustria, Prússia e Rússia), visava
acelerar e contribuir o processo de modernização de alguns
O Despotismo Esclarecido- países, e assim aumentar seu poder e
prestígio a fim de enfraquecer a oposição ao seu governo. O
Despotismo Esclarecido teve como suas principais características:
uma administração política que não prejudicasse o Direito Divino,
intensificação da autoridade real, modernização do funcionamento
do Estado, utilizavam somente os conhecimentos iluministas
acerca de assuntos político-administrativos, não adotaram os
princípios liberais e democratizantes do iluminismo, empregavam
ministros e filósofos alinhados ao pensamento iluminista para
orientar o monarca. O Despotismo Esclarecido vigorou em
territórios que não haviam a predominância da burguesia, adoção
da lógica e da razão como forma de orientação, liberdade religiosa,
ampliação do número de instituições educacionais, respeito à
propriedade privada e desenvolvimento da economia.
FREDERICO II DA PRÚSSIA
REINADO (31 DE MAIO DE 1740 a 17 DE AGOSTO DE 1786)
Frederico II, da Prússia- (24 de janeiro de 1712 - 17 de agosto de
1786) foi o principal déspota esclarecido prussiano, também
compositor e escritor, fez de Berlim uma das capitais das luzes.
Frederico II foi um grande administrador, que via no bem-estar de
seus súditos o requisito fundamental para o fortalecimento do
Estado. Frederico II centralizou o poder e elaborou um código de
lei para todo o reino que eliminava legislações locais, prosseguiu
com a política mercantilista de seus antecessores e reforçou o
absolutismo central, acentuando a concentração de poderes e a
burocratização. Frederico II nomeou agentes para fiscalizar as
finanças, a economia e o Exército e incentivou a imigração e o
assentamento de colonos nas regiões devastadas pela guerra,
manteve um Estado forte só possível com a aliança entre
a monarquia e a nobreza e também pelo fato de ter ao seu serviço
Frederico II, da Prússia um poderoso exército, usou os novos
impostos sobre o café e o tabaco para financiar a banca de Berlim.
Frederico II promoveu reformas, como a abolição da tortura e
das corveias feudais, fundou escolas elementares, desenvolveu a
instrução pública e decretou a tolerância religiosa, acolheu
refugiados franceses que escapavam de perseguições religiosas
em seu país. Frederico II procurou desenvolver ainda mais a
indústria e o comércio, sem muito êxito, devido à persistência dos
grandes latifúndios da nobreza. Com sua obra de expansão e
desenvolvimento, colocou a Prússia entre as principais potências
da Europa. Frederico II foi amigo pessoal de Voltaire, atraiu a sua
corte cientistas e escritores e mandou construir o palácio de Sans-
Souci, de estilo rococó francês, sua política estava voltada para o
fortalecimento do exército e das conquistas militares.
CARLOS III DA ESPANHA
REINADO (10 DE AGOSTO DE 1759 a 14 DE DEZEMBRO DE 1788)
CARLOS III DA ESPANHA (1)
Carlos III da Espanha- (Madrid, 20 de janeiro de 1716 – Madrid, 14
de dezembro de 1788) foi o Rei da Espanha até sua morte, e
também Rei de Nápoles como Carlos VII e da Sicília como Carlos
V desde suas conquistas até sua abdicação. Carlos III da Espanha
promoveu a ciência e pesquisas universitárias, facilitando o
comércio, modernizando a agricultura e evitando guerras, decidiu
proibir as touradas, uma prática que considerava brutal e pouco
civilizada. Carlos III da Espanha nomeou o marquês de Esquillache
secretário das finanças e do tesouro e, juntos, levaram a cabo
muitas reformas, o exército e a marinha espanholas foram
reorganizados apesar das perdas sofridas durante a Guerra dos
Sete Anos. Carlos III da Espanha eliminou também o imposto
sobre a farinha, o que liberalizou o comércio em grande escala. No
entanto, devido a esta medida, houve uma grande subida nos
Carlos III, da Espanha preços, causada pelos "monopolizadores"
que começaram a especular sobre as más colheitas dos anos
anteriores. Carlos III da Espanha criou a fábricas: de porcelana
“Real Fábrica del Buen Retiro”, de cristal, “Real Fábrica de
Cristales de La Granja” e a “Real Fábrica de Platería Martínez”.
Carlos III da Espanha industrializou as zonas das Astúrias e da
Catalunha tornaram-se grandes fontes de rendimento para a
economia espanhola, centrou as suas atenções na economia
estrangeira, virando-se para as suas colônias nas Américas. Carlos
III da Espanha dedicou-se às finanças das Filipinas e encorajou o
comércio com os Estados Unidos, mandou construir o Canal de
Aragão, várias estradas para Madrid, no centro de Espanha, e em
Sevilha foram construídas várias estruturas como hospitais e o
Arquivo Geral das Índias.
JOSÉ II DA ÁUSTRIA
REINADO (18 DE AGOSTO DE 1765 a 20 DE FEVEREIRO DE 1790)
José II da Áustria (Viena, 13 de março de 1741 – Viena, 20 de
fevereiro de 1790) foi o Imperador Romano-Germânico e
Arquiduque da Áustria até sua morte, além de Rei da Hungria,
Croácia e Boêmia. José II da Áustria realizou as primeiras reformas
a centralização administrativa do império através da supressão dos
órgãos colegiais e da criação de uma chancelaria com vastos
poderes. José II da Áustria praticou políticas próximas do
colbertismo, sua educação formal foi fornecida através dos escritos
de Voltaire e dos enciclopedistas, procedeu-se a um cadastro das
terras, construiu-se uma rede de estradas e fomentaram-se as
indústrias, sobretudo na Boêmia. José II da Áustria através do
Édito de Tolerância concedeu a liberdade de culto a todos os
cristãos, embora os protestantes não obtivessem todos os direitos,
apesar de muito apegado ao catolicismo, não hesitou em colocar a
José II da Áustria- Igreja sob sua autoridade, exercendo uma
política religiosa autônoma de Roma que ficou conhecida por
Josefismo. José II da Áustria suprimiu as ordens contemplativas e
vendeu os bens destas em proveito das obras assistenciais, fez
com que os clérigos seculares se tornassem funcionários civis e
instituiu seminários estatais. José II da Áustria imitou o culto das
relíquias, os feriados e as peregrinações, aboliu a servidão e a
tortura, fundou novos hospitais, asilos e orfanatos, a educação
passou a ser encarada como responsabilidade do Estado, tendo
sido decretado o ensino primário obrigatório, o alemão tornou-se
língua obrigatória no império. José II da Áustria fez uma aliança
com Catarina II da Rússia contra os turcos, mas José fracassou
nos intentos de os derrotar. Durante o período da co-regência
dedicou-se a viajar pelos estados austríacos e pelo estrangeiro.
GUSTAVO III DA SUÉCIA
REINADO (12 DE FEVEREIRO DE 1771 a 29 DE MARÇO DE 1792)
Gustavo III da Suécia (Estocolmo, 24 de janeiro de 1746 –
Estocolmo, 29 de março de 1792) foi o Rei da Suécia, era o filho
mais velho do rei Adolfo Frederico e da rainha Luísa Ulrica da
Prússia, ficou para a história como a maior personalidade cultural
entre todos os reis do país. Através de um golpe de estado não
sangrento, retirou ao parlamento o governo do país, encerrando
assim a Era de Liberdade. Gustavo III da Suécia restaurou
sucessivamente o seu poder pessoal, como monarca quase
absoluto, pelo Decreto de União e Segurança passado a governar
"ele e só ele“. Gustavo III da Suécia fundou várias academias
como patrono e benfeitor das artes e literatura, entre elas a
Academia Sueca, a Ópera Real Sueca e o Teatro Dramático Real,
além da criação do traje nacional sueco. Gustavo III da Suécia foi
mecenas de personalidades artísticas da época, gastou
Gustavo III, da Suécia grandes quantidades de dinheiro público em
aventuras culturais, colaborando para a controvérsia de seu
reinado. Gustavo III, da Suécia tentou conquistar a Noruega com a
ajuda da Rússia, e depois recapturar sem sucesso as províncias
bálticas na Guerra Russo-Sueca, apesar de ter restaurado a força
militar sueca. Gustavo III da Suécia foi admirador de Voltaire,
legalizou a presença católica e judia em seu reino e realizou
amplas reformas para um liberalismo econômico, reforma social e
abolição de tortura e pena de morte, apesar de ter eliminado todo
tipo de mídia independente. Após a Revolução Francesa. Gustavo
III da Suécia tentou formar alianças com outros monarcas a fim
esmagar a insurreição e restaurar o rei Luís XVI de França,
oferecendo o auxílio sueco sob sua liderança na causa real
da França.
CATARINA II DA RÚSSIA
REINADO (09 DE JULHO DE 1762 a 17 DE NOVEMBRO DE 1796)
Catarina II da Rússia (Estetino, 2 de maio de 1729 – São
Petersburgo, 17 de novembro de 1796), conhecida como Catarina,
a Grande, foi a Imperatriz da Rússia, sendo que durante o seu
reinado, o Império Russo melhorou a sua administração e
continuou a modernizar-se. Catarina II da Rússia ansiava por ser
reconhecida como uma soberana iluminista, iniciou reformando a
obsoleta administração e estimulando a agricultura e o comércio,
reorganizou o exército, construiu asilos, hospitais, hospícios e
maternidades. Catarina II, da Rússia promulgou a "Carta da
Nobreza", na qual abolia os impostos dos nobres, aumentando
ainda mais o poder dos senhores de terra. Catarina II, da Rússia
financiou guerras em diversas fronteiras, incorporando vastos
territórios e aproximando-se da Europa central, amplificou as
fronteiras do Império Russo para sul e para o ocidente, absorvendo
Catarina II, da Rússia a Nova Rússia, Crimeia, Ucrânia,
Bielorrússia, Lituânia e Curlândia. assinou um tratado comercial
com a Grã-Bretanha, mas evitou uma aliança militar. Catarina II,
da Rússia tinha a reputação de ser uma mecenas
das artes, literatura e educação, escreveu ainda comédias, ficção e
uma autobiografia. Catarina II da Rússia admirava os filósofos e a
cultura ocidental e queria rodear-se de pessoas que partilhavam as
suas ideias dentro da Rússia, se correspondia com iluministas
como Diderot e d’Alembert, com Voltaire manteve correspondência
durante 15 anos desde a sua ascensão ao trono até a morte dele.
Catarina II, da Rússia acreditava que se podia criar um "novo tipo
de pessoa" com a educação dos mais novos, acreditava que a
educação podia modificar o espírito e as ideias russas para que
estas se modernizassem.
MARIA TEREZA DA ÁUSTRIA
REINADO-(05 DE MAIO a 07 DE NOVEMBRO DE 1827)
Maria Teresa, da Áustria (Viena, 13 de maio de 1717 - Viena, 29 de
novembro de 1780), foi Duquesa da Lorena, grã-duquesa da
Toscana e imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico, foi a
última chefe da Casa de Habsburgo, soberana da Áustria, Hungria,
Boêmia, Croácia, Mântua, Milão, Galícia e Lodomeria, Parma e
Países Baixos Austríacos. Maria Teresa, da Áustria ficou conhecida
pelo seu estilo de vida ascético, foi responsável por grandes
reformas financeiras, promoveu o comércio e desenvolveu a
agricultura, reorganizou o exército austríaco, modernizou o império,
supervisionou a unificação das chancelarias da Áustria e da
Boêmia, teve uma relação bastante complexa com os jesuítas,
membros da ordem que a educaram. Maria Tereza, da Áustria fez
reformas relativas à Igreja Católica Romana, sua política
eclesiástica, era baseada na primazia do controle do governo nas
Maria Teresa, da Áustria- relações entre a Igreja e o Estado. Maria
Teresa, da Áustria recusou-se a permitir a tolerância religiosa,
levando seus contemporâneos a avaliar seu regime como
preconceituoso e supersticioso, além disso, proibiu a criação de
novos cemitérios, pois condenava o desperdício e a falta de
higiene dos costumes funerários. Maria Teresa, da Áustria instituiu
uma reforma na educação, um novo sistema de ensino, baseado
no prussiano, todas as crianças de ambos os sexos entre seis e
doze anos, tinham que frequentar a escola. Maria Teresa, da
Áustria definiu os direitos civis na Áustria, proibiu que se
queimassem mulheres acusadas de bruxaria em fogueiras, a
tortura, retirou a pena de morte do código penal, substituindo-a por
trabalhos forçados. Maria Teresa, da Áustria acreditava que sua
causa deveria ser a causa de seus súditos.
REFLEXÃO BÍBLICA

“PORQUE ESTE DEUS É O


NOSSO DEUS PARA SEMPRE;
FIM ELE SERÁ NOSSO GUIA ATÉ À
MORTE” SL 48-14.

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