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Voltaire

Os ideais de Voltaire estão bem alinhados com os de outros iluministas franceses, mas com
alguma ênfase na questão da liberdade. Voltaire acreditava que o ser humano deveria ser
livre para expressar sua vida criativa, sem interferências de cunho moral e religioso. Ele era
contra o absolutismo e a favor da separação entre Igreja e Estado, ou seja, foi um dos
primeiros defensores da ideia de Estado Laico.

Voltaire também era absolutamente a favor da liberdade de imprensa e da liberdade de


expressão, além da liberdade religiosa e da tolerância. Para o pensador, o progresso da
sociedade somente viria com o reconhecimento dessas liberdades individuais e com o
respeito e a tolerância a todas as formas de pensar.

A tolerância era um tema essencial para ele, pois muitas vezes o filósofo foi censurado e
interditado por seu pensamento liberal. Voltaire, no entanto, somente condenava e lutava
contra dois tipos de pensamento: o fanatismo e a superstição, pois estes levam a liberdade
à ruína.

A frase “posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito que
tem de dizer” é frequentemente atribuída a Voltaire. No entanto, ela não é de autoria do
filósofo, e sim de uma biógrafa que escreveu sobre a vida do pensador, Evelyn Beatrice
Hall. Apesar da não autoria de Voltaire, essa frase condensa a essência de suas ideias.

Denis Diderot

Filósofo, escritor e tradutor francês, um dos grandes pensadores do Iluminismo francês e


principal idealizador da Enciclopédia, um dos símbolos do Iluminismo, que preparou
ideologicamente a Revolução Francesa.
A partir de 1745, Diderot começou a trabalhar ao lado do matemático Jean Le Rond
d’Alembert, por encomenda do livreiro André LeBreton, na tradução da Cyclopaedia, do
inglês Ephraim Chambers. Ao realizar a tradução, Diderot teve a inspiração para criar uma
grande “Enciclopédia” que fosse o veículo das novas ideias contra as forças, para ele
reacionárias, da igreja e do estado, e que destacasse os princípios essenciais das artes e
das ciências.

Diderot entregou-se à tarefa durante 16 anos, redigiu uma grande parte, mas sua tarefa foi,
sobretudo, a de dirigir e supervisionar os trabalhos de 130 colaboradores, entre eles
Montesquieu e Rousseau.

Apesar de enfrentar numerosas proibições e dificuldades, a “Enciclopédia” (Enciclopédia ou


Dicionário Lógico das Ciências, Artes e Ofícios), composta de 17 volumes de textos e 11
volumes de desenhos, foi publicada entre 1751 e 1772.

A “Enciclopédia”, destinada a apresentar um panorama dos conhecimentos humanos


naquele século, ávido de novidades, tornou-se um dos símbolos do Iluminismo e
desempenhou papel destacado na criação do clima ideológico desencadeador da
Revolução Francesa. Diderot criticava o absolutismo e defendia a ideia de que a política era
responsável por eliminar as diferenças existentes nas sociedades.

"Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes
cidadãos."

Montesquieu

Viveu o glorioso século XVIII, tido como período de grande crescimento intelectual europeu,
sobretudo francês, em razão da ascensão do movimento iluminista.

Montesquieu foi um dos principais intelectuais iluministas a sustentar teoricamente a


Revolução Francesa, que aconteceria em 1789, 34 anos após a sua morte. A principal
contribuição do filósofo para a filosofia política que fundamentou a revolução e para toda a
organização política posterior foi a ideia de tripartição dos poderes do Estado.

Apesar de ser um homem das ciências, Montesquieu não se dedicou aos abstratos estudos
racionalistas e empiristas comuns no século XVII. Seu interesse voltou-se para aquilo que o
ser humano faz na coletividade: moral, costumes e política. Montesquieu e outros franceses
de sua época, como Voltaire e Rousseau, dedicaram-se a fundamentar novas visões
políticas, absolutamente contrárias ao absolutismo, ainda imperioso na França e em boa
parte da Europa no século XVIII e já obsoleto na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Apesar de nobre, Montesquieu era completamente contrário ao absolutismo. Ele era a favor
de um Estado politicamente liberal, onde houvesse um corpo de leis que regesse a atuação
daqueles que cuidam do Estado e dos cidadãos em geral. Para que não houvesse abusos,
o Estado deveria ser repartido em três esferas de poder. Ele era completamente contra o
poder despótico (o poder absoluto concentrado nas mãos de um tirano).

Jean-Jacques Rousseau

Foi filósofo, sociólogo e pedagogo, nasceu em Genebra e teve uma influência importante na
Revolução Francesa e no Romantismo. Foi perseguido politicamente, procurou refúgio na
Suíça e na Inglaterra. Quando voltou à França, fixou-se em Paris e passou a lecionar
música. Morreu um pouco mais tarde, talvez por suicídio, em Ermenonville.

Rousseau era a favor do “contrato social”, forma de promover a justiça social que dá nome
a sua principal obra.

Apregoava que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo


ele, os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular tinha
acabado.

John Locke

John Locke foi um dos precursores do iluminismo e em suas obras procurava


primordialmente romper com a ordem imposta pelo absolutismo. O poder divino do rei da
França, defendido ideologicamente pelo Antigo Regime, por exemplo era uma ferramenta
opressora ao terceiro estado. John Locke afirmava que a mente era como uma "tabula
rasa". Rejeitava qualquer concepção embasada no argumento das "ideias inatas", uma vez
que todas as nossas ideias possuíam início e fim nos sentidos do corpo. Locke combatia a
ideia de que Deus decidia o destino dos homens e alegava que a sociedade corrompia os
desígnios divinos ou o triunfo do bem.

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