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Nome: Arthur Reis N°: 5

Nome: Gustavo Emmanuel Ferreira Fidelis N°: 14


Nome: John Kelvyn Cosmo da Silva N°:18
Nome: Marcela Lara Molina Campos N°: 21
Nome: Pedro Henrique Oliveira dos Santos N°:33
Nome: Sarah Rocha de Oliveira N°: 37
Professora: Sandra Matéria: Filosofia
Turma: 1°A EDI

Voltaire
François Marie Arouet, mais conhecido pelo seu pseudônimo Voltaire, nasceu no
dia 21 de novembro de 1694 na Cidade Luz, sendo descendente de nobres. Sua mãe
morreu quando tinha 6 anos e seu pai o matriculou em um colégio jesuíta querendo que
seu filho se tornasse advogado.

Voltaire foi introduzido em círculos literários pelo padrinho e o contato com


pessoas de classes mais altas, fez ele herdar uma quantia significativa de dinheiro para
comprar livros

Não gostando do ambiente onde estava, seu pai lhe arranjou um emprego e assim
ele se tornou assistente do Marques de Châteauneuf em uma viagem diplomática para a
Holanda. Nessa viagem conheceu uma mulher por quem se apaixonou mais seu romance
teve de ser interrompido. Assim o francês passou a escrever poemas e contos. Seguiu a
carreira de escritor publicando diversos contos e romances além de produzir roteiros para
peças teatrais também escrevendo sobre a filosofia e crítica política

Começou a usar seu pseudônimo após ser preso, e nessa época fez sucesso com a
peça Édipo, se tornando também um investidor de todo o tipo de negócio.
Foi somente na Inglaterra que teve seu amadurecimento intelectual, começando a
ter suas críticas proteicas e a desenvolver seus escritos filosóficos. Muito disso, se deve a
diferença política que existia entre a França e a Inglaterra, ficando extasiado com a pouca
diferença política entre nobres e burgueses no país.

Em 1729 ele retornou à França. As correspondências trocadas com pensadores,


amigos e escritores durante sua estadia na Inglaterra e defendendo e difundindo os ideais
de liberdade foram publicadas mais tarde sob o título de Cartas Inglesas ou Cartas
Filosóficas. Os polêmicos escritos foram queimados em praça pública, e Voltaire foi
novamente caçado pelo governo, tendo sua prisão decretada

A partir daí sua vida não foi mais tão atribulada quanto antes. Ele continuou suas
defesas polêmicas, mas sem ser preso. Tornou-se historiógrafo real em 1745 e foi eleito
membro da Academia Francesa no ano seguinte por sua obra. Em 1752 começou a redigir
o Dicionário Filosófico e, em 1758, o seu romance mais difundido: Cândido, ou o
otimismo.

Em 30 de maio de 1778, Voltaire morreu na cidade de Paris, aos 83 anos de idade.

Ideias do Pensador

Voltaire defendia o progresso, a ciência, a racionalidade e acima de tudo, a


liberdade de expressão. Por conta da defesa ferrenha pela liberdade de expressão, Voltaire
foi apelidado entre seus colegas de polemista e satírico, pois expunha suas opiniões e
críticas às instituições e aos dogmas religiosos.

Em sua maioria, as obras do francês voltavam-se, no geral, para as questões sociais


e políticas da filosofia, tanto que os textos de Voltaire influenciaram os pensadores da
Revolução Francesa, de 1789, e da Independência dos Estados Unidos, em 1783.

Nas obras de Voltaire encontram-se:

• Críticas às imposições e abundantes gastos clericais;


• Defesa do uso da racionalidade e da educação com base racional e
científica, não religiosa;
• Afastamento das ideias e práticas medievais;
• Críticas aos governos democráticos;
• Crítica às oligarquias;
• Defesa de uma Monarquia esclarecida;
• Defesa à existência de um Deus, mas que não intervém mais no Universo.

Os ideais de Voltaire estão bem alinhados com os de outros iluministas franceses,


mas com alguma ênfase na questão da liberdade. Voltaire acreditava que o ser humano
deveria ser livre para expressar sua vida criativa, sem interferências de cunho moral e
religioso. Ele era contra o absolutismo e a favor da separação entre Igreja e Estado, ou
seja, foi um dos primeiros defensores da ideia de Estado Laico.

Voltaire também era absolutamente a favor da liberdade de imprensa e da


liberdade de expressão, além da liberdade religiosa e da tolerância. Para o pensador, o
progresso da sociedade somente viria com o reconhecimento dessas liberdades
individuais e com o respeito e a tolerância a todas as formas de pensar.

A tolerância era um tema essencial para ele, pois muitas vezes o filósofo foi
censurado e interditado por seu pensamento liberal. Voltaire, no entanto, somente
condenava e lutava contra dois tipos de pensamento: o fanatismo e a superstição, pois
estes levam a liberdade à ruína.

A frase “posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o direito
que tem de dizer” é frequentemente atribuída a Voltaire. No entanto, ela não é de autoria
do filósofo, e sim de uma biógrafa que escreveu sobre a vida do pensador, Evelyn Beatrice
Hall. Apesar da não autoria de Voltaire, essa frase condensa a essência de suas ideias.

Mudanças na Sociedade

1. Crítica à Intolerância Religiosa: Voltaire era um defensor fervoroso da


liberdade religiosa e criticava fortemente a intolerância religiosa que era prevalente em
sua época. Sua obra "Tratado sobre a Tolerância" (1763) argumentava a favor da
coexistência pacífica entre diferentes crenças religiosas, influenciando discussões sobre
liberdade religiosa e separação entre Igreja e Estado.

2. Crítica à Monarquia Absolutista: Voltaire também questionou o poder


absoluto dos monarcas. Sua obra "Cândido" (1759) satirizou a sociedade da época,
expondo as injustiças e desigualdades. Embora ele não defendesse uma revolução radical,
suas críticas contribuíram para questionamentos sobre o sistema monárquico e inspiraram
futuros movimentos políticos.

3. Defesa do Pensamento Crítico e Racionalismo: Voltaire enfatizava a


importância do pensamento crítico e do uso da razão. Ele acreditava que a educação
deveria promover a razão e o ceticismo em relação a dogmas e tradições irracionais. Essa
ênfase na razão influenciou o Iluminismo como um todo e contribuiu para o
desenvolvimento de ideias que fundamentaram as futuras revoluções.

4. Influência na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: As ideias


de Voltaire, junto com as de outros filósofos iluministas, contribuíram para a formação de
princípios fundamentais nos documentos revolucionários, como a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão durante a Revolução Francesa. A defesa da liberdade,
igualdade e fraternidade reflete os ideais iluministas que Voltaire ajudou a promover.

5. Contribuição para o Desenvolvimento do Jornalismo Moderno: Voltaire foi


um prolífico escritor de cartas, ensaios e peças teatrais. Seu estilo claro e acessível ajudou
a popularizar as ideias iluministas entre um público mais amplo. Sua abordagem
influenciou o desenvolvimento do jornalismo, destacando a importância da comunicação
pública na disseminação de ideias.

Embora Voltaire não tenha sido um revolucionário no sentido político, suas ideias
desafiaram as estruturas sociais e intelectuais de sua época, contribuindo para um
ambiente intelectual que, por sua vez, influenciou mudanças sociais e políticas
significativas.

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