Você está na página 1de 89

Chico Buarque

compositor, cantor e escritor brasileiro

Francisco Buarque de Hollanda OMC,


mais conhecido como Chico Buarque
(Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é
um músico, dramaturgo, escritor e ator
brasileiro. É conhecido por ser um dos
maiores nomes da música popular
brasileira (MPB). Sua discografia conta
com aproximadamente oitenta discos,
entre eles discos-solo, em parceria com
outros músicos e compactos.[3]
Chico Buarque

Chico Buarque recebe Prêmio BRAVO! de


melhor livro em 2009.

Nome completo Francisco Buarque de


Hollanda

Nascimento 19 de junho de 1944 (75 anos)


Rio de Janeiro, DF, Brasil

Cônjuge Marieta
Severo (c. 1966–99)
Thais Gulin (c. 2011–
16)[1]
Carol
Proner (c. 2018)[1]
Filho(s) Sílvia •Helena •Luísa

Carreira musical

Período musical 1964-presente

Instrumento(s) vocal, violão,


kalimba[2]

Gravadora(s) Biscoito Fino (desde


2005)

Afiliações
Lista
Caetano Veloso,
Toquinho, Milton
Nascimento, Tom
Jobim, Francis
Hime, Vinicius de
Moraes, Edu Lobo,
Nara Leão, Maria
Bethânia, Gal
Costa, Elis Regina,
Pablo Milanés
Assinatura

Página oficial

chicobuarque.com.br

Escreveu seu primeiro conto aos 18


anos, ganhando destaque como cantor a
partir de 1966, quando lançou seu
primeiro álbum, Chico Buarque de
Hollanda, e venceu o Festival de Música
Popular Brasileira com a música A
Banda.[4][5][6] Autoexilou-se na Itália em
1969, devido à crescente repressão do
regime militar do Brasil nos chamados
"anos de chumbo", tornando-se, ao
retornar, em 1970, um dos artistas mais
ativos na crítica política e na luta pela
democratização no país. Em 1971, foi
lançado Construção, tido pela crítica
como um de seus melhores trabalhos, e
em 1976, Meus Caros Amigos - ambos os
discos figuram, por exemplo, na lista dos
100 maiores discos da música brasileira
organizada pela revista Rolling Stone
Brasil.

Além da notabilidade como músico,


desenvolveu ao longo dos anos uma
carreira literária, sendo autor de peças
teatrais e romances. Foi vencedor de três
Prêmios Jabuti: o de melhor romance em
1992 com Estorvo e o de Livro do Ano,
tanto pelo livro Budapeste, lançado em
2004, como por Leite Derramado, em
2010. Em 2019, foi distinguido com o
Prémio Camões, o principal troféu
literário da língua portuguesa, pelo
conjunto da obra.[7]
Neto de Cristóvão Buarque de Hollanda e
filho de Sérgio Buarque de Hollanda e
Maria Amélia Cesário Alvim, Chico é
irmão das cantoras Miúcha, Ana de
Hollanda e Cristina.[8] Foi casado por 33
anos (de 1966 a 1999) com a atriz
Marieta Severo, com quem teve três
filhas, Sílvia Buarque, Helena e
Luísa.[9][10]

Biografia
Francisco Buarque de Hollanda nasceu
em 19 de junho de 1944 na cidade do Rio
de Janeiro, filho de Sérgio Buarque de
Hollanda (1902–1982), um importante
historiador e jornalista brasileiro, e de
Maria Amélia Cesário Alvim (1910–
2010), pintora e pianista.[4] Casou-se
com Marieta Severo no ano de 1966,
com quem teve três filhas: Sílvia
Buarque, Luísa Buarque e Helena
Buarque. O cantor tem, também, cinco
netos.[11] Chico é irmão das cantoras
Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina
Buarque. Ao contrário da crença popular,
o dicionarista Aurélio Buarque de
Holanda era apenas um primo distante
do seu pai.[8] Nos primeiros versos da
sua canção "Paratodos", Chico Buarque
celebra seus ascendentes familiares: O
meu pai era paulista / Meu avô,
pernambucano / O meu bisavô, mineiro /
Meu tataravô, baiano. O "avô
pernambucano" ao qual o cantor se
refere era paterno: Cristóvão Buarque de
Hollanda. Já o "bisavô mineiro", Cesário
Alvim, e o "tataravô baiano", Eulálio da
Costa Carvalho, eram pelo lado materno.

Em 1946, mudou-se para São Paulo,


onde o pai assumiu a direção do Museu
do Ipiranga. Chico sempre revelou
interesses pela música, tal interesse foi
bastante reforçado pela convivência com
intelectuais como Vinicius de Moraes e
Paulo Vanzolini.[12]
Em 1953, Sérgio Buarque de Hollanda,
pai do cantor, foi convidado para lecionar
na Universidade de Roma. A família
Buarque de Hollanda, então, muda-se
para a Itália. Chico aprende dois idiomas
estrangeiros, na escola fala inglês, e nas
ruas, italiano. Nessa época, compõe as
suas primeiras marchinhas de
Carnaval.[12]

Chico regressa ao Brasil em 1960. No


ano seguinte, produz suas primeiras
crônicas no jornal Verbâmidas, do
Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome
criado por ele.[13] Sua primeira aparição
na imprensa, porém, não foi em relação
ao seu trabalho, mas sim policial.
Publicada, no jornal Última Hora, de São
Paulo, a notícia de que Chico e um amigo
furtaram um carro nas proximidades do
estádio do Pacaembu para passear pela
madrugada paulista foi anunciada com a
manchete "Pivetes furtaram um carro:
presos".[14][15]

A 25 de março de 1996, foi agraciado


com o grau de Comendador da Ordem do
Infante D. Henrique, de Portugal.[16]

Em 1998, o artista foi homenageado no


Desfile das escolas de samba do Rio de
Janeiro, pela GRES Estação Primeira de
Mangueira, no enredo "Chico Buarque da
Mangueira". A escola verde e rosa dividiu
o título de campeã daquele carnaval com
a Beija-Flor de Nilópolis.[17][18]

Em 2015, participou da canção "Trono de


Estudar", composta por Dani Black em
apoio aos estudantes que se articularam
contra o projeto de reorganização
escolar do governo estadual de São
Paulo. A faixa teve a participação de
outros 17 artistas brasileiros: Arnaldo
Antunes (ex-Titãs), Tiê, Dado Villa-Lobos
(Legião Urbana), Paulo Miklos (Titãs),
Tiago Iorc, Lucas Silveira (Fresno), Filipe
Catto, Zélia Duncan, Pedro Luís (Pedro
Luís & A Parede), Fernando Anitelli (O
Teatro Mágico), André Whoong, Lucas
Santtana, Miranda Kassin, Tetê
Espíndola, Helio Flanders (Vanguart),
Felipe Roseno e Xuxa Levy.[19]

Início de carreira …

Chico Buarque se apresenta na TV Rio, em 1967.

Chico Buarque chegou a ingressar no


curso de Arquitetura na Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo (FAU) da
Universidade de São Paulo em 1963.
Cursou dois anos e parou em 1965,
quando começou a se dedicar à carreira
artística. Nesse ano, lançou Sonho de um
Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de
Música Popular Brasileira, transmitida
pela TV Excelsior, além de Pedro
Pedreiro, música fundamental para
experimentação do modo como viria a
trabalhar os versos, com rigoroso
trabalho estilístico morfológico e
politização, mais significativamente na
década de 1970.[20] A primeira
composição do Chico foi aos 15 anos de
idade, Canção dos Olhos (1959). A
primeira gravação foi também uma
marchinha, "Marcha para um dia de sol",
gravada por Maricene Costa, em 1964.[21]

Conheceu Elis Regina, que havia vencido


o Festival de Música Popular Brasileira
(1965) com a canção Arrastão, mas a
cantora acabou desistindo de gravá-lo
devido à impaciência com a timidez do
compositor. Chico Buarque revelou-se ao
público brasileiro quando ganhou o
mesmo Festival, no ano seguinte (1966),
transmitido pela TV Record, com A
Banda, interpretada por Nara Leão
(empatou em primeiro lugar com
Disparada, de Geraldo Vandré,
interpretada por Jair Rodrigues).[20] No
entanto, Zuza Homem de Mello, no livro
A Era dos Festivais: Uma Parábola,
revelou que "A Banda" venceu o festival.
O musicólogo preservou por décadas as
folhas de votação do festival. Nelas,
consta que a música "A Banda" ganhou a
competição por 7 a 5. Chico, ao perceber
que ganharia, foi até o presidente da
comissão e disse não aceitar a derrota
de Disparada. Caso isso acontecesse, iria
na mesma hora entregar o prêmio ao
concorrente.[22]
No dia 10 de outubro de 1966, data da
final, iniciou o processo que designaria
Chico Buarque como unanimidade
nacional, alcunha criada por Millôr
Fernandes.[23]

Canções como Ela e sua Janela, de 1966,


começam a demonstrar a face lírica do
compositor. Com a observação da
sociedade, como nas diversas vezes em
que citação do vocábulo janela está
presente em suas primeiras canções:
Juca, Januária, Carolina, A Banda e
Madalena foi pro Mar. As influências de
Noel Rosa podem ser notadas em A Rita,
1965, citado na letra, e Ismael Silva,
como em marchas-ranchos.[22]

Festivais de MPB na década de 1960 …

Tom Jobim e Chico Buarque no Festival


Internacional da Canção (FIC), 1968.

No festival de 1967, faria sucesso


também com Roda Viva, interpretada por
ele e pelo grupo MPB-4 — amigos e
intérpretes de muitas de suas canções.
Em 1968, voltou a vencer outro Festival, o
III Festival Internacional da Canção da TV
Globo. Como compositor, em parceira
com Tom Jobim, com a canção Sabiá.
Mas, desta vez, a vitória foi contestada
pelo público, que preferiu a canção que
ficou em segundo lugar: Pra não dizer
que não falei de flores, de Geraldo
Vandré.[20]

A participação no Festival, com A Banda,


marcou a primeira aparição pública de
grande repercussão apresentando um
estilo amparado no movimento musical
urbano carioca da Bossa nova, surgido
em 1957. Ao longo da carreira, o samba
e a MPB seriam estilos amplamente
explorados.[22]

Trilha-sonora e adaptações de
livros

Chico participou como ator e compôs


várias canções de sucesso para o filme
Quando o Carnaval Chegar e foi diretor
musical de Joanna Francesa com
Roberto Menescal, com quem compôs a
canção-tema, ambos filmes dirigidos por
Cacá Diegues.[24] Compôs a canção-
tema do longa-metragem Vai trabalhar
Vagabundo, de Hugo Carvana — Carvana
chegou a modificar o roteiro a fim de
usá-la melhor. Faria o mesmo com os
filmes seguintes desse diretor: Se segura
malandro e Vai trabalhar vagabundo II.
Adaptou canções de uma peça infantil
para o filme Os Saltimbancos Trapalhões
do grupo humorístico Os Trapalhões e
com interpretações de Lucinha Lins.
Outras adaptações de uma peça
homônima de sua autoria foram feitas
para o filme Ópera do Malandro, mais um
musical cinematográfico. Vários filmes
que tiveram canções-temas de sua
autoria e que fizeram muito sucesso
além dos citados: Bye Bye Brasil, Dona
Flor e seus dois maridos e Eu te amo, os
dois últimos com Sônia Braga.
Recentemente, chegou a ter uma
participação especial como ator no filme
Ed Mort.[20] Ele escreveu um livro que
virou filme, Benjamim, que foi ao ar nos
cinemas em 2003, tendo como
intérpretes dos personagens principais
Cleo Pires, Danton Melo e Paulo José.[23]

Em maio de 2009, é lançado o filme


Budapeste com roteiro baseado em livro
homônimo de Chico Buarque. No filme,
há também a participação especial do
escritor.
Teatro e literatura …

Chico Buarque se apresenta em 1970.

Musicou as peças Morte e vida severina e


o infantil Os Saltimbancos. Escreveu
também várias peças de teatro, entre
elas Roda Viva (proibida), Gota d'Água,
Calabar (proibida), Ópera do malandro e
cinco livros: Estorvo, Benjamim,
Budapeste, Leite Derramado e O irmão
Alemão.[23]

Chico Buarque sempre se destacou


como cronista nos tempos de colégio;
seu primeiro livro foi publicado em 1966,
trazendo os manuscritos das primeiras
composições e o conto Ulisses, e ainda
uma crônica de Carlos Drummond de
Andrade sobre A Banda. Em 1974,
escreve a novela pecuária Fazenda
modelo e, em 1979, Chapeuzinho
Amarelo, um livro-poema para crianças.
A bordo do Rui Barbosa foi escrito em
1963 ou 1964 e publicado em 1981. Em
1991, publica o romance Estorvo
(vencedor do Prêmio Jabuti de melhor
romance em 1992[25]) e, quatro anos
depois, escreve o livro Benjamim. Em
2004, o romance Budapeste ganha o
Prêmio Jabuti de Livro do Ano.[26] Em
2009, lança o livro Leite Derramado, que
também recebe o Prêmio Jabuti de Livro
do Ano.[26] Em 2016, é anunciada a
estreia da versão teatral deste romance
pelo Club Noir, estrelada por Helena
Ignez e Luiz Päetow.[27] Oficialmente, a
vendagem mínima de seus livros é de
500 mil exemplares no Brasil.
Polêmica sobre o Prêmio Jabuti …

Tanto Budapeste quanto Leite Derramado


venceram o Prêmio Jabuti como Livro do
Ano sem terem vencido o mesmo prêmio
na categoria Melhor Romance. Budapeste
foi o terceiro colocado na premiação de
melhor romance de 2004, enquanto Leite
Derramado havia sido o segundo
colocado em 2010. Após a escolha de
2010, muitas críticas foram feitas à
forma de premiação, tendo em vista que,
na premiação por categorias, o júri seria
composto por especialistas, sendo que
na premiação para Livro do Ano, a
votação representaria a vontade dos
empresários do setor. Os três primeiros
colocados de cada categoria concorriam
ao prêmio final, de Livro do Ano. Uma
petição on line, intitulada "Chico, devolve
o Jabuti!", recolheu milhares de
assinaturas. A editora Record (que
publicara Se Eu Fechar os Olhos Agora, de
Edney Silvestre, vencedor na categoria
melhor romance e preterido na votação
final) criticou o regulamento do prêmio,
alegando que favoreceria pessoas com
grande penetração na mídia e seria um
desrespeito com o júri especializado e
com os próprios autores, anunciando
que deixaria de inscrever candidatos ao
prêmio.[26] Com a polêmica, foi
anunciado que em 2011 apenas os
vencedores de cada categoria
concorreriam à premiação final.[28]

Programas televisivos …

Deixou de participar de programas


populares de televisão, tendo problemas
com a TV Excelsior, durante o ensaio
para o programa do Chacrinha, em que
um dos produtores teria feito uma piada
com a letra da canção Pedro Pedreiro:
"Não dá para esse trem chegar mais
cedo, não?" - referindo-se à extensão da
letra de sessenta versos. Irritado, Chico
foi embora e nunca se apresentou no
programa.[22] O executivo Boni proibiu
qualquer referência a Chico durante a
programação da TV Globo, depois que
ambos também tiveram um entrevero,
mas por pouco tempo, uma vez que
ainda durante a década de 1970 (e o
começo da de 80) músicas suas
constavam das trilhas de várias
telenovelas, como Espelho Mágico e
Sétimo Sentido.[29] Ao fim da proibição
vários anos depois, Chico aceitou fazer
um programa com Caetano Veloso, que
contou com a participação de outros
artistas.

Crítica à Ditadura Militar do Brasil …

Parecer da censura da música Mulheres de Atenas


pelo Serviço de Censura de Diversões Públicas em
1976.
Parecer da Censura recomendando a proibição da
canção "Partido Alto", de Chico Buarque.

Ameaçado pelo regime militar, esteve


autoexilado na Itália em 1969, onde
chegou a fazer espetáculos com
Toquinho. Nessa época, teve suas
canções Apesar de você (que dizem ser
uma alusão negativa ao presidente
Emílio Garrastazu Médici, mas que Chico
sustenta ser em referência à situação) e
"Cálice" proibidas pela censura brasileira.
Adotou o pseudônimo de Julinho da
Adelaide, com o qual compôs apenas
três canções: Milagre Brasileiro, Acorda
amor e Jorge Maravilha. Na Itália, Chico
tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla,
de quem fez a Minha História, versão em
português (1970) da canção Gesù
Bambino (título verdadeiro 4 marzo
1943), de Lucio Dalla e Paola Palotino.[22]

Ao voltar ao Brasil, continuou com


composições que denunciavam
aspectos sociais, econômicos e
culturais, como a célebre Construção ou
a divertida Partido Alto. Apresentou-se
com Caetano Veloso (que também foi
exilado, mas na Inglaterra) e Maria
Bethânia. Teve outra de suas músicas
associada a críticas a um presidente do
Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era
só um pseudônimo, mas sim a forma
que o compositor encontrou para driblar
a censura, então implacável ao perceber
seu nome nos créditos de uma música.
Para completar a farsa e dar-lhe ares de
veracidade, Julinho da Adelaide chegou a
ter cédula de identidade e até mesmo a
conceder entrevista a um jornal da
época.[22]

Uma das canções de Chico Buarque que


critica o regime é uma carta em forma de
música, uma carta musicada que ele fez
em homenagem ao Augusto Boal, que
vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia
sob a regime militar. A canção se chama
Meu Caro Amigo e foi dirigida a Boal, que
na época estava exilado em Lisboa. A
canção foi lançada originalmente num
disco de título quase igual, chamado
Meus Caros Amigos, do ano de 1976.[22]

Nordeste já

Valendo-se ainda do filão engajado após


o regime militar, cantou, ainda que com
uma participação individual diminuta, no
coro da versão brasileira de We Are the
World, o hit estadunidense que juntou
vozes e levantou fundos para a USA for
Africa. O projeto de criação coletiva
sobre o poema de Patativa do Assaré,
Nordeste já (1985) em apoio à causa da
seca nordestina, unindo 155 vozes num
compacto com as canções Chega de
mágoa e Seca d'água.[22]

Genealogia e parentesco …

O pai de Francisco Buarque de Hollanda,


Sérgio Buarque de Hollanda, é primo em
primeiro grau da mãe de Aurélio Buarque
de Hollanda Ferreira, Maria Buarque
Cavalcanti Accioly Lins, sendo ambos
netos de Manuel Buarque de Gusmão
Lima. A avó materna de Aurélio Buarque
de Hollanda Ferreira, Luísa Buarque de
Hollanda Cavalcanti, é irmã do avô
paterno de Francisco Buarque de
Hollanda, Cristóvão Buarque de
Hollanda. Uma genealogia parcial,[30]

Manuel Buarque de Gusmão Lima c.c.


Maria Magdalena Pais de Hollanda
Cavalcanti (Pais Barreto)
Luísa Buarque de Hollanda
Cavalcanti c.c. Berino Justiniano
Accioly Lins
Maria Buarque Cavalcanti
Accioly Lins c.c. Manuel
Hermelindo Ferreira
Aurélio Buarque de
Hollanda Ferreira
José Luís Pais Barreto Buarque
Cristóvão Buarque de Hollanda
c.c. Heloísa de Araújo
Sérgio Buarque de Hollanda
Francisco Buarque de
Hollanda

O "eu" feminino
Chico Buarque, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho em

foto de 1980.

Composições que se notabilizaram pela


decantação de um "eu lírico" feminino,
retratando temas a partir do ponto de
vista das mulheres com notável poesia e
beleza: esse estilo é adaptado em Com
açúcar, com afeto escrito para Nara Leão;
continuou nessa linha com belas
canções como Olhos nos Olhos e
Teresinha, gravadas por Maria Bethânia,
Atrás da Porta, interpretada por Elis
Regina, e Folhetim, com Gal Costa,
Iolanda (versão adaptada de letra original
de Pablo Milanés), num dueto com
Simone, Anos Dourados – um clássico
feito em parceria com Tom Jobim para a
minissérie de mesmo nome e "O Meu
Amor" para a peça "Ópera do Malandro"
interpretada por Marieta Severo e Elba
Ramalho sendo que, para essa última,
fez também "Palavra de Mulher".[22]

Intérpretes de Chico
Buarque
Chico Buarque com o músico Henrique Mann, em
meados dos anos 1980.

O cantor nunca se negou a oferecer


composições originais a seus amigos
cantores. Muitas dessas passaram a ter
versões definitivas em outras vozes.
Além das citadas canções do "eu"
feminino de Chico, temos o exemplo da
performance de Elis Regina na canção
Atrás da Porta e O cio da terra, com
gravações de Milton Nascimento e da
dupla rural Pena Branca & Xavantinho.
Há também interpretações de Oswaldo
Montenegro, que, em 1993, lançou o
disco Seu Francisco, produzido por
Hermínio Bello de Carvalho, e Ney
Matogrosso que, em 1996, lançou Um
Brasileiro.[22] Neste mesmo ano, o
sambista João Nogueira, em parceria do
maestro Marinho Boffa, gravaram o
disco "Chico Buarque, Letra & Música",
com 14 canções que marcaram a
carreira do cantor.[31]

Deve-se mencionar ainda seu êxito em


outras composições que fez para
cantores populares que não estavam em
destaque, como nos casos de Ângela
Maria, que gravou Gente Humilde, e
Cauby Peixoto com Bastidores. Dentre os
artistas que regravaram músicas suas
em estilo popular, podem ser citados
ainda Rolando Boldrin, que relançou
Minha História, e a banda Engenheiros do
Hawaii que, no ano 2000, gravou Quando
o Carnaval Chegar, no álbum 10.000
Destinos.[22]

Parceiros …

Desde muito jovem, Chico conquistou


reconhecimento de crítica e público tão
logo os primeiros trabalhos foram
apresentados. Ao longo da carreira, foi
parceiro como compositor e intérprete
de vários dos maiores artistas da MPB
como Tom Jobim, Vinícius de Moraes,
Toquinho, Milton Nascimento, Ruy Guerra
e Caetano Veloso. Os parceiros mais
constantes são Francis Hime e Edu
Lobo.[22]

Obra teatral

O cantor homenageado pela Mangueira durante o


O cantor, homenageado pela Mangueira, durante o
Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro de
1998 no Sambódromo da Marquês de Sapucaí.

Em 1965, a pedido de Roberto Freire,


diretor do Teatro da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo
(TUCA), na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), Chico
musicou o poema Morte e Vida Severina
de João Cabral de Melo Neto, para a
montagem da peça.[22] Desde então, sua
presença no teatro brasileiro tem sido
constante:[23]

Roda viva
A peça Roda viva foi escrita por Chico
Buarque no final de 1967 e estreou no
Rio de Janeiro, no início de 1968, sob a
direção de José Celso Martinez Corrêa,
com Marieta Severo, Heleno Pests e
Antônio Pedro nos papéis principais. A
temporada no Rio foi um sucesso, mas a
obra virou um símbolo da resistência
contra o regime militar durante a
temporada da segunda montagem, com
Marília Pêra e Rodrigo Santiago. Um
grupo de cerca de 110 pessoas do
Comando de Caça aos Comunistas
(CCC) invadiu o Teatro Galpão, em São
Paulo, em julho daquele ano, espancou
artistas e depredou o cenário. No dia
seguinte, Chico Buarque estava na
plateia para apoiar o grupo e começava
um movimento organizado em defesa de
Roda viva e contra a censura nos palcos
brasileiros. Chico disse no documentário
Bastidores, que pode ter havido um erro,
e que a peça que o comando deveria
invadir acontecia em outro espaço do
teatro.

Calabar

Calabar: o Elogio da Traição, foi escrita no


final de 1973, em parceria com o
cineasta Ruy Guerra e dirigida por
Fernando Peixoto. A peça relativiza a
posição de Domingos Fernandes Calabar
no episódio histórico em que ele preferiu
tomar partido ao lado dos holandeses
contra a coroa portuguesa. Era uma das
mais caras produções teatrais da época,
custou cerca de 30 mil dólares e
empregava mais de 80 pessoas. Como
sempre, a censura do regime militar
deveria aprovar e liberar a obra em um
ensaio especialmente dedicado a isso.
Depois de toda a montagem pronta e da
primeira liberação do texto, veio a espera
pela aprovação final. Foram três meses
de expectativa e, em 20 de outubro de
1974, o general Antônio Bandeira, da
Polícia Federal, sem motivo aparente,
proibiu a peça, proibiu o nome "Calabar"
e proibiu que a proibição fosse
divulgada. O prejuízo para os autores e
para o ator Fernando Torres, produtores
da montagem, foi enorme. Seis anos
mais tarde, uma nova montagem
estrearia, desta vez, liberada pela
censura.[23]

Gota d'água

Em 1975, Chico escreveu com Paulo


Pontes a peça Gota d'Água, a partir de
um projeto de Oduvaldo Viana Filho, que
já havia feito uma adaptação de Medeia,
de Eurípedes, para a televisão. A tragédia
urbana, em forma de poema com mais
de quatro mil versos, tem como pano de
fundo as agruras sofridas pelos
moradores de um conjunto habitacional,
a Vila do Meio-dia, e, no centro, a relação
entre Joana e Jasão, um compositor
popular cooptado pelo poderoso
empresário Creonte. Jasão termina por
largar Joana e os dois filhos para casar-
se com Alma, a filha do empresário. A
primeira montagem teve Bibi Ferreira no
papel de Joana e a direção de Gianni
Ratto. Luiz Linhares foi um dos atores
daquela primeira montagem.[23]

Ópera do malandro

O texto da Ópera do malandro é baseado


na Ópera dos mendigos (1728), de John
Gay, e na Ópera de três vinténs (1928), de
Bertolt Brecht e Kurt Weill. O trabalho
partiu de uma análise dessas duas peças
conduzida por Luís Antônio Martinez
Corrêa e que contou com a colaboração
de Maurício Sette, Marieta Severo, Rita
Murtinho e Carlos Gregório.[23] A equipe
também cooperou na realização do texto
final através de leituras, críticas e
sugestões. Nessa etapa do trabalho,
muito valeram os filmes Ópera de três
vinténs, de Pabst, e Getúlio Vargas, de
Ana Carolina, os estudos de Bernard Dort
O teatro e sua realidade, as memórias de
Madame Satã, bem como a amizade e o
testemunho de Grande Otelo. Participou
ainda o professor Manuel Maurício de
Albuquerque para uma melhor percepção
dos diferentes momentos históricos em
que se passam as três óperas. O
professor Werneck Viana contribuiu
posteriormente com observações muito
esclarecedoras. E Maurício Arraes
juntou-se ao grupo, já na fase de
transposição do texto para o palco. A
peça é dedicada à lembrança de Paulo
Pontes.[23]

O Grande Circo Místico

Inspirado no poema do modernista Jorge


de Lima, Chico e Edu Lobo compuseram
juntos a trilha sonora para este
espetáculo especialmente criado para o
Balé Teatro Guaíra, de Curitiba, que
estreou em 17 de março de 1983.[32]
Durante os dois anos seguintes, viajaram
o país apresentando este que foi um dos
maiores e mais completos espetáculos
já realizados. Um disco coletivo foi
lançado pela Som Livre para registrar a
obra, com interpretações de grandes
nomes da MPB.

Discografia

Chico Buarque em agosto de 2016, no plenário do


Senado Federal do Brasil.

1966: Chico Buarque


de de 1970:
Hollanda Hollanda Chico
1966: vol. 3 Buarque
Morte e 1969: de
Vida Chico Hollanda -
Severina Buarque Nº4

1967: na Itália 1971:


Chico 1970: Construçã
Buarque Apesar de o
de Você 1972:
Hollanda 1970: Per Quando o
vol. 2 un Pugno Carnaval
1968: di Samba Chegar
Chico 1972:
Buarque Caetano e
Chico 1976: 1978:
Juntos e Meus Chico
ao Vivo Caros Buarque
1973: Amigos 1979:
Chico 1977: Ópera do
Canta Milton & Malandro
1974: Chico 1980:
Sinal 1977: Os Vida
Fechado Saltimban 1980:
1975: cos Show 1º
Chico 1977: de Maio
Buarque & Gota 1981:
Maria d'Água Almanaqu
Bethânia e
ao Vivo
1981: 1983: O Momento
Saltimban Grande s de
cos Circo Chico &
Trapalhõe Místico Caetano
s 1984: 1986:
1982: Chico Ópera do
Chico Buarque Malandro
Buarque 1985: O 1987:
en Corsário Francisco
Español do Rei 1988:
1983: 1985: Dança da
Para Viver Malandro Meia-Lua
um
1986: 1989:
Grande
Melhores Chico
Amor
Buarque Palavra 1999:
1990: 1997: Chico ao
Chico Terra Vivo
Buarque (disco de
1998: As
ao vivo ouro)
Cidades
Paris Le (disco de 2001:
Zenith ouro) Cambaio
(disco de 2006:
1998:
ouro) Carioca
Chico
1993: Buarque (CD +
Paratodos de DVD com
(disco de Mangueir o
ouro) a documen
1995: tário
Uma
Desconstr 2012: Na 2018:
ução) Carreira - Caravana
2007: Ao Vivo s - Ao
Carioca 2017: Vivo
Ao Vivo Caravana
2011: s
Chico

Videografia …

2001: Chico e as delicadeza


Cidades (disco perdida (DVD)
de ouro) 2005: Meu Caro
2003: Chico ou o Amigo (DVD)
país da (disco de
platina)
2005: À Flor da 2005: Bastidores
Pele (DVD) (disco de
(disco de platina)
platina) 2006: Roda Viva
2005: Vai passar 2006: O Futebol
(DVD) (disco de
2006: Romance
platina)
2006: Uma
2005: Anos
Palavra
Dourados (disco
2006: Cinema
de platina)
2006:
2005: Estação
Saltimbancos
Derradeira (DVD)
2006: Carioca
(disco de
(CD + DVD com
platina)
o documentário 2012: Na Carreira
Desconstrução) (DVD)
2007: Carioca Ao 2018: Caravanas
Vivo (DVD) - Ao Vivo (DVD)

Outros trabalhos …
Livros
1974: Fazenda Modelo
1979: Chapeuzinho Amarelo
1981: A Bordo do Rui Barbosa
(ilustrações de Vallandro Keating)
1991: Estorvo (primeiro romance)
1995: Benjamim
2003: Budapeste
2009: Leite Derramado
2014: O Irmão Alemão
2019: Essa Gente (romance)
Peças
1967/8: Roda Viva
1973: Calabar (co-escrita com Ruy
Guerra)
1975: Gota d'Água
1978: Ópera do Malandro
1983: O Grande Circo Místico
Filmes
1972: Quando o carnaval chegar
(coautor)
1980: Certas Palavras
1983: Para Viver um Grande Amor
(coautor)
1985: Ópera do Malandro
1995: O Mandarim (ator)
Prêmios e Indicações …
Ano Prêmio Categoria Nomeação Re

Revelação
1967 V
Troféu do Ano
Imprensa[33] Melhor
1972 In
Cantor

Melhor Chico
Troféu Letrista Buarque
1973 V
APCA de Música
Popular

1975 Troféu Melhor V

1976 Imprensa Cantor In

Romance V
Prêmio Livro do
1992 Estorvo
Jabuti[34] Ano V
Ficção
2002 Grammy Melhor Cambaio V
Latino[35] Álbum de
Música
Popular
Brasileira

Livro do
Prêmio Ano V
2004 Budapeste
Jabuti[36] Ficção

Romance V

Melhor
Álbum de
Grammy Carioca -
2008 Música In
Latino[37] Ao Vivo
Popular
Brasileira

2010 Prêmio Livro do Leite V


Jabuti[38] Ano Derramado
Ficção

Romance V

Grammy Álbum do
2012 Chico In
Latino[39] Ano

Prémio de
Prémio Narrativa
Leite
2013 Casa de las José V
derramado
Américas María
Arguedas

Prémio da
Associação
Paulista Categoria O Irmão
2014 V
dos Críticos Romance Alemão
de Arte
(1972)

2019 Prémio - - V
Camões

Ver também …

Chico Buarque: Histórias de Canções

Referências
1. «Namoro de março de
Chico 2018.
Buarque com Consultado
professora em 18 de
fica sério e fevereiro de
ela já o 2020
acompanha 2. Fuscaldo,
em turnê» . Chistina (4
Extra. 6 de de maio de
2008). 3. «Discografia
«Chico de Chico
Buarque toca Buarque» .
kalimba, Chico
Zeca Baleiro Buarque.
assina o Consultado
'Árido Soul' e em 17 de
Carlinhos dezembro de
Brown tira 2011
um pouco 4. HUNT,
...» . Jemima (18
Consultado de julho de
em 18 de 2004). «The
fevereiro de lionised king
2020 of Rio» (em
inglês). The Buarque:
Guardian. múltiplo e
Consultado singular» .
em 27 de Partido
março de Socialista
2012 dos
5. http://www.m Trabalhadore
idiaindepend s Unificado.
ente.org/pt/b Consultado
lue/2005/10/ em 4 de
332991.sht novembro de
m 2012.
Arquivado do
. Wilson H.
original em
Silva (2004).
21 de
«Chico
dezembro de em 22 de
2010 maio de 2019
7. publico.pt . «Entrevista
(21 de maio com Chico
de 2019). Buarque
«Chico sobre seu
Buarque, um livro Leite
Prémio Derramado»
Camões com 9. «Marieta
mensagem Severo fala
artística e do
política» . 21- casamento
5-2019. com Chico
Consultado Buarque» .
45 Graus. 23
de janeiro de de novembro
2009. de 1998).
Consultado «Gotas de
em 17 de inspiração -
dezembro de Depois de
2010. cinco anos,
Arquivado do Chico
original em Buarque
20 de lança um
fevereiro de disco que
2010 reflete sua
10. MASSON, crise
Celso e criativa» .
LEITE, Veja.
Virginie (11 Consultado
em 17 de 12. Página
dezembro de oficial
2010 13. FOLHA
11. «Chico ONLINE (30
Buarque e de dezembro
Marieta de 2002).
Severo: avós «Saiba mais
pela 5ª vez» . sobre
Caras. 3 de Ricardo
janeiro de Kotscho,
2007. secretário de
Consultado imprensa de
em 2 de Lula» . Folha.
janeiro de Consultado
2019 em 17 de
dezembro de «Observatóri
2002 o da
14. «1961: Chico Imprensa - O
é detido por retrato do
"puxar" um artista» .
carro» . Chico
Chico Buarque.
Buarque. Consultado
Consultado em 19 de
em 17 de julho de 2004
dezembro de 1 . «Cidadãos
2011 Estrangeiros
15. NUZZI, Vitor Agraciados
(4 de julho de com Ordens
2004). Portuguesas
» . Resultado .br/a-
da busca de mangueira/hi
"Francisco storia/
Buarque de 19. «Chico
Holanda". Buarque e
Presidência outros 18
da República artistas
Portuguesa. gravam faixa
Consultado e clipe em
em 10 de apoio aos
agosto de estudantes
2019 de SP» .
17. Site da Liesa Rolling Stone
1 . http://www.m Brasil.
angueira.com Spring. 23 de
dezembro de novembro de
2015. 2012
Consultado 21. Site Oficial
em 3 de do cantor.
janeiro de Entrevista ao
2016 Museu da
20. John Imagem e do
Dougan. Som (MIS),
«Chico de 11 de
Buarque - novembro de
biography» . 1966"
Allmusic. 22. Homem,
Consultado Wagner
em 4 de "Histórias de
Canções:
Chico 24. Zappa,
Buarque - Regina. Chico
"1964/19767 Buarque -
6' pgs. 17 a para seguir
145. Editora minha
Leya. São jornada.
Paulo (2009) Editora Nova
23. Dicionário Fronteira
Cravo Albin 25. «Prêmio
da Música Jabuti:
Popular Edições
Brasileira - Anteriores -
"Dados Prêmio
artísticos" 1992» .
Consultado
em 26 de 27. «Destaques
maio de do Festival
2011. Mirada
Arquivado do 2016»
original em 2 . «G1: Prêmio
24 de agosto Jabuti
de 2011 anuncia
2 . «Último 'mudanças
Segundo: significativas'
Prêmio em sua 53ª
Jabuti cria edição»
polêmica no 29. Chico
meio Buarque:
literário» Penso Eu - O
Globo, 16 de
outubro de 31. «CHICO
2013 BUARQUE,
30. BUARQUE DE LETRA &
HOLANDA, MÚSICA -
Bartolomeu. João
Buarque : Nogueira e
uma família Marinho
brasileira : Boffa» .
ensaio IMMUB
histórico- (Instituto
genealógico . Memória
Rio de Musical
Janeiro: Casa Brasileira)
da Palavra, 32. Aramis
2007. Millarch (9 de
maio de 33. http://chance
1989). «O degol.uol.co
circo místico m.br/hugo/hi
(e mágico) stcur.htm
na 34. «Cópia
maturidade arquivada» .
de um Consultado
ballet» . em 24 de
Estado do março de
Paraná. 2016.
Consultado Arquivado do
em 4 de original em
fevereiro de 28 de abril de
2015 2016
35. http://www1. 29 de abril de
folha.uol.co 2015
m.br/folha/il 37. http://revista
ustrada/ult90 quem.globo.c
u25944.sht om/Revista/
ml Quem/0,,EMI
3 . «Cópia 12256-
arquivada» . 9531,00-
Consultado GILBERTO+GI
em 24 de L+E+CHICO+
março de BUARQUE+S
2016. AO+INDICAD
Arquivado do OS+PARA+O
original em +GRAMMY+L
ATINO.html
3 . http://g1.glob 39. http://www.of
o.com/pop- uxico.com.br
arte/noticia/ /noticias-
2010/11/chic sobre-
o-buarque- famosos/con
ganha-outro- fira-a-lista-de-
premio-de- vencedores-
literatura- do-grammy-
com-leite- latino-
derramado.h 2012/2012/1
tml 1/16-
154357.html

Bibliografia …

ALBIN, Ricardo Cravo (Criação e


Supervisão relações
Geral). Dicionário polêmicas na
Houaiss Ilustrado construção da
da Música identidade do
Popular cancionista
Brasileira. Rio de Belchior. 686 p.
Janeiro: Tese (Doutorado
Paracatu, 2006. em Letras),
CARLOS, Josely Universidade de
Teixeira.  Fosse São Paulo, São
um Chico, um Gil, Paulo, 2013.
um Caetano: CARVALHO,
uma análise Gilberto de.
retórico- Chico Buarque,
discursiva das Análise Poético-
musical. Rio de volumes). Rio de
Janeiro: Editora Janeiro: Lumiar
CODECRI, 1982. Editora, 1999.
CÉSAR, Ligia DINIZ, Júlio. "A
Vieira. Poesia e voz e seu dono –
Política nas poética e
Canções de Bob metapoética na
Dylan e Chico canção de Chico
Buarque. São Buarque de
Paulo: Editora Hollanda". In.
Estação FERNANDES,
Liberdade, 1993. Rinaldo de
CHEDIAK, Almir. (Org.). Chico
Songbook Chico Buarque do
Buarque (4 Brasil. Rio de
Janeiro: Roma "La
Garamond / Sapienza" /
Biblioteca Bulzoni Editore,
Nacional, 2004, 2004, pp. 149–
pp. 259–271. 168.
DINIZ, Júlio. "O FERNANDES,
compositor e a Rinaldo. Chico
cidade". In Buarque do
Letterature Brasil. Rio de
D’America, anno Janeiro: Editora
XXIV, n.102. Garamond, 2004.
Roma: Facoltá di FONTES, Maria
Scienze Helena Sansão.
Umanistiche Sem Fantasia -
dell’Universitá di Masculino e
Feminino em Sol nasceu pra
Chico Buarque. todos:a História
Rio de Janeiro: Secreta do
Graphia Editorial, Samba. Rio de
2003. Janeiro: Litteris,
MENESES, 2011.
Adélia Bezerra MENESES,
de. Desenho Adélia Bezerra
Mágico - Poesia e de. Figuras do
Política em Chico Feminino na
Buarque. São Canção de Chico
Paulo: Ateliê Buarque. São
Editorial, 2000. Paulo: Ateliê
MORAIS JUNIOR, Editorial, 2000.
Luis Carlos de. O
NEPOMUCENO, Editora Sophos,
Eric, WERNECK, 1974.
Humberto e SILVA, Fernando
JOBIM, Tom. de Barros. Chico
Chico Buarque - Buarque na
Letra e música. Coleção Folha
São Paulo: explica. São
Companhia das Paulo:
Letras, 1989. Publifolha, 2004.
SILVA, Anazildo TABORDA, Felipe
Vasconcelos da. (Org.). A Imagem
A poética de do Som de Chico
Chico Buarque. Buarque: 80
Rio de Janeiro: composições de
Chico Buarque
interpretadas por URICH, Silvia e
80 artistas ECHEPARE,
contemporâneos. Roberto. Chico
Rio de Janeiro: Buarque.
Editora Argentina: Gray
Francisco Alves, Edciones, 1985.
1999. ZAPPA, Regina.
TELES, Viriato. "A Chico Buarque
Arte por Via das Perfis do Rio. Rio
Dúvidas". In de Janeiro:
Bocas de Cena. Editora Zumara,
Porto: Campo 1999.
das Letras, 2003.

Ligações externas …
Página oficial
Chico Buarque (em inglês) no Internet
Movie Database
Entrevista ao jornal Folha de S.Paulo
Precedido por Prémio
Sucedido por
Germano Camões
-
Almeida 2019

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Chico_Buarque&oldid=58319108"

Última modificação há 19 horas por Hlges

Conteúdo disponibilizado nos termos da CC BY-


SA 3.0 , salvo indicação em contrário.

Você também pode gostar