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Elizeth Cardoso

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Elizeth Moreira Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho


de 1920 — Rio de Janeiro, 7 de maio de 1990) foi uma
Elizeth Cardoso
cantora brasileira.

Conhecida como A Divina, Elizeth é considerada uma


das maiores intérpretes da música brasileira, além de
uma das mais talentosas cantoras de todos os tempos,
reverenciada pelo público e pela crítica nacional e
internacional.[1]

Índice
Biografia
Primeira apresentação
Vida pessoal
Últimos anos
Morte
Estilo
Anos 1960
Discografia Informação geral
Álbuns de estúdio solo Nome Elizeth Moreira Cardoso
Álbuns de estúdio em conjuntos completo
Álbuns ao vivo solo e em conjuntos Também A Divina
Ver também conhecido(a) Elisete Cardoso
como
Referências
Nascimento 16 de julho de 1920
Bibliografia
Local de Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Ligações externas nascimento
Morte 7 de maio de 1990 (69 anos)

Biografia Local de
morte
Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Elizeth Moreira Cardoso nasceu na rua Ceará nº 5, no Gênero(s)


Choro
subúrbio de São Francisco Xavier, próximo ao Morro
samba-canção
da Mangueira, em 1920. Vinda de família pobre, tinha
bossa nova
o sonho de ser artista, e era levada pelo pai para cantar
pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso Instrumento(s) Vocal
(10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os
Extensão Contralto
sucessos de Vicente Celestino.[2] vocal
Período em 1936–1990
Seu pai, Jaime Moreira Cardoso, era seresteiro - tocava atividade
violão - e levava a filha em suas apresentações. A mãe,
Maria José Pilar, era dona de casa que também gostava de cantar. Elizeth tinha cinco irmãos: Jaimira,
Enedina, Nininha, Diva e Antônio. A família frequentava casas de samba e festivais de música popular na
cidade, além de conviver com grandes músicos, na casa de Tia Ciata, que era amiga de seus pais e de seus
tios Ivone e Pedro. Quando criança, Elizeth também colocava em prática seu lado escritora e atriz:
costumava escrever e apresentar peças teatrais para as crianças da vizinhança, sempre tendo como
inspiração de suas criações as músicas de Vicente Celestino.[1][2]

Embora sempre almejasse brilhar nos palcos, sua vida não foi nada fácil: após concluir o curso primário, ela
e seus irmãos tiveram que abandonar os estudos e ajudar no sustento da casa. Começou a trabalhar aos dez
anos e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira.[1][2]

Primeira apresentação

A vida de Elizeth começou a mudar aos 16 anos, quando ela teve sua primeira festa de aniversário. Nessa
época sua família havia se mudado para uma pequena casa na Rua do Rezende, nº 87, Centro do Rio. Com
difíceis condições financeiras, a família foi morar de favor com sua tia Ivone e o marido dela, Pedro. Sua
festa fora realizada nesta casa. Para a festa, foram convidados vários amigos de seu pai e de seu tio, também
músicos, como Pixinguinha, Dilermando Reis e Jacob do Bandolim. Seu tio a apresentou a Jacob, que
pediu que a jovem cantasse para todos na festa, com o que Elizeth concordou, mesmo sendo muito tímida.
Todos os convidados gostaram muitíssimo de sua voz. Jacob, impressionado com a voz da adolescente que,
mesmo sem jamais ter passado por aulas de canto já era impecável como a de uma profissional, resolveu
convidá-la para fazer um teste na Rádio Guanabara e ver se o dono a aprovava. Elizeth iria à rádio no dia
seguinte, e com louvor, conseguira passar na prova e eliminar diversas candidatas: venceu a prova em
primeiro lugar, e assim sua carreira deslanchou. Com apenas um disco gravado, começou a ganhar um bom
dinheiro e ajudar mais sua família.[3]

Seu pai era contra a exposição da filha, e não queria que ela se tornasse profissional, mas Elizeth tinha um
gênio muito forte e uma vontade de realizar seus sonhos maior ainda, e então, mesmo contra a vontade
dele, realizou sua primeira apresentação em 1936 no Programa Suburbano da Rádio Guanabara, ao lado
de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana
seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio e a partir daí, nunca mais parou de fazer
sucesso, gravando um disco atrás do outro.[1]

Vida pessoal
Com uma rígida criação, e com constante vigilância do pai e dos
irmãos, Elizeth manteve-se obediente e só arrumou seu primeiro
namorado aos dezesseis anos, o jogador Leônidas da Silva. Ela se
apaixonou ao conhecê-lo numa viagem de trabalho que fizera, e em
poucas semanas de amizade, estavam juntos. Seu pai fora contra,
não queria que a filha namorasse cedo, temia que ficasse mal
falada, e não concordava com sua carreira, pois Elizeth gravava
discos e viajava sozinha, e temia por sua segurança. As brigas se
tornaram constantes, ainda mais quando passou a chegar de manhã
em casa, após fazer shows. Ela e o pai discutiam, e ela não estava Nat King Cole, Elizete Cardoso e
mais suportando aquela situação. A decisão de sair de casa partiu Booker Pittman, 1959
aos dezessete anos, após começar a dormir na casa do namorado. O
pai disse que ia expulsá-la, mas ela por si mesma saiu, e fora morar com Leônidas, pois ele a havia
convidado para viver junto com ele. Seus pais ficaram muito tristes, pois era considerado vexatório uma
moça sair de casa para morar junto sem casar no papel, mas Elizeth tinha a cabeça à frente do seu tempo,
pois não tinha certeza se queria casar-se com ele: apenas queria viver o momento.[1][2]

Apesar de tudo, mantinha uma boa relação com os pais, que aceitaram sua vida. Após um ano de
convivência, sua relação com Leônidas começou a dar sinais de desgaste, pois ele era muito ciumento, a
humilhava quando brigavam e já havia traído Elizeth e ela o perdoado diversas vezes. Com apenas dezoito
anos, Elizeth teve vontade de ser mãe, mas saberia que isso pesaria na sua carreira, e seu marido disse que
não queria ter filhos, não naquele momento. Elizeth repensou e viu que estava precipitada, porém um
grande acontecimento ocorreu em sua vida: encontrou uma recém nascida em um cesto em sua porta, e se
apaixonou pelo bebê. A maternidade aflorou em seu coração, e ela disse ao marido que iria adotar a
criança. Ele recusou, e então os dois brigaram muito. Leônidas a mandou escolher entre ele e a criança.
Certa dos seus sentimentos, Elizeth ficou com a menina, saiu da casa do futebolista e voltou para a casa dos
pais, que também gostaram do neném. Pediram à filha porém que deixasse a criança em um orfanato, o que
Elizeth recusou-se a fazer.[3][2]

Um outro escândalo se abateu sobre a família: sempre corajosa, Elizeth registrou a menina como mãe
solteira. A batizou de Tereza Carmela Moreira Cardoso. Seus pais ficaram chocados com essa atitude, mas
a jovem cantora lutou de frente contra todos os preconceitos. Ela deixava a menina com a mãe quando ia
cantar, e em uma de suas apresentações conheceu Ari Valdez, um cavaquinista, comediante e compositor de
música popular brasileira. Assim que se viram, se apaixonaram. Em poucas semanas que saíram, assumiram
o namoro, e com seis meses namorando, Elizeth saiu da casa dos pais com a filha e foi morar com Ari,
mesmo contra a vontade dos pais, que achavam aquilo uma atitude precipitada, dado que ambos os amantes
se conheciam havia pouco tempo, mas Elizeth não os obedeceu. O marido de Elizeth até mesmo intentou
em registrar sua filha, mas a cantora não achava certo que ele assumisse um compromisso que ela mesma
escolhera para sua própria vida. Sem planejar, e em poucos meses morando juntos, Elizeth engravidou de
Ari, ficando emocionada e surpresa. Ari, então, quis firmar uma família oficial, e a pediu em casamento.
Por amá-lo de fato, Elizeth aceitou, e então, no fim de 1939 casaram-se apenas no civil. Elizeth passou a
assinar Elizeth Cardoso Valdez. Em 1940 deu à luz o único filho do casal, Paulo Cezar Cardoso Valdez. A
cantora não quis ter mais filhos devido a sua carreira atribulada, com viagens, shows e gravações, e também
ao fato de já ter realizado seu sonho de ser mãe de um casal.[3][2]

A relação foi ficando desgastada ao longo dos anos, pois ela tinha
pouco tempo para dedicar-se à família, o marido também viajava
demais com suas músicas. Ari além disso era muito ciumento,
tendo traído a Elizeth, que por várias vezes o perdoara. Com o
passar dos anos, os dois estavam sempre discutindo, pouco se viam
por causa dos compromissos profissionais, além das desconfianças
dele, o que deixava Elizeth revoltada. Entre tantos compromissos
profissionais dessa época, destacam-se os anos de 1941, quando
tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações
do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou com Elizeth Cardoso, 1960. Arquivo
a família para a cidade de São Paulo, onde permaneceu um ano, Nacional.
para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro
do Sul, no programa Pescando Humoristas. Ao voltar de São
Paulo em 1946, permaneceu de bem com seu marido por alguns meses, mas brigas por ciúmes e cobranças
retomaram seu casamento. Cansada de estar sendo humilhada novamente, saiu da casa dele nesse mesmo
ano com os filhos e alugou um apartamento para morar com as crianças. Ari passou a persegui-la, querendo
que ela voltasse, mas ela não o queria mais. Com raiva, ele entrou na justiça para tomar a guarda do
menino, mas Elizeth gastou até o que não tinha com os melhores advogados para manter o filho perto de si,
e então o juiz decretou compartilhamento da guarda e a pensão mensal. Em 1947 saiu o desquite, e Elizeth
voltou a assinar seu nome de solteira, Moreira Cardoso.[3]
Após o desquite, do qual não pediu nada para si, somente para a pensão do filho, voltou a passar por uma
situação financeira difícil: estava sozinha para sustentar as crianças, principalmente a filha, por quem
somente ela era a responsável. Além do mais, sem condições de contratar babá e empregada, tinha que
fazer todos os afazeres domésticos e tomar conta da prole. Isso fez com que recusasse convites para
trabalho, fazendo consequentemente com que suas apresentações fossem diminuindo. Acabou tendo que
deixar os filhos com a mãe para poder trabalhar, e lhe pagava para isso, o que a mãe dispensava. Para o
sustento do lar, gastou suas últimas economias e aprendeu a dirigir, e começou a trabalhar como uma taxista
da noite: taxi-girl, nas boates do Rio. Ela era chamada para levar para suas respectivas casas, em segurança,
as pessoas que haviam bebido ou que não tinham carro. Exercia essa atividade nas noites e madrugadas,
quando não tinha shows. Elizeth exerceu essa atividade por mais de dez anos e juntando dinheiro ao longo
desse tempo, pôde enfim comprar sua casa própria. Frequentadora assídua do Bola Preta, chegou a ser, por
vários anos, madrinha do famoso clube carnavalesco do Centro da Cidade do Rio de Janeiro.[3]

Depois do divórcio, Elizeth não quis mais se casar, e passou a ter


namorados. Ela se relacionou com três maestros da época: Dedé,
Evaldo Rui e Paulo Rosa. Com todos eles teve breves namoros,
que duraram mais de dois anos cada um. Assim que se separou,
envolveu-se com Dedé, mas após alguns anos juntos, o deixou para
namorar com Evaldo Rui, e após poucos anos de relacionamento,
se separou para ficar com Paulo Rosa, porém Evaldo Rui não
aceitou perder Elizeth, e passou a persegui-la, ameaçá-la, chegando
a agredir Paulo. Não aceitava os dois juntos, morria de ciúmes da
ex, e trazia muitas confusões a vida de Elizeth. O ano de 1954 foi Elizeth Cardoso durante a gravação
trágico para a cantora: cansado de implorar para voltar, e em grande de seu LP com Moacyr Silva, 1960.
depressão, Evaldo Rui se suicidou. Ela se sentiu muito culpada, Arquivo Nacional.
ficou horrorizada com o ato cometido por seu ex, e ficou bastante
deprimida, o que abalou tanto seu emocional, que teve uma crise de
apendicite aguda, tendo que ser operada às pressas.[3]

Em 1966, após muitos anos namorando com Paulo, se separam amigavelmente, quando ela se envolveu
com o cantor e compositor Cyro Monteiro. Após meses de namoro decidiram gravar um LP juntos. Cyro
arrumou alguns shows para Elizeth, que ela não aceitou, por causa dos baixos cachês. O cantor ficou
revoltado, a acusando de ingrata, já que ele fez um favor para ela, e Elizeth o acusava de jogar tudo na cara
dela. Cyro ficou mais magoado quando, na capa do LP, viu que sua foto era menor que a dela. Os dois
discutiram muito, e Elizeth o acusou de infantil, por brigar com ela por uma simples foto, e então, terminou
o namoro. Esse incidente ainda atiçou a rivalidade entre Elizeth e Elis Regina, que se meteu numa briga do
casal, e defendeu o amigo Cyro Monteiro. Revoltada, Elizeth brigou com Elis em público, e disse: "Se
você não quer me respeitar como cantora, não precisa respeitar. Mas exijo que me respeite como mulher.
Tenho idade para ser sua mãe!".[1]
Em 1969, passou por um grande sofrimento ao perder sua mãe. Já havia
perdido o pai poucos anos antes, e agora sem sua mãe, sua dor aumentara significativamente. Por causa do
sepultamento de sua mãe, não pode receber das mãos do então governador Negrão de Lima, o prêmio
Estácio de Sá. Recebeu a estatueta de melhor cantora oito dias depois, num jantar pago pelo Governo do
Rio de Janeiro em uma churrascaria de alto luxo. Nessa ocasião, um estúdio musical foi batizado com seu
nome.[1]

Os anos foram passando. Elizeth ganhou netos e bisnetos. Viu seus irmãos casarem, seus sobrinhos crescer,
ganhou sobrinhos-netos, e vivia feliz, apesar de morar sozinha, mas sempre mantinha seu coração ocupado
com uma grande paixão. Durante muitos anos namorou atores, cantores e compositores do Rio, ou
vivenciava romances em alguma viagem que fazia nacional ou internacional.[1]

Elizeth era uma torcedora fanática do Clube de Regatas do Flamengo e amiga de atletas do clube como,
Zizinho.[4][5]
Apesar de ter viajado o mundo, e cantado em todos os países, só faltava um, que era seu sonho: conhecer o
Japão. No fim dos anos 70 o viu pela primeira vez e ficou encantada. Passou a cantar lá com frequência, e
passou a viajar a turismo, visitando diversas cidades.[1]

Últimos anos
Em 1987, recebeu o convite para uma excursão musical no Japão.
Após o término dos espetáculos, ficou algumas semanas passeando
pelo país, quando, hospedada no seu hotel, Elizeth se sentiu mal,
com tonturas e dores estomacais, até que vomitou sangue e
desmaiou. Um dos funcionários do hotel a encontrou caída no chão
e chamou uma ambulância. A cantora acabou sendo internada às
pressas.[6][7]

Após uma endoscopia, os médicos japoneses diagnosticaram um


carcinoma gástrico, ou seja, um câncer no estômago, que obrigou a
cantora a passar por uma cirurgia de emergência, para conter o
sangramento e diminuir o tumor. Seus filhos foram visitá-la, e após
algumas semanas internada, Elizeth pôde voltar ao Brasil,
acompanhada por eles. Ela passou a se tratar com um
gastroenterologista, mas apesar de tomar medicamentos e fazer os
mais avançados tratamentos contra a doença na época, o tumor Elizeth em 1955
havia crescido mais, depois de uma temporária remissão, e se
espalhado.[6]

Elizeth passou os últimos três anos de vida à base de muitos medicamentos, tendo sofrido significativa
perda de peso, além de fortes dores estomacais e abdominais. As agruras de saúde, por sua vez, não a
abateram. Tendo a oportunidade de descansar mais, alimentar-se melhor e cancelar muitos shows,
conseguiu permanecer próxima àquilo da música. Quando conseguia ter forças para andar, com ajuda,
subia ao palco e fazia shows, mas muitas vezes não conseguia ir até o final, embora seu público fosse
compreensivo.[6]

Morte

Não suportando mais tanta dor, e já internada, a cantora faleceu às 12h28min, do dia 7 de maio de 1990,[8]
na Clínica Bambina, no bairro de Botafogo, na capital fluminense. Elizeth foi velada no Teatro João
Caetano, onde compareceram milhares de fãs. Foi sepultada, ao som de um surdo portelense, no Cemitério
da Ordem do Carmo, no Caju.[9][6][10]

Estilo
Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido
na década de 1930), ao lado de Maysa, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O
gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não
realizado, foi chamado também de dor de cotovelo ou fossa. O samba-canção antecedeu o movimento da
Bossa Nova (surgido ao final da década de 1950).[2]

Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova, gravando em 1958 o LP Canção
do Amor Demais,[11] considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O
antológico LP trazia, ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de Saudade,
Luciana, As Praias Desertas e Outra Vez. A melodia ao fundo foi composta com a participação de um
jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: João Gilberto.[2]

Anos 1960
Em 1960, gravou jingle para a campanha vice-presidencial de João
Goulart.[12] Nos anos 1960 apresentou o programa de televisão
Bossaudade (TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968
apresentou-se num espetáculo que foi considerado o ápice da
carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no
Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do
Som (MIS - Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da
Emprestou sua voz para a
música popular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia;
campanha do "Não" ao
long-plays (LPs) foram lançados em edição limitada pelo MIS. Em
parlamentarismo, no Referendo de
abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estreia do I Festival de
1963. Vídeo do Senado Federal.
Música Popular Brasileira (TV Record) interpretando Valsa do
amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o
primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com Arrastão. Serviu também de influência para vários cantores
que viriam depois, sendo uma das principais a cantora Maysa.[2]

Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai,
Argentina e México.[6][13]

Discografia
De 1950 até 1954, Elizeth Cardoso só lançou canções em discos 78 rpm.[6]

Álbuns de estúdio solo Álbuns de estúdio em conjuntos


Canções à Meia Luz (1955) Sax Voz (1960)
Fim de Noite (1956) Sax Voz nº 2 (1961)
Noturno (1957) A Bossa Eterna de Elizeth e Cyro (1966)
Canção do Amor Demais (1958) A Bossa Eterna de Elizeth e Ciro nº 2
Retrato da Noite (1958) (1969)
Naturalmente (1958) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. I
Magnífica (1959) (1971)
Elizeth Cardoso e Silvio Caldas Vol. II
A Meiga Elizeth (1960)
(1971)
A Meiga Elizeth nº 2 (1962)
Todo o Sentimento (1991)
Grandes Momentos (1963)
A Meiga Elizeth nº 3 (1963)
Elizeth Interpreta Vinícius (1963) Álbuns ao vivo solo e em conjuntos
A Meiga Elizeth nº 4 (1963)
Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. I
A Meiga Elizeth nº 5 (1964) (1968)
Quatrocentos Anos de Samba (1965) Ao Vivo no Teatro João Caetano Vol. II
Elizete Sobe o Morro (1965) (1968)
Muito Elizeth (1966) Elizeth e Zimbo Trio Balançam na Sucata
(1969)
A Enluarada Elizeth (1967) Elizeth no Bola Preta com a Banda do
Momento de Amor (1968) Sodré (1970)
Falou e Disse (1970) É de Manhã (1970)
Preciso Aprender a Ser Só (1972) Elizeth Cardoso em Tokyo (1977)
Mulata Maior (1973) Elizethíssima (1981)
Feito em Casa (1974) Recital (1982)
Elizeth Cardoso (1976) Elizeth - Uma Rosa para Pixinguinha
A Cantadeira do Amor (1978) (1983)
O Inverno do Meu Tempo (1979) Leva Meu Samba (1984)
Outra Vez Elizeth (1982) Luz e Esplendor (1986)
Ary Amoroso (1991)

Ver também
Cantoras do Rádio, documentário de 2009 dirigido por Gil Baroni.

Referências
1. «Elizeth Cardoso» (http://dicionariompb.com.br/elizeth-cardoso/biografia). Dicionário Cravo
Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 20 de maio de 2020
2. Cabral, Sérgio (1994). Elisete Cardoso, Uma Vida. Rio de Janeiro: Lumiar
3. Moreira, Pedro C. «24 de Maio de 1980 – A divina Elizeth Cardoso» (https://web.archive.org/
web/20160303180014/http://www.jcom.com.br/noticia/125708/24_de_Maio_de_1980_%E
2%80%93_A_divina_Elizeth_Cardoso). Jornal do Commercio. Consultado em 20 de maio
de 2020. Arquivado do original (http://www.jcom.com.br/noticia/125708/24_de_Maio_de_19
80_–_A_divina_Elizeth_Cardoso) em 3 de março de 2016
4. CASTRO, Ruy (2015). A noite do meu bem. São Paulo: Companhia das letras. pp. 116–117
5. Vidigal, Raphael (23 de julho de 2017). «Divina música brasileira» (https://www.otempo.co
m.br/diversao/magazine/divina-musica-brasileira-1.1500654). O Tempo. Consultado em 9 de
dezembro de 2020
6. Veronica Raner (ed.). «Os 100 anos da divina Elizeth Cardoso: a batalha de uma mulher por
uma carreira artística nos anos 1940» (https://www.hypeness.com.br/2020/07/os-100-anos-d
a-divina-elizeth-cardoso-a-batalha-de-uma-mulher-por-uma-carreira-artistica-nos-anos-194
0/). Hypeness. Consultado em 15 de julho de 2021
7. Sílvio Osias (ed.). «Elizeth Cardoso, tradicional e moderna, nasceu há 100 anos» (http://blog
s.jornaldaparaiba.com.br/silvioosias/2020/07/16/elizeth-cardoso-da-tradicao-e-da-modernid
ade-nasceu-ha-100-anos/). Jornal da Paraíba. Consultado em 15 de julho de 2021
8. Fernanda Catania e Patrícia Colombo (ed.). «Há vinte anos, morria Elizeth Cardoso» (http
s://rollingstone.uol.com.br/noticia/ha-vinte-anos-morria-elizeth-cardoso/). Rolling Stone.
Consultado em 15 de julho de 2021
9. «Cala-se a voz enluarada». Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 8 de maio de 1990
10. «Morre Elizeth Cardoso» (http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL32364-7085,00-ARQU
IVO+G+MORRE+ELIZETH+CARDOSO.html). Arquivo G1. Consultado em 15 de julho de
2021
11. «Elizete Cardoso | Canção do Amor Demais - 1958» (https://web.archive.org/web/20190915
212518/http://www.luizamerico.com.br/fundamentais-elizete-cardoso.php). Luiz Américo - A
História da MPB. Consultado em 20 de maio de 2020. Arquivado do original (http://www.luiz
americo.com.br/fundamentais-elizete-cardoso.php) em 15 de setembro de 2019
12. «Dos sonhos de JK às vassouras de Jânio» (https://web.archive.org/web/20110108024100/
http://veja.abril.com.br/blog/caca-ao-voto/tag/udn/). Veja. 2 de setembro de 2010. Consultado
em 20 de maio de 2020. Arquivado do original (https://veja.abril.com.br/blog/caca-ao-voto/ta
g/udn/) em 8 de janeiro de 2011
13. «Confira homenagem ao centenário de Elizeth Cardoso» (https://radios.ebc.com.br/especiai
s/2020/07/confira-homenagem-ao-centenario-de-elizeth-cardoso). EBC. Consultado em 15
de julho de 2021

Bibliografia
Albin, Ricardo Cravo (1997). MPB - A História de um século. Rio de Janeiro: Funarte
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Albin, Ricardo Cravo (2003). O livro de ouro da MPB - A História de nossa música popular
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Cabral, Sérgio (1994). Elisete Cardoso, Uma Vida. Rio de Janeiro: Lumiar
Cardoso, Sylvio Tullio (1965). Dicionário Biográfico de Música Popular. Rio de Janeiro:
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Pavan, Alexandre (2006). Timoneiro, perfil biográfico de Hermínio Bello de Carvalho. Rio
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Severiano, Jairo; Mello, Zuza Homem de (2015). A canção no tempo: 85 Anos de Músicas
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OCLC 494615600 (https://www.worldcat.org/oclc/494615600)

Ligações externas
Revista Veja - A nação das cantoras (http://veja.abril.com.br/110407/p_120.shtml)

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