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Poema da

purificao
Depois de tantos
combates
o anjo bom matou o anjo
mau
e jogou seu corpo no rio.
As gua ficaram tintas
de um sangue que no
descorava
e os peixes todos
morreram.
Mas uma luz que ningum
soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o
mundo,
e outro anjo pensou a
ferida
do anjo batalhador.

Cano Final
Oh! se te amei, e quanto!
Mas no foi tanto assim.
At os deuses claudicam
em nugas de aritmtica.
Meo o passado com
rgua
de exagerar as distncias.
Tudo to triste, e o mais
triste
no ter tristeza alguma.
no venerar os cdigos
de acasalar e sofrer.
viver tempo de sobra
sem que me sobre
miragem.
Agora vou-me. Ou me

vo?
Ou vo ir ou no ir?
Oh! se te amei, e quanto,
quer dizer, nem tanto
assim.

Quadrilha
Joo amava Teresa que
amava Raimundo
que amava Maria que
amava Joaquim que
amava Lili
que no amava ningum.
Joo foi para o Estados
Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de
desastre, Maria ficou para
tia,
Joaquim suicidou-se e Lili
casou com J. Pinto
Fernandes
que no tinha entrado na
histria.

No meio do
caminho
No meio do caminho tinha
uma pedra
tinha uma pedra no meio
do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha
uma pedra.
Nunca me esquecerei
desse acontecimento
na vida de minhas retinas
to fatigadas.

Nunca me esquecerei que


no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio
do caminho
no meio do caminho tinha
uma pedra.

Para Sempre
Por que Deus permite
que as mes vo-se
embora?
Me no tem limite,
tempo sem hora,
luz que no apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
gua pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que breve e
passa
sem deixar vestgio.
Me, na sua graa,
eternidade.
Por que Deus se lembra
mistrio profundo
de tir-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Me no morre nunca,
me ficar sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
ser pequenino
feito gro de milho.

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