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João Gilberto

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João Gilberto Pereira de Oliveira OMC (Juazeiro, 10


de junho de 1931 — Rio de Janeiro, 6 de julho de João Gilberto
2019)[1] foi um cantor, violonista e compositor
brasileiro.[2] Considerado um artista genial por
musicólogos e jornalistas especializados, revolucionou
a música brasileira ao criar uma nova batida de violão
para tocar samba: a "bossa nova". O seu jeito suave de
cantar também influenciou muitos dos cantores da
MPB.[3][4] Para a revista Rolling Stone Brasil, foi um
dos 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do
violão[5] e também o segundo maior artista brasileiro de
todos os tempos, seguindo Tom Jobim (também músico
e o compositor e arranjador dos maiores sucessos da
carreira de João Gilberto).[6][7][8][9][10]

Desde o lançamento do compacto que continha Chega


de Saudade e Bim Bom, munido apenas da voz e do
violão, começou uma revolução na música mundial.[11]
Dono de uma sonoridade original e moderna, João João Gilberto em 1996
Gilberto levou a música popular brasileira ao mundo, Nome João Gilberto Pereira de
principalmente para os Estados Unidos, Europa e completo Oliveira
Japão. Tido como um dos músicos mais influentes no Conhecido(a) O Mito
jazz americano do século XX, ganhou prêmios por Joãozinho
importantes nos Estados Unidos e na Europa, como o Nascimento 10 de junho de 1931
Grammy, em meio à beatlemania. Juazeiro, BA
Morte 6 de julho de 2019 (88 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Índice Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Maria do Céu (1984–2003;
Biografia 2005–2019)
Infância e juventude Claudia Faissol (2003–2005)
Início da carreira Miúcha (1965–1971)
Astrud Gilberto (1959–1964)
A apresentação da batida
O disco que mudou tudo Filho(a)(s) Luisa Carolina Gilberto
(2004)
1959-1962 Bebel Gilberto (1966)
Primeiro casamento e internacionalização João Marcelo Gilberto (1960)
da carreira Ocupação Cantor · violonista ·
Volta definitiva ao Brasil compositor
Conquista do Japão Prêmios Lista
50 anos da bossa nova Carreira musical
Morte Período 1949–2008
Técnica musical
Inovações Gênero(s) bossa nova · MPB · jazz ·
Harmonia samba · world music
Ritmo Instrumento(s) vocal · violão
Texto Gravadora(s) Lista
Criação Odeon
Verve
Influências Orfeon
Legado Philips
Polydor
Vida pessoal CBS
WEA
Discografia Polygram
Álbuns de estúdio Universal
Álbuns ao vivo Mercury
Singles Afiliações
EP Lista

Coletâneas Astrud Gilberto · Antônio


Carlos Jobim · Caetano
Participações Veloso · Elizeth Cardoso ·
Álbuns em tributo Gal Costa · Gilberto Gil ·
João Donato · Maria
Videografia Bethânia · Miúcha · Stan
Vídeos musicais Getz · Vinicius de Moraes
Especiais de TV Página oficial
Jingles joaogilberto.com (http://www.joaogilberto.co
m/)
Filmografia
Composições
Prêmios e indicações
Notas
Referências
Bibliografia
Ligações externas

Biografia

Infância e juventude

Filho de Joviniano Domingos de Oliveira, um próspero comerciante, e Martinha do Prado Pereira de


Oliveira, João, conhecido na época como Joãozinho da Patu, nasceu em Juazeiro, sertão da Bahia, nas
margens do rio São Francisco.[12] Lá, viveu até 1942, quando passou a estudar em Aracaju, Sergipe,
sempre tocando na banda escolar.[12] Em 1946, voltou a Juazeiro, onde teve a oportunidade de escutar de
Orlando Silva, Dorival Caymmi e Carmen Miranda a Duke Ellington, Tommy Dorsey e Charles Trenet nos
alto-falantes da cidade. Teve também contato com música em casa, já que seu Joviniano tocava cavaquinho
e saxofone como amador, além de incentivar financeiramente a Banda de Música 22 de Março. Nessa
época, João costumava formar conjuntos vocais com os colegas de escola.

Aos sete anos, percebeu um erro na execução da organista da igreja em meio às dezenas de vozes do coro,
mostrando, desde a infância, o ouvido privilegiado que possuía.[13] Aos 14 anos, ganhou seu primeiro
violão do pai. Ainda em Juazeiro, formou um conjunto vocal chamado Enamorados do Ritmo. Seu maior
ídolo na época era Orlando Silva, em quem se espelhava para cantar.[12] Mudou-se para Salvador em 1947.
Durante os três anos vividos na capital baiana, abandonou os estudos para se dedicar exclusivamente à
música e iniciou, aos 18 anos, sua carreira artística no cast da Rádio Sociedade da Bahia.[12][14]

Início da carreira

Convidado para integrar o conjunto vocal Garotos da Lua, em


1950, João Gilberto partiu para o Rio de Janeiro. No ano seguinte,
com o destaque na rádio, os Garotos da Lua gravaram dois discos
de 78 rpm. Entretanto, com um início de carreira turbulento,
marcado por atrasos, João acabou despedido do grupo. Pouco
depois, em 1952, teve oportunidade de gravar um disco solo para a
gravadora Copacabana, marcado pela semelhança do canto de João
com o de Orlando Silva em seu auge, com vozeirão e uso de
artifícios técnicos como vibratos, a mesma divisão de palavras e o
mesmo “sentimento”. Curiosamente, João cantou sem violão, que
viria a se tornar tão ligado à imagem de João no futuro. O disco, no
entanto, não alcançou nenhum sucesso, Orlando era antiquado e
modernos eram Dick Farney e Lúcio Alves.

Na época, João namorava a futura cantora Sylvia Telles. Nessa


época, dividia o quarto da pensão com Luiz Carlos Paraná. João Gilberto e Stan Getz em Nova
York (1972).
Oportunidades surgiram e Lúcio Alves sugeriu à Rádio Nacional
que João gravasse um acetato contendo "Just one more chance", de
Sam Coslow e Arthur Johnson em versão de Haroldo Barbosa chamada "Um minuto só".

Em 1953, teve sua primeira composição gravada, "Você esteve com meu bem", parceria com Russo do
Pandeiro, na voz de Marisa Gata Mansa, sua namorada à época. A gravação contou com acompanhamento
de João ao violão, ainda sem a famosa batida da bossa nova.

Durante esses anos, João Gilberto chegou a gravar alguns jingles no estúdio de Russo do Pandeiro, como
um para a Toddy, de letra "Eu era um garoto magricelo/ Muito feio e amarelo.// Toddy todo dia ele tomou/
Engordou e melhorou/ Forte ficou.// As garotas agora me chamam bonitão/ No esporte eu sou campeão".
Tocava também em festas da sociedade, com cachês irrisórios.

Em 1954, João conheceu Carlos Machado, o Rei da Noite, e com ele conseguiu participar do show Esta
Vida É um Carnaval, na boate Casablanca, com participação de Grande Otelo, Ataulfo Alves, a bateria da
Império Serrano, entre outros artistas. João cantava em coro em uma cena e em outra cantava como solista
um samba de Sinhô, "Recordar é viver", além de fazer pequenas aparições teatrais. O espetáculo foi um
sucesso de crítica e público. Nesse mesmo ano, se juntara ao conjunto Quitandinha Serenaders. No grupo,
conheceu Luiz Bonfá, Alberto Ruschel e Luís Telles, que se tornou um grande amigo de João. Chegou a
integrar o conjunto Anjos do Inferno, em uma curta temporada paulista.

A consagração, no entanto, não viria a João ainda nesses anos.

Em 1955, João dirigiu-se a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com seu amigo Luís Telles. Lá, conheceu
Armando Albuquerque, compositor, pianista, violinista, professor, musicólogo e amigo de Radamés
Gnatalli, com quem passou horas estudando música, principalmente harmonia.[11] Depois de oito meses,
João decidiu se dirigir a Diamantina, Minas Gerais, para viver com a irmã Dadainha, recém-casada e com
uma filha recém-nascida. Durante os estudos, João percebeu que, se cantasse mais baixo, sem vibrato,
poderia adiantar ou atrasar o canto em relação ao ritmo, desde que a batida fosse constante, criando assim
seu próprio tempo.[15] Depois de sete meses em Diamantina,[16] João partiu para Juazeiro, onde passou
dois meses com a família. Lá, compôs "Bim Bom",[17] confiante de que havia encontrado a batida que
queria. Foi a Salvador, capital do estado, e por lá permaneceu por alguns dias. No início de 1957, João
Gilberto partiu para o Rio de Janeiro, para sua consagração.

A apresentação da batida

Chegando ao Rio de Janeiro em 1957, João, com 26 anos, procurou mostrar sua nova técnica aos músicos
e, quem sabe, conseguir gravar. Apresentou-se para vários músicos, intrigando alguns, entre eles Tito Madi
e Edinho, do Trio Irakitan, mas encontrou seu caminho ao se apresentar para Roberto Menescal, em história
já conhecida e consagrada. Em meio a uma grande festa, Menescal abriu a porta para um sujeito que pedia
um violão. Surpreso com o pedido e diante de insistência, Roberto Menescal acabou por levar aquele que
era João Gilberto para o quarto. Lá, João apresentou "Bim Bom" e encantou o jovem Menescal, que fugiu
da festa dos pais e partiu para uma pequena turnê pelo Rio de Janeiro, apresentando a nova batida para
gente como Ronaldo Bôscoli e em lugares como o apartamento de Nara Leão.[18] João explicou algumas
de suas novas técnicas a Menescal e Bôscoli: a mão direita tocava acordes, e não notas, produzindo
harmonia e ritmo ao mesmo tempo. Além disso, utilizava-se de técnicas de respiração de ioga, o que lhe
permitia alongar frases melódicas sem perder o fôlego.

Nessa época, João se apresentou na casa de Chico Pereira, que gravou a apresentação em um gravador
Grundig. Essa gravação, adquirida de japoneses por um fã sueco e remasterizada por um engenheiro de
som francês,[19] caiu na internet em 2009,[20] causando grande reboliço em blogs dedicados à música e em
fãs de bossa nova. Chico ainda ajudou João a se aproximar de Tom Jobim, que trabalhava na gravadora
Odeon, para gravar um disco. Ele se encantou principalmente com o violão de João, vendo ali uma
oportunidade de modernização do samba, através da simplificação do ritmo e da inclusão de novas
harmonias, principalmente algo mais funcional, modalismo,[21] criando liberdade para os arranjos.[22]
Entusiasmado, Tom apresentou a João uma nova composição que fizera há um ano com o poeta Vinicius
de Moraes, mas que estava encostada, chamada Chega de Saudade.

Existem registros de fitas gravadas de forma amadora também pelo cantor Luís Cláudio.[23]

João passou a ficar conhecido no meio musical carioca. Chegou a tocar junto de Severino Filho e Badeco,
dos Cariocas, Chaim e João Donato, com quem compôs Minha Saudade, que logo se tornou um standard
do período. João tocava regularmente na boate do hotel Plaza, que começou a ser ponto de encontro de
músicos. Lá, João tocava junto de Milton Banana, que adequou sua bateria ao estilo de João, tocando
baixo, com uma escova e a baqueta no aro da caixa. Tom Jobim era assíduo frequentador da boate, aonde
ia para escutar João Gilberto.

O disco que mudou tudo

O ano de 1958 foi um marco para a música popular brasileira. Em julho, Elizete Cardoso lançou o famoso
LP Canção do Amor Demais, contendo músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. O disco, entretanto,
entraria na história da música popular brasileira por outro motivo: João Gilberto acompanhava Elizete ao
violão nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez, sendo essas as primeiras gravações da chamada "batida
da bossa nova". Em agosto, João lançou um disco de 78 rpm contendo "Chega de Saudade" e "Bim Bom",
gravado na Odeon, com apoio de Tom Jobim, Dorival Caymmi e Aloysio de Oliveira. Este disco
inaugurou o gênero da bossa nova, e logo se tornou um sucesso comercial. Sua gravação teve arranjos de
Tom Jobim, participação de orquestra e de Milton Banana, entre outros artistas. João inovou ao pedir dois
microfones para gravar, um para a voz e outro para o violão. Desse modo, a harmonia passou a ser mais
claramente ouvida.[11] O disco estourou primeiro em São Paulo, o principal mercado do país na época. Foi
um sucesso de vendas e primeiro lugar nas rádios. João participou, então, de programas de rádio e TV, deu
entrevistas, fez shows. Logo o sucesso partiu para o Rio. Em 1959, João lançou mais um 78 rpm, dessa vez
contendo Desafinado, de Tom Jobim e Newton Mendonça, e Hô-bá-lá-lá, composição própria. Em março,
lançou o LP Chega de Saudade, que virou um sucesso de vendas. Diz-se que após conhecer João, Ary
Barroso aconselhou-o: "Faça exatamente o que você quer!".[24]

A importância deste primeiro disco de João Gilberto é mostrada por Tom Jobim já no texto de contracapa
do LP: "Em pouquíssimo tempo, (João) influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos
e cantores".[25][26]

1959-1962

Chega de Saudade

Após o lançamento do LP Chega de Saudade, a nova batida do violão tornou-se moda entre os jovens
secundaristas e universitários, encantados com o violão de João Gilberto. Esse disco influenciou a geração
de João e a geração seguinte de jovens que, depois de ouvir Chega de Saudade, decidiram-se pela carreira
de músico. Entre os jovens estavam Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento,[27]
Edu Lobo, Francis Hime, Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, entre outros.[28] Esse disco
criou a mais completa reviravolta na música popular brasileira.[28] João sintetizou a MPB em seus termos
fundamentais: ritmo, harmonia, batida de violão e técnica de canto.[28] Além disso, seu estilo, apesar de
revolucionário, não rompeu com a música do passado, vez que gravou em seus discos velhas composições
de Ary Barroso, Geraldo Pereira, Dorival Caymmi e sucessos de Orlando Silva.[28] Chamado de
recompositor pelo músico Luiz Tatit, João transformou velhas canções em novas, segundo sua concepção.
Jobim definiu o estilo de João como uma forma leve extensível a qualquer música brasileira.[28] João
Gilberto definiu, como marca harmônica inédita, a economia. Os arranjos de Tom Jobim, por exemplo,
usam como guia o violão de João, que concentrava a fluidez rítmica e melódica.[28] Introduziu-se, nesse
LP, o uso de acordes invertidos executados em bloco.[28] A canção Chega de Saudade, inicialmente, era
um chorinho, e João a transformou num samba enxuto, com o violão deixando de ser mero
acompanhamento e dividindo o primeiro plano com a voz.[29]

Com esse disco, João Gilberto deixou para trás o João pré-bossa do Rio e partiu para sua consagração.
Participou do programa "Noite de Gala", da TV Rio, dirigido por Luís Carlos Miele.[30] Ainda em 1959,
João gravou uma participação no 78 rpm de Luiz Cláudio, acompanhando-o ao violão, na primeira
gravação da canção Este Seu Olhar, de Tom Jobim, que tocou piano e fez o arranjo para a gravação,
reeditada em 2005 na coletânea "Este Seu Olhar", CD lançado pelo selo Revivendo do pesquisador Leon
Barg.[31] Gravou três canções da trilha sonora do filme Orfeu de Carnaval, ou Orfeu Negro, lançadas em
um compacto duplo pela Odeon. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, João Gilberto não teve
participação alguma na trilha sonora original do filme. Fez, também, shows na boate Meia Noite do
Copacabana Palace e no Country Club do Rio de Janeiro. Em 1960, com a febre da batida de João,
realizaram-se vários festivais de bossa nova pelo Rio, como no Grupo Universitário Hebraico, na Escola
Naval, na Rádio Globo - transmitido ao vivo -, e no Teatro de Arena da Faculdade Nacional de
Arquitetura, este último com participação de João Gilberto e Chico Pereira, que gravou o espetáculo, além
de presença de Vinicius de Moraes e Tom Jobim e ampla cobertura da mídia. Participou do programa
"Brasil 60", na TV Excelsior, onde contracenava e fazia dueto com Orlando Silva,[32] seu antigo ídolo, e
teve um programa próprio, chamado Musical Três Leões, na TV Tupi, em São Paulo. João ainda participou
do show de inauguração da TV Excelsior. Infelizmente, não há registro de gravações de vídeo ou áudio
dessas apresentações.[33][34] Todos os novos músicos ligados ao movimento da bossa nova copiavam o
modo de tocar e cantar de João. João ainda se apresentou em Minas Gerais, Salvador (com presença de
Vinicius de Moraes), fez temporada na boate Arpège, no Leme, Rio de Janeiro e gravou um jingle para a
Lever, atual Unilever.

O amor, o sorriso e a flor (1960) e João Gilberto (1961)

Ainda em 1960, João Gilberto gravou seu segundo LP, O Amor, o Sorriso e a Flor, que no ano de 1962
chegou aos Estados Unidos. Começava a exportação da moderna música brasileira. Esse LP trouxe outra
inovação: a contracapa trazia as letras das músicas, que passou a ser característica dos discos brasileiros.[28]
Vale o destaque da composição de Tom Jobim e Newton Mendonça, o Samba de Uma Nota Só, síntese da
bossa nova nos fundamentais elementos de letra, melodia, ritmo e harmonia.[28]

Em 1961, gravou seu terceiro álbum, João Gilberto. Seu terceiro LP foi gravado em duas fases: a primeira
com Walter Wanderley e seu conjunto; a segunda, com orquestra sob regência de Tom Jobim. Os velhos
sambas voltaram, mas alterados de tal forma, rítmica e harmonicamente, que soavam como novos
sambas.[28] Entre os efeitos usados por João, está o rubato, no qual se apressam ou encurtam frases,
cantando em tempo ligeiramente diferente do acompanhamento, "roubando" algum tempo das notas, para
depois aguardar com o violão e seguir normalmente. Foi neste disco também que João, pela primeira vez,
gravou sozinho, apenas com o violão.[28] Aparentemente, existem duas faixas gravadas e não lançadas no
disco, segundo o músico Bebeto, ex-Tamba Trio. Ele afirmou que uma das gravações é Falseta, de Johnny
Alf.[35] Com a gravação desse terceiro LP, João se eternizou na música popular brasileira, em tão pouco
tempo influenciando tanto.[36] A edição americana desse disco teve uma nova gravação de Este Seu Olhar,
com a melodia modificada, aparentemente por problemas de direito autoral.

Nesse ano, em uma série de apresentações em São Paulo, João mostrou que era unanimidade na capital
paulista. Apresentou-se para 1 500 pessoas na Universidade Mackenzie, lotou o teatro do clube Harmonia e
do clube Pinheiros.[33]

A batida chegou aos Estados Unidos. Lena Horne cantou "Bim Bom" em português no Copacabana
Palace, dizendo-se fã de João Gilberto. Em Washington, na rádio WMAL, o disc jockey Felix Grant
programou para tocar diariamente os discos de João, fato que provocou impacto nos músicos e aficionados
de jazz.[37] João foi considerado um fenômeno pelos jazzistas. Herbie Mann declarou que João Gilberto
atraiu a atenção dos americanos sobre a música brasileira.[37] A revista Life en Español, em ampla matéria
de Joaquín Segura, do dia 29 de outubro de 1962, apresentou a bossa nova de João Gilberto aos Estados
Unidos,[37] "Nota de Actualidad BOSSA NOVA - Del Brasil llega a los EE.UU. una música contagiosa".
O jornalista descreveu viagens ao Brasil de astros do jazz como Dizzy Gillespie, Charlie Byrd, Herbie
Mann que voltaram tentando imitar o violão e a voz de João Gilberto, descrito pelo jornalista como
expoente máximo da bossa nova. Bim bom, Ho Ba La La e Um Abraço no Bonfá, composições de João,
começaram a chegar à França. Durante esses anos, João chegou a se apresentar no Uruguai e na Argentina,
suas primeiras apresentações no exterior.

O Encontro no Au Bon Gourmet

Em 1962, fez o histórico show O Encontro no restaurante Au Bon Gourmet, localizado em Copacabana,
ao lado de Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Os Cariocas, Milton Banana e Otávio Bailly, sob direção de
Aloysio de Oliveira. Foi a única vez em que Vinicius, João e Tom se apresentaram no mesmo palco. A
temporada durou um mês, estendido por duas semanas devido ao sucesso. O público se constituía da alta
sociedade carioca e círculos de artistas.[38] O show foi marcante pelo fato de ter sido a estreia de grandes
sucessos da bossa nova. Entre eles, Só Danço Samba, Samba da Bênção, O Astronauta, Samba do Avião e
Garota de Ipanema, que nessa ocasião especial teve um introdução inédita escrita por Tom, Vinicius e
João.[38] João inovou na canção Corcovado, composição de Tom Jobim, ao trocar o verso "um cigarro, um
violão" por "um cantinho, um violão".[38] como ficou consagrado. A repercussão na mídia da época foi
grande, com várias capas de revista e elogios em jornais.[39]

João Gilberto fez uma pequena participação no LP "José Vasconcelos conta histórias de bichos", da
ODEON, na canção A Roupa do Leão.

Primeiro casamento e internacionalização da carreira

Casamento com Astrud Evangelina Weiner

Ainda em 1959, casou-se com Astrud Evangelina Weinert, que ficou conhecida como Astrud Gilberto e se
tornou uma das cantoras mais importantes da história da música brasileira, sendo, até hoje, a única artista
feminina do país a disputar as principais categorias da principal premiação da indústria da música mundial,
o Grammy Awards. Em 1964, a cantora foi candidata nas categorias Melhor Performance Vocal Feminina
de Música Pop, Melhor Artista Revelação e Gravação do Ano. Venceu nesta última categoria, para a qual
foi indicada pela música The Girl from Ipanema, gravada em parceria com o saxofonista norte-americano
Stan Getz. Em 1966, Astrud foi nomeada novamente para a categoria Melhor Performance Vocal Feminina
de Música Pop do Grammy Award, que foi vencida, tal como no ano anterior, pela cantora Barbra
Streisand.[40]

O casal se conheceu por intermédio da grande amiga de Astrud, a também cantora Nara Leão.[41] Com
Astrud, João teve um filho, João Marcelo, em 1960.[42]

Concerto no Carnegie Hall

Em 1962, João participou de concerto no Carnegie Hall, em Nova Iorque, produzido pela Audio Fidelity
Records e patrocinado pelo Itamaraty, com o objetivo de promover a bossa nova nos Estados Unidos.
Além de João, participaram Luiz Bonfá, o conjunto de Oscar Castro Neves, Agostinho dos Santos, Carlos
Lyra, Sérgio Mendes e Tom Jobim, entre outros.[43][44]

No dia 21 de novembro de 1962, três mil pessoas lotavam o Carnegie Hall, esperando ouvir,
principalmente, Tom Jobim e João Gilberto. Entre os espectadores estavam Tony Bennett, Peggy Lee,
Dizzy Gillespie, Miles Davis, Gerry Mulligan, Erroll Garner e Herbie Mann. Havia grande presença da
imprensa americana, estimada em trezentos repórteres, fotógrafos cinegrafistas e críticos especializados do
mundo inteiro,[45] além de uma rádio que transmitia para Moscou e da Rádio Bandeirantes, que transmitia
para o Brasil.[43] O show também foi filmado por uma TV americana, e posteriormente pôde ser exibido na
TV Continental e na TV Tupi, no Brasil. A performance de João foi elogiada pela mídia americana, em
reportagens de veículos como The New Yorker, Newsweek, Time, The New York Times e Down Beat.[46]
Apesar de ser um cantor e violonista brasileiro, cantando em português músicas desconhecidas para um
exigente público formado por músicos e críticos, João conquistou os Estados Unidos.[3]

Apesar de alguns problemas de organização e com os equipamentos de som e com o excesso de


apresentações, João Gilberto, Luiz Bonfá e Tom Jobim foram os destaques da noite.

Depois do episódio, João fez uma temporada na boate Blue Angel, apresentou-se no Village Gate de Nova
Iorque e no Lisner Auditorium de Washington. A partir daí, João passou a residir no exterior e começou a
difundir a moderna música brasileira pelo mundo.[47]
Seara Vermelha

No Brasil, foi lançado o filme Seara Vermelha, que incluía, na trilha sonora, uma composição de João em
parceria com Jorge Amado, composta nos anos 1950, de nome Lamento da Morte de Dalva na Beira do
Rio São Francisco, em Juazeiro.[48] Quando estavam compondo, João cantou infinitamente a melodia na
casa de Jorge Amado. A mulher de Jorge, Zélia Gattai, diz que, de tanto ouvir, o sofrê do casal aprendeu a
melodia e começou a cantar. João acabou fazendo um dueto com o pássaro.[49]

A letra da música permaneceu inédita durante anos, sem nunca ter sido gravada.

Getz/Gilberto

Nos dias 18 e 19 de março de 1963, na A&R Studios, em Nova Iorque,[50] João se juntou a Stan Getz,
Astrud Gilberto, Tom Jobim, Milton Banana e Tião Neto para gravar o disco Getz/Gilberto, produzido por
Creed Taylor para a gravadora Verve, tendo, como engenheiro de som, Phil Ramone, que entrou para a
história da música mundial por gravações como "Corcovado" e "Garota de Ipanema". O disco, entretanto,
ficou um ano esperando para ser lançado, devido à saturação de lançamentos de bossa nova nos Estados
Unidos.

Tião Neto chegou a dizer, antes do lançamento, que esse seria o melhor disco de bossa nova gravado até
então.[51]

Ainda nesse ano, João foi homenageado por diversos jazzistas e pelo cantor Jon Hendricks, que gravou o
disco Salud! João Gilberto – Originator of the Bossa Nova e, ao escutar as gravações de João, teve uma
grande lição de canto. Também apresentou-se com Getz no Canadá.

Um ano depois da gravação, 1964, foi lançado Getz/Gilberto no mercado. O sucesso foi imediato. Logo
começou a ser louvado por críticos, músicos de jazz e aclamado pelo público, que fez dele o segundo
álbum mais vendido do ano.[52] Em 1965, o disco concorreu em nove categorias e venceu 4 prêmios
Grammy. Os troféus recebidos foram: Melhor Álbum do Ano (com as estatuetas concedidas a Stan Getz,
João Gilberto e ao produtor Creed Taylor); Melhor Gravação do Ano, concedido a Astrud Gilberto e Stan
Getz pela gravação da música The Girl from Ipanema; Melhor Solista de Jazz (Stan Getz) e Melhor
Engenharia de Som (para Phil Ramone), com Garota de Ipanema.[53]

Foi aclamado como bossa nova verdadeira e foi best-seller durante anos, nos Estados Unidos e
mundialmente. Atingiu as paradas de sucesso na Itália, onde João recebeu o mais importante prêmio da
crítica musical italiana, por unanimidade.[54]

A gravação de Garota de Ipanema chegou a ser o single mais tocado nas rádios americanas.[52]

Atualidade do disco

Hoje, o disco é um clássico da discografia mundial e mantém-se influente e atual.[51] Gerações de jazzistas
americanos foram influenciadas por ele.

Em 1999, a National Academy of Recording Arts & Sciences concedeu ao disco o prêmio Grammy Hall of
Fame.

Em 1993, o disco foi relançado em CD na Europa pela gravadora CTI, distribuída pela empresa alemã Zyx
Music, dentro da série "Grammy Award Winners", com a remasterização realizada a partir de fitas do
acervo do produtor Creed Taylor que se encontravam em melhor estado de conservação. Por questões
jurídicas, o CD teve sua capa modificada e seu nome alterado para "The Girl From Ipanema" (número de
catálogo PDCTI 1105-2).

Em 2004, a gravação de Garota de Ipanema do disco foi escolhida pelo Congresso Americano para integrar
um acervo da Biblioteca do Congresso Americano por ser cultural, histórica e esteticamente significante
para as gerações futuras.[55][56] A música foi escolhida por ter uma melodia facilmente reconhecível em
qualquer parte dos Estados Unidos e por ser, portanto, muito popular.[57]

Turnê pela Europa

Ainda em 1963, João partiu com João Donato, Tião Neto e Milton Banana para a Europa. Primeiro, na
Itália, apresentaram-se em Roma, no Foro Italiano. Lá, gravaram também uma série de TV. Partiu, depois,
para Viareggio, ainda na Itália, para fazer uma temporada na boate Bussola. Nessa boate, João conheceu o
bolero Estate, que anos depois gravaria em disco e transformaria em standard do jazz.

João começou a sentir espasmos musculares na mão direita. A temporada na Itália foi encerrada pelo fato e
o grupo recusou apresentações na Tunísia. João partiu para Paris para se tratar com um famoso médico
acupunturista. Lá, já separado de Astrud, João conheceu Miúcha, na época estudante. Voltou, então, para
Nova Iorque.

Estados Unidos

De volta para Nova Iorque, João tratou os espasmos com médicos americanos em um longo tratamento
fisioterápico. João recebeu críticas positivas sobre Getz/Gilberto na revista LIFE. O crítico americano Chris
Welles citou o violão sincopado e a voz macia e sensual de João como a verdadeira beleza do álbum.[54]
Miles Davis disse que João Gilberto podia ler um jornal que soaria bem.[54]

No fim do ano, João voltou ao Carnegie Hall, desta vez com Stan Getz, num concerto que resultou no
disco Getz/Gilberto #2. Além disso, João se apresentou em diversos clubes de Nova Iorque, como o
Village Vanguard, o Village Gate, Town Hall e o Bottom Line, além de excursionar em cidades como
Washington, Boston e Los Angeles. Apresentou-se também na Califórnia, em temporada na boate El
Matador e no Teatro Santa Monica. O The San Francisco Chronicle de 10 de setembro de 1964 publicou
um artigo do crítico Ralph J. Gleason, no qual chamava João de extraordinário cantor e violonista,
sobrevivente do show business da música americana e centro de gravidade da bossa nova, grande expoente
de arte e talento.[58]

Brasil

Em 1965, João e Miúcha se casaram. Nesse ano, ainda passou rapidamente pelo Brasil, onde se tratou com
um foniatra, por causa de um problema de voz.

Em 1966, apresentou-se três vezes no programa O fino da Bossa, comandado por Elis Regina, na TV
Record. Apresentado como astro internacional por Elis, João foi ovacionado por uma platéia admirada.
Entretanto, ele percebeu a ausência de retorno do palco, o recurso usado para o artista se ouvir ao tocar, e
parou na terceira música.[33]

Nessa rápida passagem pelo Brasil, João reclamou da nova produção musical que estava sendo feita
nacionalmente.

Estados Unidos
Ainda nesse ano, nasceu, em Nova Iorque, sua filha Isabel, conhecida como Bebel Gilberto. Foi lançado o
disco Getz/Gilberto #2, que possui um verbete no Encyclopedia of Jazz in the Sixties, famosa enciclopédia
sobre jazz, de Leonard Feather, na qual João é apresentado como um músico que influenciou
profundamente o jazz desde sua chegada aos Estados Unidos.[58] A revista DownBeat citou João como o
músico mais influente no jazz dos últimos quarenta anos.

Em 1967, João participou de um programa de TV alemão dedicado a Gilbert Bécaud, sendo o único
convidado não europeu. Apresentou-se também no Village Vanguard de Nova Iorque e no Hollywood
Bowl de Los Angeles.[58]

Em 1968, apresentou-se no Central Park de Nova Iorque e no Bird's Nest de Washington.[59]

João ganhou um verbete na enciclopédia italiana Il Jazz, que o trata como uma das mais belas vozes do
último decênio e grande artífice da afirmação de uma linguagem musical julgada como uma das mais
originais e válidas daqueles tempos.[58]

Voltou a Nova Iorque, onde se apresentou no Rainbow Grill. Na ocasião, declarou ao crítico John S.
Wilson, do New York Times, que quando cantava, pensava num espaço claro e aberto, onde se colocam os
sons, como se fosse desenhar num papel em branco. Para isso, segundo João, era necessário completo
silêncio.

México

Em 1969, João participou de festivais de jazz em Guadalajara, Guanajuato, Cidade do México e Puebla.
João passou, então, a morar na Cidade do México. Durante a estadia, apresentou-se na boate Forum, onde
fez temporada, e no Museu da Cidade do México, onde recebeu um prêmio, o Troféu Chimal.

Em 1970, lançou o disco En Mexico, recheado de boleros como "Besame Mucho" e "Farolito" e com
arranjos de Oscar Castro Neves. Deste disco, Caetano Veloso cita a canção "O Astronauta" como a
descoberta de uma obra-prima que João trouxe à tona.[60]

1971 - 1979

Em 1971, fez passagem pelo Brasil, quando gravou na TV Tupi um especial com Caetano Veloso e Gal
Costa, organizado por Fernando Faro. João cantou sentado no chão e chegou até a jogar pingue-pongue,
esporte em que era mestre.[33] As imagens desse especial se perderam num incêndio na sede da TV Tupi,
mas aparentemente os fonogramas foram salvos.

Retorno a Nova Iorque

João Gilberto voltou a residir em Nova Iorque em 1972. Fez outra temporada no Rainbow Grill, desta vez
com Stan Getz, que foi um sucesso.[61]

Em 1973, lançou o álbum João Gilberto, conhecido como o álbum branco, gravado apenas com voz, violão
e uma leve bateria de Sonny Carr. Nesse álbum, João gravou sua composição com Jorge Amado. Desta
vez, entretanto, retirou a letra de Jorge e repetiu hipnótica e incessantemente o neologismo "undiú", que dá
nome a música. João interpretou a canção com solfejos e violão.[62] Em "Baixa do Sapateiro", composição
de Ary Barroso, João solou a canção ao violão apenas com acordes, descritos por Guinga como um solo ao
avesso, de dentro do braço do violão, um passo adiante na história.[63] É curiosa a história em que o
baterista Sonny Carr toca as vassourinhas sobre um cesto de lixo de vime.[64]
Em 1976, lançou o álbum The Best of Two Worlds, com Stan Getz e participação de Miúcha. Fez
temporada no Keystone Korner, em San Francisco, com Stan Getz.

Em 1977, lançou Amoroso e foi indicado ao Grammy na categoria Melhor Performance Vocal de Jazz.
Lançou, pela primeira vez, a canção Estate, do italiano Bruno Martino, que, após a gravação de João
Gilberto, tornou-se um standard da música mundial, sendo regravado por diversos artistas, como Chet
Baker, Toots Thielemans e Michel Petrucciani.[65] O álbum, com arranjos de Claus Ogerman, virou um
clássico, marcado pela volta de João às paradas de sucesso do Brasil.[66] João, na época do lançamento,
estava encantado com o disco. A captação de som da voz e do violão, o equilíbrio com a orquestra e os
arranjos de Claus Ogerman foram muito elogiados.[67]

Fez uma temporada de shows no Bottom Line de Nova Iorque. Os shows foram um sucesso de público e
crítica.[68] Uma das espectadoras foi Jacqueline Onassis, que declarou para João ser admiradora atenta e
antiga.[69]

Nesse mesmo ano, João se apresentou no Great American Music Hall, de San Francisco, e numa série de
shows na boate Roxy, de Los Angeles.

Em 1978, gravou um especial televisivo para uma TV holandesa e voltou ao Brasil, trazido pela TV Tupi.
Causou furor na imprensa com sua chegada em São Paulo. Fez show no Teatro Castro Alves, Salvador, e
no Teatro Municipal de São Paulo, onde gravou um especial de TV. Voltou novamente ao Carnegie Hall,
desta vez com Charlie Byrd e Stan Getz, para o Newport Festival in New York.

Volta definitiva ao Brasil

Chegou ao Rio de Janeiro em 1979, para um temporada de shows, que acabou cancelada por problemas
técnicos da casa de espetáculos Canecão. A última vez em que João havia feito um show no Rio foi no
show O Encontro, de 1962. João declarou que apenas procurava o som mais integrado e que estava ansioso
para tocar no Brasil.[70]

Desta vez, voltou a residir no Brasil em definitivo.

Em 1980, João gravou um especial para a TV Globo chamado João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, que
virou disco mais tarde. Gravado ao vivo no Teatro Fênix, do Rio de Janeiro, para a Série Grandes Nomes,
batizado sempre com o nome completo do artista. No repertório apresentado, de Ary Barroso e George
Gershwin a clássicos da bossa nova, com a surpresa da participação especial de Rita Lee em Jou Jou
Balangandãs, de Lamartine Babo. O show teve acompanhamento da Orquestra da Rede Globo, com
arranjos de João Donato, Dori Caymmi, Guto Graça Mello e Lindolfo Gaya.[carece de fontes?]

João gravou também uma participação especial no disco de Miúcha.

Álbum Brasil

Em 1981, João lançou o disco Brasil, com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. O disco tinha
João Gilberto como guia, "mestre" - como colocou Sérgio Vaz em uma coluna no Jornal da Tarde.[71] - sua
voz era seguida pelas de Gilberto Gil e Caetano Veloso, em uníssono, parecendo três vozes de João. Maria
Bethânia, quando aparecia, cantava de uma forma que jamais cantou: não há gritos, gemidos ou drama,
apenas havia o canto.[71] O disco foi bem recebido pela crítica.

Em 1982, João gravou "Brazil com S", uma participação especial no disco de Rita Lee, "Rita Lee e
Roberto de Carvalho".
Fez concertos no Teatro Castro Alves e gravou um especial na TV Bandeirantes chamado "João Gilberto:
A arte e o ofício de cantar", com participação de Ney Matogrosso.[72]

Em 1983, João se apresentou no Festival de Águas Claras, em São Paulo.

Fez concerto em Roma, para o Festival Bahia de Todos os Sambas, exibido pela TV RAI.

Em 1984, João fez uma temporada no Coliseu dos Recreios, de Lisboa.

Em 1985, participou do 19° Festival de Jazz de Montreux, na Suíça.

Em 1986, chegou ao Brasil a gravação em disco da participação no Festival de Jazz de Montreux. João
gravou Me Chama, de Lobão, para integrar a trilha sonora da novela Hipertensão. Lobão diz que recebeu
ligações de João para a aprovação da execução, além de ter de explicar o estado emocional quando da
composição. Lobão inicialmente se irritou com a supressão do verso "nem sempre se vê mágica no
absurdo", mas achou a execução maravilhosa.[73]

Em 1987, João foi agraciado com a comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, no grau de
comendador, pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Processo contra a EMI

No mesmo ano de 1987, a EMI, detentora do acervo da antiga gravadora Odeon, lançou, sem autorização
de João Gilberto, uma coletânea (um LP duplo e um CD simples) que reunia os três primeiros LPs de João
(Chega de Saudade, O Amor, o Sorriso e a Flor e João Gilberto) e o compacto João Gilberto Cantando as
Músicas do Filme Orfeu do Carnaval, conhecido também como um único álbum, batizado de O Mito no
Brasil e de The Legendary João Gilberto.[74] Além da falta de autorização, a EMI, segundo João,
adulterou a sonoridade das gravações e alterou a ordem das faixas. Em 1992, o artista entrou com uma ação
por danos morais e materiais contra a multinacional britânica, alegando "fim da sequência harmônica" das
faixas e defeitos na remasterização. Desde então, seus primeiros discos, considerados de importância impar
para a história da música popular brasileira, passaram a não se encontrar mais nas prateleiras das lojas, a
não ser em cópias piratas. Em 1999, Paulo Jobim foi designado pela 28ª Vara Cível do Rio de Janeiro como
perito para a comprovação das alegadas mixagens de som feitas pela EMI. Em seu laudo técnico, Paulo
afirmou que a EMI "mutilou" e "deformou" a voz de João Gilberto, "amesquinhou" a obra e "literalmente
cortou" parte de faixas. Houve ainda adição de reverberação, adição de eco estéreo nas faixas que
originalmente eram mono e equalização para realçar as frequências agudas da bateria e da orquestra em
todas as faixas, dado fornecido pelo próprio perito indicado pela gravadora. Paulo Jobim ainda afirmou que
as matrizes originais dos discos possuíam excelente estado de conservação, não havendo a necessidade de
qualquer alteração no som. Aderbal Duarte, estudioso da obra de João Gilberto, testemunha do músico no
processo, disse que João já pensava nas alturas da voz e do violão ao gravar, fazendo o som já sair
mixado.[24]

Em 2000, Caetano Veloso foi indicado pela defesa para apresentar um laudo crítico. Ele afirmou que as
adulterações causaram prejuízo à obra de João Gilberto, que teve radical preocupação pela excelência da
qualidade do som e com rigoroso e delicado acabamento nas gravações, provocando claramente dano
moral. Além disso, ao trazer três discos em um só CD, a gravadora contribuiu para a redução de um terço
do valor comercial do produto oferecido, o que provocara dano patrimonial. Caetano ainda mostrou como a
própria EMI declarou que não poderia fazer as equalizações sem a permissão de João. Nas palavras de
Caetano, "por essas falhas gritantes da ré (EMI), João Gilberto sofreu e continua sofrendo incalculáveis
prejuízos".[75] Por outro lado, a remasterização da EMI recebeu prêmios internacionais e teve boa aceitação
da crítica especializada, o que, supostamente, atestaria sua qualidade.[76][77]
Em decisão de primeira instância em 2007, a juíza Maria Helena Pinto Machado Martins negou o pedido
da defesa de danos morais e rejeitou o fim da comercialização dos discos, apontando que João Gilberto
tinha uma "sensibilidade extremada".[24] "Mero dissabor, aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade
exacerbada estão fora da órbita do dano moral", afirmou a juíza. Ela, por outro lado, condenou a EMI a
pagar royalties sobre a obra de João, além de indenização por uso da música Coisa Mais Linda em um
comercial do O Boticário. Os advogados de defesa recorreram da decisão, que acabou indo para o Superior
Tribunal de Justiça (STJ).[78][79][80]

Em 2008, houve um início de conversa entre as partes. A EMI trouxe um técnico dos Estados Unidos para
acompanhar o músico na audição das masters, ou matrizes dos discos. João Gilberto, no entanto, não
reconheceu essas masters como as originais, culminando no fim das conversas.[81] Claudia Faissol, então
companheira do músico, pediu em 2011 a ajuda do Ministério da Cultura, à presidente Dilma Roussef e ao
Itamaraty, por meio de um documento denominado "Memorial João Gilberto", assinado pelo próprio
músico, mas, oficialmente, o governo brasileiro preferiu se manter distante da questão.[82] Naquele mesmo
ano, o STJ decidiu, por maioria de votos, que a EMI deveria pagar uma indenização por danos morais a
João Gilberto. O ministro relator Sidnei Beneti, concluiu que "direito moral do autor, inalienável e passível
de indenização, recusar modificações em sua obra independentemente de esta vir a receber láureas".[77] À
época do julgamento, o ministro Beneti lamentou a falta de acordo no caso e a ausência de circulação para
o público dos discos clássicos da música brasileira.[76] Em entrevista, a advogada da EMI no Brasil, Ana
Tranjan, afirmou que as tentativas de acordo não passaram de fases embrionárias de conversa e que, pela
proximidade do desfecho do caso na justiça, não houve prolongamento das conversas.[83]

O processo teve grande importância para o direito autoral no Brasil, com consequências em vários
processos ainda em tramitação e em milhares de discos produzidos no país, pois discutiu-se a possibilidade
de modificação da obra para relançamento. Colocou-se na balança o direito da humanidade em ter acesso à
produção cultural e o direito do autor de preservar sua obra, definiu-se o alcance do direito moral do autor
sobre sua obra. O ministro Sidnei Beneti lembrou que o processo era inédito no Brasil.[76]

Em 2013, a 2ª Vara Civil do Rio de Janeiro decidiu conceder uma liminar obrigando a EMI a devolver a
João Gilberto as matrizes dos LPs e do compacto do processo. A juíza Simone Dalila Nacif Lopes, em sua
decisão, mostrou a urgência em se dar a oportunidade do músico de 81 anos poder se debruçar sobre essas
obras e atualizá-las.[84] Logo após essa decisão, Ruy Castro, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo,
demonstrou empolgação com um possível relançamento, apesar de prever uma derrubada da liminar da
justiça.[85] Poucos dias depois, o juiz Sérgio Wajzenberg, da 2ª Vara Cível do TJ-RJ, decidiu que a liminar
seria mantida, assim como a obrigação de devolução das matrizes para João.[86] Dias depois, em decisão de
segunda instância, o desembargador André Gustavo Correa de Andrade, do TJ-RJ, mostrou-se preocupado
com o fato de João Gilberto não ter apresentado garantias de conservação adequada das masters, deixando
novamente o material em posse da EMI.[87] Uma semana depois, os advogados de João apresentaram as
condições técnicas necessárias para manter as matrizes das gravações, levando o desembargador a mudar a
decisão,[88][89] tendo sido devolvidas as masters para o músico.[90]

Marcelo Gilberto, primeiro filho do músico, afirmou que a EMI não teria cumprido a decisão, e que as
supostas masters entregues a João Gilberto eram, na verdade, cópias das verdadeiras, sendo que apenas o
disco Chega de Saudade poderia ser verdadeiro. Acredita-se que a gravadora EMI pode ter perdido as fitas
originais. O advogado da EMI, por outro lado, afirmou ser original todo o material entregue a João.[91]

Em 2015, o Superior Tribunal de Justiça determinou que a EMI não poderia mais vender os discos de João
Gilberto sem sua autorização. Em 2018, a defesa do artista protocolou um pedido de revisão da indenização
pela EMI Records, cujo controle passou a ser da Universal Music.[92]

Final dos anos 80


Em 1988, João cancelou shows no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Sofreu com a incompreensão da
imprensa.

Em 1989, João recebeu uma indicação ao Grammy na categoria Melhor Performance Vocal de Jazz, pelo
disco "Live in Montreux".

Anos 90

Em 1990, gravou um especial no disco de Maria Bethania, dividindo, apenas com voz e violão, a faixa
Maria/Linda Flor.

Foi lançado, nos Estados Unidos, o CD The legendary João Gilberto, coletânea dos três primeiros LPs de
João gravados na Odeon, que resultou num processo contra a EMI.

Álbum João

Em 1991, é foi lançado o CD João. No repertório, velhos sambas como Ave Maria no Morro, de Herivelto
Martins, Palpite Infeliz, de Noel Rosa, e Rosinha, composição do amigo Jonas Silva, ex-crooner dos
Garotos da Lua, que saiu para dar lugar a João no início dos anos 50. O disco marcou a gravação de
canções em outras línguas: inglês (You Do Something for Me, de Cole Porter), italiano (o bolero Malaga, de
Fred Bongusto) e francês (Que Reste-t-il de Nos Amours de Charles Trenet).[93] O disco foi gravado
apenas com voz e violão, para a posterior adição dos arranjos de orquestra feitos por Clare Fischer. João
ainda gravou o primeiro videoclipe da carreira: Sampa, de Caetano Veloso. Gravado em locações como o
Estádio do Pacaembu, bairro da Liberdade, Jóquei Clube de São Paulo e o Viaduto do Chá, o clipe mostra
o carinho que João tinha pela cidade de São Paulo.

Comercial da Brahma

Nesse mesmo ano, João gravou um jingle chamado Bossa Nova nº 1, para a Brahma. Com produção
sofisticada, o comercial foi gravado no Teatro Municipal de São Paulo, com direção de Walter Salles e foi
acompanhado por uma série de eventos da Brahma. João recebeu acompanhamento de orquestra, sob
regência de Eduardo Souto Neto.[94]

Em 1992, João se apresentou no Parque Ibirapuera, em São Paulo, junto com Caetano Veloso, Paulinho da
Viola e Rita Lee, por ocasião do aniversário da cidade.

Reencontro com Tom Jobim

Desde 1962, no show no restaurante Au Bon Gourmet, "O Encontro", Tom e João não faziam um show
juntos. Quando foi anunciado um show com os dois maiores expoentes da música popular brasileira na
época, o fato foi colocado como o evento cultural do ano de 1992 pela mídia.[95]

Chamado de Show Número 1,[96] ainda ligado à série de eventos patrocinados pela Brahma, como o
comercial produzido no ano anterior. João fez show no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com
participação especial de Tom, e João participou como convidado do show de Tom no Palace, de São Paulo.

No Teatro Municipal carioca, João fez um show recheado de velhos sambas como Sem Compromisso,
Morena Boca de Ouro e Ave Maria no Morro.[95] Ao entrar no palco, João foi ovacionado por dois mil
convidados da Brahma, patrocinadora do show.[95]
O show foi um grande sucesso, e virou um especial de fim de ano na TV Globo, com direção de Walter
Salles Jr. e recuperação de imagens históricas dos anos 50 e 60, como do famoso concerto no Carnegie Hall
em 1962.[96]

Várias edições deste especial de TV, exibido pela Rede Globo em 29 de dezembro de 1992, foram lançadas
em DVD na Europa e no Japão com os títulos de "O Grande Encontro" e "João & Antonio - Show Nº1".
[carece de fontes?]

Trechos do especial de TV também foram utilizados no documentário "Bossa Nova - Music &
Reminiscences", dirigido por Walter Salles Jr.[carece de fontes?]

O especial "João & Antonio" também serviu como inspiração para a série "Minuto da Bossa", exibida pela
Rede Globo em 1992, com direção de Walter Salles Jr. e narração de Caetano Veloso, incluindo material
não aproveitado no especial por questões de limitação de tempo.[carece de fontes?]

Em 1993, João Gilberto fez concerto no Teatro Castro Alves, Salvador, com Gal Costa e Maria Bethânia
como convidadas.

Em 1994, apresentou-se no Palace, São Paulo, que resultou no disco “Eu Sei que Vou te Amar”, gravado
ao vivo, e no especial para a TV Cultura, Especial João Gilberto.

Em 1995, João, junto a Caetano Veloso, Gal Costa, Astrud Gilberto, família Caymmi, Herbie Hancock,
Sting e outros artistas,[97] participou de homenagem a Tom Jobim no Avery Fisher Hall, localizado no
Lincoln Center de Nova Iorque. O tributo teve presença do então presidente do Brasil Fernando Henrique
Cardoso.[98][99] Os ingressos do show acabaram em apenas um dia de vendas, e consta que, no mercado
negro, comprava-se o ingresso por três mil dólares.[100]

Em 1996, participou do Festival de Jazz de Umbria, em Perugia, Itália, e apresentou-se em Veneza.

Em 1997, fez um especial para a TV Bandeirantes em uma temporada no Tom Brasil, São Paulo.
Apresentou-se em Buenos Aires, onde recebeu as chaves da cidade e o título de cidadão ilustre.

Em 1998, voltou a se apresentar no Carnegie Hall, por ocasião da 26ª edição do JVC Festival.

João Gilberto é o homem mais cool do mundo.


Jon Pareles, crítico do New York Times, em ocasião da apresentação de João no
Carnegie Hall[101]

Apresentou-se na Europa, onde fez shows em Turim, Roma, Ferrara e participou, como convidado
especial, das apresentações de Tony Bennett e Caetano Veloso no Festival de Jazz de Umbria.

Em 1999, fez três concertos em Buenos Aires, pela primeira vez apresentando-se com Caetano Veloso.[102]

Ainda esse ano, João Gilberto se apresentou no Credicard Hall, de São Paulo, inaugurando-o. O show teve
grande repercussão negativa, com problemas de som, reclamações de João e vaias.[103]

João Voz e Violão

Em 2000, João Gilberto lançou João Voz e Violão. Ao ouvir o resultado, João, que preferiu o disco sem
mixagem, chegou a dizer que teve a alma gravada ali. Percebe-se o arranhar das cordas do violão, a
percussão sutil da pronúncia dos fonemas e a controladíssima respiração. O disco, tratado já como clássico
à época do lançamento,[104] apresentava novas harmonias para Desafinado e Chega de Saudade, tratados
como superiores em relação às antigas gravações, segundo Nelson Motta,[105] entre resgates de antigos
sambas e composições recentes dos amigos Caetano Veloso e Gilberto Gil, sugeridas por Caetano, entre
outras canções, num clima intimista de voz e violão. Em sua eterna busca pela perfeição, João mostrou
neste disco, mesmo aos 68 anos na época da gravação, que ainda tinha muito a ensinar sobre a exploração
da célula rítmica da música, técnica vocal, controle de respiração e exercício interpretativo.[106] Na foto de
capa, está a atriz Camila Pitanga. O disco teve arranjos feitos pelo maestro Jaques Morelenbaum, mas as
orquestrações acabaram fora do disco, permanecendo somente a voz e o violão.[106][107] A crítica
americana declarou ser este disco como uma joia.[108]

À época da gravação, discutiu-se outro projeto: regravar os três primeiros discos - Chega de Saudade, O
Amor, o Sorriso e a Flor e João Gilberto (1961) - com os mesmos arranjos de Tom Jobim. A Universal
havia concordado com o projeto e João já tinha escolhido uma série de convidados para as gravações,
como Ivete Sangalo.[106]

Voltou ao Carnegie Hall, a São Paulo, Barcelona, Londres, Milão e Recife. Chega de Saudade (78rpm)
entrou no Grammy Hall of Fame.

Em 2001, João recebeu outro prêmio Grammy, na categoria Melhor Álbum de World Music, pelo disco
João Voz e Violão.[73] A imprensa brasileira achou injusto o prêmio, dizendo que João merecia participar
de indicações mais nobres.

Apresentou-se em Paris, em duas performances no Olympia, lotados, principalmente de jovens. A França


vivia mais uma explosão de bossa nova, desta vez fruto da música eletrônica.[109] Enlouqueceu o público
ao tocar Que Reste-t-il de nos Amours. Com frequência, em seus shows, João Gilberto homenageava a
cidade em que se apresentava. Em São Paulo, sempre tocava Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa; em
Portugal, para delírio do público, apresentou Casa Portuguesa; em Recife, tocava Recife, Cidade Lendária.

Na ocasião do seu aniversário de setenta anos, João recebeu homenagem de vários veículos de
comunicação do Brasil.

Apresentou-se na 22ª edição do Festival Internacional de Jazz de Montreal, no Canadá.

João recebeu do Itamaraty a Ordem de Rio Branco, no grau de comendador.

Em 2002, lançou o CD “Live at Umbria Jazz, gravado em 1996.

Em 2003, recebeu o Premio della Critica Heineken na Itália.

Conquista do Japão

Primeira turnê – 2003

Em setembro de 2003, pela primeira vez, João fez shows no Japão, passando por Tóquio e Yokohama,
totalizando quatro performances com quase vinte mil ingressos à disposição do público, que se esgotaram
três meses antes das apresentações. Em sua primeira apresentação, no Tokyo International Hall, João
relatou que tocar para o público japonês foi uma experiências que ele procurava fazia décadas.[110][111] No
seu último concerto, no dia 16 de setembro, João recebeu uma sessão de aplausos de 25 minutos
ininterruptos do público japonês.[112] Nesse dia, um fato curioso: ao final do show, João abaixou a cabeça
e fechou seus olhos durante 20 minutos. Ao final, levantou-se e agradeceu à plateia, dizendo ter beijado
cada mão, cada coração presente ali.[110] O sucesso da turnê japonesa foi comemorado com entusiasmo
pelo próprio João.[113]
As apresentações de João Gilberto provocaram um boom de bossa
nova no Japão. As gravadoras relançaram diversos discos de João
especialmente para o mercado japonês, como Getz/Gilberto, João
Voz e Violão e o gravado no México, além de diversas coletâneas.
Artistas populares japoneses gravaram CDs em homenagem a
João. Todas as revistas especializadas em música reservaram
páginas elogiosas a João Gilberto, tratado como lenda viva da
música universal, criador da bossa nova, o mestre brasileiro mais
respeitado no mundo todo, prestígio que João não desfrutava no
Brasil.

Em 2004, foi lançado, pela Verve Records, o CD João Gilberto in


Tokyo, gravado ao vivo durante a segunda apresentação no
Japão.[110] O disco foi bem recebido pela crítica brasileira,[112]
num álbum recheado de regravações, mas que nunca são
apresentadas iguais, isto é, são redesenhadas, num processo de
desenvolvimento e busca infinita.[114]

Nesse ano, nasceu sua terceira filha, Luiza Carolina, com Claudia João Gilberto em show de 2006.
Faissol.

Segunda e terceira turnês ao Japão

Em 2004, fez mais uma turnê pelo Japão. Desta vez, recebeu trinta e oito minutos de aplausos
ininterruptos[29] em seu show em Osaka.

Em 2005, João recebeu a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura.

Em 2006, fez nova turnê pelo Japão, onde homenageou o país com uma composição "Je Vous Aime,
Japão". Mais uma vez, os shows têm os ingressos esgotados.[115] Nessa turnê, anunciou-se o lançamento
de um DVD ao vivo da performance de João no Japão. Entretanto, o DVD foi vetado por vontade do
artista, que não achou o show bom para ser gravado.[116]

Em 2007, em votação popular da revista DownBeat, João foi escolhido um dos melhores cantores de jazz.

50 anos da bossa nova

Em 2008, por ocasião dos cinquenta anos da bossa nova, uma série de comemorações começou. João se
apresentou em São Paulo, no Rio, em Salvador e no Carnegie Hall. Seus shows tiveram a venda de
ingressos esgotada em poucas horas.[117] Seus shows foram reverenciados pelo público e elogiados pela
crítica, mostrando que, aos 77 anos, João ainda era moderno.[118] Em seu show no Rio de Janeiro,
contrariando as lendas que o entornam, João, de muito bom humor, cantou acompanhado da plateia.[119]

João Gilberto gravou em 2005 um comercial para a Companhia Vale do Rio Doce[120] em parceria com a
agência África,[121] exibido no segundo semestre do ano de 2008, em caráter nacional, nos intervalos do
Jornal Nacional, da TV Globo. Com narração de Fernanda Montenegro[122] e composição de Nizan
Guanaes,[123] a propaganda propunha uma homenagem ao povo brasileiro.

Em 2009, a revista DownBeat, tratada como uma das publicações de jazz mais respeitadas do mundo,
elegeu João como um dos 75 melhores guitarristas da história do jazz e como um dos cinco maiores
cantores de jazz.[124][125]
Em 2011, Claudia Faissol, produtora e mãe da filha mais nova de João, perdeu algumas imagens que fez do
músico durante doze anos. O Ministério da Cultura (MinC) da época foi acionado para ajudar na
conservação das imagens, tendo prometido um técnico da Cinemateca Brasileira, mas as trocas de ministros
atrapalharam o processo.[82][126]

Ainda nesse ano, foi lançada, sem autorização, na Inglaterra, a trilogia sagrada da bossa nova – os três
primeiros discos de João –, que estão fora de circulação devido ao processo com a EMI. Uma gravadora
inglesa, amparada pela legislação europeia, vem lançando os discos.[127]

Morte

João Gilberto morreu em 6 de julho de 2019, aos 88 anos de idade, em sua casa no Rio de Janeiro. O
músico vinha apresentando problemas de saúde havia alguns anos.[92] O velório aconteceu no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro e seu corpo foi sepultado no Cemitério Parque da Colina, em Niterói.[128]

Técnica

Inovações

Antes de João Gilberto, o violão era o complemento para a voz. Na música do mestre
da bossa, voz e violão se tornam uma única entidade. Aparentemente simples, na
verdade a técnica de João exibe uma precisão matemática.[5]
Revista Rolling Stone Brasil.

Em sua estreia no 78 rpm Chega de Saudade, João Gilberto começou uma revolução na música popular
brasileira. Munido apenas de voz, violão e da canção Chega de Saudade, mudou o rumo da música
brasileira e fincou seu nome na história cultural do Brasil e do mundo.

Com a introdução do microfone e do amplificador no Brasil, João Gilberto percebeu que a fonte sonora não
precisaria emitir o som intensamente, no âmbito da voz e do instrumento, o que favorece as interpretações
sutis e interiorizadas.[129] Por outro lado, na época das primeiras gravações da bossa nova, o Brasil ainda
não possuía um equipamento de fidelidade suficiente para a reprodução de sonoridades mais complexas.
Por esse motivo, João e Tom Jobim, seu primeiro arranjador, elaboraram harmonias complexas, sob
influência da música norte-americana, e, ao mesmo tempo, simplificaram a sonoridade geral, por causa da
limitação dos equipamentos. Os gestos, tão antagônicos, entretanto, se aliam, para buscar o núcleo vital da
canção.[129]

João inovou na gravação do Chega de Saudade ao pedir dois microfones, um para a voz e outro para o
violão. O motivo é óbvio, apesar do choque que causou nos produtores do disco. Até então, gravava-se
com apenas um microfone, com destaque para a voz em detrimento do violão. Além disso, é da própria
natureza acústica do violão ficar restrito, em termos de volume de som, com qualquer instrumento de
orquestra ou com o piano.[129] Com a voz, o violão pode concorrer de igual, se a voz se mantiver numa
intensidade natural, pois com qualquer elevação de volume da voz já há um encobrimento do violão. Desse
modo, é necessária a emissão da voz num volume próximo à da fala comum.[129] Com João Gilberto, voz e
violão se mantém em igual intensidade de volume, com os microfones captando por igual ambas fontes
sonoras e, em caso de necessidade, a alteração de volume de ambas seria em igual proporção.[129]

Para Caetano Veloso, João inovou ao sugerir uma linha mestra do desenvolvimento do samba com origem
no samba-de-roda do recôncavo baiano e maturação no samba urbano carioca.[130]
Harmonia

O tratamento harmônico da música de João Gilberto foi concebido exclusivamente para o violão.[129] No
LP Chega de Saudade, por exemplo, a participação da orquestra aconteceu apenas em termos de
pontuações ou fraseados breves, em algumas ocasiões.[129] Nos encadeamentos, ou ligações, harmônicos,
João criou as dissonâncias tonais na sua mão esquerda, sobre o braço do violão, na construção dos
acordes.[129]

Em regravações de antigos sucessos, João Gilberto se caracterizou pela completa alteração da harmonia
original, refazendo-a.

Ritmo

Quanto ao ritmo, que está ligado à mão direita de João, a batida tem influência tradicional do samba.[129]
Ao tocar em acordes, e não em arpejos, João dava ritmo ao violão, de forma que colocava uma bateria de
escola de samba em miniatura nas seis cordas de seu violão.[131] Entretanto, João Gilberto retirou a
obviedade da marcação do tempo forte, caracterizado no samba pela marcação periódica do surdo,[129]
num processo chamado por Walter Garcia como o "esfriamento" do samba. Por outro lado, João a deixou
subentendida nos impulsos de toque médio[129], isto é, nos dedos indicador, médio e anelar. Essa síncope,
ou acentuação do tempo fraco do samba, criou tensão à música, um impulso rítmico maior.[132] João
Gilberto possuía domínio absoluto sobre o ritmo[101] e sempre fugia da obviedade, da regularidade.[132]
Essa batida rompeu com a cadência do samba "quadrado", criando possibilidades harmônicas, antes
impossíveis.[71] Desse modo, João podia atrasar ou adiantar o ritmo com sua batida compacta, forma que
modernizou o samba.[71] A voz também tinha um função rítmica. Ela colaborava com a percussão, atraindo
ou retardando, sublinhando o ritmo pela ausência,[131] ou com técnicas vocais. No pulso do João, a
oposição entre tempo forte e fraco era relativizada pelo bordão.[133] João também mudou a forma de o
baterista tocar, trocando as duas vassourinhas ou duas baquetas por uma vassourinha e uma baqueta, cada
mão com divisão diferente.[134]

Texto

João Gilberto se caracterizava por priorizar a sonoridade do texto, em detrimento da sua semântica.[129] A
ausência de tensões semânticas é percebida na sua escolha de repertório, com canções lírico-amorosas sem
tensividade passional, como Chega de Saudade, canções quase infantis, como O Pato e Lobo Bobo, e suas
próprias composições, como Bim Bom.[129].João se preocupava (preocupação esta tão comum no meio
erudito) de tal forma com os detalhes do texto das canções que cantava, valorizando excessivamente as
unidades musicais da canção, que ele mexia, alterava, traduzia idiossincraticamente os detalhes de duração,
frequência, intensidade e texto, quando omitia, acrescentava ou mudava trechos ou palavras das canções,
mudando o efeito, mas não a essência e a identidade da canção.[129] Tanto isto é verdade que era muito
comum o compositor se sentir lisonjeado por uma gravação de João, como Caetano Veloso com Sampa,
que João alterou para gravar. João Gilberto era um recompositor,[129] um cancionista-intérprete, sendo
aquele que não executava o que o compositor criou, mas o que executava o que o compositor deixou de
criar.[129] Para João, a letra tinha a mesma importância da melodia e do ritmo, deslocando-se do senso
comum que valoriza a letra,[63] por isso que, se a letra exercesse um papel extramusical na canção, era logo
rejeitada, alterada ou suprimida por João.[135]

Ele pode até ler jornal que soa bem.


Miles Davis[136]
Essencial para o estilo criado por João, seu canto era outra marca da batida da bossa nova. Como já
mencionado, João, com o uso do microfone, dispensava o excesso e criava um estilo apropriado para o uso
do violão, com a emissão de voz próxima à da fala corriqueira.[129] limpa e enxuta, como a voz de Dorival
Caymmi.[137] Sua dicção era impecável e sem um resquício de sotaque baiano.[135] A integração voz e
violão formavam um todo, um único. Por vezes, João usava a voz como instrumento, adiantando ou
atrasando o fraseado em relação ao violão[71] em uma decidida e precisa imprecisão, caindo em várias
posições rítmicas,[131] mas nunca prejudicando o balanço da canção. Em uma entrevista a Tárik de Souza,
João declarou ser fã de Orlando Silva pelo fato de ele "falar as frases com naturalidade e não exagerar em
nenhum ponto da música", mostrando a essência do canto joãogilbertiano: o saber falar e a naturalidade da
emissão, fugindo dos excessos em qualquer ponto da música.[135] É importante frisar que, retirando
excessos, João permitia que a letra da canção criasse emoção a partir da sua própria construção, fugindo da
emoção criada por artífices vocais, enriquecendo, naturalmente, a canção. Entre as várias técnicas que
usava, estão a ausência de vibratos, que conferem peso emocional à interpretação, mas que muito raramente
são utilizados de modo muito discreto;[133] a retirada do forte e do fortíssimo da dinâmica; o complemento
harmônico da voz e do violão, ou seja, a voz emite uma nota que não se apresenta no acorde do violão,
complementando-o; o rubato, retardando sílabas e frases, deixando o violão seguir adiante para, depois,
alcançá-lo, ou então antecipa-se, emendando versos, para depois aguardar a chegada do violão;[138] o
legato, como Orlando Silva,[139] derrubando assim o mito de que ele cantava como Mário Reis, que, apesar
de cantar suavemente, não utilizava o legato, mas o staccato, que é a "quebra" do fraseado, ou seja, cantava
as sílabas em separado, com um silêncio entre os fonemas, em células de tamanho quase igual; João, por
outro lado, estendia ou diminuía, juntava as notas, em longas frases que sustentava graças às técnicas de
respiração iogue. Sua afinação era absolutamente precisa, mas nem sempre foi considerado assim, visto do
estranhamento revolucionário causado pelo seu canto à época da apresentação do novo estilo. João Gilberto
também se utilizava da voz para criar ritmo à música. Com técnicas comuns nos conjuntos vocais dos anos
1940 e outras criadas pelo próprio João, sua música se enriquecia. O objetivo de João era encontrar o ponto
em que se conseguia falar com perfeição para que a melodia brotasse naturalmente da palavra, através da
adequada inflexão e "cor" exata de cada sílaba.[133]

Criação

“ Não se pode machucar o silêncio, que é sagrado.



João Gilberto era um artesão diletante de suas músicas,[140] em eterno "estado febril" de criação,[107] que
operava dentro de rigorosos limites autoimpostos, sem ostentação de voz, velocidade, enfeites.[101] Passava
horas, dias ou meses recompondo - em termos de ritmo, harmonia e melodia - uma canção que ouviu
durante a vida, indo de sambas a boleros, em português, inglês, italiano ou francês. Considerado um
recompositor,[129] João justificava sua diminuta obra autoral dizendo que "há tanta coisa bonita a ser
consertada".

Nesse processo de maturação da canção, João Gilberto buscava todas as possibilidades harmônicas e
rítmicas da música em que estava trabalhando. Subtraía notas, alterava o andamento, introduzia silêncios,
juntava versos e mudava palavras, resultando em algo distante do original. João tornava a canção mais
direta e clara. Um exemplo é a canção Lígia, de Tom Jobim, em que João simplesmente retirou o nome da
musa inspiradora da canção, evitando assim um derramamento, uma tensão emocional que haveria se a
chamasse em altos brados.[29] Existia, por isso, grande entusiasmo ao ouvir João cantando uma música
conhecida pela primeira vez: não se sabia o que viria.[141] João se preocupava obsessivamente com um
nível de acabamento muito maior que o exigido pelo mercado, o que o tornou mais que profissional.[133]
Desde o início de sua carreira, João buscou o passado da música popular para sensibilizar o presente.
Retrabalhou, logo no primeiro disco, Rosa Morena, de Dorival Caymmi, e É Luxo Só e Morena Boca de
Ouro, antigos sucessos de Ary Barroso. Essa busca pelo passado se notabilizou durante toda sua carreira,
em canções de compositores como Janet de Almeida, Herivelto Martins, Noel Rosa, Bororó, Geraldo
Pereira, Wilson Batista, Lamartine Babo, etc..[71] Essa busca caracterizava-se pelo critério existencial do
próprio João: a maioria dessas canções ele ouviu durante a infância em Juazeiro, Aracaju ou na juventude
em Salvador e no começo de carreira no Rio.

Percebe-se na arte de João Gilberto em projeto nacional, uma aspiração do que o Brasil poderia ser.[71]
Utilizando-se do samba, rompeu com toda a estrutura da canção brasileira.[142]

Influências
No canto, em sua divisão rítmica, João Gilberto declarou publicamente a influência que teve de Orlando
Silva, que considerava o maior cantor do mundo. O uso de acordes soltos remetia à mão esquerda de
Johnny Alf ao piano.[22] O violão de Dorival Caymmi também influenciou a criação de João, que ainda
buscou juntar o samba, a tradição musical nordestina e o jazz.[63]

Segundo Jon Pareles, os vocais suaves de Chet Baker e os acordes de Barney Kessel estava presentes no
estilo de João.[101] O cool jazz também estava presente nas harmonias da bossa nova.

Legado
Quaisquer que sejam as novas direções de nossa música
nova, não nos esqueçamos da lição de João.
Augusto de Campos

É difícil encontrar na história da música algum movimento que seja


atribuído a um nome. João Gilberto fez isso com a bossa nova.[143]
Apesar da grande importância de Tom Jobim no movimento, João
deu a forma, a possibilidade. Tom Jobim já era um grande
compositor e arranjador antes da invenção joãogilbertiana.
Entretanto, João também desmontou e reconstruiu Jobim, que
assimilou a técnica de João e mudou o jeito de compor e de
arranjar, tendo as mais diversas possibilidades criadas, tornando-se
um ícone da música mundial, junto com João.[144] Ainda se discute
se a bossa nova é um movimento ou um estilo, um momento do
jazz ou um capítulo da música popular brasileira.[71] Sabe-se,
somente, que João Gilberto é seu pai.

Jobim definiu o peso de João na música popular na contracapa do


seu primeiro LP, Chega de Saudade, “Em pouquíssimo tempo, João
Gilberto influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas,
músicos e cantores.”.[145] A revolução de João Gilberto tornou
possível o desenvolvimento do trabalho dos músicos modernos, Monumento dedicado a João Gilberto
como Jobim, abriu caminho para a nova geração, como Roberto em sua cidade natal, Juazeiro da
Menescal e Baden Powell, e deu sentido aos músicos talentosos da Bahia
década de 40 e início de 50, que tentavam encontrar uma forma de
modernizar o samba através da imitação da música americana, como Johnny Alf e Dick Farney.[146]
No âmbito nacional, qualquer músico brasileiro pós-1958 foi reinventado por João Gilberto. Isto é, João
alterou, de forma irreversível, o DNA da música popular brasileira.[144] Muitos se lembram do impacto que
tiveram ao escutar João Gilberto pela primeira vez. Gilberto Gil diz que o ouviu no rádio, na Bahia, e que
ficou assustado ao ouvir aquele som novo, que causou estranheza nele, mas que logo se tornou paixão
absoluta.[147] Caetano Veloso diz que ouviu João pela primeira vez aos dezessete anos, num bar em Santo
Amaro, Bahia, por sugestão de um colega de ginásio, que classificou a música como "louca", de um
"sujeito que cantava desafinado", mas que logo arrebatou Caetano.[148] Para Gal Costa, ao ouvir pela
primeira vez na rádio a gravação de Chega de Saudade de João, foi um "impacto profundo e uma atração
imediata", que, apesar de ser, à época, totalmente diferente, estranho e novo, Gal abraçou com paixão. Ela
diz que a partir de João reaprendeu a cantar, estudando a emissão vocal de João Gilberto.[147] Roberto
Carlos, ao ouvir pela primeira vez João Gilberto, ficou tão fascinado com a música que ficou estático, como
em uma revelação.[147] Chico Buarque passava tardes inteiras ouvindo e ouvindo o LP Chega de Saudade,
tentando decifrar a batida e as harmonias do violão.[147]
João ainda influenciou artistas como Rita Lee, com
sua "Bossa'n'Roll"[139], Novos Baianos, que tiveram João como padrinho musical e mentor na produção
do disco Acabou Chorare,[149] Jorge Ben Jor, Cazuza, na canção Faz Parte do meu Show.[139]
Atualmente, João é reverenciado por artistas como Fernanda Takai, Max de Castro, Zizi Possi, Fernanda
Porto.[150]

Internacionalmente, João primeiro conquistou os músicos, e, depois, o público. Junto de Jobim, fez a bossa
nova ser escutada nos quatro cantos do mundo.

A criação original de João Gilberto para o samba, que se internacionalizou com o


nome de bossa nova, e que é, até hoje, a contribuição brasileira mais importante à
cultura mundial, corre na veia de boa parte da música popular que se faz no mundo.
Esse trabalho de transformação do samba e sua consolidação, é obra de uma
personalidade artística genial, dessas que surgem de tempos em tempos com uma
missão civilizadora heroica. Não é à toa que é qualificado de Mito. Sua trajetória repete
a do herói mítico, no combate à banalidade e procura da pureza.
Edinha Diniz

Entre os grandes jazzistas fãs declarados de João estão Miles Davis, Stan Getz, Frank Sinatra, Ella
Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Tony Bennett,[151] Jon Hendricks, entre outros. A influência de João Gilberto
no jazz é consenso entre críticos de música.[101] Atualmente, percebe-se a influência de João em artistas
como Stacey Kent e Diana Krall, que teve João como sua primeira referência musical[152] e diz que não se
pode ser jazzista sem aprender bossa nova.[153] Fora do jazz, João recebeu elogios de famosos como
Madonna,[154] Jacqueline Kennedy, Eric Clapton, Simone de Beauvoir, Jean-Paul Sartre.[155] Bob Dylan,
Beck, David Byrne,[156] entre outros, chegando a influenciar movimentos como o indie rock e a dance
music.[101] Na Europa, João desfrutou de grande sucesso, sobretudo na Itália, onde fez inúmeros shows e,
inclusive, especiais para a TV. Passou também por Holanda, Inglaterra (que, nos anos 1980, teve um
movimento chamado new bossa com bandas como Matt Bianco, Style Council e Everything But the
Girl),[139] França, Portugal, Espanha, Alemanha e Bélgica. João chegou até o Japão, em uma série de
shows, onde lotou casas de espetáculos e recebeu aplausos de até 40 minutos ininterruptos do povo
japonês.

São vários os gêneros musicais influenciados pelo estilo de João. No Brasil, a Tropicália, a moderna MPB.
Em âmbito internacional, a New Bossa, o Acid Jazz, o Drum'n'Bass.[139]

Entre os acadêmicos, João é unanimidade, sendo objeto de estudo de grandes intelectuais como José
Miguel Wisnik, Luiz Tatit, Aderbal Duarte, Walter Garcia, Lorenzo Mammi, Edinha Diniz.[157] Para
Garcia, João está para a música assim como Guimarães Rosa está para a literatura, Oscar Niemeyer está
para a arquitetura e Pelé está para o futebol.[158]
Na cultura popular, João Gilberto é um ícone. Recebeu diversas homenagens na música, tanto em âmbito
nacional quanto internacional. Tony Bennett se disse um grande fã seu.[159] Foi requisitado para trilhas
sonoras de filmes e produções de tv nacionais e internacionais. Recentemente, um autor alemão publicou
um livro tendo João como personagem.[160] É tema de um documentário sobre o processo com a EMI.[161]
Sua figura era tão misteriosa que um perfil fake criado no Facebook conseguiu enganar até mesmo artistas e
jornalistas famosos,[162][163][164] fato desmentido pelo site oficial do artista.[165]

Vida pessoal
De 1995 até o fim da vida, João morou em um apartamento na rua Carlos Góes, no Leblon, zona sul do
Rio de Janeiro e em 2015 passou a ocupar também uma suíte no Copacabana Palace.[166][49] Dificilmente
saiu de casa [167] e não recebia visitas, exceto da sua filha Bebel e de sua empresária, Cláudia Faissol, mãe
de Luísa, a filha mais nova. Mesmo morando no hotel, ele continuou fiel a antigos hábitos. "Pelo menos
três vezes por semana ainda pede comida aqui", disse certa vez Sebastião Alves, há 40 anos gerente do
restaurante Degrau, no Leblon.[168]

Discografia

Álbuns de estúdio
Chega de Saudade (Odeon, 1959) LP
O Amor, o Sorriso e a Flor (Odeon, 1960) LP
João Gilberto (Odeon, 1961) LP
Getz/Gilberto (Verve, 1964) LP
João Gilberto en México (Orfeon, 1970) LP
João Gilberto (Polydor, 1973) LP
The Best of Two Worlds (CBS, 1976) LP
Amoroso (Warner/WEA, 1977) LP
Brasil (WEA, 1981) LP
João (PolyGram, 1991) CD
João Voz e Violão (Universal/Mercury, 2000) CD

Álbuns ao vivo
Getz/Gilberto #2 (Verve, 1966) LP
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (WEA, 1980) LP
Live at the 19th Montreux Jazz Festival (WEA, 1986) 2LP
Eu sei que vou te amar (Epic, 1994) CD
João Gilberto live at Umbria Jazz (EGEA, 2002) CD
João Gilberto in Tokyo (Universal Music, 2004) CD
Um encontro no Au bon gourmet (Doxy, 2015) LP
Getz/Gilberto'76 (Resonance, 2016) LP e CD

Singles
Quando Ela Sai (Alberto Jesus/Roberto Penteado)/Meia Luz (Hianto de Almeida/João Luiz)
– (Copacabana, 1952) 78 rpm
Chega de Saudade/Bim Bom - (Odeon, 1958) 78 rpm
Desafinado/Hô-bá-lá-lá – (Odeon, 1958) 78 rpm
Lobo bobo/Maria ninguém - (Odeon, 1958) 78 rpm
A felicidade/O nosso amor - (Odeon, 1959) 78 rpm
O pato/Trevo de quatro folhas - (Odeon, 1960) 78 rpm
Saudade da Bahia/Bolinha de papel - (Odeon, 1961) 78 rpm

EP
João Gilberto Cantando as Músicas do Filme Orfeu do Carnaval - (Odeon, 1959) 45 rpm
The Girl from Ipanema/Blowin' in the Wind - (Verve, 1964) 45 rpm
Desafinado/Early Autumn - (Verve, 1964) 45 rpm

Coletâneas
Bossa Nova at Carnegie Hall (Audo Fidelity, 1962) LP
Herbie Mann & João Gilberto (Atlantic, 1965) LP
Gilberto and Jobim (Capitol, 1977) LP
Interpreta Tom Jobim (EMI/Odeon, 1985) LP
Meditação (Emi, 1985) LP
O talento de João Gilberto (Emi, 1986) LP
O Mito (Emi/Odeon, 1988) 3LP
The Legendary João Gilberto (Capitol/World Pacific, 1990) CD
Amoroso/Brasil (WEA) CD
Millenium: João Gilberto (Universal Music, 1999) CD
Best of João Gilberto: Portrait de bossa nova (Universal, 2003) CD
For Tokyo (Universal, 2007) CD
Brazil's Brilliant (Doxy, 2012) 3CD
The Warm World of João Gilberto - The Man Who Invented Bossa Nova: Complete
recordings 1958-1961 (Ubatuqui, 2012) CD
The Roots of Bossa Nova (Chrome Dreams, 2012) CD
The Boss of the Bossa Nova (Malanga Music, 2012) CD
Chega de saudade/O amor, o sorriso e a flor/João Gilberto (Frémeaux & associés, 2012) CD
The Bossa Nova Vibe of João Gilberto (NotNowMusic, 2012) 2CD
O rei da bossa/The King of the Bossa Nova (Goldies, 2012) 3CD
The Legend (Cherry Red Records, 2013) 2CD
Bossa Nova Estival (FeelGoodMusic, 2014) CD
Selections from Getz/Gilberto'76 (Resonance, 2015) LP

Participações
Naturalmente (Copacabana, 1957) LP - Elizeth Cardoso (participação de João Gilberto ao
violão)
Canção do Amor Demais (Festa, 1958) LP - Elizeth Cardoso - participação de João Gilberto
nas faixas Chega de Saudade e Outra Vez)
O melhor de... Os cariocas (Columbia, 1958) LP - Os cariocas - participação de João
Gilberto ao violão na faixa Chega de saudade
Este seu Olhar/Meu segredo (Columbia, 1959) 78 rpm - Luiz Cláudio - participação de João
Gilberto ao violão na faixa Este seu Olhar
Jonas Silva (Radio, 1959) 45 rpm - Jonas Silva (participação de João Gilberto ao violão)
José Vasconcelos conta historia de bichos (Odeon, 1962) LP - Vários artistas - participação
de João Gilberto na faixa A roupa do leão
Miúcha (RCA, 1980) LP - Miúcha - participação de João Gilberto nas faixas All of me e O
Que É, O Que É
Rita Lee (Som Livre, 1982) Rita Lee e Roberto de Carvalho - participação de João na faixa
Brasil com S
Hipertensão (Som Livre, 1986) Vários artistas – João Gilberto na faixa Me Chama
Maria Bethânia (Philips, 1990) LP - Maria Bethânia - participação de João nas faixas Maria
e Linda Flor

Álbuns em tributo
Salud! Joao Gilberto, Originator of the bossa nova (Reprise, 1963) - Jon Hendricks
Felicidade: Tribute to João Gilberto (EMI, 2003) – Vários artistas
Amorosa (Sony, 2004) - Rosa Passos
Bim Bom: The Complete João Gilberto Songbook (Independente, 2009) – Ithamara Koorax
& Juarez Moreira
The Hits of João Gilberto (Cherry Red Records, 2013) - Vários artistas
Gilbertos Samba (Sony/BMG, 2014) - Gilberto Gil
Silêncio: Um tributo a João Gilberto (Coqueiro Verde, 2014) - Renato Braz
Gilbertos Samba ao vivo (Sony/BMG, 2014) - Gilberto Gil
João Gilberto eterno (Universal Music, 2021) – Vários artistas

Videografia

Vídeos musicais
Sampa (Caetano Veloso) (Polygram, 1990)

Especiais de TV
Ed Sullivan Show ( TV EUA, 1964) - Participação especial
Dinah Shore Show (TV EUA, 1965) - Participação especial
O Fino da Bossa (TV Record, 1966) – Convidado de Elis Regina
Tribute to Gilbert Bécaud (American Broadcasting Company, 1967) [nota 1][nota 2]
Especial: Caetano, Gal e João Gilberto (TV Tupi, 1971)
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (TV Globo, 1980)
A arte e o ofício de cantar (TV Bandeirantes, 1983)
Tom e João - Show Número 1 (TV Globo, 1992)
Especial João Gilberto (TV Cultura, 1994)
Live at Umbria Jazz (RAI, 1996)
Especial João Gilberto (TV Bandeirantes, 1997)
João Gilberto e Caetano Veloso (Argentina, 1999)

Jingles
Brahma Número 1 (1991)
Kellog's (2005)
Vale do Rio Doce (2008)

Filmografia
Pista de Grama (Brasil, 1958). Direção de Haroldo Costa.
Copacabana Palace (Itália, França, Brasil, 1962). Direção de Steno.
Brasil (Brasil, 1981). Direção de Rogério Sganzerla.
Bahia de todos os sambas (Itália, 1983). Direção de Leon Hirzman.

Composições
Acapulco
Bim Bom
Coisas distantes (Forgotten Places), com João Donato.
Hô-Bá-Lá-Lá
Japão (Je Vous Aime Beaucoup?)
João Marcelo
Minha saudade, com João Donato
No coreto (Glass Beads) com João Donato
Um abraço no Bonfá
Undiú[nota 3] com Jorge Amado.
Valsa (Bebel) – como são lindos os Youguis
Você esteve com meu bem, com Russo de Pandeiro.

Prêmios e indicações
Trabalho
Ano Prêmio Categoria Info Resultado Ref.
Indicado
Álbum do Ano Venceu
7th Annual
Best Vocal Álbum Álbum em parceria com [169]
1965 Grammy Indicado
Performance (Male) "Getz/Gilberto" o saxofonista Stan Getz
Awards
Best Album Notes Indicado
20th Annual
Best Jazz Vocal Álbum [169]
1978 Grammy Indicado
Performance "Amoroso"
Awards
31st Annual
Best Jazz Vocal Álbum "Live in [169]
1989 Grammy Indicado
Performance (Male) Montreux"
Awards
Álbum Álbum em parceria com
1999 Grammy Hall of Fame Venceu
"Getz/Gilberto" o saxofonista Stan Getz
Single "Chega [170]
2000 Grammy Hall of Fame Venceu
de Saudade"
Álbum "Chega
Grammy Hall of Fame Venceu
de Saudade"
2001 43rd Annual
Best World Music Álbum "João [169]
Grammy Venceu
Album Voz e Violão"
Awards

Notas
1. Especial de TV alemã.
2. Único convidado não europeu.
3. Também conhecido como Lamento da Morte de Dalva na Beira do Rio São Francisco, em
Juazeiro.

Referências
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ao-gilberto). Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 13 de julho de 2019
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4. « "João Gilberto mudou a música do mundo", diz Gal; veja repercussão» (https://valor.globo.
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14. «João Gilberto» (http://dicionariompb.com.br/joao-gilberto). Dicionário Cravo Albin.
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Ligações externas
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«Documentário Tim Tim por Tim Tim: a Música de João Gilberto, da Rádio Batuta, Instituto
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«Estúdio F - João Gilberto, Rádio Cultura Brasil, Fundação Padre Anchieta» (http://www.cult
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«Stan Getz & João Gilberto / Miles Davis, RTP (Rádio e Televisão de Portugal)» (http://progr
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«Retrato de João, Rádio Cultura Brasil, Fundação Padre Anchieta» (http://www.culturabrasi
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