O documento descreve um programa de rádio produzido sobre a vida e obra do músico João Gilberto, considerado o pai da Bossa Nova. A produção contou com pesquisas e depoimentos de familiares e amigos que revelam detalhes sobre a descoberta de seu talento, ascensão à fama e seu jeito discreto. O programa apresenta a trajetória de João Gilberto desde sua origem em Juazeiro até seus maiores sucessos musicais, com o objetivo de divulgar a história e memória cultural dessa cidade onde nasceu o estilo bossa nova.
O documento descreve um programa de rádio produzido sobre a vida e obra do músico João Gilberto, considerado o pai da Bossa Nova. A produção contou com pesquisas e depoimentos de familiares e amigos que revelam detalhes sobre a descoberta de seu talento, ascensão à fama e seu jeito discreto. O programa apresenta a trajetória de João Gilberto desde sua origem em Juazeiro até seus maiores sucessos musicais, com o objetivo de divulgar a história e memória cultural dessa cidade onde nasceu o estilo bossa nova.
O documento descreve um programa de rádio produzido sobre a vida e obra do músico João Gilberto, considerado o pai da Bossa Nova. A produção contou com pesquisas e depoimentos de familiares e amigos que revelam detalhes sobre a descoberta de seu talento, ascensão à fama e seu jeito discreto. O programa apresenta a trajetória de João Gilberto desde sua origem em Juazeiro até seus maiores sucessos musicais, com o objetivo de divulgar a história e memória cultural dessa cidade onde nasceu o estilo bossa nova.
Este trabalho descreve a história do músico e compositor João Gilberto através do
programa radiofônico “João Gilberto, o pai da Bossa Nova”, produzido no curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia, em Juazeiro-BA. O programa foi veiculado nas rádios parceiras do departamento: Liberdade FM, Vitória FM, Curaçá FM, Orocó FM e Petrolina FM, todas localizadas no Vale do São Francisco. A rica história de Joãozinho, como era carinhosamente chamado pelos mais próximos, foi contada nas ondas do rádio de forma clara e objetiva, numa reportagem de 30 minutos. Nascido em Juazeiro, no norte da Bahia, às margens do Velho Chico, João Gilberto foi um dos representantes do ritmo bossa nova através da sua batida ao violão, seu ritmo do canto-falado e suas canções. Naves (2001), posiciona João Gilberto como líder no processo criativo do movimento, em particular com a relação à famosa “batida” que ele inventa no violão e à sua maneira de cantar à meia voz, com um timing perfeito e nenhum ênfase emotiva. Em seu primeiro lançamento com o LP “Chega de Saudade”, em 1959, Joãozinho provocou uma onda de shows semiprofissionais em Universidades, despertando o interesse maciço de rapazes e moças pelo violão. “Aliás, João Gilberto para mim é [...] a informação da modernidade musical utilizada na recriação, na renovação, no dar um passo à frente, da música popular brasileira” (CAMPOS, 2003, p.63). A bossa nova não apenas não contou com a TV, ainda incipiente no país, como enfrentou a resistência das emissoras de rádio, então poderosas e dirigidas a um gosto mais popular, mas até elas tiveram que se render. “Se nessa época o meio cultural estivesse funcionando em chave mais “profissional”, o LP teria encontrado uma resistência ainda maior do que teve – e parece não ter sido pouca e em diversos níveis – e, talvez, tivesse ficado na gaveta (ou nem teria sido gravado)” (CASTRO, 1999). Assim como gerou a batida de violão da bossa nova tocando só no banheiro de sua irmã, em Diamantina (MG). “João Gilberto passou as últimas décadas tocando para as paredes de seu apartamento, entregue a uma missão, por definição, maluca e impossível - aperfeiçoar a perfeição” (Ruy Castro, 2019).
Descrição das pesquisas realizadas
Para produção do especial “Joãozinho, o pai da Bossa Nova”, realizarmos uma profunda pesquisa sobre a história de vida desse que foi um dos maiores músicos que o país já teve, visitando sites, assistindo reportagens, vídeos e documentários referentes à bossa nova, além de consultarmos alguns artigos que contam a trajetória de vida do artista, considerado “pai da bossa nova”. A partir daí pensamos na produção do texto numa linguagem simples e dinâmica que envolvesse o ouvinte, afinal o rádio além de informativo também é educativo. Como afirma Haussen (2004), “sua importância está não só na formação cultural, mas também na formação educacional e crítica dos ouvintes”. Neste contexto, este trabalho também apresenta através de depoimentos de familiares e amigos, o João Gilberto fora do palco. Sua irmã mais nova, Maria Olivia de Oliveira (a Vivinha), o cantor e compositor Maurício Dias (amigo de João) e a professora Odomaria Bandeira, compartilham os momentos em que João Gilberto vinha a Juazeiro, relatando sobre seu jeito peculiar e curiosidades, como a que o artista só andava na cidade durante a madrugada. A participação do vendedor de vinil João Cordeiro, mostrou que o artista coleciona fãs de várias gerações. A presença do cantor e compositor Roberto Menescal enriqueceu ainda a produção, ele compartilhou o dia em que João Gilberto chegou a sua casa apresentando a nova batida do Samba, que futuramente veio a se chamar bossa nova. Menescal também relembrou de alguns momentos engraçados com João e de sua importância para música brasileira e mundial. Já a participação dos artistas Edésio Santos, Gilberto Gil e Nelson Mota foram através de arquivos da internet. A escolha por produzir a reportagem de rádio foi para dar visibilidade ao rico acervo de João Gilberto. Com isso, nesse especial o ouvinte além de conhecer a trajetória de vida do artista, pôde se deliciar com grandes sucessos desse que foi o responsável por levar a música brasileira para fora do país.
Descrição do produto
O processo de produção do programa aconteceu de forma organizada, a partir de uma
linha do tempo que contasse mais sobre a trajetória do músico João Gilberto. A proposta foi de trazer curiosidades íntimas contadas por familiares e amigos próximos do artista, que incluem como ele descobriu o talento para a música e sua ascensão como” pai da bossa nova”. O músico João Gilberto, falecido no dia 6 de julho de 2019, é natural da cidade de Juazeiro, na Bahia. A reportagem sobre o artista torna a produção mais importante ainda, visto que a cidade é repleta de histórias e memórias sobre a vida e a obra do músico. O roteiro da reportagem “Joãozinho, o pai da Bossa Nova”, foi apresentado por Márcio Reges, egresso do curso de Jornalismo em Multimeios da Universidade do Estado da Bahia, no Departamento de Ciências Humanas, Campus III, Juazeiro. O roteiro foi planejado para imprimir a verdadeira imagem do músico João Gilberto que, como cidadão Juazeirense, sempre teve uma passagem muito silenciosa pela cidade. As curiosidades apresentadas revelam um talentoso artista, humilde e discreto, que chamou a atenção do mundo com seu jeito delicado e suave de cantar e tocar, compondo canções que o tornariam um dos maiores representantes da música popular brasileira. Porém, ao mesmo tempo que João Gilberto se tornava famoso, os moradores de Juazeiro conheciam um músico discreto e caseiro, que sempre que voltava à cidade natal, se isolava. A reportagem apresenta personagens que faziam parte da vida de João Gilberto e comprovam que esse jeito calado e caseiro era característico do músico. A produção do roteiro apresenta arquivos com o próprio João Gilberto contando de onde veio, quem eram seus pais e com quem foi criado. Logo após, a produção segue construindo narrativas a partir da linha cronológica que nos levam ao primeiro episódio marcante da vida de João Gilberto, quando o artista tinha 11 anos de idade e foi estudar em Aracaju, Sergipe. Na nova cidade ele tocou na banda da escola e, neste período, começou a formar conjuntos vocais com os colegas. A partir daí o roteiro destaca os fatos marcantes da vida do músico, sempre inserindo trilhas sonoras originais de João Gilberto e mesclando com depoimentos de personagens importantes da vida do artista. Maria Olivia, irmã de João Gilberto, conta detalhes da vida do irmão, como o dia em que ele descobriu o som da batida perfeita, de violão com influência do jazz, que o tornaria reconhecido no mundo inteiro. A partir daí, João compôs a primeira música da bossa nova, ainda na cidade de juazeiro, de nome “Bim Bom”. O cantor, compositor e amigo de João Gilberto, Roberto Menescal conta também em entrevista exclusiva, o dia que conheceu João Gilberto, de forma inusitada. Mas o encontro seria o começo de uma grande amizade e parceria. A professora aposentada e amiga de João Gilberto, Odomaria Bandeira, explica o jeito caseiro do músico e seu comportamento, apontado por muitos como maluco, por ter uma sensibilidade diferenciada para alguém da idade dele, segundo Odomaria, uma sensibilidade diferenciada. O músico e amigo de João Gilberto, Maurício Dias, conta as histórias e aventuras vividas com João Gilberto, nas visitas realizadas à cidade e o vendedor João cordeiro, morador de juazeiro e fã do artista fala do sucesso do músico e da importância dele para a cidade que nunca o esquecerá. A reportagem termina destacando o monumento em homenagem a João Gilberto, que existe na orla de sua cidade natal, em Juazeiro na Bahia; o Centro de Cultura da cidade, que leva o nome do artista e a casa onde João residiu por anos, onde hoje funciona o Memorial Casa da Bossa Nova. A produção destaca ainda os fãs não só de Juazeiro, mas do mundo que hoje vivem a saudade do músico que revolucionou a música popular brasileira. O resultado deste episódio reflete na contribuição cultural oferecida pelo tema, que destaca entrevistas inéditas sobre a história do músico João Gilberto, visto de uma perspectiva mais afetiva, onde aborda também, a descoberta da relação entre o artista e sua cidade de origem. O programa também apresenta um rico material, didático e contextualizado sobre a memória cultural da cidade de Juazeiro, elevando a região a um alto nível intelectual, considerando a cidade ribeirinha, como o berço da bossa nova.