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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO

GROSSO - CAMPUS AVANÇADO SINOP


CURSO TÉCNICO EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL INTEGRADO AO NÍVEL MÉDIO

LÍGIA SANTOS SAMPAIO

CHIQUINHA GONZAGA

SINOP
2022
LÍGIA SANTOS SAMPAIO

CHIQUINHA GONZAGA

Trabalho apresentado no curso Técnico em Automação


Industrial Integrado ao Nível Médio do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso -
Campus Avançado Sinop.

Professor: Alexander Cristiano Carrer

SINOP
2022
1. Introdução
A compositora e regente carioca Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935), nasceu no
Rio de Janeiro. Ela foi muito reconhecida na história da cultura brasileira e da luta pelas
liberdades no país pelo seu pioneirismo. Uma mulher muito corajosa, enfrentou a sociedade
opressora patriarcal, criou uma profissão para as mulheres. Atuou no rico espaço musical no
Rio de Janeiro do Segundo Reinado, imperavam polcas, tangos e valsas, o qual Chiquinha não
hesitou em incorporar ao seu piano toda diversidade que encontrou.

Imagem 1 – Retrato de Chiquinha Gonzaga. Fonte: e-biografia.

2. Desenvolvimento
Francisca, mais conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu no dia 17 de outubro de 1847,
filha militar de ilustre linhagem com império, José Basileu Neves Gonzaga, com a Rosa
Maria Neves Lima, mestiça e filha de escrava.
Chiquinha recebeu a mesma educação dada às crianças da burguesia da época. Estudou
português, cálculo, francês e religião, com o Cônego Trindade, amigo da família. Desde
criança ela já demonstrava interesse pela música, foi aluna do Maestro Lobo. Com 11 anos, já
estreou como compositora com uma cantiga de natal, intitulada Canção dos Pastores.
Em 1863, aos dezesseis anos, Chiquinha se casou com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da
Marinha Mercante, oito anos mais velho que ela. De presente pelo casamento, seu pai lhe deu
um piano.
Apesar de seu marido não gostar muito, Chiquinha seguiu se dedicando ao piano, compondo
polcas e valsas.
Com a falta de apoio do marido, por ele querer que ela não se envolvesse com a música e
fazer ela acompanhar ele nas viagens, Chiquinha se cansou e voltou a morar com os pais junto
com seus filhos. Infelizmente, a família também não a apoiou, e ela descobriu que estava
grávida novamente, então retornou a casa de Jacinto. Mesmo assim, o casamento não durou
muito tempo.
Após a separação, a música voltou a fazer parte da vida de Chiquinha. Começou a dar aulas
de piano e obteve muito sucesso compondo polcas, valsas, tango e cançonetas. Ao mesmo
tempo, se juntou a um grupo musical de choro. Foi a necessidade de adaptar o som de seu
piano ao gosto popular que lhe valeu a glória de se tornar a primeira compositora popular do
país.
Em 1877, com a composição de “Atraente”, um animado choro, Chiquinha obteve um grande
sucesso. A partir dessa primeira composição impressa, ela resolveu se lançar no teatro de
variedades, mesmo com todo o preconceito que havia. Mas, finalmente ela iniciou sua carreira
de regente com a publicação da revista, “A Corte na Roça” em 1885.

Imagem 2: A Corte na Roça, 1885. Fonte: Chiquinha Gonzaga, Linha do Tempo.


Sua música fez um grande sucesso e Chiquinha recebeu vários convites de trabalho. Em 1897,
todo o Brasil passou a dançar sua estilização da dança rural "corta-jaca", sob a forma de
"tango gaúcho". Sua carreira ganhou prestígio com a marcha-rancho "Ó Abre Alas", composta
em 1899, a pedido dos componentes do cordão carnavalesco Rosa de Ouro.
A peça de teatro "Forrobodó", musicada por Chiquinha Gonzaga, que estreou em 1912, bateu
um recorde de permanência em cartaz atingindo 1500 apresentações. As músicas foram
cantadas por toda a cidade. "Forrobodó" tornou-se o maior sucesso teatral de Chiquinha e um
dos maiores do Teatro de Revista do Brasil.
Em 1934, aos 87 anos, Chiquinha Gonzaga escreveu seu último trabalho, a partitura da
opereta “Maria”.
Chiquinha Gonzaga batalhou para receber os direitos autorais, depois de encontrar em Berlim
várias partituras suas, reproduzidas sem autorização. Foi a fundadora, sócia e patrona da
SBAT - Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, ocupando a cadeira n.º1.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de fevereiro de 1935.
3. Referências
EDINHA DINIZ. Chiquinha Gonzaga. Chiquinha Gonzaga: uma história de vida. Rio de
Janeiro: Site Chiquinha Gonzaga, 2011. Disponível em:
https://chiquinhagonzaga.com/wp/biografia/. Acesso em: 13 jul. 2022.

DILVA FRAZÃO. Ebiografia. Biografia: Chiquinha Gonzaga. [S.l.]. Ebiografia, 2020.


Disponível em: https://chiquinhagonzaga.com/wp/biografia/. Acesso em: 13 jul. 2022.

MULTIRIO. Multirio. Chiquinha Gonzaga. [S.l.]. Multirio, 2018. Disponível em:


http://www.multirio.rj.gov.br/assista/index.php/1203-chiquinha-gonzaga-2. Acesso em: 13
jul. 2022.

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