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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA

BAHIA – CAMPUS JACOBINA


ALLYCE OLIVEIRA DA SILVA
ANA BEATRIZ DA SILVA VELOSO
EVELLINY GLAUCE R. M. L. DE SANTANA
KARLA STEFANY MONTENEGRO DA SILVA
PALOMA DE DEUS O. BATISTA
SOFIA VIEIRA FIGUEIREDO
VILSON ANTONIO BAVOSA SANTOS

DANÇAS CLÁSSICAS

JACOBINA-BA
2022

Allyce Oliveira da Silva


Ana Beatriz Da Silva Veloso
Evelliny Glauce R. M. L. De Santana
Karla Stefany Montenegro Da Silva
Paloma De Deus O. Batista
Sofia Vieira Figueiredo
Vilson Antonio Bavosa Santos

DANÇAS CLÁSSICAS

Trabalho solicitado pelo professor Normando Lima, do


Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da
Bahia, como requisito avaliativo da disciplina de Educação
Física para a turma do 1° ano do Ensino Médio, curso de
Informática.

JACOBINA-BA
2022
DANÇAS CLÁSSICAS

TANGO:

História e origem do Tango

A dança, assim como as demais manifestações artísticas, é uma via de


expressão capaz de representar diferentes idéias. A cada novo tipo de dança,
perpetuam-se valores que fazem de um determinado estilo dançante sinônimo
de determinados sentimentos. Na Argentina, o tango tornou-se sinônimo de
paixão, melancolia e tristeza. Conforme sentencia uma famosa expressão “o
tango é um pensamento triste que se pode dançar”. No entanto, ao contrário do
que pensamos, o tango não “nasceu” triste e argentino.

Ao longo do século XIX, a jovem nação argentina incentivou a entrada de


imigrantes europeus no país para que os mesmos pudessem ampliar a mão-
de-obra disponível e, conforme relatos da época, “refinar” a cultura pelo contato
com espanhóis, franceses, poloneses e italianos. Dos contingentes trazidos
para ocupar novos postos de trabalho na Argentina, formou-se uma imensa
população masculina que deixava a família para tentar a sorte em terras
estrangeiras. Em pouco tempo, o excedente populacional masculino
possibilitou a abertura de diversos prostíbulos no país.

De acordo com recentes pesquisas, no final do século XIX, só a capital Buenos


Aires contava com mais de 200 casas de prostituição. A procura pelas
prostitutas era tão grande que os homens faziam fila à espera de fácil prazer
sexual. Foi quando, a grande circulação de pessoas nas casas de prostituição
argentinas deu espaço para a encenação de números musicais enquanto os
clientes esperavam a sua vez. Nesse instante, apareciam grupos que
intercambiavam suas distintas experiências musicais. A polca européia, a
havaneira cubana, o candombe uruguaio e a milonga espanhola firmaram o
nascimento do tango argentino.

Em seus primeiros anos, o tango era formado por um trio musical executante
de ritmos mais acelerados e os passos de dança tinham muita sensualidade.
Só mais tarde que os tangos começaram a ganhar suas primeiras letras.
Fazendo jus ao seu local de origem, as primeiras letras descreviam situações
libidinosas sobre os prostíbulos e as meretrizes. Por isso, durante algum
tempo, o tango era sinônimo de imoralidade. As pessoas de “boa índole”
tinham verdadeira aversão à prática desse tipo de música dançante. No
entanto, os imigrantes que voltavam para Europa tinham popularizado o estilo,
principalmente na cidade de Paris.

Os diversos ataques contra o tango perderam força mediante a popularização e


as transformações sofridas com a chegada do ritmo à Europa. Atacado ainda
por religiosos, o tango chegou a ser dançado para o papa Pio X, para que o
mesmo julgasse suas características. Aprovado por Vossa Santidade e
influenciado pela escola européia, o tango começou a ganhar um ritmo mais
lento e passos mais cadenciados. No início do século XX, as letras começam a
incorporar temáticas para fora do prostíbulo. Tempos depois veio a ser
considerado uma expressão típica artística de “todos” argentinos.

Saindo dos prostíbulos para os salões de festa, o tango alcançou sua máxima
popularização com o estrondoso sucesso do cantor Carlos Gardel. Sendo
conhecido como uma dos mais famosos cantores de tango, Gardel mostrou
sua música nos palcos e internacionalizou sua arte com a gravação do filme “El
Dia Que Me Quieras”. Ainda hoje, o tango é uma das expressões artísticas
mais conhecidas na Argentina e seus espetáculos atraem turistas de todo o
mundo.

O tango não é mais popular, com sucesso massivo no país nos dias atuais,
mas é uma grande representação da cultura da Argentina dentro e fora do país.
O ritmo é uma das principais referências dos turistas que vão para o país.

O tango foi recentemente misturado com sons eletrônicos e isso fez com que
ele ganhasse uma nova cara, se chama eletrotango, que está sendo “adotado”
pelas novas gerações. É uma herança moderna do tango, que nunca “saiu de
moda”, mas que ganhou status de tradição cultural, com a nova versão se
tornou mais atual e ganhou novos amantes.

Para quem está de viagem marcada para Buenos Aires, na Argentina, assistir
uma apresentação de tango é parte imperdível da viagem. Se você não dedicar
uma noite para uma das tantas casas que têm a apresentação, certamente
encontrará um casal pela rua mostrando a dança tradição do país. Hoje o
Tango é visto como um ritmo elitista, mas o que não se perdeu completamente
foi a sensualidade de seus passos, que sem dúvida, é o que mais chama
atenção.

Estilo de música utilizado e instrumentos presentes

Os gêneros musicais europeus, como a Valsa e a Polca, se misturaram com


gêneros locais, como a Milonga, a Habanera cubana e gêneros africanos,
como o Candombe. Segundo Sylvain Poosson, o nome “Tango” vem
justamente de sua influência africana, do erro de pronuncia da palavra
“Tambor” (o instrumento de percussão) que passou a ser “Tambo” e por fim
“Tango”. Curiosamente, não se utilizam instrumentos de percussão na
orquestra típica de Tango. Neste período surgiu na região o bandoneon; um
instrumento musical alemão, parecido com o acordeon porém com botões no
lugar de teclas, e inicialmente destinado a substituir os órgãos em igrejas com
menor recurso financeiro. Este instrumento, destinado ao ato liturgico, acabou
se popularizando nos bordeis da região e assim definitivamente incorporado ao
Tango. Em 2009, a UNESCO incluiu o Tango em suas listas de “Intangible
Cultural Heritage”.

No caso do Tango, a orquestra típica foi desenvolvida a partir da expansão do


sexteto de Tango, formado inicialmente por 2 violinos, 2 bandoneons, baixo e
piano. Na orquestra típica, tem-se: uma seção de cordas (violino, viola e cello),
uma seção de bandoneons (contendo 3 ou mais instrumentos) e uma seção
rítmica (piano e baixo).

O estilo das orquestras típicas está perceptualmente caracterizado pelo que se


chama de fraseado. Este se refere ao conjunto característico de padrões
rítmicos e melódicos que se apresentam com grande similaridade perceptual e
que, devido à sua complexidade e ubiquidade de entendimento local, acabam
por serem grafados em notação musical de forma simplificada.

O estudo conduzido pelo pesquisadores Demian Alimenti Bel e Isabel Cecília


Martínez, coordenadora do LEEM, vem analisando o estilo de fraseado
encontrado frequentemente nos diferentes estilos do gênero Tango. Em estudo
recente, estes pesquisadores analisaram o estilo musical de Anibal Troilo, um
dos maiores bandoneonistas e compositores do Tango clássico. O seu estilo
musical, que se constrói por seus fraseados característicos, inspirou gerações
de músicos e compositores de Tango, como foi o caso de Astor Piazzolla,
compositor de renome internacional que, no início de sua carreira, foi
bandoneonista na orquestra típica de Troilo.

Os pesquisadores analisaram o que se chamam de “rasgos” dos padrões


rítmicos, ou seja, as variações características e intencionais, que levam a
estrutura musical da performance a se distanciar de sua forma grafada na
partitura, mas que definem a expressividade e o estilo característico deste
músico ou grupo musical. Para isso foram analisados fragmentos de áudio de
uma mesma peça musical interpretada pela orquestral de Troilo, em 1972. Os
pesquisadores realizaram as seguintes etapas de análise: 1) Escutaram e
anotaram os ataque que sustentam os padrões rítmicos e melódicos
(articulatórios) dos arquivos de áudio. 2) Utilizando a ferramenta de software
livre Sonic Visualiser (ww.sonicvisualiser.org), calcularam o espectrograma de
cada trecho de áudio e analisaram manualmente a sua “superfície musical” a
fim de elaborar gráficos contendo a redução notacional que a distingue da
partitura. 3) Aplicaram técnicas “micro analíticas” para anotar as superfícies
musicais de modo a evidenciar e descrever a componente “expressivo
dinâmica” que caracterizam o estilo musical do artista.

Esta análise comprovou que a variação estilística do Tango, e por conseguinte,


do estilo de um músico ou compositor, não é aleatória, mas obedece um
padrão regular e característico, apesar de criado pelo artista de modo não
intencional. Esta estrutura auto-organizada contém intrinsecamente
características invariantes que estão relacionadas ao interprete (no caso deste
experimento, Anibal Troilo) permitindo que os ouvintes mis atentos
(norma;mente os que o admiram) possam identifica-lo. As variações detectadas
entre a partitura e a interpretação determinam a existência de uma identidade
musical típica do artista, que se expressa e permeia toda a sua obra, tanto em
nível local (pertencente à obra em si) quanto em nível global (permeando a
expressividade de todos os componentes de um grupo musical fazendo com
que estes sincronamente expressem o mesmo estilo musical).

Principais passos do tango

Em oito tempos, dê um passo para a frente, um para o lado e dois para trás,
sendo que, no último, cruze a perna esquerda sobre a direita; dê mais um
passo para trás com a perna direita; feche as pernas; mais um passo para o
lado e junte os pés. Todos os passos terminam com os pés juntos. Assim se
dança o tango da perspectiva da mulher e do modo mais básico.

Mas, se você quer aprender a dança e souber o básico, em pouco tempo


saberá fazer o "gancho", o "ocho" e outros passos. "Gancho" é aquela
levantada na canela que o casal dá ao mesmo tempo, enganchando suas
pernas. Já no "ocho", a mulher dá um passo para um lado e um para o outro,
desenhando um oito no chão.

Depois, aprenda a milonga, que é mais acelerada. O passo é em seis tempos:


um para a frente, um para o lado, dois para trás e um para o lado. No final, ao
juntar os pés, bata-os no chão. Pronto, milonga aprendida.

No núcleo da estrutura da dança do tango podemos definir e identificar quatro


conjuntos de movimentos: la salida, la caminada, el giro e el cierre.
Simplificando, há apenas três passos no tango: o passo ao lado (para a direita
ou para a esquerda), o passo em frente (avançar) e o passo atrás (recuar).

Artistas que se destacam na música e na dança

José Gonzalez Castillo e Fernán Silva Valdez.

São dessa época também cantores e cantoras importantes, como:

Carlos Gardel, Ignacio Corsini, Agustín Magaldi, Rosita Quiroga, Azucena


Maizani, Enrique Santos Discépolo, Aníbal Troilo, Astor Piazzolla, Armando
Pontier, Francisco Canaro, Carlos di Sarli, Juan D'Arienzo, Osvaldo Pugliese,
Gotan Project, Juan Carlos Copes.
Curiosidades

 Depois do jazz e do blues, talvez tenha sido o tango argentino a música


popular que mais se expandiu além das fronteiras de origem.

 O tango tem uma origem multifacetada. Guarda em sua gênese traços


da polca europeia, da habanera cubana, do candombe uruguaio, da
milonga espanhola e uma dose muito forte do ritmo e sentimento afro do
período de colonização da Argentina.

 Nasceu num bairro pobre em Buenos Aires, mais precisamente em La


Boca, na região do Camiñito que, ainda hoje, é a referência turística
para o tango e ali sofreu muita influência da cultura afro.

 Inicialmente, durante a vinda de grandes levas de colonos para Buenos


Aires, aumentou muito o contingente masculino na cidade, surgindo, em
razão disso, um aumento considerável das casas de prostituição. Para
se ter uma ideia, já no início do século XIX, Buenos Aires possuía cerca
de 200 prostíbulos. Pois foi justamente nessas casas que começaram as
apresentações de tangos, com letras melancólicas e dançadas pelos
frequentadores ou atores especializados.

 Pela sensualidade que carregava nos passos extremamente eróticos


dos parceiros que dançavam, o tango não era aceito pelas famílias das
classes mais altas, e assim, era relegado cada vez mais aos bairros e
ambientes mais populares e pobres. Mas a melodia do tango e suas
letras eram demasiadamente fortes e gradativamente foi conquistando
uma parcela cada vez maior da população, até impregnar a própria alma
do povo argentino.

 Carlos Gardel foi o seu maior intérprete, seguido de tantos outros, como
Libertad Lamarque, Ugo Del Carril, Julio Sosa e tantos outros.
Compositores foram inúmeros, como Astor Piazzolla, buscando uma
nova conceituação do tango e letristas famosos, como Discépolo,
Mariano Mores e o grande Alfredo Le Pera, autor de tangos
inesquecíveis como: “Sus Ojos se Cerraron”, “Volver”, “Silêncio”, “Mi
Buenos Aires Querido”, “El Dia que me Quieras” e “Por Uma Cabeza”,
entre tantos outros..

 Uma curiosidade é que o grande Alfredo Le Pera era brasileiro. Seus


pais vindos da Europa tiveram que parar por cerca de dois meses em
São Paulo, pois sua mãe estava para dar à luz. Residiram no bairro do
Bexiga, em São Paulo e foi ali que nasceu, no dia 6 de junho de 1900, o
ilustre compositor.

 Alfredo Le Pera foi letrista, escritor, periodista e roteirista da United


Artists. Por uma contingência, Carlos Gardel estava em Paris para
algumas apresentações quando precisou de um profissional para
compor a sua equipe e apresentaram a ele o Alfredo Le Pera. Dali
nasceu uma parceria para a composição de alguns dos melhores tangos
argentinos. Le Pera faleceu no dia 24 de junho de 1935 em um acidente
aéreo em Medelin, na Colômbia, quando o avião em que estava, junto
com Carlos Gardel e outros músicos, se chocou com outro avião no
momento em que levantava voo no aeroporto de Las Playas. Terminava
ali uma das maiores parcerias de tango na Argentina.

 Algumas características dessa manifestação cultural, são:

 Expressividade;

 Grande carga dramática;

 Valorização de sentimentos como a paixão, tristeza e sensualidade;

 Capacidade de improvisação;

 Coreografias complexas.

Eventos e campeonatos que acontecem

 O Brasília Tango Festival, é o primeiro evento internacional de Tango


de Brasília que oferece ao público e participantes um mergulho
nessa icônica dança Argentina. Com programação de oficinas (aulas)
e Milongas (bailes), o evento promove o contato e a experiência com
a cultura argentina por meio da dança.

 Campeonato Mundial de Tango

 São Paulo Tango Festival

 Concurso Mundial de Tango

VALSA:

Valsa Vienense:
Origem

A arte europeia é milenar e incrivelmente rica. A dança de salão que


conhecemos hoje em dia tem grande influência das valsas
vienenses, surgidas no século XVIII. É possível dizer que a valsa
vienense é a forma original da valsa como a conhecemos hoje em
dia, uma dança em que o casal faz movimentos circulares pelo salão.
Valsa é o termo utilizado tanto para definir a dança quanto para
caracterizar as belíssimas músicas que conduzem os grandes
salões.

História das valsas vienenses

A dança tão característica que define a valsa tem um de seus


primeiros registros nas festas populares da Áustria. Porém, sua
aceitação mais ampla por parte da sociedade se deu no início do
século XIV, mais precisamente em 1814, durante o Congresso de
Viena. O evento tinha um caráter de rearranjo político, mas havia
também bailes de confraternização, que foram a oportunidade para
que a valsa vienense conquistasse seu espaço como rainha das
danças de salão.Embora a valsa seja considerada clássica, sua
origem é campestre e surgiu primeiramente como um estilo de dança
inspirado no minueto,dança na qual os pares dançavam separados, e
no laendler, dança campestre alemã.

Compositores, estilo e a influência da música:

Sem a música, a dança não é nada e talvez uma boa parte do


sucesso da Valsa é que ela também tem a sua própria música!
Johann Strauss e Franz Lanner (ambos austríacos) foram, sem
dúvida, os compositores que mais se dedicaram ao estilo, por volta
de 1830, tendo sido também os responsáveis pela melodia mais
rápida que acompanhava a Valsa Vienesa. Porém, não são de
descurar nomes como Beethoven, Chopin, Brahms e Ravel que, no
seu tempo e dentro da sua genialidade, reinterpretaram a clássica
valsa. Enquanto música, a valsa seduz pela sua melodia graciosa e
sinfónica, e para a qual contribuem instrumentos como o piano, o
violino e o baixo. No Brasil, um compositor que merece toda a
reverência é Pixinguinha. Mais conhecido pelos seus sambas, esse
artista versátil e genial também compôs belíssimas valsas.

Principais passos da valsa:

Normalmente a valsa, seja como gênero musical ou estilo de dança,


possui o compasso ternário, ou seja, tem três tempos, sendo o
primeiro tempo forte e os demais fracos. A palavra “valsa” deriva do
alemão “Walzen”, que significa “girar” ou “deslizar”... nada mais
apropriado, tendo em conta que esta é uma dança que incorpora um
padrão básico de movimentos – passo-passo-espera – e o resultado
é um par de bailarinos elegantes, a deslizar energicamente pelo
salão. São as ondulações graciosas, as mudanças rápidas na
velocidade do corpo e as elevações nas pontas de ambos os pés,
que fazem da Valsa única. Parece difícil? Na realidade não é, porque
a Valsa é uma coreografia relativamente simples, baseada num
esquema em diagonal, com um ritmo básico, repetitivo e de fácil
memorização, que se traduzem em movimentos leves e suaves,
executados na pista sempre no sentido contrário dos ponteiros do
relógio. É composto de três passos regulares alternando os pés,
semelhante ao passo ternário. Para que se possa dançar a valsa
rodada é preciso que o passo de valsa seja executado com
movimentos para frente e para trás. No par, o rapaz inicia com o pé
direito e a moça com o pé esquerdo, ou vice-versa.

Curiosidades da valsa vienense:

A valsa era vista em princípio como vulgar pelas classes sociais mais
altas e pela aristocracia. Alguns países europeus chegaram a proibir
a valsa, por considerarem uma dança imoral. Entretanto, ela ganhou
força nas camadas mais populares da sociedade. A valsa foi o
primeiro tipo de dança a ser praticado a dois.

Eventos e campeonatos:

Há alguns campeonatos que englobam eventos e campeonatos de valsa, com


modalidades online e presencial. Como: o CNDDS (Conselho nacional de
dança desportiva de salão) e a dança dos famosos que é um show de talentos
transmitido na tv aberta, que além da valsa possuem alguns outros tipois de
dança.

Alguns artistas importantes:

O maior compositor de valsas, considerado o “rei das valsas” foi o


vienense Johann Strauss II. Dentre suas obras primas, destaca-se o
Danúbio Azul. Outros músicos de renome internacional, como
Weber, Chopin, Ravel e Brahms têm valsas em seus repertórios. A
valsa é encontrada no repertório de alguns compositores brasileiros,
como Villa Lobos, Carlos Gomes, Ernesto Nazaré, Chiquinha
Gonzaga, entre outros. Ainda hoje, no Brasil, dançar valsa é uma
tradição insubstituível em bailes de debutantes, formaturas e
casamentos.
Valsa inglesa:

História

A valsa inglesa é uma dança clássica europeia de origem campestre, surgiu na


Áustria e na Alemanha no início do século XIX, foi inspirada em danças como o
minueto (onde os pares dançavam separados) e o laendler (dança campestre
alemã). A palavra “valsa”, que em inglês é chamada de “waltz”,tem origem na
palavra alemã “waltzen”, que traduzindo para o português ficaria “dar voltas”.
Quando Napoleão Bonaparte foi derrotado, em 1815, foi realizado na Áustria o
Congresso de Viena 1 , que reuniu a nobreza e os políticos de diversos países,
com o objetivo de restabelecer os laços entre os países europeus. Nessa
ocasião, o músico austríaco Sigismund Neukomm 2 , introduziu a valsa entre a
nata da sociedade europeia.O que garantiu, a partir de então, a presença
desse tipo de dança nos palácios e cortes em todo o mundo. Surgiram então
algumas diferenças entre a valsa original, a vienense, e outras que nela se
originaram, como a valsa inglesa. Neukomm, veio ao Brasil em 1816, lecionar
composição e harmonia para D. Pedro I, e piano para a Princesa Leopoldina.

Estilo

Muito presente em bailes de debutantes e casamentos, a valsa é um estilo


clássico de música e dança caracterizado pelo compasso ternário, ou seja, pela
sequência de três marcações, a primeira mais forte e as duas outras mais
fracas.
Instrumentos
Enquanto música, a valsa seduz pela sua melodia graciosa e sinfónica, e para
a qual contribuem instrumentos como o piano, o violino e o baixo. Na Valsa as
figuras básicas usadas na construção da coreografia baseiam-se num
esquema em diagonal que resulta numa progressão suave e lenta em volta da
pista de dança, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

Principais passos
Em comparação com os vienenses, a valsa inglesa tem um ritmo muito mais
delicado e melódico e os passos básicos são bastante simples. O importante é
prestar atenção aos movimentos que devem ser suaves e graciosos e seguir o
ritmo da música; como acontece com qualquer casal de dança, basta
considerar os passos do dançarino, porque os da senhora são espelhados. O
começo é sempre com as pernas ligeiramente separadas, eretas e relaxadas,
mas justas, com ombros retos e cotovelos altos. A cabeça deve estar
levemente flexionada lateralmente, também para poder ver a pista em relação
ao parceiro na frente dela. Na valsa Inglesa temos três passos básicos com o
pé esquerdo, três passos básicos com o pé direito e os mesmos passos
executados ao contrário, a dança sendo iniciada com o pé direito. É
característica desse estilo de valsa a elevação e a descida do corpo, que desce
enquanto esfrega o pé para dar o passo e sobe quase indo até as pontas ao
unir as pernas. A posição do busto na dança é ainda mais importante do que o
movimento dos pés ou braços. O corpo deve seguir os passos de forma
natural, acompanhá-los, para que a dança seja fluida e delicada.
Curiosidades

 Ao contrário da Valsa original, que é dançada em uma velocidade mais


rápida, a
 Valsa Inglesa diferencia-se pela lentidão dos passos, além do ritmo mais
vagaroso e menos marcado.
 Ela também é conhecida como Valsa Moderna ou Valsa Lenta
 É geralmente a primeira dança nas rodadas da competição de Dança
Esportiva.
 Difere de suas similares (vienense, musette) por um maior número de
figuras, aumentando sua complexidade
 É dançado exclusivamente na posição fechada, (com contato corporal
entre os atletas) ao contrário do seu estilo americano que não tem
contato.
 Os movimentos básicos são: Walk - Side – Collated

Eventos que se destacam

As competições internacionais de dança de Sytle são organizadas em


todo o mundo pela Federação Mundial de Dança Esportiva, suas filiais
locais e outras organizações. São geralmente separadas em seis níveis
de dificuldade: Bronze (Bronze, Iniciante), Prata (Prata, Intermediário),
Ouro (Ouro, Avançado), novato, pré campeonato e Campeonato. Os
bailarinos dos três primeiros níveis são obrigados a dançar figuras entre
um número limitado de presentes no programa de cada nível. Ao
contrário, os três níveis superiores são abertos e novas coreografias
originais são permitidas e até incentivadas. As figuras permitidas em
programas de dança competitiva são estritamente controladas pela
Imperial Society of Dance Teachers.

Artistas que se destacam

Nascida no Rio de Janeiro, Ana Botafogo 1 aparece como o maior nome


da dança clássica nacional. Apesar de seu primeiro contato com a dança
ter sido aos sete anos no Teatro Municipal do Rio, foi apenas quando
morou na França que Ana desenvolveu todo seu potencial, participando
de festivais e feiras em toda a Europa.
Apontado pelo jornalista Sérgio Cabral como o “Fred Astaire brasileiro”,
Carlinhos de Jesus 2 deu seus primeiros passos na dança aos 4 anos
de idade, no Rio de Janeiro. Sendo graduado em Pedagogia, Carlinhos
incorporou uma metodologia inclusiva em suas aulas, tornando-se
pioneiro no ensino da valsa e de outras modalidades a portadores de
necessidades especiais, cadeirantes e pessoas com Síndrome de Down.

BOLERO:

Origem e história
Embora de origem espanhola (de boleras [bolas] ou de volero [de volar –
voar]), a formatação musical do Bolero, como o conhecemos hoje,
desenvolveu-se principalmente em Cuba, mas também com grande
vigor em Porto Rico, República Dominicana e México, seu principal
difusor. A dança, bolero, praticada atualmente no Brasil tem suas
origens no Rio de Janeiro, sob grande influência do tango. Já em outros
países latinos, está mais próxima de uma rumba mais lenta, sem muitas
variações de figuras, pois é tida como dança para romance.
Conhecendo melhor a história do bolero como musica temos que
inicialmente dividir a história musical do bolero em dois momentos: antes
e depois de sofrer um processo de “cubanização” em meados do sec.
XIX. O primeiro registro da palavra bolero que se tem conhecimento data
do século X, de uma dança de origem árabe, o bolero de Algodre, que
era dançado em grupos de três pessoas – um rapaz e duas mocas.
Embora não pareça o bolero ter aí a sua raiz, devido ao fato de os
mouros terem ocupado a Espanha por muitos séculos, não é de se
estranhar que o Espanhol tenha absorvido esta palavra, que para muitos
veem das boleras (bolas) que ornamentavam os vestidos das ciganas.
Enquanto para outros vem de volero (de volar – voar), pois estas
dançarinas pareciam estar voando ao fazerem seus rodopios e
movimentos nos vestidos. De qualquer forma, estas versões nos dão
uma certeza, que a origem está na Espanha, e não na Franca ou na
Inglaterra, onde dançou com o nome de danza e contradanza, como
sugerem alguns. Ao chegar a Cuba, Porto Rico, República Dominicana e
México, o bolero Espanhol vai se formando baseado na “cancion de
prosápia hispânica” e agregando elementos das arias operísticos, da
romanza francesa e da canção napolitana. Até Ravel, compositor
clássico, deu sua versão em o “Bolero de Ravel”. Analisando a Cuba do
século XIX e de fins do XVIII, detecta-se atuante presença inglesa desde
que barcos tomaram La Hanana em 1762. Logo depois, no final do
século XVIII, franceses e seus servidores negros e mulatos chegaram a
Cuba, fugindo dos rebeldes haitianos, trazendo para a burguesia e a
aristocracia cubana a contradanza e a novidade do casal dançar
entrelaçado, o que levou os pais a imporem as suas filhas que
dançassem com os quadris bem separados. Nessa época é notável
também o crescente movimento entre o México e os portos do sul de
Cuba, desde os anos da retenção da zona de San Juan de Ulua por
tropas espanholas (1825), assim como a presença de famílias e tropas,
vindas das recém instauradas republicas latino americanas, o que
acabou por gerar a introdução de uma nova forma de acompanhamento
musical, a mistura de “rasgueado y punteado”, muito segmentado e
constante na primeira guitarra e acentuado tonalmente na segunda
guitarra, renovando o contato dos cubanos com os sons yucatenos. No
aspecto rítmico muito se agregou da dança, da habanera e da figura
rítmica do El cinco, proveniente das músicas folclóricas de Saint
Domingue. Assim nesse caldeirão de culturas, surge em Santiago de
Cuba, “El Bolero”, que embora tenha emprestado o nome de seu
homônimo hispânico desse muito se diferencia. A começar, por
exemplo, da sua estrutura de compasso em dois por quatro, em vez dos
três por quatro do bolero espanhol. Hoje o bolero tem presença mundial
devido principalmente à difusão pelo México, e têm contribuído com seu
romantismo para a união de muitos casais já há muitas gerações. Aqui
também se descartam três momentos, antes de ser “cubanizado” em
meados do século XIX, pós-Cuba e a criação do estilo carioca de se
dançar bolero. Inicialmente era executado com acompanhamento de
castanholas, violão e pandeiro, tal qual o fandango (dança espanhola de
origem árabe), enquanto o casal dançava sem se tocar, com sensuais
movimentos de aproximação e afastamento. Em 1780 o bailarino
espanhol Sebastian Cerezo criou com muito sucesso uma variação
baseada nas Seguidillas, bailados de ciganas andaluzes, cujos vestidos
eram ornados com pequenas bolas (as boleras), o que veio reforçar a
versão da origem do nome Bolero.
Trazido pelos espanhóis para suas colônias na América, ele foi se
modificando pelas influencias locais e recebendo contribuições, em
especial, de ritmos vindos da África, assim como a contradanza
francesa, que levou aos dançarinos cubanos a novidade do casal dançar
entrelaçado, o que gerou grande rebuliço na burguesia e aristocracia
cubana, fazendo com que os pais orientassem suas filhas a dançarem
com os quadris afastados, somente a parte de cima teria contato,
característica que hoje não se vê mais no bolero cubano, dançado com
movimentos semelhantes aos da Rumba, porém, mais lentos e com
poucas variações, mas que ainda permanece em muitos dançarinos de
Son e Salsa.
Música

No Rio de Janeiro o bolero sofreu influências do tango, incorporando giros,


caminhadas e fazendo com que os pares deslizassem pelo salão. "Então,
quando o cavalheiro começou a sair da frente da dama e a fazer trocadilhos,
cruzados, essas e outras variações, o bolero estiliza-se e transforma-se numa
dança versátil e igualmente dinâmica. Musicalmente, o bolero nos dias de hoje
pode ser dançado ao ritmo de boleros castelhanos, mpb, internacionais,
músicas sertanejas e até alguns sambas românticos. Aqui no Brasil o processo
de aprendizagem das escolas de dança no formato Jaime Arôxa, utilizam o
bolero como dança que auxilia o desenvolvimento do aluno, para
posteriormente inseri-lo em danças como o Zouk, salsa e outras. Isso acontece
devido a musicalidade ser de fácil interpretação, e por isso ajuda o aluno a
fazer a conexão entre dança e música.

Instrumentos

 Violão;
 Piano;
 Instrumentos de sopro.

Principais passos

 Giro da dama para dentro;


 Giro duplo;
 Giro duplo da dama;
 Giro com trava;
 Leque trocando de lugar;
 Combinação 1 (esse + leque + pernada);
 Combinação 1 (esse + leque + pernada + esse);
 Trocadilho com esse para os dois lados.

Curiosidades

Sabia que muito embora não se tenha a certeza absoluta sobre qual a
nacionalidade de origem do bolero, Cuba é internacionalmente conhecida como
a “mãe do bolero”? E que o bolero é aclamado como sendo a música rainha
das danças de salão? Tem conhecimento de que para algumas pessoas a
origem da palavra “bolero” está no termo volero (voar) inspirado no movimento
que as dançarinas faziam ao rodopiarem os seus vestidos ao som da música?
Está informado sobre como se dançava originalmente o tango? Era dançado ao
som de castanholas, violão e pandeiro, enquanto o casal dançava sem se
tocarem, por entre movimentos sensuais de aproximação e afastamento.
Acredita que o bolero tem patrocinado a aproximação de muitos casais um
pouco por todo o mundo? E que muitas brigas e desavenças se têm resolvido
ao som de um bolero?

Eventos e campeonatos

 2° Campeonato On-line – CNDDS 2020


Artistas que se destacam

Na música

 Los Panchos;
 Buena Vista Social Club;
 Armando Manzanero;
 Altemar Dutra;
 Carlos Alberto;
 Trio Irakitan;
 Nana Caymmi.

Na dança

 Sebastian Lorenzo Cerezo;


 Anton Boliche;
 Pedro de La Rosa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

História do Tango - História do Mundo (historiadomundo.com.br)

Musicologia do Tango - Musicologia na Mídia (unicamp.br)

Folha Online - Turismo - Aprenda passos básicos de tango para evitar vexame
- 14/04/2003 (uol.com.br)

QUAIS OS PRINCIPAIS PASSOS DO TANGO? - Brainly.com.br

Tango: origem, características e artistas - Toda Matéria (todamateria.com.br)

Melhores dançarinos: 15 artistas que você precisa descobrir! (artcetera.art)

Curiosidades sobre o tango - A Notícia Online (anoticiaonline.com.br)

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https://efdeportes.com/efd159/o-bolero-e-sua-historia.htm

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