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RESUMO
Este ensaio propõe de forma cronológica apresentar a vida e obra de um dos maiores
representantes da música erudita brasileira do século XX, o amazonense Cláudio Santoro.
Constrói uma carreira internacional e nacional sólida, sendo professor e músico atuante na
composição e formação acadêmica de inúmeros artistas, dividindo a vida privada, artística e
sua militância junto ao Partido Comunista Brasileiro. Sua produção musical grandiosa traz
uma gama de variações, estilos e técnicas de composições.
ABSTRACT
This essay proposes in a chronological way to present the life and work of one of the
greatest representatives of Brazilian classical music of the twentieth century, the Amazonian
Claudio Santoro. He builds a solid international and national career, being a teacher and a
musician active in the composition and academic training of numerous artists, dividing private
and artistic life and his militancy with the Brazilian Communist Party. His grand musical
production brings a range of variations, styles and techniques of compositions.
1
*Graduado em História pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM. No Teatro Amazonas colabora no
Acervo Histórico como Assistente de Documentação.
Ambos imersos no oceano das artes e músicas clássicas, adquirindo uma sensível sofisticação musical.
1
regente de orquestra, o grandiosíssimo maestro realmente nascera para a música e artes,
provido de famílias que adquiriram um capital cultural 2 que lhe proporcionaram o contato
com um know how musical desde muito cedo. Comerciante bem-sucedido no ramo de vinhos,
seu avô Carlo Santoro outrora foi escultor em Nápoles, Rubens Santoro seu tio avô era um
conhecido pintor em Roma. Assim como as atribuições de seus pais que seguiram o caminho
grandioso das artes, ou seja, o menino Cláudio estava fadado ao grandioso legado,
parafraseando Adriano Jorge, - “... há de ser a mais fulgurante glória do Amazonas”. Sem a
menor dúvida soou profético as devidas palavras.
Entre sinfonias, duos, trios, quartetos, quintetos, peças solo, concertos, cantatas,
música eletroacústica, trilhas sonoras para filmes, entre outras, produziu em torno de 500
obras. No que destaco a fala de Iracele Aparecida:
“Seu idealismo político é refletido na música, consolidando uma obra ainda a ser
dimensionada. Sua criação se confunde com sua própria vida no lirismo e
sentimentalismo que o envolvem, sua herança genética e situação geográfica, os
quais moldaram sua personalidade. As variantes de seus estados emocionais, à
procura de uma nova linguagem musical, acabaram por produzir efeitos salutares
e de verdadeiro rendimento artístico.” 3.
Com certeza Santoro foi um artista magnífico, pois em suas pesquisas na música
contemporânea, transitou em divergentes técnicas musicais. Em um olhar histórico seguiu
uma linha temporal de suas experiências, e os desdobramentos que consequentemente
aconteciam: saiu do pensamento serial dos anos de 1940, para a estética socialista dos anos de
1950, partindo para a música eletroacústica nos meados de 1960, explorando uma linguagem
pós-serial e fazendo uso de procedimentos da indeterminação na sua música. Nos anos de
1970, retoma os mesmos valores de eficiência, rigor formal e orquestração precisa que havia
negado.4.
1925 - Ingressa no 1° ano primário do Colégio Dom Bosco de direção Salesiana em Manaus,
antes de completar a idade exigida.
1929 - Ganha do tio Attilio um violino e o Método de teoria e solfejo 7. Recebe as primeiras
lições de sua tia Iracema Franco de Sá.
1930 - Passa a estudar com o professor Avelino Telmo, violinista chileno radicado em
Manaus. Após poucos meses toca nos saraus que se realizam em sua casa, acompanhado ao
piano por sua mãe.
1934 - Dá um concerto organizado por seu pai no Ideal Clube de Manaus 10. O governador
Nelson de Mello assina, por decreto-lei, estipêndio do governo do Amazonas para ele estudar
no Rio de Janeiro.
1935 - Retorna ao Rio de Janeiro11. Para pagar a passagem do pai, que o acompanha por ser
menor, toca em Belém, no Teatro da Paz, e em Recife, no Teatro Santa Isabel. Preparado pelo
Professor Guerra ingressa no 7° ano do Conservatório de Música do Distrito Federal. Realiza
seu primeiro recital no Rio de Janeiro, para o Centro Musical, acompanhado pelo pianista
Arnaldo Estrella.
1936 - Apresenta-se como solista do Concerto para violino op. 64 de Mendelsohn com a
Orquestra da Pro-Arte do Rio de Janeiro, sob a regência de Alberto Lasoli. Passa a ser
considerado o maior talento surgido no meio musical do Rio de Janeiro.
1939 - Toca em Manaus e inclui no programa duas obras de sua autoria. No Rio, além de
violino, passa a lecionar harmonia e contraponto. Compõe uma sinfonia para duas orquestras
de cordas, obra em que revela técnicas da vanguarda internacional antes mesmo de conhecê-
las.
10
Inaugurado em 06 de junho de 1903 por uma eventualidade da alta classe manauara, o clube localizava-se na
rua Dr. Moreira, n° 10. Desta forma o Ideal Clube passou por vários prédios que receberam a sua sede social e de
lá para cá até chegar à sede definitiva. BRAGA, Genésio. Assim nasceu o Ideal. Manaus, Imprensa Oficial,
1979.
11
Lembrando que nesse período o Rio de Janeiro era a capital do Brasil, ou seja, Distrito Federal. O Distrito
Federal foi uma divisão político-administrativa do Brasil criada pela Constituição Republicana de 1891. Durante
o Império do Brasil a unidade administrativa que correspondia a seu território denominava-se Município Neutro.
Era uma localidade jurídica de direito público com jurisdição, até 1960, no território correspondente à atual
localização do município do Rio de Janeiro. Fonte: multirio.rio.rj.gov.br.
4
1940 - No Rio, com Hans-Joachim Koellreuter12, músico recém-chegado da Alemanha,
trabalha os métodos de composição de Hindemith e Schoenberg, estética e contraponto, o
dodecafonismo13. Com novos conhecimentos, consegue organizar em sua obra aquilo que
imaginava, porém sem saber como. Toma parte na criação do Grupo Música Viva 14,
responsável pela divulgação da música de vanguarda e da revista Música Viva. Publica artigo
criticando o nacionalismo ortodoxo e o academicismo reinantes. Muda-se para uma pensão
em Laranjeiras onde fervilham discussões políticas. Sente-se atraído pelas ideias marxistas.
Forma um trio com o pianista Oriano de Almeida e com o violoncelista Aldo Parisot.
1941 - Casa-se com a violinista Maria Carlota Horta Braga. Ganhando pouco como professor,
renuncia aos cargos no Conservatório de Música do Distrito Federal e passa a tocar em várias
orquestras, na da Rádio Nacional e na do Cassino Copacabana. Foi Fundador e Membro
Orquestra Sinfônica Brasileira.
1944 - Nasce sua filha Sonia Maria. Seu Quarteto n° 1 recebe menção honrosa no Concurso
Internacional promovido pela Chamber Music Guild, de Washington, em combinação com a
RCA Victor, com um júri formado por Ernst Primrose, Wanda Landowska, Michael Piastro,
Edgar Varèse, Germaine Tailleferre e Charles Seeger.
12
Chegou ao Brasil em 1937 e exerceu grande influência na vida musical do país, introduzindo o dodecafonismo
ortodoxo, se impondo à técnica de composição em voga na época. Foi responsável pela formação de vários
compositores, músicos e intérpretes como Cláudio Santoro, Guerra-Peixe, Edino Krieger e, na área popular, Tom
Jobim entre outros. Criador do movimento Música Viva. Fonte: musicabrasilis.org.br
13
No dodecafonismo as 12 notas da escala cromática são tratadas como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma
relação ordenada e não hierárquica. Schoenberg foi o inventor da técnica, e compartilhou suas experiências com
seus alunos, ou já colegas, que formaram com ele a chamada “2ª Escola de Viena”: Webern e Berg. Webern
radicalizou o uso da técnica em vários aspectos, como se pode ver pela sua peça talvez mais paradigmática: o
Concerto op. 24.
14
O grupo Música Viva teve início na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1939, sob a liderança de Hans-
Joachim Koellreutter. O grupo tinha como integrantes Maestro H. J. Koellreutter, Luiz Heitor, Claudio Santoro,
Guerra Peixe, Eunice Catunda e Edino Krieger. Em 1948 encerram-se suas atividades. Vale ressaltar que fontes
diferentes datam que o grupo existiu entre 1938 a 1952.
5
1945 - A canção “A menina exausta”, sobre poema de Oneyda Alvarenga, recebe no Rio
Grande do Sul o 1° Prêmio do Concurso Nacional Interventor Dornelles para o gênero lied15.
1946 - Recebe pelo conjunto de sua obra bolsa da Fundação Guggenheim dos Estados Unidos.
Por razões políticas16, o visto do governo americano lhe é negado. Seu Grupo Música Viva
lança um Manifesto: “Consciente da missão da arte contemporânea em face da sociedade
humana, o grupo ‘Música Viva’, acompanha o presente no seu caminho de descoberta e
conquista, lutando pelas ideias novas de um mundo novo, crendo na força criadora do espirito
humano e na arte do futuro.” (KATER, 2001)17.
1947 - Por recomendação de Charles Münch recebe bolsa do governo francês. Segue com sua
mulher Maria Carlota para Paris no dia 8 de setembro, a bordo do navio Groix. Trabalha
composição com Nadia Boulanger, regência com Eugène Bigot, e freqüenta curso especial de
cinema na Sorbonne.
1948 - Recebe em Paris o prêmio anual para jovens compositores da Fundação Lili Boulanger
de Boston, concedido por um júri composto por Stravinski, Koussevitzki, Walter Piston e
Aaron Copland. Regressa ao Brasil18. Retira-se para a fazenda do sogro na serra da
Mantiqueira. Pesquisa folclore e música popular. A 3ª Sinfonia recebe o 1° Prêmio do
Concurso Nacional promovido pelo Berkshire Music Center de Boston, em associação com a
Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi representante do Brasil no Congresso Internacional de
Compositores em Praga.
1950 - Volta para o Rio de Janeiro para assumir o cargo de spalla19 da Orquestra Sinfônica
Brasileira. Para complementar o baixo salário que ganha, compõe música para programa
infantil e para os discos Odeon. Recebe medalha de ouro como o melhor instrumentador e
compositor para a Rádio da Associação de Autores Teatrais do Rio de Janeiro. Seu estilo
15
Lied, palavra alemã que significa canção, é o termo utilizado para tratar a adaptação musical de um poema,
numa relação estreita entre a música e o texto. Embora a sua origem remonte ao Período Clássico (J. Haydn,
W.A. Mozart e Beethoven), o lied só alcançou expressão visível no Romantismo. Fonte: Enciclopédia Temática
Knoow.net.
16
Por ser filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), pois o cenário politico mundial se bipolarizou em
modelos econômicos antagônicos, Capitalismo Norte-Americano e Socialismo Russo.
17
Manifesto 1946 - Grupo Musica Viva - declaração de princípios. Rio de Janeiro, 1° de novembro de 1946.
KATER, Carlos, 2001. Op. cit., p.66.
18
Encontrava-se em dificuldades financeiras, onde vai morar no interior de Minas Gerais ou será São Paulo? - na
fazenda do sogro, pois sua esposa Maria Carlota era paulistana de Cruzeiro. Fonte: Série – Memória 18. 4ª
edição, Manaus, novembro de 2000.
19
Spalla é o nome dado ao 1° Violino da orquestra, ele senta sempre na 1ª cadeira a esquerda do maestro. Entra
sempre depois que todos os músicos da orquestra entraram no palco, sendo o responsável pela afinação da
orquestra, antes da entrada do maestro. Fonte: centrosuzukiindaiatuba.com
6
musical passa por um período de transição que o leva ao nacionalismo, resultado de fatores
emocionais, filosóficos, estéticos e políticos.
1952 - Recebe o Prêmio Internacional da Paz pela partitura "Canto de Amor e Paz", outorgada
pelo Conselho Mundial da Paz, em Viena.
1953 - Demitido da Rádio Clube do Brasil, após seu regresso de Moscou, onde participou do
Congresso da Paz. Muda-se para São Paulo para trabalhar para a MultiFilmes. Convidado
pelo governo tchecoslovaco, com outorga da Medalha em Memória do ano Dvorak. Torna-se
professor de Composição do Conservatório de Santos, São Paulo.
1954 - Recebe medalha de ouro da Associação de Críticos de Cinema no Rio de Janeiro, além
de prêmios pelas suas partituras para os filmes "A Estrada" e "Agulha no Palheiro”. Segue
para a Europa para reger em vários países socialistas.
1956 - Em Moscou, rege a sua 4ª Sinfonia. Katchaturian 20 o aplaude de pé. Aceita o convite
para assumir a direção artística da Rádio Ministério da Educação. Lançada a gravação da sua
5ª Sinfonia. É Maestro Orquestra Sinfônica Brasileira no Rio de Janeiro.
1959 - Sua obra “Recitativo e variações” é premiada no Concurso Nacional promovido pela
Comissão Estadual de Música de São Paulo. Segue para Londres a convite do governo
britânico. Termina sua 7ª Sinfonia. Em Viena, participa do júri do Concurso Internacional de
Composição. Recusa o convite para a cátedra de composição em Peruggia, já que para aceitá-
lo teria que optar pela cidadania italiana. Recebe carta de Kabalevskiy 22, dizendo que estava
com ciúmes da sua 4ª Sinfonia, que acabava de ser editada em Moscou. Assina contrato com a
Universal para editar a Brasiliana, obra para orquestra. Na capital baiana Salvador foi membro
do Júri do Concurso Nacional de Piano.
URSS. Refugiado na embaixada brasileira em Paris, lá conheceu Vinícius de Moraes, com o qual escreveu as 13
canções “dor de cotovelo”. Fonte: in Textos do Brasil: Música Erudita Brasileira (revista 12), Ministério de
Relações Exteriores (2005).
22
Dmitriy Borisovich Kabalevskiy, São Petersburgo, 30 de dezembro de 1904 — Moscou, 14 de fevereiro de
1987, foi um compositor de música erudita da União Soviética.
8
1963 - Casa-se com a bailarina Gisèle Loise Portinho Serzedello Corrêa. Como enviado do
Ministério das Relações Exteriores tem a missão oficial da difusão da Música Brasileira aos
EUA. Participa da 1ª Conferência Nacional de Educadores na Universidade de Yale em
Connecticut, EUA. Foi mais uma vez convidado pelo governo britânico em Londres. Foi
membro do Júri do Concerto Internacional de Composição promovido pelo Congress for
Cultural Freedom, envolvendo Brasil e Itália.
1965 - Recebe o prêmio Jornal do Brasil pela repercussão de sua obra no exterior e pelo
trabalho nacional em educação desenvolvido em Brasília. Demite-se da Universidade de
Brasília por não concordar com a demissão de vários de seus integrantes (280 docentes).
Participa do 1º. Seminário Interamericano de Compositores da Universidade de Indiana e da
2ª. Conferência Interamericana de Etnomusicologia da 4ª. Assembléia Geral do Conselho
Interamericano de Música da O.E.A da Universidade de Indiana, EUA, onde também
representa o Brasil no III Festival Interamericano de Música em Washington DC, EUA.
1966 - Convidado pela Ford Foundation e governo da Alemanha como artista residente do
Küenstler Programm em Berlim por um período de um ano. Nasce seu filho Alessandro.
Convidado para ser professor de Composição da Universidade do Chile em Santiago.
Convidado para professor de Composição no Conservatório de Música e para regente titular
da Orquestra Sinfônica do Panamá. Convidado para a cátedra de Composição do
Conservatório de Porto Rico, assim como foi convidado para a cátedra de Composição da
Eastmann School of Music da Universidade de Rochester, EUA. Representa o Brasil no
Festival Interamericano de Música de Montevidéu no Uruguai e no Festival de Música de
9
Caracas na Venezuela. No Concurso Nacional de Piano, novamente volta a Salvador, mas
como presidente do Júri.
1967 - Pinta quadros providos de uma fita cassete magnetofônica 23 que executa
permanentemente uma música à medida que o espectador se aproxima. Convidado do governo
francês para compor o júri da Bienal de Paris. Representante brasileiro, assim como Membro
do Conselho Diretor da 5ª. Assembléia Geral do Conselho Interamericano de Música da
O.E.A. em Toronto, Canadá. Na mesma cidade participa do Simpósio Internacional sobre
Educação Musical, promovido pela Universidade de Toronto e Conselho Canadense de
Música. Como organizador e conselheiro do Centro de Informação e Difusão para Música da
América Latina foi representante na Conferência Internacional sobre Música Tradicional,
organizada pelo Instituto Internacional de Estudos Comparativos de Música de Documentação
e pela UNESCO em Berlim Ocidental, República Federal da Alemanha e na Conferência
Internacional sobre Educação Musical, organizada pelo conselho iraniano de Música, pelo
Asian Music Circle e pela UNESCO em Teerã, Irã. Em Madri, representa o Brasil no Festival
de Música da América e Espanha.
1968 - Nasce seu filho Cláudio Raffaello. Em Paris, faz litografias num ateliê herdado pelo
seu editor a fim de apresentá-las com as partituras musicais. No Rio de Janeiro assume a
direção Musical Teatro Novo e da Orquestra Estudantil Universitária Casa do Estudante do
Brasil, como regente titular.
23
É uma mídia de armazenamento não volátil que consiste em uma fita plástica coberta de material
magnetizável. A fita pode ser utilizada para registro de informações analógicas ou digitais, incluindo áudio,
vídeo e dados de computador. Fonte: Enciclopédia livre.
10
1971 - Diretor do Departamento de Formação de Músicos de Orquestra da Escola Superior de
Música Heidelberg-Mannheim, onde assumira também o cargo de professor titular de
regência. Dedica-se a experiências com música eletroacústica.
1972 – Participa do 1º. Simpósio Internacional sobre Grafismo Musical, organizado pelo
Instituto Ítaloamericano de Roma e pela Divisão de Música da O.E.A. em Roma, Itália.
1976 - Convidado para falar sobre música, ciência e tecnologia em colóquio do Departamento
de Física Teórica do Centro de Energia Atômica da França, na SACLAY. Concurso Jovens
Solistas.
24
Em 1975, com a finalidade de promover, estimular, desenvolver atividades culturais em todo o Brasil criou-se
a Fundação Nacional de Arte – Funarte. Nesta época suas atividades englobavam música (popular e erudita) e
artes plásticas e visuais. Convivia com o Instituto Nacional de Folclore – INF, Fundação Nacional de Artes
Cênicas – Fundacen e a Fundação do Cinema Brasileiro – FCB, todas ligadas ao Ministério da Educação e
Cultura, posteriormente ao Ministério da Cultura. É o órgão responsável, no âmbito do Governo Federal, pelo
desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, ao circo, à dança e ao teatro. Os
principais objetivos da instituição, vinculada ao Ministério da Cidadania, são o incentivo à produção e à
capacitação de artistas, o desenvolvimento da pesquisa, a preservação da memória e a formação de público para
as artes no Brasil. Fonte: www.funarte.gov.br.
11
1980 - Compõe o hino oficial do estado do Amazonas.
1981 - Após vários desentendimentos, e sem conseguir impor um nível de rigor profissional
necessário para formar uma equipe de primeira qualidade, foi demitido da Orquestra do
Teatro Nacional de Brasília. Organizador da Ópera Studio Universidade de Brasília. Era
Chefe do Departamento de Arte da Universidade de Brasília. Foi presidente da Academia de
Música e Letras do Brasil.
1983 - Finaliza a 10ª Sinfonia. No Rio de Janeiro foi membro do Júri do Concurso Jovens
Intérpretes da Música Brasileira.
1985 - Recebe o prêmio Shell para a música erudita. Em São Paulo, recebe o prêmio Ciccilo
Matarazzo e, em Brasília, é condecorado com a Ordem do Rio Branco (grau de oficial).
Reassume a Orquestra do Teatro Nacional de Brasília como regente titular e direção artística.
1987 - Recebe o prêmio Lei Sarney para a Cultura Brasileira. Em Moscou participa do
Congresso dos Compositores Soviéticos. Condecorado com a Ordem da Alvorada (grau de
comendador) e governo da Polônia.
1989 - Passa mais uma vez férias na Casa de Brahms em Baden-Baden, na Alemanha, onde
termina sua 14ª Sinfonia. Regressa a Brasília bastante exaurida devido ao seu
descontentamento com a política da Fundação Cultural. No dia 27 de março, às 10 horas,
morre acometido por um enfarte enquanto ensaiava, com a Orquestra Sinfônica do Teatro
Nacional, o Concerto n° 2 para piano e orquestra de Saint-Saëns, frustrando todas as
homenagens programadas no Brasil, na Alemanha e na França, pelos 70 anos que completaria
no dia 23 de novembro.
1990- Condecorado com a medalha Officier de l’Ordre des Arts et des Offices na França e
Ordem ao Mérito da Ordem dos Músicos do Brasil.
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Orquestra Sinfônica do Palácio das Artes - Belo Horizonte
Orquestra Sinfônica da Universidade da Bahia - Salvador
Orquestra Sinfônica de Curitiba - Paraná
Orquestra de Câmara da Universidade de Brasília - Distrito Federal
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília - Distrito Federal
Alemanha
Orquestra Sinfônica da Rádio de Leipzig
Orquestra Sinfônica de Gotha
Orquestra Sinfônica de Dresden
Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim (RIAS)
Orquestra Sinfônica da Beethovenhalle - Bonn
Orquestra Sinfônica de Magdeburg
Orquestra Sinfônica de Trier
Orquestra Sinfônica da Escola Superior de Música Heidelberg - Mannheim
Orquestra Sinfônica Estudantil – Heidelberg
Bulgária
Orquestra Filarmônica de Sofia
Orquestra Sinfônica de Burgas
França
Orquestra Sinfônica da Radio-Difusão Francesa (ORTF) - Paris
Orquestra Sinfônica "Ile de France" – Paris
Inglaterra
Orquestra Pro-Art (Covent Garden) – Londres
Polônia
Orquestra Filarmônica de Varsóvia
Orquestra Filarmônica de Poznam
Portugal
Orquestra Sinfônica do Porto
Romênia
14
Orquestra Filarmônica Nacional de Bucareste
Orquestra Filarmônica Nacional de Orasul
Orquestra Filarmônica Estatal de Temichuara
URSS
Orquestra Filarmônica de Leningrado
Orquestra do Estado da URSS - Moscou
Orquestra Sinfônica de Lvolf
Orquestra Sinfônica de Tiblis
Orquestra Sinfônica de Karkov
Orquestra Sinfônica de de Odessa
Orquestra Sinfônica de Erevan
Uruguai
Orquestra Sinfônica SOFRE – Montevidéu
Checoslováquia
Orquestra Sinfônica da Rádio - Praga
Orquestra Filarmônica Escolava – Bratislava
ANEXOS26
26
Em anexos colocamos algumas imagens que remetem ao maestro Claudio Santoro, como: ele e Thiago de
Melo no concerto Estatutos do Homem, ou um recorte de jornal lhe apresentando para um recital na casa de Braz
Aguiar. E até suas pinturas que no caso especifico utilizou para seus estudos em eletroacústica.
15
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
DA FONSECA, Pablo Victor Marquine. Deveras Humano: Teoria do Topós Musical na obra
para Piano solo de Cláudio Santoro. Castro, - Brasília, 2016, 321p.
16
ENCICLOPÉDIA DA MÚSICA BRASILEIRA, p. 710-12. São Paulo, Art
Editora/Publifolha, 1998.
FARIAS, Elson. Claudio Santoro - Cantor do Sol e da Paz. Editora Valer, 2009 ISBN 85-
7512-298-3, 2009.
In Textos do Brasil: Música Erudita Brasileira (revista 12), Ministério de Relações Exteriores
(2005).
______, Claudio Santoro – três prelúdios sobre uma série: um estudo de análise e
interpretação, Música HODIE, Vol. 1 - Nº 1/2 – 2001.
MARIZ, Vasco. A canção brasileira, Livraria Progredior, Porto, 1948, com o título "A
Canção de Câmara no Brasil"; Nova Fronteira, RJ, 1985.
______, História da música no Brasil, Editora Civilização Brasileira, RJ, 1994; versão em
espanhol editada pelo Centro de Estudos Brasileiros, Lima, Peru, 1985.
______, Vida musical (2a série), Serviço de Publicações do MRE, RJ, 1965.
17
PÁSCOA, Márcio. Cronologia Lírica de Manaus, p. 425-7. Manaus, Governo do
Estado/Editora Valer, 2000.
SANTORO MOREIRA, Fernando José de. O pão de açúcar de cada dia: Perfil do maestro
Claudio Santoro. Dialoghi, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1/2, p. 143-146, 1998.
_________, "O VIII Plano Sinfônico dos compositores soviéticos", revista Fundamentos, SP,
setembro, outubro, 1955.
SUGIMOTO, Luiz. “Santoro, uma vida contada ao piano”, in Jornal da Unicamp, edição 224.
SITES E BLOGS
www.funarte.gov.br
Enciclopédia livre
18
centrosuzukiindaiatuba.com
musicabrasilis.org.br
multirio.rio.rj.gov.br
manausontemhojesempre.blogspot.com
www.claudiosantoro.art.br
www.prasempresantoro.com.br/biografia
enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa359497/claudio-santoro
19