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SILVA, LJ., and ANGERAMI, RN. Viroses emergentes no Brasil [online]. Rio de Janeiro: Editora
FIOCRUZ, 2008, 132 p. Temas em Saúde collection. ISBN 978-85-7541-381-4.
https://doi.org/10.7476/9788575413814.
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VIROSES EMERGENTES NO BRASIL
EDITORA FIOCRUZ
Diretora
Maria do Carmo Leal
Editor Executivo
João Carlos Canossa Mendes
Editores Científicos
Nísia Trindade Lima
Ricardo Ventura Santos
Conselho Editorial
Carlos E. A. Coimbra Jr.
Gerson Oliveira Penna
Gilberto Hochman
Lígia Vieira da Silva
Maria Cecília de Souza Minayo
Maria Elizabeth Lopes Moreira
Pedro Lagerblad de Oliveira
Ricardo Lourenço de Oliveira
ISBN: 978-85-7541-156-8
Catalogação na fonte
Centro de Informação Científica e Tecnológica
Biblioteca da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
S586v
A663c Silva, Luiz Jacintho
Araújo, da de
Inesita Soares
R786r Viroses Emergentes
Comunicação
Roquette-Pinto, e saúde.no
Edgard Brasil. Soares
/ Inesita / LuizdeJacintho
Araújo. da
Silva
Rioe de
Rodrigo
–Rondonia:Janeiro Nogueira
: EditoraAngerami.
anthropologia FIOCRUZ, – 2007.
Rio de/ Janeiro:
- ethnographia. Edgard
148FIOCRUZ,
Editora p., il. (Coleção
2008.Temas em Saúde)
Roquette-Pinto. Rio de Janeiro : Editora FIOCRUZ,
2005. 136 p. (Coleção
384 p.Temas em Saúde)
1.Comunicação. 2.Sistema Único de Saúde.
1. Viroses - história. 2. Viroses - epidemiologia.
3.Políticas públicas de saúde. I.Título.
3. Doenças Transmissíveis
1.Antropologia Emergentes2.Índios
cultural-Rondônia. - história.
sul-
4. Doenças Transmissíveis
americanos. I.Título. Emergentes - epidemiologia.
5. Febre CDD - 20.ed. – 362.1
Amarela. 6. Dengue. 7. Aedes. 8. Síndrome de
CDD - 20.ed. – 980.41098175
Imunodeficiência Adquirida. I. Angerami, Rodrigo
Nogueira. II.Título.
CDD - 22.ed. – 616.920981
2008
EDITORA FIOCRUZ
Av. Brasil, 4036 – Térreo – sala 112 – Manguinhos
21040-361 – Rio de Janeiro – RJ
Tels.: (21) 3882-9039 / 3882-9041
Telefax: (21) 3882-9006
e-mail: editora@fiocruz.br
http://www.fiocruz.br
Apresentação 7
Referências 125
Glossário 129
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VÍRUS E VIROSES
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AS VIROSES EMERGENTES
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Calicivírus
Astrovírus
Ebola
Hantavírus
HCV
HHV-6
HIV ½
HTLV I e HTLV II
Parvovírus B19
Rotavírus
HHV-7
Enterovírus 71
Hantavírus americanos
Hendra
HEV
HFV
HGV
HHV-8 (KSHV)
Influenza A H5N1 e H9N1
Nipah
Sabiá
TTV
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O PERÍODO COLONIAL
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O IMPÉRIO
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FEBRE AMARELA
A febre amarela é uma doença infecciosa não contagiosa
causada por um arbovírus mantido em ciclos silvestres, na África
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D ENGUE
Se a febre amarela foi por décadas a Nêmesis da saúde pública
brasileira, podemos dizer que esse lugar foi ocupado pela dengue
há pouco mais de uma década. A OMS estima que ocorram
anualmente mais de cinco milhões de casos em todo o mundo,
com cerca de 15 mil óbitos. Apesar de relativamente benigna,
quando se verifica a co-circulação de diferentes sorotipos do
vírus da dengue, a ocorrência de casos graves e, conseqüentemente,
de óbitos pode aumentar. Esse fato se verifica no Brasil de hoje.
Segundo o Ministério da Saúde:
A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
(SVS/MS) registrou, em 2008 até semana epidemiológica 14,
230.829 casos suspeitos de dengue, 1.069 casos confirmados
de febre hemorrágica da dengue (FHD) e a ocorrência de 77
óbitos por FHD, resultando em uma taxa de letalidade para
FHD de 7,2%. Também foram notificados 3.298 casos de
dengue com complicação, com 53 óbitos. (Brasil, 2008)
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OUTROS FLAVIVÍRUS
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Buniavírus
Os buniavírus recebem esse nome pelo vírus Bunyamwera,
isolado de um paciente na localidade do mesmo nome, em
Uganda. Os quadros clínicos determinados pelos vírus desse
gênero variam de síndromes febris indiferenciadas, geralmente
benignas, até encefalite.
Dos mais de quinhentos vírus listados no Catálogo
Internacional de Arbovírus, cerca de 313 pertencem à família
Bunyaviridae, uma das maiores famílias de vírus, o que representa
um desafio para os taxonomistas. Muitos são transmitidos por
mosquitos, mas com diferentes hospedeiros vertebrados, e mais
de sessenta foram identificados como causando doença em
humanos ou em animais de interesse econômico.
Apresentam características morfológicas semelhantes, são RNA
vírus com envelope lipídico com filamentos únicos de RNA,
na maioria das vezes de senso negativo, dividido em três
segmentos.
A maioria consiste de arbovírus, os vetores artrópodes são
mosquitos, moscas e carrapatos e os hospedeiros vertebrados
são principalmente roedores, mas também pequenos mamíferos,
primatas, aves e ungulados.
Os Bunyaviridae estão distribuídos em cinco gêneros, três dos
quais de vírus transmitidos por artrópodes: Orthobunyavirus,
Phlebovirus, Hantavírus, Tospovirus e Nairovirus.
Oropouche
No Brasil, o vírus Oropouche é uma das causas mais
freqüentes de febre inespecífica nas regiões Norte e Centro-Oeste
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R OBOVIROSES
O termo robovírus, com sua derivação ‘roboviroses’, foi
cunhado recentemente. Assim como arboviroses se referem às
viroses transmitidas por carrapatos, robovírus e roboviroses
dizem respeito aos vírus e às viroses por eles determinadas que
são transmitidas por roedores (robovírus vem do inglês ‘ro’dent
‘bo’rne vírus). A transmissão por roedores se dá de forma indireta,
através de aerossóis ‘contendo’ vírus, formados a partir de
dejetos, fezes e urina deixados por roedores.
Dois grupos principais de vírus podem ser colocados nesta
categoria, os arenavírus – vírus pertencentes à família Arenaviridae
– e os hantavírus – vírus pertencentes ao gênero Hantavírus, da
família Bunyaviridae.
Arenavírus
Os arenavírus são vírus de roedores, com exceção do vírus
Tacaribe, um arenavírus de morcegos identificado em Trinidad,
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VIROSES RESPIRATÓRIAS
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V IROSES GASTROINTESTINAIS
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OUTRAS VIROSES
Raiva
Dificilmente a raiva pode ser considerada uma doença
emergente. Reconhecida há pelo menos quatro mil anos – sua
descrição mais antiga data do século II a.C. na Mesopotâmia –,
é encontrada em praticamente todo o mundo, tendo se
disseminado com as migrações humanas ao longo do tempo. A
raiva pode ocorrer em animais silvestres em todos os continentes,
com exceção da Oceania. A OMS estima que ocorram de 25
mil a 90 mil casos com óbitos anualmente em todo o mundo, a
maioria no Sudeste Asiático, na África e na China.
O vírus da raiva pertence ao gênero Lyssavirus, da famíla
Rhabdoviridae, e é encontrado em diversos animais, particularmente
canídeos (raposa, cão, lobo, chacal), mas praticamente todos os
mamíferos são suscetíveis à infecção pelo vírus da doença. Do
ponto de vista de saúde pública, o cão é o principal transmissor
da raiva, notadamente nas cidades e áreas rurais. O morcego
pode ser transmissor da raiva, geralmente nas áreas de mata,
mas também nas cidades.
Hoje sabemos que o vírus da raiva tem pelo menos sete
variantes (genótipos), quatro das quais capazes de causar doença
humana, semelhante à encefalite da raiva. São eles: vírus da raiva,
Lagos, Mokola, Duvenhage, Lissavírus europeu 1, Lissavírus
europeu 2 e Lissavírus australiano de morcegos.
Os lissavírus europeus e australiano são encontrados em
morcegos e podem causar doença humana, ainda que rara. Os
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VÍRUS E IMUNOSSUPRESSÃO
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SITES DE INTERESSE
Promed – Conferência eletrônica sobre doenças infecciosas
emergentes de humanos, animais e plantas. Em inglês, com
versões em português, espanhol, chinês e japonês. Tem o apoio
da International Society for Infectious Diseases. Disponível em:
<www.promedmail.org>.
Emerging Infectious Diseases – Revista eletrônica sobre doenças
infecciosas emergentes, editada pelo Centers for Disease Control
and Prevention dos Estados Unidos. Acesso gratuito. Disponível
em: <http://www.cdc.gov/ncidod/eid>.
Communicable Disease Surveillance and Response – Centro
de vigilância epidemiológica da Organização Mundial da Saúde.
Publica um boletim semanal, além de alertar sobre surtos em
qualquer parte do mundo. Disponível em: <hwww.who.int/
disease-outbreak-news>.
Emerging Infections Network (EIN) – Sistema de vigilância
sentinela da Infectious Diseases Society of America. Disponível
em: <www.idsociety.org/EIN/TOC.htm>.
Foodborne Pathogenic Microorganisms and Natural Toxins
Handbook The Bad Bug Book – Um manual sobre infecções transmitidas
por alimentos. Traz também informações sobre ocorrências recentes. Mantido
pelo Center for Food Safety & Applied Nutrition do U.S. Food &
Drug Administration, mais conhecido como FDA, o órgão de
controle de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos.
Disponível em: <http://vm.cfsan.fda.gov/~mow/intro.html>.
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