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Indice

Pró logo . 4
SEÇAO UM . 5
Marido Federal e Cristo. 5
O que signi ica Federal? . 5
Liderança e Convê nio. 8
Como Cristo amou a Igreja. 13
Nã o onde deveriam estar. 17
SEÇAO DOIS .. 20
Marido federal contra si mesmo. 20
Vendo a Parte de Trá s da Sua Cabeça. 20
Trate-a como uma dama. 23
Reaçõ es Masculinistas. 25
Signos Masculinos. 28
Homem trabalhador . 36
SEÇAO TRES. 45
Marido Federal e Sociedade. 45
Masculinidade e Hierarquia Cultural. 45
Segurança Masculina. 49
Quanto a mim e minha casa. 51
Mulheres em Combate. 57
SEÇAO QUATRO. 62
Pai Federal. 62
Beleza Incrı́vel. 62
Fruto da Aliança. 64
Cultivando as Raı́zes. 66
Reconhecendo Problemas. 68
Cultivando as Diferenças. 70
Disciplina Disciplinar. 72
Escolhendo e Tomando uma Esposa. 77
marido federal
DOUGLAS WILSON
Imprensa Canon
Moscou, Idaho
Douglas J. Wilson, marido federal
© 1999 por Douglas J. Wilson.
Publicado por Canon Press, PO Box 8741, Moscou, ID 83843
800-488-2034 / www.canonpress.org
Design da capa por Paige Atwood
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exceto conforme previsto pela lei de direitos autorais dos EUA.
Salvo indicaçã o em contrá rio, as citaçõ es das Escrituras foram
extraı́das da Nova Versã o King James da Bı́blia, vergonhosamente
protegida por Thomas Nelson, Inc. 1984.
ISBN: 1-885767-51-X
Dados de Catalogaçã o na Publicaçã o da Biblioteca do Congresso
Wilson, Douglas, 1953–
Marido federal / Douglas Wilson.—Rev. ed.
pá g. cm.
ISBN 1-885767-51-X (pbk.)
1. Maridos — Vida religiosa. 2. Casamento—Aspectos religiosos—
Cristianismo. I. Tı́tulo.
BV4528.2.F48 2004
248.82425—dc22
2004000921
Índice
Pró logo . 4
SEÇAO UM . 5
Marido Federal e Cristo . 5
O que signi ica Federal ? . 5
Liderança e Convê nio . 8
Como Cristo amou a Igreja . 13
Nã o onde deveriam estar . 17
SEÇAO DOIS .. 20
Marido federal contra si mesmo . 20
Vendo a Parte de Trá s da Sua Cabeça . 20
Trate-a como uma dama . 23
Reaçõ es Masculinistas . 25
Signos Masculinos . 28
Homem Trabalhador . 36
SEÇAO TRES . 45
Marido Federal e Sociedade . 45
Masculinidade e Hierarquia Cultural . 45
Segurança Masculina . 49
Quanto a mim e minha casa . 51
Mulheres em Combate . 57
SEÇAO QUATRO . 62
Pai Federal . 62
Beleza Incrı́vel . 62
Fruto da Aliança . 64
Cultivando as Raı́zes . 66
Reconhecendo Problemas . 68
Cultivando as Diferenças . 70
Disciplina Disciplinar . 72
Escolhendo e Tomando uma Esposa . 77
Prólogo
Qualquer um que se dedique a aumentar o nú mero de livros
modernos sobre casamento deve ter um bom motivo. Isso é
particularmente verdadeiro se o autor em questã o estiver fazendo isso
pela segunda vez e tudo aparentemente sem provocaçã o. Algué m
poderia pensar que nosso interesse por livros de casamento estaria
diminuindo a essa altura; como a mulher dos evangelhos, quanto mais
nossos mé dicos nos tratam, pior icamos.
Mas aqui está mais um pouco de remé dio de qualquer maneira. O
tema central deste livro, a liderança do marido, foi iniciado em
Reformando o casamento , mas há pelo menos duas boas razõ es para
trazer o assunto novamente.
A primeira é que um assunto como este admite muito
desenvolvimento, discussã o e aplicaçã o. E assim, como Paulo escreveu
em outro contexto, escrever as mesmas coisas nã o é necessariamente
tedioso, mas seguro (Fp 3:1).
O segundo motivo está relacionado ao primeiro. O pensamento
federal é realmente estranho à mente moderna. Podemos,
consequentemente, pensar que “já dominamos” porque dominamos o
jargã o, quando tudo o que estamos fazendo é usar a cal da aliança para
encobrir vá rios tipos de ignorâ ncia ou pecado da aliança.
Nossa carne nã o precisa de encorajamento para ser egoı́sta. Em
nome do ensino bı́blico, muitos homens se afastam de suas
responsabilidades de che ia por causa do que chamam de “amor” ou
distorcem grosseiramente a aparê ncia dessa che ia em nome do que
chamam de “autoridade”.
Mas nã o basta que os maridos amem suas esposas. Eles devem fazer
como Cristo fez pela Igreja. Se Cristo amou a Igreja como seu Senhor
Federal, entã o temos a responsabilidade de descobrir o que isso
signi ica.
SEÇÃO UM
Marido Federal e Cristo
O que signi ica Federal?
Por vá rias razõ es, algumas delas ó bvias, a palavra federal é
grosseiramente mal compreendida hoje. Mas nossa palavra vem da
palavra latina foedus , que signi ica aliança. Assim, uma uniã o federal,
ou associaçã o confederada, deve ser entendida como vinculada por
juramentos e lealdades de aliança. Como homens cristã os que
entendem a importâ ncia dos convê nios na Bı́blia, devemos nos
empenhar em entender o signi icado do casamento federal.
Entre as muitas palavras que nosso sé culo destruiu (palavras como
incrível ou gay), esta palavra federal certamente encabeça a lista. A
palavra nos faz pensar em coisas grandes e centralizadas, coisas que
aquecem e aconchegam o coraçã o de um coletivista. Damos um tapa
nas instituiçõ es para que as velhinhas depositem seu dinheiro lá .
Ningué m chama seu banco de Bob's Sunshine Bank ; o nome deve ser
algo que transpira solidez e grandeza como faz o First Federal Security .
Como nosso governo federal tornou-se tã o antipacto quanto se pode
imaginar, nã o é de surpreender que tenhamos esquecido o signi icado
original da palavra. Acreditamos que federal signi ica centralizado, ou
grande, e nã o poderia se referir de forma alguma a nenhum tipo de
convê nio.
Mas a teologia protestante clá ssica re lete o ensino bı́blico sobre esse
assunto – nã o é exagero dizer que esse pensamento federal é a espinha
dorsal da ortodoxia protestante histó rica. Isso traz à mente uma
distinçã o entre a teologia protestante clá ssica e o pensamento
evangé lico moderno: o evangelicalismo moderno nã o pensa e nã o tem
uma espinha dorsal. Porque a teologia evangé lica contemporâ nea nã o
tem uma espinha dorsal, os homens cristã os modernos que sã o
ensinados em termos dela també m se encontram sem espinha dorsal. E
livros como este tornam-se necessá rios.
A Bı́blia descreve a relaçã o entre Adã o e a raça humana como federal.
Isto é , Deus fez uma aliança com toda a raça humana, com Adã o
servindo como representante ou cabeça da aliança dessa raça. Adã o,
como cabeça da aliança, deve ser descrito como o cabeça federal de
nossa raça. Como veremos, é por isso que a Bı́blia fala de nossa perda
da retidã o como ocorrendo em Adã o.
Da mesma forma, nossa salvaçã o foi realizada federalmente. Cristo, o
segundo Adã o, foi enviado por Deus para ser o Chefe Federal de uma
nova raça. Sua obediê ncia foi representativa e imputada a todos os Seus
eleitos, que sã o identi icados como tais por sua fé . E por isso que Cristo
manté m um relacionamento com a Igreja que é descrito como um
relacionamento de liderança. Essa che ia é pactual, o que signi ica que é
necessariamente uma che ia federal.
Isso é muito bom, mas como isso se aplica aos maridos? A resposta é
que os maridos sã o ordenados a amar suas esposas como Cristo amou a
Igreja (Efé sios 5:25). Pela pró pria natureza do caso, isso signi ica que
os maridos sã o instruı́dos a modelar ou exibir um relacionamento
federal com suas esposas. O mandamento para os maridos é amar suas
esposas como Cristo amou Sua noiva.
Isso signi ica que nossa teologia do amor de Cristo será determinante
de como uma esposa cristã é amada. A maneira como um homem
entende o amor da aliança inal determinará como ele de inirá o amor
da aliança. O modo como ele compreende a coisa a ser imitada
determinará como e o que ele imita. Se sua teologia é bı́blica (e,
portanto, federal ou pactual), entã o sua esposa será amada como Cristo
realmente amou a Igreja. Se a teologia for subfederal ou antipactual,
entã o uma mulher, quando for amada, será amada sentimentalmente,
nã o por muito tempo, ou aos trancos e barrancos.
Na Igreja moderna, o pecado intelectual central em relaçã o ao
casamento é de de iniçã o teoló gica. Queremos assumir que o
casamento é um acordo permanente de “companheiro de quarto” entre
dois indivı́duos com certos privilé gios sexuais incluı́dos. Mas a Bı́blia
descreve o casamento como uma aliança. A adú ltera é aquela que
abandona o companheiro de sua juventude, a aliança de seu Deus (Pv
2:17). Os homens de Israel sã o repreendidos porque abandonaram suas
esposas da aliança (Mal. 2:14). Mas, sem pensar, presumimos que
poderı́amos ter casamentos bı́blicos sem ao menos saber o que é um
casamento de aliança.
Os maridos cristã os nã o precisam de mais exortaçõ es do vá cuo. A
necessidade conjugal do momento é a de de iniçã o doutriná ria e
teoló gica — em particular, precisamos entender os convê nios. No
centro dessa relaçã o de aliança está a questã o da responsabilidade.
Sempre que houver liderança federal genuı́na, a cabeça como
representante assume a responsabilidade pela condiçã o espiritual dos
membros do corpo da aliança, e a conexã o orgâ nica se aplica em ambas
as direçõ es.
Somos seres da aliança; fomos criados assim. Considere o misté rio de
como cada ser humano está relacionado. Somos todos primos, ou seja,
estamos conectados. O individualismo moderno quer ser cego a essa
interconexã o e vê a imputaçã o do pecado de Adã o a nó s como uma
afronta aos nossos direitos. Mas ao rejeitar isso, a salvaçã o fornecida
pela justiça de Cristo, que també m é imputada a nó s, també m é
rejeitada.
Claro, os maridos nã o podem duplicar essa relaçã o em sua totalidade
em seu relacionamento com suas esposas. Maridos nã o sã o Cristo. Mas,
embora nã o possamos reproduzi-lo exatamente, somos ordenados a
imitá -lo e procurar ser como Cristo em como Ele amou como cabeça
federal. Porque o casamento é constituı́do como uma instituiçã o pactual
e porque a relaçã o a ser imitada també m é pactual, tal imitaçã o será
necessariamente federal. Porque o marido é o cabeça da esposa como
Cristo é o cabeça da Igreja (Efé sios 5:23), o amor oferecido será o amor
de um cabeça federal.
A negligê ncia desta verdade é difundida na igreja moderna. Uma das
coisas mais difı́ceis para os homens modernos entenderem é como eles
sã o responsá veis por suas esposas. Os homens vê m para uma sessã o de
aconselhamento pastoral de casamento com a suposiçã o de que “ela
tem seus problemas” e “eu tenho os meus”, e o conselheiro está aqui
para nos ajudar a dividir a diferença. Mas o marido é o responsá vel por
todos os problemas. Este é o caso por nenhuma outra razã o alé m de que
ele é o marido.
Isso nã o signi ica que a esposa nã o tenha responsabilidades pessoais
como indivı́duo diante de Deus. Ela certamente tem, assim como seu
marido tem responsabilidade individual. Ambos sã o pessoas privadas
que estã o diante de Deus. Mas ele continua sendo o cabeça, e assim
como Cristo, como o cabeça, assumiu toda a responsabilidade por todos
os pecados de todo o Seu povo, o marido deve assumir a
responsabilidade da aliança pelo estado de seu casamento. Se um
marido diz que se opõ e a isso porque nã o é justo que ele seja
considerado responsá vel pelas falhas de outra pessoa, na verdade ele
está dizendo que se opõ e ao evangelho. També m nã o era “justo” que
Cristo assumisse a responsabilidade por nossos pecados. Mas, embora
possa nã o ter sido justo como o de inimos, foi justo e misericordioso.
Ao ler essas palavras, um marido ainda pode estar totalmente
inseguro sobre o que signi ica “assumir responsabilidade federal”. E
dado o padrã o divino que nos foi designado para imitar, é certo que
nenhum marido tem um entendimento completo do que é chamado a
fazer. E por isso que é melhor voltarmos ao assunto.
Liderança e Convênio
O que é um pacto? Nossas Bı́blias podem ser divididas em duas
seçõ es: o Antigo Testamento ou Antiga Aliança e o Novo Testamento ou
Nova Aliança. Um bom indicador da condiçã o da igreja evangé lica
moderna pode ser visto no fato de que muitos crentes nã o entendem a
que isso se refere. O que signi ica exatamente a palavra aliança ?
Devemos começar com uma de iniçã o de aliança, e ao chegarmos à s
vá rias passagens da Escritura que instruem o marido em seus deveres,
icará claro como a de iniçã o se aplica: uma aliança é um vı́nculo solene,
soberanamente administrado, com bê nçã os e maldiçõ es
correspondentes . .
A Escritura ensina que Deus fez uma aliança bá sica com os homens
caı́dos ao longo da histó ria, que podemos chamar de Aliança da Graça.
No Novo Testamento, vemos que o nome bı́blico inal para esta aliança é
a Nova Aliança. Antes da Queda, Deus havia feito uma aliança com a
humanidade em Adã o, que violamos por meio de nosso pecado. Gê nesis
nos diz que Adã o pecou contra Deus pessoalmente, mas Osé ias nos diz
que Adã o també m pecou contra Deus por aliança: “Mas, como os
homens, transgrediram a aliança; ali eles agiram per idamente comigo”
(Osé ias 6:7). A palavra traduzida como homens aqui é a palavra
hebraica para Adão .
Depois da Queda e ao longo da histó ria da redençã o, Deus fez
convê nios com Seu povo. Mas nã o sã o uma sé rie de alianças
desconexas, como se Deus continuasse mudando de ideia sobre como
lidar com os homens. Seus convê nios se desenrolam sucessivamente e
não podem ser entendidos separados um do outro . Esta ú nica aliança da
graça foi administrada ao longo da histó ria.
Deus estabeleceu uma aliança com Adã o e Eva apó s o pecado deles:
“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua
semente; Ele te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirá s o calcanhar” (Gn 3:15).
Sabemos pelo Novo Testamento que esta era uma promessa messiâ nica
(por exemplo, Romanos 16:20), o que signi ica que deve ser entendida
como uma aliança. Deus també m estabeleceu uma aliança com Noé :
“Mas eu estabelecerei minha aliança com você ; e entrará s na arca, tu,
teus ilhos, tua mulher e as mulheres de teus ilhos contigo” (Gn 6:18).
Pedro nos diz claramente que isso era um tipo e que o batismo cristã o é
o antı́tipo (1 Pedro 3:18–22).
A maioria dos cristã os está familiarizada com a aliança que Deus fez
com Abraã o: “E farei a minha aliança entre mim e vó s, e vos
multiplicarei extraordinariamente” (Gn 17:2). Como o Novo Testamento
nos diz em muitos lugares, Abraã o é o pai de todos os que crê em (Rm
4:11). Alé m disso, a Bı́blia nos diz que “se sois de Cristo, entã o sois
descendê ncia de Abraã o e herdeiros segundo a promessa” (Gá latas
3:29). As implicaçõ es disso sã o profundas.
A aliança com Moisé s nã o representou um desvio divino em torno de
todas as outras alianças – “Entã o Deus ouviu seus gemidos, e Deus se
lembrou de sua aliança com Abraã o, com Isaque e com Jacó . E Deus
olhou para os ilhos de Israel, e Deus os reconheceu” (Exodo 2:24–25).
Compreender as rami icaçõ es desta passagem é crucial para uma
compreensã o adequada do ensino do Novo Testamento.
Nosso problema é causado porque entendemos mal as refutaçõ es do
Novo Testamento das distorçõ es farisaicas da lei de Moisé s. Eles sã o
comumente atacados com suas pró prias distorçõ es terminoló gicas
(heré ticas) (ou seja, com palavras como “lei”). Mas o contraste no Novo
Testamento nã o é entre o Antigo e o Novo; o contraste é entre o Velho
distorcido e o Velho cumprido .
Deus fez uma aliança com Davi: “Quando os teus dias forem
cumpridos e descansares com teus pais, suscitarei a tua descendê ncia
depois de ti, que procederá de tuas entranhas, e estabelecerei o seu
reino” (2 Sam. 7:12). –16). Quem é o Cristo? Ele é o Filho de Davi .
Todas essas alianças foram um prelú dio para a vinda do Cristo. Os
crentes nã o devem pensar em pactos ou contratos separados ao longo
da histó ria. O crente deve pensar em uma criança em crescimento, uma
á rvore frutı́fera, um botã o que se desenvolve em uma lor. Devemos
entender a continuidade orgâ nica das alianças. Essa continuidade se
encontra em uma Pessoa e re lete o propó sito redentor solitá rio de
Deus desde o inı́cio da histó ria até o im dela, sempre expresso em uma
aliança. O Senhor Jesus Cristo é o Senhor da Nova Aliança agora (Hb
8:6); sempre foi o Senhor da Nova Aliança (1 Corı́ntios 10:1–13); e
ministros ao longo de toda a histó ria (Hb 9:15).
A razã o pela qual devemos considerar tudo isso em um livro sobre
casamento e famı́lia é que os tratos de Deus com Seu povo ao longo da
histó ria (que sã o sempre de aliança) sã o apresentados a nó s no Novo
Testamento como o padrã o a ser seguido pelos maridos. A doutrina da
liderança masculina no casamento é apresentada para nó s nas
Escrituras de uma maneira que relaciona tudo a um entendimento
correto da ordem divina da aliança: “Quero, poré m, que saibais que a
cabeça de todo homem é Cristo, a cabeça da mulher é o homem, e a
cabeça de Cristo é Deus” (1 Corı́ntios 11:3).
A ordem da aliança é clara. A cabeça de Cristo é Deus. Isso nã o
signi ica que Cristo é menor que Deus em Sua natureza ou ser, mas
signi ica que o Pai exerce autoridade sobre o Filho. O Filho é igual ao Pai
no que diz respeito à Sua natureza; os teó logos descrevem isso em
termos do que é chamado de Trindade ontoló gica. Mas com relaçã o a
como o Pai e o Filho se relacionam, o Pai tem toda a autoridade. Os
teó logos descrevem isso em termos do que é chamado de Trindade
econô mica.
Dentro do Deus trino, o Pai é o cabeça econô mico do Filho. Isso
signi ica que Ele tem autoridade sobre o Filho com relaçã o aos papé is
deles. O Filho é igual ao Pai em natureza e ser, mas nã o considerou essa
igualdade algo a ser apreendido (Fp 2:5-8). Ele se submeteu à vontade
do Pai, e essa submissã o nunca foi vista por nenhum cristã o ortodoxo
como uma admissã o de substancial inferioridade ao Pai.
Em nosso mundo igualitá rio moderno, a submissã o é sempre vista
como uma forma de perder ou de ser inferior de alguma forma. Mas
caı́mos nesse erro porque nã o pensamos mais de forma trinitá ria. A
submissã o é vista como implicando inferioridade porque nã o
entendemos a divindade de Cristo e Sua total submissã o ao Pai.
Por outro lado, devemos ser capazes de ver quã o bem entendemos a
doutrina bı́blica da Trindade por quã o bem homens e mulheres
funcionam juntos no casamento. Um homem que tem sua esposa sob
seu controle é um ariano - a heresia que subordina Cristo ao Pai,
declarando que Ele é um ser criado. Um homem que abdica de sua
autoridade funcional sobre sua esposa — aquele que capitula diante do
feminismo igualitá rio — é um sabeliano. Esta é a heresia que nã o vê
distinçõ es reais entre as pessoas da Divindade, apenas nomes
diferentes.
A cabeça do homem é Cristo, e a cabeça da mulher é o homem. Mas
essa liderança nã o exige inferioridade. Paulo nos ensina que a mulher é
ontologicamente igual ao homem. Tanto o homem quanto a mulher
foram criados à imagem de Deus (Gn 1:27), e Paulo enfaticamente
declara que em Cristo nã o existem diferenças entre os sexos.
Porque todos sois ilhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque
todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
Nã o há judeu nem grego, nã o há escravo nem livre, não há homem nem
mulher ; pois todos você s sã o um em Cristo Jesus. E se sois de Cristo,
entã o sois descendê ncia de Abraã o e herdeiros conforme a promessa. (
Gá latas 3:26-29 )
Um homem e uma mulher vivendo juntos como marido e mulher
vivem juntos como iguais ontoló gicos. Pedro exige que os homens
vivam juntos com suas esposas, lembrando que sã o co-herdeiros (1 Pe
3:7). No entanto, na esfera econô mica, o marido é o cabeça – “Porque o
marido é o cabeça da mulher, como també m Cristo é o cabeça da igreja;
e este é o Salvador do corpo” (Efé sios 5:23). Vale lembrar neste ponto
que nossa palavra econômico vem da palavra grega que signi ica famı́lia.
Agora, alguns podem querer presumir que simplesmente temos a
liderança da aliança no cé rebro e, portanto, a encontramos em toda
parte nas Escrituras. Quando um homem encontra um martelo pela
primeira vez, tudo parece um prego. Mas este ensinamento nã o é um
exemplo de uma teologia do pacto “sistemá tica” que corre solta. Como
vimos, a adú ltera descrita em Prové rbios abandonou a companheira de
sua juventude, o convênio de seu Deus, e os homens em Malaquias
foram castigados por causa de como tratavam suas esposas por
convênio . Alé m disso, na linguagem da liderança, a Bı́blia assume uma
liderança pactual. De fato, nas Escrituras nã o há outro tipo de liderança.
Portanto, o casamento é claramente descrito na Bı́blia como uma
instituiçã o de aliança.
Mas muito mais está envolvido nisso do que apenas a palavra.
Precisamos dar uma olhada mais de perto nos paradigmas bı́blicos
centrais para liderança - a liderança de Adã o e Cristo já mencionada. A
relaçã o que existe entre nó s e Adã o é claramente de aliança. Porque
estamos organicamente ligados a ele pela aliança, quando ele pecou no
jardim, todos nó s pecamos conforme representado nele. Ele pecou
pactualmente e nos apresentou a Deus nessa rebeliã o – “Mas [como
Adã o] eles transgrediram o convê nio; ali eles agiram per idamente
comigo” (Osé ias 6:7). Em seu pecado, nó s pecamos. Mas a liderança
federal de Adã o é mais claramente vista nas descriçõ es bı́blicas da
liderança de Cristo. Cristo é claramente descrito como o Cabeça de Seu
povo, e Ele é descrito como sendo semelhante a Adão neste aspecto.
Deus em Sua misericó rdia nos tirou do pecado da mesma forma que
fomos mergulhados nele. Da mesma forma que o pecado do primeiro
Adã o nos condenou, a obediê ncia do segundo Adã o nos resgatou. Nã o
obstante, a morte reinou desde Adã o até Moisé s, mesmo sobre aqueles
que nã o pecaram à semelhança da transgressã o de Adã o, que é um tipo
daquele que havia de vir (Rm 5:14-15).
Paulo faz o mesmo ponto em sua discussã o sobre a ressurreiçã o em 1
Corı́ntios: “E assim está escrito: 'O primeiro homem, Adã o, tornou-se
um ser vivente.' O último Adão tornou-se um espı́rito vivi icante” (1
Corı́ntios 15:45). “Porque, assim como todos morrem em Adã o, assim
também todos serã o vivi icados em Cristo” (1 Corı́ntios 15:22).
Juntando tudo isso, vemos que tanto Adã o quanto Cristo sã o descritos
como representantes ou cabeças pactuais de seus respectivos povos. E
assim que nossos pecados podem ser imputados a Cristo, e como Sua
justiça pode ser imputada a nó s. Em Adã o, esta é a nossa condenaçã o.
Em Cristo, esta é a nossa gló ria e salvaçã o. E, no casamento, esse é o tipo
de relacionamento que Deus ordena aos maridos que imitem .
També m devemos entender o que isso nã o signi ica. Antes que a
autoridade no casamento possa ser entendida, devemos nos
arrepender de todo o nosso individualismo. No casamento, nã o temos
dois indivı́duos separados, um cuidando do outro. Em vez disso, temos
uma uniã o orgâ nica que é instruı́da a nã o ser esquizofrê nica. Toda
tolice machista é inconsistente com as realidades da aliança descritas
aqui.
Uma compreensã o adequada també m exclui o jogo da culpa. Um
marido nã o pode culpar sua esposa pelo estado de seu casamento,
assim como um ladrã o nã o pode culpar suas mã os. Assim como Cristo
assumiu a responsabilidade por coisas que nã o fez, os maridos devem
estar dispostos a fazer o mesmo por suas esposas.
Obviamente, os pecados podem ser cometidos no casamento tanto
por homens quanto por mulheres. Mas todos esses pecados ocorrem no
contexto de uma aliança e dentro da esfera de responsabilidade do
chefe federal. A responsabilidade por todos esses pecados, portanto,
recai sobre o marido. A mulher pode e deve reconhecer seus pecados
diante do Senhor; a responsabilidade abrangente de seu marido nã o
deve de forma alguma diminuir seu senso de responsabilidade pessoal
e individual. Entendido corretamente, deveria ter precisamente o efeito
oposto. Quando uma esposa entende que seu marido é responsá vel e
sabe que ele assume essa responsabilidade de bom grado, ela será mais
responsá vel como indivı́duo, nã o menos. Da mesma forma que a
salvaçã o federal de Cristo liberta o homem para fazer o que é certo, o
marido pode libertar a esposa ao assumir a responsabilidade por ela.
Frequentemente lutamos com o que pensamos ser o con lito entre
essa responsabilidade federal e a responsabilidade pessoal, porque o
individualismo de nossa é poca nos ensinou a pensar na
responsabilidade em termos de ou/ou em vez de ambos/e . Mas a
responsabilidade federal do marido e a responsabilidade da esposa nã o
devem ser entendidas como bolas de bilhar separadas que nã o podem
ocupar o mesmo lugar. Uma esposa pode pensar: “Ou ele é o
responsá vel ou eu sou”. Ou à s vezes procuramos dividir a
responsabilidade — 50/50 ou 70/30. Mas deve sempre, pensamos,
somar 100.
E por isso que o pensamento contraditó rio se desenvolve no
casamento. “ Você está lá , e eu estou aqui, e cada um de nó s tem sua
perspectiva.” Mas o pensamento pactual fornece a base bı́blica para
sermos capazes de dizer nós .
A responsabilidade da aliança desse tipo nã o divide; ao contrá rio, ele
se multiplica e ascende. O pensamento federal preserva a
personalidade dos envolvidos; nã o aniquila essa personalidade. A
assunçã o da responsabilidade da aliança por um marido nã o diminui a
responsabilidade pessoal de sua esposa por tudo o que ela faz e pensa;
ao contrá rio, fortalece-o.
Essa mentalidade nã o é condenató ria, mas libertadora - um marido
que considera isso sabe exatamente o que deve fazer. Essa coisa é difı́cil,
mas nã o impossı́vel. E simples de entender, o que é bom, porque é difı́cil
de fazer. Um homem deve engolir seu orgulho, que é difı́cil de derrubar,
e entã o se levantar e fazer uma coisa muito simples. Cada doutrina vive
como é aplicada e nã o de outra forma. A aplicaçã o desta doutrina é
simplesmente uma questã o de ter uma mente obediente. Esta não é
uma técnica ; é a mente da sabedoria .
Como Cristo Amou a Igreja
Se este livro tem um refrã o central, é que os maridos devem amar
suas esposas como Cristo amou a Igreja. Para muitos homens cristã os,
isso signi ica nada mais do que Cristo amou “muito” a Igreja e que os
maridos devem se esforçar para fazer o mesmo. Mas o que realmente
signi ica é que os maridos devem amar suas esposas federalmente , da
mesma forma que Cristo amou a Igreja. Dada a natureza do amor divino
expresso na cruz, podemos apenas começar a apontar o que isso
signi ica. E quando acharmos que terminamos, nã o haverá menos dias
para falar sobre o que ainda temos a aprender.
Primeiro, devemos lembrar o que a Bı́blia ensina sobre o amor
sacri icial de Cristo. De muitas maneiras, banalizamos nossa
compreensã o desse evento - camisetas à venda em livrarias cristã s
mostram Cristo com os braços estendidos dizendo que Ele nos ama
“tanto”. Aqui vemos algo acontecendo em nosso meio que sempre
acontece quando a teologia da cruz é esquecida. Quando o signi icado
da cruci icaçã o é negligenciado, os homens guardam sua memó ria da
cruci icaçã o, mas começam a se concentrar nos aspectos fı́sicos dela –
as feridas, os açoites, os pregos em Suas mã os. A Bı́blia deixa claro que
Cristo sofreu isicamente, mas nã o foi isso que encheu sua alma de
horror ao contemplar a morte que se aproximava dele. Joã o nos diz que
o coraçã o de Cristo estava perturbado ao considerar Seu destino nas
mã os de homens pecadores: “Agora a minha alma está perturbada, e
que direi? 'Pai, salva-me desta hora'? Mas para isso vim a esta hora”
(Joã o 12:27).
Ele icou chocado com a perspectiva de ser abandonado por Seu Pai.
Ele sabia que seria pecado na cruz por nó s. Ele nunca foi um pecador,
mas tornou-se pecador de acordo com a aliança e, conseqü entemente,
caiu sob o julgamento de Deus: “Porque aquele que nã o conheceu
pecado, o fez pecado por nó s, para que nele fô ssemos feitos justiça de
Deus” (2 Cor. . 5:21). E por isso que Cristo gritou em desespero: “E, à
hora nona, Jesus clamou em alta voz, dizendo: 'Eloi, Eloi, lama
sabactâ ni?' que é traduzido, 'Meu Deus, Meu Deus, por que me
abandonaste?' ” (Mc 15:34). Na expiaçã o, Cristo foi ferido por Deus e
a ligido.
Alé m de uma uniã o federal ou pactual de Cristo com Seu povo, nada
disso faz qualquer tipo de sentido moral. Se um homem é culpado de
um crime hediondo, como se comporta com justiça matar outra pessoa
por esse crime? Se nos apressarmos em explicar que a vı́tima
substituı́da era totalmente justa e nunca fez nada de errado, isso só
torna as coisas piores , nã o melhores.
Se Cristo fosse apenas um indivı́duo perfeito e nó s uma coleçã o de
indivı́duos imperfeitos, entã o o que declaramos ser o evangelho seria
na verdade uma monstruosidade moral. Porque Deus é bom, Sua morte
substitutiva por Seu povo deve ter uma base justa para essa
substituiçã o. Alé m da uniã o genuı́na com Cristo, a execuçã o de um
homem aqui pelos pecados daqueles homens ali é terrı́vel. Mas a uniã o
que temos com Cristo é descrita na Bı́blia como a uniã o de um Adã o
com Sua naçã o, um chefe federal com Seu povo. A Bı́blia nã o conhece
nenhum outro tipo de uniã o de Cristo com Seu povo. E por isso que a
cruz é uma demonstraçã o de justiça e nã o uma monstruosidade. E por
isso que Deus na cruz foi capaz de ser justo e Aquele que justi ica
(Romanos 3:26).
Agora, quando essa compreensã o da cruz é negligenciada, como tem
sido em nossos dias, isso nã o signi ica que o fato da cruz seja esquecido.
O sentimentalismo descrito anteriormente assume o controle e é
uniformemente prolongado ao enfatizar a angú stia fı́sica de Cristo na
cruz. Essa angú stia é apresentada na Bı́blia, mas é apresentada na
igura de linguagem chamada sinédoque , onde uma parte pode ser
apresentada pelo todo. “Muitas mã os tornam o trabalho leve”, mas
todos nó s sabemos que pessoas inteiras precisam se apegar a essas
mã os. A palavra mãos representa e representa essas pessoas. Da mesma
forma, somos redimidos pelo sangue de Cristo (Ef 1:7). Seu sangue,
Suas feridas representam para nó s tudo o que Ele fez por nó s na cruz - o
derramamento de Seu sangue até a morte enquanto Ele estava
pendurado em uma á rvore sob a maldiçã o de Deus. Cristo nos redimiu
da maldiçã o da lei, tornando-se maldiçã o por nó s (Gá latas 3:13). Isso se
tornar uma maldição é essencial para entender. Como um homem
inocente pode se tornar uma maldiçã o para um homem culpado? A
questã o nã o pode ser respondida à parte da uniã o pactual.
Agora, o marido també m está em uniã o pactual com sua esposa. Ele é
instruı́do a se comportar nessa uniã o com a mente de Cristo. Talvez
possamos ver como isso é importante se atribuirmos a Cristo todas as
vá rias coisas que os maridos fazem. Um homem que é o cabeça de sua
esposa está pregando o dia todo sobre Cristo e a Igreja - sua obediê ncia
ou desobediê ncia determinará se sua pregaçã o está cheia de mentiras
ou nã o, mas a pró pria natureza de sua relaçã o com sua esposa signi ica
que ele está pregando . , goste ou nã o.
Imagine Cristo murmurando contra Sua esposa ao Pai: “A mulher que
deste...” Imagine Cristo culpando a Igreja, apontando um dedo acusador.
Tente imaginar Cristo desejando estar com outra pessoa. Cada situaçã o
que podemos inventar acumula absurdos sobre absurdos. Quando um
homem aprende isso e começa a tratar sua esposa de maneira
consistente com esse insight, ele logo vê a diferença entre apegos
sentimentais e identidade pactual.
Cristo amou Sua noiva com um amor e icaz; Ele amou a Igreja de uma
maneira que a transformou. Da mesma forma, o marido deve assumir a
responsabilidade pela crescente beleza de sua esposa. Um homem se
casa com uma mulher bonita e espera, dedos cruzados, que ela consiga
continuar assim. Mas um marido federal se casa com uma bela mulher e
jura diante de Deus e testemunha que a nutrirá e cuidará dela de tal
maneira que ela lorescerá nessa beleza. Cristo concedeu amabilidade à
Sua Igreja por meio de Seu amor. Um homem cristã o é chamado para
fazer o mesmo. O amor da aliança confere beleza. O compromisso
federal confere beleza.
O amor de Cristo també m foi um amor encarnacional. O Verbo nã o
amou a Igreja de longe. Em vez disso, Ele assumiu a forma de servo e se
esvaziou. O amor de Cristo por Sua Igreja foi literalmente incorporado
em Sua vida sacri icial. Seu amor nã o era medido pelo que Ele sentia ;
foi medido pelo que Ele realizou. Claro, o que Ele realizou foi o que Ele
desejou fazer, mas a Bı́blia proı́be o desapego de intençõ es e
comportamento. O amor deve ser de inido como comportamento lı́cito
do coraçã o. Queremos separar os dois, deixando os fariseus calejados
terem o comportamento legal e deixando as igrejas mı́sticas pegajosas
terem o coraçã o.
O amor de Cristo é de inido em termos do que Ele fez, e o que Ele fez,
Ele fez de todo o coraçã o. Da mesma forma, os maridos devem amar
suas esposas com esse mesmo tipo de amor encarnado. Isso está
relacionado à instruçã o de Paulo aos homens, exigindo que eles amem
suas esposas como a seus pró prios corpos: “Assim, os maridos devem
amar a suas pró prias mulheres como a seus pró prios corpos; aquele
que ama a sua esposa ama a si mesmo” (Efé sios 5:28).
Um homem nã o cuida de seu pró prio corpo esporadicamente. Como
Paulo coloca, ningué m jamais odiou a sua pró pria carne. Imagine um
homem levando seu corpo a um restaurante apenas em seu aniversá rio
e dando-lhe um presente apenas em seu aniversá rio. Nã o, a relaçã o do
homem com seu corpo é muito mais... contínua . Um homem lida com
seu pró prio corpo de uma forma ou de outra a cada minuto de cada dia.
E quando um homem faz o que Paulo exige aqui, ele ama sua esposa
dessa mesma maneira contı́nua e encarnacional.
Conforme discutido anteriormente, Cristo amou Seu povo com um
amor responsá vel. Em Seu amor, Ele levou sobre Si todos os pecados de
Seu povo. Esses eram pecados que Ele nã o havia cometido
pessoalmente e pelos quais nã o tı́nhamos o direito de culpá -Lo. Ainda
assim, com base na uniã o da aliança, Ele assumiu a responsabilidade. A
base de nossa salvaçã o é nada menos que a assunçã o dessa
responsabilidade por Cristo.
Da mesma forma, um marido pode nã o ser o culpado por um
problema especı́ ico em seu casamento. Mas, seja ele culpado ou nã o,
ele permanece responsá vel. Cristo nunca foi culpado por nada que Deus
o considerasse responsá vel, e mesmo assim Ele assumiu a
responsabilidade por todos os nossos pecados. Você pensaria que nó s,
como maridos que compartilhamos tanto da culpa, acharı́amos mais
fá cil assumir a responsabilidade. Mas a carne se revolta, e nã o
queremos assumir um pingo de responsabilidade sobre a medida de
nossa culpa - e frequentemente, queremos ainda menos do que isso.
Outra maneira de dizer isso é que os maridos nã o querem amar suas
esposas da maneira que a Bı́blia diz.
Simpli icando, o marido e a esposa sã o pessoas privadas e cada um é
individualmente responsá vel pelo que fazem. Quando o marido peca,
ele deve confessar o pecado. Quando a esposa peca, ela deve confessar
o pecado. Mas esta con issã o individual nã o cobre o aspecto corporativo
do casamento. O casal junto é uma pessoa jurı́dica. Assim, alé m de ser
uma pessoa privada, o marido també m é uma pessoa pú blica; ele é
investido com um escritó rio. Ele tem um manto invisı́vel de marido que
veste e, nesse ofı́cio, carrega a responsabilidade pelo estado espiritual
da famı́lia. Seu nome como pessoa privada é William. Seu nome como
pessoa privada é Susan. Seu nome como pessoa pú blica é Smith, e,
nesse sentido de representaçã o e responsabilidade, ele é os Smiths .
Por im, Cristo amou Seu povo com um amor instrutivo. Cristo lavou
Sua Igreja com a Palavra, como deveriam os maridos. O Senhor nã o é
apenas nosso sacerdote e rei, Ele també m é o profeta que instrui Seu
povo. No ensino de Paulo, ele exige que o marido ensine sua esposa da
mesma maneira. Ele nã o é instruı́do a acumular informaçõ es; ele é
instruı́do a lavar sua esposa com a á gua da Palavra “para que Ele a
santi ique e a puri ique com a lavagem da á gua pela palavra” (Efé sios
5:26).
Paulo pressupõ e que os maridos estarã o preparados para responder
à s perguntas de suas esposas: “E, se elas [as esposas] quiserem
aprender alguma coisa, perguntem a seus pró prios maridos em casa” (1
Corı́ntios 14:35). Muitas mulheres contemporâ neas podem se
perguntar: “Por que eu deveria perguntar a ele? Ele nã o sabe! Isso
ocorre porque os homens negligenciaram o encargo que a Escritura dá
a todos os maridos. Os homens acreditam que nã o precisam saber
porque acreditam que nã o tê m responsabilidades de instruçã o. Mas
como Cristo puri ica a Igreja com a Palavra de Deus, os maridos devem
fazer o mesmo com suas esposas.
Isso sempre deve ser feito no contexto da expiaçã o substitutiva de
Cristo. Sempre que o ensino religioso é separado do sacrifı́cio de Cristo
na cruz, sempre degenera em um moralismo insı́pido. E quando os
maridos instruem suas esposas sem a estrutura da expiaçã o moldando
seu pensamento, sua instruçã o exibirá apenas um estado de espı́rito
piedoso com as arestas de cada palavra borradas e borradas.
Mais frequentemente, quando os maridos perdem a compreensã o da
cruz, eles chegam ao ponto em que nã o instruem suas esposas na
Palavra. E claro que, como chefe da esposa, um marido ignorante
continua a ensinar, mas as liçõ es tê m a ver com como Cristo está mais
interessado no Monday Night Football do que na comunhã o com Sua
noiva.
Não onde deveriam estar
Mas como a che ia federal funciona em situaçõ es mais confusas?
Talvez um casal se case quando ambos nã o eram cristã os, e mais tarde
ele se torna cristã o. Talvez ele fosse um crente que desobedientemente
se casou com uma descrente. Ele se arrepende mais tarde, mas
obviamente continua casado. Talvez marido e mulher sejam ambos
crentes professos, mas por meio de sua abdicaçã o da autoridade divina,
ela se desviou a ponto de ele simplesmente nã o saber se é capaz de
liderá -la. A maioria dos homens cristã os casados nã o está nessa
posiçã o, mas, ao mesmo tempo, nã o podemos dizer que o problema seja
extremamente raro.
Claro que os sintomas podem variar. Ele pode estar angustiado com
os há bitos de consumo dela, há bitos de ver televisã o, peso, rejeiçã o de
sua liderança, preguiça de limpar a casa, falta de receptividade a
avanços sexuais - o que quer que seja. Mas, seja como for que o
problema se manifeste, o que o marido deve fazer? Suponha por um
momento que ele realmente queira servir a Deus em seu casamento, e
ela pareça claramente rebelde sobre mudar qualquer uma de suas
maneiras. Que curso um homem deve seguir?
Primeiro, o marido, em sua condiçã o de pessoa privada, deve
confessar a Deus seus pró prios pecados como indivı́duo que
contribuı́ram para a situaçã o. Para o marido tı́pico, tais pecados serã o
numerosos e podem até incluir a decisã o inicial de se casar com ela. Em
outras palavras, para dar um exemplo aleató rio, se o nome dele é Jay,
ele começa confessando os pecados de Jay.
Em segundo lugar, o marido como uma “pessoa pú blica” deve
começar a confessar o estado pecaminoso de sua famı́lia diante de
Deus, assumindo total e completa responsabilidade pela forma como as
coisas sã o. Lembre-se de que o marido é um indivı́duo, mas també m é
um o icial - ele está investido no cargo de marido. Nesse status, ele nã o
é dono de si mesmo; ele é uma pessoa pú blica - ele representa os
outros. As responsabilidades de uma pessoa pú blica nã o sã o a mesma
coisa que a culpa de uma pessoa privada. Quando uma esposa
negligencia seus deveres, a culpa do pecado é dela. A responsabilidade
por sua negligê ncia é de seu marido.
O marido deve, portanto, confessar, diariamente, a condiçã o
pecaminosa de sua famı́lia diante de Deus e sua responsabilidade por
ela, até que ela mude. Uma “esposa-problema” nã o pode ser tratada
como um carro que quebrou. Por causa da natureza orgâ nica e pactual
do casamento, o problema nunca está “lá , com ela ”, mas aqui “conosco ”
. E quem é o porta-voz de “nó s”, o porta-voz desta famı́lia em particular
diante de Deus? O marido é , e ele deve aprender a importâ ncia de tal
con issã o corporativa. Se o nome dele for Jay Smith, ele deve aprender a
confessar os pecados dos Smiths e deve fazê -lo como representante do
convê nio daquela famı́lia.
Terceiro, quando ele aprender a assumir total responsabilidade
diante de Deus pela condiçã o espiritual da famı́lia (e nã o antes disso) e
as rami icaçõ es desta liçã o tiverem se estabelecido em sua medula, o
marido deve sentar-se e conversar com sua esposa. . Nessa palestra, ele
deve assumir a total responsabilidade pelo modo como as coisas sã o. As
chances sã o de que ele já a culpou muitas vezes, tanto em seu coraçã o
quanto em voz alta, e isso nã o deve ser uma versã o hipó crita da mesma
coisa. Embora reconhecendo a realidade de sua negligê ncia e culpa
individual perante o Senhor, sua fala nã o deve ser acusadora. Depois de
reconhecer sua responsabilidade e suas falhas em exercê -la
adequadamente, ele deve deixar claro quais sã o suas expectativas para
ela no futuro. Ele també m deve deixar claro sua total falta de vontade
de intervir para fazer por ela o que ela negligenciou ou de tolerar um
lapso na velha maneira de fazer as coisas.
Quarto, suas expectativas de mudança nã o devem ser exaustivas, mas
sim representativas. Ele deve querer resolver o problema em princı́pio,
nã o in toto . O propó sito desta discussã o nã o é apresentar uma lista de
queixas de vinte anos - o amor nã o manté m um registro de erros - mas
sim ajudá -la a aprender a cumprir seu dever e conduzi-la enquanto ela
aprende o que é , para ela , uma liçã o difı́cil. Ela pode aprender sobre um
problema representativo. Ela icaria sobrecarregada com a exigê ncia de
mudar em todos os lugares, de uma só vez. Se, por exemplo, o problema
for de má limpeza domé stica, ele deve exigir algo muito simples, ou
seja, que a louça seja lavada apó s cada refeiçã o, antes de qualquer outra
coisa ser feita.
Na primeira vez que a louça nã o estiver lavada, ele deve sentar-se
imediatamente com a esposa e gentilmente lembrá -la de que isso é algo
que precisa ser feito. Em nenhum momento ele pode perder a
paciê ncia, importuná -la, xingá -la, etc. Ele deve constantemente lembrar
e confessar que ela nã o é o problema, ele é . Ao trazer isso gentilmente à
atençã o dela, ele nã o deve apontar principalmente para a necessidade
dela de se arrepender; ao contrá rio, ele está exibindo o fruto de seu
arrependimento.
Ele faz isso, sem rancor e sem espı́rito acusató rio, até que ela cede ou
se rebela. Se ela obedecer, ele deve subir um degrau, exigindo agora que
outro de seus deveres seja cumprido. Se ela continuar a se rebelar apó s
paciente esforço, ele deve em algum momento chamar os presbı́teros
da igreja e pedir-lhes uma visita pastoral. Quando o governo do lar
falhou a tal ponto e uma tentativa piedosa e consistente do marido de
restaurar a situaçã o falhou, entã o o envolvimento dos presbı́teros é
totalmente apropriado.
SEÇÃO DOIS
Marido federal contra si mesmo
Vendo a parte de trás da sua cabeça
A Palavra de Deus nos é dada para que possamos ver a nó s
mesmos. Quando examinamos nosso pró prio coraçã o, há muito que nã o
podemos ver. E por isso que a introspecçã o nã o é o caminho para o
autoconhecimento, mas para a confusã o. O estudo da Palavra de Deus é
a ú nica maneira adequada de chegar a uma compreensã o adequada de
nó s mesmos. E para nos vermos adequadamente, sempre temos que
segurar o espelho da Palavra – “Porque, se algué m é ouvinte da palavra
e nã o cumpridor, é semelhante a um homem que contempla no espelho
o seu rosto natural; pois ele observa a si mesmo, vai embora e
imediatamente esquece que tipo de homem ele era” (Tiago 1:23).
Quando levantamos as Escrituras dessa maneira, Deus nos capacita a
ver coisas que normalmente nã o vemos — isto é , a parte de trá s de
nossa pró pria cabeça espiritual. Em particular, os maridos podem
começar a ver suas responsabilidades de inidas nas escrituras, bem
como alguns dos pecados comuns que os maridos freqü entemente
cometem.
As Escrituras à s vezes nos ensinam de maneira improvisada. Quando
Paulo exige que os maridos amem suas esposas como Cristo amou a
Igreja, ele nã o está exatamente fazendo uma observaçã o indireta. Mas
as Escrituras freqü entemente ensinam por meio das suposiçõ es que sã o
claramente feitas em uma passagem que se refere principalmente a
outra coisa.
Um exemplo disso pode ser encontrado em Exodo 21:10 em uma lei
que regula e restringe a poligamia: “Se ele tomar outra esposa, nã o
diminuirá sua comida, sua roupa e seus direitos matrimoniais”. Ou seja,
nesta situaçã o, o marido só podia casar com uma segunda mulher se
nã o cessasse certos deveres conjugais fundamentais em relaçã o à
primeira mulher. Esses deveres conjugais eram, respectivamente,
relaçõ es conjugais, provisã o de roupas e provisã o de alimentos.
A Bı́blia é a Palavra de Deus, mas deve-se admitir que as palavras
espirituais das Escrituras freqü entemente tomam um rumo muito mais
mundano do que poderı́amos esperar. Nã o devemos icar tã o surpresos
ao encontrar o autor de Prové rbios, por exemplo, exortando-nos a
trocar o ó leo a cada trê s mil milhas ou a fazer o rodı́zio dos pneus.
Somos tentados a pensar que essas coisas nã o sã o realmente nobres o
su iciente para as Escrituras, porque somos mais gnó sticos do que
cristã os em nosso pensamento. O entendimento bı́blico é que a terra é
do Senhor e tudo que nela existe. A visã o gnó stica é que as coisas
espirituais estã o sempre “em alta” e fora de alcance, ou “dentro” e fora
de alcance. O que importa enfaticamente não é o que acontece aqui e
agora. O requisito bı́blico é bem diferente disso.
Considere os requisitos da lei acima. Um homem tem uma
responsabilidade bá sica diante de Deus de fazer amor com sua esposa
regularmente, manter seus armá rios cheios e fazer o mesmo com seu
armá rio. Este nã o é exatamente o violino “ame-a para sempre e um dia”
que esperamos de alguns seminá rios de romance cristã o como base
para o casamento.
Agora, alguns podem argumentar que isso negligencia o fato de que
estamos discutindo um requisito de uma lei que trata da poligamia.
Assim é , mas devemos argumentar a fortiori a partir disso. Se um
polígamo foi exigido por Deus para fazer essas coisas para sua primeira
esposa, quanto mais um monogâ mico deve cumprir o mesmo padrã o?
Nã o queremos nos encontrar na posiçã o de argumentar que agora na
era cristã , com a monogamia estabelecida como norma para o povo de
Deus (1 Tm 3:2; Ef 5:25), Deus tem em Sua in inita sabedoria nos
restringiu a uma mulher para que pudé ssemos aprender a tratá -la pior
do que era exigido pela Antiga Aliança.
Um homem deve amar sua esposa como Cristo amou a igreja. Mas
isso nã o se refere a nenhuma expectativa divina de que enviemos
nossas emoçõ es de asa-delta. Refere-se a uma provisã o e icaz e muito
mundana . Essa provisã o deve ser o que Deus requer, e devemos supri-
la da maneira que Deus requer. Um homem pode efetivamente se
afastar da fé por deixar de fazê -lo - “Mas, se algué m nã o tem cuidado
dos seus e principalmente dos da sua famı́lia, tem negado a fé e é pior
do que um descrente” (1 Timó teo . 5:8).
O dever das relaçõ es sexuais contı́nuas é claramente apresentado por
Paulo quando diz: “O marido dê à sua mulher o que lhe é devido, e da
mesma forma a mulher ao seu marido” (1 Cor 7:3). Os tipos liberais
modernos gostam de farejar isso, como se fazer das relaçõ es sexuais um
dever de alguma forma removesse o romance, a excitaçã o, a Chama
Original. O que supostamente nos levará até o im de nossas vidinhas
luxuriosas é aquela coisa de combustã o espontâ nea entre homem e
mulher, como naqueles ilmes que fazem hoje em dia para respiradores
pesados. Mas qualquer pastor que sabe como é aconselhar um casal
que nã o consegue mais se tocar, sabe que ajuda falsa é essa doutrina do
romance espontâ neo. E nossa geraçã o, crivada como está com o
divó rcio, deveria ser um pouco mais humilde ao dar conselhos sobre
satisfaçã o sexual de longo prazo.
Os homens també m precisam aprender a abnegar ao sustentar suas
esposas de maneira nã o sexual. A piada de que a diferença entre
homens e meninos é o preço de seus brinquedos conté m mais verdade
do que é bom para nó s. Muitos homens nunca negaram a si mesmos
brinquedos (armas, barcos, bicicletas sujas, equipamentos de pesca,
etc.), e ainda assim suas esposas tê m que se esforçar para pô r a mesa
ou se vestir. Quando este é o caso, tais homens estã o aqué m do padrã o
de Deus.
Os homens cristã os devem cuidar para que esses deveres
fundamentais sejam cumpridos. Isso nã o pode ser feito “deixando” que
ela arrume um emprego para que ela possa ajudar a sustentar. Muitas
desculpas sã o dadas em nossa era gananciosa e descontente (“Hoje em
dia sã o necessá rios dois contracheques”), o que nos permitirá enviar as
esposas para ajudar a se sustentarem. Mas se um homem nã o é capaz
de prover comida e roupas para sua esposa, entã o ele está biblicamente
desquali icado para ser um marido. Ele nã o tem o direito de se casar.
Em uma é poca em que muitas mulheres sã o mais quali icadas para se
casar do que muitos homens, nã o é de surpreender que a confusã o de
gê nero seja desenfreada.
Mas a mordomia bı́blica das inanças nunca é cumprida atravé s da
distribuiçã o de dinheiro. Um importante corolá rio deve estar ligado a
tudo isso. Se um homem tem uma esposa que nã o é tã o responsá vel
quanto deveria ser na compra de alimentos e roupas, ele é responsá vel
por supervisionar seus negó cios inanceiros. Um homem pode ser um
pobre provedor tanto por abundâ ncia impensada quanto por falta de
provisã o. Mas se ele serve a Deus com ambas as mã os, entã o seu
trabalho é recebido como adoraçã o espiritual, boa e aceitá vel. Ele faz
isso ao atender à s necessidades dela em todas as trê s á reas. Quando
essas responsabilidades sã o negligenciadas, certos pecados comuns
voltam a ocorrer. Um pecado ó bvio é o de se recusar a assumir a
responsabilidade. Como já vimos, o homem é o cabeça da mulher (1
Cor. 11:3). Sua ú nica opçã o, portanto, é se ele aceitará isso ou se
recusará a encarar o fato. Muitos homens cristã os se recusam, e isso
transparece em seus casamentos.
Relacionada a isso está a recusa em ser masculino. Em 1 Corı́ntios
16:13, Paulo exorta os corı́ntios a serem corajosos em sua santi icaçã o.
A palavra que ele usa signi ica literalmente agir como homem .
Especialmente na arena do casamento, os homens precisam aprender a
ser homens.
Outro pecado é o da in idelidade mental. As palavras de Jesus sã o
bem conhecidas: “Eu, poré m, vos digo que qualquer que olhar para uma
mulher para a cobiçar, já em seu coraçã o cometeu adulté rio com ela”
(Mt. 5:28). Isso inclui, mas nã o está limitado a, luxú ria provocada por
revistas, colegas de trabalho, ilhas e esposas de amigos, imagens da
Internet, ilmes, mú sicas, devaneios ou qualquer outra coisa que você
possa imaginar.
Alguns maridos sã o culpados de amargura severa. Paulo se esforça
para dizer aos maridos que o amor inclui a recusa de se amargurar com
o comportamento de suas esposas (Colossenses 3:19). Outros homens
optam pelo pecado antiquado de ser um cabeça-dura. Para nã o
exagerar, as mulheres sã o seres complicados. E por isso que Pedro exige
que os maridos tratem suas esposas de acordo com o conhecimento (1
Pedro 3:7). A Palavra de Deus nã o permite que um homem falhe neste
curso. Os homens devem estudar suas esposas e devem fazê -lo de
acordo com o que Deus revelou em Sua Palavra.
Trate-a como uma dama
Por mais difı́cil que seja o conceito para os homens entenderem, a
fraqueza feminina nã o é uma fraqueza. Nenhuma mulher deve ser
avaliada separadamente de seu desı́gnio de criaçã o ou propó sito
divinamente designado. Nem deve qualquer homem. Deus fez cada um
de nó s, homem e mulher, para um chamado especı́ ico e nos equipou
para esse chamado. Como o chamado varia, o mesmo acontece com o
equipamento.
Como uma das forças masculinas é a simplicidade, os homens
tendem a avaliar todas as coisas de acordo com o tipo de crité rio
( ixado em suas mentes em algum momento do ensino fundamental)
melhor ilustrado por competiçõ es de queda de braço ou uma corrida. A
vida é simples - mais forte e mais rá pido é melhor. E como a vida
també m é uma competiçã o, todos sã o medidos pelo fato de estarem ou
nã o “ganhando”. Infelizmente, mais do que algumas mulheres tolas
foram sugadas por essa mentalidade. E, ironicamente, chamamos essa
tentativa de algumas mulheres de serem mais parecidas com os
homens de “feminismo”, o que é mais do que um pouco como chamar de
felinismo uma tentativa dos gatos de serem como os cães .
Quando essas tentativas nã o funcionam, o que nã o aconteceu, nos
desviamos para outra direçã o. Portanto, nossa era igualitá ria está
insistindo atualmente, por algum motivo, que agora aprendamos a
respeitar a “diversidade”, mas nã o pode dar nenhuma razã o coerente,
dadas suas premissas relativistas, por que devemos fazê -lo. Sem
con iança no desı́gnio da criaçã o de Deus, nã o temos motivos para
respeitar nada, muito menos a diversidade. A feminista moderna
reclama que todos nó s deverı́amos respeitar seus distintivos depois de
suas tentativas de dé cadas de eliminá -los, suas repetidas tentativas de
competir com os homens em seus pró prios termos, bem como suas
derrotas ruins em muitas dessas tentativas. Uma resposta pode ser que
respeitaremos suas caracterı́sticas quando ela o izer. Faremos uma
reverê ncia quando ela aprender a fazer reverê ncias.
Mas tal atitude é apropriada apenas para aquelas mulheres que
abandonaram a orientaçã o domé stica em troca do grande privilé gio
moderno de largar as crianças na creche. A mulher biblicamente sá bia
ri de tais tentativas de virar as mulheres do avesso. A posiçã o de uma
mulher é honrada e respeitada nas Escrituras e deve ser honrada
també m por todos os cristã os. O quinto mandamento exige que os
ilhos honrem os pais. A responsabilidade do pai é fazer com que este
mandamento geral seja honrado em suas aplicaçõ es particulares. Uma
das aplicaçõ es mais importantes é a de homenagear a mã e da casa.
E claro que os ilhos devem honrar o pai e a mã e. Este é um
mandamento com promessa; os pais que se preocupam com os ilhos
insistirã o para que os ilhos aprendam a guardar esse mandamento
(Efé sios 6:1–4). Isso nã o é feito porque os pais estã o em busca de poder,
mas porque estã o buscando a bê nçã o de Deus para seus ilhos. Uma
parte importante do ensino desta liçã o — principalmente aos ilhos —
é o respeito e a honra que o marido demonstra à esposa na presença
dos ilhos. Inescapavelmente, as crianças aprendem pelo exemplo dado
por seus pais. Podemos dar-lhes um bom exemplo ou um mau exemplo,
mas nunca temos a opçã o de dar “nenhum exemplo”.
O marido nunca deve falar com a esposa como se ela fosse um dos
ilhos. Uma atitude condescendente está completamente fora de lugar.
Ele també m nã o deve sabotar as decisõ es dela na frente das crianças,
disputar com ela ou rebaixá -la de alguma forma. Se a discussã o de um
desentendimento for absolutamente necessá ria, ela deve ocorrer longe
das crianças. O pai deve insistir para que os pais apresentem
constantemente uma frente unida aos ilhos. Estou exagerando para
ins didá ticos, mas por volta dos dezesseis anos, as crianças devem
perceber que seus pais sã o na verdade duas pessoas.
O pai deve assumir a liderança em gratidã o. Ele deve liderar a famı́lia
ao elogiá -la por suas refeiçõ es, por sua aparê ncia e pelo trabalho que
ela faz para manter a casa funcionando bem. Ele deve dizer “obrigado”
vá rias vezes ao dia e deve insistir para que seus ilhos aprendam a
seguir seu exemplo.
Um homem deve insistir para que seus ilhos honrem aqueles a quem
ele honra, e o primeiro desta lista deve ser sua esposa e mã e. Ainda me
lembro de quando eu era criança, meu pai expô s trê s pecados capitais
que nó s, como crianças, poderı́amos cometer — eles eram “mentir,
desobedecer e desrespeitar sua mã e”, respectivamente. Agora honra
signi ica muito mais do que a mera ausê ncia de desrespeito, mas alguns
dos melhores momentos de ensino sobre o dever de honrar a mã e vê m
nos pontos de disciplina por desrespeitá -la.
Como será desenvolvido em um capı́tulo posterior, um homem deve
ensinar a seus ilhos a beleza da gravidez. Nossa geraçã o tem um ó dio
patoló gico ao ú tero, como evidenciado pela imbecilidade de nossa
cultura do aborto em relaçã o à s crianças. O entendimento alternativo
deveria ser estabelecido em lares cristã os onde um homem honra sua
esposa com um ilho, seus seios cheios de graça levemente disfarçados
de leite. Quando uma mulher “tem um ilho”, o esplendor de sua tez
dado a ela pelo Senhor deve ser notado e elogiado por seu marido. Seu
marido deve honrar sua fecundidade. Quando um homem honra sua
esposa em todos esses aspectos, e em muitos outros nã o mencionados,
ele está realmente fazendo duas coisas. Ele está ensinando a seus ilhos
o respeito pela mã e e, alé m disso, está incutindo neles um grande
respeito pela outra metade do mandamento. Eles aprendem a respeitá -
lo. Ele faz isso dando, nã o exigindo. Ele faz isso servindo, nã o apegando.
Um homem que insiste em respeitar e honrar sua esposa é claramente
um homem honrado. Um homem raramente ica mais alto do que
quando representa uma dama.
Tal respeito pelas mulheres nã o é uma capitulaçã o ao feminismo, mas
sim o ú nico antı́doto contra ele. A falta de discernimento nos cı́rculos
cristã os sobre a verdadeira natureza do feminismo é atualmente uma
pandemia. Como resultado, certas respostas “masculinistas” ao
feminismo, que apenas re letem essa confusã o, nos sã o oferecidas.
Reações Masculinistas
Quase o ú nico ataque contra nó s que somos capazes de entender é
o ataque aberto com um machado de carne. Se uma organizaçã o fosse
formada dedicada à “aboliçã o do casamento como o conhecemos e à
execuçã o de todos os homens disponı́veis”, os cristã os com “valores
tradicionais” veriam o perigo, se mobilizariam e lutariam, à s vezes com
e icá cia.
Mas mesmo assim, cerca de dez anos depois, muitos cristã os
adotaram silenciosamente a premissa central de seus inimigos e
começaram a vender essa nova inovaçã o como “exatamente o que a
igreja hoje precisa” se quisermos ser “relevantes” e comunicar o
evangelho “efetivamente em o mundo moderno”. O compromisso e a
capitulaçã o desnecessá ria seriam gritados como se fossem uma vitó ria.
Para baixo seria comercializado como se fosse para cima . A busca pela
relevâ ncia garantiria que as preocupaçõ es com a verdade fossem
discretamente abandonadas.
O feminismo é um ensinamento muito perigoso, mas parte de seu
perigo pode ser visto em sua versatilidade e sutileza. E por isso que
uma adoçã o silenciosa do feminismo está acontecendo em dois tipos
diferentes de respostas masculinistas ao feminismo. Um é tipi icado
pela abordagem do Promise Keeper para a renovaçã o masculina. Mas
també m está acontecendo na reaçã o centrada no lar “neo-Amish” à
modernidade. Cada movimento, à sua maneira, fez as pazes secretas
com o feminismo e está silenciosamente avançando no cerne da agenda
feminista. Isso nã o está sendo feito consciente ou abertamente, mas
está claramente acontecendo.
A premissa central, adotada por ambos os movimentos, é que a
perspectiva feminina, seja ela qual for, é normativa. No lado esquerdo
do mainstream evangé lico, isso acontece quando os homens sã o
ensinados a se relacionar com outros homens da mesma forma que as
mulheres se relacionam umas com as outras. Este é um problema
comum com a abordagem Promise Keeper para a inculcaçã o da
masculinidade. Os homens se reú nem em pequenos grupos para
aprender como se relacionar uns com os outros em um nı́vel mais
ı́ntimo. Em outras palavras, eles se reú nem para aprender a se
relacionar como as mulheres se relacionam. A masculinidade “real” é
descrita como sendo sensı́vel, aberta, receptiva, ı́ntima, atenciosa e tudo
o mais. (A ú nica coisa que falta sã o os implantes mamá rios.)
Isso ocorre porque os homens que foram masculinos e ı́mpios sã o
levados a confundir os dois e abandonar a masculinidade para se
tornarem mais piedosos. Mas quando um homem peca, ele peca como
um homem. A soluçã o é lidar com o pecado e nã o com a parte “como
homem”. A resposta ao pecado masculino nã o deve ser efeminado, mas
sim uma abordagem masculina à piedade.
Mas sempre há uma vala em ambos os lados da estrada. Na direita
reacioná ria, na reaçã o tradicionalista à modernidade, podemos ver o
mesmo padrã o. A perspectiva da mulher sobre o lar e a famı́lia é aceita
como normativa e obrigató ria para todos os membros da famı́lia. Como
ela é centrada em casa, todos os outros també m devem ser. Quando as
mulheres pensavam que seu lugar era no local de trabalho, elas iam
embora, e muitos homens submissamente concordavam com o
experimento. Agora, muitas mulheres decidiram que o local de trabalho
nã o é para elas (incluindo nã o poucas feministas seculares estridentes),
entã o decidiram voltar para casa. Mas entre muitos cristã os
tradicionalistas, as mulheres decidiram que os homens devem
acompanhá -las. Muitos homens o izeram, submetendo-se
humildemente mais uma vez. Mas como os homens adotam a visã o
centrada no lar que Deus planejou apenas para as esposas, eles de fato
traı́ram suas esposas.
O problema, como sempre, é a abdicaçã o masculina. No vá cuo muito
comum da liderança, certos livros que apresentam esse paraı́so
centrado no lar sã o frequentemente distribuı́dos de mulher para
mulher, e entã o as esposas descontentes incitam seus maridos a “voltar
para casa”. Na prá tica, isso se concretiza no ensino de que o homem
deve trabalhar em casa, ou fora de casa, e que só é legı́timo o “negó cio
de famı́lia”. Um homem que sai de carro e passa o dia no escritó rio é
tido como transigente com o espı́rito da é poca.
Agora, é importante enfatizar que nã o há problema com os homens
que trabalham em uma loja em sua casa ou com os homens que
cultivam o terreno pró ximo à casa. O problema nã o está no que os
homens fazem; o problema está no porquê . Se um homem trabalha em
uma empresa familiar porque é algo que ele acredita que Deus o
chamou para fazer, entã o muito bem. Mas se ele acredita que tal
trabalho centralizado no lar é biblicamente obrigatório , entã o ele
perdeu o ensino das Escrituras. E claro que, da mesma forma, se um
homem vai para o escritó rio simplesmente porque foi instruı́do pela
modernidade a fazê -lo, ele també m nã o está conformando seu trabalho
com o padrã o das Escrituras.
Somente o ensino bı́blico é normativo. A perspectiva masculina nã o é
normativa para o casamento e a famı́lia, nem a feminina. Nem o
tradicionalismo nem a modernidade tê m autoridade; somente os
mandamentos de Deus tê m isso. Deus criou homens e mulheres com
orientaçõ es diferentes, e Ele é o ú nico com autoridade para fazer as
designaçõ es. A orientaçã o atribuı́da à mulher é voltada para o lar.
Espera-se que o marido conduza sua esposa nessa orientaçã o e apoie-a
enquanto ela o apó ia. Mas como ele a ama, ele nã o deve compartilhar
sua orientaçã o.
No ensino da Bı́blia, vemos muitos exemplos de vocaçõ es que sã o
lı́citas e que levam o homem para fora e para longe de casa. Isso é visto
inicialmente na ordenança da criaçã o e no comentá rio do apó stolo
Paulo sobre ela. Adã o foi criado para cuidar do jardim e exercer
domı́nio sobre a terra. Eva foi criada para ajudá -lo a fazer isso. Em
outras palavras, a criaçã o dela estava subordinada à dele, e sua tarefa
divinamente designada era ajudá -lo a cumprir sua missã o. Para fazer
isso, as mulheres sã o instruı́das a serem “discretas, castas, donas de
casa, boas, obedientes a seus pró prios maridos, para que a palavra de
Deus nã o seja blasfemada” (Tito 2:5). Ela faz isso porque foi criada para
ele e nã o o contrá rio – “Nem o homem foi criado para a mulher, mas a
mulher para o homem” (1 Corı́ntios 11:9).
Numerosas vocaçõ es legı́timas nã o podem ser centradas no lar. No
entanto, os homens empregados em tais chamados precisam de um lar
para que possam servir a Deus com e iciê ncia. Por exemplo, Corné lio
era um soldado (Atos 10:1–2) e um homem devoto e santo. Erasto era
um tesoureiro da cidade (Romanos 16:23) e um irmã o cristã o. Ele
provavelmente nã o tinha um computador pessoal para poder fazer seu
trabalho em casa. A mulher excelente de Prové rbios 31 é a
administradora do lar; ela nã o teme a neve para sua casa (v. 21). Isso
nã o aconteceria se o marido estivesse em casa, supervisionando seu
trabalho, ou acompanhando-a ao supermercado, dizendo-lhe que lata
de feijã o comprar. Ele está onde deveria estar, longe de casa, sentado à s
portas com os anciã os da cidade (v. 23).
Novamente, isso nã o é dirigido a homens que podem ter um
escritó rio em casa ou que podem compartilhar o trabalho de educaçã o
domé stica. Existem muitas boas razõ es prá ticas pelas quais uma
determinada empresa familiar pode e deve operar fora de casa com
sucesso. Mas aqueles homens que aceitaram a visã o centrada no lar
para os homens como um requisito bíblico necessário merecem a
repreensã o mais forte - nã o por causa de sua masculinidade
tradicionalista, mas apenas pelo problema oposto da abdicaçã o
efeminada.
E claro que nunca devemos elogiar aqueles homens que passam
tanto tempo fora de casa que dã o aos ilhos uma mã e e nenhum pai.
Mas a reaçã o nã o é soluçã o alguma. També m nã o devemos elogiar
aqueles homens que vã o para casa tentar dar duas mã es a seus ilhos.
Isso é nada menos que a versã o tradicionalista limpa de Heather e suas
duas mamã es.
O problema é muito maior do que um simples erro. Os erros aqui
estã o envolvidos em tantas confusõ es que, exceto por uma notá vel
intervençã o da graça de Deus, o lar cristã o em nossa naçã o cairá sem
possibilidade de recuperaçã o. O que se autodenomina “masculino” hoje,
nã o é . E o que hoje se chama de recuperaçã o masculina, nã o é . Suponha
que as senhoras começassem a recuperar sua feminilidade mascando
tabaco?
Signos Masculinos
Estamos acostumados à nossa crença relativista e andró gina de
que as exibiçõ es culturais de masculinidade e feminilidade sã o
in initamente lexı́veis. Como todas as falsidades, isso se torna mais
plausı́vel pela medida de verdade que possui. Certos distintivos entre os
sexos são culturalmente relativos, mas é um non sequitur raciocinar que
todos os distintivos caem na mesma categoria.
A noçã o de “masculinidade” é facilmente ridicularizada e,
conseqü entemente, defendida apenas com di iculdade. O propó sito
desta seçã o é discutir as armadilhas externas da masculinidade com
trê s á reas de discussã o: roupas, cabelos e joias. Vivemos em uma
cultura andró gina, e o mundo ao nosso redor está trabalhando
arduamente para nos fazer borrar todas as distinçõ es entre os sexos
que pudermos. A tarefa do marido e pai cristã o é evitar que essas coisas
se confundam em seu pró prio modo de vida e ensinar bem a sua
famı́lia.
Vestuário : Devemos ixar em nossas mentes que nã o há neutralidade
em parte alguma . O relativismo é perigoso em todas as suas formas.
Isso vale para nossas roupas e vai muito alé m de coisas simples como
modé stia. A visã o moderna da roupa é que vale tudo, desde que haja
um swoosh em algum lugar.
Mas a maneira como um homem se veste pode indicar sua condiçã o
espiritual – “E disse Jacó à sua famı́lia e a todos os que estavam com ele:
‘Afastai-vos dos deuses estrangeiros que há no meio de vó s, puri icai-
vos e mudai as vossas vestes’” ( Gên . 35:2). Um exemplo mais drá stico
pode ser visto com Legiã o: “E, quando ele pisou na terra, encontrou-se
com ele um certo homem da cidade que tinha demô nios por muito
tempo. E não se vestia , nem habitava em casa, senã o nos sepulcros”
(Lucas 8:27).
Nã o é de surpreender que nossa salvaçã o seja retratada em termos
de roupas: “Acorda, desperta! Vista-se de sua força, ó Siã o; veste-te com
as tuas vestes formosas , ó Jerusalé m, cidade santa! Pois o incircunciso e
o imundo nã o virã o mais a você ” (Is. 52:1). Alguns capı́tulos adiante,
Isaı́as reitera o ponto: “Para consolar os que choram em Siã o, para dar-
lhes ornamento em vez de cinza, ó leo de gozo em vez de tristeza, veste
de louvor em vez de espı́rito angustiado; a im de que se chamem
á rvores de justiça, plantaçã o do Senhor, para que Ele seja glori icado”
(Is 61:3).
Em incontá veis lugares, as Escrituras se referem a homens re letindo
sua tristeza e pesar atravé s de suas roupas: “Entã o Jacó rasgou as suas
vestes, pô s saco sobre os seus lombos, e chorou por seu ilho muitos
dias” (Gê nesis 37:34). As vezes isso era feito publicamente, e à s vezes
era simplesmente diante do Senhor: “E aconteceu que, ouvindo o rei as
palavras da mulher, rasgou as suas vestes; e, passando ele pelo muro, o
povo olhava, e por baixo trazia sobre o corpo um pano de saco ” (2 Reis
6:30).
Por outro lado, as roupas sã o usadas para re letir a libertaçã o do luto:
“Entã o Davi se levantou da terra, lavou-se, ungiu-se e mudou de roupa ;
e ele entrou na casa do Senhor e adorou. Entã o ele foi para sua pró pria
casa; e quando ele pediu, eles puseram comida diante dele, e ele
comeu” (2 Sam. 12:20).
Numa ocasiã o festiva, como um casamento, a roupa é importante:
“Mas, quando o rei entrou para ver os convidados, viu ali um homem
que nã o trajava veste nupcial . Disse-lhe entã o: 'Amigo, como entraste
aqui sem o traje nupcial ?' E ele icou mudo” (Mt. 22:11–12). Isaı́as
entendeu a diferença entre roupas de festa e jeans — “a vestimenta
festiva e os mantos; as vestes exteriores, as bolsas” (Is. 3:22). O
Pregador de Eclesiastes entendeu o mesmo: “Seja sempre alva a tua
veste , e nã o falte ó leo na tua cabeça” (Eclesiastes 9:8).
A roupa revela o status social: “Ela se despirá das roupas de seu
cativeiro , permanecerá em sua casa e lamentará seu pai e sua mã e por
um mê s inteiro; depois poderá s ter com ela e ser seu marido, e ela será
tua mulher” (Deuteronô mio 21:13).
Quando Tamar enganou seu sogro, ela o fez em parte por meio de
suas roupas: “Entã o ela tirou as vestes de sua viúva , cobriu-se com um
vé u e envolveu-se, e sentou-se em um lugar aberto que estava no
caminho para Timnah; pois ela viu que Selá havia crescido, e ela nã o foi
dada a ele como esposa. ... Entã o ela se levantou e foi, tirou o vé u e
vestiu as vestes de sua viuvez ”(Gê nesis 38:14, 19) .
Muitas vezes nã o vemos quantas incursõ es o relativismo fez em
nosso pensamento. Este é particularmente o caso em qualquer
julgamento esté tico. Mas a Bı́blia faz esse tipo de julgamento esté tico o
tempo todo. Considere o exemplo de Abigail. Quando as Escrituras
a irmam que ela era uma mulher bonita e inteligente, isso signi ica que
existe beleza nas mulheres. Isso pode parecer uma observaçã o de
“senso comum”, mas considere como nossa cultura resiste
desesperadamente à noçã o de qualidade objetiva em qualquer coisa
que envolva beleza.
Mas a neutralidade esté tica nã o existe - nem mesmo em nossos
guarda-roupas - "Entã o Rebeca pegou as roupas de seu ilho mais velho,
Esaú , que estavam com ela em casa, e as vestiu com Jacó , seu ilho mais
novo" (Gn 27:15). . Ezequiel diz: “Estes eram os teus mercadores de
artigos escolhidos – em roupas de púrpura , em vestidos bordados , em
baú s de roupas multicoloridas, em cordõ es de tecido resistente, que
estavam em seu mercado” (Ezequiel 27:24). Quando Acã caiu no pecado
da cobiça, parte da tentaçã o era uma vestimenta: “Quando vi entre os
despojos uma bela vestimenta babilônica , duzentos siclos de prata e
uma cunha de ouro pesando cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os. . E
ali estã o eles, escondidos na terra, no meio da minha tenda, com a prata
debaixo dela” (Josué 7:21). E vemos que Noemi deu um bom conselho a
Rute: “Portanto, lave-se e unja-se, vista a sua melhor roupa e desça à
eira; mas nã o te dê s a conhecer ao homem até que ele tenha acabado de
comer e beber” (Rute 3:3).
Dada essa estrutura, podemos entender as advertê ncias das
escrituras com relaçã o à s roupas. Por exemplo, nã o devemos fazer
julgamentos super iciais – “Porque, se entrar na vossa assembleia
algum homem com ané is de ouro, em traje ino , e també m entrar algum
pobre em trajes imundos , e prestardes atençã o ao que usa as roupas
inas e diga-lhe: 'Sente-se aqui em um bom lugar', e diga ao pobre: 'Você
ica aı́' ou 'Sente-se aqui no escabelo de meus pé s' ”(Tiago 2: 2–3) . E o
fato das diferenças qualitativas de valor que apresentam essa tentaçã o
em primeiro lugar.
Mas a qualidade, de acordo com as Escrituras, també m pode ser
levada ao extremo. Por exemplo, Jesus rejeitou roupas luxuosas: “Mas o
que você saiu para ver? Um homem vestido com roupas macias ? Na
verdade, os que se vestem com roupas suaves estã o nas casas dos reis”
(Mt. 11:8). Herodes nã o se comparava bem com a aparê ncia masculina
de Joã o Batista. E, claro, enfeitar-se está fora de questã o: “Mas todas as
suas obras eles fazem para serem vistos pelos homens. Alargam os seus
ilacté rios e alargam as orlas das suas vestes” (Mt. 23:5).
Em nada disso podemos esquecer que Deus supre todas as nossas
necessidades. Devemos con iar em Deus para nossas roupas - "Agora, se
Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada
no forno, nã o vestirá muito mais a vocês , homens de pequena fé ?" (Mt.
6:30).
O objetivo desse acú mulo de passagens deve ser ó bvio: a roupa é
importante . A roupa re lete alegria ou tristeza, riqueza ou pobreza,
festividade ou atividade rotineira. Diante de tudo isso, nã o surpreende
que Deus proı́ba a androginia, ou confusã o dos sexos, na maneira como
nos vestimos.
A mulher nã o usará roupa de homem, nem o homem vestirá roupa
de mulher, porque todo aquele que faz isso é abominá vel ao Senhor teu
Deus. ( Deut. 22:5 )
A Bı́blia proı́be, na linguagem mais forte, o tipo de confusã o sexual
que resultaria em uma mulher vestindo roupas de homem ou um
homem vestindo roupas de mulher. Ser culpado de confusã o nesse
ponto é ser culpado de uma abominaçã o.
A menos que uma cultura esteja nas garras de uma rebeliã o
decadente, existem claras diferenças nas roupas. Assim como a
proibiçã o do roubo pressupõ e a propriedade privada e a proibiçã o do
adulté rio pressupõ e o casamento, essa condenaçã o do vestuá rio
andró gino pressupõ e que homens e mulheres se vestem de maneira
diferente. Este pressuposto re lete uma mentalidade que todos os
homens cristã os devem compartilhar e re letir na maneira como se
vestem.
E, claro, fazemos tudo isso, tendo em mente as exortaçõ es
indumentá rias de um dos nossos poetas contemporâ neos, que nos
lembra que “toda garota é louca por um homem bem vestido”.
Cabelo : A Bı́blia també m nos ensina mais do que talvez desejá ssemos
saber sobre o assunto cabelo e comprimento do cabelo. A passagem
que nos dá mais informaçõ es sobre o assunto é importante e merece
ser citada detalhadamente.
Agora eu vos louvo, irmã os, porque você s se lembram de mim em
todas as coisas e guardam as tradiçõ es assim como as transmiti a você s.
Mas quero que saibam que o cabeça de todo homem é Cristo, o cabeça
da mulher é o homem e o cabeça de Cristo é Deus. Todo homem que ora
ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra sua cabeça. Mas toda
mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a cabeça,
pois isso é o mesmo que se a cabeça fosse raspada. Pois, se a mulher
nã o estiver coberta, també m seja tosquiada. Mas se é vergonhoso para
uma mulher ser tosquiada ou barbeada, que ela se cubra. Pois um
homem de fato nã o deve cobrir a cabeça, pois ele é a imagem e a gló ria
de Deus; mas a mulher é a gló ria do homem. Pois o homem nã o é da
mulher, mas a mulher do homem. Nem o homem foi criado para a
mulher, mas a mulher para o homem. Por isso a mulher deve ter na
cabeça um sı́mbolo de autoridade, por causa dos anjos. No entanto, nem
o homem é independente da mulher, nem a mulher independente do
homem, no Senhor. Porque, assim como a mulher procedeu do homem,
assim també m o homem procedeu da mulher; mas todas as coisas sã o
de Deus. Julguem entre você s. E correto uma mulher orar a Deus com a
cabeça descoberta? A pró pria natureza nã o ensina a você que, se um
homem tem cabelo comprido, é uma desonra para ele? Mas se uma
mulher tem cabelo comprido, isso é uma gló ria para ela; pois seu cabelo
lhe foi dado como cobertura. Mas, se algué m quer ser contencioso, nó s
nã o temos tal costume, nem as igrejas de Deus. ( 1 Cor. 11:2–16 )
No versı́culo quatorze desta passagem, Paulo nos ensina que as
distinçõ es de comprimento de cabelo entre homens e mulheres sã o
naturais , nã o culturais. O fato de as mulheres terem cabelos compridos
faz parte da ordem da criaçã o de Deus, e os homens devem ter cabelos
curtos pela mesma razã o.
Alguns entenderam que esta passagem signi ica que as mulheres
devem usar vé us, mas isso nã o está em vista. Paulo diz que o cabelo da
mulher é dado a ela como um vé u natural (v. 15). Certamente, se uma
mulher com a cabeça raspada fosse convertida, ela deveria usar um vé u
até que seu cabelo crescesse.
"Bem, oh sim?" dizemos, discutindo com um apóstolo , “quanto tempo
é longo? Quã o curto é curto?” A resposta é realmente muito simples; a
pró pria natureza pode ensinar esta liçã o. Muitas vezes nos tornamos
quebradores de ló gica por nenhum outro motivo senã o que a Palavra de
Deus nos cruzou naquilo que queremos fazer. Quando vemos algué m na
rua, é possı́vel descrevê -lo como tendo cabelo comprido ou ela como
tendo cabelo curto? Claro. Quando damos descriçõ es de outras pessoas,
fazemos isso o tempo todo.
Longo e curto sã o termos comparativos. O cabelo nã o é comprido
comparado a uma longa viagem de quinhentas milhas. E longo em
comparaçã o com o cabelo curto. E Paulo exige que em tais comparaçõ es
os homens tenham cabelos curtos e as mulheres cabelos longos. Mas
alguns podem querer pressioná -lo, insistindo no tipo de có digo de
vestimenta que se pode encontrar em uma faculdade bı́blica
fundamentalista. “Cinco polegadas e mais curto é considerado curto.”
Mas a Bı́blia nã o exige que os homens tenham cabelo militar. Exige
que os homens tenham cabelos curtos em relaçã o à s mulheres. Em
particular, um homem deve ter cabelos mais curtos do que sua esposa .
A pró pria natureza ensina isso a quem usa a cabeça. Um homem pode
ter cabelos sobre as orelhas que sã o muito curtos em comparaçã o com
os cabelos de sua esposa nas costas. Esta passagem proı́be duas coisas:
a primeira é a inversã o de papé is no comprimento do cabelo com os
homens com cabelos longos e as mulheres com cabelos curtos; o
segundo é o desfoque andró gino, em que o comprimento do cabelo nã o
é mais relevante na distinçã o entre homens e mulheres.
Embora as mulheres devam ter cabelos compridos, há um sentido em
que os homens devem ser, bem, mais peludos. O pai da igreja primitiva,
Clemente de Alexandria, colocou isso de maneira estranha em algum
lugar, quando disse: “E, portanto, ı́mpio profanar o sı́mbolo da
masculinidade, a pilosidade”. Clemente estava em guerra com a prá tica
difundida na degenerada Roma da dipilaçã o, ou remoçã o dos pelos do
corpo. Ele estava em guerra com a desenfreada mania efeminada de sua
é poca e travou essa guerra com muito mais consistê ncia do que nó s.
Enquanto as mulheres tê m cabelos mais longos, que é a sua gló ria, os
homens foram presenteados com mais cabelos. Em particular, os
homens receberam barbas. Meu ponto aqui nã o é que seja pecado ou
errado de alguma forma estar barbeado, mas que a Bı́blia ensina que a
barba é um sinal de honra masculina. Em uma cultura como a nossa,
quando a androginia está na ordem do dia, nã o devemos nos
surpreender ao descobrir que as barbas estã o se tornando raras e a
depilaçã o corporal se torna comum. Sempre que os homens procuram
se parecer com as mulheres, uma barba estraga o efeito.
Quando os emissá rios de Davi foram insultados, o rei foi muito gentil
com eles: “E o rei disse: 'Esperem em Jericó até que suas barbas
cresçam e depois voltem'” (2 Sam. 10:4–5; cf. 1 Cr. 19:5). Raspar a barba
era um sinal de tristeza e angú stia - “Certos homens vieram de Siqué m,
de Siló e de Samaria, oitenta homens com suas barbas raspadas e suas
roupas rasgadas, tendo se cortado, com ofertas e incenso em suas mã os,
para trazei -os à casa do Senhor” (Jeremias 41:5). Esdras responde a
uma calamidade da mesma maneira: “Entã o, quando ouvi isso, rasguei
minha roupa e meu manto, arranquei alguns dos cabelos da minha
cabeça e da barba e sentei-me atô nito” (Esdras 9:3; cf. Is 15:2).
Barbas sã o altamente comentadas. A unidade dos santos é retratada
como ó leo precioso na barba – “E como o ó leo precioso sobre a cabeça,
escorrendo pela barba, a barba de Aarã o, escorrendo pela orla de suas
vestes” (Sl 133: 2).
Sabemos que o Senhor Jesus tinha barba, nã o por alguma descriçã o
do Novo Testamento, mas por uma das profecias de Isaı́as: “O Senhor
Deus abriu-me os ouvidos; e nã o fui rebelde, nem me afastei. Dei as
costas aos que me batiam e as faces aos que me arrancavam a barba” (Is
50: 5–6).
Tudo isso se encaixa com uma distinçã o que Deus exigia que os
israelitas mantivessem entre eles e os povos cananeus ao seu redor:
“Eles nã o farã o careca em suas cabeças, nem rasparã o as pontas de suas
barbas , nem farã o cortes em sua carne. ” (Lv 21:5); “Nã o rapará s os
lados da tua cabeça, nem des igurará s as pontas da tua barba” (Lv
19:27).
Isso faz parte do có digo de santidade que foi cumprido em Cristo
(Efé sios 2:14–15), entã o nã o dizemos que os homens cristã os devem ter
barba. Esta é uma questã o em que a liberdade cristã certamente deve
ditar. Ao mesmo tempo, devemos lembrar que Deus, em sua bondade,
deu aos homens a oportunidade de garantir que ningué m confunda seu
sexo, e que uma declaraçã o desse tipo é totalmente apropriada em uma
é poca como a nossa. Embora nã o seja necessá rio usar barba, é
necessá rio rejeitar a antipatia generalizada por barbas. Falando
biblicamente, a barba é um sinal de honra masculina.
Joias : O mesmo tipo de problema surge quando consideramos
questõ es de joias. O que devemos fazer com ané is de sobrancelha e
assim por diante? Geralmente, em questõ es como esta, os cristã os nã o
tê m nenhum problema em ir para o lado, mas geralmente o fazem com
base em algum valor tradicional. No entanto, a desintegraçã o da cultura
que vemos ao nosso redor deveria ter nos ensinado há muito tempo
que nossos valores tradicionais nada mais sã o do que uma cerca de
barro construı́da para resistir a um maremoto.
Muitas vezes, os homens cristã os simplesmente assumem que sua
antipatia pelo “brinco” está relacionada ao fato de serem extremamente
antiquados. Quando eles veem toda a cultura se movendo nessa
direçã o, eles nã o sentem como se tivessem qualquer base bı́blica para
dizer não . E se eles dissessem não , eles nã o sabem como justi icariam
isso biblicamente.
O que a Bı́blia nos ensina sobre as prá ticas muito comuns de piercing
e mutilaçã o corporal? Antes de abordar a instruçã o bı́blica, devemos
começar com certas verdades evidentes.
A mania atual de automutilaçã o e perfuraçã o é claramente uma
manifestaçã o de um impulso pagã o profundamente arraigado de se
rebelar contra Deus. Devemos garantir que concedemos aos incré dulos
a dignidade de nos explicar e demonstrar o que eles estã o fazendo. A
prá tica generalizada de modi icaçã o e mutilaçã o corporal é um
fenômeno religioso de primeira ordem de grandeza . Qualquer um que
a irma o contrá rio simplesmente nã o está ouvindo. A ironia é que
muitos imitadores de tais prá ticas que encontramos na igreja hoje estã o
simultaneamente insistindo em que prestemos muita atençã o ao que o
mundo está fazendo enquanto ignoramos o tempo todo o que o mundo
está dizendo que tudo isso signi ica. Os salõ es de piercing (uma
pequena indú stria cresceu em torno disso) irã o, por uma taxa, abrir um
buraco em seus lá bios, sobrancelhas, lı́ngua, nariz, mamilos, umbigo ou
genitá lia. E, no entanto, alguns cristã os persistem em dizer: “Mas você
nã o pode realmente dizer pelas Escrituras que tais coisas sã o
necessariamente pecaminosas”. O que seria necessá rio? Uma tatuagem
dizendo: “Eu amo o diabo”? Nossa situaçã o deve ser entendida como
uma manifestaçã o cultural de uma perda subjacente de fé e coerê ncia.
Homens e mulheres precisam pertencer . Se eles nã o tiverem e nã o
valorizarem a marca do batismo, acabarã o abrindo um buraco em si
mesmos e assumirã o a insı́gnia da servidã o rebelde. A rebeliã o contra
Deus envolve necessariamente escravidã o ao pecado, escravidã o à s
concupiscê ncias, escravidã o à loucura e escravidã o aos homens.
Nas Escrituras, perfurar claramente signi ica subordinaçã o: “Entã o o
seu senhor o levará aos juı́zes; ele també m o levará à porta, ou ao
umbral da porta; e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele
o servirá para sempre” (Exodo 21:6; cf. Deuteronô mio 15:17). Quando
um homem estava entrando na escravidã o, ele deveria ter sua orelha
furada. Alé m disso, uma forma particular de mutilaçã o corporal foi
expressamente proibida a Israel: “Nã o fareis cortes na vossa carne
pelos mortos, nem imprimireis qualquer marca sobre vó s: Eu sou o
Senhor” (Lv 19:28). Os sacerdotes de Baal serviam a seu deus dessa
maneira: “E clamavam em alta voz, e se cortavam à sua maneira com
facas e lancetas, até que o sangue jorrou sobre eles” (1 Reis 18:28). Em
Prové rbios 8, a sabedoria declara que todos os que a odeiam amam a
morte. Eles també m amam aquilo que conduz à morte — auto-aversã o,
conforme evidenciado por aquele anel atraente na lı́ngua.
Uma resposta simpló ria a tudo isso pode ser dizer: “Bem, há muitos
exemplos de homens usando brincos na Bı́blia”. Os homens israelitas
usavam brincos para fazer o bezerro de ouro (Exodo 32:1–4), os
ismaelitas usavam brincos (Juı́zes 8:24) e os homens em Israel podiam
furar as orelhas (Deuteronô mio 15:17). Negligenciado nisso está o fato
de que os homens israelitas em questã o haviam acabado de sair da
escravidã o ou estavam entrando nela. Piercing no corpo é uma marca
de escravidã o. Os ismaelitas nã o faziam parte de Israel e estavam aptos
para a escravidã o.
Outra resposta loquaz entre os cristã os pode ser: “Bem, eu nunca
levaria isso tão longe”. Mas isso nã o é pensar como um cristã o deveria.
Antes de perguntar quanto de algo devemos fazer, devemos primeiro
perguntar o que isso signi ica . Esta nossa prá tica é um ressurgimento
da mentalidade – uma mentalidade de escravo – que vemos condenada
na Bı́blia: “Fostes comprados por preço; nã o sejais servos dos homens”
(1 Corı́ntios 7:23).
E claro que isso provoca a questã o de saber se a subordinaçã o é
necessariamente má . Claro que nã o. Uma forma piedosa de
subordinaçã o existe no mundo que Deus criou na subordinaçã o de uma
esposa a seu marido. E por isso que é totalmente apropriado para uma
mulher piedosa usar brincos (Ezequiel 16:12) ou, se a cultura permitir,
brincos no nariz (Gê nesis 24:30; Ezequiel 16:12; Exodo 35:22). Mas a
restriçã o é colocada sobre nó s mesmo aqui, pois as mulheres cristã s
sã o mulheres livres, submetendo-se apenas a seus maridos, entã o elas
nã o devem se envolver em correntes. O objetivo delas nas joias deve ser
procurar tornar-se atraente para seus maridos e fazê -lo com toda
modé stia (1 Timó teo 2:8–10). No entanto, o objetivo do piercing nã o é
ser atraente, mas sim o contrá rio. A intençã o é ser repulsiva. Uma
garota que usa coleira de cachorro está dizendo o que pensa de si
mesma. Nã o precisamos concordar com seu ponto de vista para
entendê -lo.
Homem trabalhador
Muitos homens cristã os nã o pensam em seu trabalho, seus
negó cios, seu dinheiro, como estando sob a autoridade especí ica de
Deus. Reconhecemos que Ele é o dono de tudo, mas frequentemente
assumimos que Ele é algum tipo de senhorio ausente, que nã o se
importa muito com o que fazemos com nossos negó cios e dinheiro no
dia-a-dia. Mas isso é claramente falso.
Um marido que procura ser um provedor piedoso deve começar pelo
princı́pio bı́blico: “Guarda o teu coraçã o com toda a diligê ncia, porque
dele procedem as fontes da vida” (Prové rbios 4:23). Um homem deve
vigiar seu coraçã o - isso afeta tanto os negó cios quanto as inanças. O
temor de Deus é o princı́pio do conhecimento nesta á rea també m – “O
temor do Senhor é o princı́pio do conhecimento, mas os tolos
desprezam a sabedoria e a instruçã o” (Prové rbios 1:7).
Um marido federal deve servir a Deus enquanto ganha o pã o para sua
casa, e deve fazê -lo da maneira que Deus diz: “ Por meio da sabedoria
uma casa é construı́da e pelo entendimento ela é estabelecida; pelo
conhecimento os aposentos se enchem de todas as riquezas preciosas e
agradá veis” (Prové rbios 24:3–4).
Um marido nunca deve procurar desapegar-se de seu serviço a Deus
e de sua provisã o para sua famı́lia – “Pela humildade e pelo temor do
Senhor vê m a riqueza, a honra e a vida” (Prové rbios 22:4). Esse
processo obviamente começa quando buscamos a bê nçã o de Deus por
meio do dı́zimo: “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primı́cias
de toda a tua renda; assim se encherã o fartamente os vossos celeiros, e
transbordarã o de vinho os vossos lagares” (Prové rbios 3:9–10). Fomos
treinados para cantar todos juntos: “Oh, mas isso está no Antigo
Testamento!” Muitos cristã os assumem que na Nova Aliança fomos
libertos para nos tornarmos ingratos. Mas Deus ainda ama abençoar
aqueles que amam abençoar. Enquanto nã o damos a Ele para receber,
damos para receber a im de dar novamente .
Coisas Maiores do que a Riqueza : Devemos també m buscar a bê nçã o
de Deus em uma busca diligente da sabedoria – “Riquezas e honra estã o
comigo, riquezas duradouras e justiça. Melhor é o meu fruto do que o
ouro, sim, do que o ouro ino, e a minha renda do que a prata escolhida.
Eu sigo o caminho da retidã o, no meio das veredas da justiça, para fazer
herdar riquezas aos que me amam, para que eu encha os seus tesouros”
(Prové rbios 8:18–21). A sabedoria personi icada está falando neste
capı́tulo, e com sua presença vemos uma grande bê nçã o inanceira. Mas
entender as implicaçõ es inanceiras desse convite nã o é grosseiro nem
mercená rio.
Quando algué m se compromete a ganhar a vida, a primeira coisa que
a criatura faz é não conseguir dinheiro. E obter sabedoria . Este homem
sabe o que está fazendo e por quê ? Ele sabe como Deus deseja que ele
siga seu chamado vocacional? A sabedoria nã o é evidenciada tanto em
onde um homem trabalha, mas em como ele trabalha. A sabedoria
consiste em mais do que saber; consiste em saber o que fazer com o
conhecimento. Um marido sá bio busca sabedoria como se fosse ouro.
Um provedor diligente també m buscará a bê nçã o de Deus por meio
de sua generosidade – “Há quem espalhe, mas aumenta ainda mais; e há
quem retenha mais do que é certo, mas leva à pobreza. A alma generosa
será enriquecida, e aquele que regar també m será regado. O povo
amaldiçoará ao que reté m o grã o, mas bê nçã o haverá sobre a cabeça do
que o vende” (Prové rbios 11:24–26). O comentá rio de John Bunyan é
apropriado - "havia um homem, alguns o achavam louco, quanto mais
ele dava, mais ele tinha". Deus nã o apenas abençoa quando damos a
Ele; Ele abençoa quando damos aos pobres. “Quem tem olhos
generosos será abençoado, porque dá do seu pã o aos pobres”
(Prové rbios 22:9). “Quem dá ao pobre nã o terá falta, mas quem esconde
os olhos terá muitas maldiçõ es” (Prové rbios 28:27). “Aquele que se
compadece do pobre empresta ao Senhor, e Ele retribuirá o que deu”
(Prové rbios 19:17).
O chefe da casa deve estabelecer um conjunto piedoso de
prioridades. Embora a riqueza seja uma bê nçã o, nã o é de forma alguma
a maior bê nçã o que Deus pode conceder. Quando um homem de ine
suas prioridades para os negó cios, vá rias coisas devem estar alinhadas
antes do lucro.
Todos nó s sabemos o que signi ica quando o clichê é invocado -
de inir prioridades signi ica "mais tempo de qualidade com as
crianças". Mas muitas vezes apenas invocamos a frase como se fosse um
mantra e o conteú do de nossas prioridades apenas presumidas (o que
signi ica que elas sã o captadas da cultura ao nosso redor). Por qual
padrão devemos estabelecer nossas prioridades quando se trata da
questã o da riqueza? A Bı́blia nos diz. O que é melhor do que a riqueza? O
que preferimos ter do que grandes riquezas? Mais uma vez, a Bı́blia nos
diz. Quando consideramos tais passagens, podemos nos surpreender
que a antı́tese nã o seja, por exemplo, entre riqueza e famı́lia.
A Bı́blia també m nos ensina a preferir a reputaçã o à riqueza: “Mais
vale um bom nome do que muitas riquezas, amar o favor antes do que
prata e ouro. O rico e o pobre tê m isto em comum: o Senhor é o criador
de todos eles” (Prové rbios 22:1–2). Um bom nome é especialmente
importante no mundo do trabalho. O que constitui um bom nome nos
negó cios? Trabalho gerido com sabedoria; trabalho conduzido com
absoluta honestidade de fato; trabalho feito com absoluta honestidade
na aparê ncia; trabalho duro; trabalho concluı́do no prazo; nã o se
aproveitar do trabalho feito para os irmã os; trabalho que nã o dependa
de um “esquema”; trabalho que compreende propriedade.
A perda de um bom nome é difı́cil de reparar. O fato de um homem
poder perder sua reputaçã o nã o é “injusto”, mas sim um dos custos
normais de se fazer negó cios. As pessoas recomendam empresas — ou
nã o — o tempo todo . Isto é como deveria ser.
També m nos é dito que preferimos o contentamento à riqueza:
“Afasta de mim a falsidade e a mentira; nã o me dê s nem pobreza nem
riquezas. Alimente-me com a comida que me foi dada; para que eu nã o
ique farto e te negue e diga: 'Quem é o Senhor?' Ou para que eu nã o
seja pobre e roube, e profane o nome do meu Deus” (Prové rbios 30:8–
9). Fundamentalmente, esta é uma oraçã o de contentamento : “Senhor,
por favor, dá -me uma porçã o adequada para mim. Se eu conseguir mais
do que isso, serei tentado de uma maneira. Se eu conseguir menos do
que isso, serei tentado em outro.” Pode parecer estranho, mas muitos
cristã os nã o aprenderam a se contentar com suas bê nçã os.
Humildade é melhor do que riquezas – “Melhor ser humilde de
espı́rito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos”
(Prové rbios 16:19). O orgulho costuma ser considerado o distintivo dos
ricos, mas, de acordo com a Bı́blia, é a vergonha deles.
A Bı́blia també m elogia a calma, o sossego e o amor acima da
abundâ ncia material: “Melhor é um bocado seco com sossego, do que
uma casa farta de banquetes com contendas” (Prové rbios 17:1). Melhor
ter uma tigela de cereal frio com um ambiente calmo do que comer o
presunto de Açã o de Graças com tumulto: “Melhor é um pouco com o
temor do Senhor, do que um grande tesouro com problemas. Melhor é
um jantar de ervas onde há amor, do que um bezerro cevado com ó dio”
(Prové rbios 15:16–17). Neste lugar, o temor do Senhor é equiparado ao
amor, e sua ausê ncia nã o pode ser compensada com dinheiro. Quando
um homem estrutura a busca de seu negó cio, ele deve se lembrar disso.
Sensualidade : Muitos homens desperdiçam o que pertence a suas
famı́lias porque estabelecem o padrã o de tropeçar na sensualidade.
Podemos ser induzidos a jogar nosso dinheiro fora de vá rias maneiras.
Como cristã os, sabemos que todos os pecados sã o ruins. Isso é ó bvio,
mas muitos de nossos pecados també m sã o caros .
Considere a questã o dos apetites em geral: “O justo come até a
saciedade de sua alma, mas o estô mago dos ı́mpios terá fome”
(Prové rbios 13:25). Tanto o justo quanto o ı́mpio tê m estô mago e
apetite. Mas os justos podem comer e icar satisfeitos, enquanto os
ı́mpios sã o movidos por um apetite que está fora de controle. Em
qualquer uma das á reas consideradas aqui, a questã o geralmente nã o é
o que está sendo considerado, isto é , sono, sexo, etc., mas sim se a lei de
Deus é honrada ou nã o, e se o autocontrole está ou nã o em evidê ncia.
A vida luxuosa consome riqueza e é inadequada para o tipo de
homem atraı́do por ela, ou seja, um tolo - “O luxo nã o convé m ao tolo,
muito menos ao servo para governar prı́ncipes” (Pv 19:10). . Exibiçã o
luxuosa nã o é apropriada para um tolo - um tolo nã o deveria tê -la. E se
ele conseguir, nã o o terá por muito tempo. O tolo pensa: Se ao menos ...:
“Se ao menos eu pudesse ter um bom carro, se ao menos pudesse
conseguir aquelas roupas caras, se ao menos pudesse conseguir aquela
comida maravilhosa”. Mas nã o é adequado. A Bı́blia condena o
desperdı́cio de nossos recursos na frivolidade.
Aquele que cultiva sua terra terá fartura de pã o, mas aquele que
segue a frivolidade terá pobreza su iciente! Um homem iel terá muitas
bê nçã os, mas aquele que se apressa para enriquecer nã o icará impune.
Mostrar parcialidade nã o é bom, porque por um pedaço de pã o o
homem transgredirá . Um homem com mau-olhado corre atrá s de
riquezas e nã o considera que a pobreza virá sobre ele. ( Prov. 28:19–22
)
Vá rias questõ es sã o abordadas nesta passagem - tentar icar rico
rapidamente, mostrar favoritismo, avareza - mas a advertê ncia
apresentada primeiro é contra a frivolidade . A palavra hebraica pode
signi icar frivolidade e vaidade, ou companheiros frı́volos e vazios. O
contraste é com quem cultiva sua terra, entã o o signi icado
aparentemente se refere a quem segue atividades vã s e prazerosas em
vez de trabalhar. O que ele segue pode ter aparê ncia de trabalho ou nã o,
mas ainda assim sai vazio.
Um homem cristã o deve rejeitar o sensualismo – “Nã o deixe seu
coraçã o invejar os pecadores, mas seja zeloso pelo temor do Senhor o
dia todo; pois certamente há uma vida futura, e sua esperança nã o será
cortada. Ouça, meu ilho, e seja sá bio; e guie o seu coraçã o no caminho.
Nã o se misture com bebedores de vinho ou com gulosos comedores de
carne; porque o beberrã o e o comilã o empobrecerã o, e a sonolê ncia
vestirá de trapos o homem” (Prové rbios 23:17–21). Gula nas Escrituras
não se refere a algué m comendo uma segunda porçã o de purê de
batatas. Em vez disso, refere-se ao sensualista - o bê bado de comida.
Biblicamente, o glutã o é um “comedor desenfreado”. Por exemplo, os
antigos romanos tinham um vomitoria onde os convidados podiam se
preparar para o “segundo prato”. Essa busca sensual por comida leva à
pobreza.
“Aquele que ama os prazeres empobrecerá ; quem ama o vinho e o
azeite nã o icará rico” (Prové rbios 21:17). A questã o nã o é o prazer, mas
sim o amor desordenado por ele. O que quer que o tolo ame (neste
caso, a experiê ncia sensual), ele acaba perdendo – “Na casa do sá bio há
tesouro desejá vel e azeite, mas o tolo o desperdiça” (Prové rbios 21:20).
Preguiça : Um homem preguiçoso nã o é necessariamente apá tico; ele
pode ter uma grande intensidade de desejo – “O desejo do preguiçoso o
mata, pois suas mã os se recusam a trabalhar. Ele cobiça avidamente o
dia inteiro, mas o justo dá e nã o poupa” (Prové rbios 21:25–26).
Quando passamos a considerar a preguiça, nã o encontraremos
nenhuma ajuda real em olhar para a palavra hebraica para preguiçoso
ou preguiçoso . Signi ica … simplesmente homem preguiçoso ou
preguiçoso . Algumas coisas sã o tã o universais que se traduzem bem em
qualquer idioma; todos nó s entendemos o que é um shirker.
Mas, por mais comum que seja, a Bı́blia ensina que a preguiça
continua sendo uma desgraça: “O que tem mã o remissa empobrece,
mas a mã o dos diligentes enriquece. Aquele que ajunta no verã o é um
ilho sá bio; quem dorme na sega é ilho que envergonha” (Prové rbios
10:4–5). Como pecado que traz vergonha, devemos considerar bem
algumas de suas caracterı́sticas identi icadoras. A medida que
aprendemos, devemos lembrar que a preguiça tem uma alternativa
ó bvia: “Vá até a formiga, seu preguiçoso!” (Prov. 6:6–11). A alternativa é
trabalhar duro.
A preguiça nã o tem seguimento. Um homem preguiçoso pode ter
surtos de atividade e pode até conseguir fazer algo durante um deles.
Mas ele nã o manté m; ele nã o persevera – “O preguiçoso nã o assa o que
apanhou na caça, mas a diligê ncia é o bem precioso do homem”
(Prové rbios 12:27). As vezes, a falta de acompanhamento é
extraordiná ria - uma coisa muito simples poderia ser feita para concluir
um projeto, mas ele nã o o faz: “O preguiçoso enterra a mã o na tigela e
nã o quer trazê -la para a frente. à boca novamente. Golpeie o
escarnecedor e o simples icará descon iado; repreenda o que tem
entendimento, e ele discernirá o conhecimento” (Prové rbios 19:24–25).
A soluçã o para a preguiça també m é vista nesta passagem - o
preguiçoso deve ter permissã o para comer sua pró pria comida.
Quem resolve deixar o preguiçoso arcar com as consequê ncias é
melhor icar surdo, porque a preguiça está cheia de desculpas: “O
preguiçoso diz: 'Tem um leã o lá fora! Serei morto nas ruas!' ” (Pv
22:13). As vezes, as desculpas nã o sã o razoá veis - o antigo equivalente
hebraico de "o cachorro comeu meu dever de casa" ou "alienı́genas me
sequestraram ... em que ano estamos?" Outras vezes, as desculpas
podem parecer mais razoá veis, mas os resultados ainda são os mesmos :
“O preguiçoso nã o lavrará por causa do inverno; ele mendigará durante
a colheita e nada terá ” (Prové rbios 20:4). Quer o trabalho nã o tenha
sido feito por causa de alienı́genas ou por causa de um pneu furado, os
resultados sã o os mesmos - o trabalho nã o é feito.
A preguiça está cheia de “sabedoria”: “Em todo trabalho há lucro, mas
a tagarelice leva apenas à pobreza. A coroa dos sá bios sã o as suas
riquezas, mas a estultı́cia dos tolos é estultı́cia” (Prové rbios 14:23–24).
O preguiçoso usa sua conversa tola como uma coroa, o contraponto da
riqueza que coroa um sá bio. O preguiçoso pode estar cheio de
sabedoria proverbial em relaçã o ao trabalho, mas sua sabedoria é como
as pernas de um coxo (Prové rbios 26:7). Considere: “Mais sá bio é o
preguiçoso a seus pró prios olhos do que sete homens que respondem
bem” (Prové rbios 26:16). Mesmo que seu estilo de vida seja ridı́culo e a
loucura seja aparente para todos, menos para a assistente social, o
preguiçoso tem tudo planejado. Ele tem mais sabedoria (aos seus
pró prios olhos) do que sete sá bios.
A preguiça é uma irritaçã o para os outros e é necessariamente uma
tristeza para aqueles que dependem daquele que os decepciona –
“Como vinagre para os dentes e fumaça para os olhos, assim é o
preguiçoso para aqueles que o enviam” (Prov. 10:26). Isso nã o é
surpreendente. Se um deles for preguiçoso, dois homens terã o idé ias
muito diferentes sobre o que constitui diligê ncia.
A Palavra nos ensina que a preguiça combina com o interesse – “A
preguiça faz cair em sono profundo, e o ocioso passará fome”
(Prové rbios 19:15); “A alma do preguiçoso deseja e coisa alguma
alcança; mas a alma dos diligentes se enriquecerá ” (Prové rbios 13:4). A
preguiça nã o é descanso; nã o se prepara para o trabalho. Isso só
prepara para mais preguiça. A medida que a preguiça cresce, també m
cresce o desejo frustrado.
Quando um homem observa o sá bado, ele está preparado e
revigorado para o seu trabalho. Mas depois de “descansar” por vá rios
meses, ele ica incapacitado para o trabalho. A saı́da nã o é mais
descanso, mas arrependimento.
A preguiça també m provoca pressa e engano – “Os planos do
diligente conduzem à fartura, mas os do precipitado conduzem à
pobreza. Obter tesouros por meio de uma lı́ngua mentirosa é a fantasia
passageira daqueles que buscam a morte” (Prové rbios 21:5–6). A
diligê ncia, o oposto da preguiça, é aqui contrastada com a pressa e a
mentira. A recusa de toda a devida diligê ncia é uma con iguraçã o para
teimosia e mentiras.
Claro, a preguiça é difı́cil – “O caminho do preguiçoso é como uma
cerca de espinhos, mas o caminho dos retos é uma estrada alta”
(Prové rbios 15:19). Prové rbios nos ensina que a preguiça é
contraproducente; não realiza o im desejado – “A mã o dos diligentes
dominará , mas o preguiçoso será submetido a trabalhos forçados”
(Prové rbios 12:24).
Considerando tudo, a preguiça é uma liçã o objetiva - “Passei pelo
campo do preguiçoso e pela vinha do homem falto de entendimento”
(Prové rbios 24:30). Quando homens preguiçosos se casam, e eles se
casam, as consequê ncias do pecado se espalham para os outros. A liçã o
objetiva deve ser levada a sé rio muito antes de um homem sequer
pensar em tomar uma esposa.
A ú nica alternativa é o trabalho honesto, com ê nfase na palavra
honesto . O problema da desonestidade no trabalho e no trabalho é
difı́cil de resolver porque muitas vezes o primeiro a quem “mentiu” é o
pró prio mentiroso. Ele é desonesto em seu trabalho e trabalho e, para
fazer isso da maneira mais e icaz, deve ser desonesto primeiro consigo
mesmo. Lembre-se de que a verdade sobre si mesmo nã o é vista
olhando para o coraçã o; a verdade é encontrada olhando no espelho da
Palavra (Tiago 1:24-25). A Palavra de Deus é a ú nica soluçã o para o
auto-engano.
Um homem que deseja que sua casa pertença ao Senhor deve
sustentar essa casa com o trabalho que pertence a Ele. E o ú nico tipo de
trabalho que pertence a Deus é o trabalho honesto – “Pesos e balanças
honestos sã o do Senhor; todos os pesos da bolsa são obra dele ”
(Prové rbios 16:11). O Senhor se identi ica com o trabalho honesto. Os
pesos na bolsa sã o Dele, os pregos na parede sã o Dele, o trabalho de
conserto é Dele, o trabalho de contabilidade é Dele – desde que seja
feito honestamente.
Um homem honesto deve aprender a nã o procrastinar em relaçã o a
suas obrigaçõ es: “Nã o negue o bem daqueles a quem é devido, quando
estiver em suas mã os fazê -lo. Nã o digas ao teu pró ximo: 'Vai, e volta, e
amanhã o darei', quando o tens contigo” (Prové rbios 3:27–28). Um
homem deve lidar com suas responsabilidades em ordem. Uma
aplicaçã o importante desse princı́pio é pagar primeiro as contas mais
antigas .
Envolvimentos Financeiros : Um homem sá bio evita enredamentos
inanceiros. O autor de Prové rbios claramente tinha fortes sentimentos
sobre a assinatura de notas e envolvimentos relacionados - “Quem ica
por iador de um estranho sofrerá , mas aquele que odeia ser iador está
seguro” (Prové rbios 11:15; 6:1–5). . “O homem falto de entendimento
dá um aperto de mã o e ica por iador do seu amigo” (Prové rbios
17:18). Mais pessoas tê m problemas inanceiros com seus amigos do
que com completos estranhos - “Nã o seja um daqueles que apertam as
mã os em um penhor, um daqueles que é iador de dı́vidas; se você nã o
tem nada com que pagar, por que ele deveria tirar sua cama debaixo de
você ? (Prové rbios 22:26–27).
Uma forma popular de emaranhamento inanceiro é a dı́vida. Mais
homens cristã os arruinaram suas famı́lias por meio de dı́vidas do que
por qualquer outra tolice inanceira – “O rico domina sobre os pobres, e
quem toma emprestado é servo de quem empresta” (Prové rbios 22:7).
Se um homem quer que sua esposa seja uma mulher livre e quer que
seus ilhos cresçam livres, entã o sobrecarregá -los com dı́vidas nã o é a
maneira bı́blica de fazer isso.
Alguns homens tê m procurado prover o futuro de sua famı́lia por
meio de vá rios esquemas de “enriquecimento rá pido”. Mas a Bı́blia nos
diz o que acontece com o dinheiro que vem dessa maneira: “Uma
herança adquirida à s pressas no começo nã o será abençoada no inal”
(Prové rbios 20:21). Isso pode ser ganho honestamente, mas ainda será
difı́cil reter honestamente . A velocidade també m prejudica a
honestidade e, como vimos, a desonestidade é um perdedor: “A riqueza
obtida com desonestidade diminuirá , mas o que ajunta com trabalho
aumentará ” (Prové rbios 13:11). Outro “caminho rá pido” para a riqueza
é atravé s da tolice dos outros, mas o Senhor nã o está satisfeito – “O que
aumenta os seus bens com usura e extorsã o os ajunta para o que se
compadece dos pobres” (Prové rbios 28:8).
Um homem també m deve ser conservador e muito cauteloso em suas
transaçõ es inanceiras. Um marido e pai tem o dever de salvar – “O
homem de bem deixa herança aos ilhos de seus ilhos, mas a riqueza
do pecador é entesourada para o justo” (Prové rbios 13:22). O adesivo
que proclama como os habitantes do trailer estã o gastando a herança
de seus ilhos é uma loucura sem Deus. Ao mesmo tempo, as crianças,
especialmente as indolentes, nã o devem ser presunçosas. A herança
nã o deve ser dispersa sem uma re lexã o cuidadosa – “O servo sá bio
dominará sobre o ilho que causa vergonha, e repartirá a herança entre
os irmã os” (Prové rbios 17:2).
Um homem nunca deve esquecer o Senhor que dá riqueza – “A
riqueza de nada aproveita no dia da ira, mas a justiça livra da morte”
(Prové rbios 11:4); “A maldiçã o do Senhor está sobre a casa dos ı́mpios,
mas Ele abençoa a casa dos justos” (Prové rbios 3:33); “Os tesouros da
impiedade de nada aproveitam, mas a justiça livra da morte”
(Prové rbios 10:2); “O bom entendimento ganha favor, mas o caminho
dos in ié is é difı́cil” (Prové rbios 13:15). E deveria ser.
SEÇÃO TRÊS
Marido Federal e Sociedade
Masculinidade e Hierarquia Cultural
O ensinamento de Pedro de que os homens devem viver com
consideraçã o com suas esposas como se fossem um “vaso mais fraco”
tem contribuı́do para mais de uma discussã o animada entre homens e
mulheres. O que exatamente ele quis dizer com isso? Nessa passagem,
ele diz o seguinte: “Maridos, igualmente, habitem com elas com
entendimento, dando honra à esposa, como ao vaso mais fraco, e como
herdeiros juntamente da graça da vida, para que suas oraçõ es nã o
sejam impedidas” (1 Pe 3:7).
Devemos começar observando que tudo o que Pedro pretendia aqui
deve ser recebido pelos cristã os como a Palavra de Deus, e sem rodeios.
No entanto, isso nã o é o mesmo que ter que se submeter a distorçõ es
interpretativas ou mal-entendidos da passagem. E existem tais mal-
entendidos.
A distorçã o mais ó bvia a ser rejeitada é a do igualitarismo feminista
dentro da igreja, que quer escapar da força das palavras. Mas as
palavras de Pedro realmente nã o deixam espaço para manobras. Os
maridos sã o instruı́dos a honrar suas esposas e a viver com
consideraçã o com elas, tratando-as como vasos mais fracos. Felizmente,
a maioria dos crentes entende que o feminismo declarado e o
cristianismo bı́blico sã o incompatı́veis, e eles tê m pouca di iculdade em
resistir a qualquer distorçã o do ensino de Pedro nessa direçã o.
Mas uma segunda distorçã o é outra questã o e apresenta uma forte
tentaçã o para os crentes conservadores. Essa é a distorçã o que
podemos chamar de igualitarismo masculinista. Essa visã o sustenta
que os homens estã o em uma categoria e as mulheres em outra, e
qualquer membro de uma categoria tem a mesma relaçã o com qualquer
membro da outra. Em outras palavras, assume que os homens sã o os
lı́deres das mulheres e que as mulheres sã o mais fracas que os homens.
A visã o resultante da sociedade é que “os homens estã o no comando”.
Isso é verdade, mas nã o leva a lugar nenhum. Encarregado de quê ? Os
homens, como homens, nã o sã o responsá veis por nada, e as mulheres,
como mulheres, nã o se submetem a nada.
Nessa visã o masculinista, percebe-se claramente a assunçã o da
autoridade dos homens sobre as mulheres. Mas a ê nfase igualitá ria
també m deve ser clara. Porque, como se pensa, qualquer homem pode
liderar qualquer mulher, portanto, qualquer casamento, qualquer
famı́lia, está no mesmo nı́vel fundamental de qualquer outra famı́lia.
Mas a sociedade humana criada por Deus é hierá rquica – “Bem-
aventurada é s tu, ó terra, quando o teu rei é ilho dos nobres”
(Eclesiastes 10:17). Apesar de um luxo incessante de retó rica
igualitá ria agitada desde a é poca da Revoluçã o Francesa, todas as
sociedades ainda contê m homens e mulheres que sã o
distributivamente educados e nã o educados, inteligentes e nã o
inteligentes, re inados e nã o re inados, de classe alta e baixa, etc.
propaganda signi ica que hesitamos em a irmar que é assim, mas “fatos
sã o fatos e fatos serã o revelados”. Isso signi ica que uma imagem
precisa da sociedade mostrará homens e mulheres nas classes
instruı́das e homens e mulheres nas classes incultas. Ambos os sexos
aparecem convertidos e nã o convertidos, polidos e nã o polidos,
inteligentes e nã o inteligentes, altos e baixos, gordos e magros. Uma
visã o bı́blica da cultura, consequentemente, requer algum tipo de
nobreza.
O igualitá rio masculinista tende a assumir que o relacionamento
mais amplo entre homens e mulheres é o mais importante, com outros
fatores sociais sendo inexistentes ou insigni icantes. Por causa dessa
suposiçã o da primazia dos homens geralmente sobre as mulheres em
geral , o adepto dessa visã o assume que todo homem deve estar
preparado para liderar qualquer lar e que toda mulher deve estar
preparada para entrar em qualquer casamento pronto para seguir. Ele
també m assume necessariamente que as famı́lias resultantes sã o
aproximadamente iguais em habilidade, status, etc. Isso tem o impacto
que o igualitarismo sempre tem. Como as mulheres com capacidade
nessa visã o sã o consideradas com grande suspeita como feministas
enrustidas, alguma açã o deve ser tomada para retardar ou restringir as
habilidades de tais mulheres.
Na visã o hierá rquica e bı́blica, o relacionamento das mulheres com os
homens é primeiro familiar e, como consequê ncia, surge um
relacionamento cultural e social maior (e muito complexo) entre os
sexos. Isso signi ica que as esposas devem se submeter e fornecer ajuda
a seus pró prios maridos (e a mais ningué m). Como resultado dessa
submissã o em inú meras famı́lias, uma sociedade patriarcal maior
emergirá de fato. No entanto, essa sociedade patriarcal
necessariamente conterá vá rias mulheres que sã o muito mais
inteligentes, educadas e “mais fortes” do que muitos homens
individuais. Nenhuma sociedade é verdadeiramente patriarcal a menos
que contenha um nú mero signi icativo de mulheres nobres, “mais
fortes” em muitos aspectos do que vá rios homens.
Mas para o igualitá rio masculinista, uma mulher nobre altamente
educada é considerada uma ameaça para os “homens” e como algué m
que está sendo arrogante – algué m que resiste ao ensinamento de
Pedro sobre o vaso mais fraco. Mas de quem é o vaso mais fraco? A
resposta bı́blica é , de seu marido. Ela nã o é o receptá culo mais fraco da
sociedade e nã o é o receptá culo mais fraco do Joe-on-the-street.
Uma posiçã o simplista e tradicionalista de “valores familiares” diz
que os homens sã o lı́deres e as mulheres sã o seguidoras. Seria mais
correto dizer que os maridos sã o chefes e suas esposas sã o suas
ajudantes. Como alguns dos homens sã o lı́deres e outros sã o
seguidores, suas respectivas esposas os ajudarã o a liderar, ou a seguir,
ou a ajudá -los em todos os está gios intermediá rios concebı́veis. Tal
entendimento preserva tanto o entendimento bı́blico de liderança e
submissã o no lar quanto o entendimento bı́blico de uma cultura.
Esse relacionamento complexo é ilustrado nos requisitos divinos
para o governo da igreja. Paulo exclui categoricamente qualquer
mulher, por mais talentosa que seja, de exercer “autoridade sobre o
homem” na igreja de Cristo: “A mulher aprenda em silê ncio, com toda a
submissã o. E nã o permito que a mulher ensine ou tenha autoridade
sobre o homem, mas que esteja em silê ncio. Pois Adã o foi formado
primeiro, depois Eva. E Adã o nã o foi enganado, mas a mulher sendo
enganada, caiu em transgressã o. Contudo, ela será salva dando à luz, se
eles permanecerem na fé , no amor e na santidade, com domı́nio
pró prio” (1 Timó teo 2:11–15). Claramente, as mulheres nã o podem ser
anciã s ou ministras da palavra. Nã o importa o quanto os exegetas
modernos resmunguem, eles nã o podem derrubar o versı́culo.
Ao mesmo tempo, Paulo assume que um bispo será casado e
governará bem sua casa (1 Tm 3: 2, 5). Se isso for considerado
cuidadosamente por um momento, isso signi ica claramente que sua
esposa terá uma in luê ncia considerá vel na igreja por meio de sua
in luê ncia sobre o marido. O mesmo padrã o é visto em todos os
ambientes culturais transfamiliares. Por meio da submissã o a seus
maridos, algumas mulheres podem ter muito mais in luê ncia em uma
cultura ou subcultura do que alguns homens. Isso é muito bom; esta é a
força do vaso mais fraco.
O problema masculinista é ver as mulheres em geral tendo que se
submeter aos homens em geral. Em contraste, o padrã o bı́blico é que
determinadas mulheres devem estar em submissã o a determinados
pais e maridos. Isso evita sua submissã o a outros homens, o que,
considerando alguns homens por aı́, é uma coisa boa. Isso signi ica que
uma mulher nobre em particular pode, em muitos aspectos, ser
superior a um homem em particular. Ela nã o seria seu receptá culo mais
fraco. Esta seria uma excelente razã o para ela nã o se casar com tal
homem – daquele ponto em diante, as Escrituras exigiriam que ela
fosse uma esposa respeitosa e obediente a ele. Um homem com menos
habilidades pode ser um lı́der bı́blico para algumas mulheres, mas nã o
para todas. Uma mulher de maior habilidade é capaz de se submeter
alegremente a alguns homens, mas nã o a todos. Entender isso nos
levará de volta ao padrã o bı́blico de hierarquia complexa na sociedade e
també m nos levará a rejeitar a hierarquia simplista de “Eu, Tarzan;
Você , qualquer mulher.
CS Lewis comentou certa vez sobre esse padrã o ao comparar a
posiçã o de uma mulher muito importante (que era uma esposa
submissa) e a posiçã o de um homem comum:
Mas eu deveria sentir pena do homem comum, como eu, que foi
levado por esse discurso ao erro lagrante de entrar em Belmont e se
comportar como se Portia realmente fosse uma garota a menos que
fosse. A testa de um homem ica vermelha ao pensar nisso. Ela pode
falar assim com Bassanio: mas é melhor lembrarmos que estamos
lidando com uma grande dama.
Qualquer pessoa familiarizada com a escrita de Lewis sabe o quanto
ele detestava o feminismo, mas essa passagem mostra que ele també m
se sentia envergonhado pelo tipo de homem que se considera mais do
que deveria. Ele reconheceu que Deus havia feito um mundo hostil aos
ismos e amigá vel à humildade.
Agora, um presbı́tero de uma igreja cristã , que está comprometido
com uma mulher, como Paulo diz, logo descobrirá que sua esposa tem
uma grande in luê ncia na igreja - talvez mais do que muitos dos
homens individuais na igreja. Isso abre a porta para que as esposas
insistentes de pregadores e presbı́teros se tornem de fato 'anciã s'? Isso
cria uma oportunidade para aqueles que estã o promovendo a agenda
feminista na igreja? De jeito nenhum.
O primeiro ponto a ser feito é que esse padrã o hierá rquico nã o é
realmente conjectural. Um presbı́tero que é casado e tem o tipo de
ajudante que precisa ter para administrar sua casa conforme as
Escrituras exigem, será um presbı́tero muito mais e icaz por causa da
in luê ncia de sua esposa sobre ele. A ajuda que receberá de sua esposa
nã o se limita a gerar seus ilhos e preparar suas refeiçõ es. Ao mesmo
tempo, a in luê ncia dela na igreja é indireta e é exercida por meio de
seu ministé rio para ele. Como indivı́duo, a esposa de um pastor nã o
ocupa nenhum cargo na igreja. Como esposa submissa, ela
provavelmente é a amiga mais pró xima, con idente, conselheira e
conselheira do marido.
Ester, uma esposa submissa, teve mais in luê ncia do que todos os
anciã os de Israel. Dada a natureza dessa in luê ncia, nenhuma falha
bı́blica pode ser encontrada nela. Mordecai estava até preparado para
culpá -la se ela tentasse fugir da in luê ncia que poderia exercer por meio
da submissã o. Da mesma forma submissa, a esposa de um pastor
piedoso será uma tremenda bê nçã o na igreja. “Como você acha que
James está ? Você acha que deveria ligar para ele?
O segundo ponto a destacar é que a verdade sempre pode ser
distorcida e, até a ressurreiçã o, sempre será . Quando aqueles que o
distorcem sã o mulheres agressivas, ele pode ser distorcido de maneiras
notavelmente destrutivas. A Escritura nã o estabelece um ofı́cio
separado chamado “casada com um presbı́tero”, que dá ao portador o
direito de se ofender se algo na igreja nã o der certo. Certamente,
nenhuma mulher pode ter qualquer autoridade pessoal no governo da
igreja. E, certamente, uma mulher insubmissa pode agarrar e fugir com
qualquer comentá rio aqui indicando que algumas mulheres devem ter
in luê ncia na igreja. Mas ela també m poderia justi icar seu
comportamento apontando o comportamento antibı́blico de homens
reacioná rios, que nã o podem defender sua doutrina de superioridade
masculina nas Escrituras e cuja ú nica defesa para seu comportamento é
que o feminismo nã o é bı́blico e que sua posiçã o “nã o é feminismo”.
A verdadeira questã o é se um determinado ensinamento é
verdadeiro ou nã o. Se for verdade, isso certamente nã o evitará
distorçõ es. A inal, Pedro nos diz que pessoas ignorantes e instá veis
distorceram os escritos de Paulo — por mais difı́ceis de entender que
fossem. O pró prio Paulo nos diz que as pessoas distorceram suas
palavras, mas acrescentaram que a condenaçã o deles era justa. A
questã o, portanto, nã o é : “O que fulano poderia fazer com isso?” mas
sim, “E bı́blico? Está certo ?” Se aquelas mulheres que querem
comandar o show podem contornar as Escrituras, elas també m podem
contornar qualquer outra coisa.
Minha objeçã o é que a posiçã o masculinista é tã o antibı́blica quanto a
posiçã o feminista. Homens que nã o sã o lı́deres em casa, onde as
Escrituras o exigem, sã o comumente tentados a compensar essa
abdicaçã o em outro lugar. Isso à s vezes é encontrado no conforto de
saber que “homens” tê m mais do que “mulheres”. Mas esta é uma
autoridade sem custo. Uma arrogâ ncia masculinista geralmente difusa
nã o é um substituto para a autoridade piedosa que lui de um serviço
consistente semelhante ao de Cristo no lar. Essa arrogâ ncia é comum
entre os masculinistas, mas a autoridade masculina genuı́na costuma
estar muito ausente.
Em ú ltima aná lise, o problema das mulheres que ultrapassam seus
limites em uma igreja nã o é problema delas. A di iculdade está com os
homens que as deixam.
segurança masculina
O equilı́brio é muito difı́cil de conseguir. Nã o podemos lidar com os
erros do feminismo sem que alguns homens reajam exageradamente e
defendam que todas as mulheres devem andar descalças, etc.
Por exemplo, em cı́rculos cristã os conservadores, vá rios homens
icaram preocupados com os estudos bı́blicos ou associaçõ es femininas
por causa do dano potencial que pode ser causado ao lar. Por exemplo,
o que acontece quando as mulheres que estudam a Bı́blia se adiantam
espiritualmente aos maridos? Por alguma razã o, as pessoas sempre
assumem que a soluçã o é desacelerar as mulheres em vez de acelerar
os homens.
As perguntas nã o se limitam apenas ao estudo das Escrituras. Muitas
vezes me perguntam: “Qual é o propó sito de fazer com que as mulheres
recebam uma rigorosa educaçã o universitá ria em artes liberais?” E
seguindo a ló gica, qual é o propó sito de fazer com que eles recebam
uma educaçã o formal?
Quando os homens perguntam sobre os papé is das mulheres em uma
cultura de cristã os que buscam recuperar o equilı́brio bı́blico, surgem
inú meras questõ es prá ticas. "Ela deveria fazer isso... ou aquilo?" Se,
como argumentarei mais tarde, as mulheres nã o devem se envolver em
combate, talvez devê ssemos voltar e questionar tudo o que as mulheres
modernas fazem. Uma mulher deve ir para a faculdade? A mulher deve
estudar as Escrituras?
Devemos distinguir entre uma atividade e o propó sito de uma
atividade. A primeira responde à pergunta: O que ela está fazendo? e a
segunda, Por que ela está fazendo isso? Embora um padrã o geral possa
ser identi icado entre as atividades e seu propó sito, isso nã o pode
necessariamente ser feito em uma correspondê ncia um-para-um.
A Bı́blia ensina que a orientaçã o fundamental da mulher é ser
domé stica. Como vimos, vá rias passagens mostram isso (por exemplo,
Tit. 2:1–5; Prov. 31:10–31; 1 Tim. 2:15; 5:3–14). Para muitos, isso torna
a questã o muito simples. As mulheres devem, portanto, limitar-se a
atividades que sã o aberta e obviamente domé sticas – por exemplo,
panelas e frigideiras. Mas o engajamento de uma pessoa em uma
determinada atividade pode ser completamente diferente em
motivaçã o e direçã o da participaçã o de outra pessoa na mesma
atividade. Quando uma mulher cristã é questionada sobre o que ela está
fazendo, sua resposta pode ser exatamente o que alguma feminista
pagã poderia responder. “Estou estudando para uma prova de fı́sica.
Por que?" Mas quando uma mulher cristã é questionada por que ela
está fazendo o que está fazendo, sua resposta deve divergir
radicalmente de qualquer resposta que um incré dulo poderia dar. Sua
resposta, em outras palavras, deve ser voltada para o lar. “Estou
estudando fı́sica para glori icar a Deus por ser uma esposa e mã e
piedosa e e icaz.” Em outras palavras, ela deve relacionar sua atividade
ao propó sito designado nas escrituras para essa atividade. Se, por
exemplo, ela for uma mulher casada mais jovem, ela é responsá vel por
integrar o que faz com o que Paulo designa como deveres gerais das
mulheres casadas mais jovens.
Nesse ı́nterim, essa lexibilidade potencial nessa resposta a lige
alguns homens tradicionalistas, que nã o querem que uma mulher faça
nada alé m de 4,5 metros de Economia Domé stica 101.
Consequentemente, ouvimos a resposta: “Mas isso nã o pode ajudá -lo a
ser uma esposa . e mã e!” A mulher deve entender que isso depende de
com quem ela se casa e que tipo de mã e ela quer ser. Em 1903, a mã e de
J. Gresham Machen publicou The Bible in Browning . Ela era uma mulher
bastante realizada. Ela leu muito, incluindo o Novo Testamento em
clá ssicos gregos, ingleses e franceses. E qual era a sua vocaçã o? Mã e.
Como em tudo mais, devemos recorrer à s Escrituras para determinar
quais atividades sã o consistentes com a vocaçã o domé stica de uma
mulher. Algumas das coisas que devemos considerar seriam corrigir a
teologia de um homem (Atos 18:26); escrever as Escrituras (Lucas
1:46–55; 1 Sam. 2:1–10); comprar imó veis (Pv 31:16); julgar uma
naçã o (Juı́zes 4:4–5); liderando exé rcitos (Jz 4:14); assassinato (Juı́zes
5:24–25); entregando em mã os o livro de Romanos (Romanos 16:1–2);
e trabalhando evangelisticamente ao lado dos homens (Fp 4:3).
Homens que estã o seguros em uma de iniçã o bı́blica de masculinidade
e feminilidade nã o serã o ameaçados quando encontrarem mulheres
que se encaixem nessa descriçã o bı́blica.
A Bı́blia també m nã o silencia sobre as coisas que sã o inconsistentes
com a vocaçã o domé stica de uma mulher. Eles incluiriam a exposiçã o
formal das Escrituras aos homens (1 Tim. 2:12), servindo como
presbı́tero em uma igreja cristã (1 Tim. 2:12) ou liderando um marido
(Efé sios 5:24).
Quanto a mim e minha casa
Frases famosas costumam cair nas regiõ es inferiores de nossas
mentes. Achamos que os conhecemos porque os ouvimos tantas vezes,
mas na verdade nã o os conhecemos. Em vez de verdadeiro
conhecimento bı́blico, essas frases geralmente apenas nos embalam
para dormir. Uma dessas frases é “Quanto a mim e à minha casa”:
Agora, pois, temei ao Senhor, servi-o com sinceridade e verdade, e
deitai fora os deuses a quem serviram vossos pais do outro lado do rio e
no Egito. Sirva ao Senhor! E, se vos parece mal servir ao Senhor,
escolhei hoje a quem sirvais, se aos deuses a quem serviram vossos
pais, que estavam da outra margem do rio, ou aos deuses dos amorreus,
em cuja terra habitar. Mas eu e minha casa serviremos ao Senhor. ( Js.
24:14–15 )
Josué está falando ao povo na cerimô nia de renovaçã o da aliança
em Siqué m. Precisamos prestar atençã o tanto ao contexto de sua
exortaçã o quanto ao conteú do dela. Muitos entendem mal a renovaçã o
da aliança porque entendem mal o perdã o dos pecados. Deus em Sua
misericó rdia nos pega onde estamos e nã o onde deverı́amos estar. Os
efeitos do pecado sã o tã o profundos e penetrantes que os pecadores
que se afastam da aliança de Deus nunca mais poderã o encontrar seu
próprio caminho de volta. Depois de dois sé culos de desobediê ncia,
nosso povo nã o consegue nem juntar os pedaços, muito menos montá -
los. O mesmo princı́pio aplicado ao povo de Deus no Antigo Testamento.
Primeiro, o contexto: Josué reuniu o povo e revisou para eles a
histó ria de sua naçã o, começando com a idolatria do povo de Abraã o.
Ele fala sobre a libertaçã o de Abraã o e sua famı́lia e repassa a redençã o
do povo israelita do Egito. Ele menciona como o Senhor cuidou deles no
deserto e como o Senhor lutou por eles quando começaram a conquista
de Canaã . Esse relato de sua histó ria, incluindo os tempos de sua
desobediê ncia e pecados, é a base de sua exortaçã o nos versı́culos 14–
15. Ele os encarrega de abandonar seus ı́dolos, dois tipos de ı́dolos.
Eles devem colocar de lado os ı́dolos que tinham no Egito antes que o
Senhor os redimisse, os trouxesse para fora e estabelecesse Sua aliança
com eles no Sinai. Eles foram encarregados de afastar os ı́dolos que
haviam retido de seu passado pré -cristã o.
Josué , també m, diz a eles para colocarem de lado os ı́dolos que seus
pais serviram do outro lado do rio — o Jordã o. Observe que esses
deuses eram deuses que vieram a Israel após sua grande redençã o do
Egito. Em resumo, ambos os tipos de deuses devem ser descartados -
sejam deuses da antı́tese ou deuses da sı́ntese.
O conteú do de sua exortaçã o aqui é simples e breve. Teme ao Senhor.
Sirva ao Senhor. Temam e sirvam a Ele com sinceridade e verdade .
Afaste todos os outros deuses. Josué entã o apresenta ao povo um
exemplo emocionante. Ele nã o sabe que curso os outros podem seguir,
mas quanto a ele, servirá ao Senhor e sua casa com ele.
Nossa cultura está repleta de pequenos deuses como as rã s do Egito.
Mas os deuses do Egito tê m a vantagem de serem relativamente fá ceis
de identi icar. Eles sã o os deuses da antı́tese - adoraçã o a Sataná s,
blasfê mia, ateı́smo absoluto e assim por diante.
Deuses Sintéticos : Os deuses da sı́ntese, os deuses do cinza e do
esbranquiçado, os deuses que se aproximam de um homem para
sussurrar encorajamentos devocionais a ele, sã o todos juntos outra
coisa. Esses senhores do compromisso, esses deuses do conselho
brando, são perigosos . Por causa deles, a igreja moderna está
de inhando, e a igreja está de inhando porque as famı́lias em Israel — e
estou incluindo as famı́lias à s quais este livro trata — devem derrubar
alguns ı́dolos. Esses deuses da sı́ntese fazem parte da antı́tese tanto
quanto os outros, mas sã o muito mais perigosos porque sã o mais
difı́ceis de ver.
Deixe-me mencionar algumas dessas pragas espirituais. O primeiro
deles é outro deus sob o nome de Jeová . Aarã o procurou fazer com que o
povo servisse ao Senhor, enquanto esperava que o bezerro de ouro nã o
fosse uma grande distraçã o, e quem sabe, talvez para algum pobre
israelita iletrado, tal representaçã o concreta de Jeová pudesse até
fornecer algum tipo de ajuda espiritual. Este é um paı́s livre, e nã o há
nenhuma restriçã o legal que proı́ba um homem de chamar aquele ı́dolo
paté tico em sua mente... Jesus. Nã o há razã o para que seu pequeno deus
nã o possa ser chamado de Jeová , Senhor dos Exé rcitos, Deus das
Batalhas. Claro, tendo considerado os atributos de tal deus, ele
geralmente nã o o faz.
Outro deus assim é o deus dos republicanos e um ocasional
democrata renegado — o deus da religiã o cı́vica e dos café s da manhã
de oraçã o. Este deus teria sido servido alegremente por um pagã o
pragmá tico como Cı́cero. Este é o deus a quem alguns querem oferecer
oraçõ es nas escolas do governo. Essas oraçõ es nã o passariam do
pequeno espaço de meio metro logo acima dos ladrilhos acú sticos na
maioria das salas de aula, o que é ó timo, porque é onde esse deus mora.
Outro é o deus da paz pessoal e da prosperidade. Ele é o deus das
contas de poupança, pensõ es e planos de seguro. O apó stolo Paulo nos
diz em Efé sios que a ganâ ncia é idolatria. Os cristã os ouviram, muitas
vezes, a garantia de que as bê nçã os materiais sã o consistentes com o
cristianismo. Isso é bem verdade , mas nunca devemos esquecer o
potencial que essa bê nçã o tem de consumir a devoçã o a Cristo. Esta
declaraçã o maravilhosa, “quanto a mim e minha casa”, nã o é uma
citaçã o inspiradora para ser emaranhada e emoldurada. Deve ser
vivido.
Muitos homens modernos nã o estã o à altura disso. Os homens de
nossa geraçã o tiveram uma falha de coragem. Eles abdicaram de suas
responsabilidades. Poucos podem negar que estamos em meio a uma
crise de liderança. Para usar o termo bı́blico, caı́mos no pecado da
incredulidade. Deus sempre prometeu tremendas bê nçã os para aqueles
que guardam Sua aliança ielmente. Mas nó s, sá bios em nossos pró prios
conceitos, nã o acreditamos mais nele. Nó s nos afastamos tanto de Sua
Palavra que nã o sabemos mais o que é uma aliança. Consequentemente,
nã o entendemos o mundo ao nosso redor.
Pactos Sociais : Até voltarmos ao pacto, nã o temos como
compreender o caos cultural que nos cerca. O clamor da modernidade
cambaleia de uma crise para outra. Como é que chegamos a ser
governados por tal tolice? Para responder a esta pergunta, nã o
devemos curar a ferida levianamente. Dada a extensã o de nossa crise, a
tentaçã o é constante de enxugar as bordas da ferida - dó i demais fazer
qualquer outra coisa.
Deus sempre lida com os homens por meio de aliança. Ele é um Deus
que faz alianças e guarda alianças. Isso soa bem e muito religioso, mas o
que isso signi ica? Conforme abordado anteriormente no livro, esses
convê nios sã o um vı́nculo solene, soberanamente administrado, com
bê nçã os e maldiçõ es correspondentes. Para revisar, Deus fez um pacto
de criaçã o com Adã o antes da queda (Osé ias 6:7); quando todos nó s
pecamos em Adã o, Ele fez uma aliança de redençã o com Adã o (Gn
3:15), Noé (Gn 6:17–22; 8:20–22; 9:1–7; 9:8–17 ), Abraã o (Gê nesis
17:1–2), Moisé s (Exodo 2:24) e Davi (2 Sam. 7:12–16). Essas ú ltimas
alianças nã o eram uma sé rie de alianças desconectadas e nã o
relacionadas, como se Deus mudasse de ideia a cada poucos sé culos
sobre o que faria com os homens. Tudo isso faz parte da grande aliança
da graça em desenvolvimento, que encontra seu grande cumprimento
inal na paixã o e na obra do Senhor Jesus Cristo (Hb 8:7-12).
Assim como o Senhor lida com a humanidade por meio de convê nios,
Ele nos criou de tal forma que també m devemos lidar uns com os
outros sob Ele por meio de convê nios. No centro de nossa vida,
descobrimos que esses convê nios sã o inevitáveis . Nã o podemos
funcionar sem eles porque estã o entretecidos em nossos ossos. As
alianças nesta categoria sã o as do casamento (Ml 3:14-15), a instituiçã o
da igreja (Lc 22:20) e a ordem civil (Rm 13:1-7). Ao ignorar as
instruçõ es de Deus sobre essas alianças, podemos nos tornar confusos
e desobedientes à aliança. Nó s não nos tornamos unpacantal. Ou
estamos guardando nossos convê nios ou os quebrando.
Essas trê s instituiçõ es da aliança foram estabelecidas entre nó s
diretamente pela mã o de Deus. Nã o temos mais autoridade para alterá -
los ou aboli-los de acordo com nossos gostos ou gostos do que temos o
direito de revogar a gravidade. Mas nã o basta que os cristã os
reconheçam a existê ncia dessas realidades da aliança; devemos
també m entender corretamente o relacionamento entre eles. Seria um
erro grave alinhá -los em uma ileira de trê s e entã o simplesmente
atribuir os respectivos deveres bı́blicos a cada um. Cada instituiçã o do
convê nio certamente tem seus respectivos deveres, mas devemos
primeiro entender que as instituiçõ es do convê nio da igreja e da
sociedade civil sã o compostas de unidades familiares do convê nio.
Cada famı́lia tem certos deveres designados dentro de sua pró pria
esfera — educaçã o, cuidados com a saú de e assim por diante. Mas as
famı́lias juntas també m contribuem com uma força molecular na
composiçã o dos outros dois governos transfamiliares, que sã o a ordem
civil e a igreja. Cada famı́lia faz essa contribuiçã o para bê nçã o quando é
oferecida em crença compreensiva e é recebida pelas duas
comunidades de aliança mais amplas na mesma fé .
Questões Civis : Por causa da crise de masculinidade em nossos lares,
essa representaçã o nã o está sendo oferecida por nossos lares e, se fosse
oferecida, seria recebida por nossa ordem civil apenas com risos e por
uma indignaçã o teoló gica ignorante em nossas igrejas. Em suma,
estamos em alta rebeliã o contra o desı́gnio de Deus para a famı́lia e a
cultura. No que diz respeito à nossa compreensã o da famı́lia, nó s nos
desviamos. Nó s da igreja gostamos de disfarçar essa rebeldia falando
muito sobre valores familiares. Essa conversa sobre valores familiares
nã o passa de um desejo ansioso por mais ilmes para maiores de idade
ou um berçá rio mais e iciente na igreja. Nunca falamos sobre
representaçã o familiar na igreja ou autoridade familiar na esfera civil.
Nossos homens se tornaram eunucos espirituais. Na cabeça e no
coraçã o de cada famı́lia está um homem. Ele nã o pode deixar de ser
biologicamente masculino, mas a desobediê ncia certamente pode
desviá -lo de ser masculino, ou seja, aquela masculinidade que abraça a
che ia, toma a iniciativa, serve com responsabilidade, provê o seu e
representa sua famı́lia para os outros governos estabelecidos por Deus.
Os homens cristã os modernos podem ser divididos em duas categorias
- aqueles que concordaram com os ditames atuais que exigem essa
efeminaçã o e aqueles que pensam que nã o capitularam porque ainda
podem bater no peito em casa. Aqueles na ú ltima categoria devem
perceber sua impotê ncia cultural mais ampla. O que realmente signi ica
liderança na famı́lia? Que o homem consegue segurar o controle remoto
quando a famı́lia assiste televisã o? Que ele pode estacionar o carro
quando a famı́lia vai à igreja? O que isso realmente signi ica é que ele
tem a responsabilidade diante de Deus de despertar.
Quando nossa Suprema Corte tomou sua infame decisã o de permitir
a matança de bebê s, os cristã os de nossa naçã o estavam tã o cegos para
a aliança que nã o vimos o que era - o aborto da famı́lia sob aliança. Isso
nã o é para minimizar de forma alguma a natureza horrı́vel da pró pria
carni icina do aborto; Deus é justo e Ele julgará . Mas por que nem
vimos o outro problema? Considere o resultado dessa decisã o. Quando
uma mulher está pensando em fazer um aborto, o Tribunal nos
informou que esta é uma decisã o entre ela e seu mé dico. No que diz
respeito à nossa ordem civil, se ela é casada ou nã o é completamente
irrelevante. Se ela tem uma cabeça de aliança ou não, não valia a pena
considerar . O fato de um homem ter feito um voto solene assumindo a
responsabilidade da aliança por sua prole foi julgado por nosso mais
alto tribunal como uma questã o sem conseqü ê ncia legal.
E difı́cil entender o que é mais trá gico, a decisã o do Tribunal de
matar as crianças ou a incapacidade dos cristã os modernos de perceber
que o Tribunal declarou que todas as crianças da naçã o eram, no que
lhes dizia respeito, uma aliança. Desgraçado.
Com esta decisã o do aborto, a rejeiçã o da realidade jurı́dica dos
pactos familiares chegou inalmente ao derramamento de sangue. Mas
eles sã o o julgamento de Deus sobre nó s. També m não vemos.
Tendo sido exortados por algué m a “se envolver”, pensamos que a
soluçã o é “jogar fora os vagabundos”. Mas os “vagabundos” sã o
simplesmente a mã o do Senhor sobre nó s; a ú nica saı́da é o
arrependimento. A ú nica maneira segura de fugir do Senhor é voltar-se
para Ele. O Senhor diz: “Darei ilhos para serem seus prı́ncipes, e as
crianças os governarã o. O povo será oprimido, um pelo outro e cada um
pelo seu pró ximo; a criança será insolente para com o anciã o, e o vil
para com o nobre” (Is. 3:4–5). O Senhor está zangado conosco e vemos
os resultados de todos os lados: “Quanto ao meu povo, crianças sã o
seus opressores e mulheres dominam sobre eles. O meu povo! Os que te
guiam te fazem errar e destroem o caminho das tuas veredas” (Is. 3:12).
E como povo, ainda nã o vemos as causas de Seu justo julgamento sobre
nó s.
O arrependimento deve começar em cada famı́lia com maridos e pais
abandonando sua efeminaçã o. Tragicamente, muito de nossa loucura
atual é efeminaçã o em nome de Cristo. Ao contrá rio do ensinamento
popular sobre o lar cristã o, o dever do homem nã o é ser um cara doce,
querido por todos na igreja. Grande parte do esforço despendido na
renovaçã o masculina hoje nada mais é do que um programa de
discipulado para pequeninos - uma pá lida có pia do movimento secular
masculino de alguns anos atrá s. Em contraste, o marido deve assumir
um manto de força e o comportamento de liderança masculina. E
quando os homens assumem a responsabilidade piedosa dentro de
casa, eles devem entã o trazer essa liderança representativa para fora do
lar. Este é o verdadeiro teste. Um homem que pensa que lidera em casa,
mas nã o tem coragem de ser o embaixador da famı́lia, nã o terá mais
impacto cultural do que o colega de quarto mandã o mé dio da faculdade.
Dessa forma, nosso arrependimento pode se espalhar primeiro para
a igreja, pois é dada a oportunidade de receber os chefes de famı́lia da
aliança em sua capacidade o icial de representaçã o pela primeira vez
em geraçõ es. A medida que a igreja for reformada dessa maneira, ela
terá sua antiga e há muito esquecida força restaurada. E entã o um
padrã o bı́blico será inalmente exibido que pode ser imitado com
segurança na esfera civil. Mas até entã o, todas as tentativas de reforma
cultural nã o passam de “todos os porcos alimentados e prontos para
voar”.
Quem habitará em prosperidade em nossa terra? Quem herdará a
terra? “O segredo do Senhor está com aqueles que o temem, e ele lhes
mostrará a sua aliança” (Sl 25:14). Mas ainda nã o O tememos, e Ele
ainda nã o se agradou em nos conceder a grande reforma de uma
renovaçã o de aliança. Que Deus tenha misericó rdia.
Mulheres em Combate
Porque nã o tendemos a pensar de forma uni icada (o que é
realmente uma maneira delicada de dizer que nã o pensamos como
cristã os), muitas das questõ es que nos deixam perplexos parecem nã o
ter relaçã o entre si. Mas é surpreendente quantas coisas particulares
podem dar errado em uma cultura simplesmente porque os homens
dessa cultura nã o tê m irmeza.
Conseqü entemente, em tempos como os nossos, nã o é surpreendente
que as mulheres em combate sejam um assunto delicado - mas
realmente nã o deveria ser. A di iculdade que temos em discutir o
assunto é realmente uma demonstraçã o do problema em si. Esse
problema é a capitulaçã o fundamental à s normas e padrõ es feministas
que ocorreu em nossa cultura, tanto dentro da Igreja quanto fora dela.
A capitulaçã o ocorreu primeiro em casa, depois na igreja e, inalmente,
nas cabines de nossos aviõ es de combate.
O inı́cio de qualquer tratamento honesto do assunto deve ser uma
admissã o franca de que, quando medida por nossos padrõ es
contemporâ neos, a Bı́blia é um livro sexista. Isso seria uma coisa ruim
se o sexismo fosse realmente um pecado, mas no mundo que Deus
criou, esse nã o é o caso. Quando pesada na balança da modernidade, a
Bı́blia é certamente um livro “pecaminoso”. Mas a ú nica coisa
angustiante sobre isso é que muitos cristã os se envergonham da Bı́blia.
No entanto, fazer tal a irmaçã o nã o demonstra de forma alguma uma
hostilidade para com as mulheres. A misoginia, ou ó dio à s mulheres, é
um pecado e é categoricamente proibido a todos os seguidores de
Cristo. Os maridos sã o obrigados a amar suas esposas da mesma forma
que Cristo amou a igreja (Efé sios 5:25), e o apó stolo Pedro instrui os
homens a terem cuidado especial para honrar suas esposas (1 Pedro
3:7). Um homem piedoso é aquele que se levanta nas portas da cidade e
abençoa o nome de sua esposa (Pv 31:28). Um homem que encontra
uma esposa piedosa encontrou um tesouro, muito alé m do preço de
todos os rubis.
Claramente, isso é “sexismo” descarado. Entã o, o que se entende por
admissã o? Ningué m está a irmando que é biblicamente aceitá vel que os
homens maltratem as mulheres. No entanto, existe um debate sobre o
que exatamente constitui maus-tratos. O debate sobre mulheres em
combate existe precisamente porque dois grupos de pessoas estã o
apelando para dois có digos de leis diferentes. Os cristã os apelam para a
Bı́blia para de inir o que constitui maus tratos à s mulheres. Os
secularistas apelam para a sabedoria humanista, que, em sua forma
atual, se opõ e a certos tipos de maus-tratos.
No que se refere à questã o da mulher em combate, houve injustiça ou
maus-tratos quando uma mulher foi excluı́da de um posto de combate,
simples e exclusivamente por ser mulher? Um lado acha que a resposta
é obviamente sim . O outro lado, aqui representado, nega.
Os cristã os devem recorrer rotineiramente à s suas Bı́blias para
resolver tais questõ es e, sobre esse assunto, a Bı́blia é clara. Manter as
mulheres fora do combate nada mais é do que simples prudê ncia
bı́blica, porque as mulheres como um grupo nã o sã o adequadas para o
combate. Dito de outra forma, as mulheres lutam mal. O fato de que a
Bı́blia é tã o raramente citada neste debate é menos uma indicaçã o de
um genuı́no silê ncio bı́blico do que uma indicaçã o real de quã o pouco
queremos respostas bı́blicas para nossos problemas.
Quando o profeta Isaı́as está declarando o julgamento do Senhor
contra o Egito, ele fala de seus temores desta forma: “Naquele dia o
Egito será como as mulheres, e terá medo e temor por causa do aceno da
mã o do Senhor dos hostes, que Ele agita sobre ele. E a terra de Judá
será um terror para o Egito; todo aquele que izer mençã o disso terá
medo em si mesmo, por causa do conselho do Senhor dos Exé rcitos que
Ele determinou contra isso” (Is. 19:16–17).
Jeremias fala da mesma forma: “Uma espada está contra os
adivinhos, e eles serã o tolos. Uma espada está contra seus valentes, e
eles icarã o desanimados. A espada virá contra os seus cavalos, contra
os seus carros, e contra todos os povos misturados que estã o no meio
dela; e eles se tornarão como mulheres . A espada está contra os seus
tesouros, e eles serã o roubados” (Jeremias 50:36–37).
Um capı́tulo adiante, o mesmo profeta usa a mesma comparaçã o: “E a
terra tremerá e se entristecerá ; pois todo desı́gnio do Senhor será
cumprido contra Babilô nia, para tornar a terra de Babilô nia uma
desolaçã o sem habitantes. Os valentes da Babilô nia cessaram de lutar,
permaneceram em suas fortalezas; seu poder falhou, eles se tornaram
como mulheres ; queimaram as suas moradas, quebraram-se as trancas
da sua porta” (Jr 51:29-30). Medido por nossos padrõ es
contemporâ neos, Nahum nã o é melhor: “Certamente, seu povo em seu
meio são mulheres! As portas da tua terra estã o escancaradas aos teus
inimigos; o fogo devorará as trancas das tuas portas” (Na. 3:13).
Quando essas passagens sã o consideradas juntas, devemos concluir
que uma maneira padrã o para os profetas de Deus dizerem a um povo
que seu poderio militar falhou com eles é dizer que seus guerreiros
chegaram ao ponto de lutar como mulheres. Uma conclusã o legı́tima
disso seria que se é uma coisa ruim ter seus homens lutando como
mulheres, entã o certamente seria uma coisa ruim ter suas mulheres
lutando como mulheres.
A suposiçã o em toda a Escritura é que os homens vã o para a guerra.
Quando os homens de Israel sã o contados para a guerra, a contagem é
feita de todos os homens de vinte anos ou mais: “Faça o recenseamento
de toda a congregaçã o dos ilhos de Israel, por suas famı́lias, pelas casas
de seus pais, de acordo com o nú mero de nomes, cada homem
individualmente, de vinte anos para cima - todos os que podem ir à
guerra em Israel. Tu e Arã o os contareis pelos seus exé rcitos” (Nú meros
1:2–3).
Isso nã o é oferecido como algum tipo de insulto baseado na Bı́blia à s
mulheres. E certo que insultos estã o sendo usados nas passagens
anteriores citadas, mas o insulto nã o é dirigido à s mulheres de forma
alguma. O insulto é dirigido à s guerreiras, que sã o descritas naqueles
lugares como lutando como mulheres.
não é um insulto para as mulheres quando suas caracterı́sticas sã o
usadas de forma ofensiva contra os homens? A resposta é simples, mas
primeiro temos que fazer uma distinçã o bá sica entre insultos diretos e
insultos comparativos.
Um insulto direto seria dizer que algué m é feio ou que algum
trabalho é negligente. A descriçã o negativa é independente e nã o
precisa de nenhum contexto adicional para tornar o signi icado claro... e
o signi icado é depreciativo.
Mas um insulto comparativo é pegar as caracterı́sticas de uma coisa,
que sã o apropriadas para aquela coisa, e aplicá -las a outra coisa que
nã o deveria ter essas caracterı́sticas. Quando dizemos que algo voa
como um balã o de chumbo, nã o estamos tentando insultar o chumbo,
que tem muitos atributos admirá veis em outros cená rios. Estamos
simplesmente a irmando que ele nã o tem caracterı́sticas de balã o.
Entã o, o que é superior, um trenó de dez libras ou uma xı́cara de chá
de porcelana? A resposta depende inteiramente do que você quer fazer.
Você quer beber chá ou dirigir em picos ferroviá rios? Atribuir a uma
estaca ferroviá ria os atributos de delicadeza e beleza seria insultá -la
(nã o que isso se importasse). Nã o seria um insulto aos pró prios
atributos de delicadeza e beleza.
A Bı́blia nos diz que as mulheres nã o sã o tã o boas quanto os homens
no importante trabalho da violê ncia. Os homens tê m um tipo de força e
as mulheres tê m outro. A força de cada domı́nio se torna uma fraqueza
fora desse domı́nio. Nenhum homem deveria querer ouvir que joga
granadas de mã o como uma garota. E nenhuma mã e deveria querer
ouvir que embala seu ilho para dormir como um time de fuzileiros
navais.
Claramente, a Bı́blia está insultando os guerreiros quando os
identi ica como um bando de mulheres, mas o insulto só pode ser
entendido se os pontos fortes das mulheres em outro reino forem
igualmente compreendidos. A questã o das mulheres na polı́tica nã o
surgiu porque o Estado-Maior Conjunto clamava por tal reforma para
melhorar sua e iciê ncia militar. Em vez disso, a polı́tica duvidosa foi
imposta a eles de fora. Tragicamente, nossos lı́deres militares, que
deveriam ser conhecidos por sua coragem, pouco demonstraram nessa
situaçã o; timidez e covardia tê m estado na ordem do dia. Ironicamente,
todo esse desastre nos fornece um exemplo moderno de nossos
guerreiros se tornando mulheres.
Por causa do crescimento do feminismo em nossa cultura em geral,
as mulheres chegaram a posiçõ es de in luê ncia em nosso reino civil.
Embora a Bı́blia nã o proı́ba as mulheres na liderança civil per se - o
exemplo de Dé bora vem à mente - a Bı́blia diz que quando a liderança
feminina é comum, ela deve ser considerada nã o uma bê nçã o, mas uma
maldiçã o - "Quanto ao meu povo , as crianças sã o seus opressores e as
mulheres os governam. O meu povo! Os que te guiam te fazem errar e
destroem o caminho das tuas veredas” (Is. 3:12).
Como o feminismo é desenfreado em nosso tempo, as mulheres
foram empurradas para posiçõ es para as quais nã o sã o naturalmente
adequadas. Esses cargos incluem muitos cargos de responsabilidade na
esfera civil. Como nã o vivemos em uma ditadura militar, essas incursõ es
feministas na esfera civil, por sua vez, colocaram as mulheres
feministas e aquelas in luenciadas por seu feminismo em uma posiçã o
em que podem começar a ditar aos militares o que deveriam fazer.
Como a mente feminista funciona de maneira diferente, o objetivo dos
militares nã o é mais visto em termos de e iciê ncia militar (por exemplo,
destruiçã o do inimigo), mas sim como um laborató rio de engenharia
social no qual as mulheres podem ser aceitas e aprender como se sentir
bem Sobre eles mesmos.
O objetivo dos militares deveria ser o de serem formidá veis na
batalha, e tal e iciê ncia militar é grandemente diminuı́da pela presença
de mulheres. Há muitas razõ es para isto. As mulheres fornecem uma
distraçã o sexual; um homem apaixonado por um de seus companheiros
soldados nã o funcionará da maneira que deveria na batalha. A presença
de mulheres nas forças armadas tende a distorcer a natureza das linhas
de autoridade da aliança (Ef 5:22-25). Em terceiro lugar, as mulheres
foram construı́das por Deus para gerar ilhos, e as mulheres grá vidas
lutarã o ainda mais mal do que as mulheres em geral. Alé m disso, os
custos logı́sticos de retirar mulheres grá vidas do front sã o
considerá veis, como já descobrimos em nossos recentes experimentos
com mulheres na guerra. E por ú ltimo, a Bı́blia requer um sistema
direto de pesos e medidas iguais. Deus rejeita todos esses padrõ es
duplos. Mas a presença de mulheres nas forças armadas exige tais
padrõ es duplos. Por exemplo, as academias militares nã o aceitaram
mulheres que pudessem realizar os testes fı́sicos que antes eram
exigidos de todos os homens. Dois conjuntos de padrõ es se
desenvolveram, o que signi ica que um homem pode desaparecer por
razõ es fı́sicas e ainda estar à frente de algué m que permanece. Isso cria
tensã o e hostilidade nas ileiras e prejudica a e iciê ncia militar.
De acordo com as Escrituras, os homens tê m a solene
responsabilidade de defender seus lares, suas esposas e seus ilhos.
Quando uma naçã o inalmente chega ao ponto de ser defendida pelas
mulheres, essa mesma naçã o nã o merece mais ser defendida. Certa vez,
Neemias encarregou os homens de Israel de cumprir seu dever a esse
respeito, dizendo: “E olhei, levantei-me e disse aos nobres, aos lı́deres e
ao restante do povo: 'Nã o tenham medo deles. Lembrem-se do Senhor,
grande e terrı́vel, e lutem por seus irmã os, seus ilhos, suas ilhas, suas
mulheres e suas casas'” (Neemias 4:14). Este é um dever que devemos
lembrar e abraçar.
SEÇÃO QUATRO
pai federal
Beleza incrível
Aprender a ser um pai federal começa aprendendo a ser um
marido federal para uma esposa grá vida. A tarefa é acompanhada de
tremendas bê nçã os: “Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor
e anda nos seus caminhos. Quando comeres do trabalho das tuas mã os,
será s feliz e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutı́fera no
seio da tua casa, os teus ilhos como as oliveiras ao redor da tua mesa.
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. O Senhor
te abençoe desde Siã o, e que você veja o bem de Jerusalé m todos os dias
de sua vida. Sim, você pode ver os ilhos de seus ilhos. A paz esteja com
Israel!” (Sl 128:1–6).
A beleza feminina assume muitas formas, mas nos tempos modernos
a forma mais negligenciada dessa beleza abençoada é a gravidez. Como
nã o prestamos atençã o à s nossas Bı́blias, chegamos ao ponto em que
descartamos essa bê nçã o com desdé m, ou zombamos dela, ou fazemos
comentá rios grosseiros para aqueles que receberam a bê nçã o. O
resultado é que muitas vezes as mulheres cristã s modernas abominam
a gravidez porque “arruina a igura”. Outros lamentam o que lhes
acontece por causa das inconveniê ncias de se locomover ou dormir.
Outras associam a gravidez com enjoos matinais e insistem que nunca
mais querem engravidar. O problema central com tais opiniõ es nã o é
que as mulheres as tenham, mas sim o contexto que criamos, no qual
tais opiniõ es sã o formadas.
Esse contexto pode ser descrito como uma má atitude geral em
relaçã o à s crianças e tudo relacionado a elas. A gravidez nã o é honrada
porque as crianças nã o sã o apreciadas. Infelizmente, a resposta cristã a
isso está apenas na metade do caminho. Alguns homens aprenderam
que os ilhos sã o uma bê nçã o e decidiram com suas esposas que
querem ter mais ilhos. As vezes, essa decisã o é tomada com alguma
relutâ ncia, mas é tomada. No entanto, as decisõ es sã o muitas vezes
tomadas com base em princı́pios bá sicos, sem seguimento atitudinal.
Voltamos ao “dever”, mas nã o à bê nçã o.
Conseqü entemente, caı́mos entre duas posiçõ es. Rejeitamos o
desprezo que o mundo mostra pelos resultados da gravidez, mas ainda
nã o aprendemos a honrar a gravidez. Se uma mulher grá vida entra em
uma reuniã o moderna de cristã os na condiçã o que Lucas descreve a
respeito da mã e de nosso Senhor (isto é , grá vida), há boas chances de
que ela ouça trê s comentá rios grosseiros antes do im da noite. Duas
pessoas vã o querer dar um tapinha na barriga dela, como se estar
grá vida tornasse o corpo de algué m propriedade pú blica, e uma pessoa
vai se estabelecer como uma esperteza. “O mé dico sabe o que causa
isso?” Alguns indivı́duos mais sé rios expressarã o alguma preocupaçã o
por ela, o tipo de preocupaçã o que atrai a armadilha do
descontentamento. “Joe está cuidando de você ? Você parece
terrivelmente cansado.
Há um mundo de diferença entre os homens que insistem que as
mulheres devem cumprir seu dever e os homens que honram as
mulheres que cumprem seu chamado – “No entanto, ela será salva na
gravidez se eles permanecerem na fé , no amor e na santidade, com
autocontrole” (1 Tm 2:15). As mulheres, como os homens, sã o salvas
pela graça de Deus no meio de seus chamados vocacionais. Na
sabedoria de Deus, a gravidez é o inı́cio desse chamado para as
mulheres. Deus deu a Adã o a tarefa de ser frutı́fero e encher a terra.
Mas Adã o era totalmente incapaz de se reproduzir sozinho. Ele
precisava de uma ajudadora adequada a ele, algué m capaz de ajudá -lo a
ser frutı́fero. E quando Adã o recebeu sua ajudadora, ele a honrou.
Paulo diz que as verdadeiras viú vas devem ser honradas (1 Tm 5:3).
Se suas famı́lias nã o puderem cuidar deles, entã o a igreja deveria
ajudar, contanto que fossem famosos por suas boas obras, que incluı́am
especi icamente a criaçã o de ilhos (v. 10). O chamado que é honrado no
inal da vida de uma mulher també m deve ser honrado no inı́cio dela.
Os homens devem aprender a ver a gravidez como uma honra
concedida, e eles pró prios devem honrar aqueles a quem ela foi
concedida. Os homens devem fazer isso em geral, e os maridos devem
fazê -lo particularmente. A questã o é ver a gravidez como algo mais do
que bom, mais do que um dever, mais do que importante; esta condição
é adorável . Imagine esta situaçã o: uma mulher, trazendo dentro de seu
corpo outra alma eterna, entra em uma sala cheia de homens. Todos se
levantam e a cumprimentam, e falam sobre isso e aquilo. Ningué m se
refere à gravidez dela, mas a grande maioria deles está pensando:
“Agora isso é realmente incrı́vel. Ela é incrı́vel. Seu comportamento é de
respeito e honra. Quando os homens geralmente respeitarem as
mulheres grá vidas, e os maridos aprenderem a respeitar, honrar e
admirar verbalmente a beleza de suas esposas durante a gravidez,
nossa situaçã o em relaçã o a nossas famı́lias logo será muito diferente.
Nos cı́rculos cristã os conservadores tradicionais, um lamento comum
é que as mulheres modernas nã o estã o ansiosas para ter ilhos como as
mulheres estavam na Bı́blia. As mulheres estã o muito ansiosas para
correr para uma carreira sem ilhos; as mulheres estã o descontentes
com o chamado que Deus lhes deu. Mas entã o, veja como as mulheres
grá vidas sã o tratadas no meio deles. Por que estamos surpresos? Por
que as mulheres deveriam honrar o que seus homens tratam com
desprezo?
Quando tivermos aprendido esta liçã o, estaremos mais bem
preparados para o pensamento federal depois que as crianças
chegarem. Ao mesmo tempo, aplicaçõ es adicionais sempre serã o
necessá rias.
fruto da aliança
Já vimos que os casamentos sã o entidades de aliança. Isso nã o é
menos verdadeiro quanto ao fruto de tais uniõ es pactuais. A famı́lia nã o
é estabelecida pelo costume ou pela legislaçã o. A famı́lia é estabelecida
e de inida somente pela Palavra de Deus. Como vimos a força da
conexã o federal de um homem com sua esposa, nã o devemos nos
surpreender ao descobrir que a Bı́blia descreve uma conexã o pactual
muito pró xima entre um homem e seus ilhos.
Em Malaquias, onde as esposas sã o descritas como esposas por
aliança (2:14), també m vemos por que Deus pretendia essa uniã o
pactual em primeiro lugar: “Mas nã o as fez uma, tendo o remanescente
do Espı́rito? E por que um? Ele busca uma descendência piedosa .
Portanto, tenha cuidado com o seu espı́rito, e que ningué m trate
traiçoeiramente com a esposa de sua juventude” (Mal. 2:15). A razã o
pela qual Deus reú ne marido e mulher em uniã o federal é para que eles
possam criar uma descendê ncia piedosa diante dEle. Nã o
surpreendentemente, há uma profunda conexã o federal com as
crianças. A á gua nã o sobe acima de seu nı́vel, e um casamento pactual
nã o pode produzir frutos nã o pactuados.
Esse entendimento federal é maravilhosamente apresentado na
descriçã o da Bı́blia sobre o entendimento de Jó sobre sua
responsabilidade parental.
E seus ilhos iam festejar em suas casas, cada um em seu dia
determinado, e mandavam convidar suas trê s irmã s para comer e beber
com eles. Assim acontecia que, terminados os dias de banquetes, Jó os
mandava santi icar; levantava-se de manhã cedo e oferecia holocaustos
conforme o nú mero de todos eles. Pois Jó disse: “Pode ser que meus
ilhos tenham pecado e amaldiçoado a Deus em seus coraçõ es”. Assim Jó
fazia regularmente. ( Jó 1:4–5 )
Nesse texto, Jó nã o oferece sacrifı́cios por sentimento de culpa ou
para cobrir as falhas de seus pais. Essa prá tica dele está sendo descrita
como um exemplo de sua justiça. No primeiro versı́culo do livro, Jó é
descrito desta forma: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era
Jó ; e aquele homem era ı́ntegro e reto, e temente a Deus e se desviava
do mal” (Jó 1:1). Jó é ı́ntegro e justo. Ele era um homem temente a Deus
que evitava o mal. E entã o, um momento depois, ele é descrito como
oferecendo esses sacrifı́cios federais por seus ilhos. Ele faz isso por
causa de sua responsabilidade. Mas observe até onde ele estende suas
responsabilidades. Ele está diante de Deus por causa do que qualquer
um de seus ilhos pode ter feito em seus corações . Jó nã o é homem de
dar desculpas. Ele nã o alega ignorâ ncia diante de Deus. Sua ignorâ ncia
é o que o faz sacri icar da maneira que ele faz. Isso nã o o isenta de
responsabilidade de forma alguma.
Como mencionado anteriormente, este é um conceito difı́cil para os
homens modernos entenderem. Os pais freqü entemente lutam com as
questõ es que envolvem a responsabilidade pessoal, porque o
individualismo os leva a pensar na responsabilidade como ou/ou , em
vez de pensar em ambos/e . Lembre-se do exemplo anterior das bolas
de bilhar que nã o podem ocupar o mesmo lugar. Mas isso é regido pelas
leis do pacto e nã o pelas leis da fı́sica. Os convê nios sã o hierá rquicos e
as responsabilidades com eles se sobrepõ em. A responsabilidade
federal desse tipo nã o divide, mas se multiplica e ascende. Certos
princı́pios-chave sã o essenciais para entender isso.
A assunçã o da responsabilidade da aliança por um pai nã o diminui a
responsabilidade pessoal de cada ilho por tudo o que ele faz e pensa;
ao contrá rio, fortalece-o. Um pai deve tomar cuidado com a falsa
dicotomia entre individualismo e “patriarcalismo”. O individualista diz a
cada pessoa da famı́lia que a responsabilidade começa e termina com
ele. Apenas uma pessoa pode ser responsá vel por uma coisa. A
abordagem “patriarcalista” concordaria e entã o diria que a ú nica
pessoa responsá vel na famı́lia é o chefe. Se ele é responsá vel, entã o
ningué m mais pode fazer nada livremente. Ambas as abordagens sã o
errô neas.
O pensamento federal no lar é um ponto de unidade. Alé m desse
pensamento pactual, o pensamento contraditó rio necessariamente se
desenvolverá na famı́lia. Um marido se vê de um lado e sua esposa se vê
do outro. Cada um tem uma perspectiva e acha que está certo.
Novamente, o pensamento pactual é a base bı́blica para ser capaz de
dizer nós e para que esse pronome signi ique algo na sala do trono de
Deus.
A mente federal nã o é uma té cnica; é uma mente de sabedoria. Um
homem deve sempre ter o cuidado de distinguir a aplicaçã o da
conformidade irracional. Um homem pode dizer: “Eu sou o chefe
federal deste lugar”, todas as manhã s quando se levanta, mas os
mantras da aliança nã o funcionam melhor do que qualquer outro tipo
de mantra. Muitas pessoas querem doze passos, ou sete passos, ou trê s
passos para resolver seus problemas, e essa abordagem nã o pode ser
manipulada dessa maneira.
O pensamento pietista anti-pacto funciona da seguinte maneira:
“Peguei meu ilho lendo Penthouse . Nã o foi assim que o ensinamos. Ele
deveria saber ser...? Agora que o pai sabe do pecado, ele acha que é
responsá vel por dizer alguma coisa, mas ele era responsá vel antes de
saber. Essa mentalidade pensa que o conhecimento traz uma medida de
responsabilidade pessoal - a responsabilidade de exortar o outro sobre
suas responsabilidades. Mas, como observou o inteligente incré dulo
Ambrose Bierce, a exortaçã o é a prá tica, em assuntos religiosos, de
colocar a consciê ncia de outra pessoa no espeto e assá -la até um
desconforto marrom. Nesse cená rio, um pai usa seu conhecimento
como arma contra seu ilho. Quando o pai nã o diz nada, a criança se
afasta. Quando o pai diz alguma coisa, ele afasta o ilho.
Mas o pensamento da aliança funciona da seguinte maneira: “Pai,
pode ser que a luxú ria tenha um ponto de apoio em nosso lar. Viemos
diante de Ti em nome de Jesus Cristo...” Esta transaçã o é realizada
perante o Senhor . Claro, um homem deve ensinar e instruir. Mas as
questõ es das responsabilidades federais devem estar profundamente
enraizadas em seus ossos antes que ele empreenda qualquer instruçã o
desse tipo.
Cultivar essa mentalidade ajudará a resolver muitos problemas
domé sticos. Agora, ao abordar os “pecados comuns” da famı́lia, seria
fá cil focar naqueles pecados comuns que todos conhecem e
reconhecem como pecados - reclamar, brigar etc. alguns dos problemas
que estabelecem as tentaçõ es para os pecados da variedade jardim. E,
como já deve estar claro, os pecados “instituı́dos” envolvem a rejeiçã o
da responsabilidade federal do pai.
Cultivando as Raízes
Freqü entemente, lidamos com os pecados apenas quando eles dã o
frutos nas extremidades do ramo. Muita energia espiritual poderia ser
poupada se estivé ssemos dispostos a considerar algumas das raı́zes dos
problemas.
Muitos pais sã o culpados de negligê ncia pessoal e espiritual. Mas
aqueles que nã o conhecem a condiçã o de suas pró prias almas nã o estã o
em posiçã o de pastorear as almas dos outros - “Ora, os que caı́ram entre
os espinhos sã o aqueles que, ouvindo, saem e sã o sufocados com
cuidados, riquezas , e prazeres da vida, e nã o dã o fruto até a
maturidade” (Lucas 8:14). Os pais devem cuidar para que nã o
negligenciem o estado de suas pró prias almas. “Como vai com você e
com Deus?” Ocupaçã o nã o é santidade. Muitos homens, embora nã o
sejam ricos ou hedonistas seculares, estã o sufocados com os cuidados.
Eles nã o tê m tempo para levar seus ilhos diante do Senhor em oraçã o.
Outros homens, muitas vezes com a ajuda entusiá stica de suas
esposas, exibem o que pode ser chamado de isolacionismo defensivo.
Em nome de uma famı́lia forte, eles simplesmente criam uma famı́lia
isolada. Mas observe como Paulo dá uma exortaçã o aos membros da
famı́lia em Colossos: “Mulheres, submetam-se… Maridos, amem…
Filhos, obedeçam… Pais, nã o provoquem” (Colossenses 3:18–21). O
ponto aqui nã o é o conteú do das exortaçõ es de Paulo, mas sim observar
que elas sã o dadas no contexto da igreja . Vivemos em uma
comunidade; a igreja nã o é um clube de indivı́duos isolados. Isso
signi ica que estamos envolvidos na vida uns dos outros, o que, por sua
vez, signi ica que conhecemos os ilhos uns dos outros.
Muitos pais assumem erroneamente que conhecem seus ilhos
melhor do que qualquer outra pessoa na igreja. Seria mais correto dizer
que os pais poderiam conhecer melhor seus ilhos se estudassem a
Palavra, e seus ilhos, com sabedoria bı́blica. Se o izessem, saberiam
que “ ié is sã o as feridas do amigo, mas os beijos do inimigo sã o
enganosos” (Prové rbios 27:6). Mas muitos pais caı́ram em uma postura
defensiva - "meu ilho nã o pode fazer nada errado, etc." - e ningué m
pode dizer o contrá rio.
Outros pais nã o sã o espinhosos e defensivos pela simples razã o de
terem preparado todas as suas defesas de antemã o. Eles se isolaram a
tal ponto que a responsabilidade com outras famı́lias cristã s se torna
uma impossibilidade virtual. Isso é um isolacionismo ignorante. Assim
como o pecado busca a escuridã o (Joã o 3:19), també m o pecado, no
mesmo princı́pio, busca a falta de responsabilidade . Mas Paulo é direto
em sua aplicaçã o de um princı́pio bı́blico contrastante: “Pois nã o
ousamos nos classi icar ou nos comparar com aqueles que se
recomendam. Mas eles, medindo-se a si mesmos e comparando-se
entre si, não são sábios ”(2 Corı́ntios 10:12). Este é um problema
comum entre aqueles que ensinam em casa. Conseqü entemente,
quando surgem problemas, eles geralmente nã o sã o identi icados até
que seja tarde demais para fazer qualquer coisa a respeito.
E claro que um pai tolo que educa em casa nã o resolveria o problema
matriculando seus ilhos em uma escola cristã . Isso levaria ao problema
da presunçã o. Longe de negligenciar a comunidade, este é um pecado
que depende inteiramente da “comunidade”. “Tudo o que temos a
fazer”, pensa-se, “é matricular nossos ilhos em uma boa escola cristã ,
frequentar uma boa igreja, e tudo icará bem”. Não, não vai . Quando os
pais nã o exercem uma supervisã o piedosa e sá bia com seus ilhos,
coisas ruins acontecem regular e rotineiramente, independentemente
da comunidade em que as crianças vivem e da escola que frequentam.
Outros pais querem consertar sua famı́lia brincando com coisas
externas. Conseqü entemente, eles sã o faná ticos por novidades; eles
estã o constantemente perseguindo modismos. Mas Paulo també m
proı́be isso - “para que nã o sejamos mais meninos inconstantes, levados
em roda por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, com
astú cia que enganam, mas falando a verdade em amor. , cresçam em
todas as coisas naquele que é a cabeça, Cristo” (Efé sios 4:14–15).
Podemos dividir esses modismos em duas categorias - aqueles que se
encaixam exatamente nessa descriçã o de Efé sios e sã o necessariamente
destrutivos em seus efeitos é o primeiro. Todos os legalismos
antibı́blicos se encaixariam nessa categoria. “Você nã o é realmente um
pai genuinamente comprometido, a menos que … cumpra todos os
mandamentos que nossa associaçã o de cé rebros malucos pode
inventar” - você escolhe - piedade por meio da apicultura, santidade por
meio da abstinê ncia, justiça por quebrar sua televisã o e assim por
diante, no né voa!
Esse problema com modismos també m pode incluir aquelas coisas
que podem ser frutı́feras e construtivas se abordadas com sabedoria —
namoro, educaçã o em casa e tudo o mais. Mas debandadas nunca
trazem sabedoria. Criar ilhos é como trabalhar com concreto e, como
qualquer pessoa que já trabalhou com concreto pode dizer, depois de
45 minutos, está tudo pronto. O tempo é um elemento chave nesta
tarefa, e passado esse tempo, a coisa está feita .
Reconhecendo problemas
“Você sabe que tem um problema quando...” Uma das maiores
perdas de tempo é consertar problemas que as pessoas nã o acreditam
ter. Antes que um pai assuma a responsabilidade pela condiçã o de seus
ilhos diante do Senhor, ele deve saber que precisa do ensino das
Escrituras. Ele deve saber que precisa dos padrões de Deus e deve saber
que precisa da graça de Deus . Portanto, biblicamente, um homem deve
saber que tem um problema e precisa aprender os padrõ es e a graça de
Deus, quando...
… seus ilhos sã o rotineiramente desobedientes – “Castiga teu ilho
enquanto há esperança e nã o te preocupes com a destruiçã o dele”
(Prové rbios 19:18); “O que reté m a vara odeia o ilho, mas o que o ama
corrige-o prontamente” (Prové rbios 13:24). Uma palavra-chave neste
ú ltimo versı́culo é prontamente . Obediê ncia tardia é desobediê ncia. A
recusa em disciplinar no momento da primeira ofensa é o mesmo que
ensinar a desobediê ncia.
… seus ilhos reviram os olhos quando ele tenta instruı́-los: “Filho
meu, guarda o mandamento de teu pai e nã o abandones a lei de tua
mã e” (Prové rbios 6:20; cf. 4:1–4; 13 : 1 ). Quando os ilhos
desrespeitam a sabedoria dos pais (“Ah, mã e!”), há um problema sé rio
no lar.
… ele encontra-se dando desculpas para seus ilhos para os outros. As
desculpas assumem duas formas - apologé ticas e defensivas. Agora, a
tentaçã o de desculpar vem da natureza do problema: “O ilho sá bio
alegra a seu pai, mas o ilho insensato é a tristeza de sua mã e”
(Prové rbios 10:1). Quando os pais se entristecem por causa dos ilhos,
eles nã o necessariamente pensam direito: “Sê sá bio, ilho meu, e alegra
o meu coraçã o, para que eu possa responder ao que me afronta”
(Prové rbios 27:11). A proverbial tendê ncia da “mamã e ursa” de
assumir o papel da criança sem todos os fatos é uma grande
destruidora de crianças. Da mesma forma, quando um pai faz o pedido
de desculpas que a criança deveria fazer, a criança també m é muito
prejudicada. Ele precisa aprender a comer sua pró pria comida.
… ele está exasperado e frustrado com seus ilhos: “Corrige teu ilho,
e ele te dará descanso; sim, ele dará prazer à sua alma” (Prové rbios
29:17). Um homem está fora de si? Entã o ele é desobediente. Quando o
lar está funcionando como deveria, o lar está cheio de descanso e deleite
.
… seus ilhos sã o chorõ es – “Ensina a criança no caminho em que
deve andar, e até quando envelhecer nã o se desviará dele” (Prové rbios
22:6). Como eles devem viver e trabalhar quando forem adultos? Eles
devem “fazer tudo sem queixas e disputas” (Fp 2:14). Esta é uma liçã o
difı́cil. Entã o, quando devemos começar a aprender?
… seus ilhos sã o inseguros em sua identidade e vocaçã o masculina e
feminina, respectivamente — “homem e mulher os criou” (Gn 1:27).
Nã o somos um material de gê nero neutro até que sejamos chamados a
assumir nossas posiçõ es como maridos ou esposas. Antes desse tempo,
estamos aprendendo e nos preparando para esse tempo.
… seus ilhos sã o preguiçosos – “O servo prudente dominará sobre o
ilho que causa vergonha, e repartirá a herança entre os irmã os”
(Prové rbios 17:2); “O que ajunta no verã o é ilho sá bio; quem dorme na
sega é ilho que envergonha” (Prové rbios 10:5). O trabalho é mais difı́cil
por causa da Queda, mas nã o foi causado pela Queda.
… seus ilhos sã o miserá veis porque ele nã o os ama por meio da
disciplina – “Porque o Senhor corrige a quem ama, assim como o pai ao
ilho a quem quer bem” (Prové rbios 3:12). Um pai pode ter confundido
seu sentimentalismo com um amor bı́blico por seus ilhos. Mas
qualquer atitude de um pai que nã o disciplina não é amor, mas algum
tipo de falsi icaçã o destrutiva. Homens que nã o disciplinam seus ilhos
os desprezam.
Agora, é claro, nenhum pai pode dizer que tem ilhos perfeitos em
qualquer uma dessas á reas. Somos todos descendentes de Adã o; nã o há
como contornar isso. Mas se qualquer uma dessas características for de
uma famı́lia, entã o essa casa está falhando em suas obrigaçõ es pactuais.
Educar nossos ilhos é uma obrigaçã o da aliança. Por sermos cristã os,
sabemos que nenhuma aliança é mantida por nossas obras. Em vez
disso, esta aliança, como todas as outras, é mantida por Cristo e é
apropriada por nó s pela fé . Isso signi ica que os pais devem receber a
graça pela fé . Agora, a fé que se apropria é uma fé que també m opera,
mas a obra realizada por essa fé nã o é a base para que seus ilhos “se
transformem”. Isso é oferecido pela graça de Deus. Você acredita nisso?
“Mas a misericó rdia do Senhor é de eternidade a eternidade sobre os
que o temem, e a sua justiça sobre os ilhos dos ilhos, sobre os que
guardam a sua aliança e sobre os que se lembram dos seus
mandamentos para os cumprir” (Sl 103:17– 18).
Cuidando das Diferenças
De acordo com o tema deste livro – a questã o da masculinidade –
algumas coisas devem ser ditas sobre treinar e moldar a masculinidade
e a feminilidade das crianças. A medida que um homem cria seus ilhos
diante do Senhor, as distinçõ es entre ilhos e ilhas devem se tornar
cada vez mais ó bvias — tanto para os pais quanto para o resto do
mundo. Trê s semanas apó s o nascimento, “E menino ou menina?” é
uma pergunta razoá vel. Quinze anos depois, a mesma pergunta indica
problemas.
Nosso objetivo nã o é ser nem “tradicional” nem “moderno”, mas sim
bíblico . Dito isso, a raça humana descobriu certas coisas ao longo dos
sé culos (como o fato de que a grama cresce para cima, nã o para baixo),
e isso inclui a verdade de que meninos e meninas sã o diferentes. O
pensamento igualitá rio moderno é , portanto, suspeito por dois
motivos: como um modismo, é mais prová vel que esteja errado e, como
um modismo moderno, é mais prová vel que sejamos afetados por ele.
Ao mesmo tempo, a Escritura tem autoridade sobre todas as
observaçõ es humanas, nã o importa quã o antiga seja.
Ao falar de meninos e meninas, homens e mulheres, vamos
generalizar. Embora generalizar à s vezes seja errado em casos
individuais, pode ser nobre e necessá rio (Mt. 23:1ss; Tit. 1:12).
Um pai sá bio permite variaçõ es de personalidade entre seus meninos
e entre suas meninas - “Assim os meninos cresceram. E Esaú era
caçador habilidoso, homem do campo; mas Jacó era homem manso,
habitando em tendas” (Gn 25:27). A masculinidade e a feminilidade nã o
sã o instiladas com cortadores de biscoito especiais de gê nero. A mente
bı́blica aprende a pensar em termos de princı́pios e nã o se preocupa
com os detalhes.
Os homens sã o chamados para glori icar a Deus por meio do trabalho
que sã o chamados a fazer no mundo (Gn 2:15). No que diz respeito à s
suas famı́lias, os homens sã o chamados para proteção e provisão – “E
olhei, levantei-me e disse aos nobres, aos lı́deres e ao resto do povo:
'Nã o tenham medo deles. Lembrem-se do Senhor, grande e terrı́vel, e
lutem por seus irmã os, seus ilhos, suas ilhas, suas mulheres e suas
casas'” (Neemias 4:14). E a Bı́blia també m diz: “Mas, se algué m nã o tem
cuidado dos seus e principalmente dos da sua famı́lia, tem negado a fé e
é pior do que o descrente” (1 Tim. 5:8). Os meninos devem, portanto,
estar preparados para proteger e prover. Isso signi ica que os meninos
devem aprender a dureza que luta e a dureza que assume a
responsabilidade de fornecer trabalho.
As mulheres sã o chamadas para servir e ajudar um homem – “E o
Senhor Deus disse: 'Nã o é bom que o homem esteja só ; far-lhe-ei uma
auxiliadora que lhe seja compará vel'” (Gn 2:18). E Paulo diz: “Porque o
homem nã o é da mulher, mas a mulher do homem. Nem o homem foi
criado para a mulher, mas a mulher para o homem” (1 Corı́ntios 11:8–
9). As mulheres també m devem trabalhar arduamente (Prové rbios 31),
mas nã o é um trabalho de provisã o responsá vel. Em vez disso, é o
trabalho de serviço e gerenciamento responsá veis. Isso signi ica que as
meninas, assim como os meninos, devem ser educadas em seus
chamados de adultos.
A Bı́blia exige que meninos e meninas apresentem uma aparê ncia
diferente (Deut. 22:5; 1 Cor. 11:14). Conforme discutido anteriormente,
as Escrituras não nos dã o um có digo de vestimenta detalhado. Mas
insiste em que tenhamos um có digo de vestimenta que nã o seja
andró gino. Nã o devemos fazer julgamentos super iciais, absolutizando
qualquer parte de nossa cultura. No entanto, somos obrigados a ter e
defender uma cultura que distingue masculino e feminino. Embora
ningué m nos tempos bı́blicos usasse vestidos e calças, deverı́amos estar
re letindo as diferenças sexuais em como nos vestimos. Embora um pai
nã o deva se preocupar com todos os detalhes, ele deve ser zeloso por
distinçõ es piedosas.
Esse problema també m afeta a maneira como as crianças vã o à
escola. Dois aspectos da educaçã o de uma criança sã o importantes a
serem considerados. A primeira é a alfabetizaçã o simples, que dá
acesso à Palavra de Deus. Os cristã os devem ser pessoas da Palavra,
entã o devemos insistir que nossos ilhos sejam pessoas de palavras .
Somos cristã os, entã o amamos livros. Um segundo aspecto está sob o
tı́tulo do mandato cultural e consiste em exercermos o domínio nas
diversas á reas para as quais Deus nos chamou. Deus nã o nos chamou
para icar sentados no mundo. Ele nos chamou para estudá -lo e
subjugá -lo. Isso requer uma educaçã o rigorosa. Os limites ó bvios para
isso devem ser dados por Deus e nã o autodeterminados . A recusa em
educar suas ilhas é uma recusa em educar seus netos - e isso concede
domı́nio aos que odeiam a Deus.
Um grande problema para muitos pais é a questã o do atletismo. Cada
vez que passamos por mais uma rodada das Olimpı́adas, vemos a
religiã o humanista da modernidade em toda a sua insı́gnia. Nã o deixe o
mundo ditar a você o que você “deve” fazer. Os esportes certamente sã o
lı́citos (1 Corı́ntios 9:24-27) e certamente sã o lı́citos para as meninas.
Mas nã o deixe que o mandato atlé tico moderno deixe de lado os
requisitos de modéstia ou os padrõ es de decoro feminino .
Disciplina Disciplina
Todas as seçõ es acima assumem uma estrutura de disciplina e, por
trá s de todo o nosso cuidado e correçã o, temos que deixar bem claros
os princípios que fundamentam a disciplina bı́blica consistente. Embora
eu tenha discutido a criaçã o de ilhos com mais detalhes em Standing
on the Promises , aqui expando esses princı́pios dentro do contexto
explı́cito da paternidade federal, enfatizando certos aspectos em
resposta a discussõ es recentes.
Para começar, um pai nã o deve se distrair com mé todos de disciplina.
Embora mé todos bı́blicos e mé todos biblicamente consistentes sejam
importantes, a coisa mais importante a entender sobre disciplinar seus
ilhos sã o os princı́pios que a Bı́blia ensina sobre o assunto.
A disciplina deve ser con iante – “A tolice está ligada ao coraçã o da
criança; a vara da correçã o a afastará dele” (Prové rbios 22:15). Deus
atribui promessas à disciplina quando a disciplina é aplicada da
maneira que Ele instrui. Aplicar a disciplina sem acreditar em suas
promessas é impudê ncia. A impudê ncia pode assumir vá rias formas -
ansiedade, descrença aberta, etc. Muitos pais dirã o: "Tentamos isso,
mas nã o funcionou". Primeiro, o que isso signi ica: “Tentamos a
obediê ncia”? E em segundo lugar, nã o funcionou porque a forma de
religiã o sem a substâ ncia da religiã o nunca funciona. A palavra
con iante signi ica literalmente “com fé ”. Seus ilhos devem ser
disciplinados na fé , pela fé e pela fé . Um pai federal deve buscar e se
apegar à s promessas de Deus a respeito da disciplina.
E, claro, a disciplina deve ser afetuosa – “E já vos esquecestes da
exortaçã o que vos fala como a ilhos: Filho meu, nã o desprezes a
correçã o do Senhor, nem desmaies quando por Ele fores repreendido;
porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo ilho a quem
recebe” (Hb 12:5-6). O autor de Hebreus compara a disciplina divina
com a disciplina humana. Um dos pontos de comparaçã o é que a
disciplina representa amor, carinho e identi icaçã o. Um homem que se
recusa a disciplinar seu ilho está , na verdade, deserdando-o. Essa
rejeiçã o, ou ó dio, é totalmente contrá ria à atitude que os pais cristã os
devem ter para com os ilhos. A disciplina afetuosa dá aos ilhos algo
para onde voltar apó s o arrependimento.
A disciplina deve ser judicial – “Irmã os, se algum homem chegar a ser
surpreendido em alguma ofensa, vó s, que sois espirituais, corrigi-o com
espı́rito de mansidã o; guarda-te para que nã o sejas també m tentado”
(Gá latas 6:1). Quando houver uma transgressã o em qualquer situaçã o,
os que estã o quali icados para lidar com isso sã o os espirituais . Em
casa, isso resulta em uma pegadinha comum. Um pai está quali icado
para disciplinar quando nã o “sente vontade”. E quando ele
emocionalmente “sente vontade”, ele nã o está quali icado. A disciplina
da criança deve, portanto, começar com a autodisciplina .
A disciplina deve ser rápida – “Nã o vos enganeis, de Deus nã o se
zomba; porque tudo o que o homem semear, isso també m ceifará ”
(Gá latas 6:7). Mas como Deus governa o mundo, nã o é incomum que
um tempo considerá vel passe entre a semeadura e a colheita. Portanto,
um pai piedoso deve se lembrar de que nã o está apenas exercendo o
princı́pio, ele está ensinando o princı́pio à s mentes dos jovens.
Consequentemente, o tempo entre a semeadura e a colheita deve ser o
mais curto possı́vel. Mesmo o bebê mais novo entende a causalidade em
algum nı́vel, mas quanto mais jovem a criança, mais imediatamente ela
deve ser disciplinada. A Bı́blia ensina isso: “O que reté m a vara odeia a
seu ilho, mas o que o ama corrige-o prontamente ” (Prové rbios 13:24).
A disciplina deve ser dolorosa – “Ora, nenhuma correçã o parece no
momento ser motivo de alegria, mas de dor” (Hb 12:11a). Se a
disciplina não for dolorosa, entã o nã o se quali ica como disciplina. A
ternura dos pais, principalmente das mã es, é um ponto comum de
tropeço. Essa ternura que se recusa a disciplinar é uma “bondade” que
mata. Deus exige que in lijamos dor à queles que nos sã o queridos. A
dor envolvida na disciplina piedosa é tanto positiva quanto negativa .
A disciplina rá pida e dolorosa nã o signi ica que o pai deva ser um
ogro, mas exatamente o contrá rio. Vemos em Prové rbios 3:11–12 que a
disciplina do Senhor requer conforto e encorajamento depois. Se este é
o caso da disciplina divina, quanto mais é necessá rio quando nossos
pais terrenos nos corrigem? “Assim como um pai se compadece de seus
ilhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem. Pois Ele
conhece nossa estrutura; Ele se lembra de que somos pó ” (Sl 103:13–
14).
A Bı́blia é contundente em sua exigê ncia aos pais a esse respeito:
“Pais, não provoqueis a vossos ilhos, para que nã o desanimem”
(Colossenses 3:21). Nã o existe meio de provocaçã o mais e icaz do que a
disciplina errá tica, dura, sem amor ou inconsistente. Um homem que é
incapaz de encorajar amorosamente seus ilhos apó s a disciplina nã o
está quali icado para exercer nenhuma disciplina.
O encorajamento deve incluir instruçõ es de acompanhamento. Se
restar alguma dú vida, ela deve ser respondida. Deve incluir també m a
oraçã o. Deus está presente e trabalhando por meio da disciplina, e Sua
presença deve ser reconhecida. A criança deve ter certeza do perdã o. A
quebra de companheirismo acabou . Como resultado, houve a
restauraçã o da comunhã o. Um pai deve tomar cuidado especial para ser
caloroso e alegre apó s a disciplina.
Obviamente, a disciplina deve ser e icaz – “Depois dá fruto pacı́ ico de
justiça para os que por ela sã o exercitados” (Hb 12:11b). Ao mesmo
tempo, só porque algo é doloroso nã o signi ica que se quali ique como
disciplina. A disciplina é corretiva, enquanto a puniçã o é uma simples
questã o de justiça. Quando o magistrado civil executa um serial killer, a
questã o nã o é melhorar o assassino. Isso é puniçã o, nã o disciplina. O
objetivo da disciplina é corrigir e mudar o cará ter e o comportamento
das crianças. Se nã o está tendo esse efeito, entã o nã o é disciplina. E a
colheita inal pode ser medida pelos “retornos iniciais”. Quando uma
criança toma banho, você nã o mede o sucesso pela quantidade de
tempo gasto na banheira. O sucesso é medido pelos resultados . Uma
parte importante da e icá cia na disciplina é a consistência .
A disciplina deve re letir os padrões bíblicos – “E em vã o me adoram,
ensinando doutrinas que sã o mandamentos de homens” (Mateus 15:9).
Um pai nunca deve cair na armadilha de pensar que tudo o que é
“estrito” é bı́blico. A maioria das religiõ es falsas sã o rı́gidas. Se um
homem aplica a disciplina de forma errada, ele pode mexer com a
cabeça de seu ilho para o resto da vida. Ele nã o deve confundir as
regras da casa com as regras de Deus. Ele deve ensinar seus ilhos a
fazer essas distinçõ es bá sicas. Deus nã o exige que as crianças
mantenham os pé s fora do sofá . Esta é uma regra da casa. Deus exige
que os ilhos obedeçam a seus pais. Esta é a regra de Deus. E é por isso
que eles devem manter os pé s fora do sofá .
Os princı́pios devem ser aplicados para serem ú teis. E quando eles
sã o aplicados, eles assumem uma certa forma ou formato. Quando os
pais disciplinam seus ilhos, deve-se sempre ser capaz de ver
claramente os princı́pios que estã o sendo aplicados.
Uma boa maneira de fazer isso é identi icar claramente o pecado
envolvido. Um pai deve lembrar que disciplina é ensino . A liçã o nã o
deveria ser: “Em algum momento no passado recente você me
desagradou de uma forma ou de outra”. Em vez disso, a liçã o deve ser
algo como: “Nã o me oponho a limpar armá rios. Mas você deve perceber
que, quando subiu para fazer isso, nã o estava fazendo o que eu lhe disse
para fazer, que era limpar o porã o. Agradeço o trabalho que você fez no
armá rio, mas Samuel disse ao rei Saul que obedecer é melhor do que
sacri icar. O que você fez foi desobediê ncia.
O pecado cometido pela criança deve ser identi icado e nomeado.
Uma passagem apropriada da Escritura deve ser aplicada. A criança
deve ser instruı́da pelas Escrituras enquanto está sendo disciplinada
por seu pai. Como a criança é disciplinada, devem ser feitas concessõ es
para questõ es de maturidade. Nunca devem ser feitas concessõ es para
questõ es morais .
No centro de tudo está o desejo que o pai federal tem de ensinar seus
ilhos a honrá -lo e a sua mã e. Ele faz isso nã o porque está perdendo o
poder, mas porque deseja que seus ilhos vivam suas vidas sob as
bê nçã os de Deus: “Honra teu pai e tua mã e, para que se prolonguem os
teus dias na terra que o Senhor teu Deus é . dando a você ” (Exodo
20:12); “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é certo.
'Honra a teu pai e a tua mã e', que é o primeiro mandamento com
promessa : 'para que te vá bem e tenhas longa vida sobre a terra '”
(Efé sios 6:1–3).
Embora todos tenhamos o dever de honrar nossos pais, devemos
honrar e amar mais a Deus. Isso é fundamental. Nenhum governo
humano, nenhum relacionamento humano é absoluto. Todos devem
estar sob nosso relacionamento com Deus. Como Jesus ensinou: “Quem
ama o pai ou a mã e mais do que a mim nã o é digno de mim. E quem
ama o ilho ou a ilha mais do que a mim nã o é digno de mim” (Mt.
10:37). Ao dizer isso, Cristo nã o estava deixando de lado a lei de Deus;
ao contrá rio, Ele estava repetindo (Mt. 19:19). Esta nã o é uma verdade
limitada à nossa vida emocional; afeta o que fazemos : “Ele [Acazias] fez
o que era mau aos olhos do Senhor, e andou no caminho de seu pai e no
caminho de sua mãe e no caminho de Jeroboã o, ilho de Nebate, que fez
de Israel pecado” (1 Reis 22:52). A Bı́blia nos diz o que fazer quando os
pais sã o inı́quos. Devemos nossa lealdade primá ria somente a Deus.
Mas sob Sua autoridade, a desobediê ncia ao Quinto Mandamento nã o
é um “pequeno negó cio”. Vemos isso primeiro no fato de que o requisito
é colocado entre os outros nove. També m vemos como os escritores do
Novo Testamento trataram esse pecado: “Porque os homens serã o
egoı́stas, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemadores,
desobedientes aos pais ” (2 Tm 3:2). Paulo inclui isso em Romanos em
uma lista de grandes formas de maldade: “caluniadores, inimigos de
Deus, violentos, soberbos, presunçosos, inventores de coisas má s,
desobedientes aos pais ” (Rm 1:30). Considerando a empresa que
manté m, a desobediê ncia aos pais nã o é um pecado pequeno.
Honrar os pais inclui muitos deveres. Primeiro, os ilhos devem ser
alunos de seus pais: “Meu ilho, ouça a instruçã o de seu pai e nã o deixe
a lei de sua mã e” (Prové rbios 1:8). Eles devem ter um desejo claro de
agradar a seus pais – “O ilho sá bio alegra a seu pai, mas o ilho
insensato é a tristeza de sua mã e” (Pv 10:1; cf. 15:20; 19:26; 23: 25).
Correspondentemente a isso, os ilhos devem estar atentos a seus pais -
“ Ouça o seu pai que o gerou, e nã o despreze a sua mã e quando ela
envelhecer” (Prové rbios 23:22). Os ilhos també m devem respeitar as
responsabilidades românticas de seus pais com relaçã o aos interesses
da criança - “Mas se (…) evidê ncias de virgindade nã o forem
encontradas para a jovem, entã o eles devem levar a jovem à porta da
casa de seu pai, e o os homens da sua cidade a apedrejarã o até a morte”
(Deuteronô mio 22:20–21). Um pai é responsá vel pela pureza sexual de
seus ilhos. Seus ilhos devem ser receptivos à sua orientaçã o e
instruçã o no assunto.
Os ilhos tê m a obrigaçã o de abençoar os pais – “Há geraçã o que
amaldiçoa a seu pai e não abençoa a sua mã e” (Prové rbios 30:11).
Obviamente relacionado, os ilhos devem reverenciar seus pais – “Cada
um de você s reverenciará sua mã e e seu pai, e guardará meus sá bados:
Eu sou o Senhor, seu Deus” (Levı́tico 19:3).
Na prá tica, os ilhos devem retribuir aos pais: “Mas, se alguma viú va
tiver ilhos ou netos, que aprendam primeiro a mostrar piedade em
casa e a retribuir aos pais; porque isto é bom e aceitá vel diante de Deus”
(1 Timó teo 5:4). E assim que Jesus interpreta este mandamento em
Marcos 7:10. Honrar os pais inclui compromissos inanceiros. Isso
corresponde ao dever anterior que os pais tê m para com seus ilhos (2
Corı́ntios 12:14). Este é um dos deveres que um homem deve procurar
cumprir para seus pais, a im de estabelecer o modelo ou exemplo para
seus ilhos.
Os ilhos devem obedecer a seus pais – “Filhos, obedecei a vossos pais
em tudo, porque isto agrada ao Senhor” (Colossenses 3:20).
Claramente, os ilhos nunca devem bater em seus pais – “E quem ferir a
seu pai ou a sua mã e, certamente morrerá ” (Exodo 21:15). Igualmente
claro, os ilhos nunca devem amaldiçoar seus pais - "E quem amaldiçoar
seu pai ou sua mã e certamente será morto" (Exodo 21:17; cf. Levı́tico
20:9). E embora tenhamos ouvido muitas vezes em nosso mundo
moderno que a juventude é mais sá bia do que a idade, a Bı́blia diz que
os ilhos nunca devem zombar de seus pais com desdé m: “O olho que
zomba de seu pai e despreza a obediê ncia de sua mã e, os corvos do vale
a colherã o, e os ilhos das á guias a comerã o” (Prové rbios 30:17). Nem
os ilhos devem mostrar qualquer tipo de desprezo por seus pais –
“Maldito aquele que tratar seu pai ou sua mã e com desprezo. E todo o
povo dirá : 'Amé m!' ” (Dt 27:16).
Escolher e tomar uma esposa
Se um pai cria seus ilhos e ilhas ielmente, entã o os pequenos tê m
uma estranha tendê ncia a crescer e inalmente se casam no futuro.
Como na seçã o anterior, embora eu tenha escrito sobre esses tó picos
em Her Hand in Marriage , aqui eu expando alguns dos princı́pios à luz
das responsabilidades do pai federal e à luz do diá logo contı́nuo sobre o
namoro.
Como um jovem deve procurar uma esposa? Quais devem ser os
crité rios dele? Primeiro, algumas dicas importantes sobre o que nã o
fazer. Nã o distribua fotocó pias deste capı́tulo na faculdade e aulas de
carreira na igreja, anunciando em voz alta que você está pronto para o
estado civil e orando fervorosamente por isso. Isso deixa as jovens
piedosas nervosas; eles també m querem se casar, mas nã o com um
bacamarte.
Certas coisas devem ser assumidas na discussã o. Um homem nem
deveria considerar se casar com uma mulher que nã o é cristã : “Nã o vos
prendais a um jugo desigual com os incré dulos; pois que comunhã o tem
a justiça com a injustiça? e que comunhã o tem a luz com as trevas?” (2
Corı́ntios 6:14). Um homem nã o deve nem pensar em se casar com uma
mulher que se divorciou sem fundamento bı́blico (Mt. 19:9). Alé m
disso, se ele se divorciou de forma antibı́blica (Mt. 19:9), entã o ele deve
esquecê -lo. Simpli icando, antes de um homem considerar esta ou
aquela mulher, ele deve ter resolvido em sua mente que só se casará
dentro dos limites estabelecidos pela lei de Deus.
Alé m disso, chegamos ao reino da sabedoria; a tarefa envolve fazer
julgamentos importantes. Os vá rios crité rios aqui estabelecidos nã o sã o
classi icados em ordem hierá rquica; sã o simplesmente consideraçõ es
que devem fazer parte do pensamento de um jovem.
Embora um jovem deixe seu pai e sua mã e para tomar uma esposa
(Gn 2:24), o conselho e a aprovaçã o de seus pais devem ser muito
importantes para ele (Gn 28:6–9). Se ele for obstinado e se recusar a
ouvir conselhos, provavelmente se arrependerá em seu casamento.
Nossa cultura gosta de ingir que a sabedoria pertence à juventude,
especialmente em questõ es de amor. A Bı́blia nos ensina a procurar
sabedoria em outro lugar. O caminho de um homem com uma donzela
nã o necessariamente faz muito sentido (Prové rbios 30:18–19).
Um homem deve procurar uma mulher agradável . A Bı́blia tem
muito a dizer sobre a esposa briguenta e os constantes incô modos
associados a viver com ela. “As contendas da megera sã o como o gotejar
contı́nuo” (Prové rbios 19:13). Alguns homens, que nã o querem as
responsabilidades associadas à liderança, podem se contentar em se
casar com uma mulher que traga “direçã o” ao relacionamento, mas uma
mulher obstinada provavelmente se tornará uma companheira
desagradá vel apó s um perı́odo muito curto de tempo.
Ele deveria querer se casar com uma mulher que compartilha uma
é tica de trabalho bı́blica com ele; ela deve entender sua orientaçã o de
trabalho como sendo voltada para casa (Tit. 2:3–5). Uma mulher que
rejeita a domesticidade, que quer viver como uma Barbie casada com
Ken, deve ser evitada junto com todas as outras pragas sexuais. Um
homem bı́blico deve querer uma mulher que queira ter ilhos e que
queira cuidar do lar.
Ao mesmo tempo, quando um homem está considerando uma
mulher, ela deve ser sexualmente atraente para ele. Ele deve banir de
seu pensamento todo falso gnosticismo, que diz que o “plano espiritual”
é muito mais importante. Claro que é mais importante, mas isso nã o
torna a atraçã o sexual irrelevante. Quando um homem escolhe uma
mulher para chamar a atençã o, ele deve ter uma coisa clara em sua
mente. (Na verdade, uma jovem cristã també m deve entender a mesma
coisa.) Até certo ponto, uma das duas coisas está acontecendo. A
primeira opçã o é que o homem está tentando levar a mulher para a
cama de maneira desonrosa. A outra possibilidade é que ele esteja
tentando fazer isso com honra. Se isso soa grosseiro, você pode nã o
apreciar plenamente a santidade do leito conjugal.
Mas, voltando ao ponto anterior, o homem tem que perceber que o
mundo está cheio de mulheres sexualmente atraentes que
transformariam sua vida em um caso miserá vel. Embora a quı́mica
sexual seja necessá ria para um bom casamento, ela nã o é su iciente:
“Enganosa é a graça, e vã a formosura; mas a mulher que teme ao
Senhor, essa será louvada” (Prové rbios 31:30).
Se um homem e uma mulher vê m de culturas diferentes, as
diferenças devem ser levadas em consideraçã o. A tendê ncia é olhar
para todas essas diferenças atravé s de uma né voa româ ntica e, se
algué m as mencionar, rejeitá -las com um aceno de mã o. “Ah, nó s
pensamos nisso.” Mas pensar “aquilo” e pensar nisso são duas coisas
diferentes. Nã o podemos dizer que os casamentos interculturais (que
incluiriam casamentos inter-raciais) sã o antibı́blicos. Podemos dizer
que eles nã o devem ser abordados sem pensar. As diferenças entre
homens e mulheres já sã o grandes o su iciente; se um casal també m
tiver que lidar com outras barreiras culturais à comunicaçã o, isso
poderá causar problemas considerá veis. A mesma coisa vale para o que
pode ser chamado de certas diferenças subculturais – vocacionais,
regionais, etc.
Por ú ltimo, um jovem deve saber que a mulher que ele está
considerando o respeita o su iciente para seguir sua liderança
espiritual. As diferenças doutriná rias que podem nã o parecer grandes
em uma “conversa” podem se tornar muito grandes em uma famı́lia
quando decisõ es prá ticas precisam ser tomadas. Por exemplo, como
marido e mulher lidariam com um desacordo sobre o batismo infantil?
Visto que o marido é espiritualmente responsá vel no casamento, o
jovem deve pensar em todas essas coisas até o im, antes de calçar os
sapatos de galanteio. Depois que ele a cortejou e a conquistou, eles
devem começar a pensar em como testemunhar seus compromissos
federais em como eles fazem seus votos de aliança. Poucos eventos sã o
mais adequados para destacar a natureza federal do casamento do que
um casamento.
Aqueles que seguem tradiçõ es cegamente ou jogam tradiçõ es ao mar
compartilham pelo menos a ignorâ ncia em comum. Um guarda o que
nã o conhece; outro joga fora o que nã o conhece. Uma á rea onde muitas
tradiçõ es foram perdidas ou mantidas sem pensar é a do casamento.
Entã o, nos anos 60, todos nó s começamos a fazer nossas pró prias
coisas - escrever nossos pró prios votos, inventar nossas pró prias
pequenas cerimô nias e geralmente marchar em nosso pró prio pequeno
cı́rculo. Desde entã o nos acomodamos um pouco, mas ainda temos a
ideia de que o casamento é do casal e nã o de uma cultura. Passamos a
acreditar que cada casamento deve ser moldado pela personalidade do
casal, e nã o pela nossa cultura de reconhecer o casal de acordo com os
costumes do nosso povo.
O que aconteceu com os casamentos també m aconteceu em muitos
outros aspectos de nossa vida cultural, resultando em uma abordagem
de “cada um para suas tendas, ó Israel”. Temos horror à mesmice, o que
é o mesmo que icar horrorizados com a continuidade e a estabilidade.
Em meio a esse caos, alguns cristã os juntaram suas vozes ao murmú rio
geral, querendo repensar tudo e montando do zero seus pró prios
costumes para casamentos.
Em contraste, um caminho muito mais sensato seria defender o que
poderia ser chamado de casamento tradicional, adotando nossos
costumes antigos em vez de inovar os novos. Como sempre, quando
consideramos o que devemos fazer, devemos olhar para as Escrituras
para a orientaçã o inal autorizada.
Essa defesa dos casamentos tradicionais pode ser dividida em trê s
categorias. A primeira gira em torno da descoberta de que muitos
elementos de nossas prá ticas tradicionais de casamento tê m suas raı́zes
na antiguidade e foram observados em casamentos bı́blicos do passado.
A segunda categoria serã o á reas onde temos uma prá tica
correspondente, mas porque somos presunçosos e modernos, nã o
praticamos esses costumes com o mesmo entusiasmo. A terceira
categoria inclui tradiçõ es que nã o adotamos ou que perdemos. Estes, se
recuperados, poderiam enriquecer muito nossa apreciaçã o dos
casamentos. Mas com esta ú ltima categoria, tais acré scimos à cerimô nia
de casamento devem ser feitos com extrema cautela e nã o como
distintivos individuais para casamentos individuais. Eles devem ser
trazidos para nossos casamentos de alguma forma cultural mais ampla
ou nã o.
Primeiro considere as prá ticas que temos em comum com os
casamentos bı́blicos. Uma caracterı́stica marcante dos casamentos
bı́blicos é o fato de que tanto a noiva quanto o noivo estavam
gloriosamente vestidos. Isso era verdade para um casamento real, onde
a noiva tinha um manto de ouro (Sl 45:13-14), e era verdade para
casamentos comuns. A alegria e a gló ria dos enfeites de casamento sã o
usadas como uma imagem maravilhosa de nossa justi icaçã o (Is. 61:10).
O lugar e a importâ ncia dos ornamentos nupciais sã o claramente
assumidos na repreensã o do Senhor a Israel: “Pode uma virgem
esquecer-se de seus enfeites, ou a noiva de seus vestidos? No entanto, o
meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta” (Jeremias 2:32). Um
vé u de noiva pode ter feito parte desse traje (Gn 24:65). Na ceia das
bodas do Cordeiro, a noiva é vestida com linho maravilhoso (Ap 19:8–
9). Em todas as descriçõ es de casamento que nos sã o dadas nas
Escrituras, a noiva é adornada (Ap 21:2). Smoking e uniformes, becas,
caudas e vé us estã o muito de acordo com a forma como as Escrituras
descrevem um casamento.
També m temos a prá tica de ter damas de honra e amigos do noivo
para icar com os noivos no casamento. Essa també m é uma prá tica
bı́blica, embora em pelo menos um caso o nú mero de padrinhos tenha
sido bastante grande - “Eles trouxeram trinta companheiros para estar
com ele” (Juı́zes 14:11). Ainda assim, os padrinhos claramente faziam
parte de um casamento bı́blico. Jesus se refere a Seus discı́pulos na
igura de padrinhos (Mt. 9:15). Isso inclui a contrapartida de nosso
costume de ter um padrinho (Jz 14:20; 15:2). Este padrinho foi
chamado de “amigo do noivo” (Joã o 3:29); ele pode até ter sido aquele
que teve vá rias responsabilidades importantes no casamento - o mestre
da festa (Joã o 2:8–9). Se for esse o caso, temos um paralelo nas vá rias
funçõ es que atribuı́mos ao padrinho.
Mas també m encontramos algumas prá ticas comuns que caı́ram em
desuso em nossos dias. Festas associadas a casamentos eram comuns
(Gn 29:22; Jz 14). Essas festas nã o duravam duas horas e
provavelmente nã o se limitavam a pequenas tigelas de balas de menta -
"E ele celebrou a festa de casamento por catorze dias" (Tobias 8:19).
Reduzimos essa prá tica ao que chamamos de recepçã o de casamento.
Em contraste, a prá tica bı́blica era fazer uma festa. Muitos modernos
vã o a recepçõ es de casamento por um relutante senso de dever e nã o
porque o banquete será glorioso. Isso é claramente algo em que temos
que trabalhar.
Casamentos nos tempos bı́blicos eram uma voz cultural de alegria.
Um julgamento terrı́vel foi prometido a Judá quando Deus disse que
essa alegria, a voz da noiva e do noivo, seria removida da terra (Jr 7:34).
No livro extracanô nico de 1 Macabeus, encontramos uma festa de
casamento descrita no decorrer de algumas lutas - “Onde levantaram os
olhos e olharam, e eis que havia muito barulho e grande carruagem: e o
noivo saiu, e seus amigos e irmã os, para enfrentá -los com tambores e
instrumentos musicais” (1 Mac. 9:37–41, KJV). “E Jesus lhes disse: 'Os
amigos do noivo podem jejuar enquanto o noivo está com eles?
Enquanto tiverem consigo o noivo, nã o poderã o jejuar'” (Mc. 2:19; Mt.
9:15). Este banquete de casamento incluı́a boa mú sica - "O fogo
devorou seus jovens, e suas donzelas nã o tinham mú sica de casamento"
(Sl 78:63, RSV).
Cristo, em Seus ensinamentos, assumiu que as vestes nupciais
especiais nã o se limitavam ao casal. Todos os que vinham a um
casamento tinham roupas especiais - “Como você entrou aqui sem uma
veste nupcial?” (Mt. 22:1–14). Uma á rea em que poderı́amos melhorar
nesse aspecto seria nos livrarmos de nossa prá tica muito comum de
deixar os vestidos das damas de honra o mais desalinhados possı́vel, no
que pode ser uma tentativa de deixar a noiva mais bonita. Em uma
cerimô nia bı́blica, todos estã o vestidos apropriadamente - noiva e
noivo, membros da festa de casamento e convidados.
Nossos casamentos costumam ter um brinde aos noivos na recepçã o.
Isso talvez pudesse ser melhorado se conscientemente nomeá ssemos o
brinde como ele realmente é —uma bê nçã o—“E eles abençoaram
Rebeca e disseram a ela: 'Nossa irmã , que você se torne a mã e de
milhares de dez milhares; e que a tua descendê ncia possua as portas
daqueles que os odeiam'” (Gn 24:60). Vemos també m a bela bê nçã o
dada a Boaz e Rute: “O Senhor faça a mulher que vem a tua casa como
Raquel e Lia, as duas que edi icaram a casa de Israel” (Rute 4:11). Essa
bê nçã o pode ser incorporada à cerimô nia de casamento ou na festa
posterior. A bê nçã o viria das famı́lias da noiva e do noivo.
Mudanças e reformas sugeridas devem ser adotadas com muita
cautela, se for o caso, mas talvez algumas alteraçõ es possam ajudar a
tornar as coisas mais claras. Temos vá rios gestos simbó licos em nossas
cerimô nias de casamento - nosso antigo costume de trocar alianças e
inovaçõ es mais recentes, como a vela da unidade. Um costume que nã o
praticamos, e que seria bom recuperar se pudé ssemos, é ter algum
sı́mbolo da prá tica da cobertura. Nas passagens a seguir, as frases “sob
tuas asas” e “abrir minhas asas” referem-se à prá tica de espalhar uma
veste sobre a noiva: “E ele disse: 'Quem é você ?' Entã o ela respondeu:
'Eu sou Rute, sua serva. Tome sua serva sob sua proteçã o, pois você é
um parente pró ximo'” (Rute 3:9). Quando Deus falou sobre tomar Israel
como uma noiva, ele usou esta mesma imagem de cobertura como um
sinal de proteçã o e segurança da aliança: “Quando passei novamente
por você e olhei para você , na verdade o seu tempo era o tempo do
amor; entã o estendi Minha asa sobre você e cobri sua nudez. Sim, jurei-
te e iz aliança contigo, e tu te tornaste meu, diz o Senhor Deus”
(Ezequiel 16:8). Para um exemplo hipoté tico, isso poderia ser feito com
uma eloqü ê ncia silenciosa se o noivo tivesse algum tipo de capa de
casamento especial que ele usasse para cobrir sua noiva apó s a troca de
votos.
Os judeus tinham outro costume com seus casamentos que
provavelmente nã o reviveremos tã o cedo (e não estou defendendo
isso), mas o princı́pio a respeito deve ser recuperado. Nos tempos
bı́blicos, o casal recé m-casado nã o ia para um quarto de motel em outro
estado; eles foram escoltados até a câ mara do noivo, que foi
estabelecida ali mesmo no terreno - “Que é como um noivo saindo de
sua câ mara” (Sl 19:5; Joel 2:16; Gn 29:23; Tobias 7:16 –8:1). Ningué m
quer um retorno à consumaçã o nas instalaçõ es do casamento, mas há
um princı́pio que precisa ser recuperado - um abandono do
puritanismo vitoriano. Uma aliança de casamento é uma cerca de
aliança pú blica construı́da em torno de um relacionamento sexual
privado. Em um casamento bı́blico, os cristã os devem se aglomerar na
igreja para testemunhar os votos que marcam o inı́cio de uma vida de
amor iel. Aqueles que lutam até mesmo para dizer isso teriam
problemas reais em casamentos de aliança no Antigo Testamento, onde
o noivo escoltava sua noiva em seu quarto no casamento para aplausos
gerais e aplausos dos convidados. Precisamos crescer um pouco.
Por im, notá vel por sua ausê ncia, nã o vemos nos casamentos
bı́blicos uma proclamaçã o sacerdotal de algum ministro que torna um
homem e uma mulher “marido e mulher”. Quanto mais cedo perdermos
essa tolice, melhor. A igreja tem um papel importante a desempenhar
ao testemunhar os votos, e um ministro pode, com propriedade,
declarar que os votos foram feitos, mas o ministro nã o é um padre e um
criador de casamentos. O casal nã o se coloca diante dele para ser
transubstanciado.
Todos os governos estabelecidos por Deus tê m um papel a
desempenhar no testemunho desta aliança. Como o casamento envolve
propriedade, a autoridade civil deve ter uma testemunha em todos os
casamentos, e cada casamento deve ser registrado pelo magistrado -
mas nã o licenciado pelo magistrado. Da mesma forma, a igreja deve
testemunhar cada casamento e pode administrar os votos no
casamento, mas a igreja nã o “cria” nada em um casamento. Cristo é o
Senhor dos casamentos.
Esse foco inal nos casamentos nos traz de volta ao tema com o
qual comecei. Cristo abraçou Sua noiva por aliança, e os maridos sã o
ordenados a amar suas esposas como Cristo amou a Igreja . Meu
objetivo é mostrar que isso signi ica que nossa teologia do amor de
Cristo determinará como amamos nossas esposas. Se a teologia de um
homem é verdadeiramente bı́blica e, portanto, federal, entã o ele
realmente amará sua esposa como Cristo ama a Igreja - “a cidade santa,
Nova Jerusalé m, descendo do cé u da parte de Deus, ataviada como uma
noiva adornada para seu marido” ( Apocalipse 21:2).
Índice
Pró logo . 4
SEÇAO UM . 5
Marido Federal e Cristo. 5
O que signi ica Federal? . 5
Liderança e Convê nio. 8
Como Cristo amou a Igreja. 13
Nã o onde deveriam estar. 17
SEÇAO DOIS .. 20
Marido federal contra si mesmo. 20
Vendo a Parte de Trá s da Sua Cabeça. 20
Trate-a como uma dama. 23
Reaçõ es Masculinistas. 25
Signos Masculinos. 28
Homem trabalhador . 36
SEÇAO TRES. 45
Marido Federal e Sociedade. 45
Masculinidade e Hierarquia Cultural. 45
Segurança Masculina. 49
Quanto a mim e minha casa. 51
Mulheres em Combate. 57
SEÇAO QUATRO. 62
Pai Federal. 62
Beleza Incrı́vel. 62
Fruto da Aliança. 64
Cultivando as Raı́zes. 66
Reconhecendo Problemas. 68
Cultivando as Diferenças. 70
Disciplina Disciplinar. 72
Escolhendo e Tomando uma Esposa. 77

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