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reproduzida de forma alguma sem a autorização, por escrito, do autor,
exceto em casos de citações curtas em artigos ou resenhas.
ISBN 978-85-60363-33-9
CDD 240
Fone: 55 41 3657-2708
ÍNDICE
PARTE I
Conceitos Básicos
1. Introdução.........09
2. Aconselhamento e Libertação.....31
PARTE II
Analisando o diagrama do
1. Sintomas de Maldição.......57
2. Processo do Mapeamento......103
3. Causas de Maldição......133
4. Processo da Crucificação......171
5. A Cruz de Cristo......213
6. Processo da Avaliação......227
Parte I
Conceitos básicos
1
INTRODUÇÃO
décadas de 60 e 70.
1 | INTRODUÇÃO
são tantos os abusos, que isso tem levado o governo (começando também
pela América do Norte) a interferir diretamente na forma como os pais
educam os fi lhos. Temos uma geração delinquente que cresce sem correção
e cada vez menos respeita os pais e qualquer outro ti po de autoridade.
Uma mãe zelosa em uma igreja nos USA onde eu ministrei estava sendo
ameaçada de perder a guarda do seu fi lho. O moti vo é porque usava uma
varinha para corrigi-lo. Depois de explicar biblicamente por que agia dessa
forma, perguntou ao policial que a confrontava: Sabe por que uso a vara
para corrigir o meu fi lho quando isso é necessário?
Ele respondeu: Por que? Ela disse: Está vendo esse cassetete pendu-rado no
seu cinto? Sim, disse ele. Se eu não corrigir o meu fi lho com a vara, daqui
a pouco, quem vai bater nele com esse cacetete é você!
11
Este tem sido o desafi ador pano de fundo principalmente das sociedades
ocidentais. Se não fi zermos algo como Igreja, certamente estaremos
fadados a uma inevitável destruição.
O papel da Igreja
essa arena de desafi os, ou, caso contrário, ao mesmo tempo em que uma
grande colheita tem sido feita, os frutos rapidamente se perderão. São tantos
os que tentam permanecer na igreja enfermos, e consequentemente infru�
feros, que acabam desisti ndo da fé, morrendo espiritualmente. Isso, quando
não acontecem os abusos espirituais que os traumati zam ainda mais,
acelerando o processo de perdas.
O pior é que todo esse impacto tem favorecido um evangelho cada vez mais
humanista, permissivo e descentralizado da glória de Deus.
12
Isso nos leva a uma triste conclusão acerca do crescimento dos evangélicos:
a grande quanti dade tem sido um atestado de baixa qualidade, 1 |
INTRODUÇÃO
13
DISCERNIMENTOS BÁSICOS
1 | INTRODUÇÃO
15
pelo contrário, é uma palavra bíblica, com mais de 200 ocorrências, ou seja,
não é algo que deva ser menosprezado. Portanto, por mais esti g-mati zada
que esteja a palavra “maldição”, e por mais que não gostemos dela, que não
caia bem, que nos desagrade, independentemente de tudo isso, é uma
palavra bíblica, que merece nosso esforço de compreensão.
Existem várias palavras na Bíblia para designar a maldição. Basicamente,
todas essas palavras resumem três signifi cados:
Naqab e Za’am que têm, basicamente, este mesmo signifi cado. No Novo
Testamento temos as palavras Kataraomai, Kakologeo e Raca
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Toda aliança carrega consigo uma maldição, assim como todo mandamento,
lei ou princípio. Um conselho você obedece opcional-mente; uma aliança,
mandamento, lei ou princípio não. As respecti vas consequências virão:
“Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz 1 | INTRODUÇÃO
Lógico que este texto tem um contexto bem específi co que não deve ser
futi lmente generalizado. Uma maneira forte de confrontar boa parte da
igreja hebreia que estava apostatando-se do cristi anismo para o legalismo
judaico. O importante é que de forma ainda mais grave, o Novo Testamento
reforça a responsabilidade implícita do crente em relação à sua aliança com
Deus.
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em relação às desordens em geral que podem ocorrer. Essas coisas são boas
ou ruins? Uma conclusão importante é que ser bom nem sempre signifi ca
ser agradável. A dor, obviamente não é agradável, mas cumpre um papel
vital. Quando você tem uma dor, isso simplesmente indica que existe uma
desordem exatamente naquele local. A dor nos 1 | INTRODUÇÃO
avisa que precisamos tratar do problema. Se não fosse por esse alar-me, a
desordem (doença) poderia evoluir a ponto de colocar a vida da pessoa em
risco. As piores e mais fatais desordens ou doenças são as silenciosas, que
nos destroem sem dar o mínimo aviso.
Por isso, querer “quebrar uma maldição” sem lidar diretamente com as
desordens espirituais inerentes, nada mais é que pura ignorância!
O verbo casti gar vem do lati m e signifi ca no literal purifi car pelo
sofrimento. O objeti vo da maldição, por incrível que pareça, é corrigir os
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
nossos caminhos. Deus corrige o fi lho que ama (Hb 12:7). Temos a
tendência de pensar na maldição como algo negati vo que obrigatoriamente
se repete na vida das pessoas como um karma. Porém, na Bíblia, a palavra
maldição não tem uma conotação fatalísti ca; muito pelo contrário, a
maldição é uma mensagem que nos ajuda a discernir as desordens
espirituais e reparar pessoalmente e sacerdotalmente os erros.
nição. Toda base do direito judicial está na Bíblia, que também defi ne os
principais elementos de um tribunal: o juiz, o réu, o advogado de defesa e o
acusador. O ser humano é intrinsecamente responsabilizável. O livro de Jó
mostra como Deus deu ao diabo a permissão de monitorar a terra e
comparecer perante o seu tribunal, tendo uma ação, obviamente limitada à
Sua justi ça, tolerância e bondade.
bediências futuras. Está claro também que as leis de Deus são justas e boas
para todos sem exceção, por isso Ele espera a nossa obediência.
Dizer que não existe maldição é afi rmar que pecado não traz
consequências, o que é ridículo de admiti r. Algumas pessoas dizem: posso
pecar à vontade porque Deus já me perdoou em Cristo. Isso pode ser
verdade, porém esse ti po de sofi sma ignora as consequências que
certamente visitarão ou permanecerão sobre a própria vida, casamento, fi
lhos, etc. Semear é uma escolha, colher é uma obrigação.
Talvez isso te surpreenda também, mas quem fere a terra com MARCOS
DE SOUZA BORGES
maldição é Deus, e não o diabo. Deus está afi rmando através do profeta
Malaquias que é Ele mesmo o principal mentor da maldição: “... ele
converterá o coração dos pais aos fi lhos e o coração dos fi lhos a seus
pais, para que eu (Deus) não venha e fi ra a terra com maldição” (Ml
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1 | INTRODUÇÃO
A palavra criar aqui, não é “bará” (criar do nada), mas criar em virtude de
uma desobediência, maldade, injusti ça ou rebelião prati ca-da sistemati
camente. Embora, muitas vezes a maldade seja proposta e executada por
Satanás, ela é autorizada a parti r do trono de Deus, o qual é fundamentado
em justi ça, juízo, verdade e misericórdia (Sl 89:14).
Esse ti po de mal é criado (por Deus) em virtude de um outro mal prati cado
(pelo homem), com o intuito de corrigir a situação. Isso é bem exemplifi
cado na morte de Acabe (II Cr 18:18-22), um dos mais iníquos reis que
Israel já teve. Portanto, originalmente, Deus não criou o “mal”, mas apenas
a “possibilidade de se conhecer o mal”: “O Senhor PARTE I -
CONCEITOS BÁSICOS
Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores ... e a árvore da ciência do
bem e do mal” (Gn 2:9).
Também, não existe uma disputa entre Deus e o diabo pelo poder. Isso é
indiscu� vel. O desti no de todos aqueles que escolhem o mal já está
selado. Essa não é a questão. Demônios são periféricos, parasitas. A Bíblia
não revela Satanás como o protagonista da história do ser humano. Pelo
contrário, ele aparece pouco na Bíblia e sempre perifericamente, como
Pedro diz: “O diabo, vosso adversário, anda em
faz uma descrição que cabe muito bem aqui: 1Em Deuteronômio 28 temos
uma enorme lista de maldições que viriam como consequência da
desobediência à aliança estabelecida com Deus. Isso não é um Criador
zanga-do, perdendo o controle de Si mesmo e fazendo ruindades.
(Rm. 5:20). Mas Sua presença revelada está coberta. “De nuvens Te
cobriste para que não passe a nossa oração.”
nós. Isto foi o que aconteceu a Israel em Ai, por causa do pecado de Acã.
“Pelo que os fi lhos de Israel não puderam resisti r aos seus inimigos; ...
porquanto se fi zera condenado: já não serei convosco” (Js. 7:12).
21
porém, que esses legados familiares não devem ser interpretados de maneira
fatalísti ca, mas, antes, como realidades que podem e devem ser
sacerdotalmente redimidas e alteradas.
E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as
inimizades. (Ef 2:16) O princípio mais elevado para lidar com as maldições
reside na reconciliação: entre pais e fi lhos, entre marido e esposa, entre 1 |
INTRODUÇÃO
líder e liderado, entre raças, entre nações, etc. Não se “quebra” uma
maldição em nome de Jesus independentemente de se desfazer o crédito de
injusti ça e amargura agregado aos relacionamentos.
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Você pode ser salvo e não ser converti do. Por quê? Porque a conversão
acontece na alma. A salvação acontece no espírito. Você pode ser salvo, ter
um espírito vivifi cado pela presença de Deus, ser uma nova criatura em
Cristo, e ainda não ser converti do na alma em relação a muitas áreas da
vida.
O que é sua alma? Você é um ser trino: um corpo, uma alma e um espírito
(ITs. 5:23). Seu espírito é a parte do seu ser onde você experimenta a
consciência, comunhão e a intuição de Deus. Sua alma é basicamente sua
mente, sua vontade e suas emoções. Seu corpo é sua casa. Jesus pode salvar
seu espírito num instante, mas a sua alma exige um longo tempo para se
converter.
Nada é mais perigoso que um ser humano salvo, porém não convertido.
Você sabe que nasceu de novo, mas ainda pensa com a velha mente, seus
velhos hábitos ainda dominam você, algumas atitudes ainda não mudaram,
alguns raciocínios errados ainda continuam iguais. As convicções negativas
permanecem.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Um ensino descontextualizado
“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si,
mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Por isso daqui por
diante a ninguém conhecemos segundo a carne; . . Pelo que, se alguém está
em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se
fez novo” (II Co 5:15-17).
24
um versículo isolado do seu contexto. Neste caso, Paulo exorta que Cristo
morreu por todos e por isso não devemos nos relacionar com as pessoas que
já fi zeram uma decisão por Jesus nos baseando na sua aparência ou na sua
anti ga reputação. Ele estava enfati zando a importância de quebrar as
barreiras e evitar preconceitos em relação aos novos crentes. Ou seja, não
conhecê-los segundo a carne, mas sob a nova perspecti va do novo
nascimento.
O perigo, portanto, é usar este verso como se o novo nascimento fosse tudo.
Dizer para uma pessoa que acabou de aceitar a Jesus que tudo já está
resolvido na sua vida seria enganá-la. É superfi cializar situações que, na
realidade, são graves. Isso acaba se tornando um pretexto para a
irresponsabilidade de muitos, respaldando também o comodismo, a falta de
crescimento espiritual e doutrinas que incon-dicionalizam a salvação. Ou
seja, mesmo na práti ca compulsiva da ini-MARCOS DE SOUZA
BORGES
25
muitas delas ainda conti nuam envolvidas em pecados seríssimos, confl itos
de consciência, perturbações espirituais, distúrbios emocionais e
depressivos, relacionamentos em crise e tantos outros sintomas que
apontam para grandes desordens e uma forte exploração demoníaca. Como
foram ensinados que com a salvação tudo já deveria 1 | INTRODUÇÃO
Suponha que antes de aceitar a Jesus você ti vesse uma dívida com uma fi
nanceira. O fato de você ter nascido de novo cancelaria PARTE I -
CONCEITOS BÁSICOS
sua dívida? Você obviamente me responderia que não. Mas alguém poderia
argumentar: “Mas, as coisas velhas não passaram e tudo não se fez novo?”
O gerente da fi nanceira concordaria se eu dissesse que minha dívida com
ele foi cancelada porque aceitei a Jesus no últi mo domingo? Provavelmente
ele iria rir de mim. O novo nascimento lida com a culpa do passado, mas
não nos isenta das pendências ou consequências, sejam elas materiais ou
espirituais.
Como resolver isso de fato? De variadas formas, é possível que Deus nos
supra o montante dessa dívida? Sim! Ele passou a ser o nosso Pai! Então,
com esse montante devemos ir até o caixa da financeira e pagar a dívida.
Temos que ter os recursos, ir lá e quitar o débito. Só então estaremos livres!
Isso é libertação; é PASTOREAMENTO INTELIGENTE
1. Regeneração
engano; e vos renoveis no espírito do vosso senti do; e vos revistais do novo
homem, que segundo Deus, é criado em verdadeira justi ça e santi dade.
Pelo que deixai a menti ra,
e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos
27
membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre
a vossa ira. Não deis lugar ao diabo.
Você não pode transformar uma pessoa ou tratar dos problemas espirituais
dela sem mudar os valores dessa pessoa.
bem que essas admoestações foram feitas aos “santos que estão em Éfeso e
fi éis em Cristo Jesus”(Ef 1:1).
2. Libertação
A libertação pode
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
da como o “padrão de
aconselhamento na li-
se resume em um acon-
selhamento específico,
inteligente o conheci-
3. Reeducação
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dade de vida.
“Melhor é o mancebo pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que não
se deixa mais admoestar” (Ec 4:13).
N���:
ACONSELHAMENTO
E LIBERTAÇÃO
ou quebra de opressões malignas. Veja bem, com isso não estou des-
merecendo o poder de uma oração de fé inspirada por Deus, mas, em
termos práti cos, na maioria das vezes, isso ati nge superfi cialmente nosso
verdadeiro objeti vo. O aconselhamento requer tempo de qualidade, ou seja,
envolve um diálogo espiritualmente inteligente, profundo e sem pressa. Isso
é essencial para conduzir a pessoa a uma interação adequada com os
princípios bíblicos de libertação.
metro que fosse, do seu confl ito. Dessa forma, senti , na pele, que todo
trabalho de aconselhamento que ignora os princípios bíblicos de libertação
acaba sendo víti ma da escassez de resultados em não poucas situações.
33
cidade em relação ao
2 | ACONSELHAMENTO E LIBERTAÇÃO
“Nunca aconselhei um
mais farei isso, porém, se vocês se separarem, eu entendo.” Esse foi o meu
atestado de derrota com o qual encerrei minha parti cipação no caso. Hoje,
olho com pesar para essa situação, porque saberia exatamente como ajudá-
los melhor.
poder de um aconselhamento.
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menti ras, sofi smas, culturas e fortalezas que escravizam e distorcem a sua
forma de pensar e agir, levando-a, responsavelmente, a posicionamentos
práti cos, que têm o poder de transformar a vida e reverter qualquer situação
desastrosa. A essência do aconselhamento é redimir a capacidade de pensar
e reagir, através do discernimento da verdade.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
36
37
emocional no sistema.
penham uma tarefa de acordo com a natureza da brecha que foi aberta. Para
cada pecado existe um espírito maligno com natureza correspondente. Eles
se alojam e atormentam as pessoas, sustentando cadeias pecaminosas e
prisões espirituais nas diversas áreas da vida humana: emocional, fi
nanceira, sexual, saúde � sica, profi ssional, mental, conjugal, familiar, etc.
A Bíblia narra várias situações que ilustram isso. Um bom exemplo foi
quando Jesus confrontou a limitação de Pedro em perdoar, narrando a
famosa parábola do credor incompassivo - um homem que foi perdoado de
uma dívida milionária e sonegou o perdão em relação a uma dívida insignifi
cante. Assim sendo, esse credor recebe um veredicto impiedoso por
oferecer uma graça muito aquém da que ele recebera: “E, indignado, o seu
senhor o entregou aos MARCOS DE SOUZA BORGES
atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também,
meu Pai celesti al, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as
suas ofensas” (Mt 18:35,36).
Jesus expõe o caráter espiritual de muitos problemas e enfermi-
39
dades. Ele ensina aos seus discípulos como a falta de perdão invoca os
atormentadores ou “espíritos torturadores”. No literal, esses agentes
espirituais desempenham a tarefa do carrasco. Diversos ti pos de tormentos
emocionais e � sicos são sustentados por esses espíritos 2 |
ACONSELHAMENTO E LIBERTAÇÃO
de afl ição que entram pelas feridas da alma. Não temos aqui uma situação
meramente orgânica ou psicológica. Portanto, sem esse discernimento da
realidade espiritual, a maneira como intervimos em diversas situações
torna-se irrelevante.
ti nha presa?E dizendo ele essas coisas, todos os seus adversários fi cavam
envergonhados; e todo o povo se alegrava por PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
todas as coisas gloriosas que eram feitas por ele” (Lc 13:10-17).
41
2 | ACONSELHAMENTO E LIBERTAÇÃO
essa realidade.
nas feridas das pessoas, exatamente porque Jesus já carregou essas dores no
seu sacri� cio. Muitas pessoas que aceitam este confronto acabam tendo
experiências sobrenaturais com o amor do Pai. O ensino, orações e atos de
reconciliação de cunho sacerdotal (represen-tati vo) podem ser ferramentas
altamente estratégicas e terapêuti cas para canalizar uma unção que
confronta os traumas conhecidos e revela os desconhecidos.
misericórdia.
43
salvadora de Deus na vida dessas pessoas. Discernindo a natureza da nossa
batalha, não lutando contra carne e sangue é que com-batemos o bom
combate da fé.
2 | ACONSELHAMENTO E LIBERTAÇÃO
Definição
PROPORÇÕES BÍBLICAS
sabilidade e herança
variadas.
ter coleti vo, ou seja, uma consequência geracional, uma infl uência
herdada. Por conta do pecado de Adão, a morte passou a todos os PARTE I
- CONCEITOS BÁSICOS
N���:
SITUAÇÕES QUE
soa que sirva como base para uma libertação bem-sucedida. Essa postura
deve ser assimilada antes de um processo profundo de libertação, e não
depois. Portanto, vamos alistar algumas situações que inviabilizam um
aconselhamento no padrão da libertação.
Por incrível que pareça, algumas pessoas não querem abrir mão da 3 |
SITUAÇÕES QUE INVIABILIZAM A LIBERTAÇÃO
suposta proteção oferecida pelos demônios disfarçados de santos, guias ou
orixás, que elas cultuam. Sem uma disposição clara de renunciar o esti lo de
vida de servir às enti dades e se comprometer com Jesus, não temos o que
fazer, senão alertá-la da sua perigosa situação espiritual.
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ófi to deve ser discipulado por um período de seis meses a um ano antes de
ser submeti do a um processo profundo de libertação. O que 3 |
SITUAÇÕES QUE INVIABILIZAM A LIBERTAÇÃO
Aqui temos uma ampliação do ponto anterior. Essas pessoas fi cam sem
cobertura espiritual ou um discipulador ou conselheiro que a acompanhará
após o processo de libertação. Na verdade, não podemos ser de Jesus e não
sermos do corpo de Jesus, que é a Igreja.
Esses casos normalmente são bem sérios. Pessoas que não congregam,
invariavelmente, estão amarradas por traumas e fortes decepções que
promoveram mentalidades de independência, rejeição, amargura, rebelião e
isolamento que podem comprometer totalmente os resultados esperados
numa libertação. Toda pessoa que defende esta posição de não congregar,
isolando-se da comunhão dos santos, já está à mercê de muita infl uência
demoníaca. O
Pessoas isoladas, que desisti ram de se relacionar signifi cati vamente com
outros precisam superar esta difi culdade antes de passar por uma
libertação. Um aconselhamento consistente nesta direção é fundamental. A
menos que tais situações sejam sati sfatoriamente resolvidas, a libertação
não terá efeito ou trará mais prejuízos que bene� cios.
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Caso a pessoa, defi niti vamente, recuse a perdoar, o processo acaba por aí
mesmo. Isso é di� cil de acontecer, mas infelizmente acontece.
de maldição.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Analisando o
Diagrama do Padrão de
Aconselhamento
na Libertação
52
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Existe uma relação inteligente entre o sintoma, a causa e a cura dos males
pneumo-psico-somáti cos que precisa ser discernida. Relacionar esses três
elementos de maneira adequada é vital para o processo de restauração. Para
isso elaborei o que chamo de “Diagrama da Liberta-
3. O processo da avaliação
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“Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifi ca de todo pecado” (I Jo
1:7).
O contexto básico aqui não é perdão, porém purifi cação. Purifi cação vai
bem além de ser perdoado; signifi ca que se esgotaram todos os recursos
para que a situação fosse exposta, resolvida, tratada e concertada. Só assim
o sangue de Jesus é glorifi cado nas nossas PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
não funciona. Não adianta apenas afi rmar verbalmente o poder do sangue
de Jesus se você não enfrenta suas mazelas espirituais exerci-tando
transparência e reconciliação. O processo de cura e purifi cação está
condicionado ao exercício desses princípios.
Não tem como processar uma libertação em 15 minuti nhos, ou com uma
oração, tão forte quanto superfi cial. Não é que não devamos orar pelas
pessoas, mas só não chame isso de libertação. Neste caso estaríamos
produzindo uma expectati va que provavelmente será frustrada. Seria como
você ir a uma consulta e o médico lhe receitar um medicamento sem ao
menos o examinar. Se não temos o tempo necessário para esgotar a carga de
libertação, é melhor deixar para uma outra oportunidade.
SINTOMAS DE MALDIÇÃO
- Profecia X Adivinhação
SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Uma leitura correta dos sintomas é o genuíno ponto de parti da para uma
libertação efi ciente. Os infortúnios escabrosos, doenças estranhas,
tentações incomuns, perturbações e perseguições variadas, de fundo
espiritual, ou de caráter hereditário, podem caracterizar o que defi nimos
como sintomas de maldição.
Precisamos saber avaliar o real signifi cado de cada sintoma. Todo sintoma
carrega consigo uma mensagem natural ou espiritual que deve ser
discernida corretamente. Muitas vezes isto é algo simples de processar, mas
algumas vezes pode inspirar grandes dúvidas.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
61
Deus pode simplesmente nos levar a santi fi car objetos “sus-peitos” pela
oração: “...pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser
rejeitado se é recebido com ações de graças; porque pela palavra de Deus
e pela oração são santi fi cadas” (I Tm 4:4-5). Outras coisas, Deus nos
levará a destruí-las: “Muitos também dos que ti nham prati cado artes
mágicas ajuntaram os seus livros e os queimaram na presença de todos; e,
calculando o valor deles, acharam que montava a cinquenta mil moedas de
prata” (At 19:19).
Existem objetos e infl uências que Deus certamente nos orientará a refutá-
los, porém, isso deve acontecer de forma pessoal e sob uma
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
No texto acima, Paulo rotula a moti vação dessas pessoas que se tornam
místi cas, como carnais, pessoas defi citárias e desequilibradas
emocionalmente. Esse excesso de espiritualidade é, na verdade,
carnalidade, e muitos espíritos de engano se aproveitam para gerar
religiosidade, confusão e destruição na Igreja.
2. Naturalizar o espiritual
Esta postura normalmente ocorre como reação ao misti cismo.
Limita-se tanto à própria cultura humana e teológica, que ela pode matar.
Esse é o suti l desequilíbrio entre a letra e o Espírito. Ao invés de
vivenciarmos o Evangelho que transforma, tornamo-nos víti mas de uma
teologia rígida que deforma.
Paulo adverti u que a letra sem o Espírito mata, e o conhecimento sem amor
e obediência apenas incha, ensoberbece. Também, Jesus MARCOS DE
SOUZA BORGES
63
envolvidas nessas situações. Para alguns, isso pode parecer estranho ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
por uma forte atração e desejos estranhos ligados ao oculti smo, fi lmes de
terror, feiti çaria, ligação com mortos e perversão sexual.
bitos, padrões, dons, etc. que foram recebidos no oculti smo, seja por práti
ca ou herança.
Porém, a questão básica a ser trabalhada com toda pessoa que
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oculti smo, onde ocupavam até mesmo posições sacerdotais, que em pouco
tempo já se autoestabelecem como líderes e pastores de uma igreja. Conti
nuam sendo inspiradas pela mesma concupiscência de poder que
aprenderam no oculti smo. Se isso não for tratado, mesmo que o ministério
dessas pessoas tenha uma roupagem evangélica, a essência será espírita.
Portanto, o ponto mais importante a ser tratado em uma pessoa que veio das
práti cas oculti stas é a idolatria pelo poder, a concupiscência de posição e
� tulo. Esta é uma maneira suti l do inimigo se infi ltrar na igreja e usurpar
e ti ranizar a autoridade divina causando grandes prejuízos.
creu até o próprio Simão e, sendo bati zado, fi cou de contí nuo com Filipe;
e admirava-se, vendo os sinais e os grandes milagres que se faziam” (At
8:13). Percebemos aqui como Simão ti nha uma admiração muito maior
pelo “poder de Deus” do que pela “pessoa de Deus.”
Até um certo ponto isso é natural com novos converti dos, porém, mais
adiante, Simão não se contém, e tenta, literalmente, manipular, comprar
esse poder, que tanto cobiçava: “Quando Simão viu que pela imposição das
mãos dos apóstolos se dava o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro” (At
8:18). Mediante isto, Pedro imediatamente discerne a infi ltração maligna e
confronta a Simão, indo na verdadeira raiz do seu problema, que era,
exatamente, a idolatria pelo poder: PASTOREAMENTO INTELIGENTE
poder de Deus.
Fico imagino quantos “Simãos mágicos” estão dentro de nossas igrejas.
Podemos identi fi car esse ti po de pessoa como sendo um “sa-tanista
laranja” , ou seja, pessoas, muitas delas sinceras, que estão tentando servir
a Deus com seus ministérios, porém agindo com a inspiração, dons e
mecanismos da feiti çaria. Apesar disso parecer muito estranho, essas
pessoas, na verdade, estão servindo a Deus com dons espíritas. Na verdade,
precisam de libertação.
Isto é muito suti l, porque a pessoa, como Simão, não consegue perceber,
por já estar tão condicionada aos mecanismos do oculti smo, que ainda
conti nua subjugada, como Pedro muito bem expõe, a uma moti vação
maligna: “em fel de amargura,” e ati tude iníqua: “em la-
Cajado ou cobra?
tudo contaminou tanto sua moti vação de ajudar o seu povo que ele acabou
se envolvendo em um assassinato, o que causou a sua fuga para um longo
exílio.
Depois de 40 anos no deserto sob os cuidados de Jetro, tra-
67
balhando como pastor, vem juntamente com o seu chamado uma poderosa
libertação. Não foi fácil Deus arrancar toda essa bagagem de Moisés. Deus
não apenas cura o seu coração, como também purifi ca o seu ministério.
Sem prolongar, só quero enfati zar a maneira como Deus revela para Moisés
que havia uma séria contaminação 1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Deus ordena a Moisés que jogue a sua vara ao chão e quando ele o faz, ela
se transforma em uma serpente. Havia “cobra” no cajado de Moisés. É
como se Deus esti vesse dizendo a ele: você está tentando me servir, mas
seu ministério está contaminado. Havia uma infi ltração demoníaca no seu
cajado pastoral. Aquilo ti nha que ser enfrentado e subjugado. Era
necessário que Moisés enfrentasse o seu passado de feiti çaria, amargura,
decepção que culminara em um assassinato no Egito.
chegou a matar por isso. Sua mentalidade fora construída por uma ARTE II
- ANALISANDO O DIAGRAMA
A verdade é que tem muita gente como Moisés ministrando na igreja do Pr.
Jetro, gente que está com o dom ministerial contaminado e precisa de uma
libertação. Vamos entender isso melhor.
68
Neste campo, é bem importante saber disti nguir entre o santo e o profano.
Existe uma linha fi na que separa alguns conceitos, que, na sua
manifestação podem ser bem parecidos, mas, espiritualmente, são
antagônicos e confl itantes. A questão é que muito do esforço de Satanás se
concentra na falsifi cação, na camufl agem, tentando se confundir com o
divino.
• Profecia X adivinhação
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
“E disse-me o Senhor: Os profetas profeti zam menti ras em meu nome; não
os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei. Visão falsa, adivinhação,
vaidade e o engano do seu coração é o que eles vos profeti zam” (Jr
14:14).
Por incrível que pareça, existe uma diferença suti l entre profecia e
adivinhação, embora a profecia seja divina e a adivinhação seja demo-
PARTE II - ANALISANDO O DIAGRAMA
Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro
uma jovem que ti nha um espírito
adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus
69
Apesar do texto logo de início denunciar que essa jovem ti nha um espírito
adivinhador, isso só foi percebido por Paulo muitos dias depois. É
interessante notar como ela parti cipava das reuniões de oração como uma
crente qualquer, tendo oportunidade de profeti zar até mesmo sobre a vida
de Paulo e Silas. Inclusive, o conteúdo de suas profecias confi rmava alguns
fatos reais de forma animadora. Mesmo sem conhecê-los, ela falou
acertadamente tudo sobre eles. Imagino que no início Paulo e Silas tenham
até se senti do encorajados com as suas profecias e com o ministério dela.
Uma das lições aprendidas por Paulo neste episódio é que na adivinhação a
moti vação é o amor ao lucro, e o dom não se fundamenta na inspiração
divina, mas na presença de um espírito enganador. Esse espírito de
adivinhação seduz as pessoas levando-as a se venderem por dinheiro, lucro.
Como menciona o texto: “...adivinhando, dava grande lucro a seus
senhores”.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Este ti po de sintoma tem sido cada vez mais comum com pessoas crentes,
gente da igreja, e normalmente está associado com um passado pessoal e
geracional no oculti smo, juntamente com situações crônicas de abusos
verbais, � sicos, sexuais, etc. Nestes casos, uma MARCOS DE SOUZA
BORGES
71
Como a Bíblia diz: “Anti gamente em Israel, indo alguém consultar a Deus,
dizia assim: Vinde, vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, outrora se
chamava vidente” (I Sm 9:9). Profetas como Samuel, Eliseu e muitos outros
ti nham da parte de Deus uma vidência legiti mamente proféti ca.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
guiava vários pastores e pessoas da sua igreja com as suas profecias, que,
realmente, aquilo soou de forma muito estranha para mim. Havia uma forte
postura de arrogância e, simplesmente, não dei muita atenção.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Tentei explicar que o seu ministério, apesar de ser algo que realmente
impressionava a muitos, estava contaminado e precisava renunciar esta
visão aberta que ele ti nha do mundo espiritual. Imediatamente ele me
contrariou rispidamente, dizendo: Não! Dessa forma o meu ministério vai
acabar! Expliquei, detalhadamente, que ele estava ministrando as pessoas,
não pelo Espírito de Deus, mas
72
Depois de tudo, fi quei pensando nos pastores e nas inúmeras pessoas que
ele havia ministrado, profeti zado e imposto suas mãos.
“Eliseu, porém, lhe disse: Porventura, não fui conti go em espírito, quando
aquele homem voltou do seu carro ao teu encontro? Era isto ocasião para
receberes prata e roupa, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas?”
(II Re 5:26).
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei,
se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu” (II
Co 12:2).
73
... visualize que você está em determinado lugar, assim e assim ... e muitos
se embalavam em diferentes experiências de projeção astral.
Diante disso, disse a ela: graças a Deus que você não teve nenhum ti po de
experiência nessas vigílias. Isto está mais para “arre-bentamento” do que
para “arrebatamento”! Na verdade, o pastor ti tular dessa igreja já vinha há
vários anos em adultério, e a igreja só defi nhando com uma série de
problemas crônicos. Tudo isso confi gura um sintoma gravíssimo de uma
igreja e liderança infi ltrados pelo satanismo, ou seja, pessoas servindo a
Deus com dons espíritas.
... Um dos casos mais fortes que atendi foi o de um “líder de intercessão e
libertação”. Apesar da posição e ministério que ocupava na sua igreja, sua
vida, casamento e família estavam quase destruídos.
Fico chocado como pessoas que não governam bem a própria casa são
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Ele estava com muitos problemas mesmo, e quando olhei sua fi cha percebi
que já se envolvera com tudo quanto é coisa que se possa imaginar no oculti
smo. Seu maior envolvimento havia sido na umbanda, onde disputava com
outros “colegas” quem possuía maior poder. Muito rápido recebeu a
capacidade de vidência, sendo doutrinado pelo seu “guia”, um espírito a
quem podia visualizar.
Aprofundou-se muito na projeção astral.
74
Certo dia ele teve uma experiência que realmente foi o diferencial na sua
vida de bruxaria. Ele desafi ou o seu “guia” a mostrar-lhe todo o seu poder.
Foi quando ele viu essa enti dade puxando-o pelo braço, fazendo com que
ele entrasse em projeção astral. Juntos, 1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
viajando numa velocidade que ele ainda desconhecia nas projeções, se viu
indo na direção de um cemitério. Com a sensação de que iam se chocar,
atravessaram pelo portão, indo em direção a um grande cruzeiro que havia
no cemitério, quando após senti r uma forte colisão, percebeu estar subindo,
mas, na verdade, se viu descendo por um túnel escuro e, fi nalmente,
aterrissaram num local, que parecia uma fl oresta sombria. Estava em algum
lugar que jamais esti vera antes, provavelmente, algum “departamento do
inferno”.
Entendeu que deveria colocar suas mãos sobre as mãos espalmadas PARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
75
de. Tratamos das tantas outras situações e experiências que ti vera através
da bruxaria. Foi algo inesquecível. Veja bem, que este irmão era o líder do
ministério de intercessão e libertação, ministrando e impondo suas mãos
sobre muita gente na sua igreja.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Há alguns anos atrás fui procurado por um casal que ainda enfren-tava as
sequelas de uma infeliz libertação na sua igreja. Aquela mulher,
76
Nas religiões da Nova Era acredita-se que o corpo tem uma “energia” que
circula por todo o organismo por meio de vias específi cas chamadas de
“meridianos”. É o que eles classifi cam como energia Yin, ou negati va, e
energia Yang, ou positi va. A saúde seria resultado do equilíbrio dessas duas
energias. Em contraparti da, o desequilíbrio produz a doença. Esse
mecanismo de redenção que se resume em equilibrar o bem e o mal se
fundamenta em um paradigma totalmente errado, que peca frontalmente
contra a verdade absoluta da salvação em Cristo.
77
cos são sensíveis, mesmo que paliati vos. Assim sendo, a acupuntura 1 |
SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Assim como hoje temos profi ssionais cristãos que uti lizam os bene� cios
da acupuntura, o mesmo pode ser feito na Yoga,Tai-Chi-Chuan, homeopati
a, etc. onde nenhum ti po de “esvaziamento”, meditação transcendental,
“potencialização” espiritual ou “ener-P
Uma coisa má, escondida em uma coisa boa. Desta forma, além de satanizar
aquele recurso, os demônios os uti lizam com a fi nalidade de prender as
pessoas em vários outros ti pos de enganos.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
o discernimento para não espiritualizar uma doença que tenha uma natureza
orgânica, nem medicalizar uma enfermidade que tenha uma natureza
espiritual. Lógico que também pode haver uma combina-
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
“... bem como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos
malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual ti nham
saído sete demônios”
(Lc 8:2).
ples distúrbio na saúde até uma enfermidade fatal. O que caracteriza mesmo
esse ti po de situação é a ausência de um diagnósti co médico.
79
nha que a fez defi nhar totalmente. Foram usados todos os recursos médicos
para descobrir o que ela ti nha, porém sem sucesso. Depois de fi car
inválida na cama, acabou falecendo.
Doenças congênitas
Antes acreditava-se que a herança genéti ca infl uía mais do que os hábitos
e o modo de vida na consti tuição de uma pessoa. Hoje, já é provado que o
ambiente interfere de modo decisivo no código genéti co, promovendo
alterações no fun-cionamento dos genes. O genoma sofre muitas alterações,
que podem ser de caráter reversível ou irreversível.
“Quanto a Efraim, a sua glória como ave voará; não haverá nascimento,
nem gravidez, nem concepção. Ainda que venham criar seus fi lhos, eu os
privarei deles, para que não fi que nenhum homem. Ai deles, quando deles
eu me apartar! ... Efraim levará seus fi lhos ao matador. Dá-lhes, ó Senhor;
mas que lhes darás? Dá-lhes uma madre que aborte e seios ressecados ...
Efraim foi ferido, secou-se a sua raiz; eles não darão fruto; sim, ainda que
gerem, eu PARTE II - ANALISANDO O DIAGRAMA
Este texto refl ete a implacável inferti lidade do povo de Deus como um
sintoma de uma obsti nada apostasia. A madre ou útero e também os seios
simbolizam na Bíblia o potencial de gerar e sustentar não apenas fi lhos,
mas também relacionamentos, projetos, ministérios, planos, etc. A ferti
lidade é uma consequência natural da vida saudável, porém a esterilidade
crônica denuncia desordem, rebelião e morte espiritual.
81
Tenho ouvido muitas pessoas dizendo que tudo que elas tocam
simplesmente morre, acaba, se perde. De maneira estranhamente anormal,
objetos quebram ou somem, aparelhos estragam, animais 1 | SINTOMAS
DE MALDIÇÃO
Irmãos que odeiam de morte irmãos ou parentes. Pais que não con-versam
com fi lhos há vários anos ou fi lhos que cortaram totalmente o
relacionamento com os pais. Situações crônicas de violência e brigas, ou até
mesmo, assassinatos entre familiares e parentes.
82
Certa vez, ouvindo o desabafo de uma mulher, ela disse que na sua família,
que era composta por mais quatro irmãs, todas as mulheres se casaram com
“homens bananas”. Todas elas é que sustentavam os maridos e faziam as
coisas “funcionarem” em casa.
Ele não pode determinar o que vamos fazer ou deixar de fazer na vida. A
vida fi nanceira precisa ser regida pela fé. O justo viverá pela fé; não pelo
salário (dinheiro). Quando o dinheiro deixa de ser o servo e passa a ser o
senhor, a vida espiritual entra em desequilíbrio. Jesus PARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
Jesus identi fi cou o amor ao dinheiro com a presença de Mamon, uma enti
dade demoníaca, muito versáti l, que está presente em todas as áreas da vida
humana.
83
ganha e vai pagar menos do que ela vale. Ou seja, a diferença entre ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
comprar a vista e a prazo pode signifi car quase três vezes o valor do
produto. Não é pecado você ajuntar dinheiro para conquistar um objeti vo.
Isso, na verdade é inteligência.
e brigas, sofrendo ferimentos graves e às vezes até fatais. Isso merece uma
investi gação.
85
“Inocente para sempre sou eu, e o meu reino, para com o Senhor, no
tocante ao sangue de Abner, fi lho de Ner. Caia ele sobre a cabeça de Joabe
e sobre toda a casa de seu pai, 1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
e nunca falte na casa de Joabe quem tenha fl uxo, ou quem seja leproso, ou
quem se atenha a bordão, ou quem caia à espada, ou quem necessite de
pão” (II Sm 3:26-29).
Apesar dos seus familiares não terem nenhuma responsabilidade direta, eles
sofreriam consequências. Davi interpretou espiritualmente a situação,
esclarecendo que muitos descendentes de Joabe sofreriam de doenças
venéreas, lepra, aleijamentos, morte por assassinato e mendicância. Joabe
teria a infelicidade de presenciar as consequências do seu crime na sua
própria família e descendência.
crônicos ou cíclicos
se prolongando por anos e anos, algumas vezes décadas. Por isso nem
sempre é simples reverter essas situações.
Normalmente não se consegue em poucas horas ou dias des-construir algo
que levou tanto tempo para ser construído. Como nos mostra o diagrama
abaixo, o principal alicerce a ser combati do é medo e passividade. A
pessoa precisa se reeducar no senti do de superar isso em Deus, enfrentando
os respecti vos abusos e traumas.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
87
... Lembro-me de uma moça que atendi. Ela me relatou que por anos havia
falado para si mesma que precisava se esquecer de algo que acontecera na
sua história. Com o passar dos anos, realmente ela se esqueceu
completamente daquilo. Agora, tentando desenvolver sua vida espiritual,
sabia que precisava enfrentar a situação, porém, o PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
de comportamentos e vícios
É quando se percebe claramente um mesmo problema, de característi cas
idênti cas, migrando de uma pessoa para outra dentro do círculo familiar.
Ou seja, quando um melhora o outro piora. Isso qualifi ca um quadro de
transferência de espíritos. Pode se manifestar de várias formas:
consumismo, alcoolismo, enfermidades, hipocondria, depressão, etc.
Então diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E, chegando, acha-a
desocupada, varrida e adornada. Então vai e leva consigo outros sete
espíritos piores do que ele e, entretanto, PARTE II - ANALISANDO O
DIAGRAMA
habitam ali; e o últi mo estado desse homem vem a ser pior do que o
primeiro. Assim há de acontecer também a esta geração perversa” (Mt
12:43-45).
Este texto tem uma forte conotação ligada à apostasia, mas também revela
algo interessante: o espírito imundo sai do homem e retorna para a casa.
Esta palavra casa, no literal, se refere à geração dessa pessoa,
comprovando o princípio da transferência de espíritos.
89
dos homens são adúlteros, 90% dos casamentos acabam em divórcio, etc.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
O que pode e o que não pode na inti midade conjugal? O sexo oral é
pecado? E o sexo anal? É pecado? Em um livro como este, precisamos
tratar desse ti po de questão, especialmente devido aos tantos casais que
atendemos enfrentando problemas de falsa culpa, que sempre MARCOS
DE SOUZA BORGES
91
capítulo da carta de Paulo aos romanos, por exemplo, vai perceber que o
contexto implícito não é o casamento ou a vida marital, mas é o
homossexualismo e toda perversão resultante de gente que explici-tamente
renega a Deus, caindo no que ele chama de paixões infames:
“Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas
mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se
infl amaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com
varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa
do seu erro” (Rm 1:26,27).
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
inti midade sexual. Não existe! Muito pelo contrário, se estudarmos o livro
de Cantares de Salomão, vamos nos surpreender descobrindo a importância
do eroti smo e da liberdade sexual dentro do matrimônio.
É importante quebrarmos alguns sofi smas que tentam impor que o sexo
matrimonial é sujo, vergonhoso ou indecente. Nada disso deve ter espaço
no matrimônio. Pelo contrário, quando existem barreiras, constrangimentos
ou até mesmo bloqueios na vida sexual de um casal é bem possível que
exista uma infi ltração demoníaca 1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
para que Satanás não vos tente pela vossa inconti nência.”
O sexo envolve todo o corpo das pessoas. Provém de Deus que o casal
desfrute de prazer, o que se confi rma pela própria anatomia humana. Isso é
fundamental na vida de pessoas maduras (casadas) que precisam enfrentar
tantos momentos de responsabilidade e tensão. O sexo é um mecanismo
altamente desestressante e que refi na emocionalmente e espiritualmente a
inti midade do casal.
Portanto, desde que haja consenso, não existem regras ou restrições bíblicas
para o sexo dentro do casamento. Paulo endossa esse MARCOS DE
SOUZA BORGES
prio corpo, mas sim o marido; e também da mesma sorte o marido não tem
autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher” (I Co 7:4).
Obviamente, este texto explica que o sexo está ligado ao corpo e
93
não a parte dele, o que envolve a mente, todos os senti dos (visão, au-dição,
paladar, tato e olfato), assim como toda a pele (não parte dela), o sistema
nervoso, glandular, hormonal, etc. O sexo engloba todo o corpo.
Veja bem, foi Deus quem criou a anatomia humana dessa forma, e não o
diabo! É lógico que se um dos cônjuges não se sente bem 1 | SINTOMAS
DE MALDIÇÃO
com alguma forma de investi mento sexual, ele deve ser respeitado.
Quem ama respeita. Porém, naquilo que ambos se sentem esti mulados e
mutuamente realizados, não existe pecado e muito menos condenação. Este
ti po de tabu precisa ser eliminado. É o ti po de religiosidade que pode até
destruir um casamento.
Ressalvas a serem consideradas
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as
coisas me são lícitas; mas eu não P
Apesar do contexto desse texto ser a “prosti tuição” e não o “sexo marital”
e de não encontrarmos nenhuma proibição bíblica para o sexo anal
associada à vida marital, penso que apesar de ser “lícito” havendo o
consenso entre o casal, ele não convém por uma série de questões de cunho
orgânico, fi siológico, emocional, higiênico, etc. Esse é um conselho (não
regra) que dou àqueles que me perguntam sobre isso.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
É um erro querer doutrinar a inti midade conjugal. Nem a Bíblia faz isso. Se
nem a Bíblia estabelece regras sexuais para o casamento, penso que não
devemos querer ser mais sábios que Deus. Portanto, o que temos aqui, sem
desmerecer o zelo das pessoas que agem dessa forma, é que elas pegam um
texto fora do contexto, forçam uma interpretação sob um pretexto de santi
dade e sem perceber acabam abusando da inti midade conjugal alheia.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Atração e intenção
Toda tentação pode ser vencida e todo pecado pode ser evitado.
95
insti nti vo, natural, biológico e hormonal. Todo ser humano normal, em
relação ao sexo oposto, está sujeito à atração � sica. Precisamos trabalhar
com a intenção. Ou seja, a atração é basicamente hormonal, enquanto a
intenção é basicamente moral. Não temos como castrar o desejo sexual,
mas temos como dominá-lo.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Certa vez, um homem que levava muito a sério a sua vida espiritual
desabafou comigo: “Pastor, sou um pecador terrível! Eu perguntei
preocupado: O que aconteceu? Ele respondeu: Algumas vezes sinto-me
sexualmente atraído por outras mulheres (vale mencionar que ele vive em
uma cidade onde as mulheres são terrivelmente P
provocati vas). Então eu o questi onei: Mas, nessas vezes que isso ARTE II
- ANALISANDO O DIAGRAMA
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Vamos passar agora aos sintomas latentes que evidenciam uma perseguição
espiritual de cunho sexual:
• A neurose sexual
• Impotência e frigidez
97
como uma arma dormente que é ati vada após o casamento, produzindo um
ti po de “cinto de casti dade”. Esse ti po de prisão acaba destruindo a vida
sexual do casal, deixando-o suscep� vel ao adultério e divórcio. É algo
realmente maligno.
Impotência masculina
trati vo. Seu maior dilema era que havia já seis anos que não ti nha ARTE II
- ANALISANDO O DIAGRAMA
relações sexuais com o marido. Aquilo trazia uma terrível frustração, que
estava pesando em vários aspectos da sua vida. Mesmo tendo aceitado o
Evangelho há três anos atrás, o quadro simplesmente não havia alterado.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Apesar de não simpati zar muito com essas coisas, ela acabou indo. O ritual
aconteceu em uma sala absolutamente escura. O feiti -
ceiro entregou a ela um objeto com forma cilíndrica e orientou que ela
mordesse aquilo com toda força até que ele falasse para ela parar.
Ela relatou que a sensação que ti nha é que aquele homem estava se
masturbando enquanto fazia uma série de rezas e invocações...
Depois disso, nunca mais o seu marido a traiu, mas também nunca mais
teve relações sexuais com ela. Na verdade, ele tornou-se
98
Sugeri então que ela enfrentasse a situação, não apenas perdoando o marido
pelas traições, como também pedindo perdão a ele pela amargura e
vingança que se consumaram através desse ritual macabro. Ela foi para a
sua casa resoluta. No outro dia, apareceu com um largo sorriso,
maravilhada. Incrivelmente, havia ti do uma 1 | SINTOMAS DE
MALDIÇÃO
pornografi a.
99
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Hoje presenciamos uma eroti zação cultural. O sexo cada vez mais se
agiganta como um ídolo. O cérebro é o principal órgão sexual do ser
humano. Não existe limite para as fantasias sexuais. Essas fantasias podem
evoluir para neuroses, se transformando nas mais terríveis cadeias
demoníacas, destruindo a vida espiritual, ministerial, conjugal e familiar de
muita gente.
Isso é bem estranho, mas está cada vez mais presente nos acon-
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Na práti ca, desvendamos três situações que podem estar presentes nesse ti
po de sintoma:
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
Certa vez, fui procurado por uma senhora. Apesar de já ser casada e estar
fazendo um curso preparatório para desenvolver um projeto missionário
internacional, ela vinha vivendo essa pavorosa perturbação. Perguntei
quando isso começou e a história que ela me contou desvendou a natureza e
a verdadeira causa do problema.
Ela vinha de um lar oculti sta. Sua mãe era uma sacerdoti sa naquela
religião. Havia também ali um pai de santo que recebia o orixá do terreiro,
segundo ela, um tal de Exú-lúcifer. Pouco antes de completar seus dezesseis
anos, a mãe comunicou a ela um recado desse orixá. Ela precisaria realizar
um importante ritual no dia do seu aniversário.
um local reservado, onde fi cou sozinha com esse homem que chefi ava
aquele terreiro. Ela descreveu como percebeu visivelmente esse orixá se
incorporando nele e parti ndo para cima dela. Inexplicavelmente, quase sem
reação, ela foi defl orada sexualmente por aquele espírito incorporado no
sacerdote. Só depois veio descobrir que a oferenda que aquela enti dade
queria era a virgindade de uma moça de 16 anos.
conjugal de esposa.
101
SINTOMA F. Pedofilia
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
SINTOMA G. Exibicionismo
Existe uma vergonha que Deus vesti u: “E o Senhor Deus fez túnicas de
peles para Adão e sua mulher, e os vesti u” (Gn 3:21). É
e trouxe a vergonha. A Bíblia fala muito sobre vestes. Deus deseja lidar
com as nossas vergonhas nos vesti ndo de justi ça, alegria, santi dade,
louvor, etc. Por sua vez, Satanás quer nos desmoralizar ainda mais através
da nudez e da indiscrição: “Como jóia de ouro em focinho de porca, assim
é a mulher formosa que se aparta da discrição” (Pv 11:22).
O exibicionismo sempre vai incitar um desejo que não será sati sfeito da
maneira correta. Esse é o princípio da defraudação. O
102
Poderíamos alistar várias práti cas sexuais perverti das que precisam ser
confrontadas e trabalhas em um processo de libertação.
1 | SINTOMAS DE MALDIÇÃO
PROCESSO DO
MAPEAMENTO
- Pesquisa e entrevista
- Revelação
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
MARCOS DE SOUZA BORGES
2
PROCESSO DO
MAPEAMENTO
Definição
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
ta, um míssil para cada alvo. Hoje, portanto, temos o que chamamos de
“mísseis inteligentes”, uma guerra cirúrgica onde cada míssil tem a
capacidade de ati ngir com precisão o alvo para o qual foi designado”.
Esta mesma precisão bélica tem se expressado na realidade espiritual
através dos princípios de cartografi a e mapeamento espiritual.
107
- Entrevista e pesquisa
Por isso é tão importante incenti var o espírito investi gatório presente no
ministério sacerdotal.
Para discernir é necessário ouvir. Para ouvir é necessário uma escuta ati va.
Para isso, é necessário nos despojarmos da nossa autobiografi a e de
qualquer outro ti po de viseira cultural, religiosa, etc. É indispensável
entender o problema da pessoa do ponto de vista dela, porém usando a
cosmovisão bíblica. Discernimento, sabedoria e compaixão precisam andar
juntos.
- Revelação
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Deus que, não apenas traz à luz o que é necessário, como também defi ne a
questão. Este episódio bíblico ilustra perfeitamente o que estamos
explicando:
“Nos dias de Davi houve uma fome de três anos consecuti vos; pelo que
Davi consultou ao Senhor; e o Senhor lhe disse: É por causa de Saul e da
sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas” (II Sm 21:1).
Uma fome (seca) de três anos consecuti vos é algo fulminante para qualquer
cidade. Obviamente por todo esse tempo o governo 2 | PROCESSO DO
MAPEAMENTO
109
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
Deus julgou todas as divindades do Egito, desde o Rio Nilo que era adorado
como fonte de prosperidade, até a morte que era sinistra-mente cultuada
através das megalomaníacas pirâmides ou túmulos.
Ou seja, as dez principais divindades do Egito foram abati das pelas ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
dez pragas sinalizadas por Moisés. Assim, Deus salvou Israel da escravidão
para uma nova vida. É como um novo nascimento. Esse é o processo de
sermos ti rados do mundo, do império das trevas, e sermos transportados
para o reino do fi lho do Seu amor. A travessia do mar vermelho com
Moisés signifi ca o bati smo da salvação.
O perfil do mapeador
Não temos espaço para um estudo minucioso do livro de Josué, mas quero
ressaltar apenas o ministério dos espias, que sinteti zou a importância do
mapeamento espiritual da terra no processo de libertação e conquista da
alma.
111
investi das de autoridade e experiência. Esta não é uma tarefa para pessoas
neófi tas. Nem todos têm um perfi l para isso. Na primeira vez, quando
Moisés enviou os 12 espias, cada um deles era príncipe de uma das tribos
de Israel. Eram homens de patente elevada, que realmente ti nham ou
deveriam ter maturidade, experiência em liderança e a capacidade
sacerdotal de representar o povo. Ainda assim, diante da inti midação e
oposição que enfrentaram ao espiar a terra, reagiram com incredulidade.
Por causa desse fracasso no mapeamento da terra, isso custou à nação de
Israel uma peregrina-
escolhe apenas dois homens, fazendo jus a esses que dentre os doze ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
Siti m era onde estavam todas as forças de Israel reunidas. Mapeadores
precisam de uma retaguarda ministerial, sacerdotal, um
113
observai a terra...”
(Ne 2:13).
Isso nos ajuda a chegar às raízes certas. Saber identi fi car as fortalezas do
inimigo implementadas na alma da pessoa. Todos sabemos que Jericó é a ti
pologia perfeita ou a externalização de uma fortaleza espiritual construída
internamente na vida das pessoas. Fortalezas são frequentemente
construídas por pensamentos e senti mentos contrários à sabedoria de Deus
e que nos escravizam através de comportamentos sectários.
mesmo sabendo que está prati cando algo contrário à vontade de Deus,
perdeu a esperança de poder reverter a situação”. Essas são as principais
áreas que precisam ser mapeadas e trabalhadas na libertação.
Dentro de toda Jericó existe a casa de uma mulher. A mulher é descrita por
Pedro como o “vaso frágil,” no caso aqui entendemos como MARCOS DE
SOUZA BORGES
115
onde ela está fragilizada, onde tem vivido debaixo de condenação e agido
com dissimulação e deslealdade. Ou seja, saber identi fi car essas áreas
específi cas que vão fornecer informações profundas sobre a real situação
espiritual da pessoa.
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
9. Identi fi car a natureza interna da fortaleza: “... prosti tuta, cujo nome
era Raabe, e dormiram ali”.
Apesar de todo esti gma que a palavra prosti tuta estabelece, essa pessoa
tem um nome, Raabe, uma identi dade que precisa ser resgatada, redimida.
Toda libertação tem um caráter pessoal. O mapeador precisa ter a habilidade
de penetrar no interior da fortaleza, obtendo informações ínti mas que serão
cruciais para uma profunda e defi niti va libertação.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
pois, peço-vos, jurai-me pelo Senhor que, como usei de bondade para
convosco, vós também usareis de bondade para com a casa e meu pai” (Js
2:10-12).
Aqui nós temos a rendição de Raabe. Raabe, assim como Jericó e toda a
terra de Canaã, não estão fora de nós; estão dentro. No processo de
libertação, o mapeamento desarma o inimigo, desmonta toda a sua
resistência. Nesse momento as muralhas de Jericó ruíram. Esse é o poder do
mapeamento espiritual, que ao lidar com as áreas obscuras da alma, apenas
confi rma o estado de pavor e derrota do inimigo.
Nada fi cou oculto, nem mesmo os porões da alma. O linho fala da justi ça,
no caso aqui a justi ça humana, os sofi smas que corromperam Raabe a se
tornar uma prosti tuta. O coração corrompido, os basti dores da alma, os
moti vos ínti mos onde se apoiava para convi-PARTE II - ANALISANDO
O DIAGRAMA
ver com sua consciência foram expostos. Tudo foi colocado na luz,
obedecendo às condições oferecidas pelos espias. Esse mapeamento
espiritual foi decisivo na conquista de Canaã e na transformação de Raabe,
o que mudou os rumos de toda a sua descendência.
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
PARTE II - ANALISANDO O DIAGRAMA
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
118
Por uma questão de estratégia didáti ca, estaremos repeti ndo alguns
conceitos que já têm sido trabalhados anteriormente.
Assim como existe uma herança genéti ca, material, fi nanceira, cultural,
etc., também existe uma herança espiritual que se expressa na forma de uma
visitação, seja ela divina (promessas) ou demoníaca (perseguições). Quando
Deus se apresentou a Moisés, Ele o fez usando as seguintes palavras para
defi nir o seu relacionamento conosco: “Eu sou o Senhor Deus, o Deus de
Abraão, Isaque e Jacó.”
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
empenhou com eles. Mesmo depois de quatrocentos anos, Ele estava ali
para cumprir as suas promessas feitas a Abraão e confi rmadas a Isaque e
Jacó em relação aos seus descendentes. O texto seguinte formula a lei das
heranças espirituais.
“... porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a
iniquidade dos pais nos fi lhos, até a terceira e quarta geração daqueles
que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que
guardam os meus mandamentos” (Ex 20:5).
119
• “... Faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os
meus mandamentos.”
• “... Visito a iniquidade dos pais nos fi lhos, até a terceira e quarta
geração daqueles que me odeiam.”
Quando a Bíblia fala que Deus visita o pecado dos pais nos fi lhos ARTE II
- ANALISANDO O DIAGRAMA
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Quando a lei moral afi rma que a iniquidade dos pais tende a se repeti r no
comportamento dos fi lhos até a terceira e quarta geração, está subentendida
uma esfera de mapeamento que oferece pleno poder de observação. Para
um diagnósti co espiritual, isso é inteligente, sensato e muito práti co.
121
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
texto explica que isso é defi nido como zelo de Deus: “... porque eu, o
Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito...”
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Primeira coisa a ser entendida é que a resposta bíblica para lidarmos com as
maldições hereditárias é através de uma confi ssão inteligente das respecti
vas iniquidades geracionais. Infelizmente, MARCOS DE SOUZA
BORGES
123
memória coleti va que estabelece certas práti cas pecaminosas como cultura
familiar, fazendo com que sociedades percam totalmente o contato com
Deus.
Vale ressaltar que todos os homens a quem o próprio Deus no-meou como
intercessores exerciam a práti ca de confessar as iniquidades dos
antepassados que se acumularam ao longo das gerações.
Este é um princípio na Bíblia que poucos sacerdotes conseguiram
redescobrir. Veja esta oração de Daniel:
“Senhor, segundo todas as tuas justi ças, apartem-se a tua ira e o teu furor
da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte; porquanto por causa dos
nossos pecados, e por causa
Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo, e as suas súplicas, e
sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o teu rosto, por amor do
Senhor” (Dn 9:16,17).
de dez a catorze gerações. Esses textos seguintes e muitos outros nos dão
uma indicação sobre isso.
“De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze
gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações;
e desde a deportação para Babilônia até o Cristo, catorze gerações” (Mt
1:17).
125
confi ssão sacerdotal das iniquidades geracionais prati cadas por essas 14
gerações como Mateus esclarece: “e desde Davi até a deportação para
Babilônia, catorze gerações.”
Portanto, aquilo que foi mapeado até quatro gerações pode e deve ser
confessado até dez ou catorze gerações. Obviamente, essa intercessão não
isenta essas gerações da sua culpa diante de Deus, mas desautoriza o direito
de perseguição em relação às sucessivas gerações, estabelecendo um divisor
de águas, um novo céu sobre as futuras gerações, uma nova realidade
espiritual, livre das perniciosas infl uências de Satanás.
No Yom Kippur é quando entendemos melhor essa práti ca. A confi ssão
corporati va das iniquidades geracionais foi estabelecida como estatuto
perpétuo na cultura judaica (Lv 23:26-32). Isso acon-PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
ele é conhecido como o dia em que Satanás é derrubado dos céus, garanti
ndo as bênçãos de Deus para o ano que se inicia (calendário judeu) e para as
sucessivas gerações.
2. História da concepção
de casamento.
127
3. História da gestação
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
4. História do parto
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
A história da infância até a idade da razão é uma outra fase que também não
compreende a nossa capacidade de escolha e de defesa.
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
não tem o ser humano como uma víti ma incapaz de responder ou assumir
as consequências das suas escolhas. Nossos pensamentos determinam
nossos feitos, nossos feitos determinam nossos hábitos, nossos hábitos
determinam nosso caráter e o nosso caráter determina o nosso desti no.
Uma outra coisa importante é que a ignorância não nos isenta MARCOS
DE SOUZA BORGES
129
“... nem deis lugar ao diabo” (Ef 4:27). Essa palavra “lugar” (topos) signifi
ca no literal, “jurisdição”, fazendo alusão a uma área da alma humana que
está descontrolada, mas podendo signifi car também um território.
Em uma libertação, muitas vezes, temos um vasto campo a ser investi gado,
porém existem ganchos específi cos nos quais a explo-
ração demoníaca se fundamenta. Enquanto esses ganchos não são
131
Confirmar
que esse ponto no qual a fortaleza demoníaca se apoiava foi ati ngido e
rompido. Fica claro que algo substancial aconteceu em favor da pessoa e da
sua família.
Vigiar
Isso também será de muita valia no processo de manter a libertação, pois a
pessoa já está em alerta em relação às suas áreas de maior vulnerabilidade,
onde deve redobrar sua vigilância.
Assim como Deus pode tornar uma manifestação úti l, o diabo também
pode ti rar proveito de certas manifestações, trazendo confusão e desviando
suti lmente o libertador da rota certa, desgastando o processo e frustrando
os resultados.
Outra coisa, é que junto com esses fortes sintomas de libertação, ARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
Confrontar
algum parti cipante acabava sofrendo uma libertação tão profunda quanto a
pessoa ministrada.
132
2 | PROCESSO DO MAPEAMENTO
N���:
CAUSAS DE MALDIÇÃO
1. Iniquidade dos pais
– Herança familiar
2. Quebra de alianças
3. Idolatria
4. Rebelião contra os pais
5. Pecado encoberto
6. Falta de perdão
CAUSAS DE MALDIÇÃO
“O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante
de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para
que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19).
Adão era fi lho de Deus, foi formado pelas mãos dEle, mas porque ele
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
bem a sério. De forma bem práti ca, vamos enumerar algumas das
principais causas que, normalmente, encontram-se presentes nos quadros de
perseguição ou exploração demoníaca.
vida. A lei da herança não exerce um signifi cado relevante. Parece estranho
o pecado de alguém produzir uma consequência nas sucessivas gerações.
Isso não se ajusta com o nosso contexto cultural.
ti ca. As iniquidades não redimidas dos nossos pais autorizam uma infl
uência maligna de natureza correspondente sobre as nossas vidas e
relacionamentos. Ao ignorar esse fato, passamos a conviver
desnecessariamente com uma série de infortúnios.
Filiação X Merecimento
De outra sorte, suponhamos uma pessoa cujos pais foram muito bem-
sucedidos na vida acumulando muitos bens e propriedades. Os
pais morrem e toda a sua fortuna passa para o fi lho. Isso é justo? Esse
137
fi lho fez por merecer tudo isso? Ele trabalhou conquistando com o suor do
seu rosto todo esse patrimônio deixado pelos pais? De forma alguma.
Herança é uma questão de fi liação e não de merecimento.
Mesmo sem merecer, ele teve direito à sua herança. A herança não está
ligada ao merecimento, mas à fi liação. Da mesma forma, a base do direito
à salvação não está vinculada ao merecimento, mas à fi lia-
ção. Jesus abriu mão do direito de ser o “unigênito do Pai”, e, através da
sua morte e ressurreição, se tornou o “primogênito entre muitos irmãos” ,
incluindo-nos na família de Deus, fazendo-nos herdeiros de Deus e co-
herdeiros com Cristo.
Se semeamos essa justi ça, pela justi ça vamos colher os respecti vos P
com misericórdia” .
Por que não apenas ele fi cou leproso? A Bíblia deixa claro que ele veria as
consequências dos seus pecados na sua descendência.
Que responsabilidade!
previamente. Ele trouxe derrota sobre Israel e morte para si mesmo e para
toda a sua casa (Js 7:1-26). As consequências do seu pecado ati ngiram
muitas pessoas inocentes.
Por mais que não gostemos dessa ideia de os nossos pecados exercerem
uma consequente maldição sobre nossa descendência, esta é uma imutável
realidade do mundo espiritual.
dade de seus pais, para que não se levantem, e possuam a terra, e encham
o mundo de cidades” (Is 14:21).
139
Talvez você nunca tenha se perguntado por que os fi lhos de Israel fi caram
mais de trezentos anos como escravos no Egito. Como pôde o povo de
Deus, a semente abençoada de Abraão, ter fi cado tanto 3 | CAUSAS DE
MALDIÇÃO
Quando Abraão foi chamado por Deus, ele deixou a cidade de Ur dos
Caldeus indo em direção à terra de Canaã (Gn12:7). Chegou em Betel onde
levantou a Deus um altar (Gn 12:8). Depois disso veio uma grande prova
pois havia fome na terra. Não é nada fácil quando Deus manda você ao
lugar da bênção, do chamado, e você se depara com a fome.
Ali ele se complicou todo. Uma menti ra causou o sequestro da sua esposa.
Deus lançou pragas sobre Faraó, que descobriu a verdade e acabou dando
um sermão em Abraão. Quando o Faraó do Egito passa P
parti r dali, Abraão retornou para Canaã, orientando-se, como a Bíblia diz,
pelos altares outrora levantados.
(Ez 22:30). Podemos ti rar uma drásti ca conclusão aqui: “O meu povo 3 |
CAUSAS DE MALDIÇÃO
está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento” (Os 4:6).
guém seja infi el para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o
divórcio (lit. repúdio) , diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de
violência o seu vesti do; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos
exércitos; e não sejais infi éis” (Ml 2:16).
até hoje, ameaçando a paz mundial. Essa guerra cultural do terror entre o
bloco islâmico e o mundo judaico-cristão começou com um
141
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Tentando descobrir por que os homens têm uma parti cipação tão � -
mida e até inexpressiva nas igrejas em geral, descobre-se que grande parte
deles tem perdido a moral e a autoridade na própria família por conta de
adultérios ocultos. Está cada vez mais di� cil em nossas igrejas achar um
homem que possa dizer: Eu nunca traí a minha esposa!
• O adultério perturba emocionalmente o casamento, produzindo obsessão
por ciúmes, desprezo, competi ção, desentendimento crônicos e todo ti po
de quebra e desvirtuamento na comunicação do casal.
Todo adultério, mais cedo ou mais tarde, se não for tratado, vai produzir
uma situação crônica de decepção familiar, dor, rejeição, repúdio, divórcio e
abandono.
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
isso o que Deus odeia, como afi rma o profeta Malaquias. É quando o
relacionamento é intencionalmente inviabilizado no coração.
Existe um famoso ditado que diz: “Antes de se casar abra bem os seus
olhos, porque depois terá que fechar para muitas coisas”.
143
A lei do divórcio
Essa lei por muito tempo vinha cumprindo o seu papel civilizador, quando
no NT surge uma séria denúncia feita pelo próprio Jesus. Na verdade, o
sistema religioso de Israel, simbolizado pela fi gueira que
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Por isso é importante considerar o contexto das declarações feitas por Jesus
sobre o divórcio nos Evangelhos. Elas foram feitas para confrontar líderes
religiosos que imoralmente estavam fazendo do divórcio um pretexto para o
repúdio, pervertendo a funcionalidade da lei. Ou seja, a lei do divórcio foi
insti tuída por causa do repúdio, e não para ser um pretexto para o repúdio.
Qualquer pessoa que busca na Bíblia um respaldo para se divorciar está se
colocando em um péssimo caminho! O caminho do coração duro!
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
questão de civilidade. Fique claro que o divórcio não isenta as pessoas das
consequentes maldições; apenas formaliza a nova situação perante a
sociedade. O que podemos fazer no aconselhamento após o divórcio é
tentar amenizar essas consequências.
145
divórcio, e lha der na sua mão, e a despedir da sua casa, ou se este últi mo
homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então seu primeiro
marido, que a despediu,
não poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher, depois que foi
contaminada; pois é abominação perante o Senhor; assim não farás pecar
a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança” (Dt 24:1-4).
O corpo dessa lei nos permite ti rar algumas conclusões: 1. Quais sejam os
moti vos justos do divórcio, eles são menciona-PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
O teu acampamento será santo, para que Ele não veja em ti “coisa
Jesus parece endossar essa mesma postura: “... a não ser por causa de
prosti tuição” (Mt 5:32). Porém, como a Bíblia não estabelece um moti vo
para o divórcio de forma conclusiva, e creio que isso é proposital, porque
cada caso é um caso, minha opinião é que mesmo em caso de adultério,
deve-se tentar de todas as formas possíveis restaurar o casamento. Muitos
matrimônios têm sido salvos, mesmo após a mortal ferida de um adultério.
Vamos abordar sobre como lidar com a ferida do adultério no próximo
capítulo.
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
não é bom.
147
Não temos como ignorar esta questão. São nesses casos onde um sábio
aconselhamento torna-se ainda mais imprescindível. Na Bíblia, o conceito
do segundo casamento está implícito na lei do divórcio, o que jamais foi a
intenção original de Deus para o relacionamento P
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Também, é importante levantar algumas questões específi cas de forma
construti va no aconselhamento com divorciados, principalmente aqueles
que estão contraindo um outro matrimônio: O que se pode fazer hoje para
amenizar as feridas abertas e melhorar os relacionamentos afetados? Como
agir diante de fi lhos com quem, por força do divórcio, perdeu-se o contato?
O que é possível fazer para reparar os próprios erros, para que a situação
não se repita de forma ainda pior no segundo casamento? O que precisa ser
mudado no próprio caráter?...
Dois extremos
149
de divórcio, que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas se foi e também
ela mesma se prosti tuiu” (Jr 3:8).
É o próprio Deus quem está dizendo essas palavras. Ele não se 3 | CAUSAS
DE MALDIÇÃO
divorciou de Israel por iniciati va própria, mas devido a uma obsti nada
rebelião da nação em rejeitá-lO. Israel repudiou ao Senhor, trocando-O
pelos seus amantes. Por incrível que pareça, Deus não ignora esse ti po de
dor. Depois de ser ostensivamente repudiado, Ele passou pela situação de
divórcio e novo casamento, com a Igreja: E Deus disse: Põe-lhe o nome de
Lo-Ami; porque vós não sois meu povo, nem eu serei vosso Deus. Todavia o
número dos fi lhos de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-
se nem contar-se; e acontecerá que no lugar onde se lhes dizia: Vós não
sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois fi lhos do Deus vivo. (Os 1:9,10)
Este veredicto divino mostra como aqueles que eram o povo desposado de
Deus deixaram de ser, e os que não eram povo de Deus passaram a ser. A
nova aliança produziu um novo Israel, que vai além da descendência �
sica de Abraão, mas uma inumerável descendência espiritual que engloba
qualquer um, de qualquer nacionalidade, que tem o coração aberto para crer
e obedecer, como Abraão o fez:
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Governo e serviço
Ser infi el ao nosso cônjuge é também ser infi el a Deus. Qualquer pessoa
que queira levar Deus a sério precisa levar muito a sério o casamento. O
ministério cristão está associado ao testemunho, à credibilidade moral.
Autoridade e testemunho são valores proporcio-nais. Sem testemunho não
existe autoridade. As palavras se tornam vazias. É a letra sem o espírito, a
verdade sem a coerência, que acaba caindo em descrédito. A falta de
autoridade subtrai o impacto do ministério, tornando-o irrelevante.
veis em relação ao seu papel na família, essa pessoa não deve ser
estabelecida em uma posição de governo; apenas de serviço. Ela não teria
infraestrutura moral e nem respaldo bíblico para exercer uma função de
governo e cobertura sobre outros. O apóstolo Paulo determina que se
alguém não governa bem a sua casa, também não pode governar a igreja (I
Tm 3:5). A restrição aqui é sobre governar, e não ministrar ou servir. O que
limita o serviço é o próprio testemunho.
151
uma infl uência espiritual demoníaca que produz uma resistência no senti
do de impedir a pessoa de se encaixar no propósito divino em relação ao
casamento, família e igreja (Assembléia do Senhor). Ou seja, desencadeia
um processo de perseguição espiritual de cunho emocional, sexual e
também homossexual, tentando fazer com que a pessoa precocemente
reproduza a mesma situação pela qual ela foi gerada.
Esse mecanismo de propagação da iniquidade pode produzir um impacto
social que afeta até dez gerações. Este ti po de situa-
miséria e violência.
(Dt. 28:65-67).
“E, quanto aos que de vós fi carem, eu lhes meterei pavor no coração nas
terras dos seus inimigos; e o ruído de uma 3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
CAUSA 3. Idolatria
Todo pecado é uma violação de algum ti po de relacionamento.
Acontece uma permuta de identi dade. O ídolo para a pessoa passa a andar,
a falar, a ouvir, etc., e a pessoa se torna espiritualmente cega, surda, muda,
inerte, insensível como o ídolo. Quanto mais o PARTE II - ANALISANDO
O DIAGRAMA
ídolo se torna ati vo para a pessoa, tanto mais a pessoa se torna passiva e
embrutecida como o ídolo. Esta é uma inviolável lei do mundo espiritual:
Somos transformados na semelhança daquilo que cremos.
“Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca,
mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem;
têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas
não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam
153
é que nessas mesmas áreas em que essas enti dades supostamente prometem
proteger e favorecer, elas desempenham uma função oposta, causando
assim uma dependência espiritual cada vez maior do ídolo.
Por isso é comum, por exemplo, observar pessoas devotas a São Cristóvão
(protetor dos motoristas) sofrer inúmeros acidentes automobilísti cos,
pessoas devotas a Santo Antônio (protetor do casamento) se divorciando
várias vezes ou sofrendo de solteirice, pessoas devotas a Iemanjá (protetora
do amor) caindo em desgraça senti mental e familiar, pessoas devotas a
Santa Luzia (protetora dos olhos) sofrendo de problemas nos olhos ou
cegueira senti mental (no sincreti smo, Santa Luzia é o Cupido), pessoas
devotas a São Judas PASTOREAMENTO INTELIGENTE
“. . E, havendo ele dissipado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e
começou a passar necessidades” (Lc 15:14). Essa foi a maldição do fi lho
pródigo, que ao desprezar o seu pai, gastou dissolutamente a sua herança,
reduzindo-se a uma condição de profunda miséria. Foi parar em uma terra
de fome e escassez.
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
• Cegueira e perdição
“O que amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a sua lâmpada
e fi cará em trevas densas” (Pv 20:20). Instalam-se na vida da pessoa
diversas situações desfavoráveis envolvendo desnorteamento vocacional,
vulnerabilidade senti mental e afeti va, desvirtuamento e precipitação na
hora de tomar decisões, relacionamentos errados e tantas outras coisas que
trancam a vida da pessoa e impedem as oportunidades.
“Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR teu Deus te ordenou, para
que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que te dá o
SENHOR teu Deus.” (Dt 5:16). Desonra aos pais faz PARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
155
• Envenenamento emocional
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
• Relacionamento aprisionado
também vosso Pai celesti al vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes
aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas” (Mt 6:14,15).
Esse é um texto que precisa ser levado muito a sério. O que Jesus está
dizendo é que a falta de perdão é inseparável da apostasia.
Temos aqui uma linha de ação que não pode ser ignorada. Não perdoar nos
leva para uma situação crônica de desgraça, condenação e,
consequentemente, apostasia. A apostasia é uma porta aberta para a
desestruturação espiritual, moral e social. Esse é o ciclo da desgra-
ção de não sermos perdoados por Deus. Isso compromete a própria PARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
157
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que
julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós”
(Mt 7:1,2).
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Para averiguar a severidade dessa lei, primeiro faça uma lista com todas as
pessoas que o feriram e de tudo que elas fi zeram contra você. Isso será bem
fácil de se fazer. Como diz o ditado: “quem apanha jamais esquece”.
Depois, tente alistar tudo o que você tem feito e que tem ferido ou
prejudicado outros. Isso certamente será bem mais di� cil de fazer, mas se
esforce. De repente, você vai descobrir que as duas listas coincidem. As
suas agressões estão ligadas com as injusti ças que você sofreu, e que, ao
invés de perdoar, você P
A grande chave para perdoar é ver como temos errado. Não existe
verdadeira santi dade sem um verdadeiro compromisso com a práti ca de
perdoar. Quanto mais perdoamos, menos pecamos. Quanto menos
perdoamos, mais erramos com os outros. Se esse processo não for
interrompido, acabaremos sentenciados pelo nosso padrão de julgamento.
Enfermidades � sicas, colapsos emocionais, crises nervosas e depressivas
passam a frequentar a nossa vida.
A falta de perdão nos transfere da cadeira de juiz para o banco dos réus,
onde acabamos condenados, aprisionados, penalizados, torturados e
atormentados por espíritos, pessoas e situações malignas.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Um outro princípio que enfati za essa ligação entre a falta de perdão e uma
vida condenada é a “ceia”. A essência da ceia do Senhor é reconciliação e
comunhão. Um autoexame nos nossos relacionamentos deve ser
minuciosamente feito. Uma negligência, 3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Prati car o ato cerimonial da ceia do Senhor sem discernir o seu conteúdo
moral pode trazer consequências trágicas. Quando tomamos a ceia sem
perdoar, estamos pecando contra a unidade e a integridade do corpo de
Cristo, e esse é o real moti vo de muitas pessoas estarem doentes, e até
mesmo morrerem prematuramente.
159
“Em seus dias, Hiel, o betelita, edifi cou Jericó. Quando lançou os seus
alicerces, morreu-lhe Abirão, seu primogênito; e quando colocou as suas
portas, morreu-lhe Segube, seu fi lho mais moço; conforme a palavra do
Senhor, que ele falara por 3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
“... Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com a
fi lha de deus estranho. O Senhor exti rpará
“deus estranho”, esse será espiritualmente o seu sogro. Esse demônio agora
é seu parente. Após o casamento, com que autoridade você irá recusar a
visita do “sogro”? Ao invés de trazer Deus para abençoar, você estará
trazendo demônios para casti gar o seu casamento, e vai passar a “comer o
pão que o sogro amassou”.
a família da pessoa.
“Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu fi lho ou a
sua fi lha, nem adivinhador, nem prog-nosti cador, nem agoureiro, nem feiti
ceiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem
mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz MARCOS
DE SOUZA BORGES
161
“Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, perda de fi lhos e
viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti , por causa da multi dão das
tuas feiti çarias, e da grande abundância dos teus encantamentos” (Is
47:9).
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Pactos, consagrações, votos, bati smos, benzimentos, feti ches, simpati as,
mantras, capacidades sobrenaturais adquiridas, etc. precisam ser da forma
mais específi ca possível repudiados, arrependidos e renunciados.
Vale reforçar que não podemos simplesmente resumir uma libertação ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
Cada vez que isso ocorre, a pessoa está caindo no abominável engano da
necromancia. Apesar de muitas religiões terem essa práti ca, ela é
fortemente proibida pela Bíblia. Pensando que estão invocando a Deus, na
verdade, isso é uma sujeição aos espíritos de morte.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
• O pacto de sangue
O sangue derramado em uma morte por suicídio mantém uma aliança com
os espíritos de morte, fracasso, bancarrota e depressão. Espiritualmente
falando, esse crédito de injusti ça autoriza uma PARTE II - ANALISANDO
O DIAGRAMA
163
• O método do suicídio
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
Por conta de tudo isso, a família procurou ajuda em uma igreja evangélica,
onde se converteram. Porém as possessões conti nuavam a acontecer com a
fi lha. Esse quadro só se reverteu quando ele decidiu tratar da situação
pastoralmente, fazendo um concerto também com a família. A parti r desse
dia nunca mais sua fi lha sofreu os ataques PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
(Para obter informações mais detalhadas sobre este tópico ver capítulo 4 do
livro “O Avivamento do Odre Novo” e capítulo 5 do livro
“Então disse-me: Esta é a maldição que sairá pela face de toda a terra;
porque qualquer que furtar, será desarraigado, conforme está estabelecido
de um lado do rolo; como
também qualquer que jurar falsamente, será desarraigado,
165
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
A Bíblia diz que existe uma maldição que está presente em todo lugar por
causa do roubo. Toda pessoa que rouba, pensando que está construindo uma
base segura, terá suas raízes cortadas.
Este texto mostra como o roubo está ligado à menti ra. Quem rouba mente,
e uma maldição, ou um espírito destruidor vem morar na casa da pessoa,
consumindo e roubando toda sustentação familiar, material, etc.
Espírito Santo.
Outro aspecto das riquezas mal adquiridas é que da mesma forma que a
pessoa enriquece, ela também perde tudo, principalmente quando se
converte ao Evangelho. O diabo, nesses casos, permite que a pessoa tenha
riquezas para servir aos seus interesses.
Foram riquezas que o diabo deu, e que ele mesmo ti ra quando a pessoa
ameaça mudar seus valores e propósitos.
166
(Mt 16:19).
167
• Incesto
de teu pai (ela é tua irmã), a sua nudez não descobrirás. A ARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
nudez da irmã de teu pai não descobrirás; ela é parenta de teu pai. A nudez
da irmã de tua mãe não descobrirás; pois ela é parenta de tua mãe. A
nudez do irmão de teu pai não descobrirás; não te chegarás à sua mulher;
ela é tua ti a. A nudez de tua nora não descobrirás: ela é mulher de teu fi
lho; não descobrirás a sua nudez. A nudez da mulher de teu irmão não
descobrirás; é a nudez de teu irmão” (Lv 18:6-16).
• Prostituição
Não trarás o salário da prosti tuta nem o aluguel do sodomita para a casa
do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra coisa são
igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus (Dt 23:18).
168
• Homossexualismo
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
- Legado e práti ca de perversão sexual, besti alidade e homossexualismo na
linhagem dos pais.
Tudo isso acaba engendrando uma perseguição homossexual que confl ita
com a vontade da pessoa e fere traumati camente a identi dade. Sem uma
perspecti va divina de redenção, essa é uma
169
ências das suas escolhas expressa fi elmente o amor de Deus, que pode
transformar qualquer situação e coração.
Esse é um ponto críti co no terrível confl ito que essas pessoas 3 | CAUSAS
DE MALDIÇÃO
passam. Precisamos, como Igreja, amá-las com esse amor que elas não
conhecem, que as aceita, as respeita, as valoriza, as recebe, sem preconceito
e sem ter que levá-las para a cama. Só o amor de Deus pode restaurá-las ao
propósito eterno da sua existência!
Sob a óti ca do mundo invisível, não existe nenhuma possibilidade de
realização humana dentro de um relacionamento homossexual. É algo
abominável, que invoca forças demoníacas implacavelmente destruidoras.
O homossexualismo muti la a identi dade sexual, levando aos níveis mais
abomináveis de corrupção e perdição: “Com homem não te deitarás, como
se fosse mulher; abominação é” (Lv 18:22).
favor dos gays, lésbicas, simpati zantes, etc., por mais que a sociedade
ARTE II - ANALISANDO O DIAGRAMA
• Bestialidade
“Se uma mulher se chegar a algum animal, para ajuntar-se com ele,
matarás a mulher e bem assim o animal” (Lv 20:16).
3 | CAUSAS DE MALDIÇÃO
PROCESSO DA
CRUCIFICAÇÃO
1. Humilhação
2. Confi ssão
3. Arrependimento
4. Perdão
5. Renúncia
6. Resti tuição
7. Reconciliação
8. Disciplina e obediência
9. Descanso
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
10. Intercessão
172
PROCESSO DA
CRUCIFICAÇÃO
Segundo o nosso diagrama, a crucifi cação pode ser defi nida como a
capacidade terapêuti ca e redentora de percorrer essa distância espiritual
entre as causas de maldição e a cruz de Cristo. Ou seja, é o processo de
interagir adequadamente com os princípios implícitos no sacri� cio de
Jesus, os quais descreveremos adiante, acionando em nosso favor os
respecti vos bene� cios: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celesti ais em Cristo” (Ef 1:3).
em cada situação específi ca de pecado e injusti ça que tem nos ati ngido.
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
TRANSPARÊNCIA E RECONCILIAÇÃO
Transparência e reconciliação são considerados como os “princí-
“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com
os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho nos purifi ca de todo pecado” (I
Jo 1:7).
cação. Uma vida purifi cada signifi ca que a pessoa está não apenas PARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
175
Uma pessoa pode ter sido perdoada e ainda não purifi cada desses mesmos
pecados. Para o perdão dos pecados, basta apenas um sincero
arrependimento. Para a purifi cação, é necessário mais que isso. Se não
houve uma interação com os princípios de transparência (andarmos na luz)
e reconciliação (temos comunhão), é sinal de que ainda existem pendências
espirituais e um saldo de obras mortas que ainda desequili-bram nossa
consciência, sustentando alguma forma de constrangimento e exploração
demoníaca. O arrependimento lida com a culpa do pecado.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Reconciliação cirúrgica
çou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos dará
a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele. Então
conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR” (Os 6:1-3).
O livro de Oséias trata de uma das piores fases da nação de Israel, PARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
Sei que muitos não gostam do que vou falar, e até não concordam.
achando que isto é duro demais. Já ouvi muitas pessoas que adultera-ram
dizerem: “Se eu contar isso para o meu cônjuge, o meu casamento vai
acabar!” Na verdade, o casamento já acabou quando houve o adul-
tério. Se é que ainda existe alguma chance de resgatá-lo, é através da
177
confi ssão. A confi ssão é apenas a cirurgia para tentar reti rar o “câncer”
Muitos querem a libertação apenas até este ponto. Quando chega na hora de
morrer para si mesmos, enfrentando com transparência e responsabilidade
os próprios pecados, a pessoa desiste. Por isso, temos tantos casos de
pessoas que já passaram por inúmeras
“libertações”, porém não trouxeram nenhum bene� cio real.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
“Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti ,
e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o
qual se deitará com tuas mulheres à luz deste sol. Pois tu o fi zeste em
oculto;
178
mas eu farei este negócio perante todo o Israel e à luz do sol” (II Sm
12:11,12).
O adultério é uma das maiores infelicidades que uma pessoa pode cometer
na vida. É di� cil um pecado que traga coleti vamente tanta dor,
sofrimento, destruição e perturbação como o adultério.
Vamos ver alguns entendimentos e passos que precisamos dar para lidar
com estas situações.
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
• Mais cedo ou mais tarde, a situação vai vazar. Situações assim funcionam
como uma bomba relógio. Jesus deixou claro que esta é uma lei que não
será quebrada: “... tudo que fazemos às ocultas será apregoado dos
telhados.” Existem duas formas de lidar com o adultério, que podem
produzir consequências bem diferentes:
179
o Espírito Santo, Deus levanta os profetas. Foi o que ocorreu com Davi ao
ser confrontado por Natã (II Sm 12). Ao sermos descobertos precisamos
nos humilhar. Talvez haja uma esperança. Escolher a ati tude de negação,
tentar tapar o sol com a peneira, é suicídio. A 4 | PROCESSO DA
CRUCIFICAÇÃO
esperaríamos.
A família de Davi foi arruinada. Seu primeiro fi lho com Betseba morreu,
Amnon estuprou Tamar, Absalão vingou Tamar assassinando Amnom
friamente em um jantar de família, fazendo justi ça com as próprias mãos.
Com isso, instalou-se uma profunda amargura entre Davi e Absalão, que
após se rebelar contra o pai, foi assassinado por Joabe, sobrinho de Davi e
chefe do seu exército... uma trilha de morte e destruição.
Nem sempre, mas muitas vezes, a rebelião dos fi lhos nada mais
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Ao ser confrontado pelo profeta Natã, Davi rasgou suas vestes e coração. Se
humilhou. Só aqui, depois de mais de um ano, começou a sua restauração.
Só reforçando o que já falamos, o adultério é o ti po de pecado que produz
uma ferida tão interna, que só pode ser exti rpada cirurgicamente. Sei que
este ti po de situação é bem delicada. É o ti po de “reconciliação cirúrgica”,
que demanda uma sábia intermediação e muita paciência e fi delidade, até a
cicatrização total da ferida.
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
Não tem como um cônjuge confessar um adultério para o outro sem feri-lo
profundamente. Porém, esta é a ferida que trata da ferida.
Infelizmente, muitos males internos só podem ser removidos
cirurgicamente. É necessário abrir, cortar, rasgar, sangrar. Por mais dolorosa
que seja a ferida feita pelo cirurgião, ela, na verdade, é necessária e
terapêuti ca. Este é o poder da transparência.
• Deixar o palácio
Deixou tudo para trás: sua realeza, seu pres� gio, seus � tulos e bus-cou
refúgio na dependência de Deus. Se ti vesse fi cado no palácio, certamente
teria sido assassinado pelo próprio fi lho, que demonstrou essa intenção se
deitando com as suas concubinas à luz do dia.
181
Davi sabia que o seu pecado de anos atrás o estava visitando. Ele fora
avisado disso. Quem estava em cheque não era Absalão ou Simei, 4 |
PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
mas ele mesmo. Ele entende o que estava acontecendo, e abaixa sua cabeça,
suportando o apedrejamento sem nenhum ti po de revide.
“Então Abisai, fi lho de Zeruia, disse ao rei: Por que esse cão morto
amaldiçoaria ao rei, meu senhor? Deixa-me passar e ti rar-lhe a cabeça.
Disse, porém, o rei: Que tenho eu convosco, fi lhos de Zeruia?
Por ele amaldiçoar e por lhe ter dito o Senhor: Amaldiçoa a Davi; quem
dirá: Por que assim fi zeste?” (II Sm 16:9,10). Incrivelmente, Davi não
disse que Satanás estava usando Simei, mas era o próprio Deus quem estava
por trás daquela dura prova. Que discernimento!
Quem cometeu adultério precisa entender que muita gente vai comentar,
praguejar, amaldiçoar, atacar, etc. e agora precisa aguentar isso calado, sem
revidar. Esse é o tempo do apedrejamento. Sinto muito ter que falar isto,
mas é o que realmente ocorre. A maioria sucumbe nessa prova saindo do
curso do quebrantamento.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Toda pessoa que trai vai provar desse mesmo veneno. Davi também passou
pela prova de Absalão. A maneira como lidamos com isso pode estabelecer
rumos totalmente diferentes para a nossa vida. Enquanto a amargura nos
destrói, o quebrantamento restaura.
Absalão representa aquelas pessoas que são como fi lhos mesmo, porém
feridos, com questões que não foram resolvidas, potencialmente vulneráveis
a trair. São os levantes internos fulminantes que vêm para trazer uma
implacável destruição. É a traição do adultério se voltando contra a pessoa
multi plicadamente. O pivô de tudo isso não era a rebelião de Absalão, mas
o adultério de Davi. Lidar internamente com a situação dos “Absalãos” é
bem mais di� cil que a dos
“Simeis”. Um fi lho nunca vai deixar de ser um fi lho. Davi tentou de todas
as formas preservar a vida de Absalão, ainda que sem sucesso.
ACERTANDO O ALVO
PRINCÍPIO 1. Humilhação
inundam a nossa mente criando justi fi cati vas quase que convincentes para
nos desviar do caminho estreito da humilhação. A voz da justi ça própria,
da amargura, da vergonha estardalhaçam de todas as formas
tentando fazer prevalecer a obsti nação doenti a do nosso coração.
183
eternidade e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também
com o contrito e humilde de espírito, para vivifi car o espírito dos humildes,
e para vivifi car o coração dos contritos” (Is 57:15).
povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e
perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (II Cr 7:14).
PRINCÍPIO 2. Confissão
momento que a luz dissipa as trevas, que a verdade desfaz a menti ra, que a
chave do quebrantamento abre as prisões da alma, que os anjos golpeiam os
demônios e que a cruz triunfa sobre as maldições comu-nicando os milagres
de Deus e purifi cando toda a atmosfera espiritual.
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para
que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg
5:16).
184
A esfera de ação delegada por Deus ao diabo não está delimitada ao fato da
pessoa ser ou não um cristão, ou ter ou não uma religião, a acreditar ou não
em Deus, pertencer ou não a uma igreja. A jurisdição ( topos), ou seja, o
ambiente no qual Satanás exerce poder se restringe às trevas. Onde existem
áreas de trevas, obscuridade, menti ra, dissimulação, cegueira, ignorância
na vida de qualquer pessoa, esse é o seu habitat, a sua esfera de infl uência,
opressão, obsessão e até 4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
mesmo possessão. Esse é o seu legado: construir o seu mundo de trevas nas
trevas da alma humana e infernizá-la.
Portanto, fi ca fácil concluir que muitas enti dades demoníacas se
alimentam do nosso silêncio, da culpa calada, do pecado secreto, da
vergonha implícita na passividade moral, das mordaças emocionais, da ti
midez espiritual. O domínio exercido por uma fortaleza demoníaca é
diretamente proporcional à resistência espiritual para confessar determinada
culpa ou vergonha.
Quer gostemos ou não, tudo o que está nas trevas está sujeito a uma
intervenção direta de Satanás. Porém, quando a confi ssão é mais
escandalosa que o pecado, quando decidimos ser ousados espiritualmente
em crucifi car a nossa reputação, julgando-nos a nós mesmos, então não
seremos condenados com o mundo. A Bíblia PARTE II - ANALISANDO O
DIAGRAMA
PRINCÍPIO 3. Arrependimento
185
(Pv 28:13).
Este texto mostra o detalhe crucial do arrependimento: “...e deixa”.
Arrependimento é quando, além de não encobrir, a pessoa confessa e toma a
decisão irrevogável de deixar a transgressão. Como Jesus disse à mulher
adúltera, que por pouco não morreu apedrejada:
“... Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (Jo 8:11).
O arrependimento faz brotar o poder para a mudança. Essa não foi uma
palavra de ameaça, mas uma recomendação saturada de graça P
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
“... Haja contudo, entre vós e ela, uma distância de dois mil 4 |
PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
côvados “ (Vs. 4). É necessário dar espaço para o Espírito Santo nos
convencer. Esses dois mil côvados de distância é o espaço que o Espírito de
Deus necessita nos nossos corações para que saibamos escolher a direção
certa. Resisti mos ao Espírito quando nos aproxi-mamos demais da arca
através do orgulho religioso, ou nos afastamos demais através do coração
endurecido. Precisamos dar ao Espírito a distância certa para que ele nos
convença do pecado, da justi ça e do juízo. Isso amadurece a decisão
irrevogável de mudar, implícita no genuíno arrependimento.
“Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós; e que MARCOS
DE SOUZA BORGES
187
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
“Porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes,
que levam a arca do SENHOR, o Senhor de toda a terra, repousem nas
águas do Jordão, se separarão as águas do Jordão, e as águas, que vêm de
cima, pararão amontoadas” (Vs. 13). Esse é o aspecto divino do
arrependimento. Quando, inspirados pelo nosso chamado sacerdotal e pela
obediência à nossa aliança com Deus, decidimos enfrentar o pecado que nos
separa de uma vida de conquistas, vamos experimentar o sobrenatural de
Deus.
quando Deus opera tanto o nosso querer santi fi cado, quanto o efe-tuar. Ele
completa a obra iniciada pela nossa disposição de mudança!
Aí já não somos mais nós que vamos deixar o pecado, mas é o pecado que
vai nos deixar! O temor do Senhor passa a dominar nessa área da nossa
alma. Começamos a ter o mesmo senti mento de repugnância que Deus tem
em relação ao pecado. A graça de PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Deus nos faz prevalecer. Graça não é permissão para pecar; muito pelo
contrário, é o poder manifesto de Deus nos capacitando a vencer o pecado
que nos escravizava. Aquilo que antes era di� cil evitar, agora fi cou fácil.
Este é o poder sobrenatural do arrependimento! Deus arranca o coração de
pedra da nossa alma e coloca um coração de carne inclinado a guardar os
seus mandamentos. O
PRINCÍPIO 4. Perdão
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
Você jamais vai “senti r de perdoar” uma pessoa que te enganou, humilhou,
abusou, traiu, etc. Você vai ”senti r” é de “esganá-la”! A tendência imediata
é buscar alguma forma de vingança. Para perdoar, é necessário morrer para
os próprios senti mentos e ressenti mentos.
• Perdão é unilateral
Perdoar não é esquecer, mas é você não usar mais isso como argumento
contra a pessoa, mesmo se lembrando do que ocorreu.
189
amargura.
Essa é uma questão que deixa muitas pessoas em confl ito. Perdoar signifi
ca obrigatoriamente que tenho que ser amigo daquela pessoa? Perdoar é
incondicional; amizade e inti midade dependem de integridade e
credibilidade. Existem requisitos que vão determinar se podemos ou não
nos expor a uma amizade legíti ma.
Não podemos escolher a quem perdoar e a quem não perdoar, mas podemos
e devemos escolher quem será e quem não será um amigo. Porém, o fato de
não escolhermos alguém como amigo não signifi ca rejeitarmos uma
convivência com essa pessoa ou tê-la como inimiga. É uma linha fi na.
Fases do perdão
• Indiferença
• Raiva
a ferida está sendo espremida. A raiva, por incrível que pareça, é menos
pior que a indiferença. A pessoa já está reagindo e saindo do coma
emocional.
• Confl ito
• Aceitação
acima dos seus senti mentos. A vida emocional volta ao equilíbrio submeti
da ao governo do espírito.
• Paz
• Memória cicatrizada
Por mais que uma cicatriz assinale uma lembrança, a cicatriz não dói, não
incomoda; na verdade, revela o triunfo da cura. Paulo disse: ...
191
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
veis a grandes decepções, rejeições, traições, etc. Qualquer pessoa pode ser
ferida. O próprio Jesus foi ferido:
“Veio para os que eram seus, e os seus não o receberam” (Jo. 1:11).
Jesus foi duramente rejeitado por aqueles que intencionalmente amava. A
grande questão é como reagimos. Como você reage é o que faz toda
diferença na sua vida e no mundo.
que nós estamos fazendo com aquilo que fi zeram conosco. Isso vai
determinar o nosso caráter e a nossa saúde emocional. Ninguém pode nos
ferir sem o nosso consenti mento. Esse é o grande paradigma do perdão.
Para perdoar, precisamos negar a nós mesmos e abraçar o esti lo de vida
demonstrado pela cruz de Cristo.
PRINCÍPIO 5. Renúncia
que tudo o que concordamos na terra é concordado nos céus e tudo o que
discordamos na terra será discordado ou desligado nos céus.
PRINCÍPIO 6. Restituição
consciência. A resti tuição é o princípio mais di� cil de prati car, o que
mais dói na nossa carne, mas, ao mesmo tempo, é o princípio mais
poderoso para resolver as coisas e nos libertar inteiramente.
“E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos
pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado
alguém, o resti tuo quadruplicado.
E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é fi
lho de Abraão” (Lc 19:8,9).
Vamos resumir algumas dicas bem práti cas sobre a resti tuição: Como
fazer uma restituição
• A pessoa já se mudou.
• Aconteceu há muito tempo atrás.
193
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
• Eu sinto muito.
sexual. Algumas pessoas cruzam algumas linhas que torna cada vez ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
los. É se tornar responsável por seus atos e ati tudes. Deus é justo, e não
exigirá nada que não estejamos aptos a fazer. O Senhor nos sustentará à
medida que esti vermos sendo sinceros e responsáveis.
194
PRINCÍPIO 7. Reconciliação
Isso nos traz de volta ao papel exclusivo do povo de Deus, que é exercer o
ministério da reconciliação. Só podemos promover a reconciliação
tornando-nos livres para
exercer imparcialmente a honesti dade. Somos reconciliados
195
Temer a Deus é amar o que Ele ama e também aborrecer o que Ele
aborrece. Disciplina é o processo de exercitar a escolha para construir um
caráter de obediência. Sustentar a conquista alcançada é uma parte essencial
do processo de libertação: “E estando prontos para vingar toda a
desobediência, quando for cumprida a vossa obediência” (II Co 10:6).
“Seis vezes o mal te visitará e na séti ma não te tocará” (Jó 5:19). Existe
um limite para a infl uência do mal e do pecado. A resistência do pecado
pode ser quebrada quando nos posicionamos corretamente.
limitações, mas confi ando que chegará uma séti ma vez em que, pela graça
de Deus, vamos vencer o mal. Essa imunidade é a sinergia da graça de Deus
com a nossa perseverança.
Bíblia nos exorta: “Diga o fraco: sou forte” . Deus disse a Josué: “Sê forte
e corajoso” . Força moral é uma questão de escolha. Isso independe da lei
da herança ou das infl uências que nos oprimem. A fé é uma musculatura
que precisa ser exercitada. A disciplina é a fé em exercício; a sólida
possibilidade de superação humana e espiritual!
PRINCÍPIO 9. Descanso
197
Isaías revela que Ele trabalha para aqueles que nele esperam (Is 64:4).
tes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza” (Hb
5:1,2).
e se pusesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a
destruísse; porém a ninguém achei” (Ez 22:30).
(Mt 16:22). Jesus não apenas discerniu a suti l infi ltração de Satanás na
sugestão de Pedro, como também a interceptou. Ele protege Pedro em
relação a esse momento crucial que fatalmente viria a acontecer: “Para
trás de mim, Satanás, que
me serves de escândalo;
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
O fi nal só não foi pior por causa da intercessão de Jesus. Mesmo tendo
negado a Jesus, Pedro acabou sendo restaurado e pôde exercer um apoio
apostólico que alavancou a igreja do primeiro século.
199
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
Algumas vezes Deus nos revela antecipadamente coisas ruins que estão
para acontecer com alguém. Isso pode ocorrer através de um sonho, uma
visão, uma impressão espiritual durante um momento de oração, etc.
Obviamente, se Deus está nos mostrando algo dessa natureza é porque Ele
não quer que isso venha a acontecer. A PARTE II - ANALISANDO O
DIAGRAMA
2. Nível de concordância
“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edifi carei a
minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei
as chaves do reino dos céus; o que concordares, pois, na terra será
concordado
nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt
16:18,19).
Tudo que precisamos é disso que Jesus chamou de “chaves do reino dos
céus” .
Isso quer dizer que não é mais Satanás quem detém as chaves da morte e
do inferno; é Jesus! A vitória de Jesus foi tão completa que o diabo perdeu
até as chaves de casa! Todos que ele sequestrou e tudo que ele roubou
mantendo cati vo no seu território pode ser resgatado.
201
chaves do diabo, mas recebê-las de Deus! E é aqui que a unidade pela qual
Jesus tanto orou entra. Ele esclarece acerca da posse das chaves do reino
dos céus dizendo: “o que concordares (ligares), pois, na terra, será
concordado (ligado) nos céus, e o que discordares (desligares) na 4 |
PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
terra será discordado (desligado) nos céus” . Ele defi ne o signifi cado
dessas chaves através da oração de concordância.
Não quero dizer que temos que ter uma unidade doutrinária, ARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
5. Perseverança
1. O princípio da justificação
203
Inspirados pela compaixão divina, podemos nos identi fi car com o corpo a
que pertencemos, seja ele familiar, denominacional, territorial, etc. Este foi
o aspecto mais relevante do sacri� cio de Jesus.
senti ndo, como também orar a oração do coração de Deus por ela.
3. O princípio do resgate
4. O princípio da colisão
gica e funcional que ela seja, algo que restringe a inspiração divina.
pios corretos com a inspiração que libera o “davá” (palavra hebraica que
signifi ca a ação criati va de Deus) maximizamos o potencial do
aconselhamento. Este equilíbrio é bem presente no ministério de
Jesus. Algumas vezes, Jesus confrontou as raízes dos problemas das
205
Outras vezes, Ele agiu inspirati vamente por fé fazendo coisas bem 4 |
PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
Doutrinação X Inspiração
A intercessão no processo de aconselhamento precisa ter a marca da criati
vidade, ou seja, de uma genuína inspiração divina. Não podemos
simplesmente doutrinar comportamentos ou técnicas que surti ram efeitos
em outros atendimentos. Algo que funcionou em um atendimento não quer
dizer que vá funcionar ou que seja necessário em outro. O grande
diferencial é a inspiração e o guiar de Deus. Se não tomarmos cuidado
nesse senti do podemos engessar os atendimentos em uma roti na religiosa
que subtrai a efi ciência do aconselhamento.
Para que você possa entender a essência do que quero ensinar, por
exemplo, teríamos respaldo bíblico para afi rmarmos que se ungirmos a
porta de nossa casa com óleo a nossa casa estaria protegida por Deus? A
resposta é não. O óleo que foi consagrado ao Senhor tem algum ti po de
poder em si mesmo? A resposta também é não. É
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
bíblico dizer que se ungirmos uma pessoa com óleo ela estará protegida e
abençoada independentemente da ati tude do seu coração para com Deus?
Novamente não. Tem pessoa que podemos derramar uma lata de óleo sobre
a sua cabeça, mas se ela não tomar vergonha na cara não tem jeito! Não
adianta só ungir mecanicamente. Acreditar misti camente no poder desses
atos e elementos, independentemente de uma direção específi ca dada por
Deus, é o que chamamos de espiriti smo evangélico.
206
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
Outra coisa essencial é que não se pode doutrinar um ato proféti co. Isso
faz com que o ato proféti co deixe de ser proféti co e se torne uma forma de
religiosidade desprovida de poder. Sempre que doutrinamos, seja um ato
proféti co, uma estratégia, uma práti ca cerimonial, uma expressão do
mover de Deus, um modelo de crescimento, etc.,abrimos uma fenda para a
infi ltração de uma cultura de religiosidade. Estamos andando na direção
oposta ao guiar do Espírito.
207
parte do seu exército, trinta mil homens, emboscando a cidade por trás,
escondidos. Pela manhã, Josué e a outra parte do exército se aproximaram
da cidade de forma provocati va. Quando o exército de Ai os atacaram,
Josué se fi ngiu de vencido, fugindo, com o intuito de 4 | PROCESSO DA
CRUCIFICAÇÃO
No momento certo, Josué levanta a sua lança dando sinal para que as
emboscadas atacassem a cidade totalmente desprotegida, destruindo e
queimando a fortaleza de Ai. Nisso, quando o exército de Ai olha para trás,
e percebem a fumaça subindo da cidade, fi cam desnorteados, sem saber o
que fazer e sem ter para onde voltar.
Josué e seus homens reagem pressionando-os de um lado, e pelo outro lado
os exércitos que haviam emboscado a cidade fecham o cerco, aniquilando o
inimigo. Uma vitória esmagadora, onde a primeira derrota se transformou
na estratégia da vitória. A obediência à estratégia de Deus fez toda a
diferença!
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
... Certa vez estava aconselhando uma preciosa irmã. Ela ti nha uma
história familiar marcada por uma profunda perda existencial.
O próprio Deus, profeti camente, a colocou face a face com o pai pródigo,
ti rando para fora o “exército de Ai” que habitava em uma fortaleza da sua
alma. Então, representando espiritualmente o seu pai, comecei a pedir
perdão a ela. Aquele pedido de perdão que ela jamais ti nha ouvido do pai.
Estruturas de insegurança, medo, raiva foram se rompendo. A cidade de Ai
da sua alma estava em chamas!
Ela começou a entender onde Deus queria levá-la com tudo isso.
Seu pai precisava mais da sua ajuda do que ela da dele. Toda aquela
situação ti nha feito dele um inválido. Agora percebia o desespero do
pai que o levou a fugir e todo sofrimento que veio em consequência
209
4 | PROCESSO DA CRUCIFICAÇÃO
6. O princípio da coletividade
“Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também por um só ato de justi ça veio a
graça sobre todos os homens para justi fi cação e vida” (Rm 5:18).
Assim como o pecado de uma pessoa deixa uma consequência para muitas,
pelo mesmo princípio a intercessão de uma pessoa pode resgatar a muitos
dessas mesmas infl uências e consequências. Tanto o pecado quanto a
obediência tem um aspecto coleti vo e hereditário.
Por isso é comum, quando uma ou várias pessoas de uma família se reúnem
para discernir e confessar os pecados e iniquidades da PARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
211
informal que prestamos aos demônios. Isso alarga o caminho para uma
vida crescente de fé e obediência. Porém, sempre que a liberta-
PERÍODO DE PROVAS
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
É possível que venha uma luta sete vezes mais forte do que aquela a que
estamos acostumados. Jesus alertou sobre a possibilidade de o espírito
desalojado voltar com sete espíritos piores que ele para um ataque de
impacto contra nossas vidas em uma tentati va desesperada de recuperar o
território perdido. Ao resisti r a essa prova de impacto, pois muito maior é
o que está em nós do que o que está no mundo, a possibilidade de viver
uma liberdade total é cem por cento.
mais provável aqui é que eles estarão rondando nossa “casa” (no lit.
combatendo, não o bom, mas o mau combate da fé, lutando contra carne e
sangue. Agindo no espírito oposto, ou seja, não reagindo no mesmo espírito
da ofensa, começamos a conquistar nossa casa para Deus. Assim, a
libertação começa a ganhar uma expressão coleti va, tornando-se também
um trampolim para uma vida crescente de santi dade e autoridade.
N����:
A CRUZ DE CRISTO
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
A CRUZ DE CRISTO
Você pode ter um excelente diagnósti co, mas se o remédio (tratamento) for
inadequado, não haverá cura. Pastores, psicólogos, psiquiatras, ou
qualquer terapeuta que ignora o mecanismo espiritual de redenção
estabelecido pela cruz de Cristo, em não poucas situações, estarão fadados
à frustração.
Além do pecado fazer com que eles perdessem esses privilégios de uma vida
no paraíso, não apenas eles, mas posteriormente toda a sua raça ou
descendência também fi caram reféns de quatro consequências:
espiritualmente.
• Todo o seu ser tornou-se corrup� vel, enfraquecível e maculado.
seu signifi cado de uma só vez. Um dos grandes segredos de Paulo é que
ele aprendeu a colocar o “Jesus crucifi cado” como centro da sua
mensagem e vida. Ele pregava a Jesus Cristo, e este crucifi cado (I Co
217
5 | A CRUZ DE CRISTO
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
“Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madei-ro, os nossos
pecados...” (I Pe 2:24).
Aponta para o fato que Jesus morreu em nosso lugar. Vida por vida, sangue
por sangue, sati sfazendo a justi ça de Deus que diz: “a alma que pecar
essa morrerá” . Jesus assumiu intercessoriamente a nossa condenação,
justi fi cando os nossos pecados e também nos
218
abençoando com toda sorte de bênçãos nas regiões celesti ais. Ele abriu
mão de ser o unigênito do Pai e pela sua morte e ressurreição se tornou o
primogênito dentre muitos irmãos, incluindo a raça humana na família de
Deus, redimindo os crentes e fazendo-os herdeiros de um Novo Testamento.
Para recebermos a vida eterna, temos que receber a Cristo como Senhor e
Salvador. Está implícita aqui uma experiência sobrenatural PARTE II -
ANALISANDO O DIAGRAMA
Ou seja, tudo que aconteceu com Jesus também precisa acontecer conosco.
Precisamos nos identi fi car com Jesus, na sua cru-
cifi cação, na sua morte, na sua ressurreição e na sua glorifi cação.
219
Lógico que isso é um processo para cada situação e área de nossas vidas.
Toda moti vação, desejos, senti mentos que, por obediência, crucifi camos
até a morte, identi fi cando-nos com a cruz de Cristo, vai ressurgir de forma
glorifi cada. Experimentaremos o melhor de Deus.
Esta é uma perspecti va mais profunda da cruz, ou seja, não foram somente
os nossos pecados - atos que prati camos - que Jesus levou à cruz; ele
também nos levou, o pecado junto com o pecador, ou seja, levou a nossa
pecaminosidade ou a tendência crônica de agradar ao nosso ego e sati
sfazer descontroladamente os nossos desejos. Esse aspecto da cruz nos
ensina a morrer, não para o desejo, mas para P
A entrega pessoal a Deus é um ato, mas também é algo que precisa ser
conservado. É necessária uma ati tude de entrega con� nua.
• Uma ati tude con� nua de entrega e rendição ao Espírito Santo, sempre
que Ele nos convencer de algo.
Precisamos fazer essa entrega total a Deus; uma entrega tão completa e
incondicional, que a única palavra que a defi na seja a morte do eu, morte
do princípio de seguirmos nosso próprio caminho.
3. Jesus como nosso estilo de vida
221
(Rm 12:1,2).
Em Lucas 9:23, Jesus afi rma que devemos tomar nossa cruz diariamente e
segui-lo. Portanto, existe um viver diário dessa vida crucifi cada. Esse
terceiro aspecto da cruz possui várias fases. As cinco característi cas que
melhor descrevem essa experiência são: P
Não adianta tentar disciplinar o velho homem (aquilo que éramos antes). É
o novo homem que precisa ser disciplinado. Para o velho homem, Deus só
tem um desti no: a cruz e o sepulcro. Agora precisamos parti cipar do
poder vivifi cador do Cristo ressurreto.
e vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O segundo aspecto da cruz
enfoca o “velho homem”, o terceiro visa ao “novo homem”.
A cruz conti nuará a ser aplicada à nossa vida durante toda nossa
existência. E somente o Espírito Santo pode fazer isso; ninguém mais.
Ele cortará de nós coisas que talvez não sejam pecaminosas, mas que
precisam ser removidas para que possamos crescer. Ele aplicará a cruz à
nossa vida, tornando-a práti ca e pessoal para nós.
5 | A CRUZ DE CRISTO
Não existe libertação sem a cruz. Não basta apenas orar e gritar repeti
damente que estamos quebrando determinada maldição em nome de Jesus.
As maldições e os demônios não irão desisti r por falarmos mais alto ou
mais baixo com eles. Não é pela estridência da voz ou pela insistência com
a qual repeti mos o mesmo comando.
Todos conhecemos aquela história dos sete fi lhos de Ceva (At 19:13-17),
que foram expulsar os demônios das pessoas em nome do Jesus que era
pregado por Paulo. O que dá a entender é que eles não ti nham a
coerência, o relacionamento com a cruz (I Co 2:2), a legiti midade
espiritual que Paulo ti nha, e, ao invés de expulsar os demônios, foram os
demônios quem os expulsaram. Foram surrados e envergonhados diante de
todos. Esse episódio traz um dos mais poderosos sermões pregados na
Bíblia, feito, por incrível que pareça, PARTE II - ANALISANDO O
DIAGRAMA
223
do sangue manifesta seus efeitos quando acionado por uma ati tude
obediente e coerente de identi fi cação com a cruz de Cristo.
Aqui entra o poder da cruz. O Espírito Santo só penetra nas nossas vidas
até a mesma profundidade que a cruz chegou.
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
nios de uma pessoa, sem identi fi car e tratar as respecti vas causas dessa
exploração. Na maioria das vezes isso só produz estresse. A pessoa precisa
ser adequadamente confrontada em relação a pecados vigentes e estruturas
de passividade em sua vida que funcionam como passe livre para os
demônios.
Outro fator é que muitas pessoas que vieram da feiti çaria adqui-rem uma
mentalidade perigosa. Elas se acostumaram a manipular e a controlar
pessoas, situações, favores e lucros egoisti camente. É só fazer um ritual e
as coisas vêm de mão beijada. Esse foi o atalho que Satanás propôs a Jesus
depois de lhe mostrar os reinos do mundo:
preço de cruz no qual o maior inimigo a ser vencido somos nós mesmos.
Outro dia estava vendo uma criança se diverti r com seu gato de esti
mação. Com uma pequena lanterna, aquele garoto projetava um
foco de luz na parede que era freneti camente perseguido pelo gato.
225
Por mais que o animal usasse toda sua agilidade não podia agarrar aquele
ponto de luz, por ser apenas uma projeção, uma imagem abstrata. Muitos
estão tentando agarrar o foco de luz, ao invés de desligar a lanterna.
Libertação lida com a lanterna, e não com a imagem projetada. Pela luz
(sintomas), podemos encontrar a lanterna 5 | A CRUZ DE CRISTO
Isto seria apenas tentar agarrar o foco da lanterna. É como dar uma
aspirina para resolver uma grave infecção. O máximo que pode conseguir é
diminuir temporariamente a febre da pessoa. Daqui a pouco a situação
toda volta. A Bíblia é muito simples e clara: “Como o pássaro no seu
vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não
encontra pouso” (Pv 26:2).
Conclusão
(I Co 1:18).
N���:
PROCESSO DA AVALIAÇÃO
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
(desejo de atenção)
6. Fracasso em romper com o oculti smo
7. Fracasso em romper com relacionamentos manipuladores e egoístas
PROCESSO DA AVALIAÇÃO
Após crucifi car as supostas causas de maldição que foram diagnosti cadas
no processo de libertação, precisamos avaliar os resultados obti dos em
relação aos sintomas iniciais apresentados.
rio conti nuar cavando nestes terrenos até que a carga de libertação seja
sufi cientemente esgotada. A precariedade de resultados pode envolver
situações diversas. Isso nos leva a tentar resolver esta pergunta que pode se
tornar intrigante em várias situações: Por que algumas pessoas não são
libertas? Vamos estudar alguns fatores mais comuns, que possivelmente
estejam impedindo uma pessoa de receber libertação.
e verdades escondidas
Deus não exige que tenhamos que confessar todos os pecados que
cometemos em toda nossa existência. Seria como estourar um travesseiro
de penas e catar cada uma delas. Porém, muitas vezes, um determinado
pecado ou abuso foi a porta por onde se desencadeou um processo de
derrota nas nossas vidas. E até que isto seja reconhecido e confessado, todo
processo fi ca travado.
não é uma razão sufi ciente. Não podemos desfrutar de uma genuí-
231
a sufi ciência do sacri� cio de Jesus e a imensa vantagem que isso ARTE
II - ANALISANDO O DIAGRAMA
nos outorga. Porém, toda pessoa que se submete a uma libertação precisa
entender que está numa luta, e que essa luta pode ser temporariamente
intensa.
te, e até mesmo compulsiva, de algum pecado, que normalmente está sendo
ocultado. Este ti po de situação acaba transformando o processo de
libertação em uma longa e desgastante situação onde os demônios fi cam
saindo e entrando da pessoa, estressando o processo. São aquelas
libertações extremamente dolorosas para a própria pessoa.
vira um beco sem saída, onde os demônios fazem o show. É comum vermos
libertadores inexperientes que fi cam horas e horas lidando com esse ti po
de situação, quase sempre sem resultado nenhum.
por isso que tanta gente se acomoda a uma vida espiritual passiva,
dependente, irrelevante, egoísta e até mesmo mundana.
problema, porém sem afetar suas raízes. O eixo para a cura da alma reside
no poder de ração, na iniciati va de mudar o que precisa e pode ser
mudado com a graça de Deus. É vital reagir perseverantemente, fazendo os
ajustes necessários ao esti lo de vida.
233
Deus não tem medo de dizer NÃO! Ele não tem medo de como vamos reagir
quando Ele se opuser aos nossos moti vos corrompidos e não responder às
nossas orações tortuosas. Ele não se deixa manipular pelos nossos
chiliques espirituais e jamais irá respaldar os nossos moti vos obsti nados,
amargurados, rebeldes e malignos.
Deus oferece liberdade para aqueles que irão promover o Seu propósito;
não para aqueles que querem conti nuar em uma vida confortavelmente
egoísta, fúti l e sem signifi cado eterno. Nossas P
Elas querem estar no centro, mas a vida de alguma forma sempre as coloca
de escanteio, às margens. Elas sentem que ninguém se importa com elas.
Uma possível razão é que são oprimidas e suprimidas por de-mônios. No
fundo, esse desejo crônico de atenção é uma idolatria em
PASTOREAMENTO INTELIGENTE
Outro alerta é que esta é uma das principais estratégias do inimigo devorar
o precioso tempo dos conselheiros, a qual eles devem estar atentos. Como
Paulo disse: “Que aprendem sempre, e nunca PARTE II - ANALISANDO O
DIAGRAMA
235
Isto é muito comum quando se criou uma forte ligação de alma através de
relacionamentos sexuais ilícitos ou perverti dos. Muitos desses
relacionamentos envolvendo namoro com fornicação, homos-P
Algumas vezes não é fácil para uma pessoa se libertar de uma pressão
egoísta ou de alguém que a quer manipular. Por mais que alguns
relacionamentos sejam escandalosamente abusivos, a pessoa vai se
conformando e alguns chegam a desenvolver uma falsa culpa quando
precisam estabelecer limites em relação a um namorado ciumento, um
cônjuge violento, um líder controlador, um amigo possessivo, uma mãe
dependente (viúva ou divorciada) que se sente PASTOREAMENTO
INTELIGENTE
Algumas vezes será necessária uma conversa corajosa, bem aberta, lidando
com essas estruturas de insegurança, rejeição e traumas,
236
237
A libertação solta a pessoa, mas não desenvolve o que fi cou atrofi ado.
Para isso é necessária a reeducação, seja a nivel de identi dade,
sexualidade, caráter, vontade, gerenciamento fi nanceiro, etc.
Muita gente resume todo o processo da restauração da alma em algumas
horas de libertação, como se isso fosse tudo. Essa perspecti va incorreta é
altamente frustrante. É necessário entender que todo processo de
libertação precisa ser manti do e correspondido com uma ati tude de
reeducação, o que infalivelmente produz caráter e sustentabilidade.
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