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Estudo II

A BATALHA PELO SUCESSO

A Batalha pelo Sucesso – Filipenses 2.5-11


 

Resumo do tema
Há algum tempo o mundo parou para lamentar a morte de um
artista famoso, um homem considerado como alguém de grande
sucesso: Michael Jackson. Quando analisamos, entretanto, a vida
desse homem; seus hábitos, seus relacionamentos e suas
dependências químicas, dá vontade de chorar. Se é isso que a
sociedade chama de sucesso, então eu creio que é melhor ser um
fracasso.
É certo que hoje em dia todos desejam alcançar sucesso; e não há
nada de errado nisso. A questão é: sucesso na ótica de quem? Da
sociedade? De Deus? Se planejarmos obter vitórias e sucesso
somente para satisfazermos nosso ego, e para nos sentirmos
superiores aos outros, com certeza, ao final desse processo,
experimentaremos um sentimento de decepção.
Planejar a vida sem considerar a vontade de Deus é, com toda a
certeza, pura tolice. Na teoria todo cristão comprometido com a
Palavra de Deus sabe disso, mas na prática, muitos são os que
estão decidindo a respeito de negócios, carreiras, escolha do
cônjuge, entre outras coisas, sem levar em consideração os
princípios bíblicos. Muitos são os que desejam a benção do Senhor,
mas poucos os que buscam em primeiro lugar o Reino e sua justiça.
Precisamos ter em mente que os conceitos mudam e que só com a
maturidade, seja ela cristã ou de vida comum, vamos entender o
que é ter sucesso. Aquilo que é muito importante hoje pode não ser
amanhã. Por isso precisamos identificar aquilo que tem valor
duradouro, cuja importância não se altera com o passar do tempo.
Encontrei na internet uma descrição que, de certa forma, ilustra o
que desejo dizer:
Aos 2 anos, sucesso é… CONSEGUIR ANDAR
Aos 4 anos, sucesso é… NÃO URINAR NAS CALÇAS
Aos 12 anos, sucesso é… TER AMIGOS
Aos 18 anos, sucesso é… TER CARTEIRA DE MOTORISTA
Aos 20 anos, sucesso é… FAZER SEXO
Aos 35 anos, sucesso é… DINHEIRO
Aos 50 anos, sucesso é… DINHEIRO
Aos 60 anos, sucesso é… FAZER SEXO
Aos 70 anos, sucesso é… TER CARTEIRA DE MOTORISTA
Aos 75 anos, sucesso é… TER AMIGOS
Aos 80 anos, sucesso é… NÃO URINAR NAS CALÇAS
Aos 90 anos, sucesso é… CONSEGUIR ANDAR
Na visão da sociedade em geral sucesso pode ser definido como
êxito profissional, posse de bens materiais, realização conjugal etc.
E na ótica divina? O que dizem as Escrituras a respeito de
sucesso? Qual o critério para que alguém seja considerado bem-
sucedido para Deus?
 

O apóstolo Paulo, em II Coríntios 9.11-14, revela que o sucesso de


uma pessoa é medido pelas ações de graças que são dirigidas a
Deus em razão de suas atitudes.
Ao invés de pensarmos em sucesso em termos de prosperidade,
status, e prestígio, deveríamos pensar em termos do cumprimento
do projeto que Deus planejou para nós, quando nos capacitou com
talentos e dons, para exercermos influência marcante na sociedade
em que vivemos.
O texto de Filipenses 2 diz que Jesus não se apegou ao fato de ser
Deus, ou seja, não ficou cheio de si por causa disso, antes
esvaziou-se e tornou-se servo. Humilhou-se e foi obediente até a
cruz. Por causa disso Deus o exaltou e fez com que seu nome
esteja acima de todo nome. Tudo para a glória de Deus Pai.
O mundo mede o sucesso de acordo com o que uma pessoa
possui. Deus mede o sucesso de acordo com o que uma pessoa
dá. O mundo mede o êxito de uma pessoa de acordo com o número
dos que a obedecem e a ela se subordinam. Deus mede o êxito de
uma pessoa por quanto ela serve aos outros.
 

Perguntas para discussão em grupo

1. O que significa ter sucesso para a sociedade dos nossos


dias?
2. A opinião da sociedade encontra apoio nas Escrituras?
Explique.
3. É possível conciliar êxito na vida com agradar a Deus e
cumprir os seus propósitos?
4. Você conhece alguém que possui tudo o que a maioria das
pessoas gostaria de ter, e mesmo assim parece triste e
infeliz? Compartilhe com o grupo.
5. Você considera que Jesus obteve êxito em sua vida? Explique
sua opinião.
6. Qual a diferença entre a forma como a sociedade mede o
sucesso de uma pessoa e a forma como Deus mede?

Estudo III

A Batalha pela Família – I Samuel 1.21-28

 
Resumo do tema
Somente os ingênuos imaginam que a vida com Jesus é “um mar
de rosas”, que o fato de serem servos do Mestre impede que
enfrentem lutas. Os crentes maduros sabem, e muito bem, que as
batalhas acontecem sempre. O próprio Jesus disse que no mundo
experimentaríamos aflições.
Só depois de criar o universo, a vegetação e os animais, Deus criou
o homem e a mulher. O homem e a mulher são, portanto, o ápice
da criação, o ponto alto, a coroa da criação de Deus. No seu
soberano projeto, Deus fez o homem para a mulher, e a mulher
para o homem, de forma que até fisicamente eles se encaixam, se
completam. Deus capacitou o homem e a mulher, por meio de um
relacionamento íntimo, a darem continuidade à sua criação. Que
maravilhoso, que privilégio, gerar um novo ser, a partir de um
relacionamento sexual.
 O que é a família?
 

A família é uma idéia de Deus. A família é o semelhante humano da


trindade. A família foi criada com o propósito de refletir a pessoa de
Deus na terra. A família é sagrada. Não podemos aceitar o seu fim.
Podemos dizer, sem medo de errar, que o desejo do homem de ir
na direção da mulher, e vice-versa, é espiritual. Esse movimento
tem a marca da presença de Deus. É por isso que quando
percebemos a sociedade descartando o casamento, sem a menor
preocupação, temos que reconhecer que isso é conseqüência direta
do distanciamento da humanidade em relação ao seu criador. É a
falta de um relacionamento mais íntimo com Deus que tem levado
homens e mulheres a desprezarem o casamento, procurando
relacionamentos sem compromisso.
 

A batalha pela família é travada no “fogo amigo” do lar


 
Na história narrada no texto de I Samuel, encontramos um homem
chamado Elcana que tinha duas mulheres: Ana e Penina. Diz a
narrativa que Penina tinha filhos, ao contrário de Ana. Por causa
dessa situação, Penina provocava Ana ao ponto de levá-la a perder
a fome, de levá-la a tristeza e ao choro. Esse era o motivo de crise
na família de Elcana. E na sua família, qual o motivo de confusão?
As lutas internas de uma família, invariavelmente, geram
frustrações. As comparações entre membros da família sempre
produzem conflito. As crises internas são comuns nas famílias. Se
não batalharmos pela manutenção da unidade familiar, poderemos
experimentar grande tristeza.

A batalha pela família é humana, universal e solidária


 
Se na sua família há problemas, não se desespere; você não está
sozinho. Os crentes maduros sabem que as batalhas sempre
acontecem. A família é um dos alvos preferidos do inimigo.
 
No capítulo 2 de I Samuel vamos encontrar a história dos filhos de
Eli. Sabemos que Eli era um sacerdote e que servia no templo. O
fato de ser Eli um homem temente ao Senhor e sacerdote de Deus,
não impediu que seus filhos fossem maus. No versículo 12 lemos
que “Os filhos de Eli eram ímpios, não se importavam com o Senhor
nem cumpriam os deveres de sacerdotes para com o povo”, e no
versículo 22 lemos que “Eli, já bem idoso, ficou sabendo de tudo o
que seus filhos faziam a todo Israel e que eles se deitavam com as
mulheres que serviam junto à entrada da Tenda do Encontro”.
Imagina como devia se sentir Eli diante dessa situação. A verdade é
que não há qualquer garantia de que a família do cristão não vá
experimentar problemas.
 
O sistema de organização social atual exige que as pessoas
passem grande parte do seu tempo envolvidas com o trabalho.
Percebemos, como conseqüência, que para a maioria isso afeta,
diretamente, sua comunhão com Deus e com a família. Isso é
diabólico porque, um homem longe de Deus e da sua família é uma
pessoa completamente quebrada, vulnerável à ação de satanás.
Você deve tomar cuidado com isso e não deve se deixar envolver
pelo sistema. Estabeleça prioridades em sua vida. Separe tempo
para manter comunhão com Deus e gaste tempo com sua família.
 
A batalha pela família pode ser vitoriosa com Deus no comando
 
Primeiro Deus. Deus precisa estar em primeiro lugar sempre. Na
vida do homem, na vida da mulher, na vida da família. Não há como
vencer a batalha pela família sem colocar Deus em primeiro lugar.
 
Não devemos nos deixar levar pelo padrão da sociedade. As
mensagens veiculadas nos filmes e nas novelas de tv, assim como
os conselhos dados nos consultórios de terapeutas não
comprometidos com os princípios bíblicos, dizem que você merece
ser feliz. E que para experimentar essa felicidade, vale tudo. Vale
“encher a cara”, vale trair seu cônjuge, vale trapacear nos negócios,
vale mentir para seus filhos etc. Em Romanos 12 o apóstolo Paulo
nos adverte: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente”.
 
A oração pode nos colocar em contato direto com o Pai. Ele deseja
ouvir nossas necessidades, muito embora já as conheça
previamente. A igreja será forte na medida em que as famílias
forem fortes. Não perca a batalha pela sua família. Reúna sua
família para orar. Peça a Deus que os conservem unidos, como
uma marca da presença de Deus no meio da sociedade.
 
Não confie na sua própria força para vencer a batalha pela família.
Apresente diante de Deus suas necessidades e Ele, conforme a sua
graça e misericórdia, fará você experimentar vitória. Em Pedro 5:6-7
lemos: “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus,
para que ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre ele toda a
sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês”. 
 

Perguntas para discussão em grupo


 

1. Por que a batalha pela família é importante?


2. Como seria a sociedade se não existissem famílias?
3. Quando a sociedade descarta a idéia do casamento, reflete a
presença de Deus? Comente.
4. De exemplos de como satanás nos ataca, por meio da família.
5. Como é possível vencer a batalha pela família?

Sugestão de atividade para o grupo (As atividades aqui propostas


visam auxiliar o Líder de PG no preparo das reuniões. São apenas
sugestões, que tem por objetivo ajudar os membros do grupo, de
uma maneira mais lúdica, a refletir e a se dispor a mudanças de
atitude e pensamento, com base no tema abordado no culto do
domingo anterior, à luz da Palavra de Deus.)
 
Retrato de Família

Objetivo: Avaliar o relacionamento com cada membro da família.


Material necessário: Folhas em branco para cada membro do
grupo e lápis de cor ou lápis preto.

Atividade: Desenhe um círculo no centro da folha com seu próprio


nome dentro. Ao redor, desenhe outros círculos simbolizando os
membros de sua família com quem convive mais (incluindo avós,
tios, primos, cunhados...). Trace linhas ligando o seu nome a cada
um dos familiares, de forma que mostre a qualidade e intensidade
de seu relacionamento com cada um. Use linhas largas para
simbolizar relacionamentos profundos, linhas finas, linhas coloridas,
pontilhadas ou não use linhas se você não tiver relacionamento com
esta pessoa.

Compartilhe seu “Retrato de família” com o grupo.

- Quais relacionamentos tem sido uma batalha para você?


- Quais destes relacionamentos precisam da intervenção de Deus?
- O que você pode fazer para melhorar este relacionamento?

Orem uns pelos outros, pelas famílias uns dos outros e abençoem-
se mutuamente.
Eu e minha casa serviremos ao Senhor." (Josué 24.15)
 
Estudo IV
A Batalha Espiritual de Cada Um – Efésios 6:10-18

Resumo do tema

Todos nós temos batalhas, e não há quem viva sem elas. Nesta
serie já meditamos sobre as batalhas pela mente, as batalhas pelo
sucesso e as batalhas pela família. O tema de hoje é A Batalha
Espiritual de Cada Um. No texto de Efésios Paulo está tratando de
uma batalha invisível. Não a vemos, mas, não há qualquer dúvida,
ela está aí.

Muitas vezes, no meio de nossas batalhas diárias, nos encontramos


fazendo a seguinte pergunta: quem está no controle? São batalhas
onde nem sempre podemos apontar nosso real opositor. São
batalhas travadas no interior da nossa consciência, que nos levam à
exaustão, que nos tiram o sono, que nos afastam da comunhão
com o Pai. Não é por acaso que uma das metáforas que a Bíblia
usa para descrever a vida cristã é a figura de um soldado – II Tm
2:3.
Temos que admitir: existe uma batalha à nossa volta. Uma batalha
feroz, algumas vezes até mortal, na qual estamos envolvidos
diariamente. E, se desejamos viver de maneira santa, de maneira
íntegra, de forma a agradar o nosso Senhor, podemos esperar que
a batalha se acentue. Quanto mais perto de Deus quisermos estar,
maiores serão os ataques. O Diabo não pode atingir Deus, mas ele
pode ameaçar e ferir aqueles a quem Deus ama. Foi assim com Jó,
e foi assim com Jesus. Em I Pedro 5:8 lemos: “Estejam alertas e
vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como um leão,
rugindo e procurando a quem possa devorar”.

Quando escreveu a carta aos Efésios Paulo estava preso. Durante


o tempo na prisão, muitas vezes ele viu soldados preparados para
sua batalha diária, uma vez que haviam sido escalados para
guardar os presos e a própria cadeia. A linguagem que Paulo usa
nessa carta tem muito a ver com o ambiente que ele estava
experimentando.

Já no capítulo 4 de Efésios, Paulo descreve como o cristão devia


viver. Ele ensina que o cristão devia “despir-se do velho homem,
que se corrompe por desejos enganosos” e “revestir-se do novo
homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em
santidade provenientes da verdade”. Isso inclui atitudes interiores,
como falar a verdade; não ser dominado pela ira; ser perdoador,
amoroso e ser controlado pelo Espírito Santo; ser um marido que
ama verdadeiramente sua esposa; ser um pai envolvido com seu
filho para educá-lo no caminho do Senhor; ser um patrão que
mostra o amor de Jesus para com seus empregados. Agora, no
final da carta, Paulo faz essa admoestação: existe uma luta. E ele,
então, vai terminar o texto falando sobre essa luta.

Nossa batalha espiritual

Desde que fomos transportados do império das trevas para o


império da maravilhosa luz de Jesus uma batalha contínua passou
a fazer parte da nossa vida. O Diabo perdeu o domínio final sobre
nós, e agora, como cidadãos de um novo Reino, nossa vida dever
refletir aquilo que o Rei é. Inconformado com esta perda, o inimigo
sempre procura destruir-nos e atingir Deus através de nós.

O texto não deixa dúvida. Paulo recomenda que vistamos a


armadura de Deus para ficarmos firmes contra as ciladas do Diabo.
Alguns negam a existência do Diabo e outros exacerbam sua
existência, vendo-o em tudo, ou culpando-o por tudo que de ruim
acontece na vida. Na verdade, nem uma coisa nem outra está
correta. O Diabo existe e trabalha contra nós para nos afastar de
Deus. A Bíblia é clara ao referir-se a Satanás como um ser real. No
inicio ele tentou usurpar a gloria de Deus, apesar de ter sido criado
com toda beleza (Isaias 14:12-17; Ezequiel 28:1-10).
 
Mais tarde, ele apareceu no Jardim do Éden em forma de uma
serpente e levou Adão e Eva a desobedecerem a Deus (Gênesis 3).
Jesus, no inicio do seu ministério, falou com Satanás bem como
sobre Satanás (Lucas 10.18; João 8.44). Tanto os apóstolos como o
autor do livro aos Hebreus falam a respeito de Satanás como um
ser pessoal, que pensa, que age, que causa mal a humanidade,
que vive nos espreitando. Nas Escrituras vemos o Diabo
distorcendo as Escrituras como em Mateus 4:6 e procurando
impedir o trabalho daqueles que servem a Deus (I Tessalonicenses
2:18).

O sentido da palavra cilada, no texto de Efésios, é de método,


esquema, estratégia. O Diabo é astuto e sabe qual a melhor
estratégia para abordar cada um dos filhos de Deus. Toda pessoa
saudável deseja crescer, evoluir, desenvolver-se, e não há nada de
errado nisso. A questão é que o Diabo se aproveita da ambição
humana, e com seus esquemas, procura levar as pessoas a
jogarem fora os princípios bíblicos e a fazerem qualquer coisa para
alcançar o tão sonhado “sucesso na vida”.

Quando estamos diante de pessoas possuídas pelo Diabo não é tão


difícil ver a batalha espiritual. Sim, a possessão demoníaca existe,
Jesus expulsou demônios. Mas quando lidamos com o inimigo em
uma forma invisível, a batalha se torna mais difícil.

As armas que Deus nos dá

Assim como é certo que teremos batalhas, também é certo que


teremos vitórias. Deus não deseja que vivamos derrotados. Ele nos
deu recursos suficientes para triunfarmos diante das batalhas. Isso
não tem nada a ver com triunfalismo, aquela idéia de que, pelo fato
de servos salvos por Jesus, não vamos enfrentar lutas, que as
dificuldades não nos atingirão.
O rei Davi perdeu uma batalha, desobedeceu, foi castigado, mas foi
restaurado. O apóstolo Paulo foi impedido de ir a Tessalonica, mas,
mais tarde ele pode ir. O inimigo tem certas permissões de Deus
em nossas vidas. Ele tem limites, não o poder total. Só Deus tem o
controle sobre nossa vida.

Nas instruções de Paulo encontramos diversos imperativos. Não


vagas idéias, não sugestões, mas imperativos. O primeiro
imperativo diz: “Fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder”.
Para vivermos uma vida vitoriosa precisamos entender que não
temos forças em nós mesmos. A força para a batalha vem do alto, a
força vem do Senhor. Fortaleçam-se no Senhor, diz o texto. Em
Efésios 1:19-20, Paulo escreve que o mesmo poder que levantou
Jesus dentre os mortos, é o poder que opera em nós.

O segundo imperativo que encontramos no texto diz: “Vistam toda a


armadura de Deus”. A instrução do texto é para que continuamente
vistamos a armadura de Deus. Não é de vez em quando, não é em
ocasiões especiais, não é para certas batalhas, mas é sempre.
Vistam a armadura de Deus e não tirem mais. Devemos vestir a
armadura de Deus para não cair nas ciladas do Diabo e para resistir
no dia mau. As ciladas já vimos que são as artimanhas, as
estratégias do Diabo para nos derrotar.
 
O dia mau é o dia difícil, no qual recebemos a informação de uma
demissão, no qual ficamos sabendo da traição do cônjuge, no qual
recebemos um diagnóstico médico que não gostaríamos, no qual
somos preteridos em uma promoção na empresa, no qual somos
enganados por um sócio, um dia que não gostaríamos de
experimentar. Em dias assim somos tentados a pensar que Deus
nos abandonou, que não vale a pena seguir a Jesus, que aqueles
que não estão nem aí para Deus têm uma vida melhor. Para
enfrentar as ciladas e os dias maus precisamos de toda a armadura
de Deus.

O terceiro imperativo diz: “mantenham-se firmes”. Essa instrução


tem a ver com o momento pós vitória. Nessa hora temos a
tendência de baixar a guarda e de achar que a batalha terminou.
Pensamos que merecemos descanso e deixamos de vigiar e de
orar. Quando a questão é a batalha espiritual, não podemos
descansar nunca. “Orem no Espírito em todas as ocasiões, com
toda oração e súplica”, diz o texto. Nunca devemos deixar de orar.
A vitória de um dia não garante a vitória do dia seguinte.

Por fim, podemos ter certeza que as batalhas da vida continuarão.


Devemos, entretanto, manter nosso olhar na vitória definitiva de
Jesus, na cruz do calvário. Quando foi crucificado, Jesus derrotou
Satanás para sempre. As batalhas continuarão, mas a vitória no
Senhor é certa.

Perguntas para discussão em grupo

1. Passar por batalhas espirituais é sinal de fraqueza espiritual?


2. Quando é que passamos a experimentar as batalhas
espirituais?
3. Você já se sentiu no meio de uma batalha espiritual?
Compartilhe essa experiência com o grupo.
4. Contra quem travamos batalhas espirituais?
5. Quais são os três imperativos para estarmos preparados e
enfrentarmos as batalhas?
6. Qual é a vitória definitiva na qual devemos manter nosso
olhar?
7. Qual a conseqüência dessa vitória definitiva?
8. Que impacto essa vitória definitiva tem sobre a sua vida?

Sugestão de atividade para o grupo (As atividades aqui propostas


visam auxiliar o Líder de PG no preparo das reuniões. São apenas
sugestões, que tem por objetivo ajudar os membros do grupo, de
uma maneira mais lúdica, a refletir e a se dispor a mudanças de
atitude e pensamento, com base no tema abordado no culto do
domingo anterior, à luz da Palavra de Deus.)

Armadura diária 

Objetivo: Motivar uns aos outros a se prepararem para as batalhas


espirituais diárias.

Material necessário: Uma cópia grande do anexo 1, Uma cópia


para cada membro do grupo do anexo 2 e uma cópia do anexo 3
para você mostrar como modelo para o grupo, canetas e lápis para
todos.

Atividade: Mostre o anexo 1 ao grupo e pergunte:

 O que há em comum nestes 3 homens? Estão uniformizados.


 O que lhe vem à mente quando vê homens uniformizados
assim? Eles estão a serviço de alguém, estão preparados
para “lutar”, trazem na roupa tudo o que necessitam, estão
armados...
 Eles estão (ou deveriam estar) preparados para quê?
Defender autoridades, proteger a população, zelar pelo
patrimônio, evitar tumultos...
 E nós, quais são nossas lutas e batalhas diárias? Temos
aprendido nas últimas semanas sobre as batalhas pela mente,
pelo sucesso e pela família. Hoje vamos falar sobre as nossas
batalhas espirituais e como nos prepararmos para elas.

A Bíblia fala:
 
Lucas 21:36 Portanto, fiquem vigiando e orem sempre, a fim
de poderem escapar de tudo o que vai acontecer
e poderem estar de pé na presença do Filho do
Homem, quando ele vier.
Romanos 13:12 A noite está terminando, e o dia vem chegando.
Por isso paremos de fazer o que pertence à
escuridão e peguemos as armas espirituais para
lutar na luz.
Provérbios 20:18Procure bons conselhos e você terá sucesso; não
entre na batalha sem antes fazer planos.

 Vamos ver juntos como devemos nos vestir diariamente para


estarmos devidamente preparados.

Distribua as cópias do anexo 2, canetas e lápis e leiam juntos


o texto abaixo para que todos possam completar o desenho
conforme o modelo (anexo 3).

Efésios 6:11 Vistam-se com toda a armadura que Deus dá a


vocês, para ficarem firmes contra as armadilhas
do Diabo.
Efésios 6:12 Pois nós não estamos lutando contra seres
humanos, mas contra as forças espirituais do mal
que vivem nas alturas, isto é, os governos, as
autoridades e os poderes que dominam
completamente este mundo de escuridão.
Efésios 6:13 Por isso peguem agora a armadura que Deus
lhes dá. Assim, quando chegar o dia de
enfrentarem as forças do mal, vocês poderão
resistir aos ataques do inimigo e, depois de
lutarem até o fim, vocês continuarão
firmes, sem recuar.
Efésios 6:14 Portanto, estejam preparados. Usem a verdade
como cinturão. Vistam-se com acouraça da
justiça
Efésios 6:15 e calcem, como sapatos, a prontidão
para anunciar a boa notícia de paz.
Efésios 6:16 E levem sempre a fé como escudo, para
poderem se proteger de todos os dardos
de fogo do Maligno.
Efésios 6:17 Recebam a salvação como capacete e a palavra
de Deus como a espada que o Espírito Santo
lhes dá.
Efésios 6:18 Façam tudo isso orando a Deus e pedindo a
ajuda dele. Orem sempre, guiados pelo Espírito
de Deus. Fiquem alertas. Não desanimem e orem
sempre por todo o povo de Deus.

Quais são as suas lutas espirituais? Comentem em grupo ou em


duplas, trios.

A sugestão é que cada um coloque este desenho em lugar visível


(espelho, porta do guarda-roupa, dentro da agenda, na porta da
geladeira), que se possa ver logo ao acordar e lembrar de cada
detalhe para estar bem preparado para enfrentar as batalhas do dia.
Melhor ainda se conseguirem colocar uma foto de seu próprio rosto
no desenho.
 
 
Orem juntos pelas batalhas que foram comentadas por cada um.
 
 
 

 
 

 ANEXO 3
 
Segundo Estudo: As batalhas de todos nós.
Estudo I
A Batalha pela Mente – Mateus 15.11-20

Resumo do tema
Não há cristão que deixe de experimentar lutas, batalhas e guerras. Grande
parte das batalhas que os cristãos enfrentam é travada na mente, ou, como diz a
Bíblia, no coração. É no mais íntimo de cada pessoa que as lutas têm início. E
essas lutas são, particularmente, difíceis de serem vencidas quando a mente está
poluída, e o interior está impuro. Fomos chamados para sermos santos, assim
como o Senhor é Santo. O pecado, entretanto, corrompeu nossa mente e, por
causa disso, passamos a dar valor ao que desagrada a Deus, e está alinhado com
o que a maioria da sociedade pensa.
Viver a vida da maneira como Deus quer exige a manutenção da mente pura. O
autor de Provérbios recomenda: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele
depende toda a sua vida” (Pv. 4.23).
 

No texto de Mateus, encontramos Jesus lidando com a oposição dos Fariseus, um


grupo de religiosos de fachada. Eles questionaram a Jesus porque os seus
discípulos não lavavam as mãos antes de comer. Jesus, lendo a mente e o
coração dos seus questionadores, confrontou-os duramente, uma vez que
estavam mais preocupados com o exterior do que com o interior. Os Fariseus
achavam que o cumprimento de certas práticas religiosas os tornavam mais
aceitos por Deus. Mas Jesus deixa claro que as tradições não podem anular a
Palavra de Deus. Ele, inclusive, cita um texto do Antigo Testamento: “Este povo
me honra com os lábios, mas com o seu coração está longe de mim. Em vão me
adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens” (Is
29.13).
 Há muitos cristãos que vão ao culto todo domingo, mas na segunda feira tem
uma vida totalmente incompatível com o que aconteceu no domingo. Deixam
Deus na igreja e somente o reencontram no domingo seguinte. Criticam aqueles
que não vão aos cultos com a mesma freqüência, criticam a forma do culto,
criticam o tipo de música cantada etc. Mas a vida na segunda feira não reflete o
domingo passado no templo. É isso que Jesus critica nos Fariseus, o legalismo.
Muito embora lavar as mãos tenha o seu valor, o que Jesus está dizendo é que
não é uma prática religiosa que aproxima alguém de Deus. De nada adianta
cumprir regras e fazer o que a tradição determina, se o coração e a mente estão
longe de Deus.
Jesus os escandaliza ao dizer: “O que entra pela boca não torna o homem
impuro; mas o que sai de sua boca, isto o torna impuro” (Mt. 15.11). Em uma
outra passagem, ensinando que nenhuma árvore boa pode dar fruto ruim,
assim como nenhuma árvore ruim pode dar fruto bom, Jesus declara: “O
homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o
homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca
fala do que está cheio o coração” (Lc. 6.45). Mesmo depois de ter entregado a
vida a Jesus, o cristão continua a experimentar uma batalha com a “carne”. E é
por isso que a Bíblia nos desafia a mortificar a velha natureza, o velho eu.
Na continuidade de Mateus 15 lemos que os discípulos se aproximaram de
Jesus e disseram a Ele que os Fariseus ficaram ofendidos quando ouviram as
suas palavras. É natural que fosse assim. Afinal, o ensinamento de Jesus jogava
por terra o sistema deles, no qual o indivíduo era avaliado pelo cumprimento da
tradição estabelecida pelos líderes religiosos.
Jesus explica o conceito quando pergunta: “Não percebem que o que entra pela
boca vai para o estomago e mais tarde é expelido? Mas as coisas que saem da
boca vêm do coração, e são essas que tornam o homem impuro.” Aqui está a
batalha pela mente, ou pelo coração. É na mente e no coração que a poluição,
que já está dentro do homem, começa a destruí-lo. E Jesus começa a citar o que
está dentro da mente e do coração que pode tornar o homem impuro:
Maus pensamentos – Não só pensamentos imorais ou fantasias sexuais, mas
também ciúme, mágoa, inveja do que os outros têm, desejo de vingança. “Cada
um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e
seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá a luz o pecado, e o pecado, após
ter se consumado, gera a morte” (Tg. 1.14-15).
Homicídios - Quando falamos mal dos outros pelas costas, assassinamos esta
pessoa na mente dos outros, sem dar a ela o direito de defesa. Sabemos que é
errado, mas, muitas vezes, queremos nos exaltar apontando as fraquezas dos
outros.
Adultérios – Essa pode ser uma batalha sutil. Pode ficar só na mente de uma
pessoa e levá-la a satisfazer-se apenas em pensamento, mas isso não muda o
fato de que é um adultério. Um cristão pode lavar as mãos antes de comer, ir ao
culto todos os domingos, mas, se na sua mente estiver alimentando uma fantasia
sexual com alguém que não é o seu cônjuge, não vai agradar a Deus. Por fora,
tudo bem; por dentro, tudo podre
Imoralidades sexuais – A palavra que Jesus usa significa qualquer tipo de
relação sexual fora do casamento. Pode ser uma relação entre não casados e
pode ser uma relação de um casado com alguém que não é o seu cônjuge. Esse é
um problema que nasce no íntimo do homem. Ele deseja o que não pode ter e,
para satisfazer-se, viola os princípios de Deus.
Roubos – Roubamos o governo sob o pretexto de que ele não administra bem os
impostos recolhidos. Roubamos os patrões quando somos negligentes com o uso
do tempo no trabalho. Roubamos a Deus quando não damos a Deus o que é de
Deus. Essa é uma batalha difícil. É lá na mente e no coração que nasce a idéia de
roubarmos.
Falsos testemunhos e calúnias – Muitas vezes inventamos ou aumentamos
aquilo que falamos a respeito de outras pessoas. Às vezes repetimos um
comentário, mas com uma tremenda dose de maldade. Para ficar bem com uns,
falamos mal de outros.
Quais são, então, as armas de Deus, os seus recursos, que podem nos ajudar a
enfrentar a batalha na mente?
Precisamos reconhecer nossas lutas. Negar que passamos por lutas pode abrir
brechas que nos levarão a derrotas. Reconhecer nossas lutas nos levam a
estabelecer íntimos contatos com Deus, e a falar abertamente de nossas
dificuldades. Salmos 32:2 diz: “Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui
culpa e em quem não há hipocrisia.” É hipocrisia acreditar que lavar as mãos é
suficiente, quando sabemos das lutas travadas na mente e no coração.
Em I Coríntios 2.16 lemos que aquele que já reconheceu a Jesus como seu
salvador pessoal é habitado pelo Espírito Santo e tem a capacidade de discernir
o que é espiritual, uma vez que tem a mente de Cristo. Quando enfrentamos
uma batalha na mente o Espírito Santo nos avisa: isso é perigoso, não é o que
Deus deseja para você. Nessa hora devemos nos lembrar que somos habitados
pelo Espírito de Deus, que temos a mente de Cristo.
Também precisamos de arrependimento. Muitas vezes pensamos que
arrependimento está ligado apenas ao momento da salvação. Cada vez que
percebermos que demos espaço a nossa mente para tramar alguma coisa que
não agrada a Deus, devemos nos arrepender imediatamente e pedir perdão. A
Bíblia nos garante que quando fazemos assim, recebemos o perdão e a
purificação dos nossos pecados (I Jo. 1.9). Em Provérbios 28.13 lemos: “Quem
esconde seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona
encontra misericórdia.”
Precisamos, ainda, renovar nossa mente. A poluição que existe dentro de nós é
alimentada por aquilo que vemos e ouvimos. Aquilo que é sujo encontra abrigo
no que de ruim já existe dentro de nós. Daí vem o pecado e daí vem a derrota na
batalha pela mente pura. É o apóstolo Paulo quem nos dá o caminho para essa
renovação em Rm. 12.2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Perguntas para discussão em grupo

1. É mais fácil cumprir regras e tradições religiosas ou obedecer aos


princípios bíblicos?
2. O cumprimento de regras e tradições religiosas é suficiente para agradar
a Deus?
3. Segundo as palavras de Jesus, o que torna o homem impuro?
4. Como manter a mente limpa? Considere Salmos 119.9-11.
5. Quem pode afirmar que tem a mente de Cristo?

Por que é necessário renovar a mente? O que há na mente que precisa


ser jogado fora?

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