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Aula 04

Polícia Federal (Agente de Polícia)


Raciocínio Lógico - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Equipe Exatas Estratégia
Concursos

04 de Janeiro de 2023

11042758727 - Paulo Roberto Silva Pinto


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Aula 04

Índice
1) Conectivos Lógicos - Questões Clássicas
..............................................................................................................................................................................................3

2) Lógica de argumentação - Argumentos dedutivos


..............................................................................................................................................................................................
19

3) Questões Comentadas - Conectivos Lógicos - Questões Clássicas - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
67

4) Questões Comentadas - Lógica de Argumentação - Argumentos Dedutivos - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
99

5) Lista de Questões - Conectivos Lógicos - Questões Clássicas - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
151

6) Lista de Questões - Lógica de argumentação - Argumentos dedutivos - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
159

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APRESENTAÇÃO DA AULA
Fala, pessoal!

O primeiro assunto que vamos tratar nessa aula é relativo a questões clássicas envolvendo os conectivos
lógicos. Esse tema requer que as tabelas-verdade dos cinco conectivos estejam "no sangue".

Em seguida, abordaremos o tema lógica de argumentação: argumentos dedutivos. Você verá que essa
matéria apresenta certa intersecção com o assunto anterior.

Como de costume, vamos exibir um resumo logo no início de cada tópico para que você tenha uma visão
geral do conteúdo antes mesmo de iniciar o assunto.

A presente aula é de uma complexidade mais elevada comparativamente às demais. Essa


matéria só se aprende com a resolução de muitos exercícios. Não se assuste com a
quantidade de páginas: o número é elevado por conta da quantidade de questões e devido
ao nível de detalhamento empregado nos comentários delas.

Com calma e persistência, vamos avançando no conteúdo. Lembre-se de que sempre temos um fórum de
dúvidas à disposição.

Conte comigo nessa caminhada =)

Prof. Eduardo Mocellin.

@edu.mocellin

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CONECTIVOS LÓGICOS - QUESTÕES CLÁSSICAS


Conectivos lógicos: questões clássicas
Para resolver essas questões, devemos seguir quatro etapas:

• Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis";


• Etapa 2: desconsiderar o contexto da questão, transformando as afirmações da língua portuguesa para
a linguagem proposicional;
• Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples presentes nas afirmações do enunciado;
• Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira.

As afirmações do enunciado que apresentam um "formato fácil" são as seguintes:


• Proposição simples (verdadeira ou falsa);
• Conjunção verdadeira;
• Disjunção inclusiva falsa;
• Condicional falsa.

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Antes de iniciar o assunto desse tópico, é necessário que você DECORE o uso dos cinco conectivos lógicos.

• Conjunção (p∧q): é verdadeira quando as proposições p e q são ambas verdadeiras.


• Disjunção Inclusiva (p∨q): é falsa quando as proposições p e q são ambas falsas.
• Condicional (p→q): é falsa quando a primeira proposição é verdadeira e a segunda é falsa.
• Disjunção Exclusiva (p∨q): é falsa quando ambas as proposições tiverem o mesmo valor.
• Bicondicional (pq): é verdadeira quando ambas as proposições tiverem o mesmo valor.

Decorou? Certo, agora podemos começar.

Pessoal, nesse momento vamos tratar de um tipo específico de questão que costuma aparecer muito em
provas de concurso público.

Essas questões apresentam uma certa intersecção com Lógica de Argumentação, porém também podem
ser cobradas em provas que não exigem explicitamente esse assunto.

Para o aluno mais avançado, talvez o presente tópico pareça redundante. Apesar disso, as questões que
vamos tratar aqui são um pouco diferentes das questões que resolvemos na primeira aula de Lógica de
Proposições, quando aprendemos sobre o uso dos cinco conectivos.

A partir de agora, vamos resolver questões que apresentam algumas proposições lógicas no enunciado, as
quais chamaremos de afirmações, para em seguida pedir qual proposição seria uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações do enunciado.

Veja um exemplo típico de enunciado dessas questões clássicas:

Se Pedro é feliz, então Joaquim é alegre.


Se Maria é alta, então Tiago é baixo.
É sabido que Pedro é feliz e Tiago não é baixo.
Logo, pode-se afirmar corretamente que:
a) Se Pedro é feliz, Tiago é baixo.
b) Joaquim não é alegre.
c) Tiago não é baixo.
d) Tiago é baixo.
e) Joaquim é alegre ou Tiago é baixo.

Perceba que no enunciado são apresentadas algumas proposições lógicas, as quais chamaremos
de afirmações. Veja que, em seguida, é pedido qual proposição seria uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações do enunciado.

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Nesse exemplo, temos três afirmações no enunciado e cinco possíveis consequências para
serem analisadas nas alternativas.

As três afirmações são:


I. "Se Pedro é feliz, então Joaquim é alegre." (Condicional p→j)
II. "Se Maria é alta, então Tiago é baixo." (Condicional m→t)
III. "Pedro é feliz e Tiago não é baixo." (Conjunção p∧~t)

As cinco possíveis consequências que devem ser analisadas são:


a) "Se Pedro é feliz, Tiago é baixo." (Condicional p→t)
b) "Joaquim não é alegre." (Proposição simples ~j)
c) "Tiago não é baixo." (Proposição simples ~t)
d) "Tiago é baixo." (Proposição simples t)
e) "Joaquim é alegre ou Tiago é baixo." (Disjunção inclusiva j∨t)

Naturalmente, em uma prova no estilo "certo ou errado", teremos apenas uma possível consequência para
analisar.

Em resumo, essas questões clássicas envolvendo os conectivos apresentam um conjunto de afirmações no


enunciado e perguntam por uma consequência verdadeira resultante dessas afirmações.

Nesse tipo de questão, as afirmações apresentadas no enunciado devem ser consideradas


verdadeiras, a não ser que a questão indique que alguma delas é falsa.

Para resolver essas questões, devemos seguir quatro etapas:

• Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis";


• Etapa 2: desconsiderar o contexto da questão, transformando as afirmações da língua portuguesa
para a linguagem proposicional;
• Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples presentes nas afirmações do enunciado;
• Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira.

Professor, o que você chama de "formato fácil"?

Excelente pergunta! As afirmações do enunciado que apresentam um "formato fácil" são as seguintes:

• Proposição simples (verdadeira ou falsa);


• Conjunção verdadeira;
• Disjunção inclusiva falsa;
• Condicional falsa.

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Observe que, nesses quatro casos, temos "de graça" o valor lógico de uma ou mais proposições simples.
Veja:

• Afirmação (verdadeira ou falsa) com proposição simples: o valor lógico da afirmação é dado e ela se
trata de uma proposição simples. Logo, temos de imediato o valor lógico dessa proposição simples;
• Afirmação verdadeira com conjunção: as duas proposições simples que compõem a conjunção são
verdadeiras;
• Afirmação falsa com uma disjunção inclusiva: as duas proposições simples que compõem a disjunção
inclusiva são falsas;
• Afirmação falsa com condicional: o primeiro termo do condicional é verdadeiro e o segundo termo
é falso.

Professor, não entendi absolutamente nada desse tópico!

Calma, caro aluno. Vamos massificar esse aprendizado com questões. Novamente, peço que você não se
preocupe ao errar, pois o enfoque, nesse momento, é o aprendizado.

(Pref. Angra/2019) Considere como verdadeiras as sentenças:


I. Pedro é baiano ou Maria é carioca.
II. Se Maria é carioca, então Sérgio é paulista.
III. Sérgio não é paulista.
É verdade concluir que
a) Pedro é baiano.
b) Pedro não é baiano.
c) Maria é carioca.
d) Se Maria não é carioca, então Pedro não é baiano.
e) Se Pedro é baiano, então Sérgio é paulista.
Comentário:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

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Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma proposição simples em "Sérgio não é paulista". É essa afirmação que devemos atacar
primeiro.
Etapa 2: desconsiderar o contexto
Considere as proposições simples:
p: "Pedro é baiano."
m: "Maria é carioca."
s: "Sérgio é paulista."

As afirmações podem ser descritas por:


Afirmação I: p∨m (V) − “[Pedro é baiano] ou [Maria é carioca]."
Afirmação II: m→s (V) − "Se [Maria é carioca], então [Sérgio é paulista]."
Afirmação III: ~s (V) − "Sérgio não é paulista."

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação III é uma proposição simples verdadeira. Como ~s é V, temos que s é F.
Agora que temos o valor de s, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição s.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente s é F, o antecedente m é F, pois caso


contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F.
Agora que temos o valor de m, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição m.

A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira e, portanto, deve apresentar ao menos um termo
verdadeiro. Como m é F, devemos ter que p é V.

Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


a) p – alternativa correta, pois p é V.
b) ~p − errado, pois p é V e, portanto, ~p é F.
c) m – errado, pois m é F.
d) ~m→~p − errado, pois temos um condicional da forma V→F, isto é, um condicional falso.
e) p→s – errado, pois temos um condicional da forma V→F, isto é, um condicional falso.
Gabarito: Letra A.

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(SEFAZ ES/2022) Valter fala sobre seus hábitos no almoço:


• Como carne ou frango.
• Como legumes ou não como carne.
• Como macarrão ou não como frango.
Certo dia, no almoço, Valter não comeu macarrão.
É correto afirmar que, nesse dia, Valter
a) comeu frango e carne.
b) não comeu frango nem carne.
c) comeu carne e não comeu legumes.
d) comeu legumes e carne.
e) não comeu frango nem legumes.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma proposição simples em "Valter não comeu macarrão". É essa afirmação que devemos
atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto


Sejam as proposições:
c: "Valter come carne."
f: "Valter come frango."
l: "Valter come legumes."
m: "Valter come macarrão."

As afirmações apresentadas, considerando que Valter foi quem as disse, são as seguintes:
I. c∨f (V) − "[Valter come carne] ou [Valter come frango]."
II. l∨~c (V) − "[Valter come legumes] ou [Valter não come carne]."
III. m∨~f (V) − "[Valter come macarrão] ou [Valter não como frango]."
IV. ~m (V) − "Valter não comeu macarrão."

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação IV, que é verdadeira, é a negação de uma proposição simples. ~m é V. Portanto, m é F.
Agora que temos o valor de m, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição m.

A afirmação III, que é verdadeira, é uma disjunção inclusiva. Como m é F, é necessário que ~f seja verdadeiro,
pois, para uma disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um dos termos deve ser verdadeiro. Portanto,
como ~f é verdadeiro, f é F.
Agora que temos o valor de f, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição f.

A afirmação I, que é verdadeira, é uma disjunção inclusiva. Como f é F, é necessário que c seja verdadeiro,
pois, para uma disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um dos termos deve ser verdadeiro. Portanto,
c é V. ==13785a==

Agora que temos o valor de c, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição c.

A afirmação II, que é verdadeira, é uma disjunção inclusiva. Como c é V, temos que ~c é F. Note, portanto,
que é necessário que l seja verdadeiro, pois, para uma disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um dos
termos deve ser verdadeiro. Portanto, l é V.

Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


a) f ∧ c − a conjunção é falsa, pois f é falso.
b) ~f ∧ ~c − a conjunção é falsa, pois ~c é falso.

Observação: lembre-se de que "nem" corresponde a "e não".


"[Valter não comeu frango] [nem carne]."
corresponde a
"[Valter não comeu frango] e [Valter não comeu carne]."

c) c ∧ ~l − a conjunção é falsa, pois ~l é falso.


d) l ∧ c − a conjunção é verdadeira, pois l e c são ambos verdadeiros. Este é o gabarito.
e) ~f ∧ ~l − a conjunção é falsa, pois ~l é falso.
Observação: nessa última alternativa, novamente temos que "nem" corresponde a "e não":
Gabarito: Letra D.

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Agora vamos resolver duas questões que apresentam afirmações falsas.

(SEFAZ AM/2022) Considere as sentenças a seguir.


• Paulo é carioca ou Bernardo é paulista.
• Se Sérgio é amazonense, então Paulo é carioca.
Sabe-se que a primeira sentença é verdadeira e a segunda é falsa. É correto concluir que
a) Paulo é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é amazonense.
b) Paulo é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é amazonense.
c) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é amazonense.
d) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio não é amazonense.
e) Paulo não é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é amazonense.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma condicional falsa em "Se Sérgio é amazonense, então Paulo é carioca". É essa afirmação
que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto


Considere as proposições simples:
p: "Paulo é carioca."
b: "Bernardo é paulista."
s: "Sérgio é amazonense."
Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:
Afirmação I: p∨b (V)
Afirmação II: s→p (F)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação II é uma condicional falsa (caso V→F). Logo, s é V e p é F.

A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira. Para a disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um
dos seus termos deve ser verdadeiro. Como p é F, temos que b é V.

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Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


Todas as alternativas são proposições compostas formadas por sequências de conjunções. Para esse tipo de
proposição composta ser verdadeira, todos os termos devem ser verdadeiros.
a) p∧b∧s – falso, pois p é falso.
b) p∧~b∧s – falso, pois p e ~b são ambos falsos.
c) ~p∧b∧s – verdadeiro, pois ~p, b e s são todos verdadeiros. Esse é o gabarito.
d) ~p∧b∧~s – falso, pois ~s é falso.
e) ~p∧~b∧s – falso, pois ~b é falso.
Gabarito: Letra C.

(TRF3/2016) Considere, abaixo, as afirmações e o valor lógico atribuído a cada uma delas entre parênteses.
− Ou Júlio é pintor, ou Bruno não é cozinheiro (afirmação FALSA).
− Se Carlos é marceneiro, então Júlio não é pintor (afirmação FALSA).
− Bruno é cozinheiro ou Antônio não é pedreiro (afirmação VERDADEIRA).
A partir dessas afirmações,
a) Júlio não é pintor e Bruno não é cozinheiro.
b) Antônio é pedreiro ou Bruno é cozinheiro.
c) Carlos é marceneiro e Antônio não é pedreiro.
d) Júlio é pintor e Carlos não é marceneiro.
e) Antônio é pedreiro ou Júlio não é pintor.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma condicional falsa na segunda afirmação. É essa afirmação que devemos atacar
primeiro.

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Etapa 2: desconsiderar o contexto


Considere as proposições simples:
j: "Júlio é pintor."
b: "Bruno é cozinheiro."
c: "Carlos é marceneiro."
a: "Antônio é pedreiro."
As afirmações apresentadas são as seguintes:
Afirmação I. j ∨ ~b (F) − “Ou [Júlio é pintor], ou [Bruno não é cozinheiro]."
Afirmação II. c → ~j (F) − “Se [Carlos é marceneiro], ou [Júlio não é pintor]."
Afirmação III. b ∨ ~a (V) − “(Bruno é cozinheiro) ou (Antônio não é pedreiro)."

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação II é uma condicional falsa. Logo, o antecedente c é V e o consequente ~j é F. Consequentemente,
j é V.
Agora que temos o valor de c e de j, vamos para outra afirmação que apresenta alguma dessas proposições.

A afirmação I é uma disjunção exclusiva falsa. Isso significa que ambas as parcelas apresentam o mesmo
valor. Como j é V, ~b deve ser V. Logo, b é F.
Agora que temos o valor de b, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição b.

A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Para a disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos
uma das duas parcelas deve ser verdadeira. Como b é falso, isso significa que a outra parcela, ~a, é
verdadeira. Logo, a é F.

Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


a) ~j ∧ ~b − a conjunção é falsa, pois ~j é F.
b) a ∨ b − a disjunção inclusiva é falsa, pois tanto a quanto b são falsos.
c) c ∧ ~a − a conjunção é verdadeira, pois tanto c quanto ~a são verdadeiros. Este é o gabarito.
d) j ∧ ~c − a conjunção é falsa, pois ~c é falso.
e) a ∨ ~j − a disjunção inclusiva é falsa, pois tanto a quanto ~j são falsos.
Gabarito: Letra C.

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Cumpre destacar que nem sempre vamos conseguir determinar o valor lógico de todas as
proposições simples. Mesmo assim, deve-se prosseguir para a verificação da resposta que
apresenta uma proposição verdadeira. Vejamos o exercício a seguir.

(TRT 4/2022) Toda vez que viaja ao interior, Luciano não vai à feira. Quando está em férias e não é dia útil,
Luciano viaja ao interior. Se hoje Luciano foi à feira, então, necessariamente,
a) é dia útil.
b) Luciano está em férias.
c) Luciano não está em férias.
d) não é dia útil.
e) Luciano não viajou ao interior.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma proposição simples verdadeira em "Hoje Luciano foi à feira". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto


Considere as proposições simples:
v: "Luciano viaja ao interior."
f: "Luciano vai à feira."
s: "Luciano está em férias."
u: "É dia útil."
Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:
Afirmação I: v→~f (V) − "Toda vez que [viaja ao interior], [Luciano não vai à feira]."
Afirmação II: s∧~u→v (V) − "Quando [(está em férias) e (não é dia útil)], [Luciano viaja ao interior]."
Afirmação III: f (V) − "Hoje Luciano foi à feira."

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação III é uma proposição simples verdadeira. Logo, f é V.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~f é falso, o antecedente v deve ser falso,
pois caso contrário recairíamos no condicional falso V→F. Logo, v é F.
A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente v é falso, o antecedente s∧~u deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no condicional falso V→F. Note que, a partir dessa informação, não
podemos determinar o valor lógico de s nem o valor lógico de u. A única certeza que temos é que a conjunção
s∧~u deve ser falsa e, para que a conjunção seja falsa, ao menos uma das parcelas, s ou ~u, deve ser falsa,
podendo inclusive termos s e ~u ambos falsos.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


a) u – Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de u.
b) s − Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de s.
c) ~s − Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de s.
d) ~u − Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de u.
e) ~v – Trata-se de uma proposição verdadeira, pois v é falso e, consequentemente, ~v é verdadeiro. Esse
é o gabarito.
Gabarito: Letra E.

(SEFAZ AL/2021) Considere as proposições lógicas P e Q, a seguir, a respeito de um condômino chamado


Marcos.
∙ P: “Se Marcos figura no quadro de associados e está com os pagamentos em dia, então ele tem direito a
receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu condomínio.”
∙ Q: “Marcos não figura no quadro de associados, mas ele está com os pagamentos em dia.”
Tendo como referência essas proposições, julgue o item a seguir.
Mesmo que sejam verdadeiras as proposições P e Q, não se pode afirmar que Marcos não tem direito a
receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu condomínio.
Comentários:
A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma conjunção verdadeira em "(Marcos não figura no quadro de associados), mas (ele está
com os pagamentos em dia)". É essa afirmação que devemos atacar primeiro.

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Etapa 2: desconsiderar o contexto


Considere as proposições simples:
a: "Marcos figura no quadro de associados."
p: "Marcos está com os pagamentos em dia."
b: "Marcos tem o direito a receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu
condomínio."

As afirmações podem ser descritas por:


Afirmação I (P): a∧p → b (V)
Afirmação II (Q): ~a∧p (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação II é uma conjunção verdadeira. Logo, ambas as parcelas devem ser verdadeiras. Assim, ~a é
verdadeiro e p é verdadeiro. Consequentemente, a é F e p é V.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Note que o antecedente a∧p é falso, pois um de seus termos,
p, é falso. Observe, portanto, que nada podemos afirmar quanto ao valor lógico de b, pois a condicional é
verdadeira qualquer que seja o valor lógico de b. Isso porque os condicionais F→V e F→F são ambos
verdadeiros.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


Nesse caso, o item nos diz que "não se pode afirmar que Marcos não tem direito a receber os benefícios
providos pela associação de moradores de seu condomínio". Note que o item está correto, pois, conforme
foi constatado na etapa anterior, nada podemos afirmar quanto ao valor lógico de "b".
Gabarito: CERTO.

Algumas questões de múltipla escolha apresentam certa ambiguidade no enunciado


envolvendo o uso do condicional.

Essa imprecisão pode confundir o concurseiro, que pode ser levado a crer que não há
afirmações em algum dos "formatos fáceis". Vejamos o exercício a seguir, em que
destacamos parte do enunciado para melhor compreensão.

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(ISS Manaus/2019) Aos domingos,


− como pizza no jantar ou não tomo açaí,
− corro ou jogo futebol e
− tomo açaí ou não corro.
Se, no último domingo, não joguei futebol, então
a) corri e não comi pizza no jantar.
b) não corri e comi pizza no jantar.
c) não comi pizza no jantar e não tomei açaí.
d) não corri e não tomei açaí.
e) corri e tomei açaí.
Comentários:
Nessa questão, devemos considerar que a proposição simples "não joguei futebol" é uma afirmação que
compõe o enunciado, que deve ser considerada verdadeira.
Veja que, no problema apresentado, poderíamos ser levados a pensar erroneamente que existem apenas
três afirmações verdadeiras e que "não joguei futebol" compõe o antecedente de uma condicional cujo
consequente se quer determinar nas alternativas.
Agora que entendemos a polêmica, vamos resolver a questão.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma proposição simples em "não joguei futebol". É essa afirmação que devemos atacar
primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto


Sejam as proposições:
p: "Como pizza no jantar."
a: "Tomo açaí."
c: "Corro."
f: "Jogo futebol."
As afirmações apresentadas são as seguintes:
I. p ∨ ~a (V)
II. c ∨ f (V)
III. a ∨ ~c (V)
IV. ~f (V)

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A afirmação IV é uma proposição simples verdadeira. ~f é V. Portanto, f é F.
Agora que temos o valor de f, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição f.

A afirmação II é uma disjunção inclusiva verdadeira. Como f é F, temos que c é V, pois uma das parcelas deve
ser verdadeira.
Agora que temos o valor de c, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição c.

A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Como ~c é F, temos que a é V, pois uma das parcelas
deve ser verdadeira.
Agora que temos o valor de a, vamos para outra afirmação que apresenta a proposição a.
A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira. Como ~a é F, temos que p é V, pois uma das parcelas
deve ser verdadeira.
Veja que já passamos por todas as afirmações e descobrimos os valores lógicos de todas as proposições
simples. Vamos agora para a etapa 4.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


a) c ∧ ~p - a conjunção é falsa, pois ~p é F.
b) ~c ∧ p a conjunção é falsa, pois ~c é F.
c) ~p ∧ ~a - a conjunção é falsa, pois ~p e ~a são ambos F.
d) ~c ∧ ~a - a conjunção é falsa, pois ~c e ~a são ambos F.
e) c ∧ a - A conjunção é verdadeira, pois tanto c quanto a são verdadeiros. Este é o gabarito.
Gabarito: Letra E.

Creio que, depois dessa bateria de questões, você deve ter ganhado mais confiança na resolução desse tipo
de problema. Para não errar essas questões, perceba que o domínio das tabelas-verdade dos cinco
conectivos é fundamental.

Professor, o que acontece quando nenhuma das afirmações da questão está em algum
dos "formatos fáceis"?

Excelente pergunta, caro aluno!

Esses problemas são resolvidos dentro de um tópico da aula de Lógica de Argumentação


propriamente dita, caso esse assunto faça parte do seu edital.

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LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ARGUMENTOS DEDUTIVOS

Lógica de argumentação: Argumentos dedutivos


Argumentos dedutivos

• Um argumento é a relação que se dá entre um conjunto de premissas que dão suporte à defesa de uma
conclusão.
• Para fins do estudo dos argumentos dedutivos, as premissas podem ser definidas como proposições
que devem ser consideradas verdadeiras para se chegar a uma conclusão.
• Premissas também são conhecidas por hipóteses do argumento.

• Os argumentos dedutivos são aqueles que não produzem conhecimento novo.


• Silogismo: argumento dedutivo composto por duas premissas e uma conclusão.
• Argumentos categóricos apresentam proposições categóricas.
• Argumentos hipotéticos são aqueles que fazem uso dos cinco conectivos.

Validade dos argumentos dedutivos × Veracidade das proposições

• Validade é uma característica dos argumentos dedutivos. Esse tipo de argumento pode ser válido ou
inválido; e
• Veracidade é uma característica das proposições. As proposições podem ser verdadeiras ou falsas.

Validade dos argumentos dedutivos


O argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira uma vez que as
premissas são CONSIDERADAS verdadeiras.
Um argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como verdadeiras, a
conclusão obtida é falsa.
Um argumento dedutivo inválido também é conhecido por sofisma ou falácia formal.

Veracidade das proposições


Podemos ter um argumento válido nas seguintes situações:
• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;
• Premissas falsas e conclusão falsa; e
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.
Não é possível ter um argumento válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa.

Já para um argumento inválido podemos ter as quatro situações:


• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;
• Premissas verdadeiras e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.

Não há uma relação direta entre a validade de um argumento e a veracidade da sua conclusão.

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Representação de um argumento dedutivo

A forma simbólica de um argumento dedutivo pode ser descrita por uma condicional em que:
• O antecedente é a conjunção das premissas; e
• O consequente é a conclusão.
Nesse caso, temos a seguinte condicional associada ao argumento:
(P1∧P2∧... ∧Pn) → C

Silogismo categórico

Estrutura do silogismo categórico


Termo maior: é termo que aparece no predicado da conclusão;
Termo médio: é o termo que aparece nas premissas e não aparece na conclusão;
Termo menor: é o termo que aparece no sujeito da conclusão.

Premissa maior: é a premissa que contém o termo maior e o termo médio; e


Premissa menor: é a premissa que contém o termo menor e o termo médio.

Modos do silogismo categórico


O modo do silogismo é composto por três letras dentre A, E, I, e O que representam as proposições
categóricas na seguinte sequência: [Premissa Maior][Premissa Menor][Conclusão].

Figuras do silogismo categórico


a) Silogismo de primeira figura: termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na menor.
b) Silogismo de segunda figura: termo médio é predicado nas duas premissas.
c) Silogismo de terceira figura: termo médio é sujeito nas duas premissas.
d) Silogismo de quarta figura: termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na menor.

Regras de validade do silogismo categórico


1) Todo silogismo deve conter somente três termos: maior, médio e menor;
2) O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
3) O termo médio não pode entrar na conclusão;
4) Nenhum termo da conclusão pode ser mais extenso na conclusão do que nas premissas.
5) A conclusão sempre acompanha a premissa mais fraca;
6) De duas premissas afirmativas a conclusão deve ser afirmativa;
7) De duas premissas particulares não poderá haver conclusão;
8) De duas premissas negativas não poderá haver conclusão.

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Métodos de verificação da validade de um argumento dedutivo


Método dos diagramas lógicos
Esse método consiste em se utilizar diagramas lógicos para se verificar a validade do argumento, devendo
ser usado quando temos argumentos categóricos.

Método da tabela-verdade
Construir a tabela-verdade da condicional associada ao argumento, dada por (P1∧P2∧... ∧Pn) → C:
• Se a condicional que representa o argumento for uma tautologia, o argumento é válido; e
• Se a condicional não for uma tautologia, o argumento é inválido.

Em questões de múltipla escolha, temos três etapas:


• Etapa 1: desconsiderar o contexto, transformando as afirmações da língua portuguesa para a linguagem
==13785a==

proposicional;
• Etapa 2: inserir todas as premissas/afirmações na tabela e obter as linhas da tabela-verdade em que
todas as premissas/afirmações são simultaneamente verdadeiras (ou falsas, para os casos que o
enunciado determinar); e
• Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas
obtidas na etapa anterior (ou que é falsa para todas as linhas, se assim o enunciado determinar).

Método em que se considera todas as premissas verdadeiras


Devemos considerar as premissas verdadeiras e verificar se a conclusão é necessariamente verdadeira.
Esse método apresenta uma semelhança muito grande com aquelas "questões clássicas" que envolvem
os conectivos lógicos. Quando estamos tratando de argumentos, as premissas devem ser tratadas como
afirmações verdadeiras.

Método da conclusão falsa


Para se aplicar esse método é necessário que a conclusão seja uma proposição simples, uma disjunção
inclusiva ou uma condicional.

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Método da transitividade da condicional


O método da transitividade do condicional consiste basicamente em concatenar de modo conveniente
uma parte ou todas as premissas do argumento, que se apresentam no formato condicional, de modo a
se obter a conclusão sugerida. Se a conclusão for obtida, o argumento é válido.

Para utilizar esse método nas questões, muitas vezes é interessante utilizar equivalências lógicas para
deixar as condicionais dispostas de uma forma em que é possível conectá-las. As equivalências mais
utilizadas são:
• Equivalência contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p; e
• Transformação da disjunção inclusiva em condicional: p∨q ≡ ~p→q.

O argumento no formato abaixo, independentemente do número de premissas, é sempre válido.

Algumas questões de concurso público podem apresentar condicionais nas premissas e uma conclusão
que é uma proposição simples. Nesse caso, busca-se obter uma conclusão da forma p→~p ou da forma
~p→p.

Método das regras de inferência


Regras de inferência são "regras de bolso" que servem para verificar a validade de um argumento
dedutivo com maior rapidez.
As regras de inferência apresentam argumentos válidos.

Modus Ponens (afirmação do antecedente)


Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: p.
Conclusão: q.
Modus Tollens (negação do consequente)
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: ~q.
Conclusão: ~p.
Silogismo Hipotético
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se q, então r.
Conclusão: Se p, então r.

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Dilema Construtivo
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 3: p ou r.
Conclusão: q ou s.
Dilema Destrutivo
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 2: ~q ou ~s.
Conclusão: ~p ou ~r.

Equivalências lógicas em problemas de argumentação


Muitas vezes um problema pode se apresentar como se fosse um problema de lógica de argumentação
quando, na verdade, basta utilizar algumas equivalências lógicas para se obter a conclusão.

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Introdução aos argumentos dedutivos

Podemos definir argumento como a relação que se dá entre um conjunto de premissas que dão suporte à
defesa de uma conclusão.

Os argumentos podem ser classificados em três tipos: argumentos dedutivos, argumentos indutivos e
argumentos abdutivos.

Nesse momento vamos estudar somente os argumentos dedutivos, que são aqueles que fazem parte da
Lógica Proposicional, isto é, que pertencem ao ramo da lógica que estudamos até o momento. Os outros
tipos de argumentos, caso façam parte do seu edital, serão abordados futuramente.

Para fins do estudo dos argumentos dedutivos, as premissas podem ser definidas como proposições que
devem ser consideradas verdadeiras para se chegar a uma conclusão.

Vale ressaltar que as premissas também são conhecidas por hipóteses do argumento.

Os argumentos dedutivos são aqueles que não produzem conhecimento novo. Isso significa que a
informação presente na conclusão já estava presente nas premissas. Veja o exemplo:

Premissa 1: João e Pedro foram à praia.

Conclusão: Logo, João foi à praia.

Observe que, considerando a premissa 1 verdadeira, temos que a conjunção "João e Pedro foram à praia"
é verdadeira, e isso significa que as proposições simples que a compõem, "João foi à praia" e "Pedro foi à
praia", são ambas verdadeiras. Observe que, nesse caso, a conclusão "João foi à praia" torna explícito um
conhecimento que já estava presente na premissa.

Quando temos um argumento dedutivo composto por exatamente duas premissas e uma conclusão, esse
argumento é chamado de silogismo. Exemplo:

Premissa 1: Se João foi à praia, então o dia estava ensolarado.

Premissa 2: João foi à praia.

Conclusão: Logo, o dia estava ensolarado.

Novamente, podemos perceber que o argumento dedutivo acima não produziu conhecimento novo.

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Argumentos categóricos e hipotéticos

Os argumentos dedutivos também podem conter proposições categóricas, apresentando quantificadores


como "todo", "algum", "nenhum", "pelo menos um", "existe", etc. Esses argumentos são chamados de
argumentos categóricos. Exemplo:

Premissa 1: Todo ser humano é mortal.

Premissa 2: João é ser humano.

Conclusão: Logo, João é mortal.

Os argumentos hipotéticos, por outro lado, são aqueles que fazem uso dos cinco conectivos: conjunção,
disjunção inclusiva, disjunção exclusiva, condicional e bicondicional. Os dois primeiros argumentos
apresentados nesse tópico são argumentos hipotéticos.

Proposições
Categóricos
Argumentos categóricas
dedutivos Uso dos
Hipotéticos
conectivos

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Validade dos argumentos dedutivos × Veracidade das proposições

O primeiro ponto que deve ser entendido quanto a diferença entre validade e veracidade é:

• Validade é uma característica dos argumentos dedutivos. Esse tipo de argumento pode ser válido
ou inválido; e
• Veracidade é uma característica das proposições. As proposições podem ser verdadeiras ou falsas.

Feita essa distinção, vamos desenvolver essas duas ideias. Quanto à validade dos argumentos, nesse
momento serão apresentados apenas conceitos preliminares. Ainda nessa aula, aprenderemos os métodos
de verificação da validade de um argumento dedutivo.

Validade dos argumentos dedutivos

Observe o argumento a seguir, com as premissas P1, P2 e P3 e com a sua conclusão C:

P1: "Se eu comer muito, então eu engordo."

P2: "Se eu engordar, então eu corro uma menor distância em 12 minutos."

P3: "Se eu correr uma menor distância em 12 minutos, então minha performance no teste físico
diminui."

C: "Se eu comer muito, então minha performance no teste físico diminui."

Para avaliar a validade do argumento, estamos preocupados apenas com a forma com que ele é construído.

Não estamos discutindo a veracidade das premissas P1, P2 e P3 nem a veracidade da conclusão C. Não
sabemos ao certo se as condicionais, quando contrastadas com a realidade dos fatos, são verdadeiras:

• Se a pessoa comer muito, ela necessariamente vai engordar? Pode ser que ela tenha uma genética
propícia...
• Se essa pessoa engordar, ela realmente corre uma menor distância em 12 minutos? Pode ser que
não...
• Se essa pessoa correr uma distância menor em 12 minutos, a performance dela no teste físico
realmente vai diminuir? Esse teste físico pode ser composto por diversas modalidades...
• Se essa pessoa comer muito, ela realmente vai ter sua performance diminuída no teste físico?

Enfim, para fins de aferição da validade de um argumento, todos esses questionamentos quanto à
veracidade das premissas e da conclusão são irrelevantes.

Veremos a seguir que, para verificar se um argumento é válido ou inválido, as premissas são CONSIDERADAS
verdadeiras. Isso não significa que, no mudo dos fatos, elas de fato são verdadeiras.

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Argumento dedutivo válido

Um argumento dedutivo é válido quando a sua conclusão é uma consequência inevitável do conjunto de
premissas. Em outras palavras, podemos dizer que:

Um argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira uma


vez que as premissas são CONSIDERADAS verdadeiras.

Vamos a um exemplo de argumento válido:

Premissa 1: Todas as vacas têm asas.

Premissa 2: Mimosa é uma vaca.

Conclusão: Logo, Mimosa tem asas.

Pessoal, sabemos que, no mudo dos fatos, vacas não têm asas. Apesar disso, devemos considerar as
premissas como verdadeiras. Cogite a possibilidade de que todas as vacas têm asas. Agora pense na minha
vaquinha que se chama Mimosa. Perceba que uma consequência inevitável desse raciocínio é que a Mimosa
tem asas. A conclusão é necessariamente verdadeira uma vez que se consideram as premissas verdadeiras.

Note que, no caso acima, temos que a proposição P1, quando avaliada pela realidade dos
fatos, é nitidamente falsa e, mesmo assim, o argumento é válido. Isso porque, por mais
que P1 seja falsa no mundo dos fatos, devemos considerá-la verdadeira para fins de
aferição da validade do argumento.

Essa obtenção da validade do argumento depende da forma em que ele e construído, e


não do contexto das premissas e da conclusão.

Ainda não vimos os métodos de verificação da validade de um argumento dedutivo, porém, somente com
a definição, podemos resolver algumas questões. Veja:

(TCE-RO/2013) Considere que um argumento seja formado pelas seguintes proposições:


P1: A sociedade é um coletivo de pessoas cujo discernimento entre o bem e o mal depende de suas crenças,
convicções e tradições.
P2: As pessoas têm o direito ao livre pensar e à liberdade de expressão.
P3: A sociedade tem paz quando a tolerância é a regra precípua do convívio entre os diversos grupos que a
compõem.
P4: Novas leis, com penas mais rígidas, devem ser incluídas no Código Penal, e deve ser estimulada uma
atuação repressora e preventiva dos sistemas judicial e policial contra todo ato de intolerância.

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Com base nessas proposições, julgue o item subsecutivo.


O argumento em que as proposições de P1 a P3 são as premissas e P4 é a conclusão é um argumento lógico
válido.
Comentários:
Sabemos que um argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira quando
se consideram as premissas verdadeiras.
Observe que as premissas P1 e P3 em nada ajudam para determinar o valor lógico da conclusão. A premissa
P1 nos fala sobre o que é a sociedade e premissa P2 diz sobre o "direito ao livre pensar e a liberdade de
expressão". Já a conclusão trata sobre "novas leis que devem ser incluídas no Código Penal" e sobre a
"atuação dos sistemas judicial e policial".
Em resumo, a conclusão não é consequência do conjunto de premissas, pois não há qualquer conexão lógica
entre eles. Logo, não se pode dizer que o argumento é válido.
Gabarito: ERRADO.

Argumento dedutivo inválido

Vejamos a definição de argumento inválido:

Um argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como


verdadeiras, a conclusão obtida é falsa.

Um argumento dedutivo inválido também é conhecido por falácia formal.

Vamos a um exemplo:

Premissa 1: Todas as vacas são animais.

Premissa 2: Godofredo não é uma vaca.

Conclusão: Logo, Godofredo não é um animal.

Perceba que esse é um argumento inválido, uma vez que as premissas não garantem que a conclusão seja
verdadeira, pois Godofredo pode ser um cachorro, ou seja, Godofredo pode ser um animal que não é uma
vaca. Nesse caso específico, perceba que ao se considerar verdadeiras as premissas "Todas as vacas são
animais" e "Godofredo não é uma vaca", a conclusão é falsa, pois não se pode afirmar de modo inequívoco
que "Godofredo não é um animal".

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Veracidade das proposições

Já vimos que, para a aferição da validade de um argumento, devemos CONSIDERAR as premissas verdadeiras
e avaliar se, como consequência disso, a conclusão é verdadeira ou falsa.

Quando falamos de veracidade das proposições, estamos nos referindo à contextualização das premissas
e da conclusão com o mundo real. Nesse caso, ao dizer que uma proposição (premissa ou conclusão) é
verdadeira ou falsa estamos, na verdade, contrastando a proposição com o mundo dos fatos para averiguar
se ela é de fato verdadeira ou se ela realmente é falsa.

Podemos ter um argumento válido nas seguintes situações:

• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;


• Premissas falsas e conclusão falsa; e
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.

Observe que não é possível ter um argumento válido com premissas verdadeiras e
conclusão falsa.

Já para um argumento inválido, podemos ter as quatro situações:

• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;


• Premissas verdadeiras e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.

Professor, fiquei confuso. Se eu me deparar, por exemplo, com um argumento em que as premissas são
falsas e a conclusão é falsa. Como vou saber se o argumento é válido ou não?

Calma, caro aluno! Em breve vamos falar sobre os métodos de verificação da validade de um argumento.
Para obter a validade de um argumento, não devemos avaliar a veracidade das proposições. Como
acabamos de ver, um argumento com premissas falsas e conclusão falsa pode ser tanto válido quanto
inválido.

Observe também que não há uma relação direta entre a validade de um argumento e a veracidade da sua
conclusão. Um argumento pode ser válido tanto com uma conclusão verdadeira quanto com uma conclusão
falsa.

Como acabamos de ver, é possível termos um argumento válido com premissas falsas e conclusão falsa.
Além disso, é possível ter um argumento inválido com premissas falsas e conclusão falsa, bem como com
premissas verdadeiras e conclusão falsa.

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Não há uma relação direta entre a validade de um argumento e a veracidade da sua


conclusão. Um argumento pode ser válido tanto com uma conclusão verdadeira quanto
com uma conclusão falsa.

(PF/2021)
P1: Se a fiscalização foi deficiente, as falhas construtivas não foram corrigidas.
P2: Se as falhas construtivas foram corrigidas, os mutuários não tiveram prejuízos.
P3: A fiscalização foi deficiente.
C: Os mutuários tiveram prejuízos.
Considerando um argumento formado pelas proposições precedentes, em que C é a conclusão, e P1 a P3
são as premissas, julgue o item a seguir.
Caso o argumento apresentado seja válido, a proposição C será verdadeira.
Comentários:
Não há uma relação direta entra a validade de um argumento e a veracidade da sua conclusão. Um
argumento pode ser válido tanto com uma conclusão verdadeira quanto com uma conclusão falsa.
Gabarito: ERRADO.

(PO AL/2013) Nas investigações, pesquisadores e peritos devem evitar fazer afirmações e tirar conclusões
errôneas. Erros de generalização, ocorridos ao se afirmar que certas características presentes em alguns
casos deveriam estar presentes em toda a população, são comuns. É comum, ainda, o uso de argumentos
inválidos como justificativa para certas conclusões. Acerca de possíveis erros em trabalhos investigativos,
julgue o item a seguir.
Em um argumento inválido, a conclusão é uma proposição falsa.
Comentários:
Um argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como verdadeiras, a conclusão
obtida é falsa.
Veja que é plenamente possível termos um argumento inválido com uma conclusão verdadeira. A obtenção
da validade do argumento depende da forma com que ele e construído, não da veracidade da conclusão.

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Lembre-se de que, para um argumento inválido, podemos ter quatro situações:


• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;
• Premissas verdadeiras e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.
Gabarito: ERRADO.

(PC SP/2013) Quando um argumento é válido, isso significa que


a) se as premissas são falsas, a conclusão é falsa.
b) premissas e conclusão devem ter sempre o mesmo valor de verdade.
c) se a conclusão é falsa, deve haver alguma premissa falsa.
d) não existe situação em que as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa.
e) as premissas são sempre verdadeiras.
Comentários:
Vamos comentar cada alternativa da questão:
a) Não podemos afirmar que neste caso o argumento é válido, pois podemos ter também um argumento
inválido com premissas falsas e conclusão falsa.
b) Um argumento pode ser válido com premissas falsas e com conclusão verdadeira.
c) Não podemos afirmar que neste caso o argumento é válido, pois podemos ter também um argumento
inválido com premissas falsas e conclusão falsa.
d) Correto. Um argumento ser válido significa que não existe situação em que as premissas são verdadeiras
e a conclusão é falsa. Observe que essa situação só é possível para o argumento inválido.
e) Errado, pois podemos ter um argumento válido com premissas falsas.
Gabarito: Letra D.

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Representação de um argumento dedutivo

Um argumento dedutivo com n premissas (P1; P2; ... ; Pn) e com uma conclusão C pode ser representado
na forma simbólica ou na forma padronizada.

Condicional associada ao argumento

A forma simbólica de um argumento dedutivo pode ser descrita por uma condicional em que:

• O antecedente é a conjunção das premissas; e


• O consequente é a conclusão.

Nesse caso, temos a seguinte condicional associada ao argumento:

(P1∧P2∧ ... ∧Pn) → C

(Pref. Limoeiro de Anadia/2013) A afirmação “Um ________ pode ser representado de forma simbólica por
P1 & P2 & P3 & ... & Pn → Q, onde P1, P2, ... Pn são denominados ________ e Q é denominada ________
do argumento.”
a) Predicado; Hipóteses; Premissa.
b) Argumento Dedutivo; Premissas; Hipótese.
c) Argumento Indutivo; Variáveis; Conclusão.
d) Argumento Válido; Premissas; Hipótese.
e) Argumento Dedutivo; Premissas; Conclusão.
Comentários:
Trata-se de um argumento dedutivo em que P1; P2 ; ...; P3 são as premissas ou hipóteses e Q é a conclusão.
Observação: lembre-se de que o conectivo "&" é uma conjunção, que poderia ter sido representada por "∧".
Gabarito: Letra E.

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(PF/2021)
P1: Se a fiscalização foi deficiente, as falhas construtivas não foram corrigidas.
P2: Se as falhas construtivas foram corrigidas, os mutuários não tiveram prejuízos.
P3: A fiscalização foi deficiente.
C: Os mutuários tiveram prejuízos.
Considerando um argumento formado pelas proposições precedentes, em que C é a conclusão, e P1 a P3
são as premissas, julgue o item a seguir.
A tabela verdade da proposição condicional associada ao argumento tem menos de dez linhas.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
d: "A fiscalização foi deficiente."
f: "As falhas construtivas foram corrigidas."
m: "Os mutuários tiveram prejuízo."

O argumento em questão é dado por:


Premissa P1: d→~f
Premissa P2: f→~m
Premissa P3: f
Conclusão C: m

A condicional associada ao argumento é aquela em que:


• O antecedente é a conjunção das premissas; e
• O consequente é a conclusão.

Logo, a condicional associada ao argumento é:


[(d→~f)∧(f→~m)∧(f)]→m

Veja que nessa condicional temos apenas 𝑛 = 3 proposições simples distintas. Logo, o número de linhas da
tabela-verdade da proposição condicional associada ao argumento é:
𝟐𝟑 = 𝟖 linhas

Portanto, é correto dizer que a tabela-verdade da proposição condicional associada ao argumento tem
menos de dez linhas.
Gabarito: CERTO.

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Silogismo categórico

Já vimos que argumentos categóricos são aqueles que apresentam proposições categóricas. Além disso,
sabemos que um silogismo é composto por exatamente duas premissas.

Nesse tópico, vamos apresentar alguns conceitos relacionados ao silogismo categórico, isto é, conceitos
sobre argumentos que apresentam apenas duas premissas que são proposições categóricas

Esse assunto não costuma ser muito cobrado em provas, mas é necessário apresentá-los para que você tenha
um material completo.

Estrutura do silogismo categórico

Os silogismos categóricos são formados por três termos:

a) Termo maior: é termo que aparece no predicado da conclusão;


b) Termo médio: é o termo que aparece nas premissas e não aparece na conclusão;
c) Termo menor: é o termo que aparece no sujeito da conclusão.

Observe, no exemplo abaixo, que "guepardo" é o termo maior, "rápido (a)" é o termo médio e "tartaruga" é
o termo menor.

Todo guepardo é rápido.


Alguma tartaruga não é rápida.
Logo, nenhuma tartaruga é guepardo.

Definidos esses três termos, podemos também definir os seguintes conceitos:

a) Premissa maior: é a premissa que contém o termo maior e o termo médio; e


b) Premissa menor: é a premissa que contém o termo menor e o termo médio.

Perceba que, no exemplo dado, "Todo o guepardo é rápido" é a premissa maior e "Alguma tartaruga não é
rápida" é a premissa menor.

Por convenção, costuma-se colocar a premissa maior como a primeira do silogismo categórico, porém, em
uma questão de concurso público, a banca pode inverter a ordem das premissas para confundir o candidato.
Portanto, é necessário que você entenda as definições de premissa maior e de premissa menor.

Modos do silogismo categórico

Já aprendemos em aula passada que uma proposição categórica pode ser classificada como:

a) Universal afirmativa (A);


b) Universal negativa (E);
c) Particular afirmativa (I); e
d) Particular negativa (O).

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O modo do silogismo categórico é composto por três letras que representam as proposições categóricas na
seguinte sequência: [Premissa Maior][Premissa Menor][Conclusão]. Para o caso no nosso exemplo, o modo
do silogismo é AOE.

Figuras do silogismo categórico

Para classificar a figura do silogismo, devemos utilizar a seguinte regra:

a) Silogismo de primeira figura: termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na menor.
b) Silogismo de segunda figura: termo médio é predicado nas duas premissas.
c) Silogismo de terceira figura: termo médio é sujeito nas duas premissas.
d) Silogismo de quarta figura: termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na menor.

Observe novamente o nosso exemplo:

Todo guepardo é rápido.


Alguma tartaruga não é rápida.
Logo, nenhuma tartaruga é guepardo.

Trata-se de um silogismo de segunda figura, pois o termo médio "rápido (a)" é predicado nas suas premissas.

(PC SP/2013) Assinale a alternativa que representa o modo e a figura do silogismo seguinte.
Todo sapo é verde.
Algum cão não é verde.
Logo, nenhum cão é sapo.
a) OAE – 2.
b) AEI – 4.
c) EAO – 1.
d) AOE – 2.
e) AIE – 3.
Comentários:
O termo médio é o termo que não aparece na conclusão: verde. Esse termo é predicado nas duas premissas,
logo, trata-se de um silogismo de segunda figura.
A termo maior é o predicado da conclusão: sapo.
O termo menor é o sujeito da conclusão: cão.
Podemos então observar que o silogismo está no modo "tradicional", em que a premissa maior é a primeira
premissa "Todo sapo é verde":
Vamos agora obter o modo.

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Todo sapo é verde. - Premissa maior é universal afirmativa: A.


Algum cão não é verde. - Premissa menor é particular negativa: O.
Logo, nenhum cão é sapo. - Conclusão é universal negativa: E.
Observa-se que o modo é AOE.
A questão nos pede o modo e a figura: AOE-2.
Gabarito: Letra D.

Regras de validade do silogismo categórico

Temos oito regras de validade do silogismo categórico:

1) Todo silogismo deve conter somente três termos: maior, médio e menor;
2) O termo médio deve ser universal ao menos uma vez;
3) O termo médio não pode entrar na conclusão;
4) Nenhum termo da conclusão pode ser mais extenso na conclusão do que nas premissas.
5) A conclusão sempre acompanha a premissa mais fraca;
6) De duas premissas afirmativas a conclusão deve ser afirmativa;
7) De duas premissas particulares não poderá haver conclusão;
8) De duas premissas negativas não poderá haver conclusão.

O fato de a conclusão acompanhar a premissa mais fraca significa que, se houver uma premissa negativa, a
conclusão será negativa. Se houver uma premissa particular, a conclusão será particular. Se houver ambas,
a conclusão deverá ser negativa e particular.

(PETROBRAS/2010) Com relação às regras para validade de um silogismo, analise o que se segue.
I - Todo silogismo deve conter somente três termos.
II - De duas premissas particulares não poderá haver conclusão.
III - Se há uma premissa particular, a conclusão será particular.
IV - Se há um termo médio negativo, a conclusão será negativa.
São regras válidas para um silogismo
A) I e IV, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) I, II e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
Comentários:
I - Certo, todo silogismo deve conter somente três termos: maior, médio e menor.
II - Certo, está é uma regra de validade do silogismo categórico: "de duas premissas particulares não poderá
haver conclusão".

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III - Certo, pois a conclusão sempre acompanha a premissa mais fraca. Isso significa que se houver uma
premissa negativa, a conclusão será negativa. Se houver uma premissa particular, a conclusão será particular.
Se houver ambas, a conclusão deverá ser negativa e particular.
IV - Errado. Não temos como afirmar isso. Não há que se falar em "termo médio negativo", mas sim em
premissa, conclusão ou proposição negativa. Quanto às premissas, sabemos que a conclusão sempre
acompanha a premissa mais fraca.
Gabarito: Letra C.

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Métodos de verificação da validade de um argumento dedutivo

Pessoal, especial atenção para esse tópico, pois é o mais importante dessa aula.

Existem diversas formas de se avaliar se um argumento dedutivo é válido ou inválido. A seguir, vamos
apresentar os principais métodos.

Método dos diagramas lógicos

Conforme já mencionado nessa aula, os argumentos dedutivos podem ser argumentos categóricos ou
argumentos hipotéticos.

Quando temos argumentos categóricos, a validade do argumento é aferida por meio dos diagramas lógicos
aprendidos na aula anterior.

Ao se desenhar os diagramas lógicos e se verificar que a conclusão do argumento não é necessariamente


verdadeira, temos um argumento inválido. Por outro lado, se a conclusão for necessariamente verdadeira,
temos um argumento válido.

Não vamos discorrer muito sobre diagramas lógicos nessa aula, pois tudo o que você precisava saber já foi
apresentado na aula anterior. Vamos apenas realizar um exemplo para "refrescar a memória":

(PC ES/2011) Um argumento constituído por uma sequência de três proposições — P1, P2 e P3, em que P1
e P2 são as premissas e P3 é a conclusão — é considerado válido se, a partir das premissas P1 e P2, assumidas
como verdadeiras, obtém-se a conclusão P3, também verdadeira por consequência lógica das premissas. A
respeito das formas válidas de argumentos, julgue o item.
Considere a seguinte sequência de proposições:
P1 – Existem policiais que são médicos.
P2 – Nenhum policial é infalível.
P3 – Nenhum médico é infalível.
Nessas condições, é correto concluir que o argumento de premissas P1 e P2 e conclusão P3 é válido.
Comentários:
A partir da premissa P1, sabemos que existe intersecção entre o conjunto dos policiais e o conjunto dos
médicos:

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A premissa P2 nos diz que "nenhum policial é infalível". Isso significa que o conjunto dos infalíveis não tem
intersecção com o conjunto dos policiais. Temos então três formas de representar o conjunto dos infalíveis:

A conclusão P3 nos diz que "nenhum médico é infalível". Observe que, ao se desenhar os diagramas lógicos,
verifica-se que, considerando as premissas P1 e P2 verdadeiras, a conclusão P3 do argumento não é
necessariamente verdadeira, pois duas das possibilidades apresentadas apresentam alguns médicos
infalíveis. Trata-se, portanto, de um argumento inválido
Gabarito: ERRADO.

Método da tabela-verdade

Considere um argumento hipotético com as premissas P1, P2, ..., Pn e com a conclusão C. Temos a seguinte
condicional associada ao argumento em questão:

(P1∧P2∧ ... ∧Pn) → C

Para aferir a validade do argumento, podemos construir a tabela-verdade dessa condicional:

• Se a condicional que representa o argumento for uma tautologia, o argumento é válido; e


• Se a condicional não for uma tautologia, o argumento é inválido.

Ressalto que o método da tabela-verdade não costuma ser rápido e, por isso, não deve ser utilizado com
frequência. Lembre-se que se tivermos 𝒏 proposições simples distintas no argumento, a tabela-verdade
apresentará 𝟐𝒏 linhas.

Vejamos um exemplo.

(TRE RJ/2012) O cenário político de uma pequena cidade tem sido movimentado por denúncias a respeito
da existência de um esquema de compra de votos dos vereadores. A dúvida quanto a esse esquema persiste
em três pontos, correspondentes às proposições P, Q e R, abaixo:
P: O vereador Vitor não participou do esquema;
Q: O prefeito Pérsio sabia do esquema;
R: O chefe de gabinete do prefeito foi o mentor do esquema.
Os trabalhos de investigação de uma CPI da câmara municipal conduziram às premissas P1, P2 e P3 seguintes:

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P1: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o prefeito Pérsio não sabia do esquema.
P2: Ou o chefe de gabinete foi o mentor do esquema, ou o prefeito Pérsio sabia do esquema, mas não ambos.
P3: Se o vereador Vitor não participou do esquema, então o chefe de gabinete não foi o mentor do esquema.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte, acerca de proposições lógicas.
A partir das premissas P1, P2 e P3, é correto inferir que o prefeito Pérsio não sabia do esquema.
Comentários:
Note que o enunciado já identificou as proposições simples. A conclusão que se quer avaliar é "o prefeito
Pérsio não sabia do esquema", ou seja, queremos avaliar se ~Q é uma conclusão válida do argumento.

Podemos construir o argumento da seguinte maneira:


Premissa P1: P→~Q
Premissa P2: R∨Q
Premissa P3: P→~R
Conclusão: ~Q

Identificado o argumento, podemos construir a tabela-verdade da condicional P1∧P2∧P3 → C, isto é, da


condicional [(P→~Q)∧(R∨Q)∧(P→~R)]→~Q.

Observe que na linha 6 a condicional [(P→~Q)∧(R∨Q)∧(P→~R)]→~Q é falsa. Como a condicional não é uma
tautologia, temos um argumento inválido.
Gabarito: ERRADO.

Em questões de múltipla escolha, é comum que tenhamos que selecionar nas alternativas uma conclusão
que tornaria o argumento válido. Nesse caso, para evitar construir uma tabela-verdade para cada alternativa,
devemos seguir as seguintes etapas:

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• Etapa 1: desconsiderar o contexto, transformando as afirmações da língua portuguesa para a


linguagem proposicional;
• Etapa 2: inserir todas as premissas/afirmações na tabela e obter as linhas da tabela-verdade em que
todas as premissas/afirmações são simultaneamente verdadeiras (ou falsas, para os casos que o
enunciado determinar); e
• Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas
obtidas na etapa anterior (ou que é falsa para todas as linhas, se assim o enunciado determinar).

(SEFAZ ES/2022) Sabe-se que as 3 sentenças a seguir são verdadeiras.


• Se Pedro é capixaba ou Raquel não é carioca, então Renata não é pernambucana.
• Se Pedro não é capixaba ou Renata é pernambucana, então Raquel é carioca.
• Se Raquel não é carioca, então Pedro é capixaba e Renata é pernambucana.
É correto concluir que
a) Pedro é capixaba.
b) Raquel é carioca.
c) Renata é pernambucana.
d) Pedro não é capixaba.
e) Raquel não é carioca.
Comentários:
Vamos resolver essa questão pelo método da tabela-verdade.
Devemos selecionar a alternativa que apresenta uma conclusão que tornaria o argumento válido. Nesse
caso, vamos seguir as três etapas apresentadas na teoria.

Etapa 1: desconsiderar o contexto, transformando as afirmações da língua portuguesa para a linguagem


proposicional
Considere as seguintes proposições simples:
p: "Pedro é capixaba."
a: "Raquel é carioca."
e: "Renata é pernambucana."

As afirmações apresentadas no enunciado são:


Afirmação I: p∨~a → ~e
Afirmação II: ~p∨~e → a
Afirmação III: ~a → p∧e

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Etapa 2: inserir todas as premissas/afirmações na tabela e obter as linhas da tabela-verdade em que


todas as premissas/afirmações são simultaneamente verdadeiras (ou falsas, para os casos que o
enunciado determinar)
A tabela-verdade com as afirmações fica assim:

Note que as linhas da tabela-verdade em que as afirmações são verdadeiras são 2, 5 e 6.

Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas obtidas
na etapa anterior (ou que é falsa para todas as linhas, se assim o enunciado determinar)
a) p – alternativa incorreta, pois p é falso nas linhas 5 e 6.
b) a – alternativa correta, a é verdadeiro para todas as linhas obtidas.
c) e – alternativa incorreta, pois e é falso nas linhas 2 e 6.
d) ~p − alternativa incorreta, pois ~p é falso para a linha 2.
d) ~e − alternativa incorreta, pois ~e é falso para a linha 5.
Gabarito: Letra B.

(BANESTES/2018) Considere como verdadeiras as sentenças:


1. Se Ana é capixaba, então Bruna é carioca.
2. Se Carla é paulista, então Bruna não é carioca.
3. Se Ana não é capixaba, então Carla não é paulista.
4. Ana é capixaba ou Carla é paulista.
Deduz-se que:
a) Ana é capixaba, Bruna é carioca e Carla é paulista;
b) Ana não é capixaba, Bruna é carioca e Carla é paulista;
c) Ana é capixaba, Bruna não é carioca e Carla não é paulista;
d) Ana é capixaba, Bruna é carioca e Carla não é paulista;
e) Ana não é capixaba, Bruna não é carioca e Carla é paulista.

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Comentários:
Vamos resolver essa questão pelo método da tabela-verdade.
Devemos selecionar a alternativa que apresenta uma conclusão que tornaria o argumento válido. Nesse
caso, vamos seguir as três etapas apresentadas na teoria.

Etapa 1: desconsiderar o contexto, transformando as afirmações da língua portuguesa para a linguagem


proposicional
Considere as seguintes proposições simples:
a: "Ana é capixaba."
b: "Bruna é carioca."
c: "Carla é paulista."
As afirmações apresentadas no enunciado são:
Afirmação 1. a→b
Afirmação 2. c→~b
Afirmação 3. ~a→~c
Afirmação 4. a∨c

Etapa 2: inserir todas as premissas/afirmações na tabela e obter as linhas da tabela-verdade em que


todas as premissas/afirmações são simultaneamente verdadeiras (ou falsas, para os casos que o
enunciado determinar)
A tabela-verdade com as afirmações fica assim:

Observe que obtivemos apenas uma linha em que as afirmações são simultaneamente verdadeiras (linha 2).
Logo, para essa linha da tabela-verdade, a é V, b é V e c é F.

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Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas obtidas
na etapa anterior (ou que é falsa para todas as linhas, se assim o enunciado determinar)
No caso específico dessa questão, perceba que todas as respostas são conjunções das proposições simples.
Pode-se perceber mais facilmente que a alternativa D é a correta, pois afirma que a, b e ~c são verdadeiros.
Para fins didáticos, vamos verificar as demais alternativas:
a) a ∧ b ∧ c - conjunção falsa, pois c é falso.
b) ~a ∧ b ∧ c - conjunção falsa, pois ~a e c são falsos.
c) a ∧ ~b ∧ ~c - conjunção falsa, pois ~b é falso.
e) ~a ∧ ~b ∧ c - conjunção falsa, pois todas suas parcelas são falsas.
Gabarito: Letra D.

Método em que se considera todas as premissas verdadeiras

Conhecemos as seguintes definições de argumento válido e de argumento inválido:

Um argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira uma


vez que as premissas são CONSIDERADAS verdadeiras.

Um argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como


verdadeiras, a conclusão obtida é falsa.

Assim, para aferir a validade de um argumento, podemos utilizar a definição de argumento válido/inválido.
Nesse método, devemos considerar as premissas verdadeiras e verificar se a conclusão é necessariamente
verdadeira.

Esse método apresenta uma semelhança muito grande com aquelas "questões clássicas" que envolvem os
conectivos lógicos. Quando estamos tratando de argumentos, as premissas devem ser tratadas como
afirmações verdadeiras.

Esse método acaba sendo útil somente quando temos premissas que se enquadram nos "formatos fáceis"
vistos na teoria sobre as "questões clássicas". Como premissas são tratadas como afirmações verdadeiras,
esse método só é útil quando temos:

• Proposição simples (verdadeira); ou


• Conjunção verdadeira.

Vamos recapitular as quatro etapas:

• Etapa 1: identificar as afirmações (premissas) que se apresentam em algum dos "formatos fáceis";
• Etapa 2: desconsiderar o contexto da questão, transformando as afirmações da língua portuguesa
para a linguagem proposicional;
• Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples presentes nas afirmações (premissas) do
enunciado;
• Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira (conclusão verdadeira).

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Note que, na etapa 4, estamos na verdade aferindo a validade do argumento, ou seja, estamos averiguando
se a conclusão é verdadeira uma vez que as premissas foram consideradas verdadeiras.

(Pref. SP/2016) As proposições seguintes constituem as premissas de um argumento.


• Bianca não é professora.
• Se Paulo é técnico de contabilidade, então Bianca é professora.
• Se Ana não trabalha na área de informática, então Paulo é técnico de contabilidade.
• Carlos é especialista em recursos humanos, ou Ana não trabalha na área de informática, ou Bianca é
professora.
Assinale a opção correspondente à conclusão que torna esse argumento um argumento válido.
a) Paulo não é técnico de contabilidade e Ana não trabalha na área de informática.
b) Carlos não é especialista em recursos humanos e Paulo não é técnico de contabilidade.
c) Ana não trabalha na área de informática e Paulo é técnico de contabilidade.
d) Carlos é especialista em recursos humanos e Ana trabalha na área de informática.
e) Bianca não é professora e Paulo é técnico de contabilidade.
Comentários:
Nessa questão, vamos trabalhar com o método em que se considera todas as premissas verdadeiras.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"


Note que temos uma proposição simples na primeira premissa, que deve ser considerada verdadeira. É essa
premissa que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto


Sejam as proposições:
b: "Bianca é professora."
p: "Paulo é técnico de contabilidade."
a: " Ana trabalha na área de informática."
c: "Carlos é especialista em recursos humanos."

As premissas apresentadas são as seguintes:


I. ~b (V)
II. p→b (V)
III. ~a → p (V)
IV. c∨~a∨b (V)

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples


A premissa I é a negação de uma proposição simples. ~b é V. Portanto, b é F.

A premissa II é uma condicional verdadeira em que o consequente b é falso. Logo, p é F, pois se fosse
verdadeiro entraríamos no único caso em que a condicional é falsa (V→F).

A premissa III é uma condicional verdadeira em que o consequente p é falso. Logo, ~a é F, pois se fosse
verdadeiro entraríamos no único caso em que a condicional é falsa (V→F). Assim a é V.

A premissa IV são duas disjunções inclusivas que em conjunto são verdadeiras. Devemos ter ao menos uma
proposição simples verdadeira. Como ~a é F e b é F, então c deve ser verdadeiro. Logo, c é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira


a) ~p∧~a − conjunção falsa, pois ~a é falso.
b) ~c∧~p − conjunção falsa, pois ~c é falso.
c) ~a∧p − conjunção falsa, pois ~a e p são ambos falsos.
d) c∧a − conjunção verdadeira, pois c e a são ambos verdadeiros. Esse é o gabarito.
e) ~b∧p − conjunção falsa, pois p é falso.
Gabarito: Letra D.

Método da conclusão falsa

Para aplicar o método da conclusão falsa, é necessário que a conclusão esteja em um dos seguintes
formatos:

• Proposição simples;
• Disjunção inclusiva; ou
• Condicional.

Identificada a conclusão como um desses três formatos, devemos aplicar os seguintes passos:

• Etapa 1: desconsiderar o contexto;


• Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa;
• Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa.

Se é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, o
argumento é inválido. Se não for possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo
a conclusão falsa, o argumento é válido.

O fluxograma a seguir resume o método.

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O método da conclusão falsa é um dos métodos mais rápidos para se resolver questões do tipo "Certo ou
Errado", pois esse tipo de questão costuma apresentar apenas uma possibilidade de conclusão para ser
verificada.

Vamos a um exemplo.

(PGE PE/2019) Considere as seguintes proposições.


• P1: Se a empresa privada causar prejuízos à sociedade e se o governo interferir na sua gestão, então o
governo dará sinalização indesejada para o mercado.
• P2: Se o governo der sinalização indesejada para o mercado, a popularidade do governo cairá.
• Q1: Se a empresa privada causar prejuízos à sociedade e se o governo não interferir na sua gestão, o
governo será visto como fraco.
• Q2: Se o governo for visto como fraco, a popularidade do governo cairá.
Tendo como referência essas proposições, julgue o item seguinte, a respeito da lógica de argumentação.
O argumento em que as proposições P1, P2, Q1 e Q2 são as premissas e a conclusão é a proposição “A
popularidade do governo cairá.” é um argumento válido.
Comentários:
Como a conclusão é uma proposição simples, podemos usar o método da conclusão falsa.

Etapa 1: desconsiderar o contexto


e: "A empresa privada causa prejuízos à sociedade"
g: "O governo interfere na gestão da empresa privada"
s: "O governo dá sinalização indesejada para o mercado"
p: "A popularidade do governo cairá."
f: "O governo é visto como fraco."

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As premissas do argumento e a conclusão C são dadas por:


P1: e∧g → s
P2: s → p
Q1: e∧~g → f
Q2: f → p
C: p

Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa


Considerando a conclusão falsa, temos que p é F.

Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa
Para a premissa Q2 ser verdadeira, f é F, pois não podemos ter o antecedente f verdadeiro com o
consequente p falso.

Para a premissa P2 ser verdadeira, s é F, pois não podemos ter o antecedente s verdadeiro com o
consequente p falso.

Para a premissa P1 ser verdadeira, e∧g é falso, pois não podemos ter o antecedente e∧g verdadeiro com o
consequente s falso. Para e∧g ser falso, podemos ter e falso, g falso ou ambos falsos.

Para a premissa Q1 ser verdadeira, e∧~g é falso, pois não podemos ter o antecedente e∧~g verdadeiro com
o consequente f falso. Para e∧~g ser falso, podemos ter e falso, ~g falso ou ambos falsos.

Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
Os casos das premissas Q2 e P2 são mais evidentes, pois basta que s e f sejam falsos.
Para os casos das premissas P1 e Q1, devemos ter e∧g falso e também e∧~g falso. Isso é possível quando
e é F, independentemente do valor de g.

Como é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, temos
um argumento inválido.
Gabarito: ERRADO.

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Método da transitividade da condicional

Suponha que temos um argumento formado por:

• Premissas no formato condicional em que o antecedente da premissa posterior é igual ao


consequente da premissa anterior;
• Conclusão no formato condicional cujo antecedente é o antecedente da primeira premissa e cujo
consequente é o consequente da última premissa.

Esse tipo de argumento, independentemente do número de premissas, é sempre válido. Costuma-se chamar
essa propriedade de transitividade do condicional.

Veja um exemplo desse tipo de argumento válido com 4 premissas:

Agora que conhecemos essa propriedade do condicional, vamos entender o método.

O método da transitividade do condicional consiste basicamente em concatenar de modo conveniente uma


parte ou todas as premissas do argumento, que se apresentam no formato condicional, de modo a se obter
a conclusão sugerida. Se a conclusão for obtida, o argumento é válido.

Para utilizar esse método nas questões, muitas vezes é interessante utilizar equivalências lógicas para deixar
as condicionais dispostas de uma forma em que é possível conectá-las. As equivalências mais utilizadas são:

• Equivalência contrapositiva: p→q ≡ ~q→~p; e


• Transformação da disjunção inclusiva em condicional: p∨q ≡ ~p→q.

Vejamos alguns exercícios.

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(PGE-PE/2019) Considere as seguintes proposições.


• Q1: Se a empresa privada causar prejuízos à sociedade e se o governo não interferir na sua gestão, o
governo será visto como fraco.
• Q2: Se o governo for visto como fraco, a popularidade do governo cairá.
Tendo como referência essas proposições, julgue o item seguinte, a respeito da lógica de argumentação.
O argumento em que as proposições Q1 e Q2 são as premissas e a conclusão é a proposição “Se a empresa
privada causar prejuízos à sociedade e se o governo não interferir na sua gestão, a popularidade do governo
cairá.” é um argumento válido.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
p: "A empresa privada causa prejuízos à sociedade."
i: "O governo interfere na gestão da empresa."
f: "O governo é visto como fraco."
g: "A popularidade do governo cairá."

A premissa Q1 pode ser descrita por:


(p∧~i)→f : "Se [(a empresa privada causar prejuízos à sociedade) e se (o governo não interferir na sua
gestão)], [o governo será visto como fraco]."

A premissa Q2 pode ser descrita por:


f→g: "Se [o governo for visto como fraco], [a popularidade do governo cairá]."

A conclusão pode ser descrita por:


(p∧~i)→g: “Se [(a empresa privada causar prejuízos à sociedade) e se (o governo não interferir na sua
gestão)], [a popularidade do governo cairá].”

Perceba que ao se concatenar as premissas Q1 e Q2, obtemos a conclusão sugerida:


Premissa Q1: (p∧~i)→f
Premissa Q2: f→g
Conclusão: (p∧~i)→g

Logo, trata-se de um argumento válido.


Gabarito: CERTO.

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(SSP AM/2022) Considere as seguintes afirmativas a respeito de um objeto chamado biba:


• Se biba é bala então não é bola.
• Se biba não é bala então é babalu.
É correto concluir que
a) se biba é bola então é babalu.
b) se biba é babalu então é bola.
c) se biba não é bola então é babalu.
d) se biba não é babalu então é bola.
e) se biba é bola então não é babalu.
Comentários:
Note que tanto as afirmações presentes no enunciado quanto as possíveis conclusões presentes nas
alternativas são condicionais. Vamos, portanto, utilizar o método da transitividade do condicional.
Sejam as proposições:
a: "Biba é bala."
o: "Biba é bola."
u: "Biba é babalu."

Podemos descrever as afirmações do seguinte modo:


Afirmação I: a→~o
Afirmação II: ~a→u

Ao concatenarmos a contrapositiva da afirmação I com a afirmação II, obtemos a conclusão o→u. Veja:
Contrapositiva I: o→~a
Afirmação II: ~a→u
Conclusão: o→u

Logo, é correto concluir o→u, que corresponde a "se [biba é bola] então é [babalu]".
Gabarito: Letra A.

Algumas questões de concurso público podem apresentar condicionais nas premissas e uma conclusão que
é uma proposição simples. Nesse caso, busca-se obter uma conclusão da forma p→~p ou da forma ~p→p.

Vejamos um exemplo.

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(BANESTES/2021) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


Se Priscila é paulista, então Joel é capixaba.
Se Gabriela não é carioca, então Joel não é capixaba.
Se Gabriela é carioca, então Priscila não é paulista.
É correto deduzir que:
a) Gabriela é carioca;
b) Gabriela não é carioca;
c) Priscila não é paulista;
d) Priscila é paulista;
e) Joel não é capixaba.
Comentários:
Veja que temos condicionais no enunciado e, nas alternativas, temos proposições simples. Vamos resolver
essa questão pelo método da transitividade do condicional, procurando obter condicionais da forma p→~p
ou da forma ~p→p.
Sejam as proposições:
p: "Priscila é paulista."
j: "Joel é capixaba."
g: "Gabriela é carioca."
Podemos descrever as afirmações do seguinte modo:
Afirmação I: p→j
Afirmação II: ~g→~j
Afirmação III: g→~p

Ao concatenarmos a afirmação I com a contrapositiva da afirmação II e com a afirmação III, conclui-se


p→~p.
Afirmação I: p→j
Contrapositiva II: j→g
Afirmação II: g→~p
Conclusão: p→~p

Como a conclusão p→~p é uma consequência verdadeira das afirmações do enunciado, temos que p é falso.
Isso porque, caso p fosse verdadeiro, teríamos a condicional V→F, que é uma condicional falsa.
Logo, é correto concluir ~p, isto é, "Priscila não é paulista". O gabarito, portanto, é letra C.
Gabarito: Letra C.

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Vamos agora resolver uma mesma questão com dois métodos: transitividade do condicional e conclusão
falsa.

(BACEN/2013) Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.


I Se o dólar subir, as exportações aumentarão ou as importações diminuirão.
II Se as exportações aumentarem e as importações diminuírem, a inflação aumentará.
III Se o BACEN aumentar a taxa de juros, a inflação diminuirá.
Com base apenas nessas proposições, julgue o item a seguir.
Se o BACEN aumentar a taxa de juros, então as exportações não aumentarão ou as importações não
diminuirão.
Comentários:
Vamos descontextualizar o problema. Sejam as proposições simples:

d: "O dólar vai subir."


e: "As exportações aumentarão."
i: "As importações diminuirão."
f: "A inflação aumentará."
b: "O BACEN aumentará a taxa de juros."

Observação: vamos tratar a proposição "A inflação diminuirá" como a negação de "A inflação aumentará".
Sabemos que não é correto negar uma proposição por esse antônimo (pois a inflação pode se manter
constante), porém vamos mitigar esse conhecimento pelo fato de se tratar de uma questão de lógica de
argumentação, não sendo um problema de negação de proposições.

As premissas e a conclusão são dadas por:


Premissa I: d→(e∨i)
Premissa II: (e∧i)→f
Premissa III: b→~f
Conclusão: b→(~e∨~i)

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Método da transitividade do condicional


Pessoal, esse é o método mais rápido, porém nem sempre é possível aplicar. Por outro lado, a tentativa de
se aplicar esse método não costuma demorar muito.
Veja que a nossa conclusão é b→(~e∨~i). Devemos tentar encaixar condicionais de modo que a primeira
tenha b e a última tenha (~e∨~i).
Isso significa que a primeira condicional deve ser a premissa III, que é a única premissa condicional que
apresenta a proposição b: b→~f.
Como encontrar uma condicional que finalize com (~e∨~i)? Simples! Basta fazer a contrapositiva da
premissa II:
(e∧i)→f ≡ ~ f→~(e∧i)

Veja que ~(e∧i) pode ser desenvolvida por De Morgan, de modo que a nossa premissa II fica assim:
Premissa II equivalente: ~f→(~e∨~i)

Pronto! Perceba que se aplicarmos a regra da transitividade para a premissa III com a "premissa II
equivalente", obtemos a conclusão!
Premissa III: b→~f
Premissa II equivalente: ~f→(~e∨~i)
Conclusão: b→(~e∨~i)
Isso significa que, quando as premissas II e III são consideradas verdadeiras, a conclusão necessariamente é
verdadeira. O gabarito, portanto, é CERTO.

Método da conclusão falsa


Etapa 1: desconsiderar o contexto
Etapa já realizada. O argumento é dado por:
Premissa I: d→(e∨i)
Premissa II: (e∧i)→f
Premissa III: b→~f
Conclusão: b→(~e∨~i)

Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa


Veja que se a conclusão b→(~e∨~i) for falsa, b é V e (~e∨~i) é F. Como a disjunção inclusiva é falsa, ~e é F
e ~i é F. Isso significa que e é V e i é V.

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Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa
Na premissa III, para a condicional b→~f ser verdadeira, como b é V, ~f deve ser V. Isso significa que f é F.

Para a premissa II, temos o condicional (e∧i)→f. Observe que com os valores obtidos até agora, que são
consequências da conclusão falsa, temos que essa premissa é falsa, pois o antecedente é verdadeiro e o
consequente é falso.

Não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é válido.
Gabarito: CERTO.

Método das regras de inferência

Pessoal, regras de inferência são "regras de bolso" que servem para verificar a validade de um argumento
dedutivo com maior rapidez.

As regras de inferência sempre apresentam argumentos válidos.

Existe um número incontável de regras de inferência. Vamos apresentar as mais comuns que já apareceram
em provas de concursos públicos.

Modus Ponens (afirmação do antecedente)

O argumento Modus Ponens apresenta o seguinte formato e é sempre um argumento válido:

Modus Ponens (afirmação do antecedente)


Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: p.
Conclusão: q.

Perceba que no Modus Ponens temos como premissas um condicional e a afirmação do antecedente. A
conclusão é o consequente.

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Observe um exemplo de Modus Ponens:

Premissa 1: Se eu trabalhar, as crianças terão leite para tomar.

Premissa 2: Eu trabalho.

Conclusão: Logo, as crianças terão leite para tomar.

(PETROBRAS/2012) Dadas as premissas p1, p2,..., pn e uma conclusão q, uma regra de inferência a partir da
qual q se deduz logicamente de p1, p2,..., pn é denotada por p1, p2,..., pn ⊢ q. Uma das regras de inferência
clássica é chamada Modus Ponens, que, em latim, significa “modo de afirmar”.
Qual a notação que designa a regra de inferência Modus Ponens?
a) p ∨ q, ¬p ⊢ q
b) p ∧ q, ¬p ⊢ ¬q
c) p  q ⊢ p→q
d) p, p → q ⊢ q
e) q, p → q ⊢ p
Comentários:
O modus ponens é dado pelo seguinte argumento:
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: p.
Conclusão: q.

A representação simbólica, seguindo a ordem das premissas apresentadas, é p→q; p ⊢ q. Observe que a
alternativa D apresenta essa representação com a simples troca da ordem das premissas: p , p→q ⊢ q.
Gabarito: Letra D.

Modus Tollens (negação do consequente)

O argumento Modus Tollens apresenta o seguinte formato e é sempre um argumento válido:

Modus Tollens (negação do consequente)


Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: ~q.
Conclusão: ~p.

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Perceba que no Modus Tollens temos como premissas um condicional e a negação do consequente. A
conclusão é a negação do antecedente.

Observe um exemplo de Modus Tollens:

Premissa 1: Se eu trabalhar, as crianças terão leite para tomar.

Premissa 2: As crianças não têm leite para tomar.

Conclusão: Logo, eu não trabalho.

Veja que o Modus Tollens nada mais é do que a aplicação Modus Ponens quando se faz a contrapositiva da
condicional:

Premissa 1: Se (~q), então (~p).


Premissa 2: (~q).
Conclusão: (~p).

(CMSJC/2018) Considere verdadeiras as duas afirmações a seguir.


Se hoje é feriado, então amanhã eu trabalho.
Amanhã eu não trabalho.
Com base apenas nas informações apresentadas, conclui-se corretamente que
a) hoje não é feriado.
b) hoje é feriado.
c) amanhã não será feriado.
d) amanhã será feriado.
e) ontem foi feriado.
Comentários:
Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.
Sejam as proposições simples:
h: "Hoje é feriado."
a: "Amanhã eu trabalho."

Note que temos as seguintes premissas por meio das quais devemos encontrar uma conclusão apropriada:
Premissa 1: h→a
Premissa 2: ~a

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Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente. Uma conclusão válida, portanto, é dada pela negação do antecedente: ~h.
Logo, conclui-se corretamente que:
~h: "Hoje não é feriado."
Gabarito: Letra A.

(ISS Manaus/2019) João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não jogue. Se
João viajou no feriado, então
a) Joana não estava na capital e o time de João jogou.
b) Joana estava na capital ou o time de João não jogou.
c) Joana não estava na capital e o time de João não jogou.
d) Joana estava na capital e o time de João não jogou.
e) Joana não estava na capital ou o time de João jogou.
Comentários:
Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.
Sejam as proposições simples:
f: " João viaja no feriado."
c: "Joana está na capital."
t: "O time de João joga."

"João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não jogue" corresponde a:
(c∨~t)→~f: "Se [(Joana está na capital) ou (o time de João não joga)], então [João não viaja no feriado]."

Além disso, "João viajou no feriado" corresponde a f.

Portanto, temos as seguintes premissas:


Premissa 1: (c∨~t)→~f
Premissa 2: f

Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente (pois a premissa f é a negação do consequente ~f). Uma conclusão válida,
portanto, é dada pela negação do antecedente. Logo, é correto concluir ~(c∨~t). Por De Morgan, temos:
~(c∨~t) ≡ ~c∧~(~t)

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A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:


~(c∨~t) ≡ ~c∧t

Veja que a conclusão obtida, que corresponde a ~c∧t, está presente na letra A.
Gabarito: Letra A.

(PETROBRAS/2018) Considere o seguinte argumento:


Premissa 1: [(~A) ∧ (~G)] → (~P)
Premissa 2: P
Conclusão: A∨G
A validade do argumento pode ser deduzida, respectivamente, a partir da aplicação das regras de inferência
a) Paradoxo e Contingência
b) Contraposição e Absurdo
c) Modus Ponnens e Contradição
d) Modus Tollens e Lei de De Morgan
e) Silogismo Conjuntivo e Silogismo hipotético
Comentários:
No Modus Tollens, temos um condicional e a negação do consequente como premissas e temos como
conclusão a negação do antecedente.
Perceba que é exatamente esse formato de argumento que se apresenta na questão. Podemos perceber isso
ao aplicarmos a Lei De Morgan na negação do antecedente da condicional.

Aplicando a Lei de De Morgan na negação ~[(~A) ∧ (~G)], temos:


~[(~A) ∧ (~G)] ≡ ~(~A) ∨ ~(~G)

A dupla negação de A e a dupla negação de G correspondem, respectivamente, a A e a G. Ficamos com:


~[(~A) ∧ (~G)] ≡ A∨G

Veja, portanto, que o argumento apresentado de fato é um Modus Tollens em que se utilizou a Lei de De
Morgan:
Premissa 1: condicional [(~A) ∧ (~G)] → (~P).
Premissa 2: negação do consequente ~(~P) ≡ P.
Conclusão: negação do antecedente ~[(~A) ∧ (~G)] ≡ A∨G.
Gabarito: Letra D.

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(SEDF/2017) Lógica é a ciência que estuda princípios e métodos de inferência, tendo como objetivo principal
determinar em que condições certas coisas se seguem (são consequência), ou não, de outras.
A partir da definição da lógica filosófica apresentada anteriormente, julgue o item que se segue.
Qualquer argumento que estiver estruturado nas formas lógicas do modus ponens ou do modus tollens será
válido, independentemente do valor de verdade dos conteúdos das proposições.
Comentários:
Sabemos que a validade dos argumentos independe da veracidade das proposições, pois ela depende
exclusivamente da forma em que os argumentos estão estruturados.
Além disso, vimos na teoria que as regras de inferência, dentre as quais temos modus ponens e modus
tollens, sempre nos dão argumentos válidos.
Gabarito: CERTO.

Silogismo Hipotético

O Silogismo Hipotético apresenta o seguinte formato e é sempre um argumento válido:

Silogismo Hipotético
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se q, então r.
Conclusão: Se p, então r.

Em resumo, a regra de inferência denominada "silogismo hipotético" utiliza a transitividade do condicional


quando temos duas premissas.

(ISS Curitiba/2019) Um argumento da lógica proposicional é formado por premissas (P1, P2, ... , Pn) e uma
conclusão (Q). Um argumento é válido quando P1 ∧ P2 ∧... ∧ Pn → Q é uma tautologia. Nesse caso, diz-se
que a conclusão Q pode ser deduzida logicamente de P1 ∧ P2 ∧... ∧ Pn. Alguns argumentos, chamados
fundamentais, são usados correntemente em lógica proposicional para fazer inferências e, portanto, são
também conhecidos como Regras de Inferência. Seja o seguinte argumento da Lógica Proposicional:
Premissa 1: SE Ana é mais velha que João, ENTÃO Ana cuida de João.
Premissa 2: SE Ana cuida de João, ENTÃO os pais de João viajam para o exterior.
Conclusão: SE Ana é mais velha que João, ENTÃO os pais de João viajam para o exterior.
Assinale a alternativa que apresenta o nome desse argumento.

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a) Modus Ponens.
b) Modus Tollens.
c) Dilema Construtivo.
d) Contrapositivo.
e) Silogismo Hipotético.
Comentários:
Estamos diante de um Silogismo Hipotético, pois o argumento em questão apresenta a seguinte forma:
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se q, então r.
Conclusão: Se p, então r.

Gabarito: Letra E.

Dilema Construtivo ou Silogismo Disjuntivo

O argumento chamado Dilema Construtivo ou Silogismo Disjuntivo apresenta o seguinte formato e é


sempre um argumento válido:

Dilema Construtivo ou Silogismo Disjuntivo


Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 3: p ou r.
Conclusão: q ou s.

Em resumo, o Dilema Construtivo ou Silogismo Disjuntivo apresenta três premissas: duas condicionais e a
disjunção inclusiva dos antecedentes das condicionais. A conclusão dessa regra de inferência é a disjunção
inclusiva dos consequentes das condicionais.

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(CM Indaiatuba/2018) Se Joana é dentista e Mauro é médico, então Cristina não é funcionária pública. Se
Mirian é casada, então João é solteiro. Sabe-se que Joana é dentista e Mauro é médico, ou que Mirian é
casada. Logo:
a) Cristina não é funcionária pública.
b) João é solteiro.
c) Cristina não é funcionária pública e João é solteiro.
d) João é solteiro ou Cristina não é funcionária pública.
e) Cristina é funcionária pública e João não é solteiro.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
j: "Joana é dentista."
a: "Mauro é médico."
c: "Cristina é funcionária pública."
i: "Mirian é casada."
j: "João é solteiro."

Note que as premissas do enunciado correspondem a:


Premissa I: (j∧a)→~c − "Se [Joana é dentista e Mauro é médico], então [Cristina não é funcionária pública]."
Premissa II: i→j − "Se [Mirian é casada], então [João é solteiro]."
Premissa III: (j∧a) ∨ i − "[(Joana é dentista) e (Mauro é médico)], ou [Mirian é casada]."

Veja que as premissas presentadas correspondem ao dilema construtivo, em que a terceira premissa é a
disjunção inclusiva dos antecedentes das duas primeiras premissas: (j∧a) ∨ i.

Sabemos que no dilema construtivo uma conclusão que torna o argumento válido é a disjunção inclusiva
dos consequentes das duas primeiras premissas: ~c∨ j:
~c ∨ j: "[Cristina não é funcionária pública] ou [João é solteiro]."

Essa conclusão correta está presente na letra D na forma equivalente em que se troca de posição os dois
termos da disjunção inclusiva:
j ∨ ~c: "[João é solteiro] ou [Cristina não é funcionária pública]."
Gabarito: Letra D.

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Dilema Destrutivo

O argumento Dilema Destrutivo apresenta o seguinte formato e é sempre um argumento válido:

Dilema Destrutivo
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 3: ~q ou ~s.
Conclusão: ~p ou ~r.

Em resumo, o Dilema Destrutivo apresenta três premissas: duas condicionais e a disjunção inclusiva da
negação dos consequentes das condicionais. A conclusão dessa regra de inferência é a disjunção inclusiva
da negação dos antecedentes das condicionais.

(PC SP/2018) Se o depoente A compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do depoente A foi
lavrado. Se o depoente B compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do depoente B foi lavrado.
Sabendo-se que o boletim de ocorrência do depoente A não foi lavrado ou o boletim de ocorrência do
depoente B não foi lavrado, então conclui-se, corretamente, que
a) o depoente B não compareceu ao plantão.
b) o depoente A não compareceu ao plantão ou o depoente B não compareceu ao plantão.
c) o depoente A não compareceu ao plantão e o depoente B também não compareceu.
d) se o depoente A não compareceu ao plantão, então o depoente B também não compareceu.
e) o depoente A não compareceu ao plantão.
Comentários:
Considere as seguintes proposições simples:
p: "O depoente A compareceu ao plantão."
q: "O boletim de ocorrência do depoente A foi lavrado."
r: "O depoente B compareceu ao plantão."
s: "O boletim de ocorrência do depoente B foi lavrado."

Note que as premissas do enunciado correspondem a:


Premissa I: p→q
Premissa II: r→s
Premissa III: ~q ∨ ~s

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Veja que as premissas presentadas correspondem ao dilema destrutivo, em que a terceira premissa é a
disjunção inclusiva da negação dos consequentes das duas primeiras premissas: ~q∨~s.

Sabemos que no dilema destrutivo uma conclusão que torna o argumento válido é a disjunção inclusiva da
negação dos antecedentes das duas primeiras premissas: ~p∨~r.

Essa conclusão correta está presente na letra B:


~p∨~r: "[O depoente A não compareceu ao plantão] ou [o depoente B não compareceu ao plantão]."
Gabarito: Letra B.

(CREA MG/2019) Qual a dedução da conclusão do seguinte terno de premissas:


r∧s→t
s→t∧u
~t ∨~(t∧u)
segundo a regra do Dilema Destrutivo
a) ~t∧ r
b) ~r∨s
c) ~ (r∧s)∨ ~s
d) ~(t∨u)
Comentários:
O dilema destrutivo apresenta o seguinte formato:
Premissa 1: Se p, então q.
Premissa 2: Se r, então s.
Premissa 3: ~q ou ~s.
Conclusão: ~p ou ~r.

Observe que a conclusão é a disjunção inclusiva das negações dos antecedentes das condicionais. No caso
da questão, a conclusão é a seguinte disjunção inclusiva: ~(r∧s)∨ ~s.
Gabarito: Letra C.

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Equivalências lógicas em problemas de argumentação

Muitas vezes um problema pode se apresentar como se fosse um problema de lógica de argumentação
quando, na verdade, basta utilizar algumas equivalências lógicas para se obter a conclusão.

Vamos a um exemplo:

(SEFAZ RS/2019) No exercício de suas atribuições profissionais, auditores fiscais sempre fazem afirmações
verdadeiras, ao passo que sonegadores sempre fazem proposições falsas.
Durante uma audiência para tratar da autuação da empresa X, um auditor fiscal fez as seguintes afirmações
sobre essa empresa:
• A1: “Se identifiquei erro ou inconsistência na declaração de imposto da empresa X, eu a notifiquei”.
• A2: “Se o erro não foi sanado, eu a autuei”.
• A3: “Se a empresa não recorreu da autuação, eu a multei”.
Nessa situação hipotética, à luz da premissa estabelecida, assinale a opção que apresenta uma proposição
necessariamente verdadeira.
a) “A empresa X errou em sua declaração de imposto”.
b) “A empresa X apresentou inconsistência em sua declaração de imposto”.
c) “A empresa X foi notificada, autuada e multada”.
d) “A empresa X não sanou o erro identificado e foi autuada”.
e) “A empresa X recorreu da autuação ou foi multada”.
Comentários:
Pessoal, observem que a questão parece ser de lógica de argumentação, pois ela apresenta 3 afirmações
verdadeiras (premissas) e pede uma proposição necessariamente verdadeira com base nessas premissas
(conclusão).
Observe, porém, que cada uma das premissas apresenta proposições simples que não aparecem nas
outras.

I. i→n: “Se [identifiquei erro ou inconsistência na declaração de imposto da empresa X], [eu a notifiquei]”
II. ~s→a: “Se [o erro não foi sanado], [eu a autuei]”.
III. ~r→m: "Se [a empresa não recorreu da autuação], [eu a multei]”.

Como as premissas são "independentes", vamos aplicar equivalências lógicas nelas para ver se nas
alternativas aparece uma conclusão que é consequência imediata de uma premissa.

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Usando a equivalência p→q ≡ ~p∨q, temos:

I. i→n ≡ ~i∨n: "[O erro ou inconsistência não foi identificado] ou [a empresa foi notificada]."
II. ~s→a ≡ ~(~s)∨a ≡ s∨a: "[O erro foi sanado] ou [a empresa foi autuada]."
III. ~r→m ≡ ~(~r)∨m ≡ r∨m: "[A empresa recorreu da autuação] ou [foi multada]."

Perceba que a equivalência da premissa III corresponde à letra E. Portanto, uma vez que a premissa III deve
ser considerada verdadeira, a letra E apresenta uma conclusão necessariamente verdadeira.
Gabarito: Letra E.

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QUESTÕES COMENTADAS – MULTIBANCAS

Conectivos Lógicos: Questões Clássicas

Outras Bancas

(FUNDATEC/SEPOG RS/2022) Se não chover, então vou ao parque ou vou ao cinema. Não fui ao cinema
e não choveu. Portanto, é possível afirmar que:
a) Choveu ou fui ao cinema.
b) Não fui ao parque.
c) Fui ao cinema.
d) Choveu e fui ao cinema.
e) Fui ao parque.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em " Não fui ao cinema e não choveu ". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

v: "Choveu."

p: "Fui ao parque."

e: "Fui ao cinema."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: ~v→ p∨e (V)

Afirmação II: ~e∧~v (V)

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação II é uma conjunção verdadeira. Logo, ~e e ~v são ambos verdadeiros. Portanto, e é F e v é F.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o antecedente ~v é verdadeiro, o consequente p∨e


deve ser verdadeiro, pois caso contrário teríamos o condicional falso V→F. Para que p∨e seja verdadeiro,
ao menos um de seus termos deve ser verdadeiro. Como e é falso, devemos ter que p é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) v∨e – disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos, e e v, são falsos.

b) ~p − proposição simples falsa, pois p é verdadeiro e, consequentemente, ~p é falso.

c) e − proposição simples falsa, pois e é falso.

d) v∧e – conjunção falsa, pois ambos os termos são falsos.

e) p − proposição simples verdadeira, pois p é V. Esse é o gabarito.

Gabarito: Letra E.

(Instituto AOCP/SEAD GO/2022) Considere as seguintes afirmações:


• Se Ana for atriz, então a mãe de Ana não conhecerá Paris.
• Se a mãe de Ana não conhecerá Paris, então Rita não será bailarina.
• Pedro passará no concurso ou a mãe de Ana não conhecerá Paris.
• Pedro não passará no concurso e Ana não será atriz.
A partir dessas afirmações, é correto afirmar que
a) Rita não será bailarina e Ana não será atriz.
b) Ana será atriz e a mãe de Ana conhecerá Paris.
c) A mãe de Ana conhecerá Paris ou Rita será bailarina.
d) Pedro passará no concurso ou a mãe de Ana conhecerá Paris.
e) Pedro não passará no concurso e Ana será atriz.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

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Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em "Pedro não passará no concurso e Ana não será atriz". É
essa afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

a: "Ana será atriz."


m: "A mãe de Ana conhecerá Paris."
r: "Rita será bailarina."
p: "Pedro passará no concurso."
==13785a==

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: a→~m (V)

Afirmação II: ~m→~r (V)

Afirmação III: p∨~m (V)

Afirmação IV: ~p∧~a (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação IV é uma conjunção verdadeira. Logo, ~p e ~a são verdadeiros. Consequentemente, p é F e


a é F.

A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos um dos dois termos deve ser
verdadeiro. Como p é falso, devemos ter ~m verdadeiro. Logo, m é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o antecedente ~m é verdadeiro, o consequente ~r


deve ser verdadeiro, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, r é F.

Veja que já temos o valor lógico de todas as proposições simples. Note, ainda, que não podemos extrair
nenhuma informação nova da afirmação I, pois de fato trata-se de uma condicional verdadeira, uma vez
que já sabemos que o antecedente a é falso e o consequente ~m é verdadeiro (condicional F→V).

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) ~r∧~a – conjunção verdadeira, pois ambos os termos, ~r e ~a, são verdadeiros. Esse é o gabarito.

b) a∧~m – conjunção falsa, pois um de seus termos, a, é falso.

c) m∨r – disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos, m e r, são falsos.

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d) p∨m – disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos, p e m, são falsos.

e) ~p∧a – conjunção falsa, pois um de seus termos, a, é falso.

Gabarito: Letra A.

(Instituto AOCP/PC PA/2021) Quatro aviões de transporte de passageiros, identificados por A, B, C e D,


estão sobrevoando um aeroporto e aguardando uma mensagem da torre de comando, a qual informará
em qual pista cada avião deve pousar. Na torre de comando, verificadas as variáveis para cada um dos
aviões, foi constatado que:
• se o avião A não deve pousar na pista 3, então o avião B não deve pousar na pista 2;
• se o avião B não deve pousar na pista 2, então o avião C deve pousar na pista 3;
• se o avião C deve pousar na pista 3, então o avião D não deve pousar na pista 1.
Após analisar essas condicionais, a mensagem foi enviada para cada um dos aviões, sendo que, nessa
mensagem, foi determinado que o avião D deve pousar na pista 1. Com base nessas informações, é
correto afirmar que
a) o avião A não deve pousar na pista 3.
b) o avião A deve pousar na pista 1.
c) o avião B deve pousar na pista 2.
d) o avião A deve pousar na pista 2.
e) o avião B não deve pousar na pista 2.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma proposição simples em "o avião D deve pousar na pista 1". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

a: "O avião A deve pousar na pista 3."

b: "O avião B deve pousar na pista 2."

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c: "O avião C deve pousar na pista 3."

d: "O avião D deve pousar na pista 1."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: ~a→~b (V)

Afirmação II: ~b→c (V)

Afirmação III: c→~d (V)

Afirmação IV: d (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação IV é uma proposição simples verdadeira. Logo, d é V.

A afirmação III é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~d é falso, o antecedente c deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, c é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente c é falso, o antecedente ~b deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, b é V.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~b é falso, o antecedente ~a deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, a é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

Veja que obtivemos que a, b e d são verdadeiros e que c é falso. Portanto, é correto afirmar que:

• O avião A deve pousar na pista 3;


• O avião B deve pousar na pista 2;
• O avião D deve pousar na pista 1;
• O avião C não deve pousar na pista 3.

Vamos avaliar as alternativas.

a) ~a – alternativa errada, pois ~a é falso.

b) "O avião A deve pousar na pista 1" − trata-se de uma proposição nova, que não foi apresentada no
enunciado. Considerando que cada avião deve pousar em apenas uma pista, e considerando que o avião
A deve pousar na pista 3, temos que essa alternativa está errada.

c) b – alternativa correta, pois b é verdadeiro. Esse é o gabarito.

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d) "O avião A deve pousar na pista 2" − trata-se de uma proposição nova, que não foi apresentada no
enunciado. Considerando que cada avião deve pousar em apenas uma pista, e considerando que o avião
A deve pousar na pista 3, temos que essa alternativa está errada.

e) ~b – alternativa errada, pois ~b é falso.

Gabarito: Letra C.

(FUNDATEC/Pref. Alpestre/2020) Analise as quatro afirmações abaixo, sabendo que a primeira delas é
FALSA e as demais são VERDADEIRAS, e assinale a alternativa correta.
∙ Cláudio é jogador ou Márcia não é psiquiatra.
∙ Se Marcelo é bancário, então Cláudio não é jogador.
∙ Ou Paulo é médico, ou Márcia é psiquiatra, mas não ambos.
∙ Cláudio é jogador ou Fábio é engenheiro.
a) Fábio não é engenheiro ou Márcia não é psiquiatra.
b) Marcelo é bancário ou Fábio é engenheiro.
c) Márcia é psiquiatra e Marcelo não é bancário.
d) Paulo é médico e Fábio não é engenheiro.
e) Se Cláudio não é jogador, então Paulo é médico.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma disjunção inclusiva falsa em " Cláudio é jogador ou Márcia não é psiquiatra". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

c: "Cláudio é jogador."

m: "Márcia é psiquiatra."

e: "Marcelo é bancário."

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p: "Paulo é médico."

f: "Fábio é engenheiro."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: c∨~m (F)

Afirmação II: e→~c (V)

Afirmação III: p∨m (V)

Afirmação IV: c∨f (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação I é uma disjunção inclusiva falsa. Logo, ambos os termos devem ser falsos. Assim, c é falso e
~m é falso. Portanto, c é F e m é V.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~c é verdadeiro, a condicional em


questão necessariamente é verdadeira qualquer que seja o valor lógico de e, pois as condicionais V→V e
F→V são ambas verdadeiras. Como a proposição simples e não aparece em nenhuma outra afirmação, note
que nada podemos dizer quanto ao valor lógico de e.

A afirmação III é uma disjunção exclusiva verdadeira. Logo, suas parcelas devem apresentar valores lógicos
opostos. Como m é verdadeiro, temos que p é F.

A afirmação IV é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos um dos seus termos deve ser
verdadeiro. Como c é falso, devemos ter que f é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) ~f∨~m – disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos, ~f e ~m, são falsos.

b) e∨f – disjunção inclusiva verdadeira. Mesmo que não saibamos o valor lógico de e, temos que ao menos
uma das parcelas é verdadeira (f), e isso já garante que e∨f é verdadeiro. Esse é o gabarito.

c) m∧~e − para a conjunção ser verdadeira, ambos os termos devem ser verdadeiros. Como não se pode
determinar o valor de ~e, não podemos afirmar que a conjunção m∧~e é verdadeira.

d) p∧~f – conjunção falsa, pois ambos os termos são falsos.

e) ~c→p − condicional falsa, pois o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso (caso V→F).

Gabarito: Letra B.

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(FUNDATEC/CM Gramado/2019) Se João estuda então João passa na prova. Se João passa na prova
então João é nomeado. Se João é nomeado então João fica feliz. Sabe-se que João não está feliz, logo
conclui-se que:
a) João é nomeado.
b) João passa na prova.
c) João estudou.
d) João não é nomeado e João estudou.
e) João não estudou e não passou na prova.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma proposição simples verdadeira em "João não está feliz". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

e: "João estuda."
p: "João passa na prova."
n: "João é nomeado."
f: " João está feliz."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: e→p (V)

Afirmação II: p→n (V)

Afirmação III: n→f (V)

Afirmação IV: ~f (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação IV é uma proposição simples verdadeira. Logo, ~f é verdadeiro. Consequentemente, f é F.

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A afirmação III é uma condicional verdadeira. Como o consequente f é falso, o antecedente n deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, n é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente n é falso, o antecedente p deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, p é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente p é falso, o antecedente e deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, e é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) n – alternativa errada, pois n é falso.

b) p − alternativa errada, pois p é falso.

c) e − alternativa errada, pois e é falso.

d) ~n∧e – conjunção falsa, pois um de seus termos, e, é falso.

e) ~n∧~p − conjunção verdadeira, pois ambos os termos, ~n e ~p, são verdadeiros. Esse é o gabarito.

Gabarito: Letra E.

(IDECAN/IF AM/2019) Se Davi é surfista, então Ana não é bailarina. Bruno não é jogador de futebol ou
Cinthia não é ginasta. Sabendo-se que Cinthia é ginasta e que Ana é bailarina, pode-se concluir
corretamente que
a) Bruno é jogador de futebol e Davi é surfista.
b) Bruno é jogador de futebol e Davi não é surfista.
c) Bruno não é jogador de futebol e Davi é surfista.
d) se Bruno não é jogador de futebol, então Davi é surfista.
e) Bruno não é jogador de futebol e Davi não é surfista.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

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Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em "Cinthia é ginasta e Ana é bailarina". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

d: "Davi é surfista."

a: "Ana é bailarina."

b: "Bruno é jogador de futebol."

c: " Cinthia é ginasata."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: d→~a (V)

Afirmação II: ~b∨~c (V)

Afirmação III: c∧a (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação III é uma conjunção verdadeira. Logo, c é V e a é V.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~a é falso, o antecedente d deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, d é F.

A afirmação II é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos um dos termos deve ser verdadeiro.
Como ~c é falso, devemos ter ~b verdadeiro. Logo, b é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) b∧d – conjunção falsa, ambos os termos, b e d, são falsos.

b) b∧~d – conjunção falsa, pois um de seus termos, b, é falso.

c) ~b∧d − conjunção falsa, pois um de seus termos, d, é falso.

d) ~b→d – condicional falsa, pois o antecedente ~b é verdadeiro e o consequente d é falso (caso V→F).

e) ~b∧~d − conjunção verdadeira, pois ambos os termos, ~b e ~d, são verdadeiros. Esse é o gabarito.

Gabarito: Letra E.

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(IDIB/ISS Araguaína/2020) Considere que todas as afirmações a seguir são verdadeiras:


I. Ana é bonita.
II. Se Carlos usa boné, então Bruno é pequeno.
III. Se Bruno é pequeno, então Ana não é bonita.
IV. Ou Carlos usa boné, ou Duda come chocolate.
Pode-se concluir corretamente que
a) Bruno é pequeno.
b) Duda come chocolate.
c) Carlos usa boné.
d) Ana não é bonita.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma proposição simples verdadeira na afirmação I. É essa afirmação que devemos atacar
primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

a: "Ana é bonita."

c: "Carlos usa boné."

b: "Bruno é pequeno."

d: "Duda come chocolate."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: a (V)

Afirmação II: c→b (V)

Afirmação III: b→~a (V)

Afirmação IV: c∨d (V)

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação I é uma proposição simples verdadeira. Logo, a é V.

A afirmação III é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~a é falso, o antecedente b deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, b é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente b é falso, o antecedente c deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, c é F.

A afirmação IV é uma disjunção exclusiva verdadeira. Logo, as parcelas devem apresentar valores lógicos
contrários. Como c é falso, temos que d é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) b – alternativa errada, pois b é falso.

b) d – alternativa correta, pois d é verdadeiro. Esse é o gabarito.

c) c – alternativa errada, pois c é falso.

d) ~a – alternativa errada, pois a é verdadeiro e, portanto, ~a é falso.

Gabarito: Letra B.

(IDIB/Pref. Araguaína/2020) Considere as seguintes afirmações:


I. Se eu treinar, então eu não vou perder.
II. Ou eu descanso, ou eu treino.
III. Eu perdi.
Portanto, podemos concluir que
a) eu treinei.
b) eu descansei.
c) eu descansei e também treinei.
d) eu treinei, e não perdi.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

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Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma proposição simples verdadeira na afirmação III. É essa afirmação que devemos
atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

t: "Eu treinei."

p: "Eu perdi."

d: "Eu descansei."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: t→~p (V)

Afirmação II: d∨t (V)

Afirmação III: p (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação III é uma proposição simples verdadeira. Logo, p é V.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~p é falso, o antecedente t deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, t é F.

A afirmação II é uma disjunção exclusiva verdadeira. Logo, as parcelas devem apresentar valores lógicos
contrários. Como t é falso, temos que d é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) t – alternativa errada, pois t é falso.

b) d – alternativa correta, pois d é verdadeiro. Esse é o gabarito.

c) d∧t – conjunção falsa, pois um de seus termos, t, é falso.

d) t∧~p – conjunção falsa, pois ambos os termos, t e ~p, são falsos.

Gabarito: Letra B.

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(IBFC/CM Aqa/2017) Se Carlos não faltou ao serviço, então Ana não completou o arquivo. Se João não
fala inglês, então José é o intérprete. Beatriz é francesa ou Carlos não faltou ao serviço. Ora, Ana
completou o arquivo e João não fala inglês. Logo:
a) Carlos faltou ao serviço e José não é o intérprete
b) José é o intérprete e Beatriz não é francesa
c) Carlos não faltou ao serviço ou Beatriz não é francesa
d) Ana completou o arquivo e Beatriz é francesa

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em "Ana completou o arquivo e João não fala inglês ". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

c: "Carlos faltou ao serviço."


a: "Ana completou o arquivo."
j: "João fala inglês."
e: "José é o intérprete."
b: "Beatriz é francesa."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: ~c→~a (V)

Afirmação II: ~j→e (V)

Afirmação III: b∨~c (V)

Afirmação IV: a∧~j (V)

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Aula 04

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação IV é uma conjunção verdadeira. Logo, a e ~j são ambos verdadeiros. Consequentemente,


a é V e j é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o antecedente ~j é verdadeiro, o consequente e deve


ser verdadeiro, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, e é V.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~a é falso, o antecedente ~c deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, c é V.

A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos uma das parcelas deve ser
verdadeira. Como ~c é falso, temos que b é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) c∧~e – conjunção falsa, pois um dos termos, ~e, é falso.

b) e∧~b – conjunção falsa, pois um dos termos, ~b, é falso.

c) ~c∨~b – disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos, ~c e ~b, são falsos.

d) a∧b – conjunção verdadeira, pois ambos os termos, a e b, são verdadeiros. Esse é o gabarito.

Gabarito: Letra D.

(IBFC/TJ PE/2017) Sabe-se que se o prazo não foi cumprido, então o julgamento foi cancelado. Se o
julgamento foi cancelado, então o acusado solicitou audiência com o juiz. Considerando que o acusado
não solicitou audiência com o juiz, pode-se afirmar que:
a) O julgamento foi cancelado
b) O prazo não foi cumprido e o julgamento não foi cancelado
c) Se o julgamento não foi cancelado, então o prazo não foi cumprido
d) O prazo foi cumprido e o acusado não solicitou audiência com o juiz
e) Se o acusado não solicitou audiência com o juiz, então o prazo não foi cumprido

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

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Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma proposição simples verdadeira em "O acusado não solicitou audiência com o juiz". É
essa afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

p: "O prazo foi cumprido."


j: "O julgamento foi cancelado."
a: "O acusado solicitou audiência com o juiz."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: ~p→j (V)

Afirmação II: j→a (V)

Afirmação III: ~a (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação III é uma proposição simples verdadeira. Logo, ~a é verdadeiro. Consequentemente, a é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente a é falso, o antecedente j deve ser falso,
pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, j é F.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente j é falso, o antecedente ~p deve ser
falso, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, p é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) j – alternativa errada, pois j é falso.

b) ~p∧~j – conjunção falsa, pois um dos termos, ~p, é falso.

c) ~j→~p – condicional falsa, pois o antecedente ~j é verdadeiro e o consequente ~p é falso (caso V→F).

d) p∧~a – conjunção verdadeira, pois ambos os termos, p e ~a, são verdadeiros. Esse é o gabarito.

e) ~a→~p − condicional falsa, pois o antecedente ~a é verdadeiro e o consequente ~p é falso (caso


V→F).

Gabarito: Letra D.

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(QUADRIX/FDSBC/2019) No departamento de material gráfico de uma faculdade, há, entre outras, as


seguintes regras:
- Se for utilizada a impressora A, então a impressão é colorida.
- Se o material não for destinado a marketing, a impressão não pode ser colorida.
Determinado material não é destinado a marketing; então, necessariamente:
a) a impressão é colorida.
b) a impressão pode ser colorida.
c) é utilizada a impressora A.
d) não é utilizada a impressora A.
e) a impressão não pode ser colorida, e é utilizada a impressora A.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Ao informar que determinado material não é destinado a marketing, temos uma proposição simples
verdadeira: "o material não é destinado ao marketing". É essa afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

a: "É utilizada a impressora A."

c: "A impressão é colorida."

m: "O material é destinado ao marketing."

Para resolver o problema, vamos tratar a proposição "a impressão pode ser colorida" como sinônimo de "a
impressão é colorida". Nesse caso, podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: a→c (V)

Afirmação II: ~m→~c (V)

Afirmação III: ~m (V)

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação II é uma proposição simples verdadeira. Logo, ~m é verdadeiro. Portanto, m é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o antecedente ~m é verdadeiro, o consequente ~c


deve ser verdadeiro, pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, c é F.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente c é falso, o antecedente a deve ser falso,
pois caso contrário recairíamos no caso V→F. Portanto, a é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) c – alternativa errada, pois c é falso.

b) c – alternativa errada, pois c é falso.

c) a – alternativa errada, pois a é falso.

d) ~a – alternativa correta, pois ~a é verdadeiro. Esse é o gabarito.

e) ~c∧a – conjunção falsa, pois um de seus termos, a, é falso.

Gabarito: Letra D.

FGV

(FGV/SEFAZ AM/2022) Considere as sentenças a seguir.


Paulo é carioca ou Bernardo é paulista.
Se Sérgio é amazonense, então Paulo é carioca.
Sabe-se que a primeira sentença é verdadeira e a segunda é falsa. É correto concluir que
a) Paulo é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é amazonense.
b) Paulo é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é amazonense.
c) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é amazonense.
d) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio não é amazonense.
e) Paulo não é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é amazonense.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

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Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma condicional falsa em "Se Sérgio é amazonense, então Paulo é carioca". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

p: "Paulo é carioca."

b: "Bernardo é paulista."

s: "Sérgio é amazonense."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: p∨b (V)


Afirmação II: s→p (F)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação II é uma condicional falsa (caso V→F). Logo, s é V e p é F.

A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira. Para a disjunção inclusiva ser verdadeira, ao menos um
dos seus termos deve ser verdadeiro. Como p é F, temos que b é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

Todas as alternativas são proposições compostas formadas por sequências de conjunções. Para esse tipo
de proposição composta ser verdadeira, todos os termos devem ser verdadeiros.

a) p∧b∧s – falso, pois p é falso.

b) p∧~b∧s – falso, pois p e ~b são ambos falsos.

c) ~p∧b∧s – verdadeiro, pois ~p, b e s são todos verdadeiros. Esse é o gabarito.

d) ~p∧b∧~s – falso, pois ~s é falso.

e) ~p∧~b∧s – falso, pois ~b é falso.

Gabarito: Letra C.

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(FGV/FunSaúde CE/2021) Roberto fez as seguintes afirmações sobre suas atividades diárias:
• faço ginástica ou natação.
• vou ao clube ou não faço natação.
• vou à academia ou não faço ginástica.
Certo dia Roberto não foi à academia.
É correto concluir que, nesse dia, Roberto
a) fez ginástica e natação.
b) não fez ginástica nem natação.
c) fez natação e não foi ao clube.
d) foi ao clube e fez natação.
e) não fez ginástica e não foi ao clube.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Nessa questão, devemos retirar uma conclusão com base em um determinado dia. Nesse determinado dia,
note que temos uma proposição simples verdadeira: "Roberto não foi à academia". É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

g: "Roberto faz ginástica."

n: "Roberto faz natação."

c: "Roberto vai ao clube."

a: "Roberto vai à academia."

Considerando que quem diz as afirmações é o Roberto, podemos descrever as afirmações do enunciado do
seguinte modo:

Afirmação I: g∨n (V)


Afirmação II: c∨~n (V)
Afirmação III: a∨~g (V)

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Afirmação IV: ~a (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação IV é uma proposição simples verdadeira. Como ~a é verdadeiro, temos que a é F.

A afirmação III é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos uma das parcelas deve ser
verdadeira. Como a é F, temos que ~g é V. Logo, g é F.

A afirmação I é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos uma das parcelas deve ser verdadeira.
Como g é F, temos que n é V.

A afirmação II é uma disjunção inclusiva verdadeira. Logo, ao menos uma das parcelas deve ser verdadeira.
Como ~n é F, temos que c é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) g∧n – conjunção falsa, um de seus termos, g, é falso.

b) ~g∧~n – conjunção falsa, um de seus termos, ~n, é falso.

c) n∧~c – conjunção falsa, um de seus termos, ~c, é falso.

d) c∧n – conjunção verdadeira, pois ambos os termos, c e n, são verdadeiros. Esse é o gabarito.

e) ~g∧~c – conjunção falsa, um de seus termos, ~c, é falso.

Gabarito: Letra D.

Cebraspe

(CESPE/SEFAZ AL/2021) Considere as proposições lógicas P e Q, a seguir, a respeito de um condômino


chamado Marcos.
∙ P: “Se Marcos figura no quadro de associados e está com os pagamentos em dia, então ele tem direito a
receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu condomínio.”
∙ Q: “Marcos não figura no quadro de associados, mas ele está com os pagamentos em dia.”
Tendo como referência essas proposições, julgue o item a seguir.
Mesmo que sejam verdadeiras as proposições P e Q, não se pode afirmar que Marcos não tem direito a
receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu condomínio.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

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Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em "(Marcos não figura no quadro de associados), mas (ele
está com os pagamentos em dia)". É essa afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

a: "Marcos figura no quadro de associados."

p: "Marcos está com os pagamentos em dia."

b: "Marcos tem o direito a receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu
condomínio."

As afirmações podem ser descritas por:

Afirmação I (P): a∧p → b (V)


Afirmação II (Q): ~a∧p (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação II é uma conjunção verdadeira. Logo, ambas as parcelas devem ser verdadeiras. Assim, ~a é
verdadeiro e p é verdadeiro. Consequentemente, a é F e p é V.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Note que o antecedente a∧p é falso, pois um de seus termos,
p, é falso. Observe, portanto, que nada podemos afirmar quanto ao valor lógico de b, pois a condicional é
verdadeira qualquer que seja o valor lógico de b. Isso porque os condicionais F→V e F→F são ambos
verdadeiros.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

Nesse caso, o item nos diz que "não se pode afirmar que Marcos não tem direito a receber os benefícios
providos pela associação de moradores de seu condomínio". Note que o item está correto, pois, conforme
foi constatado na etapa anterior, nada podemos afirmar quanto ao valor lógico de "b".

Gabarito: CERTO.

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(CESPE/Pref. B dos Coqueiros/2020) Considere as seguintes proposições.


• P: "Se Paulo é fiscal, então João é motorista."
• Q: "Maria é enfermeira ou João é motorista."
Sabendo-se que a proposição P é verdadeira e que a proposição Q é falsa, é correto concluir que
a) Maria não é enfermeira, João não é motorista e Paulo não é fiscal.
b) Maria não é enfermeira, João é motorista e Paulo é fiscal.
c) Maria é enfermeira, João não é motorista e Paulo não é fiscal.
d) Maria é enfermeira, João não é motorista e Paulo é fiscal.
e) Maria não é enfermeira, João não é motorista e Paulo é fiscal.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma disjunção inclusiva falsa em "(Maria é enfermeira) ou (João é motorista)". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

p: "Paulo é fiscal."

j: "João é motorista."

m: "Maria é enfermeira."

As afirmações podem ser descritas por:

Afirmação I (P): p→j (V)


Afirmação II (Q): m∨j (F)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação II é uma disjunção inclusiva falsa. Logo, ambas as parcelas devem ser falsas.
Consequentemente, m é F e j é F.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente j é F, o antecedente p é F, pois caso


contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F.

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Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) ~m∧~j∧~p − Podemos entender essa conjunção como (~m∧~j)∧~p ou como (~m∧~j)∧~p. De


qualquer modo, todos os termos são verdadeiros e, consequentemente, a conjunção é verdadeira. Este é o
gabarito.

b) ~m∧j∧p − Conjunção falsa, pois j e p são falsos.

c) m∧~j∧~p − Conjunção falsa, pois m é falso.

d) m∧~j∧p − Conjunção falsa, pois m e p são falsos.

e) ~m∧~j∧p − Conjunção falsa, pois p é falso.

Gabarito: Letra A.

FCC

(FCC/Pref Recife/2019) Sempre que eu passo na frente da casa de Rosa, o cão late. Se o cão late,
então o gato mia, o bebê chora e o guarda apita. Quando o bebê chora e a babá não está em casa, a mãe
não dorme. Se a mãe dorme e a babá não está em casa, então
a) não passo na casa de Rosa e o guarda não apita.
b) o cão não late e o guarda não apita.
c) não passo na casa de Rosa e o cão não late.
d) passo na casa de Rosa e o gato não mia.
e) o cão não late e o gato não mia.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em "A mãe dorme e a babá não está em casa". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

Polícia Federal (Agente de Polícia) Raciocínio Lógico - 2023 (Pré-Edital) 90


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r: "Eu passo na frente da casa de Rosa."

l: "O cão late."

m: "O gato mia."

c: "O bebê chora."

a: "O guarda apita."

b: "A babá está em casa."

d: "A mãe dorme."

Podemos escrever as afirmações do enunciado do seguinte modo:

Afirmação I: r→l (V)


Afirmação II: l→(m∧c∧a) (V)
Afirmação III: (c∧~b)→~d (V)
Afirmação IV: d∧~b (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação IV é uma conjunção verdadeira. Logo, d e ~b são ambos verdadeiros. Portanto, d é V e b é F.

A afirmação III é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~d é falso, o antecedente (c∧~b) deve
ser falso, pois caso contrário recairíamos no condicional falso V→F. Para a conjunção (c∧~b) ser falsa, c
deve ser falso, pois já sabemos que ~b é verdadeiro. Logo, c é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente (m∧c∧a) é falso (pois c é F), o
antecedente l deve ser falso, pois caso contrário recairíamos no condicional falso V→F. Logo, l é F. Veja que
nada podemos dizer quanto ao valor lógico das proposições simples m e a.

A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente l é falso, o antecedente r deve ser falso,
pois caso contrário recairíamos no condicional falso V→F. Logo, r é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) ~r∧~a – Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de a.
b) ~l∧~a − Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de a.
c) ~r∧~l − Conjunção verdadeira, pois ~r e ~l são ambas verdadeiras. Esse é o gabarito.
d) ~r∧~m − Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de m.
e) ~l∧~m − Não podemos determinar se é verdadeira, pois não temos o valor lógico de m.

Gabarito: Letra C.

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(FCC/SEFAZ SC/2018) Considere as seguintes premissas:


− Se eu vou para a academia, eu durmo bem.
− Eu durmo bem e me alimento bem.
− Eu me alimento bem ou trabalho o dia inteiro.
A partir dessas premissas, uma conclusão válida é
a) “eu trabalho o dia inteiro e me alimento bem”.
b) “se eu trabalho o dia inteiro, eu durmo bem”.
c) “eu vou para a academia e durmo bem”.
d) “se eu vou para a academia, eu trabalho o dia inteiro”.
e) “eu vou para a academia ou trabalho o dia inteiro”.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção verdadeira em "Eu durmo bem e me alimento bem ". É essa afirmação
que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

v: "Eu vou para a academia."

d: "Eu durmo bem."

a: "Eu me alimento bem."

t: "Eu trabalho o dia inteiro."

As premissas podem ser descritas por:

Premissa I: v→d (V)


Premissa II: d∧a (V)
Premissa III: a∨t(V)

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Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

Como a premissa II é verdadeira, d é V e a é V, pois para a conjunção d∧a ser verdadeira ambos os termos
devem ser verdadeiros.

A premissa I é verdadeira qualquer que seja o valor de v, pois trata-se de uma condicional com o
consequente d verdadeiro, e sabemos que o condicional é falso somente no caso V→F.

A premissa III é verdadeira qualquer que seja o valor de t, pois para a disjunção inclusiva ser verdadeira
basta que um de seus termos seja verdadeiro, e já temos que a é V.

Note, portanto, que d é V, a é V e não podemos determinar os valores lógicos de v e de t.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) t ∧ a − Para a conjunção ser verdadeira, tanto t quanto a devem ser verdadeiros. Não sabemos o valor
de t, logo, não podemos afirmar que a conjunção é verdadeira.

b) t→d – Para a condicional ser verdadeira, basta não recairmos no caso V→F. Como o consequente d é
verdadeiro, já temos a garantia que a condicional é verdadeira, independentemente do valor de t. Logo, o
gabarito é Letra B.

c) v∧d − Para a conjunção ser verdadeira, tanto v quanto d devem ser verdadeiros. Não sabemos o valor
de v, logo, não podemos afirmar que a conjunção é verdadeira.

d) v→t – Não podemos determinar o valor lógico dessa condicional, pois os valores lógicos de v e de t são
desconhecidos.

e) v∨t − Não podemos determinar o valor lógico dessa disjunção, pois os valores lógicos de v e de t são
desconhecidos.

Gabarito: Letra B.

Vunesp

(VUNESP/TJ SP/2021) Sabe-se que das afirmações a seguir, apenas a afirmação (III) é falsa.
I. Em um mesmo dia, ou João corre 10 km ou João pratica meditação.
II. Se João corre 10 km, então ele fica o dia todo bem humorado.
III. Ontem João estava bem humorado.
IV. No dia em que João pratica meditação, ele não conversa com ninguém.
Sendo assim, é correto concluir que ontem João
a) correu 10 km.
b) correu 10 km ou não praticou meditação.

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c) não estava bem humorado e conversou com alguém.


d) não conversou com ninguém.
e) não estava bem humorado e correu 10 km.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que apresentam algum "formato fácil"

Note que temos uma proposição simples falsa em "(Ontem) João estava bem humorado". É essa
afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

k: "João corre 10km."

m: "João pratica meditação."

h: "João fica bem humorado."

c: "João conversa com alguém."

Veja que a questão pergunta por uma conclusão referente a "ontem". Assim, vamos descrever as
afirmações do enunciado considerando que todas se referem "ontem". Além disso, vamos fazer as
seguintes considerações:

• "João não conversa com ninguém" será considerada como a negação de "João conversa com
alguém";
• Será desconsiderada a circunstância "o dia todo" da frase "ele (João) fica o dia todo bem
humorado".

Feitas essas considerações, temos a seguintes afirmações correspondentes:

Afirmação I: k∨m (V) − "Ou [João corre 10 km] ou [João pratica meditação]."

Afirmação II: k→h (V) − "Se [João corre 10 km], então [João fica bem humorado]."

Afirmação III: h (F) − "João fica bem humorado."

Afirmação IV: m→~c (V) − "Se [João pratica meditação], então [ele não conversa com ninguém]."

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Aula 04

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação III é uma proposição simples falsa. Logo, h é F.

A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente h é F, o antecedente k deve ser falso,
pois caso contrário recaímos na condicional falsa V→F. Portanto, k é F.

A afirmação I é uma disjunção exclusiva verdadeira. Logo, os dois termos devem apresentar valores lógicos
distintos. Como k é F, temos que m é V.

A afirmação IV é uma condicional verdadeira. Como o antecedente m é V, o consequente ~c deve ser


verdadeiro, pois caso contrário recaímos na condicional falsa V→F. Sendo ~c verdadeiro, temos que c é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) k – proposição simples falsa, pois k é F.

b) k∨~m – disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos, k e ~m, são falsos.

c) ~h∧c − conjunção falsa, pois um dos termos, c, é falso.

d) ~c − proposição simples verdadeira, pois c é falso e, consequentemente, ~c é verdadeiro. Esse é o


gabarito.

e) ~h∧k – conjunção falsa, pois um dos termos, k, é falso.

Gabarito: Letra D.

(VUNESP/CODEN/2021) Considere verdadeiras as afirmações I, II e III.


I. Se Francisco é mecânico, então Geraldo é encanador.
II. Se Heitor é vendedor, então Geraldo não é encanador.
III. Se Heitor não é vendedor, então José é pedreiro.
Considere falsidade a afirmação a seguir.
IV. Se Lucas é eletricista, então José é pedreiro.
A partir dessas informações, é correto concluir que
a) Lucas não é eletricista.
b) Geraldo é encanador.
c) Francisco não é mecânico.
d) José é pedreiro.
e) Heitor não é vendedor.

Comentários:

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A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que apresentam algum "formato fácil"

Note que temos uma condicional falsa na afirmação IV. É essa afirmação que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

f: "Francisco é mecânico."
g: "Geraldo é encanador."
h: "Heitor é vendedor."
j: "José é pedreiro."
l: "Lucas é eletricista."

As afirmações podem ser descritas por:

Afirmação I: f→g (V)


Afirmação II: h→~g (V)
Afirmação III: ~h→j (V)
Afirmação IV: l→j (F)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

Como a afirmação IV é uma condicional falsa, o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso, isto é,
temos o caso V→F. Logo, l é V e j é F.

A afirmação III é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
consequente j é F, devemos ter ~h falso. Portanto, h é V.

A afirmação II é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
antecedente h é V, devemos ter o consequente ~g verdadeiro. Portanto, g é F.

A afirmação I é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
consequente g é F, devemos ter o antecedente f falso. Portanto, f é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

A) ~l – errado, pois l é V e, portanto, ~l é F.

B) g − errado, pois g é F.

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C) ~f – alternativa correta, pois f é F, ou seja, ~f é V.

D) j – errado, pois j é F.

E) ~h − errado, pois h é V e, portanto, ~h é F.

Gabarito: Letra C.

(VUNESP/FITO/2020) Considere verdadeiras as afirmações:


I. Felipe não é humorista.
II. Se André é estudioso, então Bruno não é atleta.
III. Se Bruno não é atleta, então Carla é atriz.
IV. Se Débora é cantora, então Carla não é atriz.
V. Se Enzo é escritor, então André é estudioso.
VI. Se Débora não é cantora, então Felipe é humorista.
A partir dessas informações, é verdade que
a) André é estudioso.
b) Carla é atriz.
c) Débora não é cantora.
d) Bruno não é atleta.
e) Enzo não é escritor.

Comentários:

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência


verdadeira resultante dessas afirmações.

Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.

Etapa 1: identificar as afirmações que apresentam algum "formato fácil"

Note que temos uma proposição simples verdadeira na afirmação I. É essa afirmação que devemos atacar
primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Considere as proposições simples:

a: "André é estudioso."
b: "Bruno é atleta."

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c: "Carla é atriz."
d: "Débora é cantora."
e: "Enzo é escritor."
f: "Felipe é humorista."

As afirmações podem ser descritas por:

Afirmação I: ~f (V)
Afirmação II: a→~b (V)
Afirmação III: ~b→c (V)
Afirmação IV: d→~c (V)
Afirmação V: e→a (V)
Afirmação VI: ~d→f (V)

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A afirmação I é uma proposição simples verdadeira. Temos ~f verdadeiro e, portanto, f é F.

A afirmação VI é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
consequente f é F, devemos ter ~d falso. Portanto, d é V.

A afirmação IV é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
antecedente d é V, devemos ter o consequente ~c verdadeiro. Portanto, c é F.

A afirmação III é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
consequente c é F, devemos ter o antecedente ~b falso. Portanto, b é V.

A afirmação II é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
consequente ~b é F, devemos ter o antecedente a falso. Portanto, a é F.

A afirmação V é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o
consequente a é F, devemos ter o antecedente e falso. Portanto, e é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

A) a – errado, pois a é F.
B) c – errado, pois c é F.
C) ~d – errado, pois d é V, ou seja, ~d é F.
D) ~b – errado, pois b é V, ou seja, ~b é F.
E) ~e – alternativa correta, pois e é F, ou seja, ~e é V. Esse é o gabarito.

Gabarito: Letra E.

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QUESTÕES COMENTADAS – MULTIBANCAS

Lógica de argumentação: Argumentos dedutivos

Outras Bancas

(IBFC/Pref SGDA RN/2021) Uma pessoa procura por um argumento dedutivo a partir de duas premissas
listadas abaixo.
Premissa 1: Toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.
Premissa 2: Não se consegue medir o amor com um dispositivo.
A pessoa estabelece, então, duas proposições na forma de conclusões possíveis.
Conclusão 1: O amor não é uma quantidade física.
Conclusão 2: Nem toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.
Partindo do princípio da lógica dedutiva, assinale a alternativa correta.
a) ambas conclusões são deduções válidas
b) apenas a conclusão 1 é uma dedução válida
c) apenas a conclusão 2 é uma dedução válida
d) nenhuma das conclusões é uma dedução válida

Comentários:

Quando temos argumentos categóricos, a validade do argumento é aferida por meio dos diagramas lógicos.

Ao se desenhar os diagramas lógicos e se verificar que a conclusão do argumento não é necessariamente


verdadeira, temos um argumento inválido. Por outro lado, se a conclusão for necessariamente verdadeira,
temos um argumento válido.

Inicialmente, vamos desenhar o diagrama composto pelas duas primeiras premissas.

Premissa 1: Toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.

Note que o conjunto das "quantidades físicas" necessariamente apresenta a propriedade de ser "mensurável
por algum dispositivo". Logo, o conjunto das "quantidades físicas" está contido no conjunto dos
"mensuráveis por algum dispositivo". Temos a seguinte representação:

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Premissa 2: Não se consegue medir o amor com um dispositivo.

Segundo essa premissa, o elemento "amor" não pertence ao conjunto dos "mensuráveis por algum
dispositivo". Temos a seguinte representação:

Nesse momento, vamos avaliar a validade dos dois argumentos formados pelas premissas apresentadas e
pelas duas conclusões sugeridas.

Primeiro Argumento

Premissa 1: Toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.
Premissa 2: Não se consegue medir o amor com um dispositivo.
Conclusão 1: O amor não é uma quantidade física.

Note que, ao desenhar o diagrama das duas primeiras premissas, a conclusão sugerida é necessariamente
verdadeira. Isso porque, como o amor não pertence ao conjunto dos "mensuráveis por algum dispositivo",
uma consequência imediata do diagrama é que o amor não pertence ao conjunto das "quantidades físicas".
O argumento, portanto, é válido.

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Segundo Argumento

Premissa 1: Toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.
Premissa 2: Não se consegue medir o amor com um dispositivo.
Conclusão 2: Nem toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.

Note que, ao desenhar o diagrama das duas primeiras premissas, a conclusão não é necessariamente
verdadeira. Isso porque o conjunto das "quantidades físicas" está contido no conjunto dos "mensuráveis por
algum dispositivo". O argumento, portanto, é inválido.

Cumpre destacar que a conclusão 2 é a negação da premissa 1, de modo que não se pode dizer que a
conclusão é necessariamente verdadeira ao se considerar as premissas verdadeiras.

Portanto, é correto afirmar que apenas a conclusão 1 é uma dedução válida.

Gabarito: Letra B.

(QUADRIX/CRBM 4 PA RO/2021)
r: Todo número racional é irracional.
s: Todo número irracional é real.
t: Todo número racional é real.
Suponha-se que um argumento tenha como premissas as proposições r e s e como conclusão a proposição
t. Sendo assim, esse argumento é uma falácia porque r é uma proposição falsa.

Comentários:

A questão trata sobre a diferença entre validade dos argumentos dedutivos e verdade das proposições.

Quando contrastada com a realidade dos fatos, note que a proposição r de fato é uma proposição falsa.
Apesar disso, o valor lógico dessa proposição, obtido quando contrastamos ela com o mundo real, em nada
interfere na aferição da validade do argumento.

A validade de um argumento depende da forma com que ele foi construído. Conforme visto na teoria, um
argumento dedutivo é inválido (falácia formal) quando, CONSIDERADAS as premissas como verdadeiras, a
conclusão obtida é falsa.

Logo, é ERRADO afirmar que o argumento é uma falácia porque r é uma proposição falsa.

Para fins didáticos, podemos verificar que o argumento em questão é válido.

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Quando temos argumentos categóricos, a validade do argumento é aferida por meio dos diagramas lógicos.

Ao se desenhar os diagramas lógicos e se verificar que a conclusão do argumento não é necessariamente


verdadeira, temos um argumento inválido. Por outro lado, se a conclusão for necessariamente verdadeira,
temos um argumento válido.

Inicialmente, vamos desenhar o diagrama composto pelas duas primeiras premissas.

Premissa 1 − r: Todo número racional é irracional.

Com base nessa premissa, temos que o conjunto dos números racionais está contido no conjunto dos
números irracionais.

Observação: é claro que é bastante estranho dizer que o conjunto dos racionais está contido no conjunto
dos irracionais, pois isso contraria um conhecimento matemático que se aprende quando se estuda
Conjuntos Numéricos. Apesar disso, para aferir a validade do argumento, devemos considerar as premissas
como se fossem verdadeiras.
Premissa 2 − s: Todo número irracional é real.

Com base nessa premissa, temos que o conjunto dos números irracionais está contido no conjunto dos
números reais.

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Agora que desenhamos as duas premissas em diagramas lógicos, vamos avaliar a conclusão.

Conclusão: − t: Todo número racional é real.

Note que, ao desenhar o diagrama das duas primeiras premissas, a conclusão é necessariamente verdadeira.
Isso porque, como se pode observar, o conjunto dos números racionais está contido no conjunto dos
números reais. O argumento, portanto, é válido.

Gabarito: ERRADO.

(IBFC/IAT PR/2021) Considerando que as premissas seguintes são verdadeiras, analise os itens:
I. Se Carlos é advogado, então passou no exame. Carlos não passou no exame. Logo, Carlos não é
advogado.
II. Maria assiste à TV ou Felipe joga futebol. Felipe não joga futebol. Logo, Maria não assiste à TV.
III. Todo triângulo é polígono. Existe polígono que têm lados de medidas iguais. Logo, todo triângulo têm
lados de medidas iguais.
Quanto a validade ou não dos argumentos, é correto afirmar que:
a) Somente I e III são válidos
b) I e II são válidos
c) Somente III não é válido
d) I, II e III não são válidos
e) Somente I é válido

Comentários:

Vamos avaliar a validade dos argumentos de I, II e III.

I. Se Carlos é advogado, então passou no exame. Carlos não passou no exame. Logo, Carlos não é
advogado. Argumento válido.

Vamos avaliar esse argumento pelas regras de inferência.

Sejam as proposições simples:

a: "Carlos é advogado."

e: "Carlos passou no exame."

Note que temos o seguinte argumento:


Premissa 1: a→e
Premissa 2: ~e
Conclusão: ~a

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Veja que o argumento apresentado corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas uma condicional
e a negação do consequente e, além disso, temos como conclusão a negação do antecedente.

Como o argumento corresponde a uma regra de inferência, o argumento é válido.

II. Maria assiste à TV ou Felipe joga futebol. Felipe não joga futebol. Logo, Maria não assiste à TV.
Argumento inválido.

Vamos analisar esse argumento pelo método em que se considera todas as premissas verdadeiras, pois
uma das premissas é uma proposição simples.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma proposição simples na segunda premissa, que deve ser considerada verdadeira. É essa
premissa que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Sejam as proposições simples:

m: "Maria assiste à TV."


f: "Felipe joga futebol."

O argumento apresentado é o seguinte:

Premissa 1: m∨f (V)


Premissa 2: ~f (V)
Conclusão: ~m

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A premissa 2 deve ser considerada verdadeira. Como ~f é verdadeiro, temos que f é F.

Para que a premissa 1 seja verdadeira, ao menos um dos termos da disjunção inclusiva "ou" deve ser
verdadeiro. Como f é falso, devemos ter que m é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

Note que, ao considerar todas as premissas verdadeiras, obtivemos que m é V e, portanto, ~m é falso.

Logo, o argumento é inválido, pois ao se considerar as premissas verdadeiras, a conclusão ~m não é


necessariamente verdadeira.

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III. Todo triângulo é polígono. Existe polígono que têm lados de medidas iguais. Logo, todo triângulo têm
lados de medidas iguais. Argumento inválido.

Quando temos argumentos categóricos, a validade do argumento é aferida por meio dos diagramas lógicos.

Ao se desenhar os diagramas lógicos e se verificar que a conclusão do argumento não é necessariamente


verdadeira, temos um argumento inválido. Por outro lado, se a conclusão for necessariamente verdadeira,
temos um argumento válido.

Inicialmente, vamos desenhar o diagrama composto pelas duas primeiras premissas.

Premissa 1: Todo triângulo é polígono.

Nesse caso, o conjunto dos triângulos está contido no conjunto dos polígonos.

Premissa 2: Existe polígono que têm lados de medidas iguais

Nesse caso, sabemos que deve haver intersecção entre o conjunto dos polígonos e o conjunto dos que tem
lados de medidas iguais. Temos diversas possibilidades para representar essa intersecção. Seguem alguns
exemplos:

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Conclusão: Logo, todo triângulo têm lados de medidas iguais

Note que essa conclusão não é necessariamente verdadeira, pois em quatro das possibilidades
apresentadas o conjunto dos triângulos não está contido no conjunto dos que têm lados de medidas iguais.
O argumento, portanto, é inválido.

Logo, quanto a validade ou não dos argumentos, é correto afirmar que somente I é válido.

Gabarito: Letra E.

(Instituto AOCP/FUNPRESP-JUD/2021) Considerando o conteúdo e as características do raciocínio lógico


e analítico, julgue o seguinte item.
"Se ontem o Euro estava em alta e estamos no final do ano, então teremos inflação. Ontem o Euro estava
em alta e teremos inflação. Logo, estamos no final do ano" é um exemplo de argumento válido.

Comentários:

Vamos resolver essa questão pelo método em que se considera todas as premissas verdadeiras, pois uma
das premissas é uma conjunção. Em seguida, a questão será resolvida pelo método da conclusão falsa, que
também é aplicável ao caso pelo fato de a conclusão ser uma proposição simples.

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Método em que se considera todas as premissas verdadeiras

Etapa 1: identificaras afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção na segunda premissa, que deve ser considerada verdadeira. É essa premissa
que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Sejam as proposições simples:

e: "Ontem o euro estava em alta."


f: "Estamos no final do ano."
i: "Teremos inflação."

O argumento apresentado é o seguinte:

Premissa 1: e∧f→i (V)


Premissa 2: e∧i (V)
Conclusão: f

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A premissa 2 deve ser considerada verdadeira. Como temos uma conjunção, ambas as parcelas devem ser
verdadeiras. Portanto, e é V e i é V.

Como temos uma condicional na premissa 1, que deve ser considerada verdadeira, não podemos recair no
caso V→F. Como o consequente i é verdadeiro, a condicional necessariamente é verdadeira, qualquer que
seja o valor de e∧f. Logo, nada podemos afirmar sobre o valor lógico de f.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

Note que, ao considerar todas as premissas verdadeiras, a conclusão f não é necessariamente verdadeira,
pois não conseguimos obter o seu valor lógico.

Logo, o argumento é inválido, pois ao se considerar as premissas verdadeiras, a conclusão f não é


necessariamente verdadeira. O gabarito, portanto, é ERRADO.

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Método da conclusão falsa

Etapa 1: desconsiderar o contexto

Sejam as proposições simples:

e: "Ontem o euro estava em alta."


f: "Estamos no final do ano."
i: "Teremos inflação."

O argumento apresentado é o seguinte:

Premissa 1: e∧f→i
Premissa 2: e∧i
Conclusão: f

Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa

Considerando a conclusão falsa, f é F.

Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa

Para que a premissa 2 seja verdadeira, ambos os termos da conjunção devem ser verdadeiros. Portanto,
e é V e i é V.

Note que, com os valores lógicos obtidos, a premissa 1 é necessariamente verdadeira, pois o antecedente
e∧f é falso e o consequente i é verdadeiro (caso F→V).

Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é inválido.

Gabarito: ERRADO.

(Instituto AOCP/FUNPRESP-JUD/2021) Considerando o conteúdo e as características do raciocínio lógico


e analítico, julgue o seguinte item.
"Se sou organizado, trabalho bem. Se não me atraso, me sinto confiante. Ontem me organizei e não me
senti confiante. Logo, trabalhei bem, mas cheguei atrasado" é um exemplo de argumento válido.

Comentários:

Vamos resolver essa questão pelo método em que se considera todas as premissas verdadeiras, pois uma
das premissas é uma conjunção.

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Etapa 1: identificaras afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção na terceira premissa, que deve ser considerada verdadeira. É essa premissa
que devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

Sejam as proposições simples:

o: "Organizei-me."
t: "Trabalhei bem."
a: "Atrasei-me."
c: "Senti-me confiante."

O argumento apresentado, considerando o dia te ontem, é o seguinte:

Premissa 1: o→t (V) − "Se (ontem) me organizei, então trabalhei bem"


Premissa 2: ~a→c (V) − "Se não me atrasei, me senti confiante"
Premissa 3: o∧~c (V) − "(Ontem) me organizei e não me senti confiante"
Conclusão: t∧a − "Trabalhei bem, mas cheguei atrasado."

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

A premissa 3 deve ser considerada verdadeira. Como temos uma conjunção, ambas as parcelas, o e ~c,
devem ser verdadeiras. Portanto, o é V e c é F.

Na premissa 2 temos uma condicional, que deve ser considerada verdadeira. Como o consequente c é falso,
o antecedente ~a deve ser falso pois, caso contrário, recairíamos na condicional falsa V→F. Logo, a é V.

Na premissa 1 temos uma condicional, que deve ser considerada verdadeira. Como o antecedente o e
verdadeiro, o consequente t deve ser verdadeiro, pois, caso contrários, recairíamos na condicional falsa V→F.
Logo, t é V.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

Note que, ao considerar todas as premissas verdadeiras, a conclusão t∧a é necessariamente verdadeira, pois
temos a conjunção de duas parcelas verdadeiras.

Logo, o argumento é válido, pois ao se considerar as premissas verdadeiras, a conclusão t∧a é


necessariamente verdadeira. O gabarito, portanto, é CERTO.

Gabarito: CERTO.

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(IBFC/Divinópolis/2018) Se Carlos é atleta, então treina bastante. Se Carlos treina bastante, então não
tem tempo para se divertir. A conclusão desse argumento é:
a) Se Carlos não é atleta, então tem tempo para se divertir
b) Se Carlos é atleta, então não tem tempo para se divertir
c) Se Carlos é atleta, então tem tempo para se divertir
d) Se Carlos não é atleta, então não treina bastante

Comentários:

Note que tanto as afirmações presentes no enunciado quanto as possíveis conclusões presentes nas
alternativas são condicionais. Vamos, portanto, utilizar o método da transitividade do condicional.

Considere as seguintes proposições simples:

a: "Carlos é atleta."
t: "Carlos treina bastante."
d: "Carlos tem tempo para se divertir."

Podemos descrever as afirmações do seguinte modo:

Afirmação I: a→t
Afirmação II: t→~d

Ao concatenarmos a afirmação I com a afirmação II, obtemos a conclusão a→~d. Veja:

Afirmação I: a→t
Afirmação II: t→~d
Conclusão: a→~d

Logo, é correto concluir a→~d, que corresponde a "Se Carlos é atleta, então não tem tempo para se divertir".

Gabarito: Letra B.

(QUADRIX/CRT SP/2021)
1) Faço uma doação ou compro um carro.
2) Se compro um carro, então não viajo de avião.
3) Se viajo de avião, então vou para a Flórida.
4) Se não viajo de avião, então assisto a filmes.
Considerando as afirmações lógicas acima, julgue o item.
Se viajo de avião, então faço uma doação.

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Comentários:

Pessoal, nessa questão nós somos "tentados" a utilizar o método da transitividade do condicional. Isso
porque boa parte das afirmações são condicionais e a conclusão sugerida é uma condicional.

Antes de utilizarmos o método, observe que a primeira afirmação é uma disjunção inclusiva. Podemos
transformá-la em uma condicional por meio da seguinte equivalência:

p∨q ≡ ~p→q

Logo, a afirmação "[Faço uma doação] ou [compro um carro]" pode ser reescrita como "Se [não faço uma
doação], então [compro um carro]".

Vamos agora utilizar o método. Considere as seguintes proposições simples:

d: "Faço uma doação."


c: "Compro um carro."
a: "Viajo de avião."
f: "Vou para a Flórida."
o: "Assisto a filmes."

Podemos descrever as afirmações do seguinte modo:

Afirmação 1: ~d→c – “Se não faço uma doação, então compro um carro."
Afirmação 2: c→~a − "Se compro um carro, então não viajo de avião."
Afirmação 3: a→f − "Se viajo de avião, então vou para a Flórida."
Afirmação 4: ~a→o − "Se não viajo de avião, então assisto a filmes."

Ao concatenar a contrapositiva da afirmação 2 com a contrapositiva da afirmação 1, temos:

Contrapositiva 2: a→~c
Contrapositiva 1: ~c→d
Conclusão: a→d

Logo, é correto concluir a→d, que corresponde a "Se viajo de avião, então faço uma doação".

Gabarito: CERTO.

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Texto para as questões 08 e 09


Todos os dias, 5 colegas de trabalho (Beatriz, João, Ana, Maurício e Josefina) almoçam em um restaurante
que oferece apenas um tipo de salada diariamente (temperada ou não temperada). Sendo assim, as
afirmações seguintes devem ser consideradas como verdadeiras.
• Beatriz come salada no almoço se, e somente se, ela estiver temperada.
• João come salada no almoço todos os dias.
• Se a salada estiver temperada, Ana comerá salada no almoço.
• Se Beatriz come salada, então Maurício come salada.
• Se a salada não estiver temperada, Josefina comerá salada no almoço.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.

(QUADRIX/CRN 4/2022) Se Maurício não comeu salada no almoço, ela não estava temperada.
==13785a==

(QUADRIX/CRN 4/2022) Se Ana não comeu salada no almoço, então Beatriz também não comeu salada
no almoço.
Comentários:

Pessoal, nessa questão nós somos "tentados" a utilizar o método da transitividade do condicional. Isso
porque boa parte das premissas são condicionais e as conclusões sugeridas são condicionais.

Antes de utilizarmos o método, observe que a primeira premissa é uma bicondicional "se e somente se".
Sabemos que a bicondicional apresenta a seguinte equivalência:

pq ≡ (p→q)∧(q→p)

Logo, podemos quebrar a primeira premissa, que é uma bicondicional, em duas premissas condicionais:

• Se Beatriz come salada, então ela estava temperada.


• Se a salada está temperada, Beatriz comeu salada.
Observação: para fins de resolução dessa questão, as circunstâncias como "no almoço" serão
desconsideradas, de modo que a proposição simples "Beatriz come salada no almoço" (da primeira premissa)
corresponde a "Beatriz come salada" (da quarta premissa), sendo ambas representadas pela mesma letra b.

Considere, agora, as seguintes proposições simples:

b: "Beatriz come salada (no almoço)"


t: "A salada está temperada."
j: "João come salada (no almoço todos os dias)"

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a: "Ana come salada (no almoço)"


m: "Maurício come salada."
j: "Josefina come salada (no almoço)"

Podemos descrever as premissas do seguinte modo:

Premissa 1.1: b→t − "Se Beatriz come salada, então ela estava temperada."
Premissa 1.2: t→b − "Se a salada está temperada, Beatriz comeu salada."
Premissa 2: j − "João come salada."
Premissa 3: t→a − "Se a salada estiver temperada, Ana comerá salada no almoço."
Premissa 4: b→m − "Se Beatriz come salada, então Maurício come salada."
Premissa 5: ~t→j − "Se a salada não estiver temperada, Josefina comerá salada no almoço."

Vamos agora responder aos itens da questão.

Questão 08

Ao concatenarmos a contrapositiva da premissa 4 com a contrapositiva da premissa 1.2, temos:

Contrapositiva 4: ~m→~b
Contrapositiva 1.2: ~b→~t
Conclusão: ~m→~t

Logo, é correto concluir ~m→~t, que corresponde a "Se [Maurício não comeu salada (no almoço)], [ela não
estava temperada]". O gabarito, portanto, é CERTO.

Questão 09

Ao concatenarmos a contrapositiva da premissa 3 com a contrapositiva da premissa 1.1, temos:

Contrapositiva 2: ~a→~t
Contrapositiva 1.1: ~t→~b
Conclusão: ~a →~b

Logo, é correto concluir ~a→~b, que corresponde a "Se [Ana não comeu salada (no almoço)], então [Beatriz
(também) não comeu salada (no almoço)]". O gabarito, portanto, é CERTO.

Gabarito: 08 - CERTO. 09 - CERTO.

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(IDECAN/IF Baiano/2019) Assumindo que as premissas dos argumentos a seguir são verdadeiras,
analise os itens quanto à sua validade ou não:
I. Toda criança é estudante. Existe estudante que joga futebol. Logo, toda criança joga futebol.
II. Se Bruna é professora, então Bruna não pratica esportes. Bruna pratica esporte. Logo, Bruna não é
professora.
III. Todo jornalista apresenta um telejornal a noite. André é um jornalista. Portanto, André apresenta um
telejornal a noite.
Quanto a validade ou não dos argumentos, é correto afirmar que
a) o argumento I é válido.
b) o argumento II é não válido.
c) o argumento III é não válido.
d) o argumento I é não válido e o argumento II é válido.
e) o argumento II é não válido e o argumento III é válido.

Comentários:

Vamos avaliar a validade dos argumentos de I, II e III.

I. Toda criança é estudante. Existe estudante que joga futebol. Logo, toda criança joga futebol. Argumento
inválido.

Quando temos argumentos categóricos, a validade do argumento é aferida por meio dos diagramas lógicos.

Ao se desenhar os diagramas lógicos e se verificar que a conclusão do argumento não é necessariamente


verdadeira, temos um argumento inválido. Por outro lado, se a conclusão for necessariamente verdadeira,
temos um argumento válido.

Inicialmente, vamos desenhar o diagrama composto pelas duas primeiras premissas.

Premissa 1: Toda criança é estudante

Nesse caso, o conjunto das crianças está contido no conjunto dos estudantes.

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Premissa 2: Existe estudante que joga futebol

Nesse caso, sabemos que deve haver intersecção entre o conjunto dos estudantes e o conjunto dos que
jogam futebol. Temos diversas possibilidades para representar essa intersecção. Seguem alguns exemplos:

Conclusão: Logo, toda criança joga futebol

Note que essa conclusão não é necessariamente verdadeira, pois em três das possibilidades apresentadas
o conjunto das crianças não está contido no conjunto dos que jogam futebol. O argumento, portanto, é
inválido.

II. Se Bruna é professora, então Bruna não pratica esportes. Bruna pratica esporte. Logo, Bruna não é
professora. Argumento válido.

Vamos avaliar esse argumento pelas regras de inferência.

Sejam as proposições simples:

p: "Bruna é professora."

e: "Bruna pratica esportes."

Note que temos o seguinte argumento:

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Premissa 1: p→~e
Premissa 2: e
Conclusão: ~p

Veja que o argumento apresentado corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas uma condicional
e a negação do consequente, pois a negação do consequente ~e é e. Além disso, temos como conclusão a
negação do antecedente.

Como o argumento corresponde a uma regra de inferência, o argumento é válido.

III. Todo jornalista apresenta um telejornal a noite. André é um jornalista. Portanto, André apresenta um
telejornal a noite. Argumento válido.

Novamente, temos um argumento categórico, e sua validade deve ser aferida por meio dos diagramas
lógicos.

Premissa 1: Todo jornalista apresenta um telejornal a noite.

Nesse caso, o conjunto dos jornalistas está contido no conjunto dos que apresentam um telejornal a noite.

Premissa 2: André é um jornalista.

A partir dessa premissa, representamos André dentro do conjunto dos jornalistas

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Conclusão: Portanto, André apresenta um telejornal a noite.

Note que essa conclusão é necessariamente verdadeira, pois como André está dentro do conjunto dos
jornalistas, nota-se que necessariamente ele está dentro do conjunto dos que apresentam telejornal à noite.
O argumento, portanto, é válido.

Conclui-se que o argumento I é inválido e os argumentos II e III são válidos. Portanto, está correto o que se
afirma na alternativa D: o argumento I é não válido e o argumento II é válido.

Gabarito: Letra D.

(IBFC/SEPLAG SE/2018) Analise as três afirmativas abaixo sobre Lógica e Estrutura Argumentativa:
I. Uma estrutura argumentativa é construída com uma ou mais premissas e uma conclusão.
II. Caso uma premissa seja falsa em qualquer situação, qualquer conclusão que se baseie nela será sempre
inválida.
III. Uma estrutura argumentativa necessita ao menos de duas premissas para que possa ser considerada
válida.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, apenas
b) III, apenas
c) I e II, apenas
d) II e III, apenas

Comentários:

Vamos avaliar as três afirmativas.

I. Uma estrutura argumentativa é construída com uma ou mais premissas e uma conclusão. CERTO.

Conforme visto na teoria da aula, podemos definir argumento como a relação que se dá entre um conjunto
de premissas que dão suporte à defesa de uma conclusão.

II. Caso uma premissa seja falsa em qualquer situação, qualquer conclusão que se baseie nela será sempre
inválida. ERRADO.

Essa afirmativa trata sobre a diferença entre validade dos argumentos dedutivos e verdade das
proposições.

O valor lógico de uma premissa, obtido quando contrastamos ela com o mundo real, em nada interfere na
aferição da validade do argumento.

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A validade de um argumento depende da forma com que ele foi construído. Conforme visto na teoria, um
argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como verdadeiras, a conclusão
obtida é falsa.

III. Uma estrutura argumentativa necessita ao menos de duas premissas para que possa ser considerada
válida. ERRADO.

Não há essa restrição de que não se pode ter uma única premissa em um argumento. O exemplo a seguir,
mostrado na parte teórica da aula, é uma estrutura argumentativa:

Premissa 1: João e Pedro foram à praia.

Conclusão: Logo, João foi à praia.

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018) Considere as seguintes premissas de um argumento:


• Se Ana gosta de Matemática, então Paulo gosta de Matemática.
• Quem gosta de Matemática não gosta de Biologia.
Então, uma conclusão para que esse argumento seja válido é:
a) Se Ana gosta de Matemática, então Paulo não gosta de Biologia.
b) Ana gosta de Matemática.
c) Paulo gosta de Matemática.
d) Paulo gosta de Biologia.
e) Ana gosta de Biologia.

Comentários:

Vamos resolver essa questão pelo método da transitividade do condicional.

Sejam as proposições:

a: "Ana gosta de matemática."


p: "Paulo gosta de Matemática."
b: "Paulo gosta de Biologia."

Temos que "Se [Ana gosta de Matemática], então [Paulo gosta de Matemática]" é dado por a→p.

Observe também que "Quem gosta de Matemática não gosta de Biologia", para Paulo, pode ser entendido
como:

p→~b: "Se [Paulo gosta de matemática], então [Paulo não gosta de biologia]."

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Logo, as premissas são descritas por:

Premissa I: a→p
Premissa II: p→~b

Pelo método da transitividade do condicional, utilizando as duas premissas, chega-se na conclusão a→~b:

Premissa I: a→p
Premissa II: p→~b
Conclusão: a→~b

Portanto, uma conclusão para que o argumento seja válido é:

a→~b: "Se [Ana gosta de Matemática], então [Paulo não gosta de Biologia]."

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2018) Considere o seguinte argumento, no qual a conclusão foi omitida:


Premissa 1: p→[(~r)∨(~s)]
Premissa 2: [p∨ (~q)]∧[q∨(~p)]
Premissa 3: r∧s
Conclusão: XXXXXXXXXX
Uma conclusão que torna o argumento acima válido é
a) ~(p∨q)
b) (~q)∧p
c) (~p) ∧ q
d) p ∧ q
e) p ∨ q

Comentários:

Vamos resolver essa questão pelo método em que se considera todas as premissas verdadeiras.

Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos "formatos fáceis"

Note que temos uma conjunção na premissa 3, que deve ser considerada verdadeira. É essa premissa que
devemos atacar primeiro.

Etapa 2: desconsiderar o contexto

O enunciado da questão já apresentou as premissas no formato descontextualizado.

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Note que, pela equivalência de De Morgan, [(~r)∨(~s)] é equivalente a ~[r∧s].

Além disso, temos que a premissa 2 corresponde à bicondicional pq:

[𝐩 ∨ (~𝐪)] ∧ ⏟
⏟ [𝐪 ∨ (~𝐩)] ≡ ⏟
[𝐩 → 𝐪] ∧ [𝐪 → 𝐩]
𝐩→𝐪 𝐪→𝐩 𝐩𝐪

Logo, temos o seguinte argumento:

Premissa 1: p→~[r∧s]
Premissa 2: pq
Premissa 3: r∧s
Conclusão: XXXXXXXXXX

Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples

Como a premissa 3 é verdadeira, r é V e s é V.

A premissa 1 é uma condicional verdadeira e, portanto, não podemos ter o caso V→F. Como o consequente
~[r∧s] é falso (pois r∧s é verdadeiro), devemos ter o antecedente p falso. Portanto, p é F.

A premissa 2 é uma bicondicional verdadeira e, portanto, ambos os termos devem apresentar o mesmo valor
lógico. Como p é F, devemos ter que q é F.

Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira

a) ~(p∨q) − Alternativa correta. Como p e q são ambos falsos, p∨q é falso e, portanto, ~(p∨q) é verdadeiro.
b) (~q)∧p − Errado. Trata-se de uma conjunção falsa, pois um termo, p, é falso.
c) (~p) ∧ q − Errado. Trata-se de uma conjunção falsa, pois um termo, q, é falso.
d) p ∧ q − Errado. Trata-se de uma conjunção falsa, pois ambos os termos são falsos.
e) p ∨ q − Errado. Trata-se de uma disjunção inclusiva falsa, pois ambos os termos são falsos.

Gabarito: Letra A.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Toda afirmação de que várias proposições p (p 1,p2,...,pn) têm por


consequência uma outra proposição q constitui um argumento. Um argumento é válido quando
a) para todas as linhas da tabela verdade em que as premissas forem verdadeiras a conclusão também for
verdadeira.
b) para todas as premissas falsas existir uma negação que gere uma conclusão verdadeira.
c) para todas as conclusões falsas da tabela as premissas forem consideradas como verdadeiras.

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d) existirem apenas conclusões falsas, se e somente se as premissas forem verdadeiras.


e) existirem apenas conclusões verdadeiras, independente do valor atribuído às premissas.

Comentários:

Para resolver essa questão, devemos nos lembrar do método da tabela-verdade. Sabemos que:

Um argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira uma


vez que as premissas são CONSIDERADAS verdadeiras.

Além disso, conforme visto na teoria, descrevemos o método da tabela-verdade por meio de três etapas:

• Etapa 1: desconsiderar o contexto, transformando as afirmações da língua portuguesa para a


linguagem proposicional;
• Etapa 2: inserir todas as premissas/afirmações na tabela e obter as linhas da tabela-verdade em que
todas as premissas/afirmações são simultaneamente verdadeiras; e
• Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas
obtidas na etapa anterior.

Logo, um argumento é válido quando, "para todas as linhas da tabela verdade em que as premissas forem
verdadeiras a conclusão também for verdadeira".

Gabarito: Letra A.

FGV

(FGV/SEFAZ AM/2022) Considere as seguintes premissas:


• Quem tem azar não sorri.
• Quem é maratonista não está doente.
• Quem não está doente, sorri.
A partir dessas premissas é correto concluir que
a) Quem não está doente é maratonista.
b) Quem está doente não sorri.
c) Quem não tem azar sorri.
d) Quem é maratonista não tem azar.
e) Quem sorri, não está doente.

Comentários:

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Note que tanto as afirmações presentes no enunciado quanto as possíveis conclusões presentes nas
alternativas são condicionais. Vamos, portanto, utilizar o método da transitividade do condicional.

Sejam as proposições:

a: "Um indivíduo tem azar."


s: " Um indivíduo sorri."
m: "Um indivíduo é maratonista."
d: "Um indivíduo está doente."

As afirmações apresentadas estão no formato "Quem p, q", que pode ser entendido como "Todo p, q". Esse
tipo de proposição corresponde a uma condicional da forma "Se p, então q".

Logo, podemos descrever as afirmações do seguinte modo:

Afirmação I: a→~s
Afirmação II: m→~d
Afirmação III: ~d→s

Ao concatenarmos a afirmação II com a afirmação III e com a contrapositiva da afirmação I, obtemos a


conclusão m→~a. Veja:

Afirmação II: m→~d


Afirmação III: ~d →s
Contrapositiva I: s→~a
Conclusão: m→~a

Logo, é correto concluir m→~a, que corresponde a "Quem [é maratonista] [não tem azar]".

Gabarito: Letra D.

(FGV/BANESTES/2021) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


Se Priscila é paulista, então Joel é capixaba.
Se Gabriela não é carioca, então Joel não é capixaba.
Se Gabriela é carioca, então Priscila não é paulista.
É correto deduzir que:
a) Gabriela é carioca;
b) Gabriela não é carioca;
c) Priscila não é paulista;

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d) Priscila é paulista;
e) Joel não é capixaba.

Comentários:

Veja que temos condicionais no enunciado e, nas alternativas, temos proposições simples. Vamos resolver
essa questão pelo método da transitividade do condicional, procurando obter condicionais da forma p→~p
ou da forma ~p→p.

Sejam as proposições:

p: "Priscila é paulista."
j: "Joel é capixaba."
g: "Gabriela é carioca."

Podemos descrever as afirmações do seguinte modo:

Afirmação I: p→j
Afirmação II: ~g→~j
Afirmação III: g→~p

Ao concatenarmos a afirmação I com a contrapositiva da afirmação II e com a afirmação III, conclui-se


p→~p.

Afirmação I: p→j
Contrapositiva II: j→g
Afirmação III: g→~p
Conclusão: p→~p

Como a conclusão p→~p é uma consequência verdadeira das afirmações do enunciado, temos que p é falso.
Isso porque, caso p fosse verdadeiro, teríamos a condicional V→F, que é uma condicional falsa.

Logo, é correto concluir ~p, isto é, "Priscila não é paulista". O gabarito, portanto, é letra C.

Gabarito: Letra C.

(FGV/TRT 12/2017) Sabe-se que:


• Se X é vermelho, então Y não é verde.
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
• Se Y é verde, então Z é azul.
Logo, deduz-se que:

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a) X é vermelho;
b) X não é vermelho;
c) Y é verde;
d) Y não é verde;
e) Z não é azul.

Comentários:

Veja que temos condicionais no enunciado e, nas alternativas, temos proposições simples. Vamos resolver
essa questão pelo método da transitividade do condicional, procurando obter condicionais da forma p→~p
ou da forma ~p→p.

Sejam as proposições simples:

x: "X é vermelho."
y: "Y é verde."
z: "Z é azul."
As afirmações são descritas por:
Afirmação I: x→~y
Afirmação II: ~x→~z
Afirmação III: y→z

Ao concatenarmos a contrapositiva da afirmação I com a afirmação II, conclui-se y→~z.

Contrapositiva I: y→~x
Afirmação II: ~x→~z
Conclusão I: y→~z

Ao concatenarmos a conclusão I com a contrapositiva da afirmação III, conclui-se y→~y.

Conclusão I: y→~z
Contrapositiva III: ~z→~y
Conclusão II: y→~y.

Como a conclusão y→~y é uma consequência verdadeira das afirmações do enunciado, temos que y é falso.
Isso porque, caso w fosse verdadeiro, teríamos a condicional V→F, que é uma condicional falsa.

Logo, é correto concluir ~y, isto é, "Y não é verde". O gabarito, portanto, é letra D.

Gabarito: Letra D.

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(FGV/IBGE/2016) Sobre os amigos Marcos, Renato e Waldo, sabe-se que:


I - Se Waldo é flamenguista, então Marcos não é tricolor;
II - Se Renato não é vascaíno, então Marcos é tricolor;
III - Se Renato é vascaíno, então Waldo não é flamenguista.
Logo, deduz-se que:
a) Marcos é tricolor;
b) Marcos não é tricolor;
c) Waldo é flamenguista;
d) Waldo não é flamenguista;
e) Renato é vascaíno.

Comentários:

Veja que temos condicionais no enunciado e, nas alternativas, temos proposições simples. Vamos resolver
essa questão pelo método da transitividade do condicional, procurando obter condicionais da forma p→~p
ou da forma ~p→p.

Sejam as proposições:

w: "Waldo é flamenguista."

m: "Marcos é tricolor."

r: "Renato é vascaíno."

As afirmações são descritas por:

Afirmação I: w→~m
Afirmação II: ~r→m
Afirmação III: r→~w

Ao concatenarmos a contrapositiva da afirmação II com a afirmação III, conclui-se ~m→~w.

Contrapositiva II: ~m→r

Afirmação III: r→~w

Conclusão I: ~m→~w

Ao concatenarmos a afirmação I com a conclusão I, conclui-se w→~w.

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Afirmação I: w→~m

Conclusão I: ~m→~w

Conclusão II: w→~w.

Como a conclusão w→~w é uma consequência verdadeira das afirmações do enunciado, temos que w é
falso. Isso porque, caso w fosse verdadeiro, teríamos a condicional V→F, que é uma condicional falsa.

Logo, é correto concluir ~w, isto é, "Waldo não é flamenguista". O gabarito, portanto, é letra D.

Gabarito: Letra D.

(FGV/IBGE/2017) Considere as seguintes afirmativas:


• Se X é líquido, então não é azul.
• Se X não é líquido, então é vegetal.
Pode-se concluir logicamente que:
a) se X é azul, então é vegetal;
b) se X é vegetal, então é azul;
c) se X não é azul, então não é líquido;
d) se X não é vegetal, então é azul;
e) se X não é azul, então não é vegetal.

Comentários:

Note que tanto as afirmações presentes no enunciado quanto as possíveis conclusões presentes nas
alternativas são condicionais. Vamos, portanto, utilizar o método da transitividade do condicional.

Sejam as proposições simples:

l: "X é líquido."
a: "X é azul."
v: "X é vegetal."

Podemos descrever as afirmações do seguinte modo:

Afirmação I: l→~a
Afirmação II: ~l→v

Ao concatenarmos a contrapositiva da afirmação I com a afirmação II, obtemos a conclusão a→v. Veja:

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Contrapositiva I: a→~l
Afirmação II: ~l→v
Conclusão: a→v

Logo, é correto concluir a→v, que corresponde a "se X é azul, então é vegetal".

Gabarito: Letra A.

(FGV/SEN/2012) Considere verdadeiras as seguintes proposições compostas:


I. Se João é brasileiro, então Maria não é portuguesa.
II. Se Pedro não é japonês, então Maria é portuguesa.
III. Se João não é brasileiro, então Pedro é japonês.
Logo, é correto deduzir que
a) Pedro é japonês.
b) Maria é portuguesa.
c) Pedro não é japonês.
d) João é brasileiro.
e) João não é brasileiro.

Comentários:

Vamos resolver essa questão por dois métodos:

• Método da transitividade do condicional; e


• Método da tabela-verdade.

Método da transitividade do condicional

Sejam as proposições simples:

j: "João é brasileiro."
m: "Maria é portuguesa."
p: "Pedro é japonês."

As afirmações são descritas por:

Afirmação I: j→~m
Afirmação II: ~p→m
Afirmação III: ~j→p

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Ao concatenarmos a contrapositiva da afirmação I com a afirmação III, conclui-se m→p.

Contrapositiva I: m→~j
Afirmação III: ~j→p
Conclusão I: m→p

Ao concatenarmos a afirmação II com a conclusão I, conclui-se ~p→p.

Afirmação II: ~p→m


Contrapositiva II: m→p
Conclusão II: ~p→p.

Como a conclusão ~p→p é uma consequência verdadeira das afirmações do enunciado, temos que p é
verdadeiro. Isso porque, caso p fosse falso, teríamos a condicional V→F, que é uma condicional falsa.

Logo, é correto concluir p, isto é, "Pedro é japonês". O gabarito, portanto, é letra A.

Método da tabela-verdade

Devemos selecionar a alternativa que apresenta uma conclusão que tornaria o argumento válido. Nesse
caso, vamos seguir as três etapas apresentadas na teoria:

Etapa 1: desconsiderar o contexto, transformando as afirmações da língua portuguesa para a linguagem


proposicional

Sejam as proposições simples:

j: "João é brasileiro."
m: "Maria é portuguesa."
p: "Pedro é japonês."

As afirmações são descritas por:

Afirmação I: j→~m
Afirmação II: ~p→m
Afirmação III: ~j→p

Etapa 2: inserir todas as premissas/afirmações na tabela e obter as linhas da tabela-verdade em que


todas as premissas/afirmações são simultaneamente verdadeiras

A tabela-verdade com as afirmações fica assim:

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Note que as linhas da tabela-verdade em que as afirmações são verdadeiras são 3, 5 e 7.

Etapa 3: verificar a resposta que apresenta uma proposição que é verdadeira para todas as linhas obtidas
na etapa anterior

a) p − Alternativa correta, pois p é verdadeiro para todas as linhas obtidas.


b) m − Alternativa incorreta, pois m pode ser tanto V quanto F.
c) ~p − Alternativa incorreta, pois p é verdadeiro para todas as linhas obtidas e, portanto, ~p é falso.
d) j − Alternativa incorreta, pois j pode ser tanto V quanto F.
e) ~j − Alternativa incorreta, pois j pode ser tanto V quanto F.
Gabarito: Letra A.

Cebraspe

Texto para as questões 21 e 22


O homem e o aquecimento global
P1: O planeta já sofreu, ao longo de sua existência de aproximadamente 4,5 bilhões de anos, processos de
resfriamentos e aquecimentos extremos (ou seja, houve alternância de climas quentes e frios) e a presença
humana no planeta é recente, cerca de 2 milhões de anos.
P2: Se houve alternância de climas quentes e frios, este é um fenômeno corrente na história do planeta.
P3: Se a alternância de climas é um fenômeno corrente na história do planeta, o atual aquecimento global é
apenas mais um ciclo do fenômeno.
P4: Se o atual aquecimento global é apenas mais um ciclo do fenômeno, como a presença humana no planeta
é recente, então a presença humana no planeta não é causadora do atual aquecimento global.
C: Logo, a presença humana no planeta não é causadora do atual aquecimento global.
Considerando o argumento acima, em que as proposições de P1 a P4 são as premissas e C é a conclusão,
julgue os itens seguintes.

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(CESPE/IBAMA/2013) Se o argumento apresentado é um argumento válido, a sua conclusão é uma


proposição verdadeira.

(CESPE/IBAMA/2013) Se o argumento apresentado não é um argumento válido, suas premissas são


proposições falsas.

Comentários:

Questão 21

A questão trata sobre a diferença entre validade dos argumentos dedutivos e verdade das proposições.

O argumento dedutivo é válido quando a conclusão é necessariamente verdadeira uma vez que as
premissas são CONSIDERADAS verdadeiras.

Sabemos da teoria que existem três situações em que um argumento pode ser válido:

• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;


• Premissas falsas e conclusão falsa; e
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.

Logo, não necessariamente um argumento válido precisa apresentar uma conclusão verdadeira.

O gabarito, portanto, é ERRADO.

Questão 22

A questão trata sobre a diferença entre validade dos argumentos dedutivos e verdade das proposições.

O argumento dedutivo é inválido quando, CONSIDERADAS as premissas como verdadeiras, a conclusão


obtida é falsa.

Sabemos da teoria que existem quatro situações em que um argumento pode ser inválido:

• Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira;


• Premissas verdadeiras e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão falsa;
• Premissas falsas e conclusão verdadeira.

Logo, se o argumento em questão não é válido, não necessariamente suas premissas precisam ser
proposições falsas.

O gabarito, portanto, é ERRADO.

Gabarito: 21 - ERRADO. 22 - ERRADO.

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(CESPE/MEC/2015) Julgue o item subsequente, relacionados à lógica de argumentação.


O texto “Penso, logo existo” apresenta um argumento válido.

Comentários:

No argumento apresentado temos uma única premissa e uma única conclusão.

Premissa: Penso.
Conclusão: Existo.

Observe que o argumento é inválido, pois a premissa não dá suporte para a conclusão. Diferente seria se
incluíssemos no argumento a premissa "Todos os que pensam, existem". Veja:

Premissa 1: Todos os que pensam, existem.


Premissa 2: Penso.
Conclusão: Existo.

Nesse caso, por diagramas lógicos, a conclusão inequivocamente decorre das premissas e o argumento é
válido.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE/STJ/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar
essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas
disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente para estudar e não
será aprovada nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela
aprende o conteúdo de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela
é aprovada em Química Geral”; c: “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que o
argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.

Comentários:

Como a conclusão é uma proposição simples, podemos usar o método da conclusão falsa.
Etapa 1: desconsiderar o contexto

Sejam as proposições simples:

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m: " Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1."

n: " Mariana aprende o conteúdo de Química Geral."

a: "Mariana é aprovada em Química Geral."

O argumento é dado por:

Premissa 1: m→n
Premissa 2: n→a
Conclusão: a

Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa

Se considerarmos a conclusão falsa, a é F.

Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa

Para a premissa 2 ser verdadeira, devemos ter o antecedente da condicional falso, pois o consequente a é
falso. Logo, n é F.

Para a premissa 1 ser verdadeira, devemos também ter o antecedente da condicional falso, pois o
consequente n é falso. Logo, m é F.

Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE/MPOG/2015)

A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue o
seguinte item.

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Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se for
ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”,
em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa representação constitui
um argumento válido.

Comentários:

Como a conclusão é uma proposição simples, podemos usar o método da conclusão falsa.

Etapa 1: desconsiderar o contexto


Sejam as proposições simples:
i: "Serei ignorante."
f: "Serei feliz."
a: "Assistirei à aula."

As premissas e a conclusão são dadas por:


Premissa 1 (P): i→f
Premissa 2 (Q): a→~i
Premissa 3 (R): f
Conclusão (S): ~a

Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa

Considerando que a conclusão é falsa, ~a é falso. Logo, a é V.

Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa

Para a premissa 3 ser verdadeira, devemos ter que f é V.


Para a premissa 2 ser verdadeira, como temos o antecedente a verdadeiro, não podemos ter o consequente
~i falso, ou seja, ~i é V. Logo, i é F.
A premissa 1 é verdadeira, pois se trata de um condicional F→V.

Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Logo,
o argumento é inválido.

Gabarito: ERRADO.

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(CESPE/SUFRAMA/2014) Considere as seguintes proposições:


P1: Se o Brasil reduzir as formalidades burocráticas e o nível de desconfiança nas instituições públicas,
eliminar obstáculos de infraestrutura e as ineficiências no trânsito de mercadorias e ampliar a publicação
de informações envolvendo exportação e importação, então o Brasil reduzirá o custo do comércio exterior.
P2: Se o Brasil reduzir o custo do comércio exterior, aumentará o fluxo de trocas bilaterais com outros
países.
C: Se o Brasil reduzir o nível de desconfiança nas instituições públicas, aumentará o fluxo de trocas
bilaterais com outros países.
A partir dessas proposições, julgue o item seguinte a respeito de lógica sentencial.
O argumento constituído pelas premissas P1 e P2 e pela conclusão C é um argumento válido.

Comentários:

Como a conclusão é uma condicional, podemos usar o método da conclusão falsa.


Etapa 1: desconsiderar o contexto

r: "O Brasil reduz as formalidades burocráticas."

d: "O Brasil reduz o nível de desconfiança nas instituições públicas."

e: "O Brasil elimina obstáculos de infraestrutura."

t: "O Brasil elimina as ineficiências no trânsito de mercadorias."

a: "O Brasil amplia a publicação de informações envolvendo exportação e importação."

k:"O Brasil reduz o custo do comércio exterior."

f: "O Brasil aumenta o fluxo de trocas bilaterais com outros países."

Definidas as proposições simples, temos o seguinte:

P1: r∧d∧e∧t∧a → k
P2: k → f
C: d → f

Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa

Considerando a conclusão falsa, d é V e f é F.

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Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa

Para a premissa P2 ser verdadeira, k é F, pois não podemos ter o antecedente k verdadeiro com o
consequente f falso.

Para a premissa P1 ser verdadeira, r∧d∧e∧t∧a é F, pois não podemos ter o antecedente r∧d∧e∧t∧a
verdadeiro com o consequente k falso.

Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. Para
tanto, além dos valores obtidos, basta que r∧d∧e∧t∧a seja falso, ou seja, basta que uma das cinco
proposições, r, d, e, t ou a sejam falsas. Temos, portanto, um argumento inválido.

Gabarito: ERRADO.

(CESPE/SUFRAMA/2014) Pedro, um jovem empregado de uma empresa, ao receber a proposta de novo


emprego, fez diversas reflexões que estão traduzidas nas proposições abaixo.
P1: Se eu aceitar o novo emprego, ganharei menos, mas ficarei menos tempo no trânsito.
P2: Se eu ganhar menos, consumirei menos.
P3: Se eu consumir menos, não serei feliz.
P4: Se eu ficar menos tempo no trânsito, ficarei menos estressado.
P5: Se eu ficar menos estressado, serei feliz.
A partir dessas proposições, julgue o item a seguir.
É válido o argumento em que as proposições P1, P2, P3, P4 e P5 são as premissas e a proposição “Se aceitar
o novo emprego, serei feliz e não serei feliz” é a conclusão.
Comentários:
Como a conclusão é uma condicional, podemos usar o método da conclusão falsa.

Etapa 1: desconsiderar o contexto

a: "Eu aceito o novo emprego."


g: "Ganharei menos."
t: "Ficarei menos tempo no trânsito."
m: "Consumirei menos."
f: "Serei feliz."
e: "Ficarei menos estressado."

As premissas do argumento e a conclusão C são dadas por:

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P1: a→ g∧t
P2: g→m
P3: m→~f
P4: t→e
P5: e→f
C: a→ f∧~f
Etapa 2: partir da hipótese que a conclusão é falsa
Sendo a conclusão falsa, a→ f∧~f é falso. Isso significa que a é V e f∧~f é falso. Observe que sempre a
conjunção de uma proposição com a sua negação é falsa, logo o fato de f∧~f ser falso não nos traz nenhuma
informação nova.

Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa

A premissa P1 é uma condicional verdadeira com o antecedente a verdadeiro. Logo, o consequente g∧t deve
ser verdadeiro, pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa. Isso significa que g é V e
que t é V.
A premissa P2 é uma condicional verdadeira com o antecedente g verdadeiro. Logo, o consequente m é V,
pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa.
A premissa P3 é uma condicional verdadeira com o antecedente m verdadeiro. Logo, o consequente ~f é V,
pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa. Isso significa que f é F.
A premissa P4 é uma condicional verdadeira com o antecedente t verdadeiro. Logo, o consequente e é V,
pois se o consequente fosse falso teríamos uma condicional falsa.
Note que não é possível que a premissa P5 seja uma condicional verdadeira, pois temos o antecedente e
verdadeiro com o consequente f falso.

Não é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa. O
argumento, portanto, é válido.

Gabarito: CERTO.

FCC

(FCC/ISS Manaus/2019) João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não
jogue. Se João viajou no feriado, então
a) Joana não estava na capital e o time de João jogou.
b) Joana estava na capital ou o time de João não jogou.
c) Joana não estava na capital e o time de João não jogou.

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d) Joana estava na capital e o time de João não jogou.


e) Joana não estava na capital ou o time de João jogou.

Comentários:

Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.


Sejam as proposições simples:
f: " João viaja no feriado."
c: "Joana está na capital."
t: "O time de João joga."

"João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não jogue" corresponde a:

(c∨~t)→~f: "Se [(Joana está na capital) ou (o time de João não joga)], então [João não viaja no feriado]."

Além disso, "João viajou no feriado" corresponde a f.


Logo, temos as seguintes premissas:
Premissa 1: (c∨~t)→~f
Premissa 2: f

Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente (pois a premissa f é a negação do consequente ~f). Uma conclusão válida,
portanto, é dada pela negação do antecedente. Logo, é correto concluir ~(c∨~t). Por De Morgan, temos:

~(c∨~t) ≡ ~c∧~(~t)

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

~(c∨~t) ≡ ~c∧t

A conclusão obtida, ~c∧t, corresponde à letra A.

~c∧t: "[Joana não estava na capital] e [o time de João jogou]."

Gabarito: Letra A.

(FCC/CM Fortaleza/2019) Sempre que, em um dia, há aula de Matemática e de Física, mas não há aula
de Português, Anita leva sua calculadora de casa para a escola. Se hoje Anita não levou sua calculadora de
casa para a escola, então, certamente, hoje
a) não houve aula de Matemática, nem de Física, mas houve de Português.
b) não houve aula de Matemática, ou não houve aula de Física, ou houve aula de Português.

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c) não houve aula de Matemática, nem de Física, nem de Português.


d) houve aula de Matemática e de Física, mas não houve aula de Português.
e) não houve aula de Matemática, ou não houve aula de Física, ou não houve aula de Português.

Comentários:

Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.

Sejam as proposições simples:

m: "Há aula de Matemática."


f: "Há aula de Física."
p: "Há aula de Português."
a: "Anita leva sua calculadora de casa para a escola."

A expressão utiliza o conectivo "mas", que deve ser tratado como uma conjunção "e". Além disso, há uso o
termo "sempre que...", que deve ser entendido como um condicional.

Assim, proposição original corresponde a (m ∧ f ∧~p) → a:

(m∧f) ∧~p → a: "Se [(há aula de Matemática) e (de Física), e (não há aula de Português)], então [Anita leva
sua calculadora de casa para a escola]."

Além disso, "hoje Anita não levou sua calculadora de casa para a escola" significa que, hoje:

~a: "Anita não leva sua calculadora de casa para a escola."

Logo, temos as seguintes premissas:

Premissa 1: (m ∧ f ∧~p) → a

Premissa 2: ~a

Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente. Uma conclusão válida, portanto, é dada pela negação do antecedente. Logo,
é correto concluir ~[m ∧ f ∧~p].

Podemos desenvolver essa expressão por De Morgan, pois ela se trata da negação de uma conjunção do
termo (m∧ f) com o termo ~p.

~[(m∧ f) ∧~p] ≡ ~(m∧ f)∨~(~p)

A dupla negação de p corresponde a p. Além disso, novamente podemos aplicar a mesma equivalência de
De Morgan para ~(m∧ f). Ficamos com:

~ m∨~f ∨ p

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A frase correspondente à expressão acima é:

~ m ∨~f ∨ p: "(Não houve aula de Matemática), ou (não houve aula de Física), ou (houve aula de
Português)."

Gabarito: Letra B.

(FCC/IBMEC/2018) Considere a seguinte sentença:


“Se Teobaldo estudou toda a matéria da prova, e se ele não estiver doente, então ele fará uma boa prova”.
Assim, sabendo que Teobaldo foi mal na prova, conclui-se que
a) ele ficou doente no dia da prova.
b) ele não estudou toda a matéria da prova.
c) ele não estudou toda a matéria da prova, ou ele estava doente.
d) ele estudou apenas uma parte da matéria da prova.
e) ele ficou doente e, por isso, não conseguiu estudar toda a matéria da prova.

Comentários:

Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.

Sejam as proposições simples:

e: "Teobaldo estudou toda a matéria da prova."


d: "Teobaldo estava doente."
b: "Teobaldo fez uma boa prova."

“Se Teobaldo estudou toda a matéria da prova, e se ele não estiver doente, então ele fará uma boa prova”
corresponde à seguinte proposição:

(e∧~d)→b: "Se [(Teobaldo estudou toda a matéria da prova) e (não estiver doente)], então [ele fará uma
boa prova]."

Além disso, devemos considerar que "Teobaldo foi mal na prova" corresponde a:

~b: "Teobaldo não fez uma boa prova."

Logo, temos as seguintes premissas:

Premissa 1: (e∧~d)→b
Premissa 2: ~b

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Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente. Uma conclusão válida, portanto, é dada pela negação do antecedente. Logo,
é correto concluir ~(e∧~d). Por De Morgan, temos:

~(e∧~d) ≡ ~e∨~(~d)

A dupla negação corresponde à proposição original. Ficamos com:

~(e∧~d) ≡ ~e∨d

A conclusão obtida, ~e∨d, corresponde à letra C.

Gabarito: Letra C.

(FCC/TRT 15/2018) Considere os dois argumentos a seguir:


I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não sabe escrever petições.
Ana Maria nunca escreve petições.
Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela nunca escreve petições.
Ana Maria nunca escreve petições.
Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
Comparando a validade formal dos dois argumentos e a plausibilidade das primeiras premissas de cada
um, é correto concluir que
a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mesmo que a primeira premissa de I seja mais plausível
que a de II.
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
d) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, pois a primeira premissa de II é mais plausível que a de
I.
e) o argumento I é válido e o argumento II é inválido, mesmo que a primeira premissa de II seja mais plausível
que a de I.

Comentários:

Considere as proposições simples:


n: "Ana Maria nunca escreve petições."
s: "Ana Maria não sabe escrever petições."

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Validade do argumento I

Note que o argumento I é um Modus Ponens, pois temos como premissas um condicional e a afirmação do
antecedente e, como conclusão, temos o consequente:

Premissa 1: n→s
Premissa 2: n
Conclusão: s

Trata-se, portanto, de um argumento válido.

Validade do argumento II

O argumento II pode ser descrito da seguinte forma:

Premissa 1: s→n
Premissa 2: n
Conclusão: s

Podemos verificar que esse argumento é inválido por meio do método da conclusão falsa.

Supondo que a conclusão é falsa, s é F.

Para a premissa 2 ser verdadeira, n é V. Veja, nesse caso, que a premissa 1 também é verdadeira, pois temos
o condicional F→V.

Uma vez que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa,
temos um argumento inválido.

Resposta da questão

Como já sabemos que o argumento I é válido e que o argumento II é inválido, já podemos marcar a letra E
como alternativa correta.

Para fins didáticos, vamos verificar do que se trata a "plausibilidade" das premissas. Verificar se uma
premissa é plausível ou não significa entrar no campo da verdade das premissas, não da validade do
argumento.

Nesse caso, podemos dizer que a primeira premissa do argumento II é mais plausível do que a primeira
premissa do argumento I. Isto é, no mundo dos fatos, é mais plausível que a condicional "Se Ana Maria não
sabe escrever petições, então ela nunca escreve petições" seja verdadeira comparativamente à condicional
"Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não sabe escrever petições". Isso porque realmente faz
sentido e é provável que alguém que não saiba escrever petições de fato nunca escreva petições. Por outro
lado, é menos plausível dizer que alguém que nunca escreve petições de fato não saiba escrever petições.

Gabarito: Letra E.

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(FCC/TST/2017) Foi realizada uma pesquisa junto aos clientes de um determinado shopping center. As
afirmações abaixo foram recolhidas a partir da fala de alguns desses clientes:
I. Quando os preços são altos, as lojas têm boa reputação.
II. Sempre que os produtos são de boa qualidade, os preços são altos.
III. Há lojas com produtos de boa qualidade, mas com atendimento ruim.
IV. Sempre que as lojas são bem decoradas, elas têm bom atendimento.
V. As lojas com boa reputação são sempre bem decoradas.
A afirmação que está em contradição com o conjunto das demais é a
a) I.
b) V.
c) III.
d) IV.
e) II.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

a: "Os preços são altos."


r: "As lojas têm boa reputação."
q: "Os produtos são de boa qualidade."
t: "As lojas tem um bom atendimento."
d: "As lojas são bem decoradas."

As afirmações podem ser descritas por:

Afirmação I: a→r
Afirmação II: q→a
Afirmação III: q∧~t
Afirmação IV: d→t
Afirmação V: r→d

Veja que todas as afirmações são condicionais, exceto a III. Utilizando, em sequência, as afirmações II, I, V e
IV, obtemos, por meio da transitividade do condicional, a conclusão q→t. Observe:

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Afirmação II: q→a


Afirmação I: a→r
Afirmação V: r→d
Afirmação IV: d→t
Conclusão: q→t

A afirmação III, por outro lado, contradiz a conclusão q→t. Isso porque ela é justamente a negação dessa
condicional:

~(q→t) ≡ q∧~t

Logo, a afirmação que está em contradição com o conjunto das demais é a III.

Gabarito: Letra C.

Vunesp

(VUNESP/PC BA/2018) De um argumento válido com duas premissas, conclui-se corretamente que
Alexandre não é casado com Carla. Uma das premissas desse argumento afirma como verdadeiro que
Alexandre é casado com Carla se, e somente se, Maria é irmã de Carla. Sendo assim, uma segunda premissa
verdadeira para esse argumento é
a) Carla não é irmã de Maria.
b) Alexandre é casado com Carla.
c) Maria é irmã de Carla.
d) Alexandre é irmão de Maria.
e) Maria não é irmã de Alexandre.

Comentários:

Sejam as proposições simples:

a: "Alexandre é casado com Carla."


m: "Maria é irmã de Carla."

Temos o seguinte argumento válido:

Premissa 1: am
Premissa 2: a determinar
Conclusão: ~a

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Note que a premissa 1 é uma bicondicional entre a e m, que deve ser considerada verdadeira. Para ser
verdadeira, a e m devem ter os mesmos valores lógicos (ambos são V ou ambos são F).

A conclusão, que é uma consequência necessariamente verdadeira das premissas, nos diz que ~a é
verdadeiro e, portanto, a é falso.

Como a é falso, devemos ter m falso para que a premissa 1 seja respeitada. Logo, uma premissa possível
para o argumento é ~m, que deve ser verdadeira.

Note, portanto, que o argumento a seguir é válido:

Premissa 1: am
Premissa 2: ~m
Conclusão: ~a

Sendo assim, uma segunda premissa verdadeira para esse argumento é ~m: "Maria não é irmã de Carla". A
alternativa A apresenta essa premissa de uma outra forma: "Carla não é irmã de Maria".

Gabarito: Letra A.

(VUNESP/PC SP/2014) Considerando a premissa maior “Todos os cavalos são vertebrados” e a


conclusão “Logo, Teodoro é vertebrado”, assinale a alternativa que apresenta a premissa menor do
silogismo válido.
a) “Os cavalos são seres vivos”.
b) “Os vertebrados são mortais”.
c) “Teodoro é um cavalo”.
d) “Os vertebrados são cavalos”.
e) “Teodoro é mortal”.

Comentários:

Lembre-se que:

a) Termo maior: é termo que aparece no predicado da conclusão: vertebrado.


b) Termo médio: é o termo que aparece nas premissas e não aparece na conclusão: cavalo.
c) Termo menor: é o termo que aparece no sujeito da conclusão: Teodoro.

A premissa menor é a premissa que contém o termo menor e o termo médio: "Teodoro é um cavalo."

Nesse caso, obtemos o seguinte silogismo:


Premissa Maior: Todos os cavalos são vertebrados.
Premissa Menor: Teodoro é um cavalo.

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Conclusão: Logo, Teodoro é vertebrado.

Note que o silogismo de fato é válido, pois uma vez consideradas as premissas verdadeiras a conclusão é
necessariamente verdadeira. Isso pode ser verificado por diagramas lógicos:

Gabarito: Letra C.

(VUNESP/PC SP/2014) O silogismo é a forma lógica proposta pelo filósofo grego Aristóteles (384 a 322
a.C.) como instrumento para a produção de conhecimento consistente. O silogismo é tradicionalmente
constituído por
a) duas premissas, dois termos médios e uma conclusão que se segue delas.
b) uma premissa maior e uma conclusão que decorre logicamente da premissa.
c) uma premissa maior, uma menor e uma conclusão que se segue das premissas.
d) três premissas, um termo maior e um menor que as conecta logicamente.
e) uma premissa, um termo médio e uma conclusão que decorre da premissa.

Comentários:

O silogismo é constituído por duas premissas: premissa maior e premissa menor. Além disso, a conclusão é
uma consequência das premissas. O gabarito, portanto, é letra C.

Vejamos o erro das demais alternativas:

a) Temos apenas um termo médio, que aparece nas duas premissas e não aparece na conclusão.

b) A conclusão decorre logicamente de duas premissas: da premissa maior e da premissa menor.

d) O silogismo é constituído por duas premissas que são conectadas logicamente pelo termo médio.

e) O silogismo é constituído por duas premissas, não apenas uma.

Gabarito: Letra C.

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(VUNESP/ISS Campinas/2019) Considere verdadeiras as seguintes premissas:


I. Ou Carlos é auditor fiscal ou Vânia é auditora fiscal.
II. Se Carlos é auditor fiscal, então Roberto é juiz.
III. Roberto é juiz ou Vânia é auditora fiscal.
Das alternativas a seguir, a única que contém uma afirmação que pode ser tomada como conclusão para
se ter, juntamente com as três premissas apresentadas, um argumento válido é:
a) Carlos e Vânia não são auditores fiscais e Roberto é juiz.
b) Carlos e Vânia são auditores fiscais e Roberto é juiz.
c) Carlos não é auditor fiscal, Vânia é auditora fiscal, e Roberto não é juiz.
d) Carlos e Vânia não são auditores fiscais e Roberto não é juiz.
e) Carlos é auditor fiscal, Vânia não é auditora fiscal e Roberto não é juiz.

Comentários:

Pessoal, primeiramente vamos resolver essa questão pela "técnica da malandragem", que consiste em
eliminar alternativas.

Veja que na premissa I temos uma disjunção exclusiva. Isso significa que "Carlos é auditor fiscal" e "Vânia é
auditora fiscal" devem apresentar valores lógicos distintos. Com essa informação, já podemos eliminar as
alternativas A, B e D. Resta-nos as alternativas C e E.

Veja que na premissa III temos uma disjunção inclusiva. Isso significa que "Roberto é juiz" e "Vânia é auditora
fiscal" não podem ser simultaneamente falsos. Com isso, podemos eliminar a alternativa E, que afirma como
verdade que " Vânia não é auditora fiscal e Roberto não é juiz".

Resta-nos, portanto, a alternativa C. Na hora da prova, marque a alternativa e seja feliz.

Vamos agora resolver o problema de uma maneira mais formal, por meio de tabela-verdade.

Devemos obter todas as linhas em que as premissas são verdadeiras. Considere as proposições simples:

c: "Carlos é auditor fiscal."


v: "Vânia é auditora fiscal."
r: "Roberto é juiz."

As premissas podem ser descritas por:

Premissa I: c ∨ v
Premissa II: c→r
Premissa III: r∨v

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Na tabela-verdade a seguir, observe que as linhas 3, 5 e 6 apresentam as três premissas verdadeiras.

Temos, portanto, três possibilidades para os valores lógicos de c, v e r:


• Linha 3: V/F/V;
• Linha 5: F/V/V;
• Linha 6: F/V/F.

Isso significa que, consideradas as premissas verdadeiras, as seguintes conclusões em formato de conjunção
são verdadeiras:

• Linha 3: c∧~v∧r
• Linha 5: ~c∧v∨r
• Linha 6: ~c∧v∧~r

Observando as alternativas, que são todas conjunções de c, v, e r, temos apenas que a alternativa C é
verdadeira, pois corresponde à linha 6: ~c∧v∧~r.

Gabarito: Letra C.

(VUNESP/CMSJC/2018) Considere verdadeiras as duas afirmações a seguir.


Se hoje é feriado, então amanhã eu trabalho.
Amanhã eu não trabalho.
Com base apenas nas informações apresentadas, conclui-se corretamente que
a) hoje não é feriado.
b) hoje é feriado.
c) amanhã não será feriado.
d) amanhã será feriado.
e) ontem foi feriado.

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Comentários:

Vamos resolver esse problema pelas regras de inferência.

Sejam as proposições simples:

h: "Hoje é feriado."

a: "Amanhã eu trabalho."

Note que temos as seguintes premissas por meio das quais devemos encontrar uma conclusão apropriada:
Premissa 1: h→a
Premissa 2: ~a

Veja que o argumento apresentado é corresponde ao Modus Tollens: temos como premissas um condicional
e a negação do consequente. Uma conclusão válida, portanto, é dada pela negação do antecedente: ~h.

~h: "Hoje não é feriado."

Gabarito: Letra A.

(VUNESP/PC SP/2018) Se o depoente A compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do


depoente A foi lavrado. Se o depoente B compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do
depoente B foi lavrado. Sabendo-se que o boletim de ocorrência do depoente A não foi lavrado ou o
boletim de ocorrência do depoente B não foi lavrado, então conclui-se, corretamente, que
a) o depoente B não compareceu ao plantão.
b) o depoente A não compareceu ao plantão ou o depoente B não compareceu ao plantão.
c) o depoente A não compareceu ao plantão e o depoente B também não compareceu.
d) se o depoente A não compareceu ao plantão, então o depoente B também não compareceu.
e) o depoente A não compareceu ao plantão.

Comentários:

Considere as seguintes proposições simples:

p: "O depoente A compareceu ao plantão."

q: "O boletim de ocorrência do depoente A foi lavrado."

r: "O depoente B compareceu ao plantão."

s: "O boletim de ocorrência do depoente B foi lavrado."

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Note que as premissas do enunciado correspondem a:

Premissa I: p→q
Premissa II: r→s
Premissa III: ~q∨~s

Veja que as premissas presentadas correspondem ao dilema destrutivo, em que a terceira premissa é a
disjunção inclusiva da negação dos consequentes das duas primeiras premissas − ~q∨~s.

Sabemos que, no dilema destrutivo, uma conclusão correta é a disjunção inclusiva da negação dos
antecedentes das duas primeiras premissas − ~p∨~r. Essa conclusão correta está presente na letra B:

~p∨~r: "(O depoente A não compareceu ao plantão) ou (o depoente B não compareceu ao plantão)."

Gabarito: Letra B.

(VUNESP/CM Indaiatuba/2018) Se Joana é dentista e Mauro é médico, então Cristina não é funcionária
pública. Se Mirian é casada, então João é solteiro. Sabe-se que Joana é dentista e Mauro é médico, ou que
Mirian é casada. Logo:
a) Cristina não é funcionária pública.
b) João é solteiro.
c) Cristina não é funcionária pública e João é solteiro.
d) João é solteiro ou Cristina não é funcionária pública.
e) Cristina é funcionária pública e João não é solteiro.

Comentários:

Considere as seguintes proposições simples:

d: "Joana é dentista."
m: "Mauro é médico."
f: "Cristina é funcionária pública."
c: "Mirian é casada."
s: "João é solteiro."

Note que as premissas do enunciado correspondem a:

Premissa I: (d∧m)→~f − "Se Joana é dentista e Mauro é médico, então Cristina não é funcionária pública."
Premissa II: c→s − "Se Mirian é casada, então João é solteiro."
Premissa III: (d∧m)∨c − "Joana é dentista e Mauro é médico, ou Mirian é casada."

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Veja que as premissas presentadas correspondem ao dilema construtivo, em que a terceira premissa é a
disjunção inclusiva dos antecedentes das duas primeiras premissas − (d∧m)∨c.

Sabemos que no dilema construtivo uma conclusão correta é a disjunção inclusiva dos consequentes das
duas primeiras premissas − ~f∨s:

~f∨s: "(Cristina não é funcionária pública) ou (João é solteiro)."

Essa conclusão correta está presente na letra D na forma equivalente em que se troca de posição os dois
termos da disjunção inclusiva por meio da propriedade comutativa:

s∨~f: "(João é solteiro) ou (Cristina não é funcionária pública)."

Gabarito: Letra D.

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LISTA DE QUESTÕES – MULTIBANCAS

Conectivos Lógicos: Questões Clássicas

Outras Bancas

(FUNDATEC/SEPOG RS/2022) Se não chover, então vou ao parque ou vou ao cinema. Não fui ao cinema
e não choveu. Portanto, é possível afirmar que:
a) Choveu ou fui ao cinema.
b) Não fui ao parque.
c) Fui ao cinema.
d) Choveu e fui ao cinema.
e) Fui ao parque.

(Instituto AOCP/SEAD GO/2022) Considere as seguintes afirmações:


• Se Ana for atriz, então a mãe de Ana não conhecerá Paris.
• Se a mãe de Ana não conhecerá Paris, então Rita não será bailarina.
• Pedro passará no concurso ou a mãe de Ana não conhecerá Paris.
• Pedro não passará no concurso e Ana não será atriz.
A partir dessas afirmações, é correto afirmar que
a) Rita não será bailarina e Ana não será atriz.
b) Ana será atriz e a mãe de Ana conhecerá Paris.
c) A mãe de Ana conhecerá Paris ou Rita será bailarina.
d) Pedro passará no concurso ou a mãe de Ana conhecerá Paris.
e) Pedro não passará no concurso e Ana será atriz.

(Instituto AOCP/PC PA/2021) Quatro aviões de transporte de passageiros, identificados por A, B, C e D,


estão sobrevoando um aeroporto e aguardando uma mensagem da torre de comando, a qual informará
em qual pista cada avião deve pousar. Na torre de comando, verificadas as variáveis para cada um dos
aviões, foi constatado que:
• se o avião A não deve pousar na pista 3, então o avião B não deve pousar na pista 2;
• se o avião B não deve pousar na pista 2, então o avião C deve pousar na pista 3;
• se o avião C deve pousar na pista 3, então o avião D não deve pousar na pista 1.

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Após analisar essas condicionais, a mensagem foi enviada para cada um dos aviões, sendo que, nessa
mensagem, foi determinado que o avião D deve pousar na pista 1. Com base nessas informações, é
correto afirmar que
a) o avião A não deve pousar na pista 3.
b) o avião A deve pousar na pista 1.
c) o avião B deve pousar na pista 2.
d) o avião A deve pousar na pista 2.
e) o avião B não deve pousar na pista 2.

(FUNDATEC/Pref. Alpestre/2020) Analise as quatro afirmações abaixo, sabendo que a primeira delas é
FALSA e as demais são VERDADEIRAS, e assinale a alternativa correta.
∙ Cláudio é jogador ou Márcia não é psiquiatra.
∙ Se Marcelo é bancário, então Cláudio não é jogador.
∙ Ou Paulo é médico, ou Márcia é psiquiatra, mas não ambos.
∙ Cláudio é jogador ou Fábio é engenheiro.
a) Fábio não é engenheiro ou Márcia não é psiquiatra.
b) Marcelo é bancário ou Fábio é engenheiro.
c) Márcia é psiquiatra e Marcelo não é bancário.
d) Paulo é médico e Fábio não é engenheiro.
e) Se Cláudio não é jogador, então Paulo é médico.

(FUNDATEC/CM Gramado/2019) Se João estuda então João passa na prova. Se João passa na prova
então João é nomeado. Se João é nomeado então João fica feliz. Sabe-se que João não está feliz, logo
conclui-se que:
a) João é nomeado.
b) João passa na prova.
c) João estudou.
d) João não é nomeado e João estudou.
e) João não estudou e não passou na prova.

(IDECAN/IF AM/2019) Se Davi é surfista, então Ana não é bailarina. Bruno não é jogador de futebol ou
Cinthia não é ginasta. Sabendo-se que Cinthia é ginasta e que Ana é bailarina, pode-se concluir
corretamente que

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a) Bruno é jogador de futebol e Davi é surfista.


b) Bruno é jogador de futebol e Davi não é surfista.
c) Bruno não é jogador de futebol e Davi é surfista.
d) se Bruno não é jogador de futebol, então Davi é surfista.
e) Bruno não é jogador de futebol e Davi não é surfista.

(IDIB/ISS Araguaína/2020) Considere que todas as afirmações a seguir são verdadeiras:


I. Ana é bonita.
II. Se Carlos usa boné, então Bruno é pequeno.
III. Se Bruno é pequeno, então Ana não é bonita.
IV. Ou Carlos usa boné, ou Duda come chocolate.
Pode-se concluir corretamente que
a) Bruno é pequeno.
b) Duda come chocolate.
c) Carlos usa boné.
d) Ana não é bonita.

(IDIB/Pref. Araguaína/2020) Considere as seguintes afirmações:


I. Se eu treinar, então eu não vou perder.
II. Ou eu descanso, ou eu treino.
III. Eu perdi.
Portanto, podemos concluir que
a) eu treinei.
b) eu descansei.
c) eu descansei e também treinei.
d) eu treinei, e não perdi.

(IBFC/CM Aqa/2017) Se Carlos não faltou ao serviço, então Ana não completou o arquivo. Se João não
fala inglês, então José é o intérprete. Beatriz é francesa ou Carlos não faltou ao serviço. Ora, Ana
completou o arquivo e João não fala inglês. Logo:
a) Carlos faltou ao serviço e José não é o intérprete
b) José é o intérprete e Beatriz não é francesa

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c) Carlos não faltou ao serviço ou Beatriz não é francesa


d) Ana completou o arquivo e Beatriz é francesa

(IBFC/TJ PE/2017) Sabe-se que se o prazo não foi cumprido, então o julgamento foi cancelado. Se o
julgamento foi cancelado, então o acusado solicitou audiência com o juiz. Considerando que o acusado
não solicitou audiência com o juiz, pode-se afirmar que:
a) O julgamento foi cancelado
b) O prazo não foi cumprido e o julgamento não foi cancelado
c) Se o julgamento não foi cancelado, então o prazo não foi cumprido
d) O prazo foi cumprido e o acusado não solicitou audiência com o juiz
e) Se o acusado não solicitou audiência com o juiz, então o prazo não foi cumprido
==13785a==

(QUADRIX/FDSBC/2019) No departamento de material gráfico de uma faculdade, há, entre outras, as


seguintes regras:
- Se for utilizada a impressora A, então a impressão é colorida.
- Se o material não for destinado a marketing, a impressão não pode ser colorida.
Determinado material não é destinado a marketing; então, necessariamente:
a) a impressão é colorida.
b) a impressão pode ser colorida.
c) é utilizada a impressora A.
d) não é utilizada a impressora A.
e) a impressão não pode ser colorida, e é utilizada a impressora A.

FGV

(FGV/SEFAZ AM/2022) Considere as sentenças a seguir.


Paulo é carioca ou Bernardo é paulista.
Se Sérgio é amazonense, então Paulo é carioca.
Sabe-se que a primeira sentença é verdadeira e a segunda é falsa. É correto concluir que
a) Paulo é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é amazonense.
b) Paulo é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é amazonense.
c) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio é amazonense.
d) Paulo não é carioca, Bernardo é paulista, Sérgio não é amazonense.
e) Paulo não é carioca, Bernardo não é paulista, Sérgio é amazonense.

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(FGV/FunSaúde CE/2021) Roberto fez as seguintes afirmações sobre suas atividades diárias:
• faço ginástica ou natação.
• vou ao clube ou não faço natação.
• vou à academia ou não faço ginástica.
Certo dia Roberto não foi à academia.
É correto concluir que, nesse dia, Roberto
a) fez ginástica e natação.
b) não fez ginástica nem natação.
c) fez natação e não foi ao clube.
d) foi ao clube e fez natação.
e) não fez ginástica e não foi ao clube.

Cebraspe

(CESPE/SEFAZ AL/2021) Considere as proposições lógicas P e Q, a seguir, a respeito de um condômino


chamado Marcos.
∙ P: “Se Marcos figura no quadro de associados e está com os pagamentos em dia, então ele tem direito a
receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu condomínio.”
∙ Q: “Marcos não figura no quadro de associados, mas ele está com os pagamentos em dia.”
Tendo como referência essas proposições, julgue o item a seguir.
Mesmo que sejam verdadeiras as proposições P e Q, não se pode afirmar que Marcos não tem direito a
receber os benefícios providos pela associação de moradores de seu condomínio.

(CESPE/Pref. B dos Coqueiros/2020) Considere as seguintes proposições.


• P: "Se Paulo é fiscal, então João é motorista."
• Q: "Maria é enfermeira ou João é motorista."
Sabendo-se que a proposição P é verdadeira e que a proposição Q é falsa, é correto concluir que
a) Maria não é enfermeira, João não é motorista e Paulo não é fiscal.
b) Maria não é enfermeira, João é motorista e Paulo é fiscal.
c) Maria é enfermeira, João não é motorista e Paulo não é fiscal.
d) Maria é enfermeira, João não é motorista e Paulo é fiscal.
e) Maria não é enfermeira, João não é motorista e Paulo é fiscal.

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FCC

(FCC/Pref Recife/2019) Sempre que eu passo na frente da casa de Rosa, o cão late. Se o cão late,
então o gato mia, o bebê chora e o guarda apita. Quando o bebê chora e a babá não está em casa, a mãe
não dorme. Se a mãe dorme e a babá não está em casa, então
a) não passo na casa de Rosa e o guarda não apita.
b) o cão não late e o guarda não apita.
c) não passo na casa de Rosa e o cão não late.
d) passo na casa de Rosa e o gato não mia.
e) o cão não late e o gato não mia.

(FCC/SEFAZ SC/2018) Considere as seguintes premissas:


− Se eu vou para a academia, eu durmo bem.
− Eu durmo bem e me alimento bem.
− Eu me alimento bem ou trabalho o dia inteiro.
A partir dessas premissas, uma conclusão válida é
a) “eu trabalho o dia inteiro e me alimento bem”.
b) “se eu trabalho o dia inteiro, eu durmo bem”.
c) “eu vou para a academia e durmo bem”.
d) “se eu vou para a academia, eu trabalho o dia inteiro”.
e) “eu vou para a academia ou trabalho o dia inteiro”.

Vunesp

(VUNESP/TJ SP/2021) Sabe-se que das afirmações a seguir, apenas a afirmação (III) é falsa.
I. Em um mesmo dia, ou João corre 10 km ou João pratica meditação.
II. Se João corre 10 km, então ele fica o dia todo bem humorado.
III. Ontem João estava bem humorado.
IV. No dia em que João pratica meditação, ele não conversa com ninguém.
Sendo assim, é correto concluir que ontem João
a) correu 10 km.
b) correu 10 km ou não praticou meditação.
c) não estava bem humorado e conversou com alguém.

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d) não conversou com ninguém.


e) não estava bem humorado e correu 10 km.

(VUNESP/CODEN/2021) Considere verdadeiras as afirmações I, II e III.


I. Se Francisco é mecânico, então Geraldo é encanador.
II. Se Heitor é vendedor, então Geraldo não é encanador.
III. Se Heitor não é vendedor, então José é pedreiro.
Considere falsidade a afirmação a seguir.
IV. Se Lucas é eletricista, então José é pedreiro.
A partir dessas informações, é correto concluir que
a) Lucas não é eletricista.
b) Geraldo é encanador.
c) Francisco não é mecânico.
d) José é pedreiro.
e) Heitor não é vendedor.

(VUNESP/FITO/2020) Considere verdadeiras as afirmações:


I. Felipe não é humorista.
II. Se André é estudioso, então Bruno não é atleta.
III. Se Bruno não é atleta, então Carla é atriz.
IV. Se Débora é cantora, então Carla não é atriz.
V. Se Enzo é escritor, então André é estudioso.
VI. Se Débora não é cantora, então Felipe é humorista.
A partir dessas informações, é verdade que
a) André é estudioso.
b) Carla é atriz.
c) Débora não é cantora.
d) Bruno não é atleta.
e) Enzo não é escritor.

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GABARITO – MULTIBANCAS

Conectivos Lógicos: Questões Clássicas

LETRA E
LETRA A
LETRA C
LETRA B
LETRA E
LETRA E
LETRA B
LETRA B
LETRA D
LETRA D
LETRA D
LETRA C
LETRA D
CERTO
LETRA A
LETRA C
LETRA B
LETRA D
LETRA C
LETRA E

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LISTA DE QUESTÕES – MULTIBANCAS

Lógica de argumentação: Argumentos dedutivos

Outras Bancas

(IBFC/Pref SGDA RN/2021) Uma pessoa procura por um argumento dedutivo a partir de duas premissas
listadas abaixo.
Premissa 1: Toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.
Premissa 2: Não se consegue medir o amor com um dispositivo.
A pessoa estabelece, então, duas proposições na forma de conclusões possíveis.
Conclusão 1: O amor não é uma quantidade física.
Conclusão 2: Nem toda quantidade física pode ser medida por algum dispositivo.
Partindo do princípio da lógica dedutiva, assinale a alternativa correta.
a) ambas conclusões são deduções válidas
b) apenas a conclusão 1 é uma dedução válida
c) apenas a conclusão 2 é uma dedução válida
d) nenhuma das conclusões é uma dedução válida

(QUADRIX/CRBM 4 PA RO/2021)
r: Todo número racional é irracional.
s: Todo número irracional é real.
t: Todo número racional é real.
Suponha-se que um argumento tenha como premissas as proposições r e s e como conclusão a proposição
t. Sendo assim, esse argumento é uma falácia porque r é uma proposição falsa.

(IBFC/IAT PR/2021) Considerando que as premissas seguintes são verdadeiras, analise os itens:
I. Se Carlos é advogado, então passou no exame. Carlos não passou no exame. Logo, Carlos não é
advogado.
II. Maria assiste à TV ou Felipe joga futebol. Felipe não joga futebol. Logo, Maria não assiste à TV.
III. Todo triângulo é polígono. Existe polígono que têm lados de medidas iguais. Logo, todo triângulo têm
lados de medidas iguais.
Quanto a validade ou não dos argumentos, é correto afirmar que:

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a) Somente I e III são válidos


b) I e II são válidos
c) Somente III não é válido
d) I, II e III não são válidos
e) Somente I é válido

(Instituto AOCP/FUNPRESP-JUD/2021) Considerando o conteúdo e as características do raciocínio lógico


e analítico, julgue o seguinte item.
"Se ontem o Euro estava em alta e estamos no final do ano, então teremos inflação. Ontem o Euro estava
em alta e teremos inflação. Logo, estamos no final do ano" é um exemplo de argumento válido.

(Instituto AOCP/FUNPRESP-JUD/2021) Considerando o conteúdo e as características do raciocínio lógico


e analítico, julgue o seguinte item.
"Se sou organizado, trabalho bem. Se não me atraso, me sinto confiante. Ontem me organizei e não me
senti confiante. Logo, trabalhei bem, mas cheguei atrasado" é um exemplo de argumento válido.

(IBFC/Divinópolis/2018) Se Carlos é atleta, então treina bastante. Se Carlos treina bastante, então não
tem tempo para se divertir. A conclusão desse argumento é:
a) Se Carlos não é atleta, então tem tempo para se divertir
b) Se Carlos é atleta, então não tem tempo para se divertir
c) Se Carlos é atleta, então tem tempo para se divertir
d) Se Carlos não é atleta, então não treina bastante

(QUADRIX/CRT SP/2021)
1) Faço uma doação ou compro um carro.
2) Se compro um carro, então não viajo de avião.
3) Se viajo de avião, então vou para a Flórida.
4) Se não viajo de avião, então assisto a filmes.
Considerando as afirmações lógicas acima, julgue o item.
Se viajo de avião, então faço uma doação.

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Texto para as questões 08 e 09


Todos os dias, 5 colegas de trabalho (Beatriz, João, Ana, Maurício e Josefina) almoçam em um restaurante
que oferece apenas um tipo de salada diariamente (temperada ou não temperada). Sendo assim, as
afirmações seguintes devem ser consideradas como verdadeiras.
• Beatriz come salada no almoço se, e somente se, ela estiver temperada.
• João come salada no almoço todos os dias.
• Se a salada estiver temperada, Ana comerá salada no almoço.
• Se Beatriz come salada, então Maurício come salada.
• Se a salada não estiver temperada, Josefina comerá salada no almoço.
Com base nesse caso hipotético, julgue os itens a seguir.

(QUADRIX/CRN 4/2022) Se Maurício não comeu salada no almoço, ela não estava temperada.

(QUADRIX/CRN 4/2022) Se Ana não comeu salada no almoço, então Beatriz também não comeu salada
no almoço.

(IDECAN/IF Baiano/2019) Assumindo que as premissas dos argumentos a seguir são verdadeiras,
analise os itens quanto à sua validade ou não:
I. Toda criança é estudante. Existe estudante que joga futebol. Logo, toda criança joga futebol.
II. Se Bruna é professora, então Bruna não pratica esportes. Bruna pratica esporte. Logo, Bruna não é
professora.
III. Todo jornalista apresenta um telejornal a noite. André é um jornalista. Portanto, André apresenta um
telejornal a noite.
Quanto a validade ou não dos argumentos, é correto afirmar que
a) o argumento I é válido.
b) o argumento II é não válido.
c) o argumento III é não válido.
d) o argumento I é não válido e o argumento II é válido.
e) o argumento II é não válido e o argumento III é válido.

(IBFC/SEPLAG SE/2018) Analise as três afirmativas abaixo sobre Lógica e Estrutura Argumentativa:
I. Uma estrutura argumentativa é construída com uma ou mais premissas e uma conclusão.
II. Caso uma premissa seja falsa em qualquer situação, qualquer conclusão que se baseie nela será sempre
inválida.
III. Uma estrutura argumentativa necessita ao menos de duas premissas para que possa ser considerada
válida.
Estão corretas as afirmativas:

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a) I, apenas
b) III, apenas
c) I e II, apenas
d) II e III, apenas

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018) Considere as seguintes premissas de um argumento:


• Se Ana gosta de Matemática, então Paulo gosta de Matemática.
• Quem gosta de Matemática não gosta de Biologia.
Então, uma conclusão para que esse argumento seja válido é:
a) Se Ana gosta de Matemática, então Paulo não gosta de Biologia.
b) Ana gosta de Matemática.
c) Paulo gosta de Matemática.
d) Paulo gosta de Biologia.
e) Ana gosta de Biologia.

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2018) Considere o seguinte argumento, no qual a conclusão foi omitida:


Premissa 1: p→[(~r)∨(~s)]
Premissa 2: [p∨ (~q)]∧[q∨(~p)]
Premissa 3: r∧s
Conclusão: XXXXXXXXXX
Uma conclusão que torna o argumento acima válido é
a) ~(p∨q)
b) (~q)∧p
c) (~p) ∧ q
d) p ∧ q
e) p ∨ q

(CESGRANRIO/PETROBRAS/2010) Toda afirmação de que várias proposições p (p 1,p2,...,pn) têm por


consequência uma outra proposição q constitui um argumento. Um argumento é válido quando
a) para todas as linhas da tabela verdade em que as premissas forem verdadeiras a conclusão também for
verdadeira.
b) para todas as premissas falsas existir uma negação que gere uma conclusão verdadeira.
c) para todas as conclusões falsas da tabela as premissas forem consideradas como verdadeiras.

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d) existirem apenas conclusões falsas, se e somente se as premissas forem verdadeiras.


e) existirem apenas conclusões verdadeiras, independente do valor atribuído às premissas.

FGV

(FGV/SEFAZ AM/2022) Considere as seguintes premissas:


• Quem tem azar não sorri.
• Quem é maratonista não está doente.
• Quem não está doente, sorri.
A partir dessas premissas é correto concluir que
a) Quem não está doente é maratonista.
b) Quem está doente não sorri.
c) Quem não tem azar sorri.
d) Quem é maratonista não tem azar.
e) Quem sorri, não está doente.

(FGV/BANESTES/2021) Considere como verdadeiras as sentenças a seguir.


Se Priscila é paulista, então Joel é capixaba.
Se Gabriela não é carioca, então Joel não é capixaba.
Se Gabriela é carioca, então Priscila não é paulista.
É correto deduzir que:
a) Gabriela é carioca;
b) Gabriela não é carioca;
c) Priscila não é paulista;
d) Priscila é paulista;
e) Joel não é capixaba.

(FGV/TRT 12/2017) Sabe-se que:


• Se X é vermelho, então Y não é verde.
• Se X não é vermelho, então Z não é azul.
• Se Y é verde, então Z é azul.
Logo, deduz-se que:

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a) X é vermelho;
b) X não é vermelho;
c) Y é verde;
d) Y não é verde;
e) Z não é azul.

(FGV/IBGE/2016) Sobre os amigos Marcos, Renato e Waldo, sabe-se que:


I - Se Waldo é flamenguista, então Marcos não é tricolor;
II - Se Renato não é vascaíno, então Marcos é tricolor;
III - Se Renato é vascaíno, então Waldo não é flamenguista.
Logo, deduz-se que:
a) Marcos é tricolor;
b) Marcos não é tricolor;
c) Waldo é flamenguista;
d) Waldo não é flamenguista;
e) Renato é vascaíno.

(FGV/IBGE/2017) Considere as seguintes afirmativas:


• Se X é líquido, então não é azul.
• Se X não é líquido, então é vegetal.
Pode-se concluir logicamente que:
a) se X é azul, então é vegetal;
b) se X é vegetal, então é azul;
c) se X não é azul, então não é líquido;
d) se X não é vegetal, então é azul;
e) se X não é azul, então não é vegetal.

(FGV/SEN/2012) Considere verdadeiras as seguintes proposições compostas:


I. Se João é brasileiro, então Maria não é portuguesa.
II. Se Pedro não é japonês, então Maria é portuguesa.
III. Se João não é brasileiro, então Pedro é japonês.
Logo, é correto deduzir que

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a) Pedro é japonês.
b) Maria é portuguesa.
c) Pedro não é japonês.
d) João é brasileiro.
e) João não é brasileiro.

Cebraspe

Texto para as questões 21 e 22


O homem e o aquecimento global
P1: O planeta já sofreu, ao longo de sua existência de aproximadamente 4,5 bilhões de anos, processos de
resfriamentos e aquecimentos extremos (ou seja, houve alternância de climas quentes e frios) e a presença
humana no planeta é recente, cerca de 2 milhões de anos.
P2: Se houve alternância de climas quentes e frios, este é um fenômeno corrente na história do planeta.
P3: Se a alternância de climas é um fenômeno corrente na história do planeta, o atual aquecimento global é
apenas mais um ciclo do fenômeno.
P4: Se o atual aquecimento global é apenas mais um ciclo do fenômeno, como a presença humana no planeta
é recente, então a presença humana no planeta não é causadora do atual aquecimento global.
C: Logo, a presença humana no planeta não é causadora do atual aquecimento global.
Considerando o argumento acima, em que as proposições de P1 a P4 são as premissas e C é a conclusão,
julgue os itens seguintes.

(CESPE/IBAMA/2013) Se o argumento apresentado é um argumento válido, a sua conclusão é uma


proposição verdadeira.

(CESPE/IBAMA/2013) Se o argumento apresentado não é um argumento válido, suas premissas são


proposições falsas.

(CESPE/MEC/2015) Julgue o item subsequente, relacionados à lógica de argumentação.


O texto “Penso, logo existo” apresenta um argumento válido.

(CESPE/STJ/2015) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar
essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas
disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente para estudar e não
será aprovada nessa disciplina.

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A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das
estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela
aprende o conteúdo de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela
é aprovada em Química Geral”; c: “Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar que o
argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido.

(CESPE/MPOG/2015)

A partir dos argumentos apresentados pelo personagem Calvin na tirinha acima mostrada, julgue o
seguinte item.

Considere que o argumento enunciado por Calvin na tirinha seja representado na forma: “P: Se for
ignorante, serei feliz; Q: Se assistir à aula, não serei ignorante; R: Serei feliz; S: Logo, não assistirei à aula”,
em que P, Q e R sejam as premissas e S seja a conclusão, é correto afirmar que essa representação constitui
um argumento válido.

(CESPE/SUFRAMA/2014) Considere as seguintes proposições:


P1: Se o Brasil reduzir as formalidades burocráticas e o nível de desconfiança nas instituições públicas,
eliminar obstáculos de infraestrutura e as ineficiências no trânsito de mercadorias e ampliar a publicação
de informações envolvendo exportação e importação, então o Brasil reduzirá o custo do comércio exterior.
P2: Se o Brasil reduzir o custo do comércio exterior, aumentará o fluxo de trocas bilaterais com outros
países.
C: Se o Brasil reduzir o nível de desconfiança nas instituições públicas, aumentará o fluxo de trocas
bilaterais com outros países.
A partir dessas proposições, julgue o item seguinte a respeito de lógica sentencial.
O argumento constituído pelas premissas P1 e P2 e pela conclusão C é um argumento válido.

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(CESPE/SUFRAMA/2014) Pedro, um jovem empregado de uma empresa, ao receber a proposta de novo


emprego, fez diversas reflexões que estão traduzidas nas proposições abaixo.
P1: Se eu aceitar o novo emprego, ganharei menos, mas ficarei menos tempo no trânsito.
P2: Se eu ganhar menos, consumirei menos.
P3: Se eu consumir menos, não serei feliz.
P4: Se eu ficar menos tempo no trânsito, ficarei menos estressado.
P5: Se eu ficar menos estressado, serei feliz.
A partir dessas proposições, julgue o item a seguir.
É válido o argumento em que as proposições P1, P2, P3, P4 e P5 são as premissas e a proposição “Se aceitar
o novo emprego, serei feliz e não serei feliz” é a conclusão.

FCC

(FCC/ISS Manaus/2019) João não viaja no feriado, caso Joana esteja na capital ou o time de João não
jogue. Se João viajou no feriado, então
a) Joana não estava na capital e o time de João jogou.
b) Joana estava na capital ou o time de João não jogou.
c) Joana não estava na capital e o time de João não jogou.
d) Joana estava na capital e o time de João não jogou.
e) Joana não estava na capital ou o time de João jogou.

(FCC/CM Fortaleza/2019) Sempre que, em um dia, há aula de Matemática e de Física, mas não há aula
de Português, Anita leva sua calculadora de casa para a escola. Se hoje Anita não levou sua calculadora de
casa para a escola, então, certamente, hoje
a) não houve aula de Matemática, nem de Física, mas houve de Português.
b) não houve aula de Matemática, ou não houve aula de Física, ou houve aula de Português.
c) não houve aula de Matemática, nem de Física, nem de Português.
d) houve aula de Matemática e de Física, mas não houve aula de Português.
e) não houve aula de Matemática, ou não houve aula de Física, ou não houve aula de Português.

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(FCC/IBMEC/2018) Considere a seguinte sentença:


“Se Teobaldo estudou toda a matéria da prova, e se ele não estiver doente, então ele fará uma boa prova”.
Assim, sabendo que Teobaldo foi mal na prova, conclui-se que
a) ele ficou doente no dia da prova.
b) ele não estudou toda a matéria da prova.
c) ele não estudou toda a matéria da prova, ou ele estava doente.
d) ele estudou apenas uma parte da matéria da prova.
e) ele ficou doente e, por isso, não conseguiu estudar toda a matéria da prova.

(FCC/TRT 15/2018) Considere os dois argumentos a seguir:


I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não sabe escrever petições.
Ana Maria nunca escreve petições.
Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela nunca escreve petições.
Ana Maria nunca escreve petições.
Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
Comparando a validade formal dos dois argumentos e a plausibilidade das primeiras premissas de cada
um, é correto concluir que
a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mesmo que a primeira premissa de I seja mais plausível
que a de II.
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
d) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, pois a primeira premissa de II é mais plausível que a de
I.
e) o argumento I é válido e o argumento II é inválido, mesmo que a primeira premissa de II seja mais plausível
que a de I.

(FCC/TST/2017) Foi realizada uma pesquisa junto aos clientes de um determinado shopping center. As
afirmações abaixo foram recolhidas a partir da fala de alguns desses clientes:
I. Quando os preços são altos, as lojas têm boa reputação.
II. Sempre que os produtos são de boa qualidade, os preços são altos.
III. Há lojas com produtos de boa qualidade, mas com atendimento ruim.
IV. Sempre que as lojas são bem decoradas, elas têm bom atendimento.
V. As lojas com boa reputação são sempre bem decoradas.

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A afirmação que está em contradição com o conjunto das demais é a


a) I.
b) V.
c) III.
d) IV.
e) II.

Vunesp

(VUNESP/PC BA/2018) De um argumento válido com duas premissas, conclui-se corretamente que
Alexandre não é casado com Carla. Uma das premissas desse argumento afirma como verdadeiro que
Alexandre é casado com Carla se, e somente se, Maria é irmã de Carla. Sendo assim, uma segunda premissa
verdadeira para esse argumento é
a) Carla não é irmã de Maria.
b) Alexandre é casado com Carla.
c) Maria é irmã de Carla.
d) Alexandre é irmão de Maria.
e) Maria não é irmã de Alexandre.

(VUNESP/PC SP/2014) Considerando a premissa maior “Todos os cavalos são vertebrados” e a


conclusão “Logo, Teodoro é vertebrado”, assinale a alternativa que apresenta a premissa menor do
silogismo válido.
a) “Os cavalos são seres vivos”.
b) “Os vertebrados são mortais”.
c) “Teodoro é um cavalo”.
d) “Os vertebrados são cavalos”.
e) “Teodoro é mortal”.

(VUNESP/PC SP/2014) O silogismo é a forma lógica proposta pelo filósofo grego Aristóteles (384 a 322
a.C.) como instrumento para a produção de conhecimento consistente. O silogismo é tradicionalmente
constituído por
a) duas premissas, dois termos médios e uma conclusão que se segue delas.
b) uma premissa maior e uma conclusão que decorre logicamente da premissa.
c) uma premissa maior, uma menor e uma conclusão que se segue das premissas.

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d) três premissas, um termo maior e um menor que as conecta logicamente.


e) uma premissa, um termo médio e uma conclusão que decorre da premissa.

(VUNESP/ISS Campinas/2019) Considere verdadeiras as seguintes premissas:


I. Ou Carlos é auditor fiscal ou Vânia é auditora fiscal.
II. Se Carlos é auditor fiscal, então Roberto é juiz.
III. Roberto é juiz ou Vânia é auditora fiscal.
Das alternativas a seguir, a única que contém uma afirmação que pode ser tomada como conclusão para
se ter, juntamente com as três premissas apresentadas, um argumento válido é:
a) Carlos e Vânia não são auditores fiscais e Roberto é juiz.
b) Carlos e Vânia são auditores fiscais e Roberto é juiz.
c) Carlos não é auditor fiscal, Vânia é auditora fiscal, e Roberto não é juiz.
d) Carlos e Vânia não são auditores fiscais e Roberto não é juiz.
e) Carlos é auditor fiscal, Vânia não é auditora fiscal e Roberto não é juiz.

(VUNESP/CMSJC/2018) Considere verdadeiras as duas afirmações a seguir.


Se hoje é feriado, então amanhã eu trabalho.
Amanhã eu não trabalho.
Com base apenas nas informações apresentadas, conclui-se corretamente que
a) hoje não é feriado.
b) hoje é feriado.
c) amanhã não será feriado.
d) amanhã será feriado.
e) ontem foi feriado.

(VUNESP/PC SP/2018) Se o depoente A compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do


depoente A foi lavrado. Se o depoente B compareceu ao plantão, então o boletim de ocorrência do
depoente B foi lavrado. Sabendo-se que o boletim de ocorrência do depoente A não foi lavrado ou o
boletim de ocorrência do depoente B não foi lavrado, então conclui-se, corretamente, que
a) o depoente B não compareceu ao plantão.
b) o depoente A não compareceu ao plantão ou o depoente B não compareceu ao plantão.
c) o depoente A não compareceu ao plantão e o depoente B também não compareceu.
d) se o depoente A não compareceu ao plantão, então o depoente B também não compareceu.
e) o depoente A não compareceu ao plantão.

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(VUNESP/CM Indaiatuba/2018) Se Joana é dentista e Mauro é médico, então Cristina não é funcionária
pública. Se Mirian é casada, então João é solteiro. Sabe-se que Joana é dentista e Mauro é médico, ou que
Mirian é casada. Logo:
a) Cristina não é funcionária pública.
b) João é solteiro.
c) Cristina não é funcionária pública e João é solteiro.
d) João é solteiro ou Cristina não é funcionária pública.
e) Cristina é funcionária pública e João não é solteiro.

==13785a==

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GABARITO – MULTIBANCAS

Lógica de argumentação: Argumentos dedutivos

LETRA B LETRA C
ERRADO LETRA C
LETRA E LETRA C
ERRADO LETRA A
CERTO LETRA B
LETRA B LETRA D
CERTO
CERTO
CERTO
LETRA D
LETRA A
LETRA A
LETRA A
LETRA A
LETRA D
LETRA C
LETRA D
LETRA D
LETRA A
LETRA A
ERRADO
ERRADO
ERRADO
ERRADO
ERRADO
CERTO
CERTO
LETRA A
LETRA B
LETRA C
LETRA E
LETRA C
LETRA A

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