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Docente:
Prof. Leonor Teixeira
Discentes:
Ana Carolina Filipe Maia | 89464
Filipa Chapouto Ferreira | 88800
Juliana Basulo Ribeiro | 89535
Índice
1. Introdução.......................................................................................................................................................... 5
2. Metodologia...................................................................................................................................................... 6
3. Contextualização Teórica............................................................................................................................. 7
a. Indústria 4.0.................................................................................................................................................. 7
b. Lean Manufacturing................................................................................................................................... 7
c. Ferramentas Lean........................................................................................................................................ 9
d. Lean 4.0........................................................................................................................................................ 10
e. Influência do Lean 4.0 na Economia Circular................................................................................. 11
f. Lean Eco-Design........................................................................................................................................ 13
g. BPM/BPMN................................................................................................................................................. 14
BPM.................................................................................................................................................................... 14
BPMN (Business Process Model and Notation)................................................................................. 15
4. Desenvolvimento.......................................................................................................................................... 16
a. Digitalização & BPMN............................................................................................................................ 16
b. Relação entre o Lean e o BPMB/BPMN........................................................................................... 17
Digitalização de Ferramentas Lean........................................................................................................ 17
Lean numa das fases da modelação de processos..........................................................................18
Caso Prático.................................................................................................................................................... 18
c. Relação Processos- Lean-Sustentabilidade.................................................................................... 19
5. Casos Práticos................................................................................................................................................ 22
a. Caso de Estudo 1: Indústria Automóvel........................................................................................... 22
b. Caso de Estudo 2: Mining Machinery................................................................................................ 24
8. Conclusão........................................................................................................................................................ 26
9. Trabalhos Futuros......................................................................................................................................... 27
10. Referências.................................................................................................................................................. 27
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Modelação e Integração de Processos
Índice de Figuras
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Modelação e Integração de Processos
Índice de Tabelas
Índice de Anexos
Anexo 1...................................................................................................................................................................... 31
Anexo 2...................................................................................................................................................................... 33
Anexo 3...................................................................................................................................................................... 35
Anexo 4...................................................................................................................................................................... 38
Anexo 5...................................................................................................................................................................... 41
Anexo 6...................................................................................................................................................................... 43
Anexo 7...................................................................................................................................................................... 45
Anexo 8...................................................................................................................................................................... 47
Anexo 9...................................................................................................................................................................... 49
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Modelação e Integração de Processos
1. Introdução
O crescimento da concorrência e as alterações de mercado entre vendedores e
compradores, permite aos clientes escolher uma variedade diferente de produtos com um
elevado grau de liberdade. Isto aumenta a procura por produtos singulares, com um preço
constante e um nível de qualidade correspondente ao exigido pelo cliente
(Dombrowski et al., 2017)
.
Nos últimos anos tem sido necessário ter uma linguagem que modele os diversos processos
de forma que seja expressivo e de uma forma fácil de entender não só para os experts, mas
para os simples utilizadores também. Atualmente, o estado da arte relacionado com o tema
é o BPMN (Business Process Model Notation) (Chinosi & Trombetta, 2012) .
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Modelação e Integração de Processos
sociedade, o que levou a alguns esforços no sentido de incorporar a sustentabilidade
ambiental em BPM.
Numa tentativa de diferenciação dos restantes trabalhos, o grupo decidiu ir além de uma
análise comparativa do Lean 4.0 com o BPM. Posto isto, os objetivos do presente relatório
estão também relacionados com a ligação existente entre Lean, Indústria 4.0 e diversos
contextos no âmbito da sustentabilidade, como a Economia Circular e o Eco-Design, tópicos
muito atuais que cada vez mais se tornam importantes para as empresas.
2. Metodologia
O foco do presente relatório prende-se com o estudo do impacto dos conceitos de Business
Process Management, Business Process Model and Notation (BPM/BPMN) na área do Lean 4.0.
Associado a este conceito, é possível identificar tantos outros, nomeadamente a Indústria
4.0, Lean Manufacturing, por exemplo, que serão abordados ao longo do presente relatório.
Para além destes, o grupo considerou relevante enriquecer o presente trabalho adicionando
conceitos como a Sustentabilidade, Eco-Design e Economia Circular, aprofundando a relação
destes com o Lean.
No presente relatório, numa fase inicial, procede-se à apresentação dos conceitos teóricos já
mencionados anteriormente e de seguida é discutida a relação entre os mesmos,
nomeadamente do Lean em contextos de sustentabilidade e o BPM. Para reforçar a pesquisa
elaborada e as análises desenvolvidas, o grupo apresenta um tópico de casos práticos que
serve de conclusão relativamente ao trabalho desenvolvido e como uma ponte para o
contexto real. O último tópico é referente às conclusões e perspetivas de trabalhos futuros
que o grupo considerou importante realçar.
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Modelação e Integração de Processos
3. Contextualização Teórica
a. Indústria 4.0
O termo “Indústria 4.0” está diretamente relacionado com a quarta revolução industrial,
referente à transformação digital da produção e manufatura da indústria e processos de
criação de valor. A Indústria 4.0 surge como uma junção de 3 mudanças de paradigma,
criando novas oportunidades, como a introdução da inteligência artificial e serviços cloud ou
redes corporativas. Essas mudanças foram a produção em massa, a introdução de eletrónica,
a manufatura mecânica e a automação. O conceito de Indústria 4.0 relaciona-se com a
última revolução industrial que consistiu na conversão digital dos processos produtivos e
manufatura da indústria e processos de valor acrescentado (Dikhanbayeva et al., 2020) .
Diversas indústrias apostam no crescimento das novas tecnologias digitais sendo, por isso,
considerado um fator diferenciador de mudança. As tecnologias digitais afetam todos os
setores de uma empresa, incluindo o seu modelo de negócios, relação com o cliente, a sua
experiência e processos internos (Sugathan et al., 2018) . Deste modo, segundo
(Kane et al., 2015)
, as empresas necessitam de desenvolver as suas capacidades digitais com o objetivo
de levar a uma transformação com sucesso. Estas alterações têm um grande impacto em
empresas que necessitam de se adaptar a esta nova era tecnológica, a chamada
transformação digital, que representa a adoção de processos de negócios e práticas que
ajudem a organização a competir de uma forma eficiente num mundo cada vez mais digital
(Kane et al., n.d.) .
b. Lean Manufacturing
Segundo Mayr (Mayr et al., 2018a) , o Lean pode ser considerado como um pré-requisito
para a aplicação e adoção da Indústria 4.0.
O termo Lean Manufacturing (Lean) foi desenvolvido por Taichii Ohno, engenheiro da Toyota
(empresa de automóveis japonesa) no ano de 1988 de forma a produzir com os recursos
limitados que o Japão possuía nessa época (Valamede & Akkari, 2020) . Sendo assim, este
conceito significa a criação de maior valor para o cliente, a partir da utilização de menos
recursos, eliminando tudo aquilo que não acrescenta valor, os desperdícios
(Marsikova & Sirova, 2018)
. Este é definido, ainda, como a filosofia que possibilita a uma organização
alcançar a vantagem competitiva, através do aumento da eficiência e eficácia dos processos
(Marsikova & Sirova, 2018) .
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Modelação e Integração de Processos
Esta metodologia apresenta 5 princípios bem definidos na implementação das ferramentas
constituintes:
Existem alguns fatores que contribuem de forma positiva para a implementação do Lean, de
entre os quais: competências adequadas, liderança eficaz e eficiente, capacidades financeiras,
cultura de manter as melhorias alcançadas e capacidades intelectuais, de inovação e
diferenciação (Achanga et al., 2006) .
Segundo Cifone (Cifone et al., 2021) , Lean é definido no artigo como a forma de melhorar os
processos eliminando para isso o Muda (desperdícios), Muri (sobrecarga) e o Mura
(desnivelamento). Taichii Ohno chegou à conclusão que existem 8 diferentes tipos de
desperdícios: 1-Transporte, 2-Excesso de Inventário, 3-Movimentos Ineficientes, 4-Espera, 5-
8
Modelação e Integração de Processos
Sobreprodução, 6-Sobre processamento, 7-Defeitos e retrabalho e 8-Skills (desperdício das
ideias e do potencial dos trabalhadores).
Por forma a chegar ao objetivo de: “reduzir o inventário, diminuir a variabilidade dos
processos, minimizar os prazos de entrega e a satisfação do cliente, bem como diminuir os
tempos de ciclo (com o mínimo de atraso nos processos)” (Salvadorinho & Teixeira, n.d.) a
metodologia Lean tem por base um conjunto de ferramentas e práticas a adotar pelas
organizações. De seguida serão enumerados e explicados algumas dessas ferramentas.
c. Ferramentas Lean
Nome Descrição
Sendo um dos pilares do TPS (Toyota Production System), é o método que
JIT visa “deliver the right product, at the right time, place and quality in the right
quantity for the right costs “ (Mayr et al., 2018a)
Visa a sustentabilidade do “a continuous material flow by maintaining a
Kanban predefined stock level to guarantee an uninterrupted supply of material”
(Mayr et al., 2018a)
SMED (Single
Visa reduzir os tempos e custos de setup (Mayr et al., 2018a) . Técnica que
Minute
suporta os processos de arranque e de mudanças
Exchange of (Salvadorinho & Teixeira, 2021b)
Die)
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Modelação e Integração de Processos
d. Lean 4.0
Sendo assim, a interação entre as 2 filosofias (Lean Manufacturing e Indústria 4.0), com o
intuito a alcançar o objetivo comum de continuamente adicionar valor aos sistemas de
produção, resultou no conceito Lean 4.0. (Valamede & Akkari, 2020) apresenta cinco
características importantes deste conceito, de entre as quais:
Durante a pesquisa exaustiva acerca deste conceito, foi percetível que já são vários os
estudos elaborados por forma a demonstrar a relação que o Lean Manufacturing e a
Indústria 4.0 conseguem interagir e suportar-se mutuamente criando uma relação de win-
win. Na figura X encontra-se um estudo realizado com o intuito de perceber quais as
tecnologias da indústria 4.0 que têm uma alavanca em 8 ferramentas Lean, por forma a
trazê-las para um nível completamente diferente de excelência, chegando o autor à
conclusão de que ambas as filosofias se complementam.
Figura 1 - Matriz de ferramentas da Indústria 4.0 e dos métodos Lean (Mayr et al., 2018a)
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Modelação e Integração de Processos
e. Influência do Lean 4.0 na Economia Circular
Devido à atualidade dos conceitos, torna-se importante fazer uma contextualização no tema
antes de partir para o tópico principal.
Num computo geral, a economia baseia-se num padrão linear que pode ser classificado
como “take-make-dispose” – a Economia Linear (Bosch Thermotecnik, n.d.) . Muito
resumidamente, esta abordagem consiste na extração de recursos naturais, aplicação dos
mesmos no trabalho e para a energia utilizada na fase de produção, venda aos
consumidores finais e posteriormente são simplesmente descartados (Sharma et al., 2021) .
Esta lógica pode ser visualizada na figura abaixo:
De acordo com a Comissão Europeia: “In a circular economy, the value of products and
materials is maintained for as long as possible. Waste and resource use are minimized, and
when a product reaches the end of its life, it is used again to create further value. This can
bring major economic benefits, contributing to innovation, growth, and job creation”.
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Modelação e Integração de Processos
Posto isto, esta abordagem baseia-se nos seguintes princípios:
Apesar dos esforços que já estão a decorrer, a transição para um pensamento circular
continua a ser afetado por vários fatores críticos que continuam a impor-se como barreiras.
Assim, cada vez mais existe um esforço para expandir a produção Lean com base na
incorporação de conceitos ambientais e de forma a contribuir para realçar o impacto que a
Indústria 4.0 tem nesta transição como o pilar para redesenhar fluxos, processos e objetivos.
A matriz abaixo é representativa da forte correlação existente entre as bases e características
principais da Economia Circular e Indústria 4.0 (Ciliberto et al., 2021) .
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Modelação e Integração de Processos
Figura 5 – Correlação existente entre os Princípios das Economia Circular e Lean Production
(Bosch Thermotecnik, n.d.)
A integração daquilo a que podemos chamar Lean 4.0 com a Economia Circular permite o
planeamento de uma nova estratégia de negócios orientada tanto para a sustentabilidade
ambiental como económica. Portanto, a análise anterior que foi realizada leva a um melhor
entendimento da relação entre a Indústria 4.0, Lean e Economia Circular. Considerando
holisticamente, esta integração efetivamente ajuda as empresas a alcançar uma vantagem
competitiva no mercado (Ciliberto et al., 2021) .
f. Lean Eco-Design
Posto isto, o Eco-Design pode também classificar-se como uma ferramenta essencial para a
aplicação da Economia Circular.
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Modelação e Integração de Processos
Como já foi referido no documento, a integração Lean - Economia Circular deveria ser o
caminho a seguir. E agora surge um novo conceito que se demonstra como outro ponto
chave.
Assim, e segundo (Dahmani et al., 2021) , a Indústria 4.0 facilita a integração de abordagens e
operações de Eco-Design usando a interação físico-cibernética de elementos conectados e
melhorias de processo, resultando num sistema de produção mais flexível, económico e
environental-friendly (Dahmani et al., 2021) . A adoção da abordagem da Economia Circular
neste âmbito, implica uma abordagem relativamente à energia e materiais que privilegia os
três pilares da sustentabilidade – ambiental, económico e social. Portanto, a adoção destes
princípios inter-relacionados pode ajudar as empresas a aproveitar os benefícios da
Economia Circular de forma a otimizar o design do produto e a melhorar a sua eco-
eficiência, bem como a aumentar o impacto no que diz respeito à redução do desperdício
(Dahmani et al., 2021) . O papel da Indústria 4.0 deve-se à utilização das ferramentas digitais
que a revolução trouxe, o que permite contribuir para aumentar a produtividade, a qualidade
e a satisfação do cliente (Ciliberto et al., 2021) .
g. BPM/BPMN
BPM
“A business process (BP) is a set of one or more linked procedures or activities executed
following a predefined order which collectively realize a business objective or policy goal”
(Chinosi & Trombetta, 2012) . Os processos podem ser divididos em três diferentes tipos: os
nucleares, os de suporte e os de gestão. O primeiro diz respeito a um conjunto de eventos,
atividades e pontos de decisão que envolvam pessoas e objetos. O segundo tenta de alguma
forma assegurar que os processos nucleares estão a funcionar corretamente, enquanto que
os terceiros “plan, organize, communicate, monitor, and control” as atividades organizacionais
(Lehnert et al., 2017) .
O BPM (Business Process Management) pode ser definido como o conjunto de “activities,
methods, technologies and coordinated tools for a structured and analytical execution of
processes aiming a continuous improvement” (Castro et al., 2020) .
Este conceito pode, assim, ser interpretado como um meio para alcançar a eficácia e
eficiência de um processo (Lehnert et al., 2017) , e visa a gestão dos processos operacionais
por forma a aumentar a agilidade e o desempenho ao nível operacional
(Chinosi & Trombetta, 2012)
. Este não pode ser definido como uma tecnologia, ou uma forma de
representação de processos (diagramas), sendo que a esta atividade de representação dá-se
o nome de Business Process Modeling. Uma vez que estes 2 conceitos possuem a mesma
sigla, estes são constantemente confundidos (Chinosi & Trombetta, 2012) .
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Modelação e Integração de Processos
A utilização do BPM não só permite a gestão dos processos organizacionais, mas também
permite a melhoria dos processos intangíveis dessa mesma organização. São estes:
capacidades/habilidades dos trabalhadores, marca ou mesmo relacionamentos com as
partes interessadas (Lourenção et al., 2020) .
Segundo (Castro et al., 2020) existem alguns fatores que contribuem para o alcance dos
objetivos do BPM, sendo estes:
● Suporte por parte da gestão de topo;
● Formar trabalhadores em BPM e contratar peritos na área;
● controlar a quantidade de burocracia;
● Definir responsabilidades;
● Alinhar o software e o BPM;
● Contribuir para o alcance da visão estratégica;
● Medir e monitorizar continuamente.
Para finalizar, segundo (Lourenção et al., 2020) é possível afirmar que o ciclo de vida de uma
BPM é composto por 4 fases diferenciadas: 1- análise do processo por forma a perceber os
processos organizacionais que permitem a organização atingir os seus objetivos (esta é
considerada uma das fases mais importantes, dado que permite identificar oportunidades de
melhoria no modelo AS-IS (estado atual), e propor o modelo TO-BE (estado futuro já com as
melhorias) (Mehdouani et al., 2019) ) ; 2- especificação e modelação das atividades; 3 -
Implementação desse mesmo modelo; 4 - Controlo e monitorização, através da comparação
dos resultados até então atingidos com aqueles que foram inicialmente recolhidos.
O BPMN - Business Process Model and Notation surgiu da crescente necessidade das
organizações descreverem e representarem os seus processos de forma gráfica. Esta é
então, uma ferramenta considerada crucial na modelação de processos. Deste modo, pode
descrever-se o BPMN como um diagrama que ilustra os aspetos a melhorar nos processos,
desde que seja garantida uma coerência entre aquilo que é realmente executado e aquilo
que está modelado, por forma a não deturpar a realidade (Chinosi & Trombetta, 2012) .
Este tem como principal objetivo proporcionar uma notação gráfica de modelação de
processos que seja compreendida por todos os utilizadores (Chinosi & Trombetta, 2012) . Na
sua base é utilizado um conjunto de símbolos que representam os diferentes aspetos de um
processo (Lourenção et al., 2020) . Este destina-se, então, à representação dos processos de
negócio, com diferentes propósitos e níveis de detalhe, tendo sido desenvolvido com base
no modelo UML - Unified Modeling Language (Lourenção et al., 2020) .
Sendo assim, o BPMN é já considerado uma linguagem padrão aceite pela maioria dos
“experts” empresariais para modelar processos (Salvadorinho & Teixeira, 2021a) .
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Modelação e Integração de Processos
4. Desenvolvimento
Aos dias de hoje, a digitalização, não só tem impacto apenas no domínio das tecnologias de
informação (TI), mas também nos domínios das indústrias, economia, educação, e cuidados
de saúde (Winter et al., 2021) .
Segundo (Schinle et al., 2020) , “The digitization of business processes makes it possible to
automate and monitor their execution in real-time and thus to optimize them.” Tal como já
foi referido na secção anterior, o BPMN trata-se de uma notação gráfica universalmente
utilizada na modelação dos processos.
O BPMN é uma ferramenta que estabelece uma ligação entre processos e sistemas, por
forma a perceber onde e de que forma se podem automatizar os processos
(Arromba et al., 2019)
.
Caso Prático
Para facilitar a compreensão desta integração, é apresentado um caso prático como exemplo
descrito por (Winter et al., 2021) . O mundo da saúde apresenta diversas oportunidades
quanto à ligação com as TI, por exemplo: os pacientes receberem tratamento remotamente,
ou mesmo tratamentos otimizados. Com estas oportunidades surgem também desafios ao
nível do intercâmbio de informação entre os profissionais de TI e de saúde. Para isto, podem
ser adotados modelos de processo que descrevam procedimentos, sistemas e processos, por
forma a documentar, adequadamente, toda a informação, com o intuito de ser facilmente
compreendida do outro lado.
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Modelação e Integração de Processos
O estudo foi conduzido na Universidade de Wurzburg, onde os participantes foram
convidados a ler e compreender o BPMN do processamento de uma consulta dentária
durante, aproximadamente, 3:30 minutos. Após esta análise, os profissionais responderam a
um questionário, com o intuito de perceber até que ponto foi percetível o conteúdo do
modelo. Depois de interpretados os dados, chegou-se à conclusão de que o modelo do
processo foi compreendido intuitivamente, pelo que o BPMN deve ser a linguagem utilizada
para comunicar com os TI, para que os processos sejam digitalizados.
Depois da análise individual de cada uma das ferramentas - Lean e BPM -, foi perceptível
que apresentam características comuns. Segundo (Rymaszewska, 2017) , uma das
semelhanças que se destaca é o facto de que ambas visam o alcance de melhorias numa
base contínua. Ou seja, para chegar até ao objetivo são levadas a cabo mudanças pequenas
de uma forma incremental, e não são praticadas mudanças radicais.
De acordo com as várias referências analisadas, pode ser afirmado que o BPM se foca na
melhoria da eficácia e eficiência do processo, enquanto o Lean é uma ferramenta que
permite alcançar objetivos dos mais abrangentes aos mais particulares, em todas as partes
de uma organização.
Segundo Uriona Maldonado et al., 2020 , podem ser descritas algumas semelhanças e
diferenças entre estas duas metodologias. Por um lado, a respeito das semelhanças, são
realçadas: o foco no cliente, o foco na melhoria contínua, a padronização, a melhoria da
qualidade, a redução de custos tempo de espera. Por outro lado, estas ferramentas
apresentam diferenças bem definidas no que toca: à metodologia de implementação, às
competências para operar cada uma delas, ao fluxo que propõe melhorar, entre outras.
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Modelação e Integração de Processos
alavancar a eficiência dos processos, focando-se naquilo que são as atividades que
acrescentam valor (Mayr et al., 2018a) , eliminando os desperdícios.
A integração destes 2 conceitos, através da digitalização de ferramentas Lean, poderá trazê-
las para um nível completamente diferente de excelência. A digitalização de processos,
sistemas, … necessita de uma primeira abordagem de análise e compreensão daquilo que é
necessário digitalizar. Para isso, o BPMN, e tal como já referido anteriormente, poderá ser
uma das ferramentas a utilizar, uma vez que possibilita a modelação de processos
graficamente.
Sendo assim, o BPMN poderá ser utilizado para mapear e documentar os procedimentos de
implementação das ferramentas Lean, para que estas sejam, posteriormente, digitalizadas.
Este é um tema que ainda não foi muito explorado na literatura, pelo que o grupo de
trabalho percebeu que seria um ponto importante a estudar num futuro próximo.
Caso Prático
Model for the improvement of processes using Lean techniques and BPM in SMEs
Por forma a explicar a influência da metodologia Lean no BPMN, será utilizado um caso
prático descrito por Retamozo-Falcon et al., 2019 . Neste estudo foi aplicado o modelo
BPM4PME numa empresa, sendo que este inclui técnicas Lean e o BPM, por forma, tanto a
reduzir o desperdício, como a otimizar os processos. Nesta abordagem foram utilizadas
várias ferramentas Lean (VSM, 5S, …), e foi modelado o processo seguindo, para isso, as 3
fases de implementação do modelo. Na figura seguinte encontra-se a representação das
diferentes fases.
Primeiramente é feita uma análise aos dados da empresa, por forma a obter informação
acerca dos processos, das pessoas que operam nesses processos e ainda dos objetivos de
negócio.
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Modelação e Integração de Processos
De seguida iniciam-se as fases do modelo propriamente dito: 1- é feita uma avaliação aos
processos da empresa que padecem de problemas que necessitam de uma solução
(utilizando o VSM); 2- elaboração dos modelos dos processos prioritários a melhorar; 3- são
implementadas melhorias com a utilização de ferramentas Lean de forma a obter processos
mais eficazes e eficientes.
Por forma a avaliar a eficácia deste novo modelo, BPM4PME, foi levado a cabo um estudo
numa empresa onde se simularam 4 diferentes situações nos 3 processos mais críticos da
mesma. Os 4 cenários são: testar os processos sem melhorias; testar os processos com a
implementação de técnicas Lean; testar os processos com a implementação do BPM; testar
os processos com a utilização do modelo BPM4PME. Os resultados deste estudo
comprovaram que este modelo traz um aumento da eficiência, uma vez que foi atingido o
valor de 73,11%, mais 6,09% do que na implementação apenas da prática Lean, e mais
15,47% de eficiência em relação à utilização apenas do BPM. Sendo assim, conclui-se que a
utilização conjunta do Lean e o BPM, as PMEs (pequenas e médias empresas) podem
alcançar a vantagem competitiva no mercado.
Ao longo do presente relatório ficou claro que o Lean tem impacto na sustentabilidade. Mas
a verdade é que os processos também têm impacto no Lean. Posto isto, torna-se
imprescindível conectar os três temas.
Esta relação pode ser vista como uma abordagem ao crescimento económico que está em
linha tanto com a sustentabilidade ambiental, como com o desenvolvimento económico.
19
Modelação e Integração de Processos
Figura 7 - Relação entre Economia Circular e os três pilares da Sustentabilidade
(Bosch Thermotecnik, n.d.)
Neste sentido, os processos iriam ao encontro dos objetivos de uma economia funcional
baseada na otimização do uso de bens e serviços e gestão eficiente e racional de recursos e
energia. Já a integração dos princípios da Economia Circular com a filosofia Lean melhora e
realça a sua contribuição ambiental (Ciliberto et al., 2021) .
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Modelação e Integração de Processos
Figura 8 - Estrutura conceptual que integra Lean Production, Economia circular e
Indústria 4.0 (Ciliberto et al., 2021)
21
Modelação e Integração de Processos
5. Casos Práticos
Nesta fase do trabalho, o grupo considerou importante corroborar o estudo com casos
práticos reais. Os primeiros dois casos foram analisados através do desenvolvimento de um
modelo Agile que utilizou uma filosofia simultaneamente smart, Lean e green na tentativa de
melhorar a performance operacional nos processos no chão de fábrica (Tripathi et al., 2021) .
Assim, será possível corroborar, ou não, o que tem vindo a ser defendido ao longo deste
relatório.
Este primeiro caso decorreu numa empresa na Índia perante a motivação de aplicar
conceitos Lean e Lean para aumentar os recursos e gerir as despesas mediante o orçamento
disponível aquando da deteção de enormes gaps na transmissão de informação no que
concerne ao uso de recursos (Tripathi et al., 2021) .
Na etapa seguinte, algumas ações foram definidas para que estas melhorias possam ser
efetivamente registadas. Depois de rever o desempenho de todos os fatores, na quarta
etapa pontos de controlo e atividades gerais de produção no chão de fábrica, um plano de
22
Modelação e Integração de Processos
produção ideal foi desenvolvido para minimizar tanto os lead times, como os impactos
ambientais. Para decidir o plano ótimo de produção os seguintes parâmetros foram
analisados:
S. Improvement/
Factors Present Condition Improved Condition
No. Suggested Action
1. Production lead time 590 min 410 min 180 min
2. Uptime 77.44% 80.51% 3.07%
3. Production 6 10 4
Workposition, space at
workstations, lack in
Proposed new workplan
4. Ergonomics issues ventilation, lack of safety Resolved all issues
with optimum planning
equipment, work in open
area
Direct and random
connection of water and Provide new and
5. Environmental issues electricity supply, use of planned connection Proposed new workplan
more operating systems at a points
time
8 multi-tasking worker
Updated skill level
6. Communication Lower skill and up gradation in 6
and multi-tasking
workers
A condition-based
Malfunction, higher Eliminate probable monitoring system,
7. Machinery utilization
downtime, unnecessary uses causes of problems added sensor to on/off
when not in use
23
Modelação e Integração de Processos
b. Caso de Estudo 2: Mining Machinery
O segundo caso de estudo foi conduzido numa indústria de Mining Machinery que está a
enfrentar problemas no que diz respeito a melhorar a produção tendo em consideração as
possibilidades financeiras (Tripathi et al., 2021) .
Na primeira etapa do modelo, o principal problema identificado foi o atraso nas entregas ao
cliente. Posteriormente, identificaram-se as diversas causas-raíz do problema na produção.
Na fase seguinte, depois da revisão da informação obtida anteriormente, um novo plano de
produção foi proposto de forma a eliminar os diversos tipos de desperdício existentes
(Tripathi et al., 2021) .
Finalmente, o modelo está em condições de ser validado. Os resultados obtidos podem ser
visualizados na tabela 2 (Tripathi et al., 2021) .
24
Modelação e Integração de Processos
Tabela 3 - Resultados obtidos (2) (Tripathi et al., 2021)
S. Improvement/
Factors Present Condition Improved Condition
No. Suggested Action
1. Production lead time 7270 min 6895 min 375 min
2. Uptime 45.71% 58.37% 12.66%
3. Production per day 12 18 6
Proposed new
Insufficient workspace,
Eliminate all causes of efficient workplan
4. Ergonomics issues higher working temperature,
problems plan with improved
lack of safety equipments
working conditions
Only one power supply point
to operate material handling
Provide new control points Proposed new
5. Environmental issues types of fluids on the shop
and modified plan workplan
floor, and the operating
system always kept running
Multi-tasking skills
Organize questionnaire,
and improved
6. Communication Lower skill meeting, and training
communication gap
programs
issues
Provide a sensor for Downtime and
Malfunction, higher automatic on/off of energy wastage was
7. Machinery utilization downtime, always in running machinery, implement a reduced, and fuel
condition condition-based consumption was
monitoring system also reduced
25
Modelação e Integração de Processos
8. Conclusão
A melhoria de processos é uma atividade importante para a estratégia das organizações. A
busca pela vantagem competitiva e a melhoria da qualidade dos processos/produtos leva à
adoção de práticas que otimizam processos, como é o caso do BPM e do Lean. O
mapeamento de processos é uma ferramenta essencial utilizada para a implementação de
sistemas de gestão ambiental, permitindo que a organização planeie os seus processos bem
como suas interações, conhecendo todas as etapas envolvidas e seus possíveis impactos
económicos, ambientais e sociais.
No entanto, com a crescente competição no mercado, os mais diversos setores devem focar-
se cada vez mais em encontrar estratégias ótimas que adotarão novas tecnologias digitais
que irão permitir a promoção de um desenvolvimento sustentável como uma estratégia de
negócio. Tal vai encontrar a sua aplicação na Indústria 4.0 e no ambiente digital em que a
cadeia de abastecimento se torna mais flexível, smart, integrada e responsiva graças à
tecnologia. As tecnologias smart e um ambiente digitalizado permitem melhorar o potencial
de qualquer processo requerendo sempre foco no que diz respeito à interação homem-
máquina.
Cada vez mais a longevidade das organizações exige que seu desenvolvimento seja
sustentável e a nova sociedade exige inovação. Adotar o olhar da sustentabilidade está a
tornar-se cada vez mais uma questão de sobrevivência. Posto isto, é importante que as
empresas conheçam todos os processos que integra a fim de identificar ações para a
redução do ciclo de produção, eliminação de defeitos e de atividades que não agregam
valor, redução de custos e avaliações de emissões de gases e, consequentemente, menores
impactos ambientais. O mapeamento vai ajudar nisto na medida em que facilita as análises
dos processos, incluindo todo fluxo de trabalho envolvido para compreender um processo
ou uma série deles que podem estar paralelos, como processos de manufatura e processos
de avaliação de impactos sustentáveis.
Em jeito de conclusão, neste trabalho procurou-se ir além de uma análise Lean -BPM-BPMN.
De forma a explorar o tema de Lean 4.0, o grupo procurou relacionar os conceitos anteriores
com a Indústria 4.0 e o grande tópico que é a Sustentabilidade e a Economia Circular. Na sua
maioria, os artigos em análise, apontam para que efetivamente exista uma vantagem
percebida desta agregação, tal como se pode confirmar pela análise dos resultados dos
casos práticos apresentados. De salientar, que a associação entre todos conceitos é
relativamente recente e, portanto, existiu alguma dificuldade na descoberta de estudos
prévios em número considerável relacionados com o tema, bem como a obtenção de
estudos quantitativos. Em suma, o grupo de trabalho espera ter cumprido os objetivos a que
se propôs.
26
Modelação e Integração de Processos
27
Modelação e Integração de Processos
9. Trabalhos Futuros
Por mais que as empresas já se tenham apercebido da necessidade da mudança para os
paradigmas introduzidos ao longo deste trabalho, infelizmente (e generalizando) a sua
implementação ainda é uma realidade um pouco longínqua visto que a maioria dos
processos e produtos não estão desenhados para integrar os princípios da Economia
Circular, Eco-Design ou mesmo da sustentabilidade ambiental devido a diversos fatores,
como por exemplo, o fator económico. Assim, torna-se cada vez mais importante as
empresas moverem-se nesta direção e quantificarem os benefícios a longo prazo. Para isso é
fundamental trabalhar na ligação entre as empresas e os diversos stakeholders como os
governos e diversas instituições internacionais de forma a avançar nesta transição tão
importante a caminho de fluxos de processos sustentáveis e digitais.
10. Referências
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29
Modelação e Integração de Processos
Mayr, A., Weigelt, M., Kühl, A., Grimm, S., Erll, A., Potzel, M., & Franke, J. (2018b). Lean 4.0 - A
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30
Modelação e Integração de Processos
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31
Modelação e Integração de Processos
1. Anexos
Anexo 1
Título: Lean 4.0 – A conceptual conjunction of Lean management and industry 4.0
Referência Bibliográfica: Mayr, A., Weigelt, M., Kühl, A., Grimm, S., Erll, A., Potzel, M., &
Franke, J. (2018). Lean 4.0 - A conceptual conjunction of Lean management and Industry 4.0.
Procedia CIRP, 72, 622–628. https://doi.org/10.1016/J.PROCIR.2018.03.292
Objetivo: How can Lean Management (LM) and Industry 4.0 (I4.0) supplement each other on a
conceptual level? And which I4.0 tools can support specific Lean methods?
32
Modelação e Integração de Processos
princípios, Lean que incluem métodos específicos. Durante a análise do problema, os autores
elaboraram a matriz que relaciona os oito métodos Lean com as ferramentas da indústria
4.0.
Já na parte da conclusão e reflexão, os autores referem que os métodos Lean não devem ser
vistos como uma forma de reduzir custos pois caso os métodos Lean 4.0 sejam
implementados como soluções únicas, poderão tornar-se valor acrescentado quando
comparado com a normalidade dos processos. Para além disso, os autores reforçam que a
combinação dos métodos e ferramentas necessita que haja uma filosofia diária de perfeição
para que os benefícios da implementação sejam visíveis.
33
Modelação e Integração de Processos
Anexo 2
Título: Lean Production Systems 4.0: The Impact of the Digital Transformation on Production
System Levels
Referência Bibliográfica: Schumacher, S., Schmid, F. A., Bildstein, A., & Bauernhansl, T.
(2021). Lean Production Systems 4.0: The Impact of the Digital Transformation on Production
System Levels. Procedia CIRP, 104, 259–264. https://doi.org/10.1016/J.PROCIR.2021.11.044
Objetivo: Analisar o impacto da transformação digital em cada um dos níveis dos Lean
Production Systems (LPS) medindo o número de contribuições numa revisão sistemática da
literatura.
34
Modelação e Integração de Processos
● Execução e documentação da revisão literária - Nesta fase os autores analisaram as
contribuições de cada um dos 62 artigos analisados, para os 5 níveis principais do
LPS e criaram uma tabela que indica se a publicação descreve uma influência da
transformação digital em cada um dos 5 níveis.
Concluindo, a hipótese formulada pelos autores como base para este artigo não pode ser
completamente comprovada, sugerindo que os próximos passos devem passar por
considerar o foco desta pesquisa nas ferramentas digitais para um maior desenvolvimento
do LPS.
35
Modelação e Integração de Processos
Anexo 3
Referência Bibliográfica: Wagner, T., Herrmann, C., & Thiede, S. (2017). Industry 4.0 Impacts
on Lean Production Systems. Procedia CIRP, 63, 125–131.
https://doi.org/10.1016/J.PROCIR.2017.02.041
36
Modelação e Integração de Processos
orientada à melhoria contínua diária. O sucesso da aplicação deste conceito varia com o
tamanho da empresa.
Passando para a análise das tecnologias da Indústria 4.0, é possível identificar que o foco se
encontra nas perspetivas técnicas dos sistemas cyber-físicos integrados num ambiente
industrial. Após uma análise quantitativa à publicação de bases de dados, os autores
verificaram a necessidade de estender a pesquisa a um nível mundial. A palavra-chave mais
procurada nas bases de dados foi Cyber-physical systems (CPS). Seguidamente foi
identificada uma aplicação dos CPS numa smart factory dando origem ao termo Cyber-
physical production system (CPPS), este, juntamente com as tecnologias da Indústria 4.0
permite a identificação de vários elementos-chave divididos em três diferentes clusters:
Recolha e processamento de informação; Comunicação máquina-máquina; Interação
Homem-Máquina.
O objetivo seguinte do artigo prende-se com a elaboração de uma estrutura que identifique
potenciais soluções para a Indústria 4.0 num ambiente de LPS. Assim sendo, os autores
elaboraram a seguinte matriz com os três clusters anteriormente identificados, as respetivas
tecnologias e na coluna, os princípios do Lean. Para o preenchimento da matriz recorreu-se à
opinião de vinte e quatro líderes de projetos na Indústria 4.0 com o objetivo de criar a
estrutura que permite suportar a decisão de uma solução para a Indústria 4.0 numa fase
inicial. Quanto mais “+” as tecnologias apresentarem, significa que a tecnologia terá um
elevado impacto no princípio Lean correspondente.
37
Modelação e Integração de Processos
Para um melhor entendimento da matriz desenvolvida, os autores recorreram à
apresentação de um caso prático: Entrega ciber-física Just-in-time. Este é um sistema
tecnológico desenhado para suportar um fluxo Lean de processo de materiais Just in Time. O
objetivo deste é balancear o stock de materiais com base em dados em tempo real e nas
tecnologias da indústria 4.0. Numa primeira fase foi feita uma avaliação interna ao processo
que demonstrou potencial para a estabilização e uma entrega JIT. Numa segunda fase, foi
feita uma pesquisa teórica acerca da filosofia JIT com vista a extrair os aspetos principais
como base para o desenvolvimento de uma futura solução. No terceiro passo foi usada uma
matriz do impacto da indústria 4.0 nos LPS com vista a descobrir qual das tecnologias com
maior impacto positivo nos processos JIT. O quarto e último passo foi a implementação
destas mesmas tecnologias. Estas implementações permitiram um aumento nos níveis de
rastreabilidade e confiabilidade do processo. os sistemas ciber-físicos de entrega JIT permite
uma eliminação passo a passo do stock localizado perto do chão de fábrica e minimiza
espaço de armazenamento. Após a fase de testes, este processo foi repetido para as várias
linhas da unidade de negócio.
Após esta definição, os autores avaliam o caso através de uma estrutura para avaliação de
Cyber-Physical Production Systems (CPPS). De acordo com esta, são avaliados 4 níveis,
Physical World, Data Acquisition, Cyber World e Feedback/Control, que são pontuados de 0-3
consoante os requisitos que são cumpridos. Os autores consideram que, para este caso
prático, todos os níveis podem e devem ser pontuados com nota máxima (3), concluindo
que o CPPS é válido para este tipo de aplicação.
38
Figura 13 - Estrutura de avaliação CPSS
Modelação e Integração de Processos
Anexo 4
Título: An Innovative Agile Model of Smart Lean - Green Approach for Sustainability
Enhancement in Industry 4.0.
Referência Bibliográfica: Tripathi, V., Chattopadhyaya, S., Mukhopadhyay, A. K., Sharma, S.,
Singh, J., Pimenov, D. Y., & Giasin, K. (11 de Outubro de 2021). An Innovative Agile Model of
Smart Lean - Green Approach for Sustainability Enhancement in Industry 4.0. p. 20.
Objetivo: Desenvolver um modelo Agile inovador utilizando uma abordagem Lean, Smart e
Green de forma a melhorar o desempenho operacional dos sistemas de produção dentro de
certas limitações da Indústria 4.0.
39
Modelação e Integração de Processos
os diversos desperdícios que tenham sido registados (tanto em termos ambientais como de
chão de fábrica).
Na etapa seguinte, algumas ações foram definidas para que estas melhorias possam ser
efetivamente registadas. Depois de rever o desempenho de todos os fatores, na quarta
etapa pontos de controlo e atividades gerais de produção no chão de fábrica, um plano de
produção ideal foi desenvolvido para minimizar tanto os lead times, como os impactos
ambientais. Finalmente, aquando da aplicação deste plano ótimo de produção e respetiva
validação, os resultados obtidos podem ser verificados na figura abaixo:
Na
Figura 14 - Resultados da aplicação do modelo Agile num estudo de caso de uma empresa da
indústria automóvel
primeira etapa do modelo, o principal problema identificado foi o atraso nas entregas ao
cliente. Na fase seguinte, depois da revisão da informação obtida na fase anterior, um novo
plano de produção foi proposto de forma a melhorar a mesma. Posteriormente, as causas-
raíz para os problemas foram encontradas e ações foram sugeridas de forma a eliminar as
mesmas e reduzir o tempo que um produto demora a ser produzido. Já na quarta etapa, o
objetivo é definir uma série de parâmetros a ter em conta de forma a decidir qual o plano de
produção ótimo. Finalmente, o modelo está em condições de ser validado. Os resultados
obtidos podem ser visualizados na figura abaixo:
Tal como pode ser visualizado, os resultados dos estudos de caso mostram que a
performance operacional sofreu melhorias significativas, através da eliminação de ambos os
tipos de desperdício: incluindo resíduos de chão de fábrica e resíduos ambientais. Ainda é
possível aferir que o modelo desenvolvido é uma estratégia de inovação aberta e é
sustentável para o aprimoramento da produção e melhoria do desempenho ambiental na
Indústria 4.0 dadas as melhorias visivelmente sentidas nos mais diferentes campos.
40
Modelação e Integração de Processos
Figura 15- Resultados da aplicação do modelo Agile num estudo de caso de uma empresa da
indústria de mining machinery
41
Modelação e Integração de Processos
Anexo 5
Título: Enabling the Circular Economy Transition: a sustainable Lean Manufacturing recipe for
Industry 4.0
Metodologia: Neste artigo, é apresentada uma questão de investigação: “How to rethink the
production model in a circular economy-oriented perspective at micro level, also compliant
with the goals of the UN Agenda 2030?”.
42
Modelação e Integração de Processos
2. Erdil et al. (2018) trabalharam no desenvolvimento de uma framework que visa
integrar a sustentabilidade nos projetos Lean e Six-Sigma, introduzindo aspetos
relacionados com sustentabilidade no ciclo DMAIC.
Posto isto, a exploração do LP mostra que este representa uma estratégia de produção
avançada que garante maior produtividade. Efeitos internos relatados são uma maior
eficiência operacional que é atingida através da redução de custos e desperdícios. Já como
efeitos externos, podem destacar-se o reforço de uma boa reputação e a garantia de
lealdade de certos nichos de mercado. No entanto, torna-se importante destacar que, para
realmente promover a sustentabilidade, deve haver uma forte habilidade e compromisso
com todos os elos da cadeia de abastecimento para que haja sintonia quanto ao objetivo a
atingir.
No que diz respeito à transição para uma Economia Circular, é realçado o papel
desempenhado pelas entidades reguladoras e por instituições internacionais. Na verdade,
estas podem mesmo demarcar o caminho do modelo de produção, provocando a mudança
do “linear” (onde os recursos são utilizados para produção em massa e após uso,
despojados) para o circular, em que o crescimento económico sofre um aumento
significativo através da reciclagem e reuso de produtos previamente utilizados. Este processo
é denominado de Return Management e representa uma ação estratégica para integrar os
princípios da Economia Circular na cadeia de abastecimento, onde a Lean Production pode
efetivamente desempenhar um papel bem-sucedido. A implementação de Return
Management pode realmente levar a uma redução significativa dos custos dos materiais
quando comparado com a compra de outros novos.
Com base no artigo analisado, é possível compreender que uma produção sustentável
requer uma avaliação ambiental aplicada a toda a cadeia de abastecimento. Neste âmbito, é
possível maximizar a eficiência dos recursos de todo o processo produtivo através da
minimização do impacto ambiental negativo em cada elo do processo. Nesta linha de
pensamento, é possível concluir que a integração de Lean Production com a Economia
Circular permite o planeamento de uma nova estratégia de negócio sustentavelmente
orientada e em linha com os objetivos económicos das empresas. Ainda ao integrar estes
princípios com a inovação tecnológica que a Indústria 4.0 traz, e através to Reverse
Management é possível melhorar não só os fluxos dos processos, mas também caminhar na
direção de produtos e processos digitais e sustentáveis para satisfazer as necessidades dos
43
Modelação e Integração de Processos
clientes, melhorar a eficiência, produtividade, qualidade e flexibilidade do processo, reduzir a
complexidade envolvida e os lead times e, por fim, proporcionar um produto e serviço mais
customizado.
Anexo 6
Título: Smart Circular Product Design strategies towards eco-effective production systems: a
Lean Eco-Design Industry 4.0 framework
Referência Bibliográfica: Dahmani, N., Benhida, K., Belhadi, A., Kamble, S., Elfezazi, S., &
Jauhar, S. K. (25 de Agosto de 2021). Smart Circular Product Design strategies towards eco-
effective production systems: a Lean Eco-Design Industry 4.0 framework. p. 15.
Objetivo: Explorar a relação entre Lean Eco-Design e estratégias da Indústria 4.0 para o
desenvolvimento de produtos eco-eficientes baseando-se nas sinergias existentes entre Lean
Design, Eco-Design e Indústria 4.0, oferecendo uma fórmula para o desenvolvimento de
produtos melhores e mais cLean através do uso de processos apropriados para suportar a
produção de forma a ir ao encontro das expectativas dos clientes.
Metodologia:
O presente artigo pretende realizar uma revisão da literatura no que diz respeito aos temas
de Lean Eco-Design e Indústria 4.0. para a melhor do design do produto, procurando
responder a três grandes questões:
1. How might the Lean design generate a significant new market potential that integrates
economic and environmental benefits?
2. Can eco-design be a successful strategy for strengthening the linkage between Circular
Economy and sustainability?
3. How can digital technologies, Lean Eco design, and I4.0 strategies contribute to circular
process capability and improved product design performance?
A revisão da literatura efetuada pode ser classificada como Systematic Literature Review e
esta é conhecida como um tipo de investigação exato que considera as fundações básicas da
mesma, enquanto é também transparente, científica, heurística, e capaz de efetuar
verificações e providenciar decisões baseadas em evidências. Posto isto, o estudo conduzido
dividiu-se em quatro grandes fases baseadas no PRISMA Flowchart,da Systematic Literature
Review, adaptado de Moher et al., 2009, de onde resultaram 126 artigos a ser incluídos na
revisão da literatura. Para esta filtragem, seguiram-se quatro grandes fases denominadas:
Identificação, Triagem, Elegibilidade e Inclusão.
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Modelação e Integração de Processos
Posteriormente, o conteúdo de cada artigo selecionado foi cuidadosamente analisado.
Numa primeira instância foi efetuada uma análise descritiva que forneceu uma visão geral de
estratégias que podem ser usadas para a construção de uma framework relativa a Lean Eco-
design 4.0. Estas estratégias foram então agrupadas em categorias baseadas no princípio
dos 3R: reutilizar, reduzir e reciclar.
Posto isto, e baseado na revisão da literatura, é proposta uma “Smart sustainable Lean eco-
design I4.0 framework” centrada em três elementos-chave: valor, conhecimento e melhoria.
Isto permitirá que o cliente seja satisfeito com um design otimizado, minimizando o
redesenho e alcançando elevados níveis de lucro. Composta por três grandes componentes:
Lean Design, Eco-Design e Indústria 4.0, ainda introduz o paradigma da Economia Circular
no âmbito do design do produto. Esta integração cria sinergias de forma a espalhar os
benefícios do uso racional de recursos e tempo nas atividades de design. O objetivo final é a
criação de produtos smart com maior valor acrescentado e menos desperdício, procurando
que os modelos de negócio sejam repensados de forma a implementar estratégias que
otimizem o processo de design e melhorem a performance ambiental, económica e social
(os três pilares da sustentabilidade) de um produto final.
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Modelação e Integração de Processos
Anexo 7
Título: Valamede, Luana & Akkari, Alessandra (2020). Lean 4.0: A New Holistic Approach for
the Integration of Lean Manufacturing Tools and Digital Technologies. 851-868.
https://doi.org/10.33889/IJMEMS.2020.5.5.066
Objetivo: O principal objetivo deste artigo é a integração das ferramentas Lean com as
tecnologias da Indústria 4.0, por forma a garantir uma vantagem competitiva no mercado,
destacando as 5 principais vantagens da integração destas 2 filosofias.
Por fim, para a fase de associação, foi elaborada uma matriz de forma a entender o impacto
da associação entre as ferramentas Lean e as tecnologias 4.0, por forma a, numa fase
posterior, preparar 6 diagramas circulares (um por cada ferramenta Lean), que ilustrem essa
mesma relação. Em cada um dos diagramas são realçados os atributos resultantes destas
interações num contexto organizacional.
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Modelação e Integração de Processos
Sendo assim, o artigo em análise inicia-se, então, pela elaboração de uma matriz que
identifique uma possível relação entre as ferramentas e as tecnologias, resultando num todo
de 25 pontos de ligação, como podemos ver na figura 1 (retirada do artigo).
Foi, desse modo, que para cada ferramenta Lean foi elaborado um diagrama circular
multinível demonstrando essa mesma ligação e o seu resultado. A figura 2 ilustra um
exemplo do diagrama utilizado.
Figura 16 - Just in Time 4.0: correlação entre método JIT e tecnologias 4.0
De uma forma geral, à interação entre as 2 filosofias (Lean Manufacturing e Indústria 4.0), por
forma a alcançar o objetivo comum de constantemente adicionar valor aos sistemas de
produção, resultou no conceito Lean 4.0. As características deste novo conceito, num
contexto organizacional, foram identificadas neste artigo como sendo: a integração entre
processo, dispositivos e pessoas (partes interessadas); a redução e/ou eliminação de
desperdício; a flexibilidade da cadeia de abastecimento; a automação; e a análise de
soluções que promovem a melhoria contínua.
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Modelação e Integração de Processos
Anexo 8
Título: Cifone, Fabiana & Hoberg, Kai & Holweg, Matthias & Staudacher, Alberto (2021).
‘Lean 4.0’: How can digital technologies support Lean practices?
https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2021.108258
Estes 8 mecanismos foram ainda divididos em 2 grandes grupos: os que apoiam a execução
e os que melhoram a tomada de decisão. O primeiro é composto por: Precision, Speed of
execution, Flexibility in time and Flexibility in space; enquanto que o segundo é constituído
por: Visibility, Feedback, Engagement e Prevention.
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Modelação e Integração de Processos
Foi destacado o facto de terem sido encontradas soluções numa escala de 1:3 entre sobre
processamento (1) e sobre produção (3). Esta conclusão e o facto de a importância dada a
estas relações ser diferente em cada ponto, comprova que nem todas as tecnologias ajudam
igualmente em todos os princípios do Lean.
A figura 1 mostra como é que os diferentes mecanismos se relacionam com cada um dos
desperdícios e cada uma das tecnologias da indústria 4.0.
Conclui-se então que a Indústria 4.0 consegue, de várias formas, melhorar as capacidades
operacionais de um processo, apoiando as ferramentas Lean. Além disso, através da análise
efetuada pelos autores foi-lhe percetível que enquanto que a aplicação do Lean é já uma
realidade avançada nas empresas, ainda não apresentam um elevado grau de digitalização.
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Modelação e Integração de Processos
Anexo 9
Título: Salvadorinho, Juliana & Teixeira, Leonor (2020). The Bilateral Effects Between Industry
4.0 and Lean: Proposal of a Framework Based on Literature Review. 643-654.
Objetivo: Este artigo tem por objetivo analisar o impacto que as ferramentas Lean têm na
alavanca da I4.0 e como é que as tecnologias da I4.0 podem trazer as ferramentas Lean para
um nível completamente diferente de excelência, verificando os desafios de implementação
da Indústria 4.0, focando-se no apoio e contribuição dos Sistemas de Informação.
Para cada um dos conceitos-chave emergentes da integração do Lean com a I4.0 foram
enunciados exemplos de tecnologias utilizadas para lá chegar.
Resumo/Resultados: Primeiramente, o artigo explica cada uma das duas filosofias, Lean
Manufacturing e Indústria 4.0, numa base teórica, iniciando pela Indústria 4.0 e os desafios
da sua implementação nas organizações, Aqui é destacado o facto de um dos requisitos se
debruçar na utilização prévia da metodologia Lean Manufacturing. De seguida é feita uma
abordagem a esta metodologia (Lean) e às ferramentas utilizadas para chegar ao seu
objetivo: reduzir o desperdício e aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos, por
forma a fortalecer a satisfação dos clientes.
Seguidamente, são realçados dois sistemas de informação, ERP e o MES, que se destacam na
abordagem da Indústria 4.0, possuindo papéis diferenciados que acabam por se
complementar. Enquanto que o primeiro se mantém focado no planeamento do material e
nos recursos humanos, o segundo está orientado para o planeamento da produção.
A análise dos impactos entre as metodologias é iniciada com a ideia, afirmada por vários
autores, de que a automatização e digitalização (I4.0) de processos ineficientes, culminará
numa indústria ainda mais ineficiente. Sendo assim, é crucial colocar em prática os princípios
Lean de forma a utilizar as tecnologias emergentes da 4º revolução industrial.
Neste artigo são apresentadas e explicadas várias ferramentas Lean (Value Stream Mapping;
Total Productive Maintenance; Hoshin Karin; Poka-Yoke; Just-in-Time; Total Quality
Management; …) que são melhoradas com a Indústria 4.0 e a utilização dos princípios Lean
no favorecimento da implementação da I4.0 , concluindo assim que as 2 filosofias acima
mencionadas ajudam-se mutuamente no alcance dos seus objetivos individuais.
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Modelação e Integração de Processos
As autoras propõem um “Lean 4.0 Shop Floor Framework” que resume a informação
recolhida e analisada acerca do tema. Na figura seguinte encontra-se a representação
esquemática desta proposta.
Desta interação surgem 4 conceitos chave: Smart Operator, Smart Product, Smart
Workstation and Smart Planner, que devem ser introduzidos no sistema de informação MES,
sendo que são explicados, posteriormente, cada um dos conceitos.
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