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Gerência Educacional de Eletrônica

RELAÇÃO DE POTÊNCIA ENTRE ENROLAMENTOS


PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

A relação de espiras de um transformador afeta a


corrente como também a tensão. Se a tensão é dobrada
no secundário, a corrente é dividida por dois no
secundário. Reciprocamente, se a tensão é dividida em
dois no secundário, a corrente é dobrada no secundário.
Desta maneira, todo a potência entregue ao primário
pela fonte também é entregue à carga pelo secundário
(menos qualquer potência que é consumida pelo
transformador na forma de perdas).

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Um transformador tem uma relação de espiras de 20:1.


Se na entrada do primário a corrente é de 0.1 ampère e
300 volts, a potência no primário é P = V x I = 30 watts.
Se o transformador não tiver nenhuma perda, os 30
watts são entregues ao secundário. O secundário tem
uma tensão de 15 volts e corrente de 2 ampères. Assim,
a potência entregue à carga pelo secundário é P = V x I
= 15 volts X 2 ampères = 30 watts.

A razão para isto é que quando o número de espiras


no secundário é diminuído, a oposição para o fluxo
da corrente também é diminuída. Conseqüentemente,
mais corrente fluirá no secundário.

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Se a relação de espiras do transformador é aumentada de


1:2, o número de espiras no secundário é duas vezes o
número de espiras no primário. Isto significa que a
oposição a corrente é dobrada. Assim, a tensão é
dobrada, mas a corrente é dividida pela metade devido
ao aumento da oposição a corrente no secundário.
O importante para se lembrar é que, com exceção da
potência consumida pelo transformador, toda a potência
entregue ao primário pela fonte será entregue à carga. A
forma de potência pode mudar, mas a potência no
secundário é quase igual a potência no primário.

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Conforme a fórmula:
PS  PP  PL

onde:
Ps = potência entregue a carga pelo secundário

PP = potência entregue ao primário pela fonte

PL = potência perdida no transformador

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PERDAS NO TRANSFORMADOR

Transformadores de potência práticos, embora altamente


eficientes, não são dispositivos perfeitos.
Transformadores de pequenas potências, usados em
equipamentos elétricos, têm uma faixa de eficiência
de 80 a 90 por cento, enquanto grandes
transformadores para redes de potência, comerciais
podem ter eficiências que excedem a 98 por cento.

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A perda de potência total em um transformador é uma


combinação de três tipos de perdas. Uma perda é
devido à resistência dc nos enrolamentos primário e
secundário. Esta perda é chamada perda no COBRE
(COPPER) ou perda de R.I2.
As duas outras perdas são devido as correntes
parasitas (Eddy Currents) e Histerese Magnética no
núcleo do transformador. Perda no cobre, perda de
corrente parasita, e perda de histerese resulta em
conversão indesejável de energia elétrica em energia
térmica.

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PERDAS NO COBRE
Sempre que flui corrente num condutor, é dissipada
potência em sua resistência na forma de calor. A
quantidade de potência dissipada pelo condutor é
diretamente proporcional à resistência do fio, e o
quadrado da corrente através deste. Um valor grande
de resistência ou corrente, proporcionará uma grande
potência dissipada. Os enrolamentos primários e
secundários de um transformador são feitos de fio de
cobre de baixa-resistência.

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A resistência de um determinado enrolamento é função


do diâmetro do fio e do seu comprimento. Perda no
cobre pode ser minimizada usando fio de diâmetro
apropriado. Fio de diâmetro grande é requerido para
enrolamentos de altas correntes, enquanto que fio de
diâmetro pequeno pode ser usado para enrolamento de
baixa corrente.

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PERDA DE CORRENTE PARASITA


O núcleo de um transformador é normalmente construído
de algum tipo de material ferromagnético porque este é
bom condutor de linhas do fluxo magnético.
Sempre que o primário de um transformador é energizado
por uma fonte de corrente alternada, um campo
magnético flutuando é produzido através do núcleo de
ferro. Este campo magnético corta o material do núcleo e
induz uma tensão neste. A tensão induzida causa um
fluxo de correntes ocasional através do núcleo que
dissipa potência na forma de calor. Estas correntes
indesejáveis são chamadas Correntes Parasitas (Eddy
Currents).
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Para minimizar os resultados de perda de correntes


parasitas, os núcleo de transformador são laminados.
Desde que laminações finas separadas não provêem
um caminho fácil para corrente, perdas de correntes
parasitas são muito reduzidas.

PERDAS POR HISTERESE

Quando um campo magnético atravessa um núcleo, o


material do núcleo é magnetizado. Os domínios dentro
do núcleo têm que se alinhar com o campo magnético
externo. Se a direção do campo é invertida, os domínios
têm que virar de forma que os seus pólos fiquem
alinhados com a nova direção do campo externo.
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Normalmente transformadores de potência operam em


corrente alternada em 60 Hz, ou 400 Hz. Cada domínio
minúsculo deve se realinhar duas vezes durante cada
ciclo, ou um total de 120 vezes por segundo quando
uma corrente alternada de 60 Hz é usada.

A energia usada para mudar os domínios é dissipada


como calor dentro do núcleo de ferro. Esta perda,
chamada de Perda de histerese, pode ser entendida
como sendo o resultado de fricção molecular. Perda de
Histerese pode ser controlada em pequeno valor através
da escolha apropriada de material de núcleo.

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EFICIÊNCIA DO TRANSFORMADOR

Para computar a eficiência de um transformador, a


potência de entrada e a potência de saída deve ser
conhecida. A potência de entrada é igual ao produto da
tensão aplicada no primário e a sua corrente. A potência
de saída é igual ao produto da tensão e a corrente do
secundário.
A diferença entre a potência de entrada e a potência de
saída representa a perda de potência. Você pode
calcular a porcentagem de eficiência de um transformador
usando a fórmula de eficiência padrão mostrada a seguir:

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CATEGORIA DE TRANSFORMADORES

Quando um transformador é usado num circuito, mais do


que a relação de espiras deve ser considerado. A tensão,
corrente, e a capilaridade de potência dos enrolamentos
primário e secundário também deve ser considerada.
A máxima tensão que pode ser seguramente aplicada a
qualquer enrolamento é determinada pelo tipo e
espessura do isolamento usado. Quando um melhor (e
mais grosso) isolamento é usado entre os enrolamentos,
uma tensão superior a máxima pode ser aplicada aos
enrolamentos.

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A corrente máxima que pode ser conduzida pelo


enrolamento de um transformador é determinado pelo
diâmetro do fio usado no enrolamento. Se a corrente é
excessiva num enrolamento, uma maior quantia de
potência será dissipada pelo enrolamento na forma de
calor. Este calor pode ser suficientemente alto para
causar a destruição do isolamento do fio. Se isto
acontecer, o transformador pode ser danificado
permanentemente.
A capacidade de manejo de potência de um transformador
é dependente de sua capacidade de dissipação de calor.
Se o calor pode ser removido seguramente, a
capacidade de potência do transformador pode ser
aumentada.
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Isto é algumas vezes feito imergindo o transformador


em óleo, ou pelo uso de aletas de refrigeração. A
capacidade de manejo de potência de um transformador
é medida em unidade de volt-ampère ou watt.
Se a freqüência aplicada num transformador é
aumentada, a reatância indutiva dos enrolamentos é
aumentada, causando uma enorme redução da tensão
ac através dos enrolamentos e uma menor tensão na
carga. Entretanto, um aumento na freqüência aplicada a
um transformador não deveria danificá-lo. Mas, se a
freqüência aplicada ao transformador é diminuída, o
reatância dos enrolamentos é diminuída e a corrente
através dos enrolamentos do transformador é
aumentada.
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Caso a freqüência seja diminuída bastante, o resultante


de incremento na corrente danificará o transformador. Por
esta razão um transformador pode ser usado em
freqüências baixas de acordo com sua freqüência normal
de operação, mas não abaixo daquela freqüência.

TIPOS E APLICAÇÕES DE TRANSFORMADORES

O transformador tem muitas aplicações úteis em um


circuito elétrico. Uma breve discussão de algumas destas
aplicações lhe ajudará a reconhecer a importância do
transformador em eletricidade e eletrônica.

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TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA

Transformadores de potência são usados para


fornecimento de tensão para vários circuitos em
equipamento elétrico. Estes transformadores têm dois ou
mais enrolamentos enrolados sobre um núcleo de ferro
laminado. O número de enrolamentos e de espiras por
enrolamento depende da tensão que é aplicada e fornecida
pelo transformador. Seu Coeficiente de Acoplamento é de
0.95 ou mais.
Você pode usualmente distinguir entre um enrolamento de
alta-tensão e um de baixa-tensão em um transformador
de potência medindo a sua resistência.

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O enrolamento de baixa-tensão usualmente demanda


uma alta corrente e então tem o fio de diâmetro maior.
Isto significa que sua resistência é menor que a resistência
do enrolamento de alta-tensão, que normalmente
demanda menos corrente e então pode ser construído
com um fio de diâmetro menor.
De uma forma geral os transformadores têm apenas um
enrolamento secundário. O transformador de potência
típico tem vários enrolamentos secundários, cada um
provê uma tensão diferente. O símbolo esquemático para
um típico transformador de potência é mostrado na Figura.
Para qualquer tensão aplicada no primário, a tensão
através de cada enrolamento secundário é determinada
pelo número de espiras de cada secundário.
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Um dos enrolamento do
secundário tem um tap
central como 350 volts
mostrado na Figura. O tap
central é feito derivando
um pedaço de fio da
parte central do
enrolamento, de forma
que entre este tap central
e outro terminal do
enrolamento aparece a
metade da tensão
através deste
enrolamento.
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A maioria dos transformadores de potência tem os fios de


cor diferente de forma que se possa facilmente distinguir
entre as várias conexões do enrolamento e como eles estão
conectados. Examinando cuidadosamente a figura, pode-se
verificar o código de cor para um transformador de potência
típico. Normalmente, vermelho é usado para indicar os
terminais de alta-tensão, mas é possível um fabricante usar
algum outra cor.
Existem muitos tipos de transformadores de potência. Os
transformadores têm tamanhos diferenciados segundo suas
aplicações. Transformadores de potência utilizados em
subestações são enormes e pesam várias toneladas.
Transformadores utilizados em equipamentos eletrônicos
são pequenos e seu peso é pequeno.
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AUTO-TRANSFORMADOR

Não é necessário em um auto-transformador separar


fisicamente os enrolamentos primário e secundário. A
Figure mostra um diagrama esquemático de um Auto-
transformador (AUTO-TRANSFORMER). Observe que um
único enrolamento de fio é utilizado para constituir
eletricamente os enrolamentos primário e secundário.
A tensão através do enrolamento secundário tem a
mesma relação de tensão através do primário que teria se
eles fossem dois enrolamentos distintos.

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O tap móvel no
secundário é usado para
selecionar um valor de
tensão de saída, mais
alto ou mais baixo que
Ep, dentro da faixa do
transformador. Quer
dizer, quando o tap está
no ponto A, Es é menor
do que Ep; quando o tap
estiver no ponto B, Es é
muito maior do que Ep.

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TRANSFORMADORES PARA ÁUDIO-FREQÜÊNCIA

Transformadores para Áudio-Freqüência (AF) são


usados em circuitos de AF como acoplador de
dispositivos. São projetados para operar em um espectro
de freqüências auditivo (geralmente na faixa de 15 Hz a
20 KHz).

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Intercomunicador

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Transmissão de áudio por linha de 220 Volts

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Apresentam enrolamento primário e secundário sobre


núcleo de aço laminado. Como estes transformadores
estão sujeitos a altas freqüências do que os
transformadores de potência, lâminas especiais de aço tal
como ferro-silício ou ligas especiais de ferro, que tem
uma muito baixa perda de histerese, devem ser usados
como núcleo.
Estes normalmente têm um maior número de espiras no
secundário do que no primário; geralmente apresentam
uma relação que são de 1 a 2 ou 1 a 4. Nos
transformadores de áudio a impedância dos
enrolamentos primário e secundário é tão importante
quanto a relação de espiras, porque esta vai influenciar no
desempenho do circuito ao qual está conectado.
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TRANSFORMADORES PARA RÁDIO-FREQÜÊNCIA

Transformadores para Rádio-Freqüência (RF) são


usados para acoplar circuitos cujas freqüências estão
acima de 20 KHz. Os enrolamentos são enrolados sobre
um tubo de material não-magnético (nonmagnetic), ou
contém somente um núcleo de ar.

Em radiodifusão padrão os receptores de rádio operam


em uma faixa de freqüência de 530 KHz a 1.550 KHz. Em
um receptor de onda-curta, transformadores de RF
estão submetidos a freqüências acima de 20 MHz - em
radar, acima de 200 MHz.

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TRANSFORMADORES DE IMPEDÂNCIA

Para uma transferência máxima ou otimizada de


potência entre dois circuitos, é necessário que exista um
casamento de impedância de um circuito com o outro
circuito. Uma das impedâncias a ser casa com a
dispositivo é a do transformador.
Para obter um casamento apropriado, você deve usar um
transformador que tem uma relação de espiras adequada.
O número de espiras dos enrolamentos primário e
secundário e a impedância do transformador deve
seguir a seguinte relação matemática:

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EFEITOS SEGUROS DE CORRENTE SOBRE O


CORPO
Antes de aprender
AC 60 Hz (mA) DC (mA) EFEITOS
algumas precauções
de segurança, você 0-1 0–4 Percepção
deverá atentar para
1-4 4 –15 Surpresa
alguns dos possíveis
efeitos da corrente 4 - 21 15 - 80 Ação de Reflexão
elétrica no corpo
humano. A tabela 21 - 40 80 – 160 Inibição Muscular
lista alguns dos
40 - 100 160 – 300 Parada Respiratória
efeitos prováveis da
corrente elétrica no Over 100 Over 300 Geralmente Morte
corpo humano.
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Note no quadro anterior que uma corrente tão baixa quanto


4 mA pode causar uma ação reflexiva na vítima,
usualmente causando a vítima saltar para longe do fio ou
outro componente que provê a corrente.

Enquanto a corrente deveria produzir nada além de um


formigamento na pele, a ação rápida de tentar sair para
longe da fonte poderia produzir outros efeitos (como
membros quebrados ou morte plena devido a uma lesão vital
proveniente de uma pancada recebida pela vítima devido ao
choque).

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É importante você reconhecer que a resistência do corpo


humano não pode ser confiada em se prevenir de um
choque fatal, quando a tensão é na ordem de 115 volts ou
até mesmo menos. Existem registros de fatalidades
causadas por contato de humano com 30 volts.

Testes tem mostrado que a resistência do corpo, segundo


condições desfavoráveis, pode ser abaixo de 300 ohms, e
possivelmente tão baixo quanto 100 ohms (de tempo em
tempo) se a pele está lesada. Geralmente, corrente direta
não é considerada tão perigosa quanto um valor igual de
corrente alternada.

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Isto é comprovado pelo fato que é razoavelmente seguro


"permitir correntes " em 60 hertz, corrente alternada, de
9,0 milliampères para os homens e 6,0 milliampères
para mulheres, enquanto os valores correspondentes de
corrente direta é 62,0 milliampères para os homens e
41,0 milliampères para mulheres.

É importante lembrar da tabela anterior os prováveis


efeitos. A severidade atual de efeitos dependerá sobre as
condição física da área de trabalho, a condição
fisiológica e resistência do corpo, e a área do corpo
pela qual ocorre o fluxo de corrente. Assim, baseado nas
informações anteriores, você deve considerar toda tensão
como sendo perigosa.
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CHOQUE ELÉTRICO

Em um choque elétrico você tem uma sensação de


tremedeira quando estabelece contato com eletricidade.
Você usualmente sente como se recebesse um sopro
súbito. Se a tensão e o resultado da corrente forem
suficientemente altas, você pode ficar inconsciente.
Queimaduras severas podem aparecer em sua pele na
área de contato; espasmos musculares podem
acontecer, enquanto estiver apertando o aparelho ou
fio que causa o choque e não puder se soltar deste.

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SALVAMENTO E CUIDADO DE VÍTIMAS DE CHOQUE

Os seguintes procedimentos são recomendados para


salvamento e cuidados de vítimas de choque elétrico:
 Remova a vítima imediatamente das partes de
contato elétrico, mas não se arrisque. Você pode
fazer o seguinte:
 Desligando o interruptor se o mesmo está
perto;
 Cortando o cabo ou fios do aparelho, usando
um machado com cabo de madeira, porém
tomando o cuidado de proteger seus olhos do
faiscamento quando os fios são cortados;
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 Use uma vara seca, corda, cinto, casaco,


manta, camisa ou qualquer outro material não
condutor de eletricidade, para arrastar ou
empurrar a vítima com segurança.

 Verifique se a vítima está respirando. Se a vítima


não estiver respirando, você tem que aplicar ventilação
artificial (respiração) sem demora, mesmo que a vítima
possa parecer ser inanimada. NÃO PARE DE FAZER
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL ATÉ QUE UM MÉDICO
CHEGUE.

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 Ponha a face de vítima para cima. Os pés


devem estar aproximadamente 12 polegadas mais
alto que a cabeça. Danos no Tórax ou na cabeça
exigem elevar a cabeça ligeiramente. Se está
vomitando ou se danos faciais tiverem ocorrido
causando hemorragia na garganta, a vítima deverá
ser colocada com a cabeça e o estômago de lado e
com 6 a 12 polegadas abaixo dos pés.
 Mantenha a vítima aquecida. O calor de corpo
da pessoa ferida deve ser conservado. Mantenha a
vítima coberta com um ou mais mantas,
dependendo da exposição da pessoa ao tempo.
Meios artificiais de esquentar, como garrafas de
água quentes não devem ser usados.
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 Não deve ser administrado drogas, comida, e


líquidos sem que o médico recomende. Se
necessário, podem ser administrados líquidos. Devem
ser usadas quantias pequenas de água salgada
morna, chá ou café. Nunca devem ser
administrados álcool, e outras substâncias
tóxicas.
 Chame o médico imediatamente, mas não
deixa a vítima de forma alguma até a ajuda
médica chegar.

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PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA PARA PREVENIR


CHOQUE ELÉTRICO

Você deve observar as seguintes precauções de segurança


quando trabalhar com equipamento elétrico:
 Nunca trabalhe só. Outra pessoa pode salvar sua
vida se você receber um choque elétrico.

 Só trabalhe em circuitos energizados QUANDO


ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO.
 Fontes de energia devem ser etiquetadas
através de procedimentos padrões para alertar o
usuário, o mais próximo da fonte de eletricidade.
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 Só utilize material isolante aprovado, como


um tapete de borracha.
 Descarregue capacitores de potência antes de
trabalhar com equipamentos desenergizado.
Lembre-se, um capacitor é um dispositivo de
armazenamento de energia elétrica.
 Quando você tem que trabalhar em um
circuito energizado, deve usar luvas de
borracha e tem que cobrir o seu corpo com um
material isolante.
 Desenergize equipamento antes de transportá-
lo ou remove-lo para teste.

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 Trabalhe somente com uma mão dentro do


equipamento. Mantenha a outra mão fora de
obstáculos que podem providenciar um caminho,
como o chão, para a corrente fluir.

 Use óculos de proteção. Faíscas podem


danificar seus olhos, como líquidos refrigerantes que
em alguns componentes, como transformadores,
eles podem aquecer demais e explodir.

 Mantenha a cabeça fresca e pense nas


possíveis conseqüências antes de executar
alguma ação. Descuido é a causa da maioria dos
acidentes.

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 Lembre-se o melhor técnico necessariamente


não é o mais rápido, mas o que estará no
trabalho amanhã.

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