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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA
CAMPUS ITAJAÍ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROELETRÔNICA

AULA 6 – Conversão Eletromecânica


de Energia I

Prof. Dr. Tiago Drummond Lopes


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CAMPUS ITAJAÍ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROELETRÔNICA

AULA 6 – Conversão Eletromecânica


de Energia I
❖ TRANSFORMADORES
– Revisão

– Aspectos de engenharia da análise de transformadores

– Autotransformadores

– Transformadores de múltiplos enrolamentos

– Transformadores de tensão e corrente


Prof. Dr. Tiago Drummond Lopes E-mail: tiago.drummond@ifsc.edu.br 2023
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Revisão

❖ As tensões, correntes e impedâncias podem ser referidas a


um lado ou outro, usando-se as equações abaixo para
calcular a tensão, a corrente e a impedância equivalentes no
lado escolhido.

❖ Em resumo, em um transformador ideal, as tensões são


transformadas na razão direta da relação de espiras; as
correntes, na razão inversa, e as impedâncias, na razão
direta da relação de espiras ao quadrado. A potência e os
volts-ampères não se alteram.
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Revisão

❖ As diferenças de um transformador real em relação a um


ideal devem ser incluídas em grau maior ou menor na
maioria das analises de desempenho dos transformadores.

❖ Um modelo mais completo deve levar em consideração os


efeitos das resistências dos enrolamentos, os fluxos
dispersos e as correntes finitas de excitação relativas à
permeabilidade finita (não linear, na realidade) do núcleo.

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Revisão

❖ A corrente de excitação pode ser tratada como uma corrente


senoidal equivalente Îφ, podendo ser decomposta em uma
componente de perdas no núcleo Îc, em fase com a FEM Ê1,
e em uma componente de magnetização Îm, atrasada de 90°
em relação a Ê1.

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Revisão

❖ A partir do circuito equivalente, pode-se ver que um transformador


real é equivalente a um transformador ideal mais impedâncias
externas. Referindo todas as grandezas ao primário, ou ao
secundário, o transformador ideal pode ser deslocado,
respectivamente, à direita ou à esquerda do circuito equivalente.

❖ Isso é feito quase sempre e o circuito equivalente é desenhado


em geral como na figura a baixo, onde o transformador ideal não é
mostrado e todas as tensões, correntes e impedâncias são
referidas ao enrolamento do primário ou secundário.

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Revisão
❖ O circuito é chamado circuito equivalente T de um transformador.
No qual as grandezas do secundário foram referidas ao primário,
os valores referidos estão indicados com sinais de plica (′), por
exemplo, e R2′, para distingui-los dos valores reais.
❖ A seguir, lidaremos quase sempre com valores referidos e as
plicas serão omitidas. Deve-se simplesmente ter em mente o lado
do transformador ao qual todas as grandezas foram referidas.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Em análises de engenharia, envolvendo o transformador como
elemento de circuito, costuma-se adotar uma entre as diversas
formas de aproximação, e não o circuito completo, para o
circuito equivalente da figura. A aproximação escolhida para
um determinado caso depende muito do raciocínio físico,
baseando-se nas ordens de grandeza das variáveis que
foram desconsideradas.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores

❖ As aproximações mais comuns são apresentadas na


sequência. Além disso, são fornecidos métodos de ensaio
para determinar as constantes do transformador.

❖ Os circuitos equivalentes aproximados normalmente


utilizados nas análise de transformadores de potência, em
frequência constante, estão resumidos para comparação no
próximo slide. Todas as quantidades nesses circuitos são
referidas ou ao primário, ou ao secundário, e o
transformador ideal não aparece.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores

❖ Circuitos equivalentes aproximados de transformadores.


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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Muitas vezes os cálculos podem ser bastante simplificados
deslocando-se o ramo em derivação, que representa a
corrente de excitação, desde o meio do circuito T até os
terminais do primário ou secundário, como nas figuras
abaixo. Essas formas de circuito equivalente são referidas
como circuitos L.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ O ramo em série é a combinação das resistências e das
reatâncias de dispersão do primário e do secundário,
referidas ao mesmo lado. Essa impedância é chamada
algumas vezes de impedância equivalente em série. Suas
componentes são a resistência equivalente em série Req e a
reatância equivalente em série Xeq, como mostrado nas
figuras abaixo.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Quando comparado com o circuito equivalente T (esquerda), o
circuito L (direita) apresenta erros porque é desprezada a queda
de tensão causada pela corrente de excitação na impedância de
dispersão do primário ou secundário. Como a impedância do ramo
de excitação é normalmente bem elevada em transformadores de
potência de grande porte, a respectiva corrente de excitação é
bem pequena. Esse erro é insignificante na maioria das situações
que envolvem transformadores de grande porte.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Uma simplificação analítica adicional tem como resultado, se
desconsiderarmos a corrente de excitação por completo, como
na figura (esquerda), o transformador representado por uma
impedância equivalente em série. Se o transformador for de
grande porte (diversas centenas de quilovolts-ampères ou
mais), a resistência equivalente Req será pequena, quando
comparada com a reatância equivalente Xeq, e em geral pode
ser desconsiderada, resultando o circuito equivalente da direita.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Os circuitos abaixo são suficientemente exatos para a maioria
dos problemas comuns de sistemas de potência, usados em
todas as análises, com exceção das mais detalhadas. Por fim,
em situações onde as correntes e as tensões são determinadas
quase inteiramente por circuitos externos ao transformador, ou
quando um alto grau de exatidão não é exigido, pode-se
desprezar por completo a impedância do transformador e
considerá-lo ideal.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores

❖ Os circuitos anteriores têm a vantagem adicional de que a


resistência equivalente total Req e a reatância equivalente
total Xeq podem ser determinadas por meio de um ensaio
muito simples, no qual um dos terminais é curto-circuitado.

❖ Por outro lado, o processo para se determinar as reatâncias


de dispersão Xl1 e Xl2, e também um conjunto completo de
parâmetros, é mais difícil no caso do circuito equivalente T.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores

❖ Devido à queda de tensão nas impedâncias de dispersão, a


relação das tensões medidas de um transformador não será
identicamente igual à relação idealizada de tensões que
seria medida se o transformador fosse ideal.

❖ De fato, sem algum conhecimento a priori da relação de


espiras (baseado, por exemplo, no conhecimento da
construção interna do transformador), não é possível fazer
um conjunto de medidas que determine de forma única a
relação de espiras, a indutância de magnetização e as
impedâncias individuais de dispersão.

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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Pode-se mostrar, a partir de medidas feitas nos terminais, que a
relação de espiras, a reatância de magnetização e as reatâncias
de dispersão de um circuito equivalente de um transformador não
são características únicas.

❖ Por exemplo, a relação de espiras pode ser escolhida de forma


arbitrária e, para cada escolha, haverá um conjunto
correspondente de valores de reatâncias de dispersão e de
magnetização que se ajustam às características medidas.

❖ Cada um dos circuitos equivalentes terá as mesmas


características elétricas nos terminais. Esse fato tem a feliz
consequência de que qualquer conjunto auto consistente de
parâmetros determinados empiricamente pode representar
adequadamente o transformador.
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Aspectos de engenharia da análise de transformadores


❖ Dois ensaios muito simples servem para determinar os
parâmetros dos circuitos equivalentes.

❖ Consistem em medir tensão, corrente e potência na entrada


do primário; primeiro, com o secundário em curto-circuito, e
após, com o secundário em circuito aberto (ou a vazio).

❖ Observe que, seguindo a prática comum, a relação de


tensões do transformador é utilizada como relação de
espiras quando referimos parâmetros de um lado a outro
com o propósito de determinar parâmetros.
❖ Ler pag. 83: ensaio de curto-circuito e ensaio de circuito aberto.
❖ Fazer exemplo 2.6 pág. 86.
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Autotransformadores

❖ Os princípios discutidos até o momento foram desenvolvidos


tendo como referência específica os transformadores de dois
enrolamentos.

❖ Aplicam-se também a transformadores com outras


configurações de enrolamentos.

❖ A partir de agora, aspectos relativos a autotransformadores


e transformadores de múltiplos enrolamentos serão
examinados.

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Autotransformadores
❖ Na figura (esquerda), um transformador de dois
enrolamentos é mostrado com N1 e N2 espiras nos
enrolamentos primário e secundário, respectivamente. O
mesmo efeito de transformação sobre tensões, correntes e
impedâncias pode ser obtido quando esses enrolamentos
são conectados como mostrado no circuito à direta.

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Autotransformadores

❖ No entanto, observem que na figura


o enrolamento bc é comum a ambos
os circuitos do primário e do
secundário. Esse tipo de
transformador é chamado
autotransformador. É similar a um
transformador normal conectado de
forma especial, exceto que os
enrolamentos devem ser isolados
adequadamente para suportar a
tensão de funcionamento.

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Autotransformadores

❖ Uma diferença importante entre o transformador de dois


enrolamentos e o autotransformador é que os enrolamentos do
transformador de dois enrolamentos estão eletricamente isolados,
ao passo que os do autotransformador estão conectados
diretamente entre si.

❖ Além disso, conectado como autotransformador, o enrolamento ab


exige uma isolação extra, pois deve estar isolado contra a plena
tensão máxima do autotransformador. Os autotransformadores
têm reatâncias de dispersão menores, perdas mais baixas,
menores correntes de excitação e custam menos que os
transformadores de dois enrolamentos, desde que as relações de
tensões não sejam muito diferentes de 1:1.
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Autotransformadores

❖ O exemplo a seguir ilustra os benefícios de um autotransformador


nas situações em que o isolamento elétrico entre os enrolamentos
do primário e do secundário não é uma consideração importante.

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Autotransformadores
❖ Exemplo: O transformador de 2400:240 V e 50 kVA (Ex.2.6) é
conectado em forma de autotransformador, como mostrado na
figura, na qual ab é o enrolamento de 240 V e bc é o de 2400 V.
(Supõe-se que o enrolamento de 240 V tem isolação suficiente
para suportar uma tensão de 2640 V em relação à terra.)
❖ a) Calcule as tensões nominais VA e VB nos
lados de alta e baixa tensão, respectivamente,
do autotransformador.
❖ b) Calcule a especificação nominal em kVA do
autotransformador.
❖ c) Dados relativos às perdas são fornecidos no
ex. 2.6. Calcule o rendimento a plena carga do
autotransformador, operando com uma carga
nominal cujo fator de potência é 0,80 atrasado.
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Autotransformadores
❖ Solução: (a) como o enrolamento bc de 2400 V é conectado ao
circuito de baixa tensão, então VB = 2400 V. Quando Vbc = 2400
V, uma tensão Vab = 240V em fase com Vbc será induzida no
enrolamento ab (as quedas de tensão causadas pela impedância
de dispersão são desprezíveis). Portanto, a tensão do lado de alta
tensão é

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Autotransformadores
❖ Solução: (b) A partir do valor nominal de 50 kVA, como
transformador normal de dois enrolamentos, a corrente nominal
do enrolamento de 240 V será 50.000/240 = 208 A. Como o
terminal de alta tensão do autotransformador está conectado ao
enrolamento de 240 V, a corrente nominal IA no lado de alta
tensão do autotransformador é igual à corrente nominal do
enrolamento de 240 V ou 208 A. Portanto, a especificação em kVA
como autotransformador é dada por

❖ Observe que, nessa configuração de conexão, o


autotransformador tem uma relação de espiras equivalente de
2640/2400. Assim, a corrente nominal no enrolamento de baixa
tensão (o enrolamento de 2400 V nessa conexão) deve ser

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Autotransformadores
❖ Solução: (b) A princípio, isso parece um tanto perturbador porque
o enrolamento de 2400V do transformador tem uma corrente
nominal de 50kVA/2400V = 20,8A. Mais intrigante é o fato de que
esse transformador, cujo valor nominal como transformador
normal de dois enrolamentos é 50kVA, é capaz de lidar com
550kVA como autotransformador.

❖ O valor mais alto como autotransformador é consequência do fato


de que nem todos os 550kVA devem ser transformados por
indução eletromagnética. De fato, tudo que o transformador
precisa fazer é impulsionar uma corrente de 208A por meio de
uma elevação de potencial de 240V, correspondendo a uma
capacidade de transformação de 50kVA.

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Autotransformadores
❖ Solução: (b) Esse fato é melhor ilustrado talvez pela figura que
mostra as correntes no autotransformador sob condições
nominais. Observe que os enrolamentos conduzem apenas os
seus valores nominais de corrente apesar da especificação
nominal mais elevada do transformador.

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Autotransformadores
❖ Solução: (c) Quando conectado como autotransformador, com as
correntes e tensões mostradas na Fig. 2.18, as perdas são as
mesmas do Exemplo 2.6, ou seja, 803 W. Entretanto, a saída
como autotransformador a plena carga, com um fator de potência
de 0,80, é 0,80 × 550.000 = 440.000 W. O rendimento, portanto, e

❖ O rendimento é tão elevado porque as perdas são as


correspondentes a transformar apenas 50 kVA.

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Autotransformadores
❖ Do exemplo, vemos que, quando o transformador é conectado na
forma de um autotransformador, as tensões nominais do
autotransformador podem ser expressas em termos das tensões
de um transformador de dois enrolamentos como
❖ Baixa tensão:
❖ Alta tensão:

❖ A relação de espiras efetiva do autotransformador é assim


(N1+N2)/N1. Além disso, a potência nominal do autotransformador
é igual a (N1 + N2)/N2 vezes a do transformador de dois
enrolamentos, embora a potência real manipulada pelo
transformador não será superior à de um transformador padrão de
dois enrolamentos.
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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Transformadores com três ou mais enrolamentos, conhecidos


como transformadores de múltiplos enrolamentos ou de múltiplos
circuitos, são usados muitas vezes para interconectar três ou mais
circuitos que podem ter tensões diferentes.

❖ Para esses propósitos, um transformador de múltiplos


enrolamentos custa menos e é mais eficiente do que um número
equivalente de transformadores de dois enrolamentos.

❖ Transformadores com um primário e múltiplos secundários são


encontrados frequentemente em fontes de alimentação CC de
saídas múltiplas para aplicações em eletrônica.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Os transformadores de distribuição, usados no fornecimento de


energia elétrica para uso doméstico, têm em geral dois
secundários de 120 V conectados em série. (EUA)*

❖ Circuitos de iluminação e aplicações de baixa potência são


conectados aos enrolamentos de 120 V, ao passo que fogões
elétricos, aquecedores de água, secadores de roupa e outras
cargas de potências elevadas são abastecidos com uma tensão
de 240 V obtida dos secundários conectados em série.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Do mesmo modo, um grande sistema de distribuição pode ser


alimentado por meio de um banco trifásico de transformadores de
múltiplos enrolamentos a partir de dois ou mais sistemas de
transmissão de tensões diferentes.

❖ Além disso, os bancos de transformadores trifásicos usados para


interligar dois sistemas de transmissão de tensões diferentes têm
frequentemente um terceiro (ou terciário) conjunto de
enrolamentos para fornecer tensão para fins auxiliares em
subestações ou para alimentar um sistema de distribuição local.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Capacitores estáticos ou condensadores síncronos podem ser


conectados aos enrolamentos terciários para corrigir o fator de
potência ou regular a tensão.

❖ Algumas vezes, enrolamentos terciários conectados em Δ são


colocados em bancos trifásicos para fornecer um caminho de
baixa impedância para as componentes de terceira harmônica da
corrente de excitação, de modo a reduzir as componentes de
terceira harmônica da tensão do neutro.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Algumas das questões que surgem no uso de transformadores de


enrolamentos múltiplos estão associadas aos efeitos das
impedâncias de dispersão sobre a regulação de tensão, as
correntes de curto-circuito e a divisão de carga entre circuitos.

❖ Esses problemas podem ser resolvidos por uma técnica de


circuito equivalente similar à usada no tratamento de
transformadores de dois circuitos.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Os circuitos equivalentes de transformadores de enrolamentos


múltiplos são mais complicados do que os de dois enrolamentos,
porque devem levar em conta as impedâncias de dispersão
associadas a cada par de enrolamentos.

❖ Normalmente, nesses circuitos equivalentes, todas as grandezas


são referidas a uma base comum, seja usando as relações de
espiras adequadas para referir os enrolamentos, seja
expressando todas as grandezas no chamado sistema por
unidade. Desprezar a corrente de excitação é habitual.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos


❖ Três transformadores monofásicos podem ser conectados para
formar um banco trifásico de transformadores. Isso pode ser feito
utilizando qualquer uma das quatro maneiras mostradas abaixo.*

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Na configuração Y de um transformador trifásico, há três


terminais denominados terminais de linha e um central
comum denominado terminal neutro.

❖ A tensão entre um terminal de linha e o neutro é denominada


tensão de fase (ou, às vezes, linha-neutro).

❖ A tensão entre dois terminais de linha é denominada tensão


de linha (ou, às vezes, linha-linha).

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Nas figuras, os enrolamentos da esquerda são os primários e os


da direita, os secundários. Além disso, qualquer enrolamento
primário em um transformador corresponde ao respectivo
enrolamento secundário desenhado em paralelo.

❖ Também estão mostradas as tensões e correntes que resultam da


aplicação equilibrada ao primário de tensões de linha V e
correntes de linha I.

❖ Supõe-se que a relação de espiras entre primário e secundário


seja dada por N1/N2=a e que o transformador seja ideal.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos


❖ Observe que as tensões e correntes nominais do primário e do
secundário do banco trifásico de transformadores dependem da
conexão utilizada, mas que o valor nominal em kVA do banco
trifásico é três vezes o dos transformadores monofásicos
individuais, independentemente do tipo de conexão.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ A conexão Y-Δ em geral é utilizada no abaixamento de uma


tensão alta para uma tensão média ou baixa. Uma razão para isso
é que assim pode-se dispor de um neutro para aterramento no
lado de alta tensão, um procedimento que pode-se mostrar
desejável em muitos casos. Ao contrário, a conexão Δ-Y costuma
ser utilizada na elevação para uma tensão alta.

❖ A conexão Δ-Δ tem a vantagem de que um transformador pode


ser removido para conserto ou manutenção enquanto os dois
restantes continuam funcionando como um banco trifásico, com o
valor nominal reduzido a 58% do valor do banco original. É
conhecida como conexão V ou delta aberto.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ A conexão Y-Y (estrela-estrela) é raramente utilizada devido


a dificuldades oriundas de fenômenos associados à corrente
de excitação.

❖ Como não há conexão de neutro para conduzir as


harmônicas da corrente de excitação, tensões de
harmônicas são produzidas distorcendo de modo
significativo as tensões do transformador.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Em vez de três transformadores monofásicos, um banco trifásico


pode consistir em um transformador trifásico tendo os seis
enrolamentos em um núcleo comum de pernas múltiplas e contido
em um único tanque.

❖ Os transformadores trifásicos são mais vantajosos que as


conexões com três transformadores monofásicos pois eles custam
menos, pesam menos, requerem menos espaço e têm um
rendimento um pouco maior.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Vista interna de um transformador trifásico 480V-Y/208V-Δ.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Os cálculos de circuitos que envolvem bancos trifásicos de


transformadores em condições equilibradas podem ser feitos
usando apenas um dos transformadores ou fases e verificando
que as condições são as mesmas nas duas outras fases, exceto
pelas defasagens de um sistema trifásico.

❖ Em geral, é conveniente realizar os cálculos com base em uma


única fase (por fase Y ou linha-neutro), porque então as
impedâncias dos transformadores podem ser somadas
diretamente em série com as impedâncias da linha de
transmissão.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ As impedâncias das linhas de transmissão podem ser referidas


(ou refletidas) de um lado a outro do banco de transformadores,
usando o quadrado da relação ideal de tensões de linha do banco.

❖ Ao lidar com bancos Y-Δ ou Δ -Y, todas as grandezas podem ser


referidas ao lado conectado em Y.

❖ Ao lidar com bancos Δ-Δ em série com linhas de transmissão,


convém substituir as impedâncias conectadas em Δ do
transformador por impedâncias equivalentes conectadas em Y.

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Transformadores de múltiplos enrolamentos

❖ Pode-se mostrar que um circuito equilibrado conectado em Δ


com ZΔΩ/fase será equivalente a um circuito equilibrado
conectado em Y com ZYΩ/fase se tivermos:

❖ Fazer exemplos e problemas práticos do texto do


Fitzgerald.

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Transformadores de tensão e corrente


❖ Os transformadores são usados frequentemente em aplicações de
instrumentação para compatibilizar os valores das tensões e
correntes com as faixas de operação de um medidor ou de algum
outro instrumento.

❖ Por exemplo, a maioria da instrumentação para sistemas de


potência de 60 Hz baseia-se em tensões na faixa de 0-120 V
eficazes e correntes na faixa de 0-5 A eficazes.

❖ Como as tensões dos sistemas de potência alcançam 765 kV de


linha e as correntes podem alcançar dezenas de kA, é necessário
algum método para fornecer aos instrumentos uma representação
exata e em níveis baixos desses sinais.
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Transformadores de tensão e corrente


❖ Uma técnica comum utiliza transformadores especializados,
conhecidos como transformadores de potencial ou TPs e
transformadores de corrente ou TCs. Se construído com uma
relação de espiras de N1:N2, um transformador ideal de potencial
teria uma tensão de secundário igual ao valor de N2/N1 vezes a
do primário e de mesma fase.
❖ Do mesmo modo, um transformador ideal de corrente teria uma
corrente de saída no secundário igual a N1/N2 vezes a corrente
de entrada do primário e novamente de mesma fase.
❖ Em outras palavras, os transformadores de potencial e de
corrente (também referidos como transformadores de
instrumentação) são projetados para, na pratica, funcionarem tão
próximo quanto possível dos transformadores ideais.
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Avisos

❖ 13/09/23 - AVALIAÇÃO 1 - Transformadores


monofásicos, trifásicos e autotransformadores.

❖ Agendamento visita técnica empresa WEG.

❖ 20/09/23 - Aula Prática - Levantamento de parâmetros


de transformadores.

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