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❖ TRANSFORMADORES
– Revisão
– Transformador ideal
Revisão
❖ Vamos idealizar as propriedades desse transformador supondo
que as resistências dos enrolamentos são desprezíveis, que
todo o fluxo está confinado ao núcleo enlaçando
completamente ambos os enrolamentos (o fluxo disperso é
considerado desprezível), que não há perdas no núcleo e que a
permeabilidade do núcleo é tão alta que apenas uma FMM de
excitação insignificante é requerida para criar o fluxo.
Revisão
❖ Dadas essas suposições, quando uma tensão v1 variável no
tempo é aplicada aos terminais do primário, então um fluxo
φ deve ser estabelecido no núcleo de modo que a FCEM e1
seja igual à tensão aplicada v1. Assim,
Revisão
❖ Dessa forma, um transformador ideal transforma tensões na
razão direta das espiras de seus enrolamentos.
Revisão
Revisão
❖ Observe que, para os sentidos de referência mostrados na
figura, os valores de FMM de i1 e i2 estão em sentidos opostos
e, portanto, compensam-se.
❖ Da equação,
Revisão
Transformador Ideal
❖ Uma propriedade adicional do transformador ideal pode ser
vista examinando-se o caso em que se aplica uma tensão
senoidal e usa-se uma impedância como carga. O circuito está
mostrado de forma simplificada na figura da esquerda, na qual
os terminais do transformador, assinalados com marcas
circulares, correspondem aos terminais marcados de forma
semelhante na figura da direita.
Transformador Ideal
Transformador Ideal
❖ Em outras palavras, as tensões V1 e V2 da figura da
esquerda estão em fase. As correntes Î1 e Î2 também estão
em fase, como se vê a partir da equação.
Transformador Ideal
❖ Os circuitos da figura nos permitirão investigar as propriedades
da transformação de impedâncias de um transformador. Em
forma fatorial, as equações:
Transformador Ideal
❖ Das equações anteriores, vem:
Transformador Ideal
❖ Os três circuitos da figura são indistinguíveis quando os seus
desempenhos são observados a partir dos terminais a-b.
Transformador Ideal
Transformador Ideal
❖ Exemplo: o circuito equivalente da figura mostra um
transformador ideal em que a impedância R2 + jX2 = 1 + j4Ω
está conectada em série com o secundário. A relação de
espiras é N1/N2=5:1. (a) Desenhe um circuito equivalente cuja
impedância em série esteja referida ao primário. (b) Para uma
tensão eficaz de primário de 120V e um curto-circuito
conectado entre os terminais do secundário (V2 = 0), calcule a
corrente do primário e a corrente que circula no curto-circuito.
Transformador Ideal
❖ Resolução (a): o novo circuito equivalente está mostrado na
figura. A impedância do secundário é referida ao primário
pela relação de espiras ao quadrado. Assim,
Transformador Ideal
Reatâncias no transformador
Reatâncias no transformador
❖ Em alguns casos, as capacitâncias dos enrolamentos
também tem efeitos importantes, notavelmente em
problemas que envolvem o comportamento do transformador
em frequências acima da faixa de áudio, ou durante
condições transitórias com variações muito rápidas, como as
encontradas em transformadores de sistemas de potencia,
resultantes de surtos de tensão causados por raios ou
transitórios de chaveamento.
Reatâncias no transformador
❖ Dois métodos de analise, pelos quais as características reais
e não as ideais podem ser levadas em consideração, são (1)
uma técnica de circuito equivalente baseada em raciocínio
físico e (2) uma abordagem matemática baseada na teoria
clássica dos circuitos magneticamente acoplados.
Reatâncias no transformador
❖ Para iniciar o desenvolvimento de um circuito equivalente de
transformador, examinaremos primeiro o enrolamento
primário.
Reatâncias no transformador
❖ Essas componentes estão identificadas no transformador
esquemático mostrado na figura onde, para simplificar, os
enrolamentos do primário e do secundário estão mostrados em
pernas opostas do núcleo.
Reatâncias no transformador
❖ No enrolamento primário, o fluxo disperso induz uma tensão
que se soma àquela produzida pelo fluxo mutuo. Como a
maior parte do caminho do fluxo disperso está no ar, esse
fluxo e a tensão induzida por ele variam linearmente com a
corrente Î1 de primário.
Reatâncias no transformador
❖ Além disso, haverá uma queda de tensão na resistência de
primário R1.Vemos agora que a tensão nos terminais do
primário consiste em três componentes: a queda Î1.R1 na
resistência do primário, a queda oriunda do fluxo disperso do
primário e a FEM Ê1 induzida no primário pelo fluxo mutuo
resultante. A figura mostra um circuito equivalente do
enrolamento primário que inclui todas essas tensões.
Reatâncias no transformador
❖ O fluxo mutuo resultante concatena ambos os enrolamentos,
primário e secundário, e é criado por suas FMMs
combinadas.
❖ É conveniente tratar essas FMMs considerando que a
corrente do primário deve atender a duas condições do
circuito magnético: deve não só produzir a FMM requerida
para produzir o fluxo mutuo resultante, mas deve também
contrabalancear o efeito da FMM do secundário que atua no
sentido de desmagnetizar o núcleo.
Reatâncias no transformador
❖ De acordo com esse quadro, convém decompor a corrente
do primário em duas componentes: uma componente de
excitação e uma componente de carga.
Reatâncias no transformador
❖ Como a componente de excitação é a que produz o fluxo do
núcleo, a FMM liquida deve ser igual a N1.Îφ e vemos assim
que e
Circuito Equivalente
❖ A corrente de excitação pode ser tratada como uma corrente
senoidal equivalente Îφ, podendo ser decomposta em uma
componente de perdas no núcleo Îc, em fase com a FEM Ê1,
e em uma componente de magnetização Îm, atrasada de 90°
em relação a Ê1.
Circuito Equivalente
❖ No circuito equivalente da figura, a corrente de excitação
senoidal equivalente foi levada em conta por meio de um
ramo em derivação conectado a Ê1. Compreende uma
resistência de perdas no núcleo Rc e, em paralelo, uma
indutância de magnetização Lm cuja reatância, conhecida
como reatância de magnetização, é dada por
Circuito Equivalente
❖ No circuito equivalente, as perdas no núcleo, devido ao fluxo
mutuo resultante, são dadas pela potencia E1²/Rc. A resistência
Rc é referida como a resistência de magnetização que,
juntamente com Xm, forma o ramo de excitação do circuito
equivalente. A combinação em paralelo de Rc e Xm será referida
como a impedância de magnetização Zφ. Quando se assume que
Rc é constante, supõe-se, como consequência, que as perdas no
núcleo variem proporcionalmente a E1².
Circuito Equivalente
Circuito Equivalente
Circuito Equivalente
❖ Essa transformação de tensão e mais a de corrente da podem ser
incluídas introduzindo-se um transformador ideal no circuito
equivalente, como mostrado na figura. Entretanto, como visto no
caso do enrolamento primário, a FEM Ê2 não é a tensão presente
nos terminais do secundário por causa da resistência R2 do
secundário e porque a corrente Î2 do secundário cria um fluxo
disperso no secundário.
Circuito Equivalente
❖ Entre a tensão nos terminais do secundário e a tensão induzida
Ê2, há uma diferença dada pela queda de tensão referido à
resistência de secundário R2 e à reatância de dispersão do
secundário (correspondente à indutância de dispersão do
secundário), como mostrado à direita de Ê2 no circuito
equivalente do transformador.
Circuito Equivalente
Circuito Equivalente
❖ No caso especifico da próxima figura, temos:
Circuito Equivalente
❖ O circuito é chamado circuito equivalente T de um transformador.
No qual as grandezas do secundário foram referidas ao primário,
os valores referidos estão indicados com sinais de plica (′), por
exemplo, e R2′, para distingui-los dos valores reais.
❖ A seguir, lidaremos quase sempre com valores referidos e as
plicas serão omitidas. Deve-se simplesmente ter em mente o lado
do transformador ao qual todas as grandezas foram referidas.
Circuito Equivalente
❖ Exemplo: um transformador de distribuição de 50kVA, 2400:240
V e 60 Hz tem uma impedância de dispersão de 0,72 + j0,92Ω no
enrolamento de alta tensão e 0,0070 + j0,0090Ω, no de baixa
tensão. Na tensão e frequência nominais, a impedância Zφ do
ramo em derivação (igual à impedância de Rc e jXm em paralelo),
responsável pela corrente de excitação, é 6,32 + j43,7Ω, quando
vista do lado de baixa tensão. Desenhe o circuito equivalente
referido a (a) o lado de alta tensão e (b) o lado de baixa tensão,
indicando numericamente as impedâncias no desenho.
Circuito Equivalente
❖ Resolução: