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Espaços reservas conforme a NBR 5410:1997 item 6.5.9.

2:

- Quadros com até 6 circuitos, prever espaço reserva de no mínimo 2 circuitos;

- Quadros com 7 a 12 circuitos, prever espaço reserva de no mínimo 3 circuitos;

- Quadros com 13 a 30 circuitos, prever espaço reserva de no mínimo 4 circuitos;

- Quadros acima de 30 circuitos, prever espaço reserva de no mínimo 15 porcento dos circuitos.

Balanceamento de fases em sistema trifásico


Olá, hoje abordarei um assunto que gera inúmeras dúvidas, principalmente aos que estão iniciando na área de Projetos
Elétricos, balanceamento de fases em sistema trifásico. No texto a seguir ensino como balancear as fases com o objetivo que
as mesmas não fiquem sobrecarregadas. No final do artigo vou disponibilizar para download os diagramas unifilar e multifilar
(PDF e em DWG)que serviram como base para elaboração desse artigo.

A alimentação trifásica é composta por quatro fios: Neutro, Fase, Fase e Fase. Cada fase tem tensão de 127 Volts,
proporcionando assim uma melhor distribuição de carga por fase, o que resulta no balanceamento de carga residencial. Ao chegar
ao quadro de distribuição as fases podem ser distribuídas uniformemente entre os circuitos de modo a obter-se o maior equilíbrio
possível, por exemplo, uma fase alimentará um chuveiro, emquanto a outra alimenta o circuito da cozinha, e a última alimenta outro
circuito.

Observe o exemplo da figura abaixo, veja que nos diagramas unifilar e multifilar as fases estão sendo especificadas através das
letras R, S e T, e cada fase alimenta seis circuitos, mas não necessariamente os seis, pois se observar o circuito 8 e 7, podemos
notar que são alimentados por duas fases.
Com as fases devidamente distribuídas, ao ligar um chuveiro, as lâmpadas não ficaram piscando, pois a fase destinada ao chuveiro
não é a mesma fase a qual está ligada ao circuito de iluminação.

Quando não ocorre o devido balanceamento, podem surgir problemas com harmônicas, que são ondas múltiplas das senoidais
fundamentais, o que leva ao aquecimento dos circuitos. Isso acontece com mais frequência em industrias, pois existem muitas
máquinas e todo aparelho ligado a energia distorce a onda senoidal, criando harmônicas. Em residências essa situação é menos
problemática.

A figura abaixo demonstra como funciona as cargas na rede trifásica defasadas 120º entre si, onde cada uma atinge o ponto máximo
e desce para o ponto mínimo e volta a subir, por isso recebe o nome de corrente alternada, pois alternam entre o ponto máximo e
o mínimo em um ciclo constante. Ainda na figura é demonstrado as linhas senoidais fundamentais pois a alternação é uniforme:

A próxima figura mostra a diferença entre uma senoidal fundamental e a irregular que causam as harmônicas:
O balanceamento de fases é muito importante em um projeto elétrico, pois através desse procedimento conseguimos obter a
menor diferença possível entre a corrente que passa em casa fase. O balanceamento não se aplica para projetos que utilizem
alimentação monofásica, ou seja, o balanceamento de fases só faz sentido para projetos com fornecimentos trifásico ou
bifásico.

Ficamos aqui por hoje, espero que você tenha gostado do artigo tanto quanto eu gostei de escrevê-lo para você, conforme prometido,
a seguir estão disponíveis para download os diagramas unifilar e multifilar em PDF e DWG (formato do AutoCAD).

Importância do diagrama unifilar


Este artigo, dentre todos os objetivos técnicos, tem por finalidade conscientizar você da importância do diagrama unifilar e
principalmente, porque a segurança de seu projeto está diretamente relacionada a este documento.

Você consegue imaginar uma busca ao tesouro sem um mapa? Esta analogia simplista mostra a importância do diagrama unifilar
para o profissional que está realizando a montagem e/ou manutenção em uma infraestrutura elétrica.

Como você pode observar na imagem abaixo, este é um diagrama unifilar residencial completo que elaboramos durante as aulas
do Curso Projetos Elétricos Residenciais, Conceito e Prática no AutoCAD.
Como é mostrado no curso, tudo se inicia a partir das dimensões dos cômodos para podermos, a partir do que a NBR
5410estabelece, determinar os pontos de tomadas e iluminação de cada um dos ambientes deste projeto.
O posicionamento estratégico de cada um dos componentes depende de fatores como:

• A própria NBR 5410


• Necessidade do Cliente
• Disposição dos eletrodomésticos e consumidores em cada ambiente

Mas, depois do cálculo de demanda e determinação do relógio padrão é que começamos efetivamente a criar o esboço do
diagrama elétrico na residência, os cálculos preliminares determinam a demanda instalada e conseguimos definir a partir daí
o dispositivo de proteção e principalmente os condutores que alimentarão toda a rede de alimentação dos circuitos
elétricos determinados em nosso projeto.

Considerando que todo o memorial de cálculos já foi realizado e já possuímos em mãos os circuitos elétricos que irá compor nossa
infraestrutura do projeto temos o esboço do quadro de distribuição que possui o conjunto de disjuntores responsáveis por cada
um dos circuitos elétricos.
Observe que no quadro de distribuição (imagem abaixo) possuímos a identificação dos disjuntores, bitola dos condutores e
o número dos circuitos, e será a partir desta distinção que podemos iniciar a leitura e entendimento do diagrama
unifilarapresentado no começo do artigo, esse diagrama unifilar residencial completo ensinamos a elaborar no Curso Projetos
Elétricos Residenciais, Conceito e Prática no AutoCAD.
O quadro de distribuição ou quadro Geral de disjuntores é representado na planta baixa com a simbologia mostrada da imagem
abaixo, e é a partir dele que "nasce" cada um dos circuitos que compõe o projeto elétrico.

Fica claro no diagrama que a quantidade de eletrodutos que saem do Quadro Geral possui um objetivo comum de não agrupar
muitos condutores em um único ponto já que isto implicaria em problemas como fator de agrupamento (Previsto no item 6.2.5.5 da
NBR 5410), capacidade de acomodação dos eletrodutos (item 6.2.11.1 da NBR 5410) e também a dificuldade de realizar a
instalação física e uma futura manutenção desta infraestrutura.

A indicação da bitola dos condutores juntamente as simbologias destes é crucial para o profissional que irá realizar a instalação.
No diagrama elétrico do quadro geral (imagem abaixo) é possível observar que a iluminação social, ou seja, quartos, sala,
corredor, hall, etc. serão alimentados pelo circuito C1, podemos então comprovar isso no diagrama unifilar.

Já a iluminação de serviço (Cozinha, Copa, Área de Serviço, etc.) será alimentado pelo circuito C2 como pode ser observado no
diagrama unifilar da imagem abaixo.
Um detalhe importantíssimo e que muitas vezes passa despercebido, no início do projeto é necessário que seja definido exatamente
como será a iluminação dos cômodos, uma vez definido que trata-se de iluminação que possua partes metálicas como lustres,
arandelas, etc. se faz necessário a utilização também do condutor terra, que deverá por sua vez ser individual para cada circuito
da mesma maneira que é tratado o aterramento dos pontos de tomadas.

Na identificação do circuito de iluminação em um diagrama unifilar conseguimos encontrar algumas simbologias específicas, é o
caso dos interruptores, que podem ser simples, paralelo ou em alguns casos o intermediário, veja um exemplo na imagem
abaixo:
Mas observe que cada um dos interruptores possui uma letra, neste caso minúscula, estes são símbolo literais que representam o
ponto de iluminação a ser acionado, veja na imagem abaixo que este mesmo símbolo está também no ponto de iluminação e no
retorno que chega ao ponto de iluminação.
No caso das tomadas temos a separação em basicamente três tipos de simbologias:

1. Tomada Baixa

2. Média altura

3. Alta

A tomada é referenciada também através de um algarismo que representa o circuito que parte do Quadro de Disjuntores para
alimentá-la.

Existem dois tipos de aplicação para as tomadas:

• TUG (Tomadas de Uso Geral)

• TUE (Tomadas de Uso Específico)

Normalmente as TUE’s recebem um eletroduto isolado por possuírem cabos mais robustos uma vez que as correntes elétricas
destas tomadas tendem a ser sempre mais altas, é o caso do chuveiro por exemplo:
Em toda e qualquer situação os circuitos de tomadas contam com o condutor de aterramento que é individual por circuito e saem
do quadro de distribuição juntamente com os demais condutores.

Um detalhe muito importante e que mostra o comprometimento do projeto com a segurança é a instalação de uma simples
campainha, observe que neste projeto temos a campainha da seguinte maneira:
De maneira nenhuma podemos colocar a fase no interruptor da campainha, pois estaríamos expondo ao risco quem interage com
este equipamento no momento do acionamento, vale lembrar que neste tipo de dispositivo, comumente temos a exposição a água,
correndo risco de acidentes.

Espero que tenha gostado do artigo, qualquer dúvida entre em contato conosco através do email contato@ew7.com.br

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