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Responsável pelo Conteúdo:

Prof. Ms. Robmilson Simoes Gundim

Revisão Textual:
Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio
Circuitos Terminais – Tipos de Circuitos
e suas representações gráficas

Pois é, turma, agora que já foram estudados, os conceitos


sobre eletricidade, o como se realiza o levantamento das
potências e os dispositivos de proteção que alimentam os
circuitos terminais, pode-se dizer que estamos avançando para
alcançar um dos principais objetivos do curso que é o
desenvolvimento de um Projeto de Instalações Elétricas
Residencial.

Nesta Unidade IV, ainda sob uma pequena pausa no projeto


propriamente dito, serão estudados os circuitos elétricos mais
comuns utilizados em uma residência, também denominados
circuitos terminais, bem como suas representações gráficas.

Desta forma, será possível nos preparar para os passos


seguintes do Projeto de Instalações Elétricas Residencial que
deverão ser retomados consequentemente.

Atenção

Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
Contextualização

Bem, como apresentado anteriormente para que se possa prosseguir no projeto


propriamente dito, se faz necessário conhecer as partes que compõe uma instalação elétrica.
Antes, portanto, da divisão dos circuitos e consequente representação gráfica na planta
baixa, que serão praticamente os próximos passos do projeto que estamos realizando, é de
fundamental importância conhecer os circuitos elétricos mais comuns e suas representações
gráficas.
Desta forma, o objetivo desta unidade será identificar, distinguir e representar os
circuitos elétricos utilizados em instalações elétricas, bem como organizar informações
relacionadas à suas aplicações.
Tudo, sob a luz da ABNT NBR 5410:2004 e de outras normas técnicas
correlacionadas.
Material Teórico

Circuito Elétrico
Como apresentado anteriormente, os conceitos estudados nas unidades anteriores
facilitarão a compreensão dos assuntos a serem tratados nesta Unidade.

Uma vez definido a função do quadro de distribuição e identificado os dispositivos de


proteção que devem ser utilizados na unidade III, vejamos os circuitos elétricos, os quais são
alimentados por tais dispositivos de proteção.

Iniciemos pela definição de circuito elétrico:

É o conjunto de equipamentos e condutores, ligados ao mesmo dispositivo de proteção.

Em uma instalação elétrica residencial, encontramos dois tipos de circuito: o de


distribuição e os circuitos terminais.

Circuito de Distribuição
O mesmo interliga o quadro medidor ao quadro de distribuição. Veja na figura 4.1 em
destaque.

Figura 4.1 – Circuito de distribuição [1]


Circuito Terminais

Já os circuitos terminais partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente


lâmpadas, pontos de tomadas de uso geral e pontos de tomadas de uso específico.

NOTA: em todos os exemplos apresentados na figura 4.2, foram admitidos que a tensão entre
FASE e NEUTRO é 127V e entre FASES é 220V. Em cada região devem ser verificadas quais
são os níveis de tensão fornecidos.

Para que se compreenda melhor como se faz a ligação do quadro de distribuição até os
circuitos terminais, a seguir serão apresentados alguns exemplos.
Circuitos de iluminação

Por meio das ilustrações a seguir, poderão ser visualizados exemplos de dispositivos de
proteção instalados em um quadro de distribuição, bem como as interligações existentes aos
circuitos terminais.

Figura 4.3 – Exemplo de circuito terminal protegido por DTM [1]

Figura 4.4 – Exemplo de circuito terminal (iluminação externa) protegido por DDR [1]
Circuitos de tomadas

Figura 4.5 – Exemplo de circuito terminal (tomadas de uso geral) protegido por DDR [1]

Figura 4.6 – Exemplo de circuito terminal (tomada de uso específico) protegido por DDR [1]
Outra possibilidade, no caso da Figura 4.6 seria a utilização do conjunto de proteção DTM +
IDR, como pode ser visto na Figura 4.7.

Figura 4.7 – Exemplo de circuito terminal (tomada de uso específico) protegido por conjunto de proteção
DTM + IDR [1]

Figura 4.8 – Exemplo de circuito terminal (tomada de uso específico) protegido por DDR [1]
Figura 4.9 – Exemplo de circuito terminal (tomada de uso específico) protegido por conjunto de proteção
DTM + IDR [1]

NOTA: Observe no detalhe das Figuras 4.8 e 4.9 que apesar da denominação ponto de
tomada uso específico, não se utiliza tomada propriamente dita para ligação do chuveiro ou
equipamento similar. Isto é devido à corrente elétrica ser normalmente maior do que 20A,
fazendo com que não se deva utilizar tomadas, já que o padrão de tomadas brasileiro
estabelece modelos de 10A e 20A. Neste caso, devem-se emendar diretamente os condutores,
ou utilizar conectores com capacidade de corrente apropriada.

Circuito de distribuição

A figura a seguir apresenta um exemplo de circuito de distribuição, o qual interliga o


quadro de medição, onde se encontra o DTM geral ao quadro de distribuição.
Figura 4.10 – Exemplo de circuito de distribuição bifásico ou trifásico protegido por DTM [1]

Contudo, para que se represente uma instalação elétrica de uma residência como um
todo se faz necessário utilizar esquemas elétricos que facilitem visualizar a planta baixa da
residência a ser instalada.

Simbologia Gráfica

Serão apresentados a seguir os esquemas de ligação mais utilizados em uma residência. A


Figura 4.11 apresenta um esquema denominado multifilar, pois apresenta todos os fios da instalação.

1. Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples.


Figura 4.11 – Esquema Multifilar de ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples. [1]
[5]

Devendo-se ligar sempre:

- a fase ao interruptor; - o retorno ao contato do disco central da lâmpada; - o neutro


diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada, e; - o condutor terra à luminária metálica.

Considerando a simbologia:

Considerando um cômodo qualquer, vejamos como ficaria a representação da mesma


instalação, porém utilizando a representação gráfica unifilar.
Figura 4.12 – Esquema Unifilar da Instalação de um ponto de luz comandado por interruptor simples. [2]

Legenda:

Quadro de distribuição

Ponto de luz no teto, sendo 100 VA, circuito nº 1 e retorno vindo interruptor “a”.

Interruptor Simples de uma seção.

Eletroduto embutido no teto.

Apesar da existência da Norma ABNT NBR 5444/1988 – Simbologia gráfica para


instalações elétricas prediais, o projetista pode adotar uma simbologia própria identificando-a
no projeto, por meio da legenda.
2. Ligação de mais de uma lâmpada comandada por interruptor simples.

Figura 4.13 – Esquema Multifilar de ligação de duas lâmpadas comandada por interruptor simples. [1]

Considerando um cômodo qualquer, vejamos como ficaria a representação da mesma


instalação, porém utilizando a representação gráfica unifilar.

Figura 4.14 – Esquema Unifilar da Instalação dois pontos de luz comandado por interruptor simples. [2]
Como se pode notar no esquema unifilar, em todos os trechos de eletroduto são
representados os condutores que estão dentro dele e a simbologia, a mesma utilizada no
exemplo anterior.

A figura 4.15 apresenta a instalação de uma lâmpada comandada por dois pontos, ou
seja, utilizando dois interruptores paralelos.

Figura 4.15 – Esquema Multifilar da Instalação de uma lâmpada comandada por dois pontos. [1]

Este tipo de instalação é aplicado em escadas, dormitórios, salas, cozinhas, ou em


qualquer ambiente que tenha dois acessos, pois permite o acionamento de dois pontos.

Vejamos na figura 4.16 como ficaria a representação da mesma instalação de um


cômodo qualquer, porém utilizando a representação gráfica unifilar.

Figura 4.16 – Esquema Unifilar da Instalação de um ponto de luz comandado por dois pontos.
(interruptores paralelos) [2]
Legenda:

Quadro de distribuição

Ponto de luz no teto, sendo 100 VA, circuito nº 1 e último retorno vindo do interruptor “b”.

Interruptor paralelo.

Eletroduto embutido no teto.

NOTA: Neste caso, como qualquer um dois interruptores podem comandar o ponto de luz, a
letra a ser utilizada nos mesmos poderia ser somente “a”, porém aqui foi utilizado “a” para o
primeiro e “b” para o segundo, apenas para efeito didático.

Outra forma de representar a mesma instalação, porém que facilita o entendimento do seu
funcionamento é o esquema funcional apreentado a seguir na figura 4.17.

Figura 4.17 – Esquema Funcional da Instalação de um ponto de luz comandado por dois pontos
(interruptores paralelos) [1]

Agora, se houver necessidade de comandar de mais de dois pontos se faz necessário a


utilização de um interruptor intermediário entre os paralelos.
Figura 4.18 – Esquema Multifilar de ligação de uma lâmpada comandada por três pontos [1]

Da mesma forma que os anteriores, a mesma instalação pode ser representada por
meio do esquema unifilar.

Figura 4.19 – Esquema Unifilar da Instalação de um ponto de luz comandado por três pontos.
(interruptores paralelos + intermediário) [2]

Legenda:

Quadro de distribuição

Ponto de luz no teto, sendo 100 VA, circuito nº 1 e último retorno vindo do interruptor
“c”.

Interruptor paralelo.
Interruptor intermediário.

Eletroduto embutido no teto (laje)

Eletroduto embutido na parede

Com relação a representação da instalação de tomadas, basta representar os


condutores, conforme a alimentação monofásica ou bifásica.

Figura 4.20 – Esquema Multifilar de ligação de duas tomadas [1]


Para exemplificar, imaginemos que no circuito elétrico da instalação de um ponto de
luz comandado por um interruptro simples, foram acrescentadas duas tomadas do circuito 2.

Figura 4.21 – Esquema Unifilar da Instalação de um ponto de luz comandado por interruptor
simples mais duas tomadas de uso geral (TUG’s) [2]

Legenda:

Quadro de distribuição

Ponto de luz no teto, sendo 100 VA, circuito nº 1 e retorno vindo interruptor “a”.

Interruptor Simples de uma seção.

Tomada baixa

Tomada média

Tomada alta

Eletroduto embutido no teto (laje)

Eletroduto embutido na parede

Observe que apesar de não ter sido utilizado no exemplo da figura 4.21 as tomadas
média e alta foram colocadas na legenda para ilustrar a simbologia adotada para as mesmas.

Assim sendo, sabendo-se como as ligações são feitas, pode-se então representá-las
graficamente na planta, devendo sempre:
- representar os condutores que passam dentro de cada trecho de eletroduto, por meio de
simbologia apropriada, e;

- identificar a que circuitos pertencem.

E se ainda, contudo que foi apresentado ainda lhe vir a pergunta porque fazer a representação
gráfica? A resposta é simples. Para que, ao consultar a planta, se saiba quantos e quais condutores
estão passando dentro de cada eletroduto, bem como, que circuito pertencem.

Portanto, após a apresentação dos circuitos elétricos mais utilizados em uma


instalação elétrica residencial e como representá-los graficamente, pode-se prosseguir
com o desenvolvimento do projeto propriamente dito. Os próximos passos são: a
divisão da instalação elétrica e a representação gráfica do encaminhamento dos
eletrodutos e da fiação na planta baixa.!
Referências

PRYSMIAN. Manual de Instalações Elétricas. Prysmian Energia Cabos e Sistemas do Brasil. São
Paulo. Victory . 2006 . Disponível em http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-
ptBR/energy/pdfs/Manualinstalacao.pdf. Acesso em 13/01/2011
Anotações

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