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TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS

RELATÓRIO 02:
TRAFO TRIFÁSICO

Alunos: Bruna Duarte Costa - SP3060331


Enzo Daniel Santana Zanine Caldas - SP3104672
Rafael Roberto Ferreira - SP3016773

Professor: Profº Drº Rafael Cuerda Monzani

SÃO PAULO
08 DE MARÇO DE 2024
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo
Campus São Paulo
Curso: Tecnologia em Automação Industrial
Disciplina: LMQJ4 – Laboratório de Máquinas Elétricas
Transformadores Trifásicos

Ensaios:
- Conexões trifásicas Bruna Duarte Costa – SP3060331
- Relação de transformação a vazio e sob carga Enzo Daniel – SP3104672 | Rafael Roberto - SP3016773

INTRODUÇÃO
Uma das principais aplicações dos transformadores está nos sistemas de potência, elevando ou abaixando o nível de
tensão para a transmissão ou distribuição da energia elétrica. Em geral esses sistemas são trifásicos e equilibrados. Pode-
se construir transformadores com núcleo trifásico ou associar transformadores com núcleos monofásicos. Nos dois casos,
os enrolamentos podem ser associados em estrela (Y) ou em delta (∆). Se houver três enrolamentos por fase pode-se
ainda obter uma associação zig-zag (Z), que é uma versão estrela (Y) composta. A escolha da associação adequada
depende de diversos fatores como: acesso a neutro, bitola dos condutores por fase, sistema de aterramento, nível de
isolamento, defasagem angular requerida, etc. O transformador com núcleo trifásico leva vantagem sobre a associação ou
banco de transformadores monofásicos, devido à economia de ferro no núcleo: como os fluxos das três fases somam zero a
todo instante, pode-se eliminar o caminho de retorno do fluxo, o que leva a uma estrutura magnética plana com uma
perna do núcleo para cada fase.

Conexão Y ou Δ

A ligação em Y ou ∆ é estabelecida através da conexão dos seus terminais, conforme mostra a figura.

Para fazer corretamente essa conexão, é fundamental conhecer a polaridade relativa dos enrolamentos. Qualquer
inversão irá colocar duas fases em curto-circuito ou desequilibrar o circuito magnético.

São possíveis quatro combinações das ligações dos enrolamentos de um transformador trifásico: Y-Y, Y-∆, ∆-Y
e ∆-∆.

Em cada combinação é necessário verificar como as correntes e tensões primárias se relacionam com as correntes
e tensões secundárias. Lembrar que em uma ligação Y a tensão de linha é igual a √3 vezes a tensão de fase e em uma ligação ∆ a

corrente de linha é igual a √3 vezes a corrente de fase.

Na figura abaixo tem-se as indicações das tensões e das correntes em uma conexão ∆-Y.

Exemplificando:
Considere N1 = 1000 espiras e N2 = 100 espiras.
Se V1 = 1270V teremos na bobina secundária uma tensão de fase igual a 127V e uma tensão de linha igual a 220V.
Se I1 = 11A teremos na bobina primária uma corrente de fase igual a 6,35A e na bobina secundária uma corrente de linha igual a 63,5A.
Realize as operações abaixo indicadas tanto para o primário como para o secundário e tire as suas próprias
conclusões.

Uma característica da associação Y-∆ é o deslocamento angular de ±30° que resulta entre as tensões terminais
correspondentes do primário e do secundário. O sentido da defasagem depende da sequência das fases. Esse deslocamento
pode ser percebido através de um diagrama fasorial, como o mostrado na figura abaixo.

A tensão de linha VAB do secundário está atrasada de 30° em relação à tensão correspondente Vab do primário. Se trocarmos a
sequência das fases, a defasagem muda de sinal. Portanto, é necessário tomar cuidado com as defasagens quando, por
exemplo, deseja-se conectar dois transformadores trifásicos em paralelo.

Ensaio
-Aplique tensão nominal no primário e obtenha a relação de transformação em vazio e sob carga (use um conjunto de
lâmpadas incandescentes).
- Meça os valores das tensões e correntes de linha e de fase.

Relatório
1) Apresente o diagrama esquemático, com as ligações dos respectivos instrumentos de medição, utilizado no ensaio do
transformador para determinar a relação de transformação a vazio.
2) Calcule a relação de transformação e a relação de espiras com base nos dados de placa.
Tomando em consideração que VL é igual a √3*VF, temos que
Placa: |VL2| |VL1| e |VF2| |VF1|
Valor: |380| |220| e |220| |220|

V L2 380 V 220
RT = → RT = → RT =√ 3 ⋮ R E= F 2 → R E= → R E =1
V L1 220 V F1 220
3) Calcule a relação de transformação com base nos dados medidos e compare com os dados de placa.
Experimento: |VL2| |VL1|
Valor: |362| |212|
V L2 362
RT = → RT = → R T =1 ,70
V L1 212

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