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Eu e a Física 11

FPE Ficha de Trabalho – Preparação para Exame – 11.º ano

Escola _____ ___ Data ________________

Nome __ N.º Turma __________

Professor __ Classificação ______________________

GRUPO I
1. Os gráficos de v x ( t ) para duas partículas A e B encontram-se representados na figura. No instante
t = 0 s a partícula B encontra-se na origem do referencial e a partícula A no ponto de abcissa x 0 . As
duas partículas colidem no instante t = 60 s .

1.1 Caracterize o movimento das partículas A e B, nos intervalos  0;20 s , 20;40  s e  40;60  s .
[0;20] s
A partícula A desloca-se no sentido positivo do eixo dos xx com movimento uniformemente retardado.
v x ,A  0
2−6
ax ,A =  ax ,A = −0,2 m s −2  ax ,A  0
20
A partícula B desloca-se no sentido negativo do eixo dos xx com movimento uniformemente retardado.
v x ,B  0
2 − ( −6 )
ax ,B =  ax ,B = 0,2 m s−2  ax ,B  0
20
[20;40] s
As duas partículas têm movimento uniforme, A desloca-se no sentido positivo e B no sentido negativo.
[40;60] s
A partícula A desloca-se no sentido positivo do eixo dos xx com movimento uniformemente acelerado.
v x ,A  0 e ax ,A = 0,2 m s −2
A partícula B desloca-se no sentido negativo do eixo dos xx com movimento uniformemente acelerado.
v x ,B  0 e ax ,B = −0,2 m s −2

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1.2 Calcule a distância percorrida por cada partícula no intervalo  0;60 s .


6 +2 6 +2
xA =  20 + 2  20 +  20  xA = 200 m
2 2
xB = −200 m , como se pode ver por simetria.
Assim, ambas as partículas percorreram uma distância de 200 m nesse intervalo de tempo.

1.3 Determine x 0 .
xA ( 60 ) = xB ( 60 )  x0 + 200 = 0 − 200  x0 = −400 m

1.4 Esboce o gráfico de xA ( t ) e xB ( t ) , no intervalo  0;60 s .

2. Na figura encontram-se representados os gráficos posição-tempo correspondentes a dois


movimentos retilíneos ao longo do eixo dos xx.
(A) (B)

Os gráficos velocidade-tempo são:


(C) (D)

2.1 Faça a devida associação entre os gráficos (C) e (D) e os gráficos (A) e (B).

(C) corresponde a (A) e (D) corresponde a (B).


Quando o declive da tangente à curva x(t ) é negativo, v x é negativo; quando é positivo, v x é
positivo.

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2.2 Esboce os gráficos aceleração-tempo para os dois movimentos.

Na situação (A): Na situação (B):

2.3 Determine x1 , t1 , x2 e t2 .

1
Situação (A): x(t ) = x0 + v0 t + a t 2
2
1
0;2 s : x(t) = 10 − 4 t + (+2) t 2  x(2) = 10 − 4  2 + 22  x1 = 6 m
2
2;6 s :
1
(t1 − 2)  t1 = 2 + 8  t1 = 4,8 s
2
 10 = 6 +
2
1
Situação (B): x(t ) = x0 + v0 t + a t 2
2
1
0;2 s : x (t) = − 2 + 4 t + (−2)t 2  x (2) = − 2 + 4  2 − 22  x2 = 2 m
2
1 1
2;6 s : x(t) = 2 + (−1) (t − 2)  0 = 2 − (t2 − 2)  t2 = 4 s
2 2

2 2

3. O gráfico da figura representa a variação da velocidade, em função do tempo, do centro de massa de


três corpos, A, B e C, que descrevem um movimento retilíneo segundo a direção do eixo dos xx.

3.1 De acordo com os valores registados, pode concluir-se:


(A) Os corpos A e C cruzam-se no instante t = 4 s .
(B) Os corpos B e C têm a mesma velocidade no instante t = 7 s . X
(C) No intervalo de tempo considerado, os corpos A e B viajam lado a lado.
(D) O corpo C desloca-se no sentido negativo do referencial.

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Opção (B).
Como ambos os corpos, B e C, apresentam movimento retilíneo e se deslocam no mesmo sentido
(sentido positivo do referencial) no instante em que o módulo da velocidade é igual, terão igual
velocidade, o que ocorre no instante t = 7 s .

3.2 Dos gráficos representados, selecione o que pode corresponder ao movimento do corpo C.

(A) (B) X (C) (D)

Opção (B).
O corpo C desloca-se no sentido positivo do referencial com módulo da velocidade decrescente.
Num gráfico posição-tempo, o declive da reta tangente à curva em cada ponto é igual à componente
escalar da velocidade v nesse ponto. Dos gráficos posição-tempo apresentados, o gráfico B é o que
representa, no intervalo de tempo considerado, a componente escalar da velocidade positiva e de
módulo decrescente ao longo do tempo.

3.3 Sabendo que os corpos B e C partem da mesma posição inicial, determine o instante em que se
encontram novamente.

Apresente todas as etapas de resolução.


Sabendo que os dois corpos se deslocam com movimento retilíneo uniformemente variado, é válida
a equação:
1
x(t ) = x0 + v0 t + at 2
2
1 v 16 − 0
Para o corpo B, virá x = x0 +  1,3t 2 , sendo a = am = a =  a = 1,3 m s−2 .
2 t 12 − 0
1 v 4 − 16
Para o corpo C, virá x = x0 + 16 t −  1,0 t 2 , sendo a = am = a =  a = −1,0 m s −2 .
2 t 12 − 0
Igualando as duas equações, obtemos o instante em que os corpos se encontram outra vez:
1 1
x0 +  1,3t 2 = x0 + 16 t −  1,0 t 2  16 t − 1,15t 2 = 0  t = 0 s  t = 13,9 s
2 2

4. A variação no tempo da velocidade angular de uma roda de raio R =10 cm encontra-se


representada na figura.

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4.1 Indique os intervalos de tempo em que o movimento é circular uniforme.

O movimento só é circular uniforme quando a velocidade angular é constante. Portanto, isso


verifica-se nos intervalos de tempo  0;1 s e 2;3 s .

4.2 Quantas voltas são realizadas nos intervalos de tempo  0;1  s e 2;3 s ?


Τ=


No intervalo de tempo  0;1 s , é Τ1 =  Τ1 = 0,25 s  No intervalo de tempo  0;1 s , realizam-

-se 4 voltas.

No intervalo de tempo 2;3 s , é Τ2 =  Τ2 = 0,5 s  Neste intervalo de tempo 2;3 s ,realizam-

-se 2 voltas.

4.3 Qual é o valor da velocidade linear de um ponto da periferia da roda no instante t = 2 s ?

v = R
R = 10 cm  R = 0,10 m
(2) = 4π rad s−1  v(2) = 4π  0,10  v(2) = 1,3 m s−1

GRUPO II

1. Um tsunami devastador que ocorreu há uns anos na Indonésia foi causado por uma erupção do
vulcão Krakatoa. O som provocado por uma erupção anterior, em 1883, foi de tal ordem que
rompeu o tímpano de marinheiros que estavam a cerca de 64 km da movimentação vulcânica e foi
ouvido por habitantes de ilhas a 3500 km de distância. A velocidade do som no ar depende da
temperatura, mas o seu valor é, em média, 340 m s−1 .

1.1 Faça um cálculo aproximado do tempo que demorou o som produzido pela erupção a chegar aos
ouvidos dos habitantes das ilhas.
d 3500  103
d = v t  t =  t =  t = 1,03  104 s  t = 2,86 h
v 340

1.2 Um abalo sísmico provoca também ondas mecânicas que se propagam através do solo e da água do
mar. Diga, justificando, se um observatório sísmico a 1000 km de distância irá detetar primeiro
estas ondas ou as ondas sonoras através do ar.
A velocidade de propagação de ondas sonoras no ar é menor do que nos líquidos ou sólidos.
Portanto, as ondas sonoras no ar demorarão mais tempo a chegar ao observatório.

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2. Classifique as afirmações seguintes em verdadeiras (V) ou falsas (F).


(A) Quando o João toca no piano as notas de “dó” a “si”, o que distingue os sons é a sua frequência.
(B) Quando o João carrega mais numa tecla, o som obtido é mais alto.
(C) Quando o João se junta a um amigo com a sua guitarra e tocam os dois a nota “mi”, o que
distingue os dois sons é o timbre.
(D) A frequência da onda sonora no ar é igual à frequência de vibração da corda da guitarra quando
nela se toca uma determinada nota.
(A) V

(B) F. Não. É mais forte.

(C) V

(D) V

3. Os gráficos abaixo dizem respeito a uma determinada onda. O gráfico (A) representa a elongação,
num determinado instante, em função da posição, e o (B) representa a elongação, num
determinado ponto do espaço, em função do tempo.

(A) (B)

3.1 Qual é a velocidade de propagação da onda neste meio?

 = 10 cm   = 0,10 m Τ = 1 ms  Τ = 10−3 s
 0,10
Sendo v = ,é v= −3
 v = 100 m s−1 .
Τ 10

3.2 Se a mesma perturbação se propagar num meio em que a velocidade de propagação é o dobro,
como se alteram os gráficos anteriores?

A frequência e o período não se alteram; são uma característica da perturbação, não do meio.
Portanto, o gráfico de y ( t ) não se altera. Mas, sendo v ' = 2v   ' = 2  . Assim, o gráfico da
evolução no espaço da onda passará a ser:

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4. Na figura apresentam-se os gráficos pressão-tempo de ondas sonoras no ar, produzidas por um


piano, um diapasão e uma flauta, quando se toca a mesma nota musical.

(A) (B) (C)

4.1 Tendo em atenção a figura, qual dos gráficos corresponde ao som produzido pelo diapasão?
O gráfico (B).
O som produzido pelo diapasão é um som puro, descrito por uma onda sinusoidal do tipo
y = A sin t . Este tipo de função está representado no gráfico (B).

4.2 Considere as afirmações seguintes:


I. A intensidade de um som permite distinguir um som fraco de um som forte. V
II. A intensidade de um som está relacionada com a energia transferida pela onda sonora ao longo
do tempo. F. Está relacionada com a energia transferida pela onda sonora por unidade de tempo e
de área.
III. A altura de um som é tanto maior quanto maior for a intensidade da onda sonora. F. É tanto
maior quanto maior for a frequência da onda sonora.
IV. O som de um piano é um som complexo; resulta da sobreposição de vários sons puros. V

Selecione a opção correta.


(A) Todas as afirmações são verdadeiras.
(B) Só a afirmação I é verdadeira.
(C) As afirmações II, III e IV são verdadeiras.
(D) Só as afirmações II e III são falsas. X
Opção (D).
O timbre é uma característica sonora que permite distinguir sons que possuem a mesma altura e
intensidade, mas são produzidos por fontes sonoras diferentes.

4.3 Dois sons propagam-se no ar com a mesma altura e diferente intensidade. O som mais intenso tem,
em relação ao outro som, maior
(A) frequência.
(B) amplitude. X
(C) velocidade de propagação.
(D) amplitude e velocidade de propagação.

Selecione a opção correta.

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Opção (B).
(A) F. Se os sons têm a mesma altura, a sua frequência é igual.
(B) V. A intensidade de um som depende apenas da amplitude de pressão da onda sonora; à onda
sonora de maior amplitude de pressão corresponde um som mais intenso.
(C) F. Como os dois sons se estão a propagar no ar, a sua velocidade de propagação é igual.
(D) F. Ver (B) e (C).

4.4 Selecione a opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços de forma a
tornar verdadeira a afirmação seguinte.
O _________ permite distinguir dois sons complexos com a mesma _______________________,
produzidos por fontes sonoras ___________.
(A) … timbre… altura e intensidade… diferentes X
(B) … timbre… altura… iguais
(C) … diapasão… altura e intensidade… diferentes
(D) … diapasão… intensidade… diferentes
Opção (A).

GRUPO III

1. Três pequenas esferas metálicas, de carga elétrica +q encontram-se dispostas no vértice de um


triângulo equilátero.

1.1 Calcule:
1.1.1 O campo elétrico no ponto O, centro do triângulo.

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E = E1 + E2 + E3 e E1 = E2 = E3
E1 = − E1 ey
E2 = E2 sin60 e x + E2 cos60 e y
E3 = − E3 sin60 e x + E3 cos60 e y
E = − E1 ey + E1 cos60 ey + E1 cos60 e y 
1
 E = − E1 ey + 2 E1 cos60 ey  E = − E1 ey + 2 E1  ey 
2
E =0

O campo elétrico no ponto O é nulo.

1.1.2 A força elétrica que atua sobre uma partícula de carga q '  0 colocada nesse ponto.

Fe = q ' E  Fe = 0

2. Duas placas horizontais estão carregadas com cargas elétricas +q e −q, conforme se mostra na
figura.

Caracterize o campo elétrico no espaço entre as placas e represente as linhas de campo que o
representam.

O campo elétrico é uniforme, perpendicular às placas e dirigido de cima para baixo. Como o campo
elétrico é uniforme, as linhas de campo são linhas paralelas, igualmente espaçadas.

3. Considere os seguintes dispositivos:


A – solenoide percorrido por uma corrente elétrica
B – íman em barra
C -íman em ferradura

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3.1 Esquematize as linhas de campo do campo magnético criado nos casos A (interior e exterior), B e C
(no espaço entre as extremidades).

(A) (B) (C)

3.2 Indique em que situações o campo magnético é uniforme:


(A) no interior do solenoide; X
(B) no exterior do solenoide;
(C) em (B);
(D) no espaço entre as extremidades, no caso (C). X
Opções (A) e (D).

3.3 Uma espira condutora será percorrida por uma corrente elétrica induzida ao deslocar-se ao longo do
eixo dos xx, com o plano da espira perpendicular a este
(A) no interior do solenoide, mas não no caso (C).
(B) no caso (B), mas não no caso (C).
(C) nem no interior do solenoide nem nos casos (B) ou (C).
(D) apenas no caso (C).
Escolha a opção correta.
Opção (B).

Sabe-se que só ocorre corrente elétrica induzida quando há uma variação temporal do fluxo
magnético. Sendo  = AB cos , tem-se  = AB cos0   = AB . Sendo B uniforme (interior do
solenoide e entre as extremidades do íman em ferradura) o fluxo magnético através da espira não
varia quando esta se desloca ao longo do eixo dos xx. No caso (B), quando a espira se afasta do íman,
a intensidade do campo magnético diminui e o fluxo magnético também.

GRUPO IV

1. Certos cristais, devido à disposição dos seus átomos, apresentam uma propriedade que se designa
por birrefringência, que se caracteriza por dois índices de refração diferentes. No caso da calcite, n1
= 1,658 e n2 = 1,486. Assim, um feixe de luz não polarizada, que incide obliquamente na face de uma
placa de calcite, desdobra-se em dois feixes, com ângulos de refração diferentes, correspondentes a
diferentes velocidades de propagação da luz.

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Calcule as velocidades de propagação da luz dos componentes A e B.

nA sinr,A = nB sinr,B

Sendo r,A  r,B  sinr,A  sinr,B  nA  nB . Assim, nA = n1 = 1,486 e nB = n2 = 1,658 .

c
Sendo v = , tem-se, com c = 3,0  108 m s −1 :
n

3,0  108 3,0  108


vA =  v A = 2,0  108 m s −1 e vB =  vB = 1,8  108 m s −1 .
1,486 1,658

2. Uma pedra transparente tem a forma representada na figura. Nela se representa também a
trajetória de um raio luminoso que incide na face A, se reflete nas faces B e C e volta a sair através
de A.

2.1 Apresente uma justificação para a seguinte afirmação: “Apesar de a pedra ser transparente, não
ocorre refração nas faces B e C.”

Se não ocorre refração nas faces B e C, então a reflexão é total. Assim, o índice de refração do
material deve ser tal que nas faces B e C, em que o ângulo de incidência tem 45, este é superior ao
ângulo crítico, ocorrendo assim reflexão total.

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2.2 Para que a trajetória do raio luminoso seja a indicada, o índice de refração do material de que é feita
a pedra deve ser superior a um determinado valor. Calcule esse valor.

Para que em B e C ocorra reflexão total,  c deve ser  45º  sinc  sin45º .
1 1 1
Sendo sinc = , então  sin45º  n   n  1,41 .
n n sin45º

3. Um feixe laser, de comprimento de onda  = 500 nm , é colocado em frente a um fio de diâmetro


d = 0,2 mm .

3.1 Esboce a forma do padrão de luz observado num alvo à distância D = 2 m do fio.

D 500  10−9  2
x = x = 
d 2  10−4
 x = 5  10−3 m  x = 5 mm

3.2 Qual é o fenómeno responsável por este padrão?

Difração da luz.

3.3 Numa fábrica têxtil, pretende-se usar um fio de diâmetro 0,1 mm. Como é possível, com recurso a
esta técnica, selecionar este fio?
d
Se d ' =  x ' = 2 x .
2
Assim, deve ser selecionado o fio que produz um padrão de difração com
x' = 2  5 mm  x' =10 mm  x' =1,0 cm

FIM

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