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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 13770
Segunda edição
11.08.2008

Válida a partir de
11.09.2008

Termopar — Calibração por comparação com


termorresistência de referência
Thermocouple – Calibration by comparison with reference resistence
thrmometer
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

Palavra-chave: Termopar.
Descriptor: Thermocouple.

ICS 17.200.20

Número de referência
ABNT NBR 13770:2008
8 páginas

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ABNT NBR 13770:2008
Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

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Sumário Página

Prefácio.......................................................................................................................................................................iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ................................................................................................................................1
3 Termos e definições ......................................................................................................................................1
4 Requisitos ......................................................................................................................................................2
4.1 Meios térmicos...............................................................................................................................................2
4.1.1 Outros meios térmicos..................................................................................................................................2
4.1.2 Verificação periódica.....................................................................................................................................3
4.2 Junção de referência.....................................................................................................................................3
4.3 Instrumentos de medição de FEMt e resistência elétrica .........................................................................3
4.4 Termorresistência de referência ..................................................................................................................3
4.5 Cablagem e conexões ...................................................................................................................................3
4.6 Proteção e isolação .......................................................................................................................................4
4.7 Cabos e fios de extensão ou compensação ...............................................................................................4
4.8 Local................................................................................................................................................................4
5 Método de calibração ....................................................................................................................................4
5.1 Preparação dos termopares .........................................................................................................................4
5.1.1 Termopares não nobres................................................................................................................................4
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5.1.2 Termopares nobres .......................................................................................................................................4


5.1.3 Preparação da junção de medição ..............................................................................................................5
5.2 Posicionamento no meio térmico ................................................................................................................6
5.2.1 Profundidade de imersão..............................................................................................................................6
5.2.2 Aplicação em banho líquido, de sal ou leito fluidizado.............................................................................6
5.3 Pontos de calibração.....................................................................................................................................6
5.4 Inicialização....................................................................................................................................................6
5.5 Aquisição de dados.......................................................................................................................................6
6 Resultados .....................................................................................................................................................7
6.1 Avaliação dos resultados .............................................................................................................................7
6.2 Conversão dos valores de FEMt e resistência para temperatura ............................................................7
6.3 Incerteza de medição ....................................................................................................................................7
6.4 Certificado de calibração ..............................................................................................................................7

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 13770 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-04),
pela Comissão de Estudo de Sensores Termolétricos (CE-04:005.11). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 05, de 24.04.2008 a 23.06.2008, com o número de Projeto ABNT NBR 13770.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 13770:1997), a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte.


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Scope
This document specifies the calibration method for conventional and mineral insulated thermocouples,
by comparing the thermal electromotive forces generated by the thermocouples under calibration to the electrical
resistance of a reference resistance thermometer.

The calibrations in this document covers the temperature range from - 200 °C to +1 070 °C. This document covers
the thermocouples types B, E, J, K, N, R, S, and T, included in ABNT NBR 12771.

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Termopar — Calibração por comparação com termorresistência de


referência

1 Escopo
Esta Norma especifica o método de calibração de termopares convencionais e de isolação mineral,
por comparação das forças eletromotrizes térmicas geradas pelos termopares em calibração com a variação
da resistência elétrica de uma termorresistência de referência.

As calibrações prescritas nesta Norma cobrem a faixa de temperatura de – 200 °C a 1 070 °C. Esta Norma
abrange os termopares tipo B, E, J, K, N, R, S, e T, constantes na ABNT NBR 12771.

2 Referências normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
somente a edição citada se aplica. Para referências não datadas, aplica-se a última edição do documento
referenciado (incluindo emendas).
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ABNT NBR 12550, Termometria – Terminologia

ABNT NBR 12771, Termopares - Tabelas de referência

Portaria INMETRO nº 029 de 1995, Vocabulário de termos fundamentais e gerais de metrologia

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 12550 e da
Portaria INMETRO 029/1995, e os seguintes.

3.1
termorresistência de referência
termorresistência devidamente calibrada, rastreável e com erro e incerteza conhecidos

3.2
calibração
conjunto de operações que estabelece, sob condições específicas, a relação entre valores indicados por um
instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um
material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidas por padrões

3.3
uniformidade térmica
igualdade de temperatura em diferentes posições de um meio térmico, no mesmo instante de tempo

3.4
estabilidade térmica
constância de temperatura, em um determinado ponto, em instantes sucessivos de tempo

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3.5
banho de líquido
equipamento eletromecânico com capacidade para criar e manter um meio térmico, formado por um líquido
agitado, a uma temperatura controlada. Quando opera a temperaturas abaixo de 0 °C, este equipamento
é denominado criostato

3.6
banho de leito fluidizado
equipamento eletromecânico com capacidade para criar e manter um meio térmico formado por um leito
de material em pó, fluidizado por ar, a uma temperatura controlada

3.7
banho de sais
equipamento eletromecânico com capacidade para criar e manter um meio térmico a uma temperatura controlada,
com agitação mecânica, formado por uma mistura de sais fundidos

3.8
rastreabilidade
propriedade de o resultado de uma medição ou valor de um padrão estar relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas

3.9
termopar em calibração
termopar cuja relação temperatura x força eletromotriz (FEMt) é determinada com referência à temperatura
estabelecida por um padrão
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4 Requisitos

4.1 Meios térmicos

Para a realização da calibração, o meio térmico utilizado deve proporcionar, da melhor maneira possível,
a mesma temperatura na junção de medição do termopar em calibração e no bulbo sensor da termorresistência
de referência.

A seleção do meio térmico para este tipo de calibração depende da faixa de temperatura e da incerteza requerida
na calibração. Os meios térmicos devem oferecer estabilidade e uniformidade térmica, acomodar um adequado
comprimento de imersão dos sensores e não gerar interferências elétricas e térmicas que afetem a operação dos
instrumentos de medição.

Existem vários tipos de meios térmicos, cada um atendendo a uma faixa de temperatura e oferecendo diferentes
valores de estabilidade e uniformidade térmica tais como:

a) banho de líquido: utilizado na faixa de – 200 °C a 300 °C;

b) banho de leito fluidizado: utilizado na faixa de – 70 °C a 700 °C;

c) forno: utilizado na faixa de – 50 °C a 1 600 °C;

d) banho de sais: utilizado na faixa de 150 °C a 600 °C.

4.1.1 Outros meios térmicos

Qualquer sistema que proporcione estabilidade e uniformidade térmica entre a junção de medição do termopar
em calibração e o bulbo sensor da termorresistência de referência.

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4.1.2 Verificação periódica

O laboratório deve efetuar verificações periódicas no meio térmico, visando determinar:

a) uniformidade térmica (perfil radial e axial);

b) estabilidade térmica.

4.2 Junção de referência

A temperatura da junção de referência do termopar deve ser conhecida, reprodutível e estável. Normalmente
é utilizada a temperatura de 0 °C, obtida com o ponto de fusão do gelo. Cada laboratório deve efetuar verificação
periódica da junção de referência, visando validá-la.

4.3 Instrumentos de medição de FEMt e resistência elétrica

A escolha do instrumento para medir a FEMt do termopar em calibração e a resistência elétrica


da termorresistência de referência dependente da incerteza requerida na calibração. Os tipos de instrumentos
que podem ser utilizados são: potenciômetros, medidores digitais e pontes de resistência.

Esses instrumentos devem ser calibrados periodicamente no INMETRO, em laboratórios por ele acreditados
ou em órgãos de reconhecida credibilidade, de modo a garantir a sua rastreabilidade. Devem existir registros
de controle de periodicidade de calibração, relato sobre fatos importantes ocorridos etc.
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4.4 Termorresistência de referência

A termorresistência de referência a ser utilizada na calibração do termopar depende da faixa de temperatura a ser
coberta, do tipo de meio térmico utilizado e da incerteza desejada.

A termorresistência de referência deve ser calibrada periodicamente no INMETRO, em laboratórios por ele
acreditados ou em órgãos de reconhecida credibilidade, de modo a garantir a sua rastreabilidade. Devem existir
registros de controle de periodicidade de calibração, relato sobre fatos importantes ocorridos, etc.

a) São vários os tipos de termorresistência de referência, com diferentes características construtivas e faixas de
temperatura. A seguir são mencionadas algumas das mais comuns e suas faixas de utilização:

b) Pt 100 Ω a 0 °C: normalmente utilizada na faixa de – 200 °C a 850 °C;

c) Pt 25 Ω a 0 °C: normalmente utilizada na faixa de – 200 °C a 661 °C;

d) Pt 0,25 Ω a 0 °C: normalmente utilizada na faixa de 0 °C a 1 070 °C;

e) Pt 2,5 Ω a 0 °C; normalmente utilizada na faixa de 0 °C a 1 070 °C.

4.5 Cablagem e conexões

As interligações entre os termopares e as termorresistências com instrumento de medição devem ser feitas
por condutores elétricos homogêneos e de mesmo comprimento. As ligações devem ser feitas de modo a
minimizar quedas de tensão, fugas de corrente, resistências de contato, geração de força termoelétrica espúria e
captação de ruídos que interfiram nos resultados das medições. Blocos de terminais e chaves seletoras, se
usados, devem estar protegidos contra correntes de ar e radiações que provoquem gradientes térmicos.

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4.6 Proteção e isolação

A isolação e a proteção dos termoelementos do termopar e do bulbo sensor da termorresistência devem ser feitas
por materiais que suportem a temperatura de calibração e que não contaminem a ambos. É importante a seleção
adequada do material de isolação e proteção, bem como a sua limpeza. Cuidados especiais devem ser tomados
para que:

a) o isolante elétrico e os tubos de proteção não provoquem gradientes térmicos permanentes entre
os sensores;

b) os vapores liberados pelos termopares em calibração não contaminem o meio térmico e vice-versa ou, ainda,
que ambos não contaminem a termorresistência de referência;

c) a isolação elétrica não seja termicamente degradada ao ponto de provocar fuga de corrente entre
os termoelementos ou destes para o meio térmico.

4.7 Cabos e fios de extensão ou compensação

O termopar em calibração pode ter seu comprimento estendido por fios ou cabos de extensão ou de compensação,
para fins de interligação com as junções de referência.

Os erros e incertezas dos fios e cabos de extensão ou compensação devem ser conhecidos e levados em
consideração na fase de cálculo dos resultados.

4.8 Local
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Deve prover espaço físico adequado à execução da montagem e apresentar:

a) tensão elétrica com estabilidade dentro das especificações requeridas pelos instrumentos de medição;

b) temperatura ambiente e umidade relativa do ar com valores nominais e estabilidades dentro das
especificações requeridas pelos instrumentos de medição;

c) malha de aterramento para os instrumentos de medição e demais equipamentos;

d) condições ambientais salutares.

5 Método de calibração

5.1 Preparação dos termopares

5.1.1 Termopares não nobres

Os termopares não nobres devem ser calibrados no estado em que são recebidos, sem tratamento térmico
adicional.

5.1.2 Termopares nobres

Recomenda-se que os termopares tipo B, R e S sejam calibrados no estado recozido. Caso os termoelementos
não se encontrem nesta condição, o recozimento pode ser realizado conforme o seguinte procedimento:

a) desmontar o termopar a ser calibrado e, de preferência, separar os termoelementos;

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b) prender as extremidades dos termoelementos aos terminais da fonte de corrente elétrica, deixando-os
livremente estendidos ao ar, evitando que fiquem sujeitos a tensões mecânicas;

c) ajustar e aplicar, durante 45 min, corrente elétrica aos termoelementos, de modo que a temperatura seja de
1 450 °C;

NOTA 1 Para um termoelemento com diâmetro de 0,5 mm, é requerida uma corrente de cerca de 12 A.

NOTA 2 Caso seja utilizado um pirômetro óptico, é necessário considerar a emissividade da platina (0,33). Uma leitura de
1300ºC do pirômetro correspondente uma temperatura de 1450 ºC no termoelemento.

d) reduzir lentamente o valor da corrente, por um período de aproximadamente 1 min, de modo que
a temperatura nos termoelementos atinja 750 ºC. Manter nesta temperatura durante 30 min;

e) reduzir lentamente o valor da corrente até que os termoelementos esfriem até a temperatura ambiente.
Este processo deve ter duração de alguns minutos;

f) as extremidades dos termoelementos que não atingirem a temperatura do tratamento térmico devem ser
cortadas;

g) durante o manuseio dos termoelementos já recozidos, evitar contaminação ou introdução de tensões


mecânicas causadas por excessivo dobramento, amassamento, estiramento ou ações similares.

5.1.3 Preparação da junção de medição

A junção de medição a ser formada pode ser soldada, torcida ou amarrada. Em qualquer um destes métodos,
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a junção deve garantir um bom contato elétrico e térmico entre seus componentes (ver Figura 1 e Figura 2).
Para temperaturas superiores a 200 °C, recomenda-se que a junção de medição formada seja soldada.

Vários termopares podem ser calibrados simultaneamente. As junções não precisam estar necessariamente
separadas, podendo estar em contato físico.

Junção soldada Junção torcida Junção amarrada

Figura 1 — Métodos de Junções

Multímetro
Fios de cobre

Multímetro
Termorresistência

Meio
térmico

Banho de Termopar em
gelo calibração
Controlador do
Bloco de meio térmico
equalização

Figura 2 — Montagem para calibração de termopar por comparação com termorresistência de referência

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5.2 Posicionamento no meio térmico

A junção de medição do termopar em calibração e o bulbo da termorresistência de referência devem estar em


equilíbrio térmico entre si no momento em que se efetuam as leituras. Ambos podem estar dispostos
separadamente, porém em região isotérmica do meio térmico. Um melhor equilíbrio térmico pode ser alcançado
utilizando-se um bloco de equalização.

5.2.1 Profundidade de imersão

O comprimento de imersão do termopar em calibração e o da termorresistência de referência no meio térmico


devem ser suficientes para garantir o equilíbrio térmico entre eles. Recomenda-se que a imersão mínima
do termopar em calibração seja de 10 vezes o seu diâmetro externo e, no caso da termorresistência, 10 vezes o
seu diâmetro externo mais 30 mm.

5.2.2 Aplicação em banho líquido, de sal ou leito fluidizado

Para calibração em meios líquidos ou pó fluidizado, o posicionamento da junção de medição do termopar em


calibração e do bulbo da termorresistência de referência deve ser feito conforme 5.2. Nestes meios, exceto para
casos particulares, o equilíbrio térmico é facilitado pela melhor uniformidade térmica. O termopar e a
termorresistência de referência podem ser imersos diretamente no meio térmico se não houver risco de
contaminação entre ambos; caso contrário, um tubo de proteção adequado deve ser utilizado.

5.3 Pontos de calibração

O número e os valores dos pontos de temperatura em que o termopar deve ser calibrado dependem do tipo e da
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faixa a ser coberta. O cliente pode, entretanto, acertar com o laboratório responsável quantos e quais são
os pontos de calibração.

5.4 Inicialização

Após a preparação descrita em 5.1 e 5.2, os sensores devem ser colocados no meio térmico e seus terminais
ligados aos instrumentos de medição, sendo que o termopar em calibração deve ser interligado, primeiramente, ao
dispositivo de junção de referência, conforme a Figura 1. Cuidados especiais devem ser tomados nas interligações
elétricas entre os sensores e os instrumentos de medição, visando minimizar erros causados por FEMt espúria,
ruídos eletromagnéticos e resistências parasitas. O meio térmico deve ser energizado e, após o ajuste da
temperatura desejada, aguardar a estabilização.

NOTA A colocação e a retirada do termopar do meio térmico devem ser feitas com cuidado, para evitar danos causados
por choque térmico. Também se deve ter atenção especial para causas de erros, tais como: correntes de ar, radiações
térmicas, ruídos eletromagnéticos e proximidade de rede elétrica de potência.

5.5 Aquisição de dados

Os dados devem ser coletados obedecendo à seguinte seqüência de medição:

a) após a estabilização do meio térmico, medir e anotar a resistência da termorresistência de referência, a FEMt
do termopar em calibração e novamente a resistência da termorresistência de referência;

b) comparar as duas leituras da termorresistência de referência, a fim de concluir se a temperatura realmente


está estabilizada dentro da incerteza desejada. Caso contrário, aguardar a estabilização e repetir
o procedimento da alínea a);

c) efetuar pelo menos três séries de medições e calcular a média para cada ponto de calibração;

d) prosseguir fazendo as medições, sempre obedecendo à seqüência mencionada na alínea a), até que todos os
pontos de calibração sejam efetuados.

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6 Resultados

6.1 Avaliação dos resultados

Deve ser verificada a coerência dos resultados obtidos após as medições. Havendo inconsistência, retornar
à Seção 5.

6.2 Conversão dos valores de FEMt e resistência para temperatura

A conversão dos valores de FEMt e resistência para temperatura do termopar e da termorresistência de referência
deve ser efetuada consultando-se respectivamente a tabela de referência temperatura x FEMt e o certificado de
calibração da termorresistência.

6.3 Incerteza de medição

Na avaliação da incerteza dos resultados da calibração deve-se considerar pelo menos o seguinte:

a) incerteza da termorresistência de referência;

b) incerteza do instrumento de medição da termorresistência de referência;

c) resolução do instrumento de medição da termorresistência de referência;

d) incerteza do instrumento de medição do termopar;


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e) resolução do instrumento de medição do termopar;

f) incerteza do fio ou cabo de extensão ou compensação, quando aplicável;

g) desvio-padrão da média das leituras do instrumento de medição da termorresistência de referência;

h) desvio-padrão da média das leituras do instrumento de medição do termopar;

i) gradiente de temperatura do meio térmico;

j) erros aleatórios introduzidos nas interligações e conexões elétricas;

k) incerteza da junção de referência.

Para uma avaliação completa da incerteza de medição na calibração, recomenda-se consultar os documentos
indicados na Bibliografia.

6.4 Certificado de calibração

Para elaboração do certificado de calibração, recomenda-se consultar os documentos indicados na Bibliografia.

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Bibliografia

[1] Segunda Edição Brasileira do Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (ISO-GUM)

[2] Versão Brasileira do Documento de Referência EA-4/02 (Referência Original do editor: EAL-R2).
Expressão da Incerteza de Medição na Calibração

[3] Versão Brasileira do Documento de Referência EA-4/02-S1. Suplemento 1 ao EA-4/02. Expressão da


Incerteza de Medição na Calibração (Exemplos)

[4] ABNT NBR 12771 – Termopares – Tabelas de referência – Padronização.

[5] ABNT NBR 13863 – Preparação e uso de junção de referência para calibração de termopar

[6] ABNT NBR 14782 – Indicador de temperatura para termorresistência – Calibração por comparação,
utilizando gerador de sinal

[7] ABNT NBR ISO/IEC 17025 – Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração
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