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Seção: Tutoriais Redes Opticas

Rede FTTH / GPON I: Estudo de Caso para o Mercado Residencial

Esta série de tutoriais apresenta uma descrição detalhada dos processos e condições necessárias à implantação de
uma rede de acesso FTTH / GPON através da Topologia Ponto-Multiponto para atendimento ao mercado
residencial.

O foco principal é centrado na descrição da forma de construção de uma rede FTTH / GPON, suas topologias e o
dimensionamento. Como referência, é apresentada uma rede construída por uma operadora de Telefonia Fixa num
bairro da cidade de Belo Horizonte, em substituição a sua rede de cabos metálicos existentes, considerada
obsoleta.

A justificativa se deu em função de que esse tipo de atualização está se tornando a principal estratégia das
empresas que atuam no mercado para captação de novos clientes, otimização de serviços e aumento de lucros.

Os tutoriais foram preparados a partir do Artigo “Projeto de Rede de Acesso FTTH / GPON: Mercado
Residencial”, elaborado pelo autor, e apresentado como parte dos requisitos para a graduação em Engenharia
Elétrica pelo Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH. Foi orientador do trabalho o Prof. MSc. Flávio
Henrique Batista de Souza (flavio.souza@prof.unibh.br).

Este tutorial parte I apresenta a avaliação da rede PSTN e da rede óptica, a abordagem deste trabalho e os
equipamentos e materiais utilizados nas redes ópticas, a metodologia de implantação e os critérios para a avaliação
da entrega do serviço.

Saulo de Tarcio Pires

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Graduando em Engenharia Elétrica, no Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH (Belo Horizonte/MG,
2018). Engenheiro de Telecomunicações pelo Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH (Belo
Horizonte/MG, 2009).

Atualmente trabalha numa empresa de engenharia de Telecomunicações como Coordenador Operacional de


Implantação de Redes de Acesso, para as áreas de B2B, FTTC, FTTH, BACKBONE e SITES.

Email: stpires1@gmail.com

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Seção: Tutoriais Redes Opticas

Rede FTTH / GPON I: Introdução

A revolução tecnológica promovida pela disseminação da internet no Brasil e no mundo têm exigido redes físicas
de transportes de alta performance como as construídas com cabos de fibras ópticas e tornando as redes
convencionais de cabos metálicos obsoletas.

Esse artigo tem por objetivo geral contribuir com uma análise crítica da forma de implantação de uma rede FTTH /
GPON (Fiber To The Home / Gigabit - Capable Passive Optical Network), tomando como referência uma
rede construída por uma operadora de Telefonia Fixa num bairro nobre da cidade de Belo Horizonte, em
substituição a sua rede de cabos metálicos existentes, que tornou-se obsoleta. Especificamente, propõe-se neste
artigo:

Avaliar o processo de concepção da rede, demonstrar suas topologias e o dimensionamento da rede de


distribuição óptica.
Apresentar e analisar as estruturas e medidas necessárias na construção de uma rede FTTH/GPON (desde
da Sala GPON da operadora até a residência do cliente final).
Apresentar um estudo sobre a validação de uma estrutura implantada.

Este trabalho se justifica em função de que esse tipo de Rede com a topologia Ponto-Multiponto está se tornando
cada vez mais comum no mercado brasileiro e sendo a principal estratégia tanto das empresas de grandes portes
de telefonia, quanto das empresas de provedores de pequenos portes, para atingirem suas metas de vendas. Isso
se deve à exigência cada vez maior, por parte dos consumidores, por serviços de maior qualidade e velocidade de
acesso de dados na Internet, sem contar os serviços de Voz e Vídeo que também são oferecidos nesse tipo de
rede.

Com a globalização e a disseminação dessa tecnologia pelo mundo, os custos inerentes a implantação desse tipo
de rede tem se tornado cada vez mais acessíveis, tanto para as empresas, quanto para o consumidor final. Pelo fato
de se utilizar como meio físico de transporte de dados a fibra óptica, a qualidade se torna melhor quando
comparada com uma rede convencional de cobre (par metálico) em função de sua baixa atenuação e maior largura
de banda.

Tutoriais

Este tutorial parte I apresenta a avaliação da rede PSTN e da rede óptica, a abordagem deste trabalho e os
equipamentos e materiais utilizados nas redes ópticas, a metodologia de implantação e os critérios para a avaliação
da entrega do serviço.

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O tutorial parte II apresentará os processos de implantação e a estrutura organizacional necessária, os testes e


configurações a serem realizados, a possibilidade de expectativas sobre a rede óptica, e as conclusões deste
trabalho.

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Rede FTTH / GPON I: Avaliação das Redes

Public Switched Telephone Network

PSTN é um acrônimo de Public Switched Telephone Network, termo em inglês que significa Rede Pública de
Telefonia Comutada – RPTC, e diz respeito a uma rede telefônica mundial que opera através da comutação de
circuitos.

Segundo Jeszensky (2004) a PSTN é uma coleção de equipamentos de rede e comutação que pertencem às
operadoras de telefonia envolvidas no provimento de serviços telefônicos, cujo acessos do assinante é feito por
meio de grandes comutadores localizados nas centrais telefônicas das operadoras que oferecem serviços básicos
de telefonia através de telefones analógicos comuns ou sistemas digitais. Sua concepção foi pensada para ser
utilizada em tráfego de voz nas redes de telefonia fixa analógicas e digitais, que para os dias de hoje está se
tornando obsoleta, uma vez que a telefonia fixa está cada vez mais perdendo força no país.

Fibra Óptica

A fibra óptica consiste de uma estrutura cilíndrica transparente e flexível composta basicamente de material
dielétrico (sílica ou plástico), de dimensões microscópicas. Estruturalmente possui uma região central denominada
de núcleo, envolta por segunda camada chamada de casca, também de material dielétrica, conforme figura 01
(JESZENSKY, 2004).

Figura 1: Estrutura básica de uma Fibra óptica

Fonte: JESZENSKY, 2004

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Segundo Amazonas (2005), a atenuação e o alargamento dos pulsos são responsáveis pelas características de
transmissão da fibra óptica. A atenuação é fator preponderante num projeto, uma vez que definirá o comprimento
total do enlace óptica. Além das próprias características construtivas das fibras, os fatores que irão contribuir para
a atenuação em um enlace, serão os acoplamentos de entrada e saída dos equipamentos, emendas, conectores e
dispositivos passivos.

A atenuação é definida pela relação da potência de entrada ( ) e a potência de saída ( ). Para um enlace de
comprimento , a atenuação será dada por:

Eq. 01

O alargamento dos pulsos, também chamada de dispersão, caracterizará a capacidade de transmissão da fibra
expressa em bits (em bps), ou pela banda passante (em Hz). A dispersão é causada pelas impurezas do material
contido na fibra que faz com que ocorra a absorção da energia luminosas dentro de regiões específicas do
comprimento de onda, principalmente na região do ultravioleta. Essa situação é chamada de absorção intrínseca.

Define-se como Perdas por Absorção Total ( ) a somatória das Perdas por Absorção Intrínseca ( ), Extrínseca
( ) e, por Alteração Atômica ( ) (FERNANDES,2003):

Eq. 02

O tipo de fibra óptica utilizada nas redes FTTH / GPON é Monomodo, que possuem um núcleo de diâmetro muito
pequeno, permitindo um único modo de propagação da luz no interior da fibra. Esse tipo de fibra é largamente
utilizado em comunicações de médias e longas distâncias. Os enlaces com fibras Monomodo, geralmente,
ultrapassam 50 km entre os repetidores, A fibra óptica possui uma estrutura cilíndrica formada por materiais de
diferentes índices de refração, sendo o núcleo composto por um material com maior índice de refração, e a casca
por um material com menor índice de refração. O confinamento da luz no interior da fibra só é possível graças a
essa diferença entre os índices de refração do núcleo e da casca, que possibilita que ocorra a reflexão total, onde a
luz se mantém confinada no interior do núcleo da fibra, semelhante ao que ocorre em um guia de onda, como
mostra a figura 02.

Figura 2: Fibra Monomodo de índice Degrau

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Fonte: RIBEIRO, 1999

As fibras ópticas Monomodo, apesar de ser atualmente o melhor meio de propagação de ondas eletromagnéticas
(Luz), em relação aos meios convencionais como o cabo metálico e coaxial, micro-ondas e etc., também possuem
suas desvantagens, como mostrada na tabela 01, que não chegam a ser empecilho a sua utilização praticamente em
100 % dos projetos de atualização e implementação de novas redes de comunicações.

Tabela 1: Vantagens / Desvantagens Fibra Monomodo

VANTAGENS DESVANTAGENS
Devido as dimensões do núcleo da fibra óptica
Distâncias maiores e ilimitadas, quando comparadas as monomodo serem extremamente reduzidas, isto torna
fibras ópticas multimodos difícil o alinhamento, que é o caso de emendas,
conectores, etc.
Alto custo, quando comparado a outros tipos de fibra,
Taxas de transmissão muito mais altas (superiores a 160 não só da fibra em si, mas também dos materiais
Gbit/s) quando comparadas as fibras ópticas multimodo agregados, como conectores, componentes eletrônicos e
outros

Fonte: FERNANDES, 2003

Segundo Ribeiro (1999) o desempenho em um sistema de telecomunicações é avaliado considerando a atenuação;


que definirá o comprimento máximo que o enlace poderá ter, sem a necessidade de repetidores, e a largura de
banda que definirá a máxima taxa de modulação permitida dentro de uma distância.

Desta forma, as fibras ópticas despertam grande interesse nas modernizações das comunicações por superarem os
sistemas tradicionais (cabos metálicos e coaxiais), garantindo perdas de atenuação próximas a 0,2 dB/km e 0,3
dB/km, conforme folha de dados da fabricante MetroCable (s.d.) na região dos comprimentos de ondas 1300 nm
e 1550 nm. Esses valores, são comparados por exemplo, aos de um sistema com cabo coaxial operando em 5
GHz, onde a perda no enlace pode superar 100 dB/km. Essas características permitem a construção de enlaces
com distâncias muito maiores do que de uma rede convencional, o que faz com que a relação custo/benefício seja
favorável, sem contar ainda outras vantagens como a redução nas dimensões e peso dos cabos, imunidade a
interferências eletromagnéticas (entre outras vantagens).
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FTTH / GPON

Segundo Keiser (2014), as redes FTTH / GPON foram projetadas para utilizar somente elementos passivos na
rede, de forma que fosse possível trafegar numa mesma fibra o canal de descida (Downstream) e o de subida
(Upstream). Por utilizar uma rede do tipo ponto-multiponto, onde uma única fibra Monomodo é compartilhada
com diversos pontos finais de atendimento (Residências e Empresas).

Esse compartilhamento é feito através da utilização de divisores ópticos (Spliters), resultando em configurações de
divisões de canais de 1:4, 1:8, 1:16, 1:32 ou 1:64, dependendo da configuração demandada pelo projeto,
permitindo enlaces que podem chegar a distância entre 10 a 20 km (OLIVEIRA, 2010).

Os equipamentos ativos são projetados para usar comprimento de onda CWDM (Walvelenght Division
Multiplexing) e transmissão bidirecional em uma única fibra, denominados de OLT (Optical Line Termination),
que está presente da central e a ONU (Optical Network Unit) ou ONT (Optical Network Terminal), que está
presente no cliente, a rede combina as características de uma rede ATM (Assynchronous Transfer Mode) com
características da rede Ethernet, proporcionando mais eficiência e flexibilidade. (KEISER, 2014).

Considerações

O grande problema a ser enfrentado nesse caso seria o fato de que a decisão de se implantar uma rede totalmente
nova, com o objetivo de se retirar a rede metálica existente, numa região que não tem uma penetração
representativa, significa assumir um risco muito alto caso a aceitação dos clientes não tenha o sucesso esperado
(assim como ocorreu como a rede convencional existente na época da sua implantação).

Porém, essa seria a única chance viável dessa empresa reagir para tentar reverter o cenário de baixa demanda de
clientes existente na região, ou seja, é um grande investimento em qualidade de serviço para retomada de
competitividade. Diante de tudo que foi apresentado até então, busca-se saber se a estratégia de investimento será
no futuro recompensada. Questões podem ser levantadas para orientar a pesquisa: Por se tratar de uma rede onde
a fibra tem de ser instalada até dentro do ambiente do cliente, haverá algum tipo de rejeição pelo mesmo? Será
possível, diante de uma área com alta densidade de prédios, cuja a estrutura de postes está extremamente cheia,
fazer a implantação de mais um ponto de fixação nos postes? O dimensionamento da rede FTTH irá atingir aos
parâmetros de testes e aceitação desejados, sem a necessidade de adequações? Quais as expectativas, com
relação à assimilação do mercado, que foram obtidas?

São abordadas as normas, conceitos, analisadas opções, realizados testes, estudadas alterações que foram feitas
ao logo do projeto, bem como, a bateria de testes e procedimentos de aceitação da rede, assim como a
documentações e relatórios que são demandados pelo cliente para a aceitação final.

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Rede FTTH / GPON I: Abordagem e Materiais

A construção de uma rede FTTH / GPON demanda cabos ópticos, caixas de emendas Distribuidores Ópticos
(DGO), caixas de distribuição ópticas internas – CDOI, caixas de distribuição ópticas internas / Andar CDOI/A,
elementos de fixação nos postes, identificação, suportes de fixação de cabos e caixas de emendas, entre outros.
Para que haja um padrão de construção é necessário que sejam seguidos os critérios e metodologias exigidas pela
operadora, bem como as normas do Artigo 4º da Resolução Conjunta Nº4, (2014) entre ANEEL (Agência
Nacional de Energia Elétrica) e ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), que ditam as regras para o
compartilhamento de postes e da LEI Nº 13.116 (2015), que estabelecem normas gerais para implantação e
compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações, como mostra a Figura 03.

Figura 3: Topologia de Rede FTTH / GPON

Fonte: Autores, 2018

Na figura 03, além da rede óptica passiva (Rede física), está representada também a parte referente aos elementos
e acessórios da parte ativa do sistema FTTH como um todo (OLT, RF Overlay), que não fazem parte do escopo a
ser tratado nesse trabalho.

Escopo de Abordagem

A figura 04 representa o escopo abordado nesse trabalho, onde é mostrado o ponto de partida da rede a partir do
DGO até a “milha final” (dentro da residência do consumidor final). O diagrama é uma representação genérica da
rede de acesso, demonstrando os pontos onde serão introduzidos elementos de infraestrutura da rede FTTH /
GPON. Os elementos são definidos como: Distribuidor Geral Óptico (DGO), que fica localizado dentro da Sala
GPON; Rede Primária, formada pelos cabos de fibra óptica que partem da Estação; Caixa de Emenda Óptica
com Splitters (CEOS); Rede de Distribuição, que é a rede óptica que interliga as CEOS às CDOE/I; Caixa de
Emenda óptica (CEO); Caixa de Distribuição óptica Interna (CDOI); Caixa de Distribuição óptica Interna de
Andar (CDOIA); Caixa de Distribuição Óptica Externa (CDOE) e Linha de assinante óptica (DROP).
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Figura 4: Escopo de Abordagem da Rede FTTH / GPON

Fonte: Autores, 2018

Na rede GPON, no sentido Downstream, toda a informação chega a todos os extremos da rede, no entanto cada
ONT apenas irá considerar a informação que lhe é endereçada.

No sentido Upstream, a ONT irá enviar seus dados para a rede por meio da multiplexação no domínio do tempo
(TDM - Time Division Multiplex), essa multiplexação é um processo dinâmico, liderado pela OLT, que atribui a
cada ONT um intervalo de duração de tempo para que a mesma transmita a informação então armazenada, (PD –
PAC Volt, 2016).

Definição de Equipamentos e Materiais

Uma rede FTTH / GPON não utiliza componentes ativos na rede física de fibras óptica para fazer a distribuição do
sinal. Na sua topologia equipamentos passivos são usados como uma solução para flexibilização de acesso até
próximo ao cliente final (última milha). Uma arquitetura simplificada é mostrada na figura 05.

Figura 5: Arquitetura simplificada rede FTTH / GPON Ponto-Multiponto

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Fonte: PD – PAC Volt, 2016

Em configuração de rede ponto-multiponto, uma única fibra é compartilhada por diversos pontos finais de
atendimento (residências ou empresas), assim, pode-se usar na CEOS, divisores ópticos (Splitters) na mesma
fibra resultando em divisões de 1:4, 1:8, 1:16, 1:32 ou 1:64 nas suas saídas.

Como a conexão é ponto-multiponto, os terminais ópticos no cliente (ONT) só aceitam os dados que estão
endereçados a eles e só transmitem quando a OLT permite, através da multiplexação WDM (Wavelength
Division Multiplexing) e TDM. A divisão do sinal óptico através de elementos passivos da rede (Splitters)
permite o aproveitamento da fibra, através do compartilhamento da sua capacidade de banda para diversos grupos
de usuários, de maneira mais eficiente e flexível (PD – PAC Volt, 2016).

CDOI: Conforme mostrada na figura 06, são Caixas de Distribuição Óptica Interna. Utilizada internamente nos
edifícios e de onde parte a linha de assinante individual (Drop) ou se necessário uma nova rede de distribuição
interna para os andares, através da Instalação da CDOIA.

Figura 6: CDOI nas Caixas de Distribuição interna dos Prédios

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Fonte: Furukawa, 2017

CDOIA: A Caixa de Distribuição Óptica Interna de Andar, mostrada na figura 07 tem a função de distribuição das
fibras nos andares das edificações, é alimentada através do CDOI, sendo o ponto de ligação do Drop que vem da
casa do assinante.

Figura 7: CDOI / CDOIA

Fonte: Furukawa, 2017

CDOE: A Caixa de Distribuição Óptica Externa da figura 08, tem a mesma função da CDOI, porém é instalada
em ambiente externo, possui na lateral conectores ópticos externos, onde são conectados os Drops de atendimento
as residências

Figura 8: CDOE

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Fonte: Corning, 2016

CEO: A Caixa de Emenda Óptica mostrada na figura 09, tem como função servir de acomodação e ponto de
distribuição das emendas de diferentes cabos de fibra de forma a estender o alcance da rede, ou promover a
capilaridade por demais caminhos.

Figura 9: CEO – Caixa de Emenda Óptica

Fonte: Fibracem, 2017

CEOS: A Caixa de Emenda Óptica com Splitters, é o ponto de transição entre rede primária e secundária, e onde
são instalados os Splitters de segundo nível e pode exercer também a função de CEO.

Figura 10: CEOS – Caixa de Emenda Óptica com Slpliter

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Fonte: Tyco Electronics, 2016

Drop: Cabo óptico Drop Pre-conectorizado para encaixe em CDOE mostrado na figura 11 é mais leve, resistente
e de pequeno diâmetro, específico para linha de assinante óptica. Pode ser um cabo individual com 01 fibra
apenas, que chega até a casa do cliente ou um cabo múltiplo, com múltiplas fibras, que são levadas a vários
andares de um edifício.

Figura 11: Cabo Óptico Drop Pre-conectorizado

Fonte: Furukawa, 2017

Sala GPON: Estação Telefônica, também chamada de Sala GPON (Gigabit Passive Optical Network), e onde
serão instalados os equipamentos OLT que irão prover o acesso e o gerenciamento dos clientes, cuja topologias é
demonstrada na figura 03.

Rede Primária: Conforme mostrada na figura 03, é formada pelos cabos de fibra óptica que partem do DGO da
Sala GPON e vão até CEOS (Caixa de Emenda Óptica com Splitters), onde as ramificações da rede secundária á

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feita de forma a direcionar as fibras para as CDO´s (CDOI / CDOE) que irão atender as casas e prédios que
serão atendidos. Normalmente são usados cabos de capacidade elevada de fibras como os de 288 fibras.

Rede Secundária: Rede óptica de interligação entre as CEOS e as CDO´s (CDOI / CDOE), que é mostrada na
figura 03, podendo passar por outras CEOs (Não possui Splitter) para realização de emendas e redirecionamento
de rotas. Nela, cada fibra está dedicada a um Splitter que atenderá a um ponto de atendimento final (endereço de
clientes / prédios).

Desta forma, todos os itens descritos têm como principal função, fornecerem condições de flexibilidade da rede e
interconexões aos pontos de atendimento, de forma a tornar a ativação do cliente final um trabalho mais fácil do
ponto de vista do serviço de ativação, que não precise demandar mão de obra tão especializada quanto as da
equipe de construção de rede.

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Seção: Tutoriais Redes Opticas

Rede FTTH / GPON I: Métodos e Critérios

Metodologia de Implantação

O projeto de uma rede de fibra óptica ponto a ponto é muito mais simples do que um ponto–multiponto, pois no
projeto ponto a ponto, a única preocupação é com a atenuação total do enlace, pois não há necessidade de se
preocupar com o balanceamento da rede, uma vez que não existem divisões no meio do caminho; ou seja, o cabo
óptico segue um caminho direto da estação ao cliente final. Já numa rede ponto-multiponto em função dos níveis
de splitting, todas as portas dos Splitter, devem possuir uma quantidade de clientes de forma balanceada para
otimizar as portas da OLT na estação, evitando que uma porta fique com muitos (ou poucos) clientes.

A figura 12 apresenta um fluxograma básico com os passos a serem dados para a elaboração de um projeto de
rede FTTH / GPON. O projeto em questão visou atender até 64 clientes por porta GPON, de forma que a taxa
máxima de 2,5 Gbps pudesse estar sendo compartilhada por todos esses clientes de forma balanceada. Para que
uma única porta GPON tenha a capacidade de atender tal capacidade citada, é logico pensar em uma razão de
divisão por Splitters de 1:64; caso haja necessidade de atender a clientes com taxas maiores, essa razão deverá
ser alterada para 1:32, dobrando a taxa de transmissão dos clientes ativos na fibra alimentadora.

Segundo padrão série ITU – T G.984.1 (2008) a tecnologia GPON atende aos protocolos Ethernet, ATM e
TDM. Segundo Rodrigues et al. (2013), esse padrão suporta até 7 combinações diferentes de taxas
de Upstream e Downstream, sendo a de 1.25 Gbit/s a combinação mais utilizada para o Upstream e de 2.5
Gbit/s para o Downstream.

Figura 12: Fluxograma de Projeto FTTH / GPON

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Fonte: Autores, 2018

Um sistema de longo alcance, possui uma razão de divisão de 1:64, mas já existe tecnologia que possibilita uma
razão de divisão de 1:128, podendo assim expandir o número de ONT’s e ONU’s gerenciados por cada OLT.

O primeiro nível de splitting poderá ser feito na Sala GPON através de um Splitter 2:2, criando um primeiro
ponto de manobra da rede, possibilitando a otimização das portas GPON´s. Consequentemente, a rede externa
poderá ser projetada para se utilizar um nível de splitting de 1:32. A não utilização do Splitter 2:2 na sala GPON,
permitirá o aumento no alcance da rede óptica ou a duplicação das taxas de transmissão da rede. O alcance
geográfico da rede FTTH / GPON será delimitado através do orçamento de potência óptica e do fator
de splittingda rede. O orçamento de potência é o resultado da diferença entre a potência de transmissão do
emissor (OLT/ONT) e a sensibilidade dos receptores (OLT/ONT), que está diretamente relacionado com a
atenuação que a rede óptica irá apresentar entre os dois pontos.

O fator de splitting será de no máximo de 1:64. Quanto menor esse fator, maior será o comprimento da rede e sua
taxa de transmissão. Os fatores de splitting que podem ser obtidos através de combinação de Splitters descritas
na tabela 02:

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Tabela 2: Combinação de Splitters

ALTERNATIVAS COMBINAÇÃO DE SPLITTER


1ª OPÇÃO 1:2 + 1:32
2ª Opção 1:2 + 1:4 + 1:8
3ª Opção 1:2 + 1:8 + 1:4

Fonte: Autores, 2018

A atenuação da rede óptica será o fator fundamental que definirá o orçamento de potência a ser obtido para o
melhor dimensionamento do comprimento e funcionamento da rede, pois serão contabilizadas todas as atenuações
inseridas no sistema através dos elementos passivos contidos entre os equipamentos ativos terminais, além da
atenuação das fibras. Atenuações características podem ser conferidas nas tabelas 03 e 04:

Tabela 3: Atenuações Típicas para Fibras Monomodo (ITU-T G.652.B)

COMPRIMENTO DE ONDA TÍPICA MÁXIMA


1310 nm 0,35 dB/km 0,37 dB/km
1550 nm 0,20 dB/km 0,23 dB/km
Cordão Optico 1310 nm 0,40 dB/km -
Cordão Optico 1550 nm 0,30 dB/km -

Fonte: Furukawa, 2012

Tabela 4: Perdas de Inserção dos Splitters

TIPO DE SPLITER PERDA DE INSERÇÃO


1:2 3,7 dB
1:4 10,5 dB
1:8 13,7 dB
1:16 17,1 dB
1:64 20,5 dB

Fonte:Furukawa, 2012

Segundo Furukawa (2012), as emendas ópticas também designadas por perdas por fusão em fibras óptica, é
regulamentada de acordo com a norma ANSI/TIA 568, e deve ter um valor máximo de 0,30 dB e uma conexão
que é definida pelo acoplamento óptico entre dois conectores similares através de um adaptador. As perdas em
conexões, também são de acordo com a norma ANSI/TIA 568, devem ter um valor máximo de 0,75 dB.

Critérios de Avaliação de Entrega de Serviço

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Como em toda obra de implantação, seja qual for o ramo de atividade, o projeto é a principal diretriz para que as
fases da construção sejam realizadas sem o risco de descaracterização do escopo original e da padronização
segundo as normas vigentes.

A elaboração desses projetos, muitas das vezes, seguem topologias e simbologias particulares a cada operadora,
mas estão embasadas em normas como a ABNT NBR, resoluções ANATEL e até leis governamentais. A tabela
05 mostra as principais normas aplicáveis ao projeto em questão, assim como segue também as diretrizes do artigo
4º da Resolução conjunta nº 4 (2014) entre a ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica) e ANATEL
(Agencia Nacional de Telecomunicações) sobre o compartilhamento de postes e da lei nº 13.111 (2015) que trata
as condições gerais para a implantação e compartilhamento da infraestrutura de telecomunicações.

Tabela 5: Principais Normas Aplicáveis

TIPO N° DESCRIÇÃO
ABNT 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão
ABNT 5419 Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas
ABNT 13505 Fibra Ópticas - Determinação De Comprimento - Método de Ensaio

ABNT 14565 Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e Datacenteres


Cabos Internos para Telecomunicações - Classificações Quanto ao Comportamento Frente a
ABNT 14705
Chama
ABNT 14977 Fibras Ópticas - Determinação de Perda Óptica na Emenda por Retroespalhamento
Rede de Distribuição de Energia Elétrica - Compartilhamento de Infraestrutura com Redes de
ABNT 15214
Telecomunicações
ABNT 16415 Caminhos e Espaços para Cabeamento Estruturado
NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 35 Trabalho em Altura

Fonte: Autores, 2018

O projeto de implantação de rede FTTH / GPON deve mostrar a cartografia local (arruamento, casas, edifícios,
tipos de residências e etc.), a infraestrutura de telecomunicações existente ou “a construir” (postes e dutos), os
elementos de rede (CEOS e CDO´s), bem com as interligações que comporão a distribuição dos cabos e fibras
nas CEOS e CDO´s.

Inicialmente é feito um levantamento técnico no escritório realizando o levantamento das plantas cartográficas da
região (arruamentos, edifícios, casas, lojas, terrenos vagos e etc.), cadastros de infraestruturas de telecomunicações
existentes (rede subterrânea, postes). Com a consolidação de todas as informações, é elaborado um pré-projeto
para passar para as equipes de campo, que fará o levantamento a fim de confirmar e acrescentar, corrigir e
atualizar todos os dados. Após atualização das informações, é que a topologia da rede FTTH, o fator de splitting,
tipos e capacidades de cabos (aéreo/subterrâneo), quantidade de fibras ativas por cabo, a atenuação de máxima
permitida para cada ponto terminal; serão definidos.

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Com a finalização desses estudos e cálculos, no projeto poderá ser elaborada a lista de materiais, a quantificação
do valor de mão de obra, o dimensionamento de equipes e o cronograma de execução da obra.

Além das premissas de elaboração de projetos e seguindo as diretrizes das normas citadas anteriormente, toda a
instalação de rede de telecomunicações que for utilizar a infraestrutura de outras concessionárias (energia, outras
operadoras e etc.) devem estar de acordo com as condições, valores e definições das Normas da ABNT e das
normas da concessionária proprietárias. A instalação só pode ser feita após o projeto ser submetido à análise e
aprovação prévia. Devem ser consideradas as distâncias mínimas de segurança entre condutores das redes de
distribuição de energia elétrica e a rede de telecomunicações (cabos e/ou cordoalha), levando em consideração as
situações mais críticas de flechas dos cabos (considerando uma temperatura de 50 °C).

De acordo com a ABNT NBR 15214 (2005) voltada para rede de distribuição de energia elétrica e
compartilhamento de Infraestrutura com redes de telecomunicações, as distâncias mínimas de segurança as serem
consideradas entre a rede de telecomunicações e a rede de energia Elétrica são mostradas na tabela 06:

Tabela 6: Distâncias de Segurança

TENSÃO MÁXIMA ENTRE FASES DISTÂNCIA DE SEGURANÇA


Até 1.000 V 600 mm
Acima de 1.000 V e até 15.000 V 1500 mm
Acima de 15.000 V e Até 35.000 V 1800 mm

Fonte: ABNT NBR 15214, 2018 (Adaptado)

Outro ponto fundamental são os critérios de avaliação dos testes em fibras ópticas, que ocorrem basicamente nas
três fases do projeto, construção da rede física, no ato da ativação dos serviços na infraestrutura construída e na
operação e manutenção da rede.

No trabalho em questão foi abordado somente os testes realizados na construção da rede física; ou seja, os testes
validação de atenuação, perdas de retorno e obtenção de curvas de referências são feitas através da utilização do
OTDR – Optical Time Domain Reflectometer, ou reflectômetro óptico do domínio do tempo, utilizando os
mesmos comprimentos de onda usuais da rede padrão (1310 nm,1550 nm). Importante frisar que para o caso de
redes ativas (em funcionamento), os comprimentos de onda do OTDR devem ser diferentes de 1310 nm e 1550
nm (1625 nm, 1650 nm ou outro) para que não ocorra conflito entre os pulsos ópticos emitidos pelo o OTDR e os
sinais que estão trafegando na rede; caso isso ocorra, poderá ocorrer interrupção do tráfego em função das perdas
de pacotes ocasionadas pela sobreposição dos comprimentos de ondas iguais. O OTDR é um instrumento utilizado
para medir distâncias, atenuação em eventos nas fibras (emendas, conectores, Splitter, macro curvatura e micro
curvaturas).

Para a realização de testes em rede ponto multiponto o procedimento de teste exige que sejam instaladas no início
e no fim da fibra uma bobina (Bobina de Lançamento) com aproximadamente 300 metros (como mostra a figura
13), para que o mesmo consiga medir o acoplamento nos conectores de entrada e saída da rede.

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Figura 13: Utilização de Bobina de Lançamento

Fonte: Autores, 2018

Tal procedimento se justifica em função da “zona Morta” do OTDR, descrito por Abbade e Caputo (2002),
também conhecida como resolução espacial entre dois pontos, pois determina o espaçamento mínimo que pode ser
medido entre dois eventos; ou seja, corresponde a uma distância inicial da fibra ótica que o OTDR não consegue
analisar devido ao nível de sinal de retorno ser muito elevado provocando a saturação do seu fotodetector. Por
esse motivo utiliza-se a bobina de fibra para que esses pontos resolução espacial fiquem na parte da fibra
pertencente a bobina, permitindo assim que a medida seja feita.

Outro teste normalmente necessário para a validação da rede óptica construída; que no caso desse projeto, o
cliente não exigiu que fizesse parte dos testes de aceitação, é realizado através de um medidor de potência óptica,
em conjunto com uma fonte de luz, são utilizados para medir a atenuação de uma fibra ótica, seguindo as normas
ITU-T G650.1 e IEC 61350. Cada um dos equipamentos deverá estar numa das extremidades da fibra ótica a
ensaiar.

Inicialmente é feita a medição dos cordões de testes que serão usados para injetar a luz nas extremidades das
fibras, para isso a fonte de luz será ligada diretamente ao medidor de potência de forma a realizar a medida da
perda dos cordões (referência), cujo valor deverá ser desconsiderado do valor total registrado no medidor de
potência, de forma que só restará o valor real da atenuação de conector a conector, conforme mostram a figura 14.

Figura 14: Medida de referência para teste de atenuação

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Fonte: Autores, 2018

A figura 15 mostra a forma como são realizados os testes ponta a ponta após a realização a calibração da
referência demonstrada na figura 14.

Figura 15: Teste ponta a ponta de atenuação

Fonte: Autores, 2018

Ao final, a perda do enlace será a diferença do valor total da atenuação medida pelo medidor de potência e o valor
de referência medido antes dos testes.

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Seção: Tutoriais Redes Opticas

Rede FTTH / GPON I: Considerações finais

Este tutorial parte I procurou apresentar a avaliação da rede PSTN e da rede óptica, a abordagem deste trabalho e
os equipamentos e materiais utilizados nas redes ópticas, a metodologia de implantação e os critérios para a
avaliação da entrega do serviço.

O tutorial parte II apresentará os processos de implantação e a estrutura organizacional necessária, os testes e


configurações a serem realizados, a possibilidade de expectativas sobre a rede óptica, e as conclusões deste
trabalho.

Referências

Abbade, A.L. Rocha; Caputo, M.R.Campos Aplicação do OTDR na Análise de Problemas de Atenuação em
Fibras Ópticas: Estudo de Casos. Revista Científica Periódica – Telecomunicações. Telecomunicações - Volume
05 - Número 02 - Dezembro de 2002. Disponível em:

http://www.inatel.br/revista/busca/59-aplicacao-do-otdr-s711074-1/file

Acessado em 06/04/2018

ABNT NBR – 14565 – Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e Datacenters. 2007

ABNT NBR – 14705 – Cabos internos para Telecomunicações – Classificação quanto ao comportamento frente a
Chama. 2010

ABNT NBR – 14977 – Fibras ópticas – Determinação de Perda óptica por Retroespalhamento. 2003

ABNT NBR – 15214 – Rede de Distribuição de Energia Elétrica – Comportamento de Infraestrutura com Redes
de Telecomunicações. 2011

ABNT NBR 13505 – Fibras ópticas – Determinação do Comprimento – Método de Ensaio. 2013

https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialftthgpon1/pagina_5.asp 1/4
02/04/2020 teleco.com.br

ABNT NBR 16415 – Caminhos e Espaços para Cabeamentos Estruturado. 2015

ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 2004

ABNT NBR 5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas. 2015

AMAZONAS, José Roberto de Almeida. Projeto de Sistemas de Comunicações Ópticas. Barueri. Editora
Manole Ltda, 2005

BRASIL. Lei Nº 13.116 –20 de abril de 2015 Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13116.htm#art27

Acessado em: 04de mar. 2018

Catálogo Corning. 2016. Disponível em:

https://www.corning.com/cala/pt/products/communication-networks/products.html

Acessado em 06/03/2018

Catálogo Fibracem. 2017. Disponível em:

https://www.fibracem.com/categoria-produto/conjuntos-de-emenda-optica/caixas-de-emenda-optica/

Acessado em 06/03/2018.

Catálogo Furukawa. Disponível em:

http://m.furukawa.com.br/pt/rede-furukawa/materiais-de-apoio/catalogo-de-solucoes-fcs-2017-novo-1195.html

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Catálogo Tyco Electronics. 2016. Disponível em:

https://www.etelmaster.com.br/material.php?cd_divisao=TELECOM&tx_
nome=CAIXA%20DE%20EMENDA%20DE%20FIBRA%20OPTICA%20FIST%20GCO%202

Acessado em 06/03/2018

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FERNANDES, Luiz Felipe de Camargo. Conceitos Básicos de Fibra Óptica (Módulo III). Teleco –
Inteligência em Telecomunicações – Seção: Tutorial. Publicação Mar 2003. Disponível em:

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JESZENSKY, Paul Jean Etienne. Sistemas Telefônicos. Barueri. Editora Manole Ltda, 2004.

KEISER, Gerd. Comunicações Por Fibras Ópticas. Quarta Edição. Brasil. Editora McGraw Hill Brasil, 2014.

Manual de Instruções PD – PAC Volt. 2016. Disponível em:

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NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. 2004

NR 35 – Trabalho em Alturas. 2016

OLIVEIRA, Patrícia Beneti. Tutorial de Soluções de Atendimento em Fibra óptcia I. 2010. Portal Teleco.
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Acesso em 04 de março 2018.

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Recommendation ITU-T G.984.1, 2008. Disponível em:

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Resolução Conjunta Nº4. Aneel e Anatel,16 de dezembro de 2014. Disponível em:

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Telecomunicações, 1999. Disponível em:

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Acessado em 04/03/32018

Rodrigues, A. F. Silva, R. H. Oliveira; S. R. Tazaki; T. R. (2013) - Redes PON I. Disponível em:

http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialpontec1/default.asp

Acessado em 06/03/2018

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Rede FTTH / GPON I: Teste seu entendimento


1. Qual das alternativas abaixo representa um dos fatores que contribuem para a atenuação do sinal em um enlace
de fibra óptica?
Acoplamentos de Entrada e Saída dos Equipamentos.
Emendas.
Conectores.
Dispositivos Passivos.
Todas as alternativas anteriores.

» Resposta Correta : 5

2. Qual das alternativas abaixo apresenta os blocos componentes da topologia de rede FTTH / GPON?
Central Office/Sala GPON, Rede Primária, Rede Secundária, e Rede Drop.
Central Office/Sala GPON, Rede Primária, Rede Secundária, e Rede Ethernet.
Central Office/Sala GPON, Rede Primária, Rede Rádio, e Rede Drop.
Central Office/Sala GPON, Rede de Pares Trançados, Rede Secundária, e Rede Drop.

» Resposta Correta : 1

3. Quais das alternativas abaixo não representa um dos itens que devem compor o projeto de implantação de rede
FTTH / GPON?
As interligações que comporão a distribuição dos cabos e fibras nas CEOS e CDO´s.
A cartografia local (arruamento, casas, edifícios, tipos de residências e etc.).
As torres de rádio para acesso local.
A infraestrutura de telecomunicações existente ou “a construir” (postes e dutos).
Os elementos de rede (CEOS e CDO´s).

» Resposta Correta : 3

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Rede FTTH / GPON II: Estudo de Caso para o Mercado Residencial

Esta série de tutoriais apresenta uma descrição detalhada dos processos e condições necessárias à implantação de
uma rede de acesso FTTH / GPON através da Topologia Ponto-Multiponto para atendimento ao mercado
residencial.

O foco principal é centrado na descrição da forma de construção de uma rede FTTH / GPON, suas topologias e o
dimensionamento. Como referência, é apresentada uma rede construída por uma operadora de Telefonia Fixa num
bairro da cidade de Belo Horizonte, em substituição a sua rede de cabos metálicos existentes, considerada
obsoleta.

A justificativa se deu em função de que esse tipo de atualização está se tornando a principal estratégia das empresas
que atuam no mercado para captação de novos clientes, otimização de serviços e aumento de lucros.

Os tutoriais foram preparados a partir do Artigo “Projeto de Rede de Acesso FTTH / GPON: Mercado
Residencial”, elaborado pelo autor, e apresentado como parte dos requisitos para a graduação em Engenharia
Elétrica pelo Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH. Foi orientador do trabalho o Prof. MSc. Flávio
Henrique Batista de Souza (flavio.souza@prof.unibh.br).

Este tutorial parte II apresenta os processos de implantação e a estrutura organizacional necessária, os testes e
configurações a serem realizados, a possibilidade de expectativas sobre a rede óptica, e as conclusões deste
trabalho.

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02/04/2020 teleco.com.br

Rede FTTH / GPON II: Introdução

A revolução tecnológica promovida pela disseminação da internet no Brasil e no mundo têm exigido redes físicas de
transportes de alta performance como as construídas com cabos de fibras ópticas e tornando as redes convencionais
de cabos metálicos obsoletas.

Esse artigo tem por objetivo geral contribuir com uma análise crítica da forma de implantação de uma rede FTTH /
GPON (Fiber To The Home / Gigabit - Capable Passive Optical Network), tomando como referência uma rede
construída por uma operadora de Telefonia Fixa num bairro nobre da cidade de Belo Horizonte, em substituição a
sua rede de cabos metálicos existentes, que tornou-se obsoleta. Especificamente, propõe-se neste artigo:

Avaliar o processo de concepção da rede, demonstrar suas topologias e o dimensionamento da rede de


distribuição óptica.
Apresentar e analisar as estruturas e medidas necessárias na construção de uma rede FTTH/GPON (desde
da Sala GPON da operadora até a residência do cliente final).
Apresentar um estudo sobre a validação de uma estrutura implantada.

Este trabalho se justifica em função de que esse tipo de Rede com a topologia Ponto-Multiponto está se tornando
cada vez mais comum no mercado brasileiro e sendo a principal estratégia tanto das empresas de grandes portes de
telefonia, quanto das empresas de provedores de pequenos portes, para atingirem suas metas de vendas. Isso se
deve à exigência cada vez maior, por parte dos consumidores, por serviços de maior qualidade e velocidade de
acesso de dados na Internet, sem contar os serviços de Voz e Vídeo que também são oferecidos nesse tipo de rede.

Com a globalização e a disseminação dessa tecnologia pelo mundo, os custos inerentes a implantação desse tipo de
rede tem se tornado cada vez mais acessíveis, tanto para as empresas, quanto para o consumidor final. Pelo fato de
se utilizar como meio físico de transporte de dados a fibra óptica, a qualidade se torna melhor quando comparada
com uma rede convencional de cobre (par metálico) em função de sua baixa atenuação e maior largura de banda.

Tutoriais

O tutorial parte I apresentou a avaliação da rede PSTN e da rede óptica, a abordagem deste trabalho e os
equipamentos e materiais utilizados nas redes ópticas, a metodologia de implantação e os critérios para a avaliação
da entrega do serviço.

Este tutorial parte II apresenta os processos de implantação e a estrutura organizacional necessária, os testes e
configurações a serem realizados, a possibilidade de expectativas sobre a rede óptica, e as conclusões deste
trabalho.

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02/04/2020 teleco.com.br

Rede FTTH / GPON II: Processos e Estrutura

Os resultados apresentados a seguir são frutos de acompanhamentos e atividades que foram executadas em campos
quando da construção da rede, tomado como premissas aquilo que foi tratado no trabalho em questão.

Processos de Implantação

Na figura 1 é mostrado um projeto de uma rede primária desenhada sob uma base cartográfica e onde estão as
informações referentes a toda a infraestrutura (Dutos / Postes), bem como os elementos de rede do sistema.

A fim de tornar mais clara as informações das interligações dos cabos e pontos de instalação das CEOS, são
elaborados diagramas unifilares, que funcionam como resumos que servem para auxiliar as equipes de
acompanhamento e de campo quanto as informações mais relevantes de forma simplificadas conforme demonstrado
na figura 2.

Figura 1: Projeto Cartográfico de rede Primária

Fonte: Autores, 2018

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Figura 2: Diagrama Unifilar de Rede Primária

Fonte: Autores, 2018

Assim como na rede primária, a rede secundária também possui seus projetos específicos, não só com as
informações de cabos e elementos de rede, mas também demonstram a tipologia e a quantidade de HP´s (home
passed) de cada logradouro, como demonstrado nas figuras 3 e 4 a seguir. Assim, como a construção demandará
dos projetos as informações referentes as redes primárias e secundárias, serão necessários também os projetos de
cabeamento dos prédios, a fim de fechar toda a extensão da rota de cabos, desde a Central Office até a casa do
cliente, dando sentidos ao termo em inglês ao qual trata esse trabalho, “Fiber to the home”, cuja concepção diz
respeito a se levar a fibra dentro da casa do cliente final.

Figura 3: Projeto Cartográfico de Rede Secundária

Fonte: Autores, 2018

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Figura 4: Diagrama Unifilar de Rede Secundária

Fonte: Autores, 2018

A figura 5 mostra um projeto da parte interna de um prédio.

Figura 5: Projeto Óptico Interno

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Fonte: Autores, 2018

A figura 6 mostra uma equipe de funcionários em caminhão e um reboque com uma bobina de cabo realizando o
lançamento de cabo óptico numa rota subterrânea, já a figura 7 mostra o interior de uma caixa subterrânea onde os
cabos ficam acomodados.

Figura 6: Equipe realizando lançamento de cabo

Fonte: Autores, 2018


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Figura 7: Interior de uma caixa subterrânea

Fonte: Autores, 2018

A figura 8 mostra uma rede aérea cujo cabos encontram-se lançados e a espera das equipes de emenda óptica para
a instalação das CEO´s

Figura 8: Cabos lançados à espera das equipes de emenda óptica

Fonte: Autores, 2018

Os projetos são imprescindíveis para as equipes de campo e às vezes é preciso realizar adaptações. Durante a
construção, quando não existe a infraestrutura para a passagem dos cabos ou a mesma encontra-se danificada, se
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faz necessário a construção ou correção da mesma. As figuras 9 e 10 exemplificam essas situações. Após o
lançamento dos cabos, começam os serviços de instalação das CEOS pelas equipes de emendas ópticas.

Figura 9: Construção de rede

Fonte: Autores, 2018

Figura 10: Manutenção de rede subterrânea

Fonte: Autores, 2018

Essas equipes são as responsáveis pelas instalações das CEO´s e CDO´s que serão utilizadas para a realização das
emendas das fibras conforme indicadas em projetos. A figura 11, mostra uma equipe realizando a instalação de uma
CEO e realizando as emendas das fibras por fusão utilizando a máquina de fusão mostrada na figura 12.

Figura 11: Instalação e fusão de fibras em CEO

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Fonte: Autores, 2018

Figura 12: Maquina de Emenda Óptica

Fonte: Autores, 2018

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02/04/2020 teleco.com.br

Após a realização das instalações das CEO´s, se faz necessário que as mesmas sejam devidamente armazenadas de
forma que a padronização e segurança sejam garantidas de acordo com as normas. As figuras 13 e 14 mostram o
armazenamento de CEO´s tanto em caixas subterrâneas, quanto na rede aérea.

Figura 13: CEO em Caixa Subterrânea

Fonte: Autores, 2018

Figura 14: CEO em Rede aérea

Fonte: Autores, 2018

https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialftthgpon2/pagina_2.asp 8/10
02/04/2020 teleco.com.br

Assim como são realizadas as instalações de CEO´s em campo, da mesma forma nas pontas é preciso fazer a
terminação dos cabos tanto na estação (DGO) quanto nos clientes (CDOI), de forma que essa terminação será no
âmbito de trabalho o ponto inicial e final; ou seja, não serão abordados nada além desse limite. As figuras 15 e 16
demonstram os pontos de terminações nas duas extremidades.

Figura 15: Cabo terminado no DGO da Estação

Fonte: Autores, 2018

Figura 16: Cabo Terminado na CDOI do cliente

https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialftthgpon2/pagina_2.asp 9/10
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Fonte: Autores, 2018

Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional desenvolvida nesse projeto demandou uma equipe voltada exclusivamente para o projeto
e outra voltada para a execução da obra. Ambas equipes foram gerenciadas por um único gerente de projeto, que é
o profissional responsável pelo controle, gerenciamento, interação das atividades de projeto, execução de obras,
investimentos (máquinas, equipamentos, recursos humanos) e quem representa o projeto e a empresa contratada
perante ao cliente.

Além do gerente fizeram parte das equipes os coordenadores de projeto e implantação, supervisores de projetos e
implantação, projetistas, vistoriadores de campo, quantificadores, desenhistas, equipes de logística de materiais,
lançamento e construção civil, equipes de emendas ópticas e por fim equipes de testes; aliada a essas equipes, ainda
têm para ambas estruturas as equipes internas de apoio administrativo.

O motivo de uma organização com tantos níveis, é o fato de que num projeto dessa magnitude, cujo cronograma de
obras é muito enxuto, se faz necessário a realização das fases de forma paralela; ou seja, a medida que uma fase é
liberada por uma área, a outra já dá continuidade no processo seguinte, otimizando o tempo para a entrega do
projeto.

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Rede FTTH / GPON II: Testes e Possibilidades

Testes e Configurações

Para o projeto em questão, em função das características de recepção (Rx) e transmissão (Tx) das ONT´s (Optical
Network Terminal), que são instaladas no cliente final, ficou definido como premissa de projeto que a atenuação
mínima admissível no enlace seria de 20 dB e a máxima de 28 dB. A área de abrangência de tudo que foi construído
irá permitir o atendimento a cerca de 25.000 HP´s (home passed), desta forma, foi escolhido um cliente dentre os
25 mil para apresentar os resultados dos testes, conforme mostra a figura 17, que representa a curva de atenuação
de um OTDR referente a um logradouro que possui 6 HP´s e está a uma distância de 5.800 m da estação, onde a
atenuação total apresentada é de 22, 87 dB; portanto, está entre 20 e 28 dB, dentro do aceitável.

Figura 17: Curva de Atenuação do OTDR

Fonte: Autores, 2018

Possibilidade de Expectativas

As redes FTTH / GPON conforme já mencionado anteriormente, pelas suas características de transmissão,
velocidade e outras vantagens em relação as redes convencionais de cabos, representam uma tendência mundial
tanto na expansão das redes de telecomunicações fixas novas, quanto nas atualizações de redes existentes como o
caso do ocorrido nesse projeto, onde o plano de negócio da operadora previu a instalação da rede FTTH / GPON
para que fosse possível e retirada de toda a rede convencional de cabos metálicos, uma evidência que em breve
outras operadoras poderão optar por esse caminho, ao invés de ficar fazendo investimentos em manutenção em
redes que estão muito próximas de se tornarem completamente obsoletas.
https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialftthgpon2/pagina_3.asp 1/2
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Todo o projeto foi pensado não só no sentido de atendimento a demanda atual, levou em consideração também a
previsão de expansão do bairro, bem como a possibilidade de atender a outros locais fora do bairro; para tanto,
foram deixadas várias fibras reservas em CEO´s que poderão ser utilizadas para essa finalidade, bem como a
instalações de dutos adicionais nas redes subterrâneas, de forma a permitir o lançamento de novos cabos no caso de
necessidade de expansão da rede.

Logo, pode-se dizer que a rede construída é capaz de atender a toda a demanda atual do bairro, bem como as das
regiões adjacentes, possibilitando no caso de expansão, um esforço de implantação muito menor ao do projeto
inicial, uma vez que grande parte do caminho até a estação já está pronto.

Conforme demonstrado na tabela 1, ao final do projeto em 13/02/2018 só foram alcançados 59% de sucesso na
aceitação dos clientes; após dois meses a aceitação passou para 80%, no começo da instalação houve alguma
resistência por parte dos moradores em deixar que os cabos fossem instalados internamente nos prédios; porém
após conhecerem as características e funcionamento do serviço, a aceitação foi obtida. Houve uma certa dificuldade
de se instalar a rede na estrutura de postes existente, em função do grande número de outras redes presentes.

Porém, como a rede FTTH iria substituir a rede de cabos convencionais, foi utilizado o espaço da rede que seria
retirada. Desta forma, o projeto conseguiu atender quase toda a região conforme planejamento inicial, exceto em
cerca de 20% dos endereços onde não foi possível instalar os cabos internamente nos prédios, em função
problemas da infraestrutura dos prédios ou de divergências entre os moradores dos prédios, que não autorizaram
que o cabo fosse instalado.

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02/04/2020 teleco.com.br

Rede FTTH / GPON II: Conclusão

O trabalho procurou mostrar de forma objetiva os requisitos necessários a implantação de uma rede física de
transmissão de dados através de fibras ópticas, usando uma topologia ponto-multiponto, onde a rede de fibra chega
até dentro da casa do cliente final (FTTH / GPON), permitindo muito mais velocidade, confiabilidade e segurança;
além de ser uma rede muito menos susceptível a falhas, em comparação a uma rede convencional de cabos
metálicos.

Dentre as contribuições mais relevantes deste artigo, pode-se citar a compreensão de que não basta somente
conhecer a tecnologia do ponto de vista tecnológico, suas atualizações e desempenho. Pode-se verificar o grande
investimento que a empresa de telefonia fixa despendeu para tal projeto, a fim de se manter competitiva no mercado.
O que remete à conclusão de que o avanço da tecnologia (no caso, de transmissão de dados), pode ser a base das
estratégias das grandes empresas não somente para o mercado atual, mas também das demandas que estão por vir.

Tabela 1: Consolidado

CONSTRUÇÃO DA REDE DE CABOS PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA


Inicio Fim Primário Secundário Total de cabos
01/08/2017 13/02/2018 31.656 metros 222.166 metros 253.822 metros
BALANÇO DA ACEITAÇÃO DOS MORADORES
HP´s Obstrução Interna no Sem liberação de Total HP´s
Fase
Construídos Cliente Acesso Projetados
Final da Construção dos Cabos Primários e 14.714 1.346 8.920
Secundários (FEV/2018) 59% 5% 36%
24.980
20.101 951 3.928
abr/18
80% 4% 16%
Obs.: Em abril/18 haviam 1.132 HP´s em fase de Negociação (reunião de Condomínios) para liberação de acesso, aumentando a
expectativa de que o índice de "sem liberação" passasse de 16% para apenas 11%.

Fonte: Elaborado pelos Autores, 2018

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ABNT NBR – 15214 – Rede de Distribuição de Energia Elétrica – Comportamento de Infraestrutura com Redes
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ABNT NBR 13505 – Fibras ópticas – Determinação do Comprimento – Método de Ensaio. 2013

ABNT NBR 16415 – Caminhos e Espaços para Cabeamentos Estruturado. 2015

ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. 2004

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https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialftthgpon2/pagina_4.asp 4/4
02/04/2020 teleco.com.br

Rede FTTH / GPON II: Teste seu entendimento


1. Para tornar mais claras as informações das interligações dos cabos e pontos de instalação das CEOS de uma
rede primária, qual tipo de representação é utilizada sobre uma base cartográfica?
Carta de Smith.
Diagrama multifilar.
Diagrama unifilar.
Diagrama óptico.

» Resposta Correta : 3

2. No projeto apresentado neste trabalho, qual foi a estratégia utilizada para a construção da rede FTTH / GPON,
no que tange a implantação em regiões onde a ocupação de postes já estava próxima da capacidade máxima?
Aguardar a expansão de espaço nos postes.
Incluir as atividades de expansão de capacidade do postes na implantação a ser executada.
Utilizar rotas alternativas na mesma região.
Planejar a substituição da rede de cabos convencionais pelos cabos ópticos.

» Resposta Correta : 4

3. Qual foi o principal objetivo da empresa de telefonia fixa para decidir pela implantação da rede FTTH / GPON?
Atender as demandas de seus clientes.
Manter sua competitividade no mercado.
Evitar o uso de torres e enlaces de rádio.
Atender as demandas de seus acionistas.

» Resposta Correta : 2

https://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialftthgpon2/pagina_5.asp 1/1

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