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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 16202
Primeira edição
02.09.2013

Válida a partir de
02.10.2013

Postes de eucalipto preservado para redes


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de distribuição elétrica — Requisitos


Treated eucalyptus utility poles for distribution lines — Requirements

ICS 29.240.01; 29.240.99 ISBN 978-85-07-04376-8

Número de referência
ABNT NBR 16202:2013
57 páginas

© ABNT 2013
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Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ...............................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
4 Abreviaturas .......................................................................................................................7
5 Classificação .....................................................................................................................8
6 Requisitos ...........................................................................................................................8
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6.1 Espécies, híbridos e clones de eucalipto ........................................................................8


6.2 Dimensões ..........................................................................................................................8
6.3 Resistência nominal...........................................................................................................9
6.4 Resistência à flexão ...........................................................................................................9
6.5 Parâmetros para dimensionamento .................................................................................9
6.6 Secagem............................................................................................................................10
6.7 Teor de umidade ...............................................................................................................10
6.8 Porção permeável da madeira.........................................................................................10
6.9 Furos, chanfros e entalhes ..............................................................................................10
6.10 Acabamento e dispositivo antifendilhamento (placa antirracha) ................................11
6.11 Tratamento preservativo ..................................................................................................11
6.11.1 Produtos para preservação .............................................................................................11
6.11.2 Método de tratamento ......................................................................................................11
6.11.3 Penetração do produto preservativo ..............................................................................11
6.11.4 Retenção do produto preservativo .................................................................................12
6.11.5 Retratamento ....................................................................................................................12
6.11.6 Tratamento adicional .......................................................................................................12
6.11.7 Período pós-tratamento ...................................................................................................12
6.11.8 Manuseio e armazenamento ...........................................................................................12
6.12 Defeitos .............................................................................................................................13
6.12.1 Defeitos aceitáveis ...........................................................................................................13
6.12.2 Defeitos inaceitáveis ........................................................................................................14
6.12.3 Falha do poste em uso ....................................................................................................14
7 Identificação .....................................................................................................................14
8 Acondicionamento ...........................................................................................................15
9 Transporte .........................................................................................................................15
10 Garantia de vida média ....................................................................................................15
11 Meio ambiente ..................................................................................................................16
12 Inspeção ............................................................................................................................16
12.1 Geral ..................................................................................................................................16
12.2 Ensaios de recebimento ..................................................................................................18
12.2.1 Geral ..................................................................................................................................18
12.2.2 Ensaio de tipo de densidade de massa básica .............................................................19
12.2.3 Ensaios de rotina antes do tratamento preservativo ....................................................19

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12.2.4 Ensaios de rotina após o tratamento preservativo .......................................................20


12.3 Relatório dos ensaios ......................................................................................................22
13 Planos de amostragem ....................................................................................................22

Anexos
Anexo A (normativo) Dimensões e resistências mecânicas dos postes de madeira ..................23
Anexo B (normativo) Planos de amostragem para os ensaios de rotina de inspeção visual,
verificação dimensional e furação, umidade, penetração e retenção .........................24
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Anexo C (normativo) Método de verificação do teor de umidade por variabilidade


desconhecida e plano de amostragem ..........................................................................33
Anexo D (normativo) Tabelas .............................................................................................................35
Anexo E (normativo) Figuras .............................................................................................................37
Anexo F (normativo) Produtos preservativos para postes de madeira .........................................44
F.1 CA–B – Cobre e azol ........................................................................................................44
F.2 CCA tipo C (arseniato de cobre cromatado) ..................................................................44
F.3 CCB (base óxido ou salina) .............................................................................................45
F.4 Óleo creosoto (CR)...........................................................................................................45
Anexo G (normativo) Ensaio de tipo de determinação da densidade de massa básica dos
postes de madeira – Método de ensaio .........................................................................46
G.1 Geral ..................................................................................................................................46
G.2 Obtenção e preparação de corpos de prova para ensaios ..........................................46
G.2.1 Aparelhagem.....................................................................................................................46
G.2.2 Procedimento ...................................................................................................................46
G.2.2.1 Amostragem .....................................................................................................................46
G.2.2.2 Corpos de prova ...............................................................................................................46
G.2.2.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................46
G.3 Métodos de ensaio ...........................................................................................................47
G.3.1 Determinação do teor de umidade .................................................................................47
G.3.1.1 Aparelhagem.....................................................................................................................47
G.3.1.2 Corpos de prova ...............................................................................................................47
G.3.1.3 Procedimento ...................................................................................................................47
G.3.1.4 Cálculos ............................................................................................................................47
G.3.2 Determinação da densidade de massa básica ..............................................................48
G.3.2.1 Aparelhagem.....................................................................................................................48
G.3.2.2 Corpos de prova ...............................................................................................................48
G.3.2.3 Procedimento ...................................................................................................................48
G.3.2.4 Cálculos ............................................................................................................................48
Anexo H (normativo) Ensaio de tipo de resistência à flexão de postes de
madeira – Método de ensaio ...........................................................................................51
H.1 Geral ..................................................................................................................................51
H.2 Dispositivo para ensaio ...................................................................................................51
H.3 Amostras para ensaio ......................................................................................................52

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H.4 Método de ensaio .............................................................................................................52


H.4.1 Carga .................................................................................................................................52
H.4.2 Medida da flecha ..............................................................................................................53
H.4.3 Cálculos ............................................................................................................................53
H.4.3.1 Cálculo de tensão de flexão ............................................................................................53
H.4.3.2 H.4.3.2 Módulo de elasticidade .......................................................................................54
H.4.4 Ensaios complementares principais – Compulsórios ..................................................54
H.4.4.1 Fotografia ..........................................................................................................................54
H.4.4.2 Idade, taxa de crescimento e determinação da densidade de massa básica.............54
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Anexo I (normativo) Ensaio de rotina de resistência à flexão – Método de ensaio ......................57


I.1 Objetivo .............................................................................................................................57
I.2 Procedimento geral .........................................................................................................57
I.3 Procedimentos específicos .............................................................................................57
I.3.1 Ensaio para verificação da flecha com a carga nominal ..............................................57
I.3.2 Ensaio para verificação da carga real de ruptura do poste .........................................58

Figuras
Figura E.1 – Curvaturas do poste ....................................................................................................37
Figura E.2 – Sinuosidade do poste ..................................................................................................38
Figura E.3 – Grau de severidade de rachas (fendas) nas regiões do topo e base ......................39
Figura E.4 – Grau de severidade de rachas (fendas) no corpo do poste .....................................40
Figura E.5 – Racha anelar na base e no topo do poste .................................................................41
Figura E.6 – Nós ou orifícios nos postes ........................................................................................41
Figura E.7 – Grã inclinada no poste ................................................................................................42
Figura E.8 – Chanfro no topo do poste ...........................................................................................42
Figura E.9 – Placas antirracha .........................................................................................................42
Figura E.10 – Cobertura de topo para postes .................................................................................43
Figura G.1 – Esquema para a retirada dos corpos de prova para os ensaios de teor de
umidade e densidade de massa básica .........................................................................50
Figura G.2 – Esquema do dispositivo usado para medir volume do corpo de prova pelo
método de empuxo ..........................................................................................................50
Figura H.1 – Dispositivo para ensaio de resistência à flexão de postes de madeira..................55
Figura H.2 – Berço de madeira para acomodação do poste .........................................................56

Tabelas
Tabela 1 – Classes de densidade de massa básica .........................................................................8
Tabela 2 – Valores de retenção dos produtos preservativos.........................................................12
Tabela 3 – Codificação para híbridos e clones ...............................................................................15
Tabela B.1 – Classe 1D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................24
Tabela B.2 – Classe 2D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................25

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Tabela B.3 – Classe 3D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde ................................................................................................................26
Tabela B.4 – Classe 4D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................27
Tabela B.5 – Classe 5D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................28
Tabela B.6 – Classe 6D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................29
Tabela B.7 – Classe 7D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
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no estado verde ................................................................................................................30


Tabela B.8 – Classe 8D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................31
Tabela B.9 – Classe 9D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde ................................................................................................................32
Tabela D.1 – Planos de amostragem para os ensaios de rotina de inspeção visual,
verificação dimensional e furação, umidade, penetração e retenção .........................35
Tabela D.2 – Plano de amostragem para os ensaios de rotina de resistência à flexão
(verificação da flecha, resistência à ruptura e resistência nominal) ...........................36
Tabela F.1 – Limites de balanceamento dos ingredientes ativos..................................................44
Tabela F.2 – Limites para balanceamento dos ingredientes ativos do preservativo CCA ..........44
Tabela F.3 – Limites dos ingredientes ativos do preservativo CCB .............................................45
Tabela F.4 – Especificações do creosoto ........................................................................................45
Tabela H.1 – Fator de correção ........................................................................................................52

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ABNT NBR 16202:2013

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 16202 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Madeira (ABNT/CB-31), pela Comissão
de Estudo de Postes de Eucalipto Preservado para Redes de Distribuição de Energia Elétrica
(CE-31:000.17). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 01, de 16.01.2013
a 18.03.2013, com o número de Projeto 31:000.17-001.

Esta Norma cancela e substitui a ABNT NBR 8456:1984 e ABNT NBR 8457:1984.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the minimum requirements for pressure treated eucalyptus utility poles and
side supports, according to ABNT NBR 16143, for use in distribution and transmission lines.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16202:2013

Postes de eucalipto preservado para redes de distribuição elétrica —


Requisitos

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis para postes e contrapostes de eucalipto
preservado sob pressão, com base na ABNT NBR 16143, para utilização como suportes de redes
e linhas de distribuição e transmissão de energia elétrica.
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2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

ABNT NBR 5429, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por variáveis

ABNT NBR 6232, Penetração e retenção de preservativos em madeira tratada sob pressão

ABNT NBR 6323, Galvanização de produto de aço ou ferro fundido – Especificação

ABNT NBR 16143, Preservação de madeiras – Sistema de categorias de uso

ASTM A123, Standard specification for zinc (hot-dip galvanized) coatings on iron and steel products

ASTM D1036, Standard test methods of static tests of wood poles

ASTM D2395, Standard test methods for specific gravity of wood and wood-based materials

ASTM D4444, Standard test method for laboratory standardization and calibration of hand-held
moisture meters

AS 2209, Australian standard for timber – Poles for overhead lines

AS/NZS 4676, Structural design requirements for utility services poles

AWPA M13, A guideline for the physical inspection of poles in service

AWPA P2, Standard for creosote solutions

AWPA P5, Standard for waterborne preservatives

ISO 2859-1, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 1: Sampling schemes indexed by
acceptance quality limit (AQL) for lot-by-lot inspection

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
alburno
parte situada entre a casca e o cerne, geralmente de coloração mais clara que este e constituído por
elementos celulares ativos (na árvore viva). Também chamado de lenho, branco, brancal ou borne

3.2
altura do poste (H)
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comprimento nominal menos o comprimento de engastamento (H = L – e), expresso em metros

3.3
altura útil do poste (h)
altura do poste menos a distância do topo ao plano de aplicação dos esforços (h = H – 0,1), expressa
em metros

3.4
camada de crescimento
camada de crescimento da árvore, vista em seção transversal

3.5
apodrecimento
processo de deterioração da madeira causada por fungos apodrecedores que alteram suas proprie-
dades físicas e mecânicas

3.6
base
seção transversal extrema da parte inferior do poste

3.7
bolsa de resina
cavidade mais ou menos alongada e bem definida, que contém resina

3.8
broca de madeira
besouros ou insetos da ordem Coleóptera, que utilizam a madeira como alimento, abrigo e/ou para
reprodução

3.9
carga ou resistência nominal
valor de esforço aplicado igual à resistência nominal, expresso em decanewtons (daN)

3.10
casca
todos os tecidos que ficam fora do cilindro do lenho das árvores, divisíveis usualmente em casca
interna (viva) e casca externa (morta)

3.11
cerne
parte interna do lenho, envolvida pelo alburno, constituída por elementos celulares sem atividade
fisiológica, geralmente caracterizada por possuir coloração mais escura que o alburno

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3.12
chanfro
corte em ângulo da extremidade superior da peça roliça

3.13
clone
indivíduo derivado de outro e que possui o mesmo patrimônio genético do indivíduo original, produzido
por reprodução assexuada

3.14
comprimento de engastamento (e)
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comprimento calculado para realizar o engastamento do poste no solo (e = 0,1L + 0,6), expresso em
metros

3.15
comprimento nominal (L)
distância entre o topo e a base do poste, expressa em metros

3.16
conicidade
relação entre a diferença dos diâmetros de duas seções transversais (consideradas circulares)
e a distância (medida segundo o eixo longitudinal do poste) que separa as duas seções consideradas

3.17
cupim
insetos sociais da ordem Isoptera, que podem atacar a madeira sadia ou apodrecida, formando
colônias compostas por diferentes categorias de indivíduos: reprodutores, soldados e operários

3.18
curvatura
desvio de direção do poste em relação ao seu eixo longitudinal

3.19
densidade de massa básica
relação entre a massa seca da madeira em estufa e o seu volume saturado de água, expressa em
quilogramas por metro cúbico

3.20
descascamento
operação de remoção da casca de uma árvore

3.21
durabilidade natural
característica intrínseca de cada espécie botânica de madeira, ou seja, da resistência do cerne
ao ataque de organismos xilófagos (insetos, fungos e perfuradores marinhos)

3.22
empilhamento
operação de dispor os postes em determinada forma, para secagem ou armazenamento

3.23
engastamento
parte da peça que fica abaixo do nível do solo. Comprimento entre a base e a linha de afloramento

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3.24
entalhe
corte de superfície plana, localizado na face do poste e normal aos furos

3.25
fissura de compressão
fratura da madeira que aparece na superfície da peça, como uma linha quebrada e disposta aproxi-
madamente perpendicular em relação ao eixo longitudinal da peça

3.26
flecha
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desvio oriundo da curvatura de um poste em relação ao seu eixo longitudinal. No caso de ensaio
de flexão, refere-se ao deslocamento causado por uma força aplicada a 100 mm do topo do poste,
medido na direção e sentido do esforço

3.27
frequência de vibração
número de oscilações realizadas na extremidade livre de um poste no intervalo de 1 s

3.28
fungos
micro-organismos capazes de se desenvolverem na madeira, causando manchamento e/ou deterio-
ração dos tecidos lenhosos

3.29
fungo apodrecedor
fungo que utiliza os constituintes da madeira (celulose, hemicelulose e lignina) como fonte de alimento,
causando profundas alterações nas propriedades físicas e mecânicas da madeira

3.30
furo
abertura cilíndrica e perpendicular ao eixo longitudinal do poste, passando pelo eixo e destinada
à fixação de acessórios e equipamentos

3.31
furo de inseto
perfuração da madeira causada por insetos xilófagos

3.32
grã da madeira
disposição geral, na direção longitudinal, dos elementos axiais constitutivos da madeira. Pode ser
expresso como grã reta, inclinada, entrelaçada etc.

3.33
grã inclinada
grã que se desvia da direção longitudinal do poste

3.34
híbrido
indivíduo formado pelo cruzamento de espécies distintas

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3.35
ingrediente ativo
elementos ou substâncias químicas com ação preservativa

3.36
inseto xilófago
brocas de madeira ou cupins que utilizam a madeira como fonte de alimento e/ou para sua reprodução

3.37
linha de afloramento
interseção da superfície lateral do poste com o plano do solo, sendo o limite superior do comprimento
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de engastamento

3.38
madeira preservada
madeira que contém produto preservativo em quantidade suficiente, de maneira a aumentar significa-
tivamente sua resistência à deterioração, prolongando sua vida útil

3.39
módulo de elasticidade à flexão estática
coeficiente angular da reta entre tensão de flexão e deformação no trecho elástico linear de um material

3.40

parte de um galho ou ramo inserido no lenho durante o crescimento da árvore, constituído por tecido
lenhoso, cujos caracteres diferem daqueles da madeira que o circunda

3.41
nó cariado
nó que se encontra parcialmente deteriorado por agente biológico ou mecânico

3.42
nó firme
nó que se mantém firmemente retido na madeira

3.43
nó solto
nó que não se mantém retido na madeira durante ou após a secagem

3.44
nó vazado
orifício provocado pela queda de um nó

3.45
penetração
profundidade atingida pelo produto preservativo na porção permeável da madeira

3.46
ponto de saturação das fibras (PSF)
teor de umidade no qual as paredes das células das madeiras estão completamente saturadas
de água, enquanto que as cavidades celulares estão totalmente isentas de água, variando de acordo
com a espécie de madeira

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3.47
plano de aplicação dos esforços
plano transversal onde se aplicam os esforços mecânicos, situado a 100 mm abaixo do topo do poste

3.48
poste de madeira
peça de madeira, de eixo retilíneo, sem emendas, adequada para constituir uma coluna esbelta,
engastada verticalmente no solo e destinada a suportar redes e linhas aéreas

3.49
pré-tratamento
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aplicação de produto preservativo na superfície da madeira para protegê-la, temporariamente, durante


o processo de secagem, contra o ataque de fungos e/ou insetos

3.50
processo célula cheia
tratamento da madeira em autoclave onde se aplicam vácuo inicial, pressão e vácuo final ao sistema

3.51
processo de preservação ou impregnação
conjunto de operações destinadas a aplicar o produto preservativo na madeira, resultando em uma
impregnação adequada dos tecidos lenhosos, sem ocasionar lesões prejudiciais à estrutura das
peças, ou alterações sensíveis em suas características físicas e mecânicas

3.52
produto preservativo
substância ou formulação química de composição e características definidas, que apresenta as seguintes
propriedades: alta toxicidade aos organismos xilófagos, alta penetrabilidade através dos tecidos lenhosos
permeáveis, alto grau de fixação nos tecidos lenhosos, alta estabilidade química e baixa corrosividade
aos metais, sem prejudicar as características físicas e mecânicas da madeira

3.53
protuberância
saliência na superfície da madeira

3.54
racha
fenda, fratura
separação física dos elementos constituintes da madeira paralelamente à grã

3.55
racha anelar
separação dos tecidos lenhosos, ao longo das fibras, entre dois anéis de crescimento

3.56
região da base
trecho de 0,6 m a partir da base do poste, no sentido do topo

3.57
região do topo
trecho de 1,0 m a partir do topo do poste, no sentido da base

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3.58
resistência nominal (Rn)
carga que o poste deve suportar sem que ocorra sua ruptura, sendo correspondente à força contida
no plano de aplicação dos esforços e perpendicular ao eixo longitudinal do poste

3.59
retenção
quantidade de produto preservativo introduzido e retido na madeira

3.60
ruptura do poste
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quebra do poste em uma seção transversal por ter sido ultrapassado o limite de resistência da madeira.
É definida quando se atinge a carga máxima do ensaio de carga de ruptura

3.61
sinuosidade
desvio de direção do poste, medido em um comprimento definido

3.62
topo
seção transversal extrema da parte superior do poste, excluído o chanfro ou bisel

3.63
tratamento preservativo
processo utilizado para impregnar o poste com produto preservativo

3.64
usina de preservação de madeira (UPM)
unidade industrial destinada ao tratamento preservativo das madeiras

3.65
zona crítica
trecho do poste entre 0,6 m abaixo e 0,6 m acima da linha de afloramento

4 Abreviaturas
Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes abreviaturas.

4.1
CA-B
preservativo hidrossolúvel à base de cobre azóis – tipo B

4.2
CCA-C
preservativo hidrossolúvel à base de cobre, cromo e arsênio – tipo C

4.3
CCB
preservativo hidrossolúvel à base de cobre, cromo e boro – base óxido ou salina

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4.4
CR
óleo creosoto

5 Classificação
Os postes de eucalipto preservado são classificados em função das suas características mecânicas
e geométricas, medidas em decanewtons (daN) e milímetros (mm), respectivamente, e da altura total
em metros (m). As resistências nominais padronizadas dos postes são 150 daN, 300 daN e 600 daN,
e as dimensões são conforme Anexo A.
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6 Requisitos
6.1 Espécies, híbridos e clones de eucalipto
Diversas espécies, híbridos e clones de eucalipto podem ser utilizados na fabricação dos postes,
desde que as características dimensionais, resistência à flexão estática e módulo de elasticidade
à flexão estática, no estado verde, atendam às especificações das Tabelas B.1 a B.9. A resistência
e o módulo de elasticidade à flexão estática devem ser parametrizados, considerando-se as classes
de densidade de massa básica apresentadas na Tabela 1:

Tabela 1 – Classes de densidade de massa básica

Classe de Módulo de
Densidade de Resistência à
densidade elasticidade à
massa básica flexão estática
de massa flexão estática
básica kg/m3 MPa
MPa
1D 400 a 449 44 8 610
2D 450 a 499 50 9 770
3D 500 a 549 57 10 940
4D 550 a 599 63 12 120
5D 600 a 649 69 13 310
6D 650 a 699 75 14 510
7D 700 a 749 81 15 720
8D 750 a 799 88 16 930
9D 800 ou mais 94 18 150

A determinação da densidade de massa básica da madeira de eucalipto deve ser realizada conforme
o estabelecido em 12.2.2.

6.2 Dimensões

As dimensões dos postes, segundo suas características mecânicas e geométricas estão detalhadas
no Anexo A.

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6.3 Resistência nominal

Para as resistências nominais padronizadas dos postes, as características de cada poste ou cruzeta
são regidas pela resistência mecânica e comprimento nominal correspondente, conforme Anexo A.

6.4 Resistência à flexão

Os postes devem suportar uma carga de flexão igual à sua resistência nominal para verificação dos
valores das flechas, que devem ser anotados no relatório dos ensaios. Esse ensaio deve ser efetuado
em uma amostragem definida conforme a Tabela D.2.
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6.5 Parâmetros para dimensionamento

Os parâmetros para dimensionamento dos postes de madeira são os seguintes:

a) resistência e módulo de elasticidade à flexão estática: devem ser avaliados em função da classe
de densidade de massa básica, conforme 6.1;

b) coeficiente mínimo de segurança (relação entre a carga de ruptura e a resistência nominal


do poste) igual a três. Portanto, para as cargas nominais de 150 daN, 300 daN e 600 daN,
a resistência do poste, no estado-limite de ruptura por flexão, deve ser igual a três vezes a carga
nominal, ou seja, 450 daN, 900 daN e 1 800 daN, respectivamente;

c) flecha máxima: correspondente à carga nominal, deve atender aos seguintes requisitos:

— para cargas nominais de 150 daN e 300 daN: 5 % do comprimento nominal do poste;

— para carga nominal de 600 daN: 6,5 % do comprimento nominal do poste;

d) conicidade: deve estar compreendida entre 3 mm/m e 7 mm/m, qualquer que seja o comprimento
nominal do poste;

e) frequência de vibração à flexão dos postes: sem qualquer equipamento adicionado, deve ser
de no mínimo 1 Hz (1 ciclo por segundo), baseado na AS/NZS 4676. Para a sua determinação
aproximada, utilizar a seguinte equação:

(1,875)2 E ⋅J ,
f1 =
2π m ⋅ H4

onde

f1 é a frequência de vibração à flexão, expressa em hertz (hz);

E é o módulo de elasticidade, expresso em newtons por metro quadrado (N/mm2);

J é o momento de inércia da seção, expresso em metros à quarta potência (m4);

m é a massa do poste por umidade de comprimento, expressa em quilogramas por metro (kg/m);

H é a altura do poste, expressa em metros (m).

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6.6 Secagem

6.6.1 Antes do tratamento preservativo, os postes devem ser submetidos ao processo de secagem
natural ou artificial. O método adequado deve ser utilizado de modo a evitar defeitos na madeira
e também não pode interferir na sua tratabilidade.

6.6.2 O tempo de secagem deve ser suficiente para atingir o teor de umidade especificado em
11.2.3.4. A secagem natural deve ser feita ao ar livre e os postes devem ser mantidos em pátios pre-
ferencialmente sombreados, situados em lugares altos, não úmidos, bem drenados e livres de vegeta-
ção e detritos. Os postes devem ser reunidos em camadas, de maneira a permitir ventilação entre eles
e que eles fiquem apoiados sobre suportes de madeira durável ou tratada, de metal ou de concreto,
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permanecendo no mínimo a uma distância de 400 mm do solo.

6.7 Teor de umidade

Para ser submetido ao tratamento, cada poste não pode apresentar teor de umidade superior a 30 %
na porção permeável.

O teor de umidade pode ser verificado pelo processo de perda de massa pela secagem de baquetas
em estufa, ou por meio de medidor tipo resistência elétrica. Nesse caso, o teor de umidade deve
ser a média de três medições efetuadas em pontos distanciados um do outro em pelo menos 1 m
e defasados em 120° entre si; a leitura deve ser corrigida para cada espécie de madeira e temperatura,
conforme a ASTM D 4444.

6.8 Porção permeável da madeira

A espessura mínima do alburno (porção permeável) para espécies, híbridos e clones de eucalipto deve
ser de no mínimo 20 mm. Algumas espécies, híbridos ou clones com menor espessura de alburno
podem ser utilizados, desde que comprovada a alta durabilidade natural do cerne ao ataque de fungos
e insetos xilófagos.

6.9 Furos, chanfros e entalhes

6.9.1 Os furos (quando aplicáveis), chanfros e entalhes nos postes devem ser feitos antes do trata-
mento preservativo.

6.9.2 Os entalhes devem ser localizados na face do poste e ter superfícies planas e aproximadamen-
te paralelas. Postes devem ter o corte de suas extremidades sempre perpendicular ao eixo longitudi-
nal, exceto para o chanfro do topo.

6.9.3 Os furos para parafusos devem ser perpendiculares às faces dos entalhes, exceto quando
especificado de outra forma.

6.9.4 O topo de cada poste deve ser chanfrado conforme a Figura E.8. Alternativamente ao chanfro,
o topo do poste pode ser protegido por uma cobertura e, nesse caso, o topo deve ser cortado
perpendicularmente ao eixo longitudinal do poste, para permitir a instalação da proteção. A cobertura
de topo deve ser fabricada em chapa de alumínio, aço-carbono ou outro material previamente aprovado,
e apresentar dimensões conforme a Figura E.10. Deve ser estanque em toda a sua extensão, inclusive
nas laterais, exceto nos pontos onde existem os furos para fixação no poste. Os furos devem ser
no mínimo quatro, de diâmetro (4 ± 1) mm, posicionados sempre equidistantes uns dos outros (por
exemplo, 90°, para quatro furos). Se for utilizada chapa de aço-carbono, esta deve ser zincada por
imersão a quente, conforme ABNT NBR 6323 ou ASTM A123.

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6.10 Acabamento e dispositivo antifendilhamento (placa antirracha)

6.10.1 As extremidades de cada poste podem receber, a critério do usuário, uma camada adicional de
material betuminoso. Na adoção da cobertura de topo (conforme 6.9.4), pode-se dispensar a cobertura
betuminosa.

6.10.2 Todos os postes devem possuir placas antirracha, conforme Figura E.9, fixadas nas duas
extremidades. A placa antirracha deve cobrir no mínimo 60 % da área de cada extremidade do poste.

As placas antirracha devem:


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a) ser fabricadas de chapa de aço-carbono com espessura mínima de 1,25 mm (18 USG);

b) ser zincadas por imersão a quente, conforme a ABNT NBR 6323 ou ASTM A123;

c) apresentar dentes para cravamento, cada um com altura mínima de 15 mm, sendo a densidade
média de 70 dentes/dm2 (ver Figura E.9).

6.11 Tratamento preservativo

O tratamento de postes deve ser realizado sob pressão, em usina de preservação de madeira. Todo
corte, entalhe e furação devem ser feitos antes do tratamento preservativo dos postes.

6.11.1 Produtos para preservação

Os seguintes produtos preservativos, cujas composições são apresentadas no Anexo F, são estabele-
cidos para tratamento de postes:

a) CCA -C;

b) CCB;

c) CA-B;

d) CR.

NOTA Outros produtos preservativos podem ser utilizados, desde que devidamente registrados pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA).

6.11.2 Método de tratamento

6.11.2.1 Os postes devem ser submetidos ao tratamento preservativo de impregnação sob pressão,
por meio de um processo de célula cheia, usualmente conhecido como Bethel (para produtos preser-
vativos oleossolúveis ou oleosos) ou Burnett (para produtos preservativos hidrossolúveis).

6.11.2.2 Nos processos de impregnação, não podem ser aplicadas pressões e temperaturas excessi-
vas, que possam comprometer a resistência mecânica dos postes.

6.11.3 Penetração do produto preservativo

O produto preservativo deve penetrar toda a porção permeável da madeira, em qualquer parte
do poste, conforme 6.8.

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6.11.4 Retenção do produto preservativo

Os valores de retenção dos produtos preservativos para madeira permeável são apresentados
na Tabela 2:

Tabela 2 – Valores de retenção dos produtos preservativos


Retenção
Produto preservativo kg/m3
Valor mínimo Valor máximo
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CA-B 5,0 –
CCA - tipo C 9,6 –
CCB 9,6 –
Óleo creosoto (CR) 130 180 (ver Nota)

A retenção máxima de óleo creosoto não pode ultrapassar 180 kg/m3, a fim de evitar exsudação
nociva ao instalador.

6.11.5 Retratamento

Após o tratamento preservativo, os postes ou os lotes que não estiverem de acordo com as exigências
de penetração e retenção requeridas nesta Norma podem ser retratados.

6.11.6 Tratamento adicional

Todo corte, entalhe, furação e/ou qualquer outro dano à porção tratada do poste deve receber tratamento
adicional, em campo, com produto preservativo inseticida e fungicida de comprovada eficiência.

6.11.7 Período pós-tratamento

Após a preservação, o poste deve ser armazenado em local apropriado pelos seguintes períodos,
em função do produto preservativo utilizado:

a) CA-B, CCA - tipo C e CCB: 3 a 14 dias, para permitir as reações de fixação dos produtos preservativos;

b) óleo creosoto: período suficiente até que os postes fiquem livres do excesso de produto na super-
fície (exsudação).

6.11.8 Manuseio e armazenamento

6.11.8.1 Os postes preservados não podem ser arrastados pelo chão. Na zona crítica, não podem ser
utilizados ganchos, tenazes ou quaisquer outras ferramentas que possam produzir danos mecânicos
aos postes. Todos os postes devem ser empilhados a pelo menos 40 cm acima do solo, sobre apoios
de madeira preservada ou de alta durabilidade natural, de metal ou de concreto, de modo a evitar que
as peças fiquem sujeitas a flechas perceptíveis, devido ao peso próprio.

6.11.8.2 A estocagem deve ser feita de modo a permitir a ventilação natural entre as peças e estar
preferencialmente à sombra, em local livre de vegetação e de detritos, e com boa drenagem.

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6.11.8.3 Na eventualidade de armazenamento por períodos superiores a seis meses, os postes


devem ser movimentados a cada intervalo de 180 dias, de modo a alternar as faces mais diretamente
expostas às intempéries, bem como devem ser alternados os postes dispostos na camada superior
com os da camada inferior das pilhas.

6.12 Defeitos

Para fins de aceitação ou recusa dos postes, os defeitos são classificados em aceitáveis ou não,
conforme 6.12.1 e 6.12.2, respectivamente.

6.12.1 Defeitos aceitáveis


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São aceitáveis os seguintes defeitos, com extensão limitada:

a) apodrecimento superficial em bolsas, exceto na zona crítica e região do topo do poste, cuja profundidade
não exceda a espessura do alburno e apresente largura máxima igual a 5 % da circunferência
do poste. Em qualquer trecho do poste com 600 mm de comprimento, a soma das larguras das bolsas
de apodrecimento não pode exceder 10 % da circunferência do poste;

b) furos (agrupados ou não) de insetos fora da zona crítica e região do topo, que não afetem a inte-
gridade do alburno e/ou a resistência mecânica do poste;

c) curvaturas, conforme a Figura E.1;

d) sinuosidades em qualquer trecho, conforme a Figura E.2;

e) rachas ou fendas, segundo o grau de severidade, conforme AS 2209:

— região do topo: grau de severidade 1 a 2 (Figura E.3), onde a largura da fenda seja inferior
a 5 mm e o comprimento longitudinal seja inferior a 300 mm;

— região da base: grau de severidade 1 a 4 (Figura E.3), onde a largura da fenda seja inferior
a 10 mm e o comprimento longitudinal seja inferior a 300 mm;

— zona crítica: grau de severidade 1 a 3 (Figura E.4), onde a largura da fenda seja inferior
a 5 mm e o comprimento longitudinal seja inferior a 1 m, para qualquer comprimento de poste;

— corpo do poste, fora da zona crítica: grau de severidade 1 a 7 (Figura E.4), onde a largura da
fenda seja inferior a 5 mm e o comprimento longitudinal inferior a 1 m, para postes até 12 m,
inclusive, ou onde a largura da fenda seja inferior a 5 mm e o comprimento longitudinal entre
1 m e 2 m, para postes acima de 12 m;

f) racha anelar na base e no topo, com profundidade máxima de 50 mm, conforme a Figura E.5;

g) nós cariados, soltos ou vazados em qualquer trecho de 300 mm, conforme a Figura E.6. O diâmetro
de um nó deve ser medido pela distância entre duas linhas paralelas ao eixo longitudinal do poste,
tangentes ao nó considerado;

h) grã inclinada ou espiralada, conforme a Figura E.7.

Não pode haver proximidade entre o início e o fim das fendas ou rachaduras, de modo que estas
possam se tornar um defeito.

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6.12.2 Defeitos inaceitáveis

Os postes devem ser isentos de:

a) sinais de apodrecimento, ataques de térmitas ou brocas de madeira no alburno ou cerne, locali-


zados na zona crítica e região do topo do poste;

b) bolsas de resina na zona crítica;

c) racha anelar no topo do poste;

d) avarias mecânicas no alburno, provenientes do corte ou transporte;


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e) fissuras de compressão;

f) depressões acentuadas e/ou orifícios;

g) pregos, cavilhas ou quaisquer peças metálicas não especificamente autorizadas;

h) trincas no mesmo alinhamento dos furos;

i) nós na região da furação.

6.12.3 Falha do poste em uso

Para efeito de garantia da vida útil dos postes, define-se como falha qualquer característica ou defeito
que comprometa o seu desempenho mecânico, como rachas e fendas, ataque de fungos apodrecedo-
res, cupins ou brocas-de-madeira, no alburno ou no cerne.

Para constatação das falhas, são aplicáveis as diretrizes da AWPA M13, que estabelece um método
de inspeção visual de postes em serviço, quanto aos defeitos, tratamento preservativo, problemas
de deterioração biológica, entre outros.

7 Identificação
A identificação dos postes deve ser posicionada a uma distância E + 2,40 m, onde E é o ponto
de engastamento previsto para cada tipo de poste. A identificação deve ser gravada, de forma legível
e indelével, a fogo ou em chapa metálica fixada em entalhe adequado, e deve conter, na ordem
indicada, as seguintes informações:

a) nome e/ou marca comercial do fabricante;

b) número de ordem da preservação;

c) mês e ano da preservação;

d) comprimento nominal, em metros, conforme Anexo A;

e) resistência nominal, em decanewtons, conforme 6.3,

f) tipo do preservativo utilizado (CR, CCA, CCB e CA-B);

g) três letras representando o código da espécie do eucalipto (ver Tabela 3). Para as demais espécies,
híbridos e clones, deve ser criada e informada uma codificação, sendo adotada para cada lote
distinto.

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Tabela 3 – Codificação para híbridos e clones


Espécie Código
Botryoides BOT
Camaldulensis CAM
Citriodora CIT
Cloeziana CLO
Clone XY CXY
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Paniculata PAN
Rostrata ROS
Tereticornis TER

Na gravação a fogo, a altura das letras de código e dos algarismos não pode ser inferior a 20 mm.

A gravação em chapa metálica deve ser em sulco de profundidade nunca inferior a 0,5 mm.

8 Acondicionamento
O material empregado na confecção de qualquer dispositivo utilizado para o acondicionamento
dos postes, contrapostes e cruzetas (por exemplo, fitas, pallets etc.) deve ser biodegradável, reutilizável
ou reciclável.

9 Transporte
No transporte dos postes, as exigências do Ministério dos Transportes e dos órgãos ambientais com-
petentes devem ser atendidas, especialmente as relativas à sinalização da carga.

10 Garantia de vida média


10.1 O fornecedor deve garantir uma vida média dos postes de 15 anos, contados a partir da data
de preservação, contra falhas, baseada nos seguintes termos e condições:

a) admite-se, no decorrer dos primeiros cinco anos da garantia, uma falha total de 1 % dos postes,
exceto para fendas e rachaduras acima dos limites aceitáveis, que deveram ser substituídos
independentemente do número de ocorrências;

b) do sexto ao décimo ano da garantia, admite-se 1 % de falhas para cada período de um ano,
acumulando-se no máximo 6 % de falhas permitidas ao fim do décimo ano da garantia;

c) do décimo primeiro ao décimo quinto ano da garantia, admite-se 2 % de falhas para cada período
de um ano, acumulando-se no máximo 16 % de falhas permitidas no fim do período de garantia.

NOTA 1 Considera-se falha, para efeito de garantia da vida útil dos postes, qualquer característica ou defeito
que comprometa o seu desempenho mecânico, como rachas e fendas, ataque de fungos apodrecedores,
térmitas ou qualquer outro organismo xilófago (por exemplo, brocas de madeira) no alburno ou no cerne.

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NOTA 2 Para constatação das falhas, são aplicáveis as diretrizes da AWPA M13, que estabelece um
método de inspeção visual de postes em serviço quanto aos defeitos, tratamento preservativo, problemas de
deterioração biológica, entre outros aspectos.

NOTA 3 Durante as inspeções e/ou manutenções dos postes, ou em épocas posteriores, os fornecedores
podem constatar o estado das peças substituídas.

10.2 O fornecedor se compromete a indenizar o comprador por toda substituição de postes que falharem
além dos limites estabelecidos acima. A indenização não dependerá do motivo das falhas (tratamento
inadequado ou defeito do material) ou do local de estocagem ou instalação, salvo armazenamento
inadequado por parte do comprador.
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10.3 Se o total acumulado de unidades que apresentarem falhas, dentro do período de garantia, ultra-
passar 30 % do total do lote, o comprador terá o direito de exigir a indenização de todo o lote fornecido.

10.4 A indenização compreende a reposição dos postes substituídos por material idêntico e novo,
além dos custos de transporte e de mão de obra de retirada e de instalação de todos os equipamentos
da estrutura.

11 Meio ambiente
11.1 No caso de fornecimento nacional, os fabricantes e fornecedores devem cumprir rigorosamente,
em todas as etapas da fabricação, do transporte e do recebimento dos postes, a legislação ambiental
brasileira.

11.2 No caso de fornecimento internacional, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir


a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as Normas Internacionais relacionadas
à produção, ao manuseio e ao transporte dos postes, até a entrega no local indicado pelo comprador.
Ocorrendo transporte em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir
a legislação ambiental brasileira, e as demais legislações federais, estaduais e municipais aplicáveis.

11.3 O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam incidir sobre
o comprador, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando derivadas de condutas
praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

11.4 O comprador pode verificar, nos órgãos oficiais de controle ambiental brasileiros, a validade
das licenças de operação da unidade industrial e de transporte de carga perigosa dos fornecedores
e subfornecedores.

12 Inspeção
12.1 Geral

12.1.1 A inspeção compreende a execução de todos os ensaios de recebimento, sendo que o ensaio
de tipo de densidade de massa básica e o ensaio de tipo de resistência à flexão devem ser realizados
somente quando exigidos pelo comprador.

12.1.2 O fornecedor deve dispor de pessoal e aparelhagem, próprios ou contratados, necessários


à execução dos ensaios (em caso de contratação, deve haver aprovação prévia do comprador).

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12.1.3 O comprador se reserva o direito de enviar inspetor devidamente credenciado, com o objetivo
de acompanhar qualquer etapa de fabricação e, em especial, presenciar os ensaios, devendo
o fornecedor garantir ao inspetor do comprador livre acesso a laboratórios e a locais de fabricação
e de acondicionamento.

12.1.4 O fornecedor deve assegurar ao inspetor do comprador o direito de se familiarizar, em deta-


lhes, com as instalações e os equipamentos a serem utilizados, estudar as instruções e desenhos,
verificar calibrações, presenciar os ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar nova
inspeção e exigir a repetição de qualquer ensaio.

12.1.5 A inspeção deve ser solicitada pelo fornecedor, junto ao comprador, com antecedência mínima
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de sete dias úteis, no caso de inspeção no Brasil, e de 30 dias úteis, no caso de inspeção no exterior,
em relação à data prevista para o início da inspeção.

12.1.6 O fornecedor deve apresentar ao inspetor do comprador certificados de calibração dos ins-
trumentos de seu laboratório ou do contratado a serem utilizados na inspeção, medições e ensaios
do material ofertado, emitidos por órgão homologado pelo INMETRO, ou por organização oficial similar
em outros países. A periodicidade máxima dessa calibração deve ser de um ano, podendo acarretar
a desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa exigência. Períodos diferentes do especifi-
cado podem ser aceitos, mediante acordo prévio entre o comprador e o fornecedor.

Os certificados de calibração devem conter, preferencialmente, as seguintes informações:

a) descrição do instrumento calibrado;

b) procedimento adotado para calibração;

c) padrões rastreáveis;

d) resultados da calibração e incerteza de medição;

e) data da realização da calibração e data prevista para a próxima calibração;

f) identificação do laboratório responsável pela calibração;

g) nomes legíveis e assinaturas do executante da calibração e do responsável pelo laboratório


de calibração.

12.1.7 Todas as normas técnicas, especificações e desenhos citados como referência devem estar
à disposição do inspetor do comprador, no local da inspeção.

12.1.8 Devem estar à disposição do inspetor do comprador, no local da inspeção, cópias autentica-
das dos registros, junto ao Ibama, dos produtos preservativos utilizados, bem como as notas fiscais
referentes às aquisições desses produtos realizadas pelo fornecedor, para preservação do lote sob
inspeção.

12.1.9 Os subfornecedores devem ser cadastrados pelo fornecedor sendo este o único responsável
pelo controle daqueles, devendo ser assegurado ao comprador o acesso à documentação de avalia-
ção técnica referente a este cadastro.

12.1.10 A aceitação do lote e/ou a dispensa de execução de qualquer ensaio:

a) não eximem o fornecedor da responsabilidade de entregar o material de acordo com os requisitos


desta Norma;

b) não invalidam qualquer reclamação posterior do comprador a respeito da qualidade do material


e/ou da fabricação.

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Em tais casos, mesmo após ter saído da fábrica, o lote pode ser inspecionado e submetido a ensaios,
com prévia notificação ao fornecedor e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer
discrepância em relação às exigências desta Norma, o lote pode ser rejeitado e sua reposição será
por conta do fornecedor.

12.1.11 A rejeição do lote, em virtude de falhas constatadas nos ensaios, não dispensa o fornecedor
de cumprir as datas de entrega prometidas. Se, na opinião do comprador, a rejeição tornar impraticá-
vel a entrega do material nas datas previstas, ou se tornar evidente que o fornecedor não será capaz
de satisfazer as exigências estabelecidas nesta Norma, o comprador se reserva o direito de rescindir
todas as suas obrigações e de obter o material de outro fornecedor. Em tais casos, o fornecedor será
considerado infrator do contrato e estará sujeito às penalidades aplicáveis.
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12.1.12 Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito, devem ser substituí-
das por unidades novas e perfeitas, por conta do fornecedor, sem ônus para o comprador, sendo que
tais unidades devem corresponder aos valores indicados na coluna "Ac" da Tabela D.2. A mesma exi-
gência aplica-se às unidades rejeitadas no ensaio de teor de umidade, pertencentes a um lote aceito,
devendo ser observadas as condições do Anexo C.

12.1.13 O custo dos ensaios de rotina deve ser por conta do fornecedor.

12.1.14 O comprador se reserva o direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já aprovados.


Nesse caso, as despesas serão de responsabilidade:

a) do comprador, se as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção;

b) do fornecedor, em caso contrário.

12.1.15 Os custos da visita do inspetor do comprador (locomoção, hospedagem, alimentação, homem-


hora e administrativos) devem correr por conta do fornecedor nos seguintes casos:

a) se o material estiver incompleto na data indicada na solicitação de inspeção;

b) se o laboratório de ensaio não atender às exigências de 12.1.2, 12.1.6, 12.1.7 e 12.1.8;

c) se o material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou inspeção final em


subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em localidade diferente da sede do fornecedor;

d) devido à reinspeção do material por motivo de recusa nos ensaios.

12.2 Ensaios de recebimento

12.2.1 Geral

Os ensaios de recebimento compreendem, sequencialmente:

a) ensaios de tipo de densidade de massa básica, conforme Anexo G, e de resistência à flexão,


conforme Anexo H;

b) ensaios de rotina, antes do tratamento preservativo:

— inspeção visual;

— inspeção das dimensões e da furação;

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— resistência à flexão, conforme Anexo H;

— verificação do teor de umidade;

c) ensaios de rotina, após o tratamento preservativo:

— penetração;

— retenção;

d) ensaio especial para solução preservativa.


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12.2.2 Ensaio de tipo de densidade de massa básica

12.2.2.1 O ensaio de tipo de densidade de massa básica tem por finalidade caracterizar novas espé-
cies, híbridos ou clones de eucalipto, e determinar sua adequação para uso como postes, devendo ser
realizado conforme procedimento descrito no Anexo H.

12.2.2.2 O tamanho da amostra para efetuar este ensaio é de no mínimo 50 postes para cada lote
com mais de 500 unidades. Caso o lote seja igual ou inferior a 500 unidades, deve-se utilizar um plano
de amostragem com a seguinte especificação, conforme a ABNT NBR 5426:

— regime normal de inspeção;

— amostragem simples;

— nível geral de inspeção II;

— nível de qualidade aceitável (NQA) = 4 %.

12.2.2.3 As amostras retiradas no campo devem ser acondicionadas em papel-alumínio.

12.2.2.4 O valor médio da densidade de massa básica deve ser utilizado para determinar a classe
de densidade de massa básica e, portanto, a resistência à flexão estática e o módulo de elasticidade
à flexão estática do poste, conforme 6.1.

12.2.2.5 Entretanto, o coeficiente de variação da amostra deve ser igual ou inferior a 15 %. Caso
o coeficiente de variação seja superior a 15 %, o lote analisado pode ser enquadrado na classe
de densidade de massa básica imediatamente inferior, a critério do comprador.

12.2.3 Ensaios de rotina antes do tratamento preservativo

12.2.3.1 Inspeção visual

Após a secagem dos postes, deve ser feita uma inspeção visual com o objetivo de verificar:

a) forma e defeitos, conforme Anexo A e 6.12, respectivamente;

b) furos, chanfros ou biséis e entalhes, conforme 6.9;

c) acabamento e dispositivo antirracha, conforme 6.10;

d) identificação do poste, conforme Seção 7.

A não conformidade do poste com qualquer um dos requisitos acima determinará a sua rejeição.

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12.2.3.2 Inspeção das dimensões e da furação

Após a secagem dos postes, devem ser verificadas as dimensões e a furação (quando existente),
de acordo com o Anexo A.

A não conformidade do poste com os requisitos dimensionais e de furação determinará a sua rejeição.

12.2.3.3 Ensaio de flexão (rotina) antes do tratamento preservativo

Os postes devem ser ensaiados conforme Anexo I. O plano de amostragem está definido na Tabela D.2.
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12.2.3.4 Verificação do teor de umidade, antes do tratamento preservativo

Deve ser verificado o teor de umidade dos postes e contrapostes, antes do tratamento preservativo.
O teor de umidade deve ser igual ou inferior a 30 % na porção permeável. O teor de umidade pode
ser verificado pelo processo de perda de massa pela secagem de baquetas em estufa, ou por meio de
medidor tipo resistência elétrica. Nesse caso, o teor de umidade deve ser a média de três medições
efetuadas em pontos distanciados um do outro em pelo menos 1 m e defasados em 120° entre si.
A leitura deve ser corrigida para cada espécie de madeira e temperatura, conforme ASTM D 4444.
A umidade deve ser medida sempre na região mais profunda do alburno e não na superfície ou outra
região. O plano de amostragem está definido na Tabela D.1.

NOTA Recomenda-se que sejam separados os postes que possuam valores de teor de umidade próximos, sem
grande gradiente de umidade, para se obter melhor homogeneidade no tratamento preservativo. Para verificação
desse gradiente, possibilitando subsidiar a separação de lotes com a mesma umidade (ou próximas) para tratamento,
sugere-se a utilização do método da variabilidade desconhecida. O plano de amostragem e o método estão descritos
no Anexo C.

12.2.4 Ensaios de rotina após o tratamento preservativo

12.2.4.1 Geral

Todos os orifícios resultantes da retirada de baquetas devem ser fechados com batoques de madeira
de alta permeabilidade, tratados com óleo creosoto, CA-B, CCA - tipo C ou CCB.

12.2.4.2 Penetração

Os postes devem satisfazer as exigências de penetração previstas em 6.11.3. O ensaio de penetração


dos produtos preservativos pode ser feito em seções transversais recém-cortadas ou baquetas retira-
das perpendicularmente à direção das fibras, com trado amostrador especial, na zona crítica do poste.
Sua determinação pode ser realizada com auxílio de reações colorimétricas, conforme determina
a ABNT NBR 6232.

Nos postes tratados com óleo creosoto, a penetração deve ser registrada imediatamente após o corte
da seção transversal ou extração da baqueta, para evitar a migração do preservativo para as zonas
não impregnadas.

NOTA O ensaio de penetração pode ser realizado nas mesmas baquetas que serão utilizadas no ensaio
de retenção (ver 12.2.4.3).

A não conformidade do poste com os requisitos de penetração e de retenção do produto preservativo


na madeira determinará a sua rejeição.

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12.2.4.3 Retenção

Os postes devem satisfazer os valores de retenção estabelecidos em 6.11.4 e atender às seguintes


exigências:

a) os ensaios de retenção devem ser realizados conforme a ABNT NBR 6232;

b) as análises devem ser efetuadas individualmente para cada poste da amostra;

c) as baguetas para análise, com forma cilíndrica bem definida, devem ser retiradas na zona crítica
e de toda a circunferência do poste, devem conter o alburno tratado e não podem conter cerne,
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bem como devem ter comprimento de no mínimo 30 mm. As baguetas coletadas para análise em
laboratório não podem conter cerne;

d) a quantidade de material a ser colhida de cada poste deve ser de:

— 5,5 g para tratamento com CA-B, CCA - tipo C e CCB;

— 8 g para tratamento com óleo creosoto;

— as baquetas de cada poste devem ser embrulhadas com papel-alumínio e etiquetadas


adequadamente.

12.2.4.4 Ensaio de tipo de resistência à flexão

O ensaio de tipo de resistência à flexão deve ser realizado quando exigido pelo comprador no Edital
de Licitação, de acordo com a metodologia apresentada no Anexo H.

12.2.4.5 Ensaio especial para solução preservativa

12.2.4.5.1 A solução preservativa utilizada no tratamento do lote deve satisfazer as exigências


de concentração e balanceamento dos ingredientes ativos, definidos no Anexo F. A análise química
deve ser feita conforme determina a ABNT NBR 6232.

NOTA O controle da solução preservativa é recomendado para garantir a qualidade do tratamento


preservativo e, consequentemente, a durabilidade dos postes. No caso dos produtos hidrossolúveis, CA-B, CCA
- tipo C e CCB, o controle da solução preservativa visa também garantir a correta fixação dos ingredientes ativos
na madeira.

12.2.4.5.2 As seguintes instruções gerais para coleta de solução preservativa devem ser atendidas:

a) para CA-B, CCA - tipo C e CCB: coletar aproximadamente 100 ml da solução preservativa, logo
após o seu retorno da autoclave para o tanque de armazenamento, pois o regime turbulento
garante a homogeneidade da amostra. Transferir a solução para um frasco de polietileno adequado;

b) para o óleo creosoto: coletar aproximadamente 1 L do produto, sempre após a sua retirada da
autoclave, durante um tratamento qualquer. O procedimento abaixo é recomendado para a coleta
da amostra:

— amarrar um recipiente de vidro com capacidade de no mínimo 1 L a uma haste de comprimento


tal que permita o acesso do frasco ao fundo do tanque de estocagem;

— tampar o frasco de vidro com uma rolha presa a um arame;

— introduzir o frasco tampado no tanque até atingir o fundo;

— neste instante, destampar o frasco, puxando o arame preso à rolha;

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— retirar o frasco lentamente com uma velocidade tal que ele chegue à superfície quase intei-
ramente cheio;

— transferir a amostra para um frasco de polietileno de 1 L.

12.3 Relatório dos ensaios


12.3.1 O relatório deve ser providenciado pelo fornecedor e conter no mínimo as seguintes informações:

a) nome e/ou marca comercial do fabricante;

b) número do pedido de compra;


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c) mês e ano da preservação dos postes;

d) descrição do tipo de eucalipto pertencente a cada lote (espécie, híbrido ou clone);

e) descrição do preservativo utilizado, mencionando a composição e a procedência, confirmadas


pelas cópias do registro válido junto ao Ibama e notas fiscais de aquisição do produto junto ao
respectivo fornecedor;

f) descrição sucinta dos ensaios;

g) condições ambientes do local de ensaio

h) indicação de normas técnicas, dispositivos e esquemas dos ensaios;

i) memórias de cálculo, com os resultados obtidos e eventuais observações;

j) tamanho do lote, número e identificação das unidades amostradas e ensaiadas;

k) datas de início e término dos ensaios e data de emissão do relatório;

l) nome do laboratório onde os ensaios foram executados;

m) nomes legíveis e assinaturas do inspetor do comprador e do responsável pelos ensaios.

12.3.2 Devem ser fornecidos relatórios separados para postes de características diferentes, mesmo
quando fornecidos através do mesmo pedido de compra.

12.3.3 O inspetor do comprador deve liberar o material somente após receber três vias do relatório
dos ensaios e três vias da lista de embarque e após a verificação da embalagem e sua marcação.

13 Planos de amostragem
13.1 Os planos de amostragem para os ensaios de rotina de inspeção visual, verificação dimensional
e furação, umidade, penetração e retenção estão definidos na Tabela D.1, elaborados de acordo com
as ABNT NBR 5426 e ISO 2859-1.

13.2 Os planos de amostragem para os ensaios de rotina de resistência à flexão (verificação da fle-
cha, resistência à ruptura e resistência nominal) estão definidos na Tabela D.2, também elaborados
de acordo com as ABNT NBR 5426 e ISO 2859-1.

13.3 A comutação do regime de inspeção, ou qualquer outra consideração adicional, deve atender
às recomendações da ABNT NBR 5426 ou ISO 2859-1.

13.4 A amostragem deve ser retirada do lote de modo não seletivo (ao acaso), independentemente
de sua qualidade e/ou aparência no lote avaliado.

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Anexo A
(normativo)

Dimensões e resistências mecânicas dos postes de madeira

100±2 50±2

100
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Cc1, Cc2 e Ce

400±4
100±2
R

Perímetro Cc1 e Cc2


50±2 100±2

ver detalhe
100±2
150±3
DETALHE
100±2

Notas

400±4
100±2

1- Identificação legível e indelével na seguinte ordem:

11 furos de Ø 19 ± 1
- Nome e/ou marca do fabricante
- Número de ordem da preservação
- Mês e ano da preservação
- Comprimento nominal, em metros
- Resistência nominal, em decanewtons
- Tipo de preservativo utilizado (CR, CCA, CCB, ACA)
- Código da espécie/tipo do eucalipto, representado por

Posição da identificação
três letras
200±3

2- Dimensões em milímetros, exceto onde especificada


outra unidade
3- As massas aproximadas mínima e máxima são informativas
L

e correspondem à menor e a maior densidades aceitas,


respectivamente, não sendo objeto de inspeção

RESISTÊNCIA MASSA APROX.


PERÍMETRO
L NOMINAL FLEXA kg DETALHE DA FURAÇÃO BÁSICA
e
m Rn MÁXIMA POSTES DE 9 m a 11 m
Cc1 Cc2 Ce MÍNIMA MÁXIMA
daN POSTES DE 9 m a 11 m
150 450 353 508 578 234 329
9 300 450 1 500 440 647 717 296 392
600 585 601 840 910 383 508
150 500 368 538 617 276 388
2 400

10 300 500 1 600 461 667 745 340 462


600 650 612 868 946 441 584
300 550 479 685 772 385 536
11 1 700
600 720 620 893 980 499 660
300 600 496 711 806 436 614
12 1 800
600 780 627 917 1 012 560 739
300 650 512 741 845 493 694
13 1 900
600 850 631 938 1 041 621 818
300 700 527 771 883 553 778
14 2 000
683
Perímetro Ce

600 910 635 957 1 069 899


ver detalhe

300 750 602 799 920 615 939


15 2 100
600 980 638 975 1 069 746 982
e

16 600 1 040 2 200 709 992 1 121 811 1 156


17 600 1 110 2 300 826 1 053 1 191 915 1 404
18 600 1 170 2 400 950 1195 1 341 1 097 1 684
19 600 1 240 2 500 1 084 1 346 1 500 1 303 2 000
20 600 1 300 2 600 1 226 1 505 1 668 1 532 2353

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Anexo B
(normativo)

Planos de amostragem para os ensaios de rotina de inspeção visual,


verificação dimensional e furação, umidade, penetração e retenção
Tabela B.1 – Classe 1D: Características geométricas dos postes de eucalipto,
no estado verde
Flecha
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La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 450 543 613
9 300 450 1 500 616 709 779
600 585 826 919 989
150 500 469 573 651
10 300 500 1 600 627 732 810
600 650 846 950 1 028
300 550 636 752 839
11 1 700
600 720 862 978 1 065
300 600 643 770 866
12 1 800
600 780 877 1 004 1 099
300 650 651 789 893
13 1 900
600 850 889 1 028 1 132
300 700 671 821 933
14 2 000
600 910 900 1 050 1 162
300 750 690 851 971
15 2 100
600 980 909 1 070 1 191
16 600 1 040 2 200 918 1 090 1 219
17 600 1 110 2 300 924 1 108 1 245
18 600 1 170 2 400 1024 1 219 1 365
19 600 1 240 2 500 1166 1 373 1 527
20 600 1 300 2 600 1318 1 535 1 698
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de150 daN e 300 daN, e a 6,5 %
do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste, expresso
em milímetros.

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Tabela B.2 – Classe 2D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 430 523 593
9 300 450 1 500 583 676 746
600 585 784 877 947
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150 500 450 554 633


10 300 500 1 600 592 697 775
600 650 802 906 984
300 550 600 716 803
11 1 700
600 720 817 932 1 019
300 600 606 733 828
12 1 800
600 780 830 957 1 052
300 650 625 764 867
13 1 900
600 850 841 979 1 083
300 700 644 794 906
14 2 000
600 910 850 1 000 1 112
300 750 662 823 944
15 2 100
600 980 858 1 019 1 140
16 600 1 040 2 200 865 1 037 1 166
17 600 1 110 2 300 880 1 063 1 201
18 600 1 170 2 400 1 011 1 206 1 352
19 600 1 240 2 500 1 152 1 358 1 513
20 600 1 300 2 600 1 302 1 519 1 682
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN,
e a 6,5 % do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste,
expresso em milímetros.

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Tabela B.3 – Classe 3D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde

Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 415 508 578
9 300 450 1 500 554 647 717
600 585 747 840 910
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150 500 434 538 617


10 300 500 1 600 563 667 745
600 650 764 868 946
300 550 569 685 772
11 1 700
600 720 778 893 980
300 600 584 711 806
12 1 800
600 780 790 917 1 012
300 650 603 741 845
13 1 900
600 850 799 938 1 041
300 700 622 771 883
14 2 000
600 910 807 957 1 069
300 750 639 799 920
15 2 100
600 980 814 975 1 096
16 600 1 040 2 200 820 992 1 121
17 600 1 110 2 300 870 1 053 1 191
18 600 1 170 2 400 1 000 1 195 1 341
19 600 1 240 2 500 1 139 1 346 1 500
20 600 1 300 2 600 1 288 1 505 1 668
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN, e a 6,5 %
do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste, expresso
em milímetros.

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Tabela B.4 – Classe 4D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 402 495 565
9 300 450 1 500 529 622 692
600 585 716 809 879
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150 500 420 524 602


10 300 500 1 600 536 641 719
600 650 731 835 914
300 550 545 660 747
11 1 700
600 720 743 859 946
300 600 565 692 787
12 1 800
600 780 754 881 976
300 650 584 722 826
13 1 900
600 850 763 901 1 005
300 700 601 751 863
14 2 000
600 910 770 919 1 032
300 750 628 789 910
15 2 100
600 980 776 937 1 058
16 600 1 040 2 200 781 953 1 082
17 600 1 110 2 300 861 1 044 1 182
18 600 1 170 2 400 990 1 185 1 331
19 600 1 240 2 500 1 128 1 334 1 489
20 600 1 300 2 600 1 275 1 492 1 655
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN, e a 6,5 %
do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste, expresso
em milímetros.

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Tabela B.5 – Classe 5D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 390 483 553
9 300 450 1 500 507 600 670
600 585 688 781 851
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150 500 407 512 590


10 300 500 1 600 513 618 696
600 650 702 806 885
300 550 529 645 731
11 1 700
600 720 713 829 916
300 600 548 675 771
12 1 800
600 780 723 850 945
300 650 567 705 808
13 1 900
600 850 731 869 973
300 700 583 733 845
14 2 000
600 910 737 886 999
300 750 622 783 904
15 2 100
600 980 742 903 1 024
16 600 1 040 2 200 745 918 1 047
17 600 1 110 2 300 852 1 036 1 173
18 600 1 170 2 400 981 1 175 1 321
19 600 1 240 2 500 1 118 1 324 1 478
20 600 1 300 2 600 1 264 1 481 1 644
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN,
e a 6,5 % do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste,
expresso em milímetros.

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Tabela B.6 – Classe 6D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 379 472 542
9 300 450 1 500 487 580 650
600 585 663 756 826
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150 500 396 500 579


10 300 500 1 600 494 599 677
600 650 676 780 859
300 550 515 630 717
11 1 700
600 720 686 802 889
300 600 534 661 756
12 1 800
600 780 695 822 917
300 650 551 689 793
13 1 900
600 850 702 840 944
300 700 567 717 829
14 2 000
600 910 708 857 970
300 750 616 777 898
15 2 100
600 980 712 873 994
16 600 1 040 2 200 726 898 1 027
17 600 1 110 2 300 845 1 028 1 166
18 600 1 170 2 400 972 1 167 1 313
19 600 1 240 2 500 1 108 1 314 1 469
20 600 1 300 2 600 1 253 1 470 1 633
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN, e a
6,5 % do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste,
expresso em milímetros.

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Tabela B.7 – Classe 7D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 370 463 532
9 300 450 1 500 469 562 632
600 585 640 733 803
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150 500 386 490 568


10 300 500 1 600 482 586 665
600 650 652 757 835
300 550 502 618 704
11 1 700
600 720 662 778 865
300 600 520 647 742
12 1 800
600 780 670 797 892
300 650 537 675 779
13 1 900
600 850 676 814 918
300 700 552 702 814
14 2 000
600 910 681 830 943
300 750 611 772 893
15 2 100
600 980 684 845 966
16 600 1 040 2 200 720 892 1 021
17 600 1 110 2 300 838 1 021 1 159
18 600 1 170 2 400 964 1 159 1 305
19 600 1 240 2 500 1 100 1 306 1 460
20 600 1 300 2 600 12 423 1 461 1 624
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN,
e a 6,5 % do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste,
expresso em milímetros.

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Tabela B.8 – Classe 8D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 361 454 524
9 300 450 1 500 453 546 616
600 585 620 713 783
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150 500 376 481 559


10 300 500 1 600 471 575 654
600 650 631 736 814
300 550 490 606 692
11 1 700
600 720 640 756 843
300 600 508 635 730
12 1 800
600 780 648 775 870
300 650 524 662 766
13 1 900
600 850 653 791 895
300 700 539 689 801
14 2 000
600 910 657 807 919
300 750 606 767 888
15 2 100
600 980 660 821 942
16 600 1 040 2 200 714 887 1 016
17 600 1 110 2 300 832 1 015 1 153
18 600 1 170 2 400 957 1 152 1 298
19 600 1 240 2 500 1 091 1 298 1 452
20 600 1 300 2 600 1 234 1 452 1 615
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de 150 daN e 300 daN,
e a 6,5 % do comprimento nominal para postes de 600 daN, expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste,
expresso em milímetros.

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Tabela B.9 – Classe 9D: Características geométricas dos postes de eucalipto,


no estado verde
Flecha
La Rn b ed Cc1 e Cc2 f Ce g
máxima c
m daN mm mm mm mm
mm
150 450 353 446 515
9 300 450 1 500 440 533 603
600 585 601 694 764
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150 500 368 472 550


10 300 500 1 600 461 565 643
600 650 612 716 795
300 550 479 595 682
11 1 700
600 720 620 736 822
300 600 496 623 719
12 1 800
600 780 627 753 849
300 650 512 650 754
13 1 900
600 850 631 770 873
300 700 527 676 788
14 2 000
600 910 635 784 896
300 750 602 762 883
15 2 100
600 980 638 798 919
16 600 1 040 2 200 709 881 1 011
17 600 1 110 2 300 826 1 009 1 147
18 600 1 170 2 400 950 1 145 1 291
19 600 1 240 2 500 1 084 1 290 1 445
20 600 1 300 2 600 1 226 1 443 1 607
a Comprimento nominal do poste, em metros.
b Resistência nominal do poste, em decanewtons (150 daN, 300 daN ou 600 daN).
c Corresponde a 5 % do comprimento nominal para postes de150 daN e 300 daN, e a 6,5 %
do comprimento nominal para postes de 600 daN, sendo expresso em milímetros.
d Comprimento de engastamento do poste, em milímetros.
e Perímetro mínimo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
f Perímetro máximo calculado a 100 mm do topo do poste, em milímetros.
g Perímetro calculado na linha de afloramento, a uma distância e da base do poste,
expresso em milímetros.

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Anexo C
(normativo)

Método de verificação do teor de umidade por variabilidade


desconhecida e plano de amostragem

Método da amplitude
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Fator de correção Porcentagem


Tamanho da máxima admissível
Tamanho do lote de defeituosos
amostra:
d*2 Ms d
maxgb=nc
(Nota 2)
Até 500 5 x 5 = 25 2,36 1,58
501 a 3 200 5 x 14 = 70 2,34 0,76
3 201 a 10 000 5 x 22 = 110 2,33 0,54
a m é o tamanho da subamostra.
b g é o número de subamostras.
c n é o tamanho da amostra.
d Porcentagem máxima admissível de defeituosos.

NOTA 1 Especificação do plano de amostragem, conforme a ABNT NBR 5429:

— inspeção por variáveis;

— regime de inspeção normal;

— variabilidade desconhecida;

— método da amplitude;

— limite de especificação unilateral superior;

— nível de inspeção II;

— nível de qualidade aceitável (NQA): 0,4 %.

NOTA 2 Qs é o índice de qualidade (calculado da amostra), sendo Qs determinado conforme apresentado


abaixo:

— para preservativos oleossolúveis:

Qs =
25 − X ' , sendo D=
R'
e R' =
∑R
D d *2 5

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— para preservativos hidrossolúveis:


30 − X '
Qs =
D

onde

X’ é o valor médio do teor de umidade da amostra;

D é a medida da dispersão;
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R’ é a amplitude de cada subamostra;

Ps é a porcentagem defeituosa, estimativa do lote.

Para a tomada de decisão seguir os seguintes passos:

— Com os valores de Qs e n, entrar na Tabela de estimativa da porcentagem defeituosa do lote


(Tabelas 27 a 34) da ABNT NBR 5429:1985 e obter Ps;

— Com os valores de NQA e n, entrar na Tabela 2 da ABNT NBR 5429:1985 e obter a porcentagem
máxima admissível Ms;

— Se Ps < Ms, o lote deve ser aceito. Caso contrário, deve ser rejeitado.

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Anexo D
(normativo)

Tabelas

Tabela D.1 – Planos de amostragem para os ensaios de rotina de inspeção visual,


verificação dimensional e furação, umidade, penetração e retenção
Inspeção visual,
Umidade, penetração e retenção
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verificação dimensional e furação


Amostragem dupla Amostragem dupla
Tamanho do Nível de inspeção II Nível de inspeção I
lote NQA c 4% NQA c 4%
Regime de inspeção normal Regime de inspeção normal
Amostra Amostra
Ac a Re b Ac Re
Sequência Tamanho Sequência Tamanho
Até 25 – 3 0 1
1ª 8 0 2 – 3 0 1
26 a 90
2ª 8 1 2
1ª 13 0 3
91 a 150
2ª 13 3 4 1ª 8 0 2
1ª 20 1 4 2ª 8 1 2
151 a 280
2ª 20 4 5
1ª 32 2 5 1ª 13 0 3
281 a 500
2ª 32 6 7 2ª 13 3 4
1ª 50 3 7 1ª 20 1 4
501 a 1 200
2ª 50 8 9 2ª 20 4 5
1ª 80 5 9 1ª 32 2 5
1 201 a 3 200
2ª 80 12 13 2ª 32 6 7
1ª 125 7 11 1ª 50 3 7
3 201 a 10 000
2ª 125 18 19 2ª 50 8 9
NOTA 1 Plano de amostragem para inspeção por atributos, regime de inspeção normal, conforme
a ABNT NBR 5426 ou ISO 2859-1.
NOTA 2 Procedimento para a amostragem dupla: ensaiar a primeira amostra. Se o número de unidades
defeituosas estiver entre Ac e Re (excluindo esses dois valores), ensaiar a segunda amostra. O número
total de unidades defeituosas, depois de ensaiadas as duas amostras, deve ser igual ou inferior ao maior
Ac especificado, para permitir a aceitação do lote
a Ac - número de aceitação: número máximo de unidades defeituosas que permite a aceitação do lote.
b Re - número de rejeição: número mínimo de unidades defeituosas que implicar a rejeição do lote.
c NQA - nível de qualidade aceitável.

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Tabela D.2 – Plano de amostragem para os ensaios de rotina de resistência à flexão


(verificação da flecha, resistência à ruptura e resistência nominal)
Regime de inspeção: atenuado
Amostragem simples
Tamanho do lote Nível de inspeção I
Nível de qualidade aceitável (NQA) 6,5 %
Amostra Ac Re
Até 25 2 0 1
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26 a 150 3 0 2
151 a 280 5 1 3
281 a 500 8 1 4
501 a 1 200 13 2 5
1 201 a 3 200 20 3 6
3 201 a 10 000 32 5 8
NOTA Especificação do plano de amostragem conforme a ABNT NBR 5426
ou ISO 2859-1.

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Anexo E
(normativo)

Figuras

1) Simples
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A Cmax
B
e

2) Dupla

B
A

Legenda

e = comprimento do engastamento.

Condições para aceitação:

a) para curvatura simples: Cmáx (curvatura máxima) deve ser igual ou inferior a 1,4 cm para cada
metro de distância entre os pontos A e B;

b) para curvatura dupla: a reta que passa por A e B não pode ultrapassar a superfície do poste.

Figura E.1 – Curvaturas do poste

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a) Eixos de referência paralelos


Ds d

Eixo acima da S/2


sinuosidade Eixo abaixo da
S
sinuosidade

b) Eixos de referência coincidentes


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Ds d

Eixo do poste
S/2
S

c) Eixos de referência não paralelos

Ds d

Eixo acima da
S/2
sinuosidade
S

S mínimo = 1,5 m Admissível = d < Ds/2

Legenda

S é o comprimento do trecho onde existe sinuosidade


Ds é o diâmetro da seção média das partes sinuosas
D é o desvio entre eixos

Condições para aceitação:

A sinuosidade é considerada aceitável se ocorrerem, simultaneamente, S > 1,5 m e d < Ds/2.

Figura E.2 – Sinuosidade do poste

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1 1 2 3
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4 5 6 7

8 9 10 10

Figura E.3 – Grau de severidade de rachas (fendas) nas regiões do topo e base

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1 6
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2 7

3 8

4 8

5 8

Figura E.4 – Grau de severidade de rachas (fendas) no corpo do poste

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Ângulo maior que 90°


Até 10 % D e menor que 270°

At
é
90
%
D

Até 5% D
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Legenda

D é o diâmetro do topo ou da base


Profundidade máxima permitida: 5 cm

Figura E.5 – Racha anelar na base e no topo do poste

Comprimento Soma dos diâmetros (D) em


D máximo
nominal qualquer trecho de 30 cm,
cm desprezados D ≤ 1,5 cm
m
≤ 14 8,5 20 cm
> 14 13 25 cm

NOTA Protuberância ou nó fechado não constituem defeitos. O alburno do nó (ou orifício de nó) deve ser
considerado na medição do seu diâmetro (D).

Figura E.6 – Nós ou orifícios nos postes

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uma volta
completa

Torção máxima em uma volta


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Comprimento nominal H
H < 10 10 ≤ H ≤ 14 H > 14
m
G (m) 3 4 6

Figura E.7 – Grã inclinada no poste

chanfro
ângulo = 15°

A furação deve ser realizada antes do chanfro, evitando que eventualmente os furos fiquem próximos
ou sobre as fendas longitudinais.
Figura E.8 – Chanfro no topo do poste

Espessura mínima
1,25 mm

15 mm (mínimo)

Figura E.9 – Placas antirracha

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5 ≤ A ≤ 10 cm

B ≤ 2 cm
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Legenda

A = largura da lateral da cobertura


B = diferença entre o diâmetro da cobertura e o diâmetro do poste, resultando em uma folga entre a lateral da
cobertura e a face do poste

Figura E.10 – Cobertura de topo para postes

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Anexo F
(normativo)

Produtos preservativos para postes de madeira

F.1 CA–B – Cobre e azol


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O produto preservativo CA-B deve conter cobre e tebuconazole formulados com matérias-primas
de pureza mínima de 95 % em base anidra, de modo a fornecer os elementos químicos com a seguinte
composição:

a) cobre como Cu: 96,1 % (± 0,7 %);

b) azol como tebuconazole: 3,9 % (± 0,7 %).

A Tabela F.1 apresenta os limites para balanceamento dos ingredientes ativos na solução preservativa
do produto CA-B do tipo B, baseados na AWPA P5.

Tabela F.1 – Limites de balanceamento dos ingredientes ativos


Mínimo Máximo
Ingrediente ativo
% %
CuO 95,4 96,8
Tebuconazole 3,2 4,6

F.2 CCA tipo C (arseniato de cobre cromatado)


O CCA tipo C (ou a solução preservativa) deve ser formulado com matérias-primas de purezas
superiores a 95 %, base anidra, de modo a fornecer os elementos químicos cromo (Cr), cobre (Cu)
e arsênio (As), com a seguinte composição:

a) cromo, hexavalente, calculado como CrO3 : 47,5 %;

b) cobre, calculado como CuO : 18,5 %;

c) arsênio, calculado como As2O5: 34,0 %.

A Tabela F.2 apresenta os limites para balanceamento dos ingredientes ativos do produto preservativo
CCA tipo C, e sua solução de tratamento, baseados na AWPA P5.

Tabela F.2 – Limites para balanceamento dos ingredientes ativos do preservativo CCA

Mínimo Máximo
Ingrediente ativo
% %
CuO 17 21
CrO3 44,5 50,5
As2O5 30 38

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F.3 CCB (base óxido ou salina)


O CCB, base óxido ou salina (ou a solução preservativa) deve ser formulado com matérias-primas
de purezas superiores a 95 %, base anidra, de modo a fornecer os elementos químicos cromo (Cr),
cobre (Cu) e boro (B), com a seguinte composição:
a) cromo hexavalente, calculado como CrO3: 63,5 %;
b) cobre calculado como CuO: 26,0 %;
c) boro, calculado como B : 10,0 %.
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A Tabela F.3 apresenta os limites para balanceamento dos ingredientes ativos do produto preservativo
CCB e sua solução de tratamento.

Tabela F.3 – Limites dos ingredientes ativos do preservativo CCB


Mínimo Máximo
Ingrediente ativo
% %
CuO 24,7 27,3
CrO3 60,3 66,7
Boro 10,0 11,0

NOTA CCB base óxido se caracteriza pela reação completa com a madeira sem a formação de produtos
secundários de reação, após o período de fixação. No CCB base salina pode ser observada a presença
de produtos secundários de reação após o período de fixação de seus componentes.

F.4 Óleo creosoto (CR)


O óleo creosoto deve ser um destilado obtido integralmente de alcatrão produzido pela carbonização
da hulha. O óleo creosoto deve ser fornecido isento de cristais e resíduos causadores de exsudação
residual na superfície do poste.
As especificações do creosoto novo e do creosoto já em uso nas operações de preservação devem
estar de acordo com a Tabela F.4 (ver AWPA P2).

Tabela F.4 – Especificações do creosoto


Creosoto novo Creosoto em uso
Característica
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Água (%) em volume – 1,5 – 3,0
Material insolúvel em xileno (%) em peso – 3,5 – 4,5
Densidade relativa a 38 °C, comparado à água a 15,5 °C:
- creosoto total 1,080 1,130 1,080 1,130
- sobre o material destilado entre 235 °C e 315 °C 1,025 – 1,025 –
- sobre o material destilado entre 315 °C e 355 °C 1,085 – 1,085 –
Destilação: as percentagens destiladas, calculadas em peso
e com exclusão de água:
- até 210°C (%) – 5,0 – 5,0
- até 235°C (%) – 25,0 – 25,0
- até 315°C (%) 32,0 – 32,0 –
- até 355°C (%) 52,0 – 52,0 –

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Anexo G
(normativo)

Ensaio de tipo de determinação da densidade de massa básica dos


postes de madeira – Método de ensaio
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G.1 Geral
G.1.1 Este método de ensaio estabelece os procedimentos para a obtenção, preparação e acon-
dicionamento de corpos de prova e para a determinação do teor de umidade e densidade de massa
básica dos postes de madeira.

G.1.2 O método especificado para a determinação do teor de umidade e densidade de massa


básica dos discos de madeira retirados dos postes de madeira, bem como os cálculos apresentados,
devem ser usados para determinar a conformidade dos produtos aos requisitos desta Norma.

G.2 Obtenção e preparação de corpos de prova para ensaios

G.2.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária para a obtenção, preparação e acondicionamento de corpos de prova para


ensaios é descrita a seguir:

a) giz de cera azul ou preto;

b) escala milimétrica com 500 mm de comprimento;

c) serra circular com dentes de metal duro, com guia.

G.2.2 Procedimento

G.2.2.1 Amostragem

Amostrar, aleatoriamente, postes de madeira do lote ou do talhão a ser avaliado conforme 11.2.2.
Retirar da base de cada poste um disco com espessura de aproximadamente 25 mm.

G.2.2.2 Corpos de prova

De cada disco, retirar três corpos de prova para a determinação do teor de umidade e três para
a determinação da densidade de massa básica, conforme a Figura G.1.

G.2.2.3 Preparação dos corpos de prova

Os ensaios de teor de umidade e densidade de massa básica devem ser realizados simultaneamente.

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G.3 Métodos de ensaio

G.3.1 Determinação do teor de umidade


G.3.1.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:

a) balança com resolução de 0,01 g;

b) estufa com ventilação forçada e termostato regulador;


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c) dessecador.

G.3.1.2 Corpos de prova

A obtenção e a preparação dos corpos de prova devem ser conforme G.2.2.2.

G.3.1.3 Procedimento

G.3.1.3.1 Determinação da massa inicial

A massa inicial dos corpos de prova deve ser determinada com resolução correspondente à milésima
parte da massa seca em estufa. Para corpos de prova com massa não inferior a 20 g, utilizar balança
com resolução de 0,01 g.

G.3.1.3.2 Secagem

Colocar os corpos de prova em estufa e manter a temperatura de (103 ± 2) °C até obter-se massa
constante. Considera-se massa constante se, após duas determinações realizadas em um período
de 4 h na estufa, a diferença entre elas for inferior a 0,2 %.

G.3.1.3.3 Determinação da massa seca

Logo após a retirada dos corpos de prova da estufa, resfriá-los em dessecador. Após os corpos de pro-
va terem esfriado, pesá-los individualmente, com resolução de 0,01 g, registrando-se a massa seca,
se for atendida a condição definida em G.3.1.3.2.

G.3.1.4 Cálculos

G.3.1.4.1 Teor de umidade do setor circular

Calcular o teor de umidade de cada setor circular, incluindo alburno e cerne, utilizando a seguinte
equação:

Mi − M0
Hi = × 100
M0

onde

Hi é o teor de umidade do corpo de prova, expresso em porcentagem (%);

Mi é a massa do corpo de prova no instante do ensaio, expresso em gramas (g);

M0 é a massa do corpo de prova seco em estufa à temperatura de (103 ± 2) °C, expresso em


gramas (g).

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G.3.1.4.2 Teor de umidade do disco

O teor de umidade do disco deve ser considerado como sendo a média aritmética dos três resultados
obtidos dos respectivos setores circulares (corpos de prova), conforme Figura G.1.

G.3.2 Determinação da densidade de massa básica

G.3.2.1 Aparelhagem

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a descrita a seguir:


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a) balança com resolução de 0,01 g;

b) estufa com ventilação forçada e termostato regulador;

c) dessecador;

d) pórtico de reação, conforme Figura G.2.

G.3.2.2 Corpos de prova

A obtenção e a preparação dos corpos de prova devem ser conforme G.2.2.1.

G.3.2.3 Procedimento

G.3.2.3.1 Determinação do volume inicial

O volume inicial dos corpos de prova deve ser obtido pelo método de empuxo apresentado
na Figura G.2. Para corpos de prova com volume inicial não inferior a 20 000 mm3, utilizar balança com
resolução de 0,01 g. Mais detalhes sobre este método são apresentados na ASTM D2395, método B.

O empuxo exercido pela água corresponde ao volume do corpo de prova, considerando-se a densi-
dade da água de 1 000 kg/m3.

G.3.2.3.2 Secagem

Colocar os corpos de prova em estufa e manter a temperatura de (103 ± 2) °C até obter-se massa
constante. Considera-se massa constante se, após duas determinações realizadas em um período
de 4 h na estufa, a diferença entre elas for inferior a 0,2 %.

G.3.2.3.3 Determinação da massa seca

Logo após a retirada dos corpos de prova da estufa, resfriá-los em dessecador. Após os corpos
de prova terem esfriado, pesá-los individualmente, com resolução de 0,01 g, registrando-se a massa
seca, se for atendida a condição de G.3.1.3.2.

G.3.2.4 Cálculos

G.3.2.4.1 Densidade de massa – Massa seca e volume na condição de ensaio

No cálculo da densidade de massa, deve ser utilizada a seguinte equação:

M0
DHi =
VHi

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onde

DHi é a densidade de massa;

M0 é a massa do corpo de prova seco em estufa à temperatura de (103 ± 2) °C;

VHi é o volume da amostra com o teor de umidade correspondente a H i, cujo valor corresponde
ao empuxo exercido pela água e é transmitido à balança.

G.3.2.4.2 Densidade de massa básica

Determinar a densidade de massa básica D b utilizando-se os seguintes critérios:


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a) Se H i ≥ PSF, a densidade de massa básica deve ser dada por:

M0
Db =
VHi
b) Se H i < PSF, a densidade de massa básica deve ser dada por:
1000 ⋅ D Hi
Db =
⎛ PSF Hi ⎞
1000 + 0,01⋅ D Hi ⎜ 2
− 2 ⎟
⎝ 0,000172 ⋅ PSF − 0,011179 ⋅ PSF + 1,297 0,000172 ⋅ H i − 0,011179 ⋅ H i + 1,297⎠

onde

D Hi é a densidade de massa;
PSF é o ponto de saturação das fibras;
Hi é o teor de umidade do corpo de prova, abaixo de 30 %.
A densidade de massa básica do disco, representando um poste, deve ser tomada como o resultado
médio dos três setores circulares (D b,i).
Adotar 30 %, quando não for conhecido o PSF da espécie.
A densidade de massa básica do lote deve ser avaliada em função do número de discos ensaiados
e expressa pelos seguintes parâmetros:
a) média (D b, μ):
N
∑ D b,i
D b,μ = i =1
N

b) coeficiente de variação (CV):


N

100
∑ (D b,i− D b,μ )2
CV = i =1
Db,μ N −1
onde

D b,i é a densidade de massa básica do disco de número i ;

N é o número de discos ensaiados.

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O resultado médio deve ser expresso em múltiplo de 1 kg/m3.

e
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e = ESPESSURA: 25 mm
TEOR DE UMIDADE

DENSIDADE DE MASSA BÁSICA

Figura G.1 – Esquema para a retirada dos corpos de prova para os ensaios de teor de
umidade e densidade de massa básica

Recipiente

Água Pesos
Amostra

Figura G.2 – Esquema do dispositivo usado para medir volume do corpo de prova pelo
método de empuxo

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Anexo H
(normativo)

Ensaio de tipo de resistência à flexão de postes de


madeira – Método de ensaio
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H.1 Geral
H.1.1 Este método de ensaio estabelece o procedimento utilizado para o ensaio de resistência
à flexão de postes de madeira. As normas citadas contêm disposições que, ao serem citadas neste
Anexo, constituem prescrições para esta Norma.

H.1.2 O método especificado para a determinação da resistência à flexão (rigidez) dos postes
de madeira, bem como os cálculos apresentados, devem ser usados para determinar a conformidade
dos produtos aos requisitos desta Norma.

H.2 Dispositivo para ensaio


O dispositivo para ensaio deve atender aos requisitos apresentados a seguir:

a) deve estar de acordo com a Figura H.1;

b) o ensaio de resistência à flexão de postes de madeira deve ser realizado com um carregamento
em balanço, conforme apresentado na Figura H.1;

c) o poste deve estar perfeitamente engastado no dispositivo 1 (Figura H.1), de modo a não se
registrar qualquer movimento significativo na base do poste. O comprimento de engastamento
varia com o comprimento nominal do poste, sendo calculado pela expressão:

e = 0,1 × L + 0,6

onde

e é o comprimento de engastamento, expresso em metros (m);

L é o comprimento nominal do poste, expresso em metros (m).

d) o suporte 7 da Figura H.1 deve ser colocado a cerca de 3/4 da distância da seção de engastamento
ao ponto de aplicação de carga, a fim de reduzir qualquer movimento vertical, bem como reduzir
qualquer esforço proveniente da massa do poste.

A construção do suporte citado na alínea c deve ser tal que qualquer atrito proveniente da deformação
do poste, quando este está sujeito à carga, não seja significativo na leitura da carga aplicada ao poste.

Deve ser utilizada uma escala A (Figura H.1), graduada em milímetros, para as medidas dos valores
de y, a qual serve igualmente de referência para a obtenção dos valores de x.

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H.3 Amostras para ensaio


H.3.1 A amostragem de postes deve ser definida conforme o critério da ABNT NBR 5426,
utilizando-se o nível de inspeção S4 e os seguintes níveis de qualidade aceitável (NQA):

a) NQA = 1 %, para resistência nominal;

b) NQA = 40 %, para resistência igual a três vezes a resistência nominal;

c) NQA = 40 %, para o critério de flecha máxima.

H.3.2 As amostras para ensaio devem ser constituídas por postes de madeira nas dimensões
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de uso, podendo ser tratadas ou não.

H.3.3 As amostras de postes devem estar na condição saturada, ou seja, com teor de umidade
acima de 25 %. Quando o teor de umidade estiver abaixo de 25 %, a base deve ser umedecida até
a região de engastamento, antes da realização do ensaio de flexão. Se após o processo de umedecimento
o teor de umidade do poste permanecer abaixo de 25 %, será necessário aplicar um fator de correção,
variável com o teor de umidade, nos resultados de flexão, conforme a Tabela H.1.

Tabela H.1 – Fator de correção

Teor de umidade a Fator de correção a ser aplicado


à resistência à flexão de postes com
% teor de umidade inferior a 25 % c
8 a 12 0,78
14 0,79
16 0,82
18 0,84
20 0,87
22 0,89
24 0,92
25 0,93
NOTA Esta tabela é aplicada somente aos ensaios de tipo de resistência mecânica,
de madeira verde. Para ensaio de rotina, ela não se aplica.
a O teor de umidade deve ser o correspondente a uma profundidade equivalente a 1/6
do diâmetro do poste. O motivo para esta restrição se deve ao fato de que o teor de
umidade dificilmente será uniforme em toda a seção transversal. Exemplo, se o diâmetro
for de 240 mm, a profundidade para a medição do teor de umidade deve ser de 40 mm.
b Os fatores de correção aqui apresentados correspondem aos valores aplicados
na Norma de peças roliças, porém sem alteração para teor de umidade abaixo de 12%.

H.4 Método de ensaio

H.4.1 Carga
A carga deve ser aplicada continuamente a 100 mm do topo do poste, até ocorrer a ruptura, de tal forma
que a velocidade de deformação seja constante e igual ao valor dado pela expressão:
h2
V = 10 ⋅ K ⋅
C

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onde

V é a velocidade do deslocamento, expresso em milímetros por minuto (mm/min);

h é a altura útil do poste, expressa em milímetros (mm);

C é a circunferência na seção de engastamento, em milímetros (mm);

K é a constante de valor igual a 0,00146.


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A medida das forças deve ser efetuada através de um dinamômetro ou dispositivo equivalente com erro
inferior a 5 % e cujo mostrador apresente indicador que permaneça no ponto de carga máxima após
a ruptura do corpo de prova.

H.4.2 Medida da flecha

A medida da flecha (x), conforme Figura H.1, no ponto de aplicação da carga, deve ser feita na
direção do esforço. Igualmente, deve ser medido o deslocamento do ponto de aplicação da carga (y)
em direção à base do poste, como resultado da deformação deste.

H.4.3 Cálculos

H.4.3.1 Cálculo de tensão de flexão

O limite de tensão da madeira à flexão na seção de engastamento deve ser calculado por meio
da expressão:

32π 2 × P × (h − y )
σeng =
C3

onde

σeng é o limite de tensão da madeira à flexão na seção de engastamento, expresso em


megapascal (Mpa);

P é a carga de ruptura, expressa em newtons (N);

h é a altura útil do poste, expressa em milímetros (mm);

y é o deslocamento, expresso em milímetros (mm), do ponto de aplicação de carga em


direção à base do poste, quando este está sujeito à carga P;

C é a circunferência na seção de engastamento, expressa em milímetros (mm).

Quando a ruptura ocorrer fora da seção de engastamento, o limite de resistência da madeira à flexão
na seção de ruptura deve ser calculado por meio da expressão:

32π 2 × P × (a − Δy )
σR =
Cr3

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onde

σR é o limite de resistência da madeira à flexão na seção de ruptura, expresso em megapascal


(Mpa);

a é a distância da seção de ruptura ao ponto de aplicação da carga, expressa em milímetros


(mm);

Cr é a circunferência na seção de ruptura, expressa em milímetros (mm);

Δy é o deslocamento, expresso em milímetros (mm), do ponto de aplicação de carga em direção


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à base do poste, corrigido até o ponto de ruptura, determinado por meio da expressão:

⎡ b 3⎤
Δy = y ⎢1 − ⎛⎜ ⎞⎟ ⎥
⎢⎣ ⎝ h⎠ ⎥⎦

onde b é a distância da seção do engastamento até o ponto de ruptura, expressa em milímetros (mm);

H.4.3.2 Módulo de elasticidade

O módulo de elasticidade da madeira deve ser calculado pela expressão:

64π3 × Pp × h3
EM =
3C 3 × c × Δ p
onde

EM é o módulo de elasticidade da madeira, expresso em megapascals (MPa);

Pp é a carga no trecho elástico linear, expressa em newtons (N), correspondente à flecha Δp;

h é a altura útil do poste, expressa em milímetros (mm);

C é a circunferência na seção de engastamento, expressa em milímetros (mm);

c é a circunferência no ponto de aplicação da carga, expressa em milímetros (mm);

Δp é a flecha, expressa em milímetros (mm), no ponto de aplicação da carga no trecho elástico


linear.

H.4.4 Ensaios complementares principais – Compulsórios

H.4.4.1 Fotografia

A seção de ruptura de cada poste deve ser fotografada ou ser adequadamente descrita, como parte
de um registro permanente dos resultados do ensaio.

H.4.4.2 Idade, taxa de crescimento e determinação da densidade de massa básica

Conforme a ASTM D1036, cortar dois discos com 25 mm de espessura e aproximadamente a 300 mm
da base do poste para a extremidade mais grossa.

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No primeiro disco, determinar a espessura do alburno, a idade e o número de anéis por unidade
de comprimento, quando possível.
No segundo disco, determinar o teor de umidade e a densidade de massa básica, conforme método
de ensaio do Anexo H. O teor de umidade também pode ser obtido utilizando-se um medidor elétrico
de umidade, conforme a ASTM D4444, devidamente calibrado para a espécie de madeira.
H
E A 5

4
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2
1 3
7 8

Hu

Legenda

1 - Dispositivo para engastamento do poste a ensaiar


2 - Berço de madeira para acomodação do poste (ver Figura H.2)
3 - Cunhas de madeira
4 - Seção de engastamento
5 - Trena
6 - Moitão
7 - Suporte
8 - Dinamômetro
9 - Dispositivo para tração
H - Comprimento total do poste
Hu - Comprimento útil
E - Comprimento de engastamento
A - Escala graduada em centímetros
y - Deslocamento do ponto de aplicação de carga em direção à base do poste, quando este está sujeito à carga
x - Flecha

Figura H.1 – Dispositivo para ensaio de resistência à flexão de postes de madeira

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m
c
1,5
R=
2
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20 cm

Figura H.2 – Berço de madeira para acomodação do poste

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Anexo I
(normativo)
Ensaio de rotina de resistência à flexão – Método de ensaio

I.1 Objetivo
Este método de ensaio é aplicável ao ensaio de rotina de resistência à flexão dos postes, abrangendo
as seguintes verificações:
a) verificação da resistência nominal;
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b) verificação da flecha;
c) verificação da resistência à ruptura.

I.2 Procedimento geral


Devem ser observadas as seguintes exigências:
a) para a realização de qualquer um dos ensaios de I.1, o poste deve estar rigidamente engastado
até uma distância e da base, onde:
e = 0,1 L + 0,60 (metros),
sendo L o comprimento nominal do poste, expresso em metros (m). Além disso, antes da realização
de qualquer ensaio que envolva medição de flecha, o engastamento deve ser previamente acomodado;

b) a aplicação e a retirada dos esforços devem sempre ser lentas e gradativas, devendo ser evitadas
variações bruscas do carregamento durante os ensaios;

c) a distância (d) do topo do poste ao plano de aplicação dos esforços reais, a ser utilizada nos
ensaios, deve ser de 100 mm.

I.3 Procedimentos específicos


I.3.1 Ensaio para verificação da flecha com a carga nominal
Com o poste engastado conforme a I.2, – a), aplicar a uma distância d do topo (plano de aplicação
dos esforços reais) o esforço Rn, correspondente à sua resistência nominal, durante 1 min, no mínimo,
para permitir a acomodação do engastamento.
Com o engastamento já acomodado, aplicar novamente o esforço Rn durante 5 min, no mínimo. Após
5 min, desde o início da aplicação de Rn, com o Rn ainda aplicado, a flecha lida no plano de aplicação
dos esforços reais não pode ser superior ao estabelecido em 5.6 – c).
O esforço Rn deve ser aplicado através de cinta ou cabo de aço preso no poste a uma distância d
do topo.

I.3.2 Ensaio para verificação da carga real de ruptura do poste


Após 5 min desde o início da aplicação de Rn, aplicar esforço crescente até atingir a resistência
de ruptura do poste (Rp), considerando que:
— o valor máximo lido no dinamômetro seja igual à carga real de ruptura do poste;
— esse valor deve ser superior a 3 vezes a carga nominal do poste.

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