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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 14448
Terceira edição
05.11.2013

Válida a partir de
05.12.2013

Óleos lubrificantes, produtos de petróleo e


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biodiesel — Determinação do número de acidez


pelo método de titulação potenciométrico
Lubricant oil, petroleum products and biodiesel — Determination of acid
number by potentiometric titration

ICS 75.080 ISBN 978-85-07-04595-3

Número de referência
ABNT NBR 14448:2013
22 páginas

© ABNT 2013
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Sumário Página

Prefácio ................................................................................................................................................v
0 Introdução .........................................................................................................................vii
0.1 Recomendações de saúde, meio ambiente e segurança (SMS) ..................................vii
0.2 Significado e uso..............................................................................................................vii
1 Escopo ...............................................................................................................................1
2 Referência normativa .........................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
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4 Resumo do método ...........................................................................................................2


5 Reagentes .........................................................................................................................3
6 Aparelhagem.......................................................................................................................4
6.1 Aparelhagem de titulação manual ....................................................................................4
6.2 Aparelhagem para titulação automática .........................................................................5
7 Sistema de eletrodos ........................................................................................................6
7.1 Preparação dos eletrodos .................................................................................................6
7.2 Ensaio dos eletrodos .........................................................................................................6
7.3 Manutenção e armazenamento de eletrodos ...................................................................6
8 Padronização da aparelhagem ..........................................................................................7
8.1 Determinação das leituras do medidor para soluções-tampão aquosas .....................7
8.2 Verificação dos eletrodos .................................................................................................7
9 Preparação da amostra de óleo usado ............................................................................7
10 Procedimento para preparo de amostra de petróleo com teor de salinidade superior
a 500 mg/kg .......................................................................................................................8
11 Método de ensaio A ...........................................................................................................9
11.1 Reagentes ...........................................................................................................................9
11.2 Procedimento para determinação do número de acidez e do número
de acidez forte ...................................................................................................................9
11.3 Disposições gerais...........................................................................................................10
11.4 Titulação manual .............................................................................................................10
11.5 Titulação automática .......................................................................................................11
11.6 Branco ..............................................................................................................................12
12 Expressão dos resultados...............................................................................................12
12.1 Titulação manual ..............................................................................................................12
12.2 Titulação automática........................................................................................................13
12.3 Cálculo ..............................................................................................................................13
12.4 Relatório ...........................................................................................................................13
13 Controle da qualidade ......................................................................................................14
14 Precisão e tendência........................................................................................................15
14.1 Número de acidez .............................................................................................................15
14.1.1 Repetibilidade (r) ..............................................................................................................15
14.1.2 Reprodutibilidade (R) .......................................................................................................15
14.2 Número de acidez forte ....................................................................................................15

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15 Método de ensaio B .........................................................................................................15


15.1 Reagentes .........................................................................................................................15
15.2 Procedimento para padronização da solução alcoólica de KOH 0,01 mol/L ..............16
15.3 Determinação do branco do solvente ............................................................................16
15.4 Análise da amostra ..........................................................................................................17
16 Cálculo ou interpretação dos resultados.......................................................................17
16.1 Cálculo da concentração da solução de KOH, expressa em mol por litro (mol/L) ....17
16.2 Cálculo do número de acidez .........................................................................................18
17 Controle da qualidade (CQ) .............................................................................................19
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18 Expressão dos resultados...............................................................................................19


Bibliografia .........................................................................................................................................22

Anexos
Anexo A (informativo) Verificação do desempenho do eletrodo ....................................................20
Anexo B (informativo) Controle da qualidade ..................................................................................21

Figuras
Figura 1 – Curvas ilustrativas de titulação .....................................................................................14
Figura 2 – Curva ilustrativa da titulação de biodiesel ....................................................................19

Tabelas
Tabela 1 – Especificações para água ................................................................................................3
Tabela 2 – Tamanho recomendado da alíquota...............................................................................10

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 14448 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo


(ABNT/ONS-34), pela Comissão de Estudo de Lubrificantes (CE-34:000.03) com a
participação da Comissão de Estudo de Biodiesel (CE-34:007.02). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 02.07.2013 a 30.08.2013, com o número
de Projeto ABNT NBR 14448.

Esta terceira edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 14448:2009), a qual foi
tecnicamente revisada.

Esta Norma é baseada na ASTM D664:2011a.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard covers procedures for the determination of acid constituents in petroleum, petroleum
products, lubricants, biodiesel and blends of biodiesel.

Test method A – Applicable of petroleum, petroleum products and lubricants soluble or nearly soluble
im mixtures of toluene and propan-2ol. It is applicable for the determination of acids whose dissociation
constants in water are larger than 10-9; extremely weak acids whose dissociation constants are smaller
than 10-9 do not interfere. Salts react if their hydrolysis constants are larger than 10-9. The range of acid
numbers included in the precision statement is (0,1 a 150 ) mg KOH/g.

NOTE In new and used oils, the constituents that may be considered to have acidic characteristics
include organic and inorganic acids, esters, phenolic compounds, lactones, resins, salts of heavy
metals, salts of ammonia and other weak bases, acid salts of polybasic acids, and addition agents
such as inhibitors and detergents.

Test method B – Developed specifically for biodiesel and biodiesel blends with diesel. This test method
requires the use of an automatic titrator with automatic endpoint seeking capacity.

NOTE Data precision of this method were obtained based on the use of an automatic titrator
with automatic endpoint seeking capacity.

This Standard may be used to indicate relative changes that occur in oil during use under oxidizing
conditions regardless of the color or other properties of the resulting oil. Although the titration is made

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ABNT NBR 14448:2013

under definite equilibrium conditions, this method is not intended to measure an absolute acidic property
that can be used to predict performance of oil under service conditions. No general relationship between
bearing corrosion and acid number is known.

NOTE 1 The acid number obtained by this standard may or not be numerically the same as that
obtained in accordance with ABNT NBR 14248 or ABNT NBR 14543. There has not been any attempt
to correlate this method with other non-titration methods.

NOTE 2 A few laboratories have made the observation that there is a difference in this standard
results when aqueous versus nonaqueous buffers are used.
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ABNT NBR 14448:2013

0 Introdução
0.1 Recomendações de saúde, meio ambiente e segurança (SMS)

O uso deste método pode envolver equipamentos e materiais perigosos.

Recomenda-se que o responsável pelo laboratório pesquise e oriente a aplicação das boas práticas,
das normas técnicas e dos requisitos das legislações de segurança, saúde no trabalho e ambiental,
antes de sua utilização.

O planejamento do ensaio deve identificar os riscos relacionados às tarefas a serem executadas,


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bem como a descrição das medidas de proteção necessárias e a estrutura do treinamento específico.

Dependendo do ensaio, pode ocorrer exposição a risco de acidentes, doenças e danos ambientais,
que exigem a aplicação de medidas preventivas e corretivas específicas.

Recomenda-se também que, antes da realização do ensaio, as seguintes medidas sejam observadas:

a) identificar os produtos químicos que serão utilizados no ensaio;

b) analisar as fichas de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ), de forma


a identificar os riscos e definir os equipamentos de proteção coletiva (EPC) e/ou individual (EPI)
adequados;

c) ter em mente que a exposição ocupacional a produtos químicos ocorre, principalmente,


através da via respiratória e, secundariamente, pela pele e via digestiva.

0.2 Significado e uso

Óleos lubrificantes novos ou usados, petróleo, produtos de petróleo, biodiesel e misturas de biodiesel
podem conter constituintes ácidos provenientes de sua origem, de aditivos ou de produtos de
degradação formados durante o uso, como os produtos de oxidação. As quantidades relativas destes
materiais podem ser determinadas por titulação com bases. O número de acidez é uma medida dessa
quantidade de substância ácida presente. É usado como um parâmetro no controle de qualidade de
formulações de óleos lubrificantes e também como uma medida da degradação do lubrificante em uso.
Os limites de degradação aceitáveis devem ser empiricamente estabelecidos.

Uma vez que vários produtos de oxidação contribuem para o número de acidez e os ácidos orgânicos
variam amplamente em propriedades de corrosão, o ensaio não pode ser usado para prever
a corrosividade dos óleos, biodiesel e suas misturas sob condições de uso. Não existe qualquer
correlação conhecida entre o número de acidez e a tendência de corrosão de metais por biodiesel
e suas misturas ou pelos óleos.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14448:2013

Óleos lubrificantes, produtos de petróleo e biodiesel — Determinação do


número de acidez pelo método de titulação potenciométrica

1 Escopo
1.1 Esta Norma descreve os métodos para a determinação da acidez total em petróleo, produtos
de petróleo, óleos lubrificantes, biodiesel e misturas de biodiesel.
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1.1.1 Método de ensaio A – aplicável a petróleo, produtos de petróleo e óleos lubrificantes solúveis
ou parcialmente solúveis em misturas de tolueno e isopropanol (ver nota). É aplicável à determina-
ção de ácidos cujas constantes de dissociação em água sejam maiores do que 10-9; ácidos extre-
mamente fracos cujas constantes de dissociação sejam menores do que 10-9 não são detectados.
Os sais reagem se suas constantes de hidrólise forem maiores do que 10-9. A precisão foi obtida
com número de acidez de (0,1 a 150) mg KOH/g.

NOTA Em óleos novos e usados, os constituintes que podem ser considerados como tendo carac-
terísticas ácidas incluem os ácidos orgânicos e inorgânicos, ésteres, compostos fenólicos, lactonas,
resinas, sais de metais pesados, sais de amônia e outras bases fracas, sais ácidos de ácidos polibá-
sicos e aditivos, como inibidores e detergentes.

1.1.2 Método de ensaio B – Desenvolvido especificamente para biodiesel e misturas de biodiesel


com diesel. Este método de ensaio requer o uso de um titulador potenciométrico automático dotado
de um dispositivo de determinação automática de ponto final.

NOTA Os dados de precisão deste método foram obtidos com base na utilização de titulador potenciométrico
automático dotado de dispositivo de determinação automática de ponto final.

1.2 Este método pode ser usado para indicar variações relativas que ocorrem em um óleo lubri-
ficante durante o uso sob condições oxidantes, quaisquer que sejam a cor ou outras propriedades
do óleo resultante. Embora a titulação seja feita sob condições de equilíbrio definidas, o método não
visa medir uma propriedade ácida absoluta que possa ser usada para predizer o desempenho de um
óleo lubrificante em condições de serviço. Não é conhecida qualquer relação geral entre corrosão em
mancal e o número de acidez.

NOTA 1 O número de acidez obtido por esta Norma pode ou não ser numericamente igual aos obtidos
com as ABNT NBR 14248 e ABNT NBR 14543. Não há correlação entre este método e outros métodos
não titulométricos.

NOTA 2 Alguns laboratórios observaram diferença nos resultados obtidos por esta Norma, quando foi
empregada solução aquosa.

2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 14883:2002, Petróleo e produtos de petróleo – Amostragem manual

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ABNT NBR 14448:2013

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
luva
junta esmerilhada ou diafragma móvel do eletrodo
3.2
número de acidez
quantidade de base, expressa em miligramas de hidróxido de potássio por grama de amostra,
necessária para titular uma amostra em um solvente específico até um ponto final, utilizando um
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sistema de detecção específico

3.3
número de acidez forte
quantidade de base, expressa em miligramas de hidróxido de potássio por grama de amostra,
necessária para titular uma amostra em solvente de titulação (mistura de tolueno e 2-propanol)
de sua leitura inicial no medidor, em milivolts, até uma leitura em milivolts correspondente a uma
solução-tampão ácida aquosa recentemente preparada (ou adquirida comercialmente) ou a um ponto
de inflexão bem definido, conforme especificado no método de ensaio
NOTA As causas e efeitos dos ácidos assim chamados fortes e as causas e efeitos de outros ácidos
podem ser significativamente diferentes. Portanto, o usuário deste método deve diferenciar e relatar os dois,
quando eles forem encontrados.
3.4
óleo lubrificante usado
qualquer óleo lubrificante colocado em um equipamento, que tenha sido operado ou não, estando
adequado e/ou inadequado ao uso
3.5
padrão primário
composto com alto grau de pureza e estável que permite preparar uma solução-padrão por pesagem
direta do composto e diluição até um determinado volume de solução, que serve como referência
na titulação

3.6
reagente grau P.A.
tipo de nomenclatura que caracteriza a pureza de um reagente. Tal forma de classificação
depende de cada substância envolvida e não serve como forma de comparação entre diferentes
reagentes

3.7
VIM
Vocabulário Internacional de Metrologia

4 Resumo do método
A amostra é dissolvida em um solvente de titulação e titulada potenciometricamente com hidróxido
de potássio alcoólico, usando um eletrodo indicador de vidro e um eletrodo de referência ou um ele-
trodo combinado. As leituras são representadas graficamente de forma manual ou automática contra
os respectivos volumes de solução titulante, e os pontos finais são tomados somente em inflexões
bem definidas na curva resultante. Para óleos lubrificantes usados e quando não são obtidas infle-
xões bem definidas, os pontos finais são tomados em leituras correspondentes àquelas encontradas
para soluções-tampão aquosas ácidas ou básicas recentemente preparadas.

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ABNT NBR 14448:2013

5 Reagentes
As informações descritas em 5.1 a 5.10 são comuns aos métodos A e B.

5.1 Pureza dos reagentes: substâncias químicas com grau P.A. devem ser utilizadas em todos
os ensaios, exceto se houver indicação em contrário. Outros graus podem ser usados, desde que seja
primeiramente verificado se o reagente é de pureza suficientemente alta que permita o seu uso sem
a perda da precisão da determinação.

NOTA 1 Soluções comercialmente disponíveis podem ser usadas em substituição àquelas preparadas
no laboratório, desde que sejam equivalentes.
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NOTA 2 Diferentes volumes de soluções podem ser preparados, desde que a concentração da solução final
seja equivalente.

5.2 Pureza da água: salvo outra indicação, referências à água devem ser entendidas como água
reagente tipo I, tipo II ou tipo III1, cujas características estão descritas na Tabela 1.

Tabela 1 – Especificações para água

Características Tïpo Ia Tipo IIb Tipo IIIc


Condutividade elétrica, máx, μS/cm a 25 °C 0,0555 1,0 0,25
Resistividade elétrica, mín, MΩ.cm a 25 °C 18 1,0 4,0
Carbono orgânico total, máx, μg/L 50 50 200
Sódio, máx, μg/L 1 5 10
Cloretos, máx, μg/L 1 5 10
Sílica total, máx, μg/L 3 3 500
a Deve ser preparada por destilação ou outro processo similar, seguido de filtração com resina de troca
iônica de leito misto ou utilizando membrana filtrante de 0,2 mm.
b Deve ser preparada empregando-se destilação e o destilado obtido deve apresentar condutividade menor
que 1 μS/cm a 25 °C. Antes da destilação, pode-se empregar troca iônica, osmose reversa, destilação
e absorção orgânica, caso a pureza da água não seja obtida por uma única destilação.
c Deve ser preparada empregando-se destilação, troca iônica, deionização, osmose reversa
ou uma combinação destes processos, seguido de filtração, usando um filtro de 0,45 mm.

5.3 Padrão primário de ftalato ácido de potássio (KHC8H4O4): secar a 120 °C por 2 h uma massa
do padrão de aproximadamente 5 g, em recipiente adequado, e resfriar em um dessecador.
5.4 Etanol.
NOTA Advertência – Inflamável e tóxico, especialmente quando desnaturado.
5.5 Cloreto de lítio, LiCl.
5.6 Eletrólito de cloreto de lítio: preparar uma solução de 1 mol/L a 3 mol/L de cloreto de lítio (LiCl)
em etanol.

5.7 Hidróxido de potássio.


NOTA Advertência – Causa severas queimaduras.

1 Conforme especificado na ASTM D1193:2006, Standard specification for reagent water.

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ABNT NBR 14448:2013

5.8 Isopropanol anidro (menor que 0,1 % de H2O): se um reagente adequadamente seco não
estiver disponível, ele pode ser desidratado por destilação em uma coluna de múltiplos pratos,
descartando-se os primeiros 5 % de material destilado e utilizando-se os 95 % restantes. A secagem
também pode ser realizada usando-se uma peneira molecular, pela passagem do solvente em fluxo
ascendente, através de uma coluna de peneira molecular, usando uma parte de peneira molecular
para 10 partes de solvente.
NOTA 1 Advertência – Inflamável.

NOTA 2 Tem sido relatado que se o isopropanol não for originalmente tratado, pode conter peróxidos.
Neste caso, é possível ocorrer uma explosão durante o armazenamento em recipientes quase vazios ou quase
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secos.

5.9 Soluções-tampão pH 4, pH 7 e pH 11: estas soluções devem ser substituídas em intervalos


regulares, de acordo com sua estabilidade ou quando houver contaminação. Obter informações sobre
a estabilidade com o fabricante.

5.10 Ácido clorídrico (HCl): densidade relativa 1,19 (ver Nota)


NOTA Corrosivo – Causa severas queimaduras.

6 Aparelhagem
6.1 Aparelhagem de titulação manual
6.1.1 Medidor: voltímetro ou um potenciômetro que deve operar com precisão de ± 0,005 V
e sensibilidade de ± 0,002 V sobre uma faixa de pelo menos ± 0,5 V, quando o medidor é utilizado
com os eletrodos especificados em 6.1.2 e 6.1.3, e quando a resistência entre os eletrodos cair den-
tro da faixa de 0,2 MΩ a 20 MΩ. O medidor deve ser protegido de campos eletrostáticos parasitas,
com um condutor de aterramento, de tal forma que nenhuma mudança permanente nas leituras seja
produzida sobre toda a faixa de operação do medidor, pelo toque de qualquer parte da superfície
exposta do eletrodo de vidro, do condutor do eletrodo de vidro, da bancada de titulação ou do medidor.

NOTA Uma aparelhagem adequada pode consistir em um voltímetro eletrônico de leitura contínua
projetado para operar com uma entrada menor do que 5 × 10-12 A, quando um sistema de eletrodo com
resistência de 1 000 MΩ é conectado entre os terminais do medidor e provido de uma blindagem metálica
conectada à terra, bem como um terminal satisfatório para conectar o fio da conexão da blindagem
do eletrodo de vidro ao medidor, sem interferência de qualquer campo eletrostático.

6.1.2 Eletrodo indicador de vidro, de pH padrão, adequado para titulações não aquosas.

6.1.3 Eletrodo de referência, prata/cloreto de prata (Ag/AgCl), com solução de 1 mol/L a 3 mol/L
de cloreto de lítio em etanol.

Eletrodos combinados apresentam eletrodo de referência Ag/AgCl construído no mesmo corpo do


eletrodo indicador (ver Figura 1) e oferecem a vantagem de trabalhar e manter um único eletrodo.
O compartimento de referência deve usar um eletrólito inerte em etanol, por exemplo, solução
1 mol/L a 3 mol/L de cloreto de lítio em etanol. Os eletrodos combinados devem possuir resposta
similar ou superior ao sistema de eletrodos duplos. Eles devem possuir luvas removíveis para facilitar
a limpeza e a adição de eletrólito.

NOTA Um terceiro eletrodo, como, por exemplo, eletrodo de platina, pode ser usado para aumentar
a estabilidade em certos sistemas.

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6.1.4 Agitador mecânico de velocidade variável, com pás de 6 mm de raio e um passe de 30° a 45°
é satisfatório. A taxa de agitação deve ser suficiente para promover agitação vigorosa sem respingos
e sem entrada de ar na solução. Um agitador magnético também é satisfatório.

Se for utilizado um agitador magnético, este deve ser aterrado de modo que, quando o motor for ligado
ou desligado, não seja produzida variação permanente na leitura do aparelho, durante a titulação.

6.1.5 Bureta de 10 mL graduada em divisões de 0,05 mL e calibrada com tolerância


de ± 0,02 mL. A bureta deve ter uma torneira com uma ponta que deve prolongar-se de 100 mm
a 130 mm além da torneira, e deve permitir injetar o titulante diretamente em seu recipiente sem exposição
ao ar ou vapores em volta. A bureta para KOH deve ter um tubo de proteção com uma mistura de Ca(OH)2
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e NaOH ou outra substância que absorva CO2.

6.1.6 Béquer de titulação de 250 mL de capacidade, de vidro de borossilicato ou outro material


adequado.

6.1.7 Suporte de titulação adequado para manter os eletrodos, o agitador e a bureta na posição
de titulação correta.

NOTA É recomendada uma montagem que permita a remoção do béquer sem a necessidade
de desconectar os eletrodos, a bureta e o agitador.

6.1.8 Balança analítica com precisão de 0,0001 g.

6.2 Aparelhagem para titulação automática

6.2.1 Sistemas de titulação automática devem ser capazes de conduzir ensaios de acordo com
este método. A aparelhagem deve atender no mínimo às especificações e ao desempenho prescritos
em 6.1.

6.2.2 Deve ser usado um modo dinâmico de adição de titulante. Durante a titulação, a velocidade
e o volume da adição devem variar em função da taxa de mudança de potencial do sistema.
O volume máximo recomendado do incremento é de 0,5 mL e o mínimo é de 0,05 mL.

6.2.3 Proveta graduada de 50 mL ou dispositivo capaz de fornecer (50 ± 0,5) mL.

6.2.4 Pipeta de 2 mL, Classe A.

6.2.5 Béquer de titulação, 125 mL, 250 mL ou de capacidade adequada, feito de vidro de borossili-
cato ou outro material adequado.

6.2.6 Balança analítica com precisão de 0,0001 g.

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7 Sistema de eletrodos
7.1 Preparação dos eletrodos

Na titulação utilizando o eletrodo de referência Ag/AgCl, substituir o eletrólito se a sua concentração


não estiver na faixa de 1 mol/L a 3 mol/L de LiCl em etanol. Drenar o eletrólito do eletrodo, deslocando
verticalmente a luva, lavar com água e após com etanol. Lavar algumas vezes com a solução eletrolítica,
reposicionar a luva e completar o eletrodo com o eletrólito de cloreto de lítio até a altura do orifício
de enchimento. Preparar o eletrodo combinado da mesma maneira. O eletrólito pode ser removido
do eletrodo por sucção.
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NOTA Verificar a recomendação do fabricante do equipamento quanto à concentração do eletrólito,


respeitando a faixa de 1 mol/L a 3 mol/L de LiCl em etanol.

7.2 Ensaio dos eletrodos

Ensaiar a combinação medidor/eletrodo, quando colocados em uso pela primeira vez ou quando
novos eletrodos forem instalados, e reensaiar em intervalos periódicos, mergulhando os eletrodos
em solvente e posteriormente em água. Mergulhar os eletrodos em solução-tampão aquosa pH 4.
Ler o valor em milivolts após agitar por 1 min. Lavar o eletrodo com água. Repetir o procedimento
para a solução-tampão aquosa pH 7. Calcular a diferença de potencial em milivolts. Para um
sistema de eletrodo(s) adequado, a diferença de potencial esperada é de 162 mV a (20 a 25) °C.
Se a diferença encontrada for inferior a 162 mV, suspender a luva do eletrodo e verificar o fluxo eletrolítico.
Repetir a medição e, se a diferença se mantiver inferior a 162 mV, limpar ou substituir o(s) eletrodo(s).

Quando os eletrodos de leitura e de referência forem separados, o par de eletrodos deve ser considerado
um sistema único. Se um ou outro for substituído, considerar como um par diferente e reensaiar.

7.3 Manutenção e armazenamento de eletrodos

Limpar minuciosamente os eletrodos, manter a luva livre de materiais estranhos e ensaiá-los


regularmente, já que a contaminação pode introduzir incertezas aleatórias e potenciais de contato
líquido não anteriormente registradas. Embora isto seja de importância secundária quando os pontos
finais são obtidos pelos pontos de inflexão das curvas de titulação, pode se tornar bastante sério
quando os pontos finais forem tomados a potenciais do eletrodo fixados arbitrariamente (ver 12.1.2).

NOTA O Anexo A apresenta um procedimento para verificação do desempenho do eletrodo.

7.3.1 Limpar o eletrodo de vidro pelo menos uma vez por semana durante uso contínuo ou quan-
do um novo eletrodo for instalado, por imersão, em solução de limpeza de ácido oxidante isenta de
cromo (Advertência – ver Nota). Drenar o eletrodo de referência pelo menos uma vez por semana
e reabastecê-lo com nova solução do eletrólito LiCl até a altura do orifício de enchimento.
Se for observada presença de bolhas de ar, manter o eletrodo na posição vertical e bater cuidadosa-
mente na parede do eletrodo para eliminá-las. Manter o nível do eletrólito acima do nível de líquido
no béquer ou vaso de titulação.

NOTA Advertência – Oxidante forte. Causa severas queimaduras.

7.3.2 Antes de cada titulação, imergir os eletrodos em água acidificada com HCl em pH de 4,5 a 5,5
por pelo menos 5 min. Lavar os eletrodos com isopropanol e em seguida com o solvente de titulação.

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7.3.3 Quando não estiver em uso, manter o eletrodo de referência imerso em eletrólito LiCl.
Caso contrário, armazená-lo em água acidificada com HCl em pH de 4,5 a 5,5. Não permitir que
eletrodos permaneçam imersos no solvente de titulação por muito tempo entre as titulações.
Manuseá-los cuidadosamente, pois são extremamente frágeis.

Os eletrodos têm um tempo de vida útil limitado e devem ser avaliados antes do uso (ver 7.2).

8 Padronização da aparelhagem
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8.1 Determinação das leituras do medidor para soluções-tampão aquosas


Para assegurar a escolha comparável dos pontos finais quando não são obtidos pontos de inflexão
definidos na curva de titulação, determinar diariamente, para cada par de eletrodo, as leituras obtidas
com as soluções-tampão aquosas, ácidas e básicas.

NOTA As respostas dos diferentes eletrodos de vidro à atividade do íon hidrogênio não são a mesma.
Consequentemente, é necessário estabelecer regularmente, para cada sistema de eletrodo, as leituras
correspondentes às soluções-tampão selecionadas arbitrariamente para representar os pontos finais, ácidos
e básicos.

8.2 Verificação dos eletrodos

Imergir os eletrodos em solução-tampão aquosa pH 4 e pH 11 e homogeneizar por 5 min, mantendo


a solução-tampão a um intervalo de ± 2 °C da temperatura na qual as titulações devam ser realizadas.
Ler o potencial do eletrodo para cada uma das soluções. As leituras assim obtidas são consideradas
pontos finais em curvas de titulação que não tenham pontos de inflexão bem definidos.

9 Preparação da amostra de óleo usado


9.1 É necessária uma observação severa do procedimento de amostragem, já que os sedimentos
são ácidos ou básicos, ou absorvem materiais ácidos ou básicos da amostra. Falhas na obtenção
de amostras representativas causam graves erros.

9.1.1 Caso necessário, empregar técnicas de amostragem manual conforme ABNT NBR 14883.

9.1.2 A amostragem de lubrificantes usados deve ser representativa e livre de contaminação


de fontes externas.

NOTA Como o óleo usado pode variar significativamente durante o armazenamento, ensaiar as amostras,
tão logo seja possível, após a coleta no sistema de lubrificação, anotando as datas de amostragem e ensaio.

9.2 Aquecer a amostra (ver Nota) do óleo usado a 60 °C ± 5 °C em seu recipiente original e agi-
tar até que todo o sedimento esteja em suspensão no óleo. Se o recipiente original for uma lata
ou um vidro com mais de 3/4 cheio, transferir toda a amostra para uma garrafa de vidro transparente,
com capacidade no mínimo 1/3 maior que o volume da amostra. Transferir todos os traços de sedi-
mentos do recipiente original para a garrafa por agitação vigorosa de porções da amostra no recipiente
original.
NOTA Quando as amostras são visivelmente livres de sedimentos, o procedimento de aquecimento
descrito pode ser desconsiderado.

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9.3 Após a completa suspensão de todos os sedimentos, filtrar a amostra ou uma alíquota ne-
cessária por meio de uma peneira de 149 mm (100 mesh), para a remoção de grandes partículas
de contaminação.
NOTA Quando as amostras são visivelmente livres de sedimentos, o procedimento de filtração descrito
pode ser desconsiderado.

10 Procedimento para preparo de amostra de petróleo com teor de salinidade


superior a 500 mg/kg
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10.1 Pesar aproximadamente 40 g ± 1 g de amostra em balança analítica em um béquer de 250 mL


e transferir para o balão de extração. Pesar aproximadamente 60 g ± 1 g de tolueno, em outro béquer
de 250 mL, transferir em porções para o béquer da amostra, solubilizando o resíduo de amostra,
e transferir quantitativamente para o balão de extração.

10.2 Lavar o béquer da amostra com 25 ± 1 mL de etanol (ou isopropanol), após a lavagem
com tolueno, e transferir para o balão de extração. Repetir o procedimento de lavagem
com 15 mL ± 1 mL de acetona, transferindo para o balão de extração.

10.3 Levar a mistura à ebulição por 2 min, ajustando a potência de aquecimento da resistência elétri-
ca, para não ocorrer projeção.

10.4 Após cessar a ebulição, adicionar ao balão de extração 125 mL ± 1 mL de água deionizada
e levar a mistura à ebulição vigorosa por 15 min. Após desligar o aquecimento, aguardar a separação
das fases durante o intervalo de 5 min a 10 min.

10.5 Drenar a fase aquosa utilizando um funil com papel de filtro com massa conhecida, e coletar
a fase oleosa em frasco com massa conhecida. Pesar o frasco contendo a fase oleosa em balança
analítica. Utilizando as massas de petróleo e extrato oleoso, calcular a fração de petróleo do extrato
levando em consideração a perda de óleo no processo (papel de filtro com resíduo de óleo – pa-
pel de filtro sem resíduo). Pesar uma quantidade de fase oleosa final suficiente para obter a massa
de petróleo, conforme mencionado na Tabela 2.

10.6 Antes de calcular a massa para realizar o ensaio de acidez, levar em consideração os petró-
leos com alto teor de água, pois a água contida originalmente na amostra passa para fase aquosa,
diminuindo a massa da fase oleosa inicial (massa de petróleo + massa de tolueno) e, portanto, deve
ser retirada da massa do petróleo no cálculo. Ao pesar a alíquota da fase oleosa final (recipiente
com fase oleosa – recipiente vazio) que será utilizada na titulação potenciométrica, calcular a massa
correspondente ao petróleo e utilizá-la para cálculo da acidez.

EXEMPLOS:

Caso 1: Fase oleosa final > fase oleosa inicial

Massa de óleo = Massa de petróleo inicial – perda do processo

Caso 2: Fase oleosa final < fase oleosa inicial

Massa de óleo = Massa de petróleo inicial – perda do processo – perda de água

Perda de água = Fase oleosa inicial – fase oleosa final

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11 Método de ensaio A
11.1 Reagentes

Conforme descrito na Seção 5.

11.1.1 Solução-padrão alcoólica de ácido clorídrico (0,1 mol/L) (Advertência – ver Nota de 5.10):
misturar 9 mL de ácido clorídrico (densidade 1,19) com 1 L de isopropanol anidro. Padronizar com
frequência suficiente para detectar variações de concentração de 0,0005, titulando potenciometri-
camente 8,0 mL (medidos com precisão) da solução alcoólica 0,1 mol/L de KOH diluída em 125 mL
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de água isenta de CO2 (recém-fervida).

11.1.2 Tolueno.

NOTA Advertência – Inflamável. Tóxico, se inalado.

11.1.3 Solução-padrão alcoólica de hidróxido de potássio (0,1 mol/L) (Advertência – ver Nota): adi-
cionar 6,0 g ± 0,1 g de hidróxido de potássio (KOH) em aproximadamente 1 L de isopropanol anidro.
Ferver brandamente por 10 min para efetuar a dissolução. Deixar em repouso por dois dias e então
filtrar o líquido sobrenadante através de um funil de vidro sinterizado fino. Guardar a solução em um
frasco quimicamente resistente. Estocar a solução utilizando um tubo protetor contendo hidróxido
de sódio ou silicatos de sódio não fibrosos como absorventes, de tal forma que a solução não entre
em contato com o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera nem com a borracha, cortiça ou graxas
saponificáveis de torneiras. Padronizar com frequência para determinar variações de concentração
de 0,0005, por meio da titulação potenciométrica de ftalato ácido de potássio dissolvido em água des-
tilada recém-fervida, isenta de CO2.

NOTA Advertência – Causa severas queimaduras.

11.1.4 Solvente de titulação: adicionar (5,0 ± 0,2) mL de água a (495 ± 5) mL de isopropanol anidro.
Adicionar 500 mL de tolueno. O solvente de titulação pode ser preparado em grandes quantidades
e seu valor de molaridade deve ser determinado diariamente por titulação, antes de usar.

11.1.5 Clorofórmio.

NOTA 1 Advertência – Inflamável. Tóxico, se inalado. Fatal, se ingerido. Pode produzir vapores tóxicos
durante a queima.

NOTA 2 Clorofórmio pode ser usado no lugar do tolueno, para dissolver completamente certos resíduos
pesados de materiais asfálticos.

NOTA 3 Os resultados obtidos usando clorofórmio podem não ser equivalentes aos obtidos usando-se
tolueno. a precisão descrita neste método não se aplica quando se usa clorofórmio.

11.2 Procedimento para determinação do número de acidez e do número de acidez


forte

A padronização da solução alcoólica de KOH 0,1 mol/L é feita conforme a seguir:

a) pesar 0,1 g ± 0,005 g de padrão primário ftalato ácido de potássio, em balança analítica,
previamente seco em estufa (ver 5.3), e dissolver em 120 mL de água destilada, fervida e isenta
de CO2;

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b) titular a solução para determinação da concentração de 0,1 mol/L de KOH;

c) realizar a padronização em triplicata;

d) usar as três determinações para calcular a concentração média de KOH (mol/L) com aproximação
de ± 0,0005 mol/L.

11.3 Disposições gerais

Adicionar em um béquer de 250 mL ou em um vaso de titulação adequado a quantidade de amostra,


prescrita na Tabela 2, (ver nota), e adicionar 125 mL de solvente de titulação. Preparar os eletrodos
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como descrito em 7.2. Colocar o béquer ou o vaso de titulação sobre o conjunto de titulação e ajustar
sua posição de tal maneira que os eletrodos fiquem centralizados e imersos no meio da coluna
do líquido. Ligar o agitador e produzir uma agitação vigorosa, sem respingamento e sem aeração
da solução, durante toda a determinação.

NOTA 1 Quando ocorrer suspeita de obstrução dos eletrodos pelo uso da quantidade de amostra
recomendada, uma quantidade menor pode ser usada. Os resultados obtidos deste modo podem não ser
equivalentes aos obtidos usando-se a quantidade de amostra recomendada. a precisão descrita neste método
não se aplica aos resultados obtidos quando se usa uma quantidade menor de amostra.

NOTA 2 Um solvente de titulação.

Tabela 2 – Tamanho recomendado da alíquota


Precisão da
Número de acidez Massa da alíquota
determinação
mg KOH/g g
g
0,05 a < 1,00 20,0 ± 2,0 0,10

1,00 a < 5,00 5,0 ± 0,5 0,02

5,00 a < 20,00 1,0 ± 0,1 0,005

20,00 a < 100 ,00 0,25 ± 0,02 0,001

100,00 a < 260,00 0,10 ± 0,01 0,0005

11.4 Titulação manual

11.4.1 Selecionar a bureta adequada, encher com a solução alcoólica de KOH (0,1 mol/L)
e colocá-la em posição no conjunto de titulação. Adicionar pequenas porções adequadas de solução
alcoólica de KOH (0,1 mol/L) e esperar até que o potencial de equilíbrio seja alcançado (ver nota).
Registrar as leituras da bureta e do potenciômetro.

NOTA Considerar o potencial como constante quando ele variar menos que 5 mV (correspondente
a 0,1 unidade escala de pH/min). Isto pode requerer aproximadamente 1 min/100 mV a 2 min/100 mV
de variação de potencial (correspondendo a 1,7 unidade de escala de pH), quando adicionando incremento
de 0,05 mL. Incrementos de 0,1 mL podem requerer cerca de 3 min a 5 min.

11.4.2 No início da titulação, e em quaisquer regiões subsequentes (inflexões) onde 0,1 mL da solu-
ção de KOH (0,1 mol/L) consistentemente produzir uma variação total de mais de 30 mV correspon-
dendo a 0,5 unidade de escala de pH no potencial do eletrodo, adicionar porções de 0,05 mL.

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11.4.3 Em regiões intermediárias (platôs), onde 0,1 mL da solução de KOH (0,1 mol/L) varia o poten-
cial em menos de 30 mV, adicionar porções suficientemente grandes para produzir uma variação total
de potencial aproximadamente igual, porém não superior a 30 mV.

11.4.4 Titular desta forma até que ocorram variações de potencial menores que 5 mV (correspon-
dendo a 0,1 unidade de escala de pH)/0,1 mL de KOH e até que o potencial do eletrodo indique que
a solução é mais básica que o tampão-básico aquoso preparado recentemente.

11.4.5 Remover a solução titulante, lavar os eletrodos e a ponta da bureta com o solvente de titulação
e então com isopropanol, e, finalmente, com água grau reagente. Imergir os eletrodos em água,
no mínimo por 5 min, antes do uso em outra titulação, para recuperar a camada gel aquoso do eletro-
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do de vidro. Lavar os eletrodos com isopropanol e com solvente de titulação, respectivamente, antes
de iniciar outra titulação.

Manter os eletrodos conforme 7.3.3, quando não estiver em uso.

11.5 Titulação automática

11.5.1 Selecionar a bureta adequada, encher com a solução alcoólica de KOH (0,1 mol/L)
e colocá-la em posição no conjunto de titulação. Certificar-se de a ponta da bureta esteja imersa
no líquido no recipiente de titulação.

11.5.2 Ajustar o equipamento de acordo com as instruções do fabricante, a fim de prover um modo
dinâmico de adição de titulante.

11.5.3 Verificar se a aparelhagem determina a quantidade de ácido forte, comparando o potencial


inicial da amostra em milivolts com o potencial da solução-tampão aquosa ácida. Anotar o volume
de KOH adicionado para atingir o potencial em milivolts da solução-tampão de pH 4. Este valor é usa-
do para calcular o número de ácido forte. Prosseguir com a titulação automática e registrar as curvas
potenciométricas ou curvas derivadas, conforme o caso.

11.5.4 Titular com a solução alcoólica de KOH (0,1 mol/L). A aparelhagem deve ser ajustada
ou programada de forma que, quando o ponto de inflexão calculado estiver próximo, a taxa de adição
de titulante e o volume do titulante adicionado se baseiem na mudança da inclinação da curva de titu-
lação. A diferença de potencial do titulante deve ser de 5 mL a 15 mV por incremento. O volume do in-
cremento deve estar entre 0,05 mL e 0,5 mL. O próximo incremento deve ser adicionado se o sinal não
mudar mais que 10 mV em 10 s. O tempo de espera máximo nos incrementos não pode exceder 60 s.

11.5.5 A titulação pode ser finalizada quando o potencial de 200 mV da solução-tampão de pH 11


for ultrapassado. O ponto de equivalência é reconhecido se a primeira derivada da curva de titulação
produzir um máximo, que é significativamente maior que o ruído produzido por efeitos eletrostáticos
(ver 12.1.1).

11.5.6 Terminada a titulação, lavar os eletrodos e a ponta da bureta com solvente de titulação, depois
com álcool isopropílico e, finalmente, com água. Manter os eletrodos imersos em água acidificada,
(pH 4,5 a pH 5,5) por pelo menos 5 min para se restabelecer a camada de gel aquoso do eletrodo
de vidro. Lavar com álcool isopropílico e, finalmente, com o solvente de titulação antes de utilizá-los
na próxima amostra. Se o resíduo da amostra permanecer após a lavagem com solvente de titulação,
outros solventes, como tolueno, xileno, heptano ou clorofórmio podem ser utilizados para lavagem.
Esta lavagem pode ser mais efetiva se for utilizado um béquer contendo solvente e com agitação
vigorosa. Para equipamento automatizado, a limpeza pode ser feita lavando com o solvente de titu-
lação, imergindo com agitação em solventes, como tolueno, xileno, heptano ou clorofórmio, por 45 s.
Imergir rapidamente em álcool isopropílico para remover o solvente e, em seguida, em água acidifi-
cada (pH 4,5 a pH 5,5), por 5 min, para reidratar. Mergulhar rapidamente em álcool isopropílico para

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remover a água antes de titular a próxima amostra. Os mesmos béqueres de solvente de limpeza,
de álcool isopropílico e de água podem ser usados para uma pequena série de amostras.
Eles devem ser mudados a intervalos regulares para evitar contaminação. O usuário deve assegurar-se
de que o eletrodo esteja adequadamente limpo e hidratado.

Se os eletrodos estiverem sujos e contaminados, proceder conforme descrito em 7.1.


Armazenar os eletrodos conforme 7.3.3.

NOTA Quando o número de acidez for aproximadamente 0,1 ou inferior, uma melhor precisão pode ser
obtida, substituindo a solução alcoólica de KOH 0,1 mol/L por (0,01 ou 0,05) mol/L, aumentando a massa
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da amostra para mais de 20,0 g; ou trocando-se de uma bureta manual pela automática com capacidade
para fornecer incrementos inferiores a 0,05 mL de solução titulante, quando os ensaios estiverem sendo
realizados com bureta manual.

11.6 Branco

11.6.1 Para cada série de amostras e para cada novo lote de solvente de titulação, fazer uma titulação
em branco com 125 mL do solvente.

11.6.1.1 Para a titulação manual, adicionar solução alcoólica de KOH (0,1 mol/L) em incremen-
tos de (0,01 a 0,05) mL, aguardando a cada adição, até que seja obtido um potencial constante.
Anotar as leituras dos potenciais e volumes assim obtidos.

11.6.1.2 Para titulação automática, empregar os mesmos parâmetros de titulação conforme aqueles
empregados para a determinação do número de acidez da amostra, mas usar incrementos de adição
de titulante na faixa de (0,01 a 0,05) mL. para cada série de amostras, fazer uma titulação em branco.

11.6.2 Quando ácidos fortes estiverem presentes e caso seja necessário determinar o número
de acidez forte, fazer uma titulação em branco com 125 mL de solvente de titulação, adicionando
solução alcoólica de HCl (0,1 mol/L) em incrementos de 0,05 mL, de maneira análoga à descrita
em 11.6.1.

12 Expressão dos resultados


12.1 Titulação manual
Para a titulação manual, representar graficamente os volumes adicionados de solução alcoólica
de KOH 0,1 mol/L contra as leituras correspondentes do medidor (ver Figura 2). Anotar como ponto
final somente o ponto de inflexão bem definido (ver Nota) que ocorrer nas vizinhanças das voltagens
representadas dos tampões ácidos ou básicos. Se nenhuma inflexão for evidenciada ou não for bem
definida (ver Figura 2, curva B), marcar como ponto final a leitura correspondente obtida no tampão
aquoso apropriado.
NOTA Um ponto de inflexão é geralmente reconhecido quando vários incrementos sucessivos
de 0,05 mL produzem uma variação de potencial maior que 15 mV (correspondendo a 0,25 na escala
de pH) e no mínimo 30 % maior do que aqueles produzidos por incrementos prévios ou subsequentes de
igual volume. Geralmente pontos de inflexão podem ser percebidos somente em regiões onde são usados
incrementos de mesmo volume.

12.1.1 Para aditivos químicos, considerar o último ponto de inflexão para o cálculo, já que podem
produzir um ponto de inflexão além do ponto final da solução-tampão. Em caso de titulador automático,
pode ser necessário alterar os parâmetros do instrumento para detectar este tipo de ponto final.

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12.1.2 Para titulação de todos os ácidos em óleos usados, considerar como ponto final o ponto
da curva que corresponde ao ponto final do tampão básico aquoso (pH 11) e, quando ácidos fortes
estiverem presentes, considerar o ponto da curva que corresponde ao tampão aquoso ácido (pH 4).
NOTA Existem diferenças nas curvas de titulação na determinação do número de acidez de óleos novos,
aditivos concentrados e óleos usados. São obtidos pontos de inflexões bem definidos para óleos novos
e aditivos concentrados, enquanto que para óleos usados geralmente não são obtidos pontos de inflexões
bem definidos ou nenhum ponto de inflexão.

12.2 Titulação automática


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Marcar os pontos finais nas curvas obtidas em 12.3, da mesma forma que para a titulação manual.

12.3 Cálculo

O método descrito a seguir se aplica tanto para a titulação manual quanto para a titulação automática.

Calcular o número de acidez e o número de acidez forte pelas seguintes expressões:

Número de acidez = (A – B) x M × 56,1/W [mg KOH/g] (1)

Número de acidez forte = (CM + Dm) × 56,1/W [mg KOH/g] (2)

onde

A é o volume, expresso em mililitros (mL), de solução alcoólica de KOH usada para titular
uma amostra até o ponto final que ocorre na inflexão da curva que corresponde ao ponto final
do tampão aquoso básico (pH 11), ou em casos de ponto de inflexão não definido ou mal
definido que correspondam ao ponto final do tampão aquoso básico (pH 11). Para aditivos,
A é o volume de solução alcoólica de KOH no último ponto de inflexão;

B é o volume de KOH correspondente a A para a titulação do branco, expresso em mililitros (mL);

M é a concentração da solução alcoólica de KOH, expressa em moles por litro (mol/L);

m é a concentração da solução alcoólica de HCl, expressa em moles por litro (mol/L);

W é a massa da amostra, expressa em gramas (g);

C é o volume da solução alcoólica de KOH usado para titular a amostra até o ponto final,
que ocorre na leitura correspondente ao potencial do tampão ácido aquoso pH 4, expresso
em mililitros (mL);

D é o volume de solução alcoólica de HCl usado para titular o branco do solvente correspondente
ao ponto C, expresso em mililitros (mL).

12.4 Relatório

12.4.1 O ponto final da titulação pode ser determinado de duas maneiras diferentes: por inflexão
ou ponto final do tampão. Relatar se a quantidade da amostra usada difere da recomendada
e se o clorofórmio foi utilizado como solvente.

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12.4.2 Relatar os resultados com aproximação de 0,01 mg KOH/g da amostra, da seguinte maneira:

Número de acidez ABNT NBR 14448 = resultado

Número de acidez forte ABNT NBR 14448 = resultado

12.4.3 Para amostras de óleos usados, relatar também a data do ensaio e, quando disponível,
a data da amostragem.

0,300 12
A 4,70 mL
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2,92 mL
6,50 mL 11

S
Potencial do eletrodo de vidro, em volts a, b

0,200
B C 10
D

9
0,100

Leitura do pH
8

0,000 7

6
-0,100
5
0,31 mL
S

1,77 mL 4
S

-0,200
3

-0,300 2

0 1 2 3 4 5 6 7
Mililitros de solução alcoólica de KOH 0,1 mol/L
Legenda
A Branco com 125 mL de solvente de titulação.
B 10,0 g de óleo usado mais 125 mL de solvente de titulação. Como não está clara uma inflexão, são escolhidas
as leituras do potenciômetro correspondentes às obtidas com os dois tampões aquosos.
C 10,0 g de óleo contendo ácido fraco mais 125 mL de solvente de titulação. O ponto final é obtido do ponto
mais vertical da inclinação.
D 10,0 g de óleo contendo ácido fraco e forte, mais 125 mL de solvente de titulação. O ponto final é escolhido
da porção mais vertical das duas inclinações.

Figura 1 – Curvas ilustrativas de titulação

13 Controle da qualidade
13.1 Confirmar o desempenho da aparelhagem ou do procedimento de ensaio, ensaiando uma amos-
tra de referência que esteja de acordo com a definição de material de referência do VIM.

13.2 Quando o laboratório possuir reconhecimento formal de garantia da qualidade, isto pode ser
utilizado como confirmação para a confiabilidade dos resultados de ensaio. Caso contrário, o Anexo B
pode ser usado como sistema de controle da qualidade.

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14 Precisão e tendência2
14.1 Número de acidez
14.1.1 Repetibilidade (r)
A diferença entre resultados de ensaios sucessivos, obtidos pelo mesmo operador, com a mesma
aparelhagem, sob condições constantes de operação e em amostras de material idêntico,
com a execução correta e normal deste método, pode exceder os seguintes valores somente
em um caso em 20.
óleos novos = 0,044(X + 1) (3)
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óleos usados = 0,117X (4)


onde
X é a média de dois resultados.

14.1.2 Reprodutibilidade (R)

A diferença entre dois resultados de ensaios, individuais e independentes, obtidos por operadores
diferentes, trabalhando em laboratórios distintos e em amostras de material idêntico, com a execução
correta e normal deste método, pode exceder os seguintes valores somente em um caso em 20.
óleos novos = 0,141(X + 1) (5)
óleos usados = 0,44X (6)
onde
X é a média de dois resultados.

14.2 Número de acidez forte

14.2.1 Dados de precisão não foram desenvolvidos para o número de acidez forte nas amostras ana-
lisadas.

14.2.2 Os métodos desta norma não possuem tendência, porque os valores de acidez somente
podem ser definidos nesta Norma.

15 Método de ensaio B
15.1 Reagentes

Conforme descrito na Seção 5.

15.1.1 Solução-padrão alcoólica de hidróxido de potássio (0,01 mol/L) (ver 5.8): dissolver 0,56 g
de hidróxido de potássio (KOH) em 1 L de isopropanol anidro (ver 5.4). Ferver brandamente
por 10 min para efetuar a dissolução. Deixar em repouso por dois dias e então filtrar o líquido sobre-
nadante através de um funil de vidro sinterizado fino. Guardar a solução em um frasco quimicamente
resistente. Estocar a solução utilizando um tubo protetor contendo hidróxido de sódio ou silicatos de
sódio não fibrosos como absorventes, de tal forma que a solução não entre em contato com o dióxido
de carbono (CO2) da atmosfera nem com a borracha, cortiça ou graxas saponificáveis de torneiras.

2 Os dados de precisão foram extraídos da ASTM D 664:2011a.

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Padronizar com frequência, de maneira a determinar variações de concentração de 0,0005 mol/L,


por meio da titulação potenciométrica de ftalato ácido de potássio dissolvido em água destilada
recém-fervida, isenta de CO2 .

15.1.2 Solução ácida de ftalato de potássio (KHP) (0,01 mol/L): determinar a massa de cerca
de 1,0 g de padrão primário de ftalato ácido de potássio anidro e registar a massa com aproximação
de ± 0,0001 g. Avolumar até a marca em balão volumétrico de 500 mL com água tipo II (ver 5.2).

15.1.3 Alternativamente, para um padrão em massa, determinar a massa de 1,0 g com aproximação
de ± 0,0001 g. Registrar o acréscimo total de água e KHP com aproximação de ± 0,01 g. Misturar cui-
dadosamente a solução e expressar a concentração como miligrama de KHP por grama de solução
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(mg KHP/g).

NOTA Outros volumes de solução podem ser preparados, mantendo-se a concentração.

15.2 Procedimento para padronização da solução alcoólica de KOH 0,01 mol/L

15.2.1 Se for utilizado padrão em massa, determinar a massa de 2 g de solução de KHP em um


béquer de volume adequado. Registrar a massa com aproximação de ± 0,0001 g e adicionar 50 mL
de água livre de CO2.

15.2.2 Se for utilizado padrão em volume, pipetar 2 mL da solução de KHP em um béquer de volume
adequado e adicionar 50 mL de água livre de CO2 .

15.2.3 Titular a solução para determinar a concentração de 0,01 mol/L de KOH. Este volume de solu-
ção de KHP deve consumir aproximadamente 2 mL de KOH 0,01 mol/L.

15.2.4 Realizar a padronização em triplicata.

15.2.5 Usar as três determinações para calcular a concentração média de KOH (mol/L) com aproxi-
mação de ± 0,0005 mol/L.

15.3 Determinação do branco do solvente

15.3.1 Ajustar o equipamento de acordo com as instruções do fabricante. O volume de adição do titu-
lante não pode exceder 0,05 mL.

15.3.2 Medir (50 ± 0,5) mL de isopropanol usando uma proveta graduada, uma pipeta ou um disposi-
tivo automático para um béquer de volume adequado.

15.3.3 Preparar os eletrodos de acordo com 7.1. Colocar o béquer ou vaso de titulação no suporte
de titulação e ajustar sua posição de modo que os eletrodos fiquem imersos até sua metade.

15.3.4 Titular a solução, sob agitação constante, com solução alcoólica de KOH 0,01 mol/L.
Assegurar que a extremidade da mangueira de saída da bureta esteja imersa na solução.
O volume máximo de titulante consumido não pode ultrapassar 0,5 mL.

15.3.5 Registrar o volume de KOH consumido no ponto de inflexão com aproximação de ± 0,01 mL.
Caso haja mais de um ponto de inflexão, considerar o último.

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15.4 Análise da amostra

15.4.1 Ajustar o equipamento de acordo com as instruções do fabricante, a fim de prover um modo
dinâmico de adição de titulante.

15.4.2 Determinar a massa de 5 g de biodiesel em um béquer de volume adequado em uma balança


analítica e registrar com aproximação de ± 0,0001 g.

15.4.3 Adicionar (50 ± 0,5) mL de isopropanol à amostra, usando uma proveta graduada, uma pipeta
ou um dispositivo automático.
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15.4.4 Preparar o eletrodo de acordo com 7.1. Colocar o béquer no suporte de titulação e ajustar
sua posição de modo que os eletrodos fiquem imersos até sua metade.

15.4.5 Titular a amostra, sob agitação constante, com solução alcoólica de KOH 0,01 mol/L.
Assegurar que a extremidade da mangueira de saída da bureta esteja imersa na solução da amostra.

15.4.6 Terminada a titulação, lavar o eletrodo e a extremidade da mangueira de saída da bureta


com isopropanol e por último com água tipo II (ver 5.2).

15.4.7 Manter o eletrodo imerso em água por pelo menos 2 min, para restabelecer a membrana do
eletrodo de vidro. Lavar com isopropanol antes de utilizá-lo na próxima amostra.

15.4.8 Se o eletrodo estiver sujo e contaminado, proceder conforme descrito em 7.1.

15.4.9 Armazenar o eletrodo conforme 7.3.3.

15.4.10 Registrar o volume de KOH consumido no ponto de inflexão com aproximação


de ± 0,01 mL. Caso haja mais de um ponto de inflexão, considerar o último.

NOTA Múltiplos pontos de inflexão podem ser encontrados na análise de biodiesel devido à presença
de ácidos orgânicos provenientes da sua oxidação.

16 Cálculo ou interpretação dos resultados


16.1 Cálculo da concentração da solução de KOH, expressa em mol por litro (mol/L)

16.1.1 Cálculo utilizando solução de KHP preparada em 14.1.3:

(9)
mKHP
CMKHP =
204, 23 × VtKHP

(10)
2, 00 × CMKHP
CKOH =
VKOH

onde

CMKHP é a concentração da solução de KHP, expressa em moles por litro (mol/L);

mKHP é a massa de KHP seco, expressa em gramas (g);

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VtKHP é o volume total da solução de KHP, expresso em litros (L);

CKOH é a concentração da solução de KOH, expressa em moles por litros (mol/L);

VKOH é o volume consumido de solução de KOH na padronização, expresso em mililitros (mL).

16.1.2 Cálculo utilizando solução de KHP preparada em 14.1.4:

mKHP × 1000 (11)


CKHP =
204, 23 × mtKHP
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msolKHP × CKHP (12)


CKOH =
VKOH

onde

CKHP é a concentração da solução de KHP, expressa em miligrama por gramas (mg/g);

mtKHP é a massa total da solução de KHP, expressa em gramas (g);

msolKHP é a massa da solução de KHP, expressa em gramas (g).

16.2 Cálculo do número de acidez

56,1 (13)
N = ( A − B ) × CKOH ×
m

onde

N é o número de acidez, expresso em miligramas de KOH por grama de amostra (mg KOH/g);

A é o volume de solução de KOH consumido para titular a amostra até o ponto de inflexão,
expresso em mililitros (mL);

B é o volume de solução de KOH consumido para a titulação do branco, expresso em mililitros


(mL);

m é a massa da amostra, expressa em gramas (g).

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150

50

-50
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U (mV)

-150
Ponto de inflexão

-250

-350
0 1 2 3 4 5 6
V (mL)

Figura 2 – Curva ilustrativa da titulação de biodiesel

17 Controle da qualidade (CQ)


Confirmar o desempenho da aparelhagem ou do procedimento de ensaio, ensaiando uma amostra de
referência que esteja de acordo com a definição de material de referência do Vocabulário Internacional
de Metrologia (VIM).

NOTA Não podem ser usadas amostras estocadas a longo tempo devido a alterações que o biodiesel
sofre nesta condição. A solução de ftalato ácido de potássio 0,01 mol/L é aceitável como amostra de CQ.
Se for necessário padronizar novamente o titulante (KOH 0,01 mol/L em isopropanol), a solução de KHP
constitui um bom indicador. Não há dados disponíveis sobre a vida útil de estocagem da solução de KHP.
Soluções-padrão comerciais podem também ser usadas.

18 Expressão dos resultados


Relatar o número de acidez de biodiesel e de misturas de biodiesel com aproximação de 0,01 mg
KOH/g da amostra, da seguinte maneira:

Número de acidez ABNT NBR 14448 método B = resultado, mg KOH/g da amostra

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Anexo A
(informativo)

Verificação do desempenho do eletrodo

A.1 O ensaio da cinética do eletrodo estabelece a resposta cinética do eletrodo. Eletrodos


podem ajustar a leitura do instrumento por meio de inclinação adequada e interceptar valores que
ainda não tenham uma resposta suficientemente apropriada para a titulação. A rapidez da resposta
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e a estabilidade são importantes na titulação com eletrodo. Uma verificação manual, descrita em A.3,
pode ser conduzida com um pHmetro ou titulador programado para leituras contínuas em milivolts.

A.2 O objetivo desta verificação é fazer com que o eletrodo, que está em repouso nas soluções
aquosas com tampões, possa determinar o potencial após 30 s e 60 s. Um eletrodo rápido se estabiliza
em menos de 30 s e sofre uma pequena variação entre 30 s e 60 s. Usar soluções-tampão pH 4,
pH 7 e pH 11 para esta verificação, quando necessário.

A.3 Realizar o ensaio conforme descrito em A.3.1.

A.3.1 Ajustar o pHmetro ou o titulador para leitura em milivolts e manter a agitação da solução-
tampão igual à utilizada para as titulações das amostras. Aguardar a estabilização do eletrodo
por 1 min em água destilada ou deionizada.

Remover os eletrodos da água e transferi-los para uma solução-tampão pH 4, iniciando o cronômetro


no momento em que o eletrodo atinge a solução-tampão. Depois de 30 s, anotar o potencial.
Depois de mais 30 s, anotar o potencial novamente. A diferença entre os dois potenciais é denominada
desvio. Repetir o procedimento para as soluções-tampão pH 7 e pH 11.

A.3.2 Calcular a diferença de potencial (ddp) para cada uma das três soluções-tampão.
A resposta do eletrodo pode ser interpretada como a seguir:

a) ddp < 1 – excelente

b) 1 < ddp < 2 – bom

c) 2 < ddp < 3 – aceitável

d) 3 < ddp < 4 – questionável

e) ddp > 4 – inaceitável

A.3.3 A diferença entre os potenciais para as soluções-tampão pH 4 e pH 7 deve ser superior


a 162 mV, ou 54 mV / pH em 60 s. Eletrodos com uma inclinação inferior a 54 mV/pH não são confiáveis
para a titulação.

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Anexo B
(informativo)

Controle da qualidade

B.1 Confirmar o desempenho da aparelhagem ou do procedimento de ensaio, ensaiando


uma amostra de referência.
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B.2 Antes de supervisionar o processo de medição, o usuário do método de ensaio necessita


conhecer o valor médio e estabelecer os limites de controle a serem utilizados.

B.3 Registrar os resultados da amostra de referência e analisar com gráficos de controle ou outras
técnicas estatísticas equivalentes, para assegurar o estado de controle estatístico de todo o processo
de ensaio3. Qualquer dado fora dos limites de controle deve acionar a investigação das causas da
ocorrência.

B.4 Na ausência de prescrições específicas no método de ensaio, a frequência dos ensaios


de controle da qualidade depende de quão crítica é a qualidade sob medição, da estabilidade
demonstrada pelo processo de ensaio e dos requisitos do cliente. Quando ficar demonstrado
que o ensaio está esta estatisticamente sob controle, a frequência dos ensaios de amostras de referência
pode ser reduzida. A precisão obtida nos ensaios com amostras de referência deve estar dentro
da precisão desta Norma.

B.5 A amostra de referência deve ser homogênea e estável nas condições de armazenamento
e, quando possível, recomenda-se que seja da mesma natureza do material a ser ensaiado.

3 Para mais informações sobre as técnicas de controle da qualidade e gráficos de controle,


ver ASTM D 6299 – Practice for applying statistical quality assurance techniques to evaluate analytical
measurement system performance e ASTM MNL 7 – Manual on presentation of data control chart analysis.

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Bibliografia

[1] ASTM D6470, Standard test method for salt in crude oils (potentiometric method)
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