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Introdução
O mecanismo de uma reacção química pode dar informações sobre o modo como ela ocorre e
indicar as condições necessárias para optimizar o processo (Atkins, Jones & Leverman, 2012).
Segundo Atkins, Jones & Leverman (2012), saber como uma reacção química ocorre ao nível
molecular responde a muitas questões importantes. Estes autores referem que tal conhecimento
pode responder, por exemplo à questão sobre os mecanismos envolvidos no controlo da velocidade
de formação da hélice dupla de ADN, a partir de fitas individuais.
De acordo com a teoria da cinética química, a condição para que uma reacção química ocorra, é a
existência de uma colisão entre as partículas dos reagentes, Porém nem toda colisão é eficaz.
Como refere Silva (2017), citando Peruzo (2003), estimativas feitas por cientistas revelam que, a
25°C e 1atm, cada molécula colide cerca de 10 9 vezes por segundo com outras moléculas, sendo um
número muito elevado. Portanto se todas essas colisões resultassem em formação de produto, a
reacção aconteceria em uma fracção de segundos, possuindo uma rapidez altíssima. No entanto
percebe-se que essa reacção não possui uma velocidade tão elevada. Desta forma, verifica–se que
nem todas as colisões entre as moléculas de reagentes são eficazes.
II. Objectivos
2.1 Geral
2.1 Específicos
De acordo com Atkins, Jones & Leverman (2012), exceptuando-se as reacções mais simples, regra
geral, as reacções são o resultado de várias (…) etapas denominadas reacções elementares, sendo
que, segundo os mesmos autores, cada uma descreve um evento distinto no avanço da reacção,
com frequência, a colisão das partículas.
Uma reacção química pode ocorrer em uma única etapa ou em várias. Neste último caso, pode
haver uma etapa intermédia em que a espécie envolvida não figura na equação global da reacção.
, ou seja,
e, posteriormente,
3.2 Catálise
Em processos químicos, mostra-se muitas vezes necessário aumentar a velocidade das reacções
químicas ou reduzir produtos indesejados.
A uma substância que altera a velocidade de uma reacção sem ser usada é chamada catalisador. Ao
fenómeno de aumentar a taxa de reacção pelo uso de catalisador designa-se catálise.
De acordo com Silva (2017), citando Constantino (2014), os catalisadores muitas vezes são
interpretados como a aceleração da reacção, porém não é bem assim. Contudo, o que pode
“acelerar” uma reacção é o aumento na probabilidade dos choques (aumento na homogeneização e
agitação do meio, aumento no número de espécies químicas presentes, etc.), e no aumento da
temperatura.
Portanto, catalisador é uma substância que proporciona um novo conjunto de reacções elementares
para uma reacção química. Esta etapa, possui energia de activação inferior à energia de activação
do processo não catalisado, o catalisador pode ser recuperado ao término do processo (Constantino,
2014, citado por Silva, 2017)
Se o catalisador está presente na mesma fase dos reagentes, é chamado de catalisador homogéneo
e esse tipo de catálise é chamado de catálise homogénea, Por exemplo, o monóxido de nitrogénio
na síntese de óxido sulfúrico
Se o catalisador está presente em uma fase diferente da dos reagentes, ele é chamado de
catalisador heterogéneo e esse tipo de catálise é chamado de catálise heterogénea. por exemplo, a
platina, na reacção a quente entre amoníaco e oxigénio
Silva (2017) afirma que a catálise heterogénea pode envolver a adsorção, processo em que uma
molécula (adsorva-to) na fase gasosa ou em solução se liga a átomos (adsorventes) na superfície
sólida ou líquida. Para além disso, a catálise pode ser por transferência de fase, quando o catalisador
facilita a migração de um reagente de uma fase para outra fase onde ocorre a reacção.
• INIBIDOR: Espécie que diminui a velocidade de uma reacção catalítica, normalmente por competir
com o catalisador na ligação com os reagentes.
• VENENO (POISON): Tipo de inibidor que se liga fortemente aos sítios activos do catalisador
bloqueando a entrada dos reagentes, reduzindo assim a velocidade de reacção.
O mesmo autor refere que frequentemente outros produtos são formados em adição àqueles que
são desejados e, portanto, o catalisador tem uma actividade para cada reacção particular. Uma
razão destas actividades do catalisador é referida como selectividade. Esta é tida como medida da
capacidade do catalisador em direccionar a conversão dos reagentes para os produtos desejados.
Para Silva (s. d.), em aplicações em larga escala, a selectividade é mais importante que a actividade
de um catalisador, para além de que, na prática, catalisadores estão inevitavelmente envolvidos em
reacções laterais, as quais conduzem sua conversão em formas inactivas (aquelas que não aparecem
no ciclo catalítico).
• CATÁLISE ENZIMÁTICA: Carácter intermediário entre os dois tipos anteriores. O catalisador está na
mesma fase dos reagentes, porém é suficientemente grande para se considerar centros activos na
sua superfície.
V. Conclusões
a condição para que uma reacção química ocorra, é a existência de uma colisão entre as
partículas dos reagentes
mecanismo reaccional é a sequência de reacções elementares descrevendo as alterações
que se supõe estarem a ocorrer à medida em que os reagentes se transformam em produtos
Uma reacção química pode ocorrer em uma única etapa ou em várias
Uma substância que altera a velocidade de uma reacção sem ser usada é chamada de
catalisador.
O fenómeno de aumentar a taxa de reacção pelo uso de catalisador é chamado de catálise.
Se um catalisador acelera a velocidade de uma reacção, é catalisador positivo e o fenómeno
é chamado de catálise positiva.
se um catalisador retarda a velocidade de uma reacção, ele é catalisador negativo e o
fenómeno é chamado de catálise negativa.
Um catalisador pode acelerar uma reacção em ambas as direcções e não afecta o estado de
equilíbrio da reacção simplesmente permite que o equilíbrio seja alcançado mais
rapidamente.
A catálise pode ser homogénea ou heterogénea
Bibliografia
Letícia Lemes e Silva (2017). Cinética química: conceitos e aplicação de alguns experimentos em
laboratório. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás.