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ESCOLA ESTADUAL PADRE ALBERTO FUGER

TURMA 2° ANO C - NOTURNO

GUSTAVO MARTINS PEREIRA CAMPOS

PROPRIEDADES COLIGATIVAS E ISOMERIA

CAMPO BELO – MG

2023
GUSTAVO MARTINS PEREIRA CAMPOS

PROPRIEDADES COLIGATIVAS E ISOMERIA

Trabalho entregue na disciplina de Química da Escola Estadual Padre


Alberto Fuger para obtenção de nota
na disciplina.
ORIENTADOR ( a): Vanessa

CAMPO BELO – MG

2023
SUMÁRIO

Propriedades coligativas 4

Quais são as propriedades coligativas? 5

Lei de Raoult 7

Osmose 9

Isomeria 10

Isomeria: o que é, tipos e exemplo 10


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PROPRIEDADES COLIGATIVAS

As propriedades coligativas são propriedades da solução que dependem apenas da


concentração do soluto, mas não de sua natureza.

"As propriedades coligativas são propriedades de uma solução que possuem relação
apenas com a quantidade de soluto dissolvido, e não com sua natureza, ou seja,
não importando se ele é de natureza iônica ou covalente. Tais propriedades estão
intimamente ligadas à presença de solutos não voláteis, ou seja, solutos que não
evaporam da solução com facilidade.

A tonoscopia, a ebulioscopia, a crioscopia e a osmose são as propriedades


coligativas. As três primeiras têm relação com a pressão de vapor, enquanto a última
tem a ver com o fluxo de solvente entre soluções. Tais propriedades apresentam
grandes aplicações em nosso dia a dia, como no preparo ou conservação de
alimentos."

"As propriedades coligativas são propriedades de uma solução que apenas têm
relação com a quantidade de soluto dissolvido, não importando a natureza do soluto
em si.

São consideradas propriedades coligativas a tonoscopia, a ebulioscopia, a


crioscopia e a osmose.
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A tonoscopia é a diminuição da pressão de vapor pela presença de um soluto não


volátil.

A ebulioscopia e a crioscopia são o aumento da temperatura de ebulição e a queda


da temperatura de congelamento, respectivamente, consequências diretas da
presença do soluto não volátil na solução.

A osmose é o fluxo de solvente de um meio menos concentrado para um meio mais


concentrado por intermédio de uma membrana semipermeável."

"Solução, soluto e solvente

Sendo propriedades atreladas à solução, é importante fazer a distinção entre termos


importantes nesse caso. Quando uma substância dissolve uma ou mais substâncias
e assim atingimos uma mistura homogênea, estamos diante de uma solução. A
substância responsável por dissolver as demais substâncias é chamada de solvente,
enquanto as substâncias que foram dissolvidas são chamadas de soluto. Uma vez
dissolvido, o soluto pode estar na forma iônica ou molecular, não sendo detectado
por nenhum instrumento óptico disponível."

"A água mineral é um exemplo de solução, em que a água é o solvente e os íons presentes são os solutos.

Quais são as propriedades coligativas?

Serão apresentadas quatro propriedades coligativas: a tonoscopia (diminuição da


pressão de vapor), a ebulioscopia (aumento do ponto de ebulição), a crioscopia
(diminuição do ponto de congelamento) e a osmose.

Tonoscopia
Mesmo abaixo da temperatura de ebulição, é possível que uma parte do líquido
evapore, formando vapor sob sua superfície. Em um sistema fechado, esse vapor
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estabelece um equilíbrio dinâmico com a fase líquida da substância e, ao


permanecer sobre a superfície, exerce pressão, já que possui massa. Essa pressão
exercida por determinada quantidade de vapor é chamada de pressão de vapor.
Líquidos cuja interação intermolecular é fraca tendem a possuir maior pressão de
vapor, visto que suas moléculas evaporam com mais facilidade. Quanto maior a
pressão de vapor de um líquido, mais volátil ele é. A pressão de vapor é também
diretamente proporcional à temperatura, pois quanto maior a temperatura, maior a
energia cinética das moléculas, facilitando assim a sua evaporação (rompimento das
interações intermoleculares). Veja o exemplo a seguir:"

"Gráfico com variações da pressão de vapor do mercúrio."

"O mercúrio, no nível do mar, atinge uma altura de 76 cm em um tubo. Ao se


adicionar substâncias no tubo, como água, álcool e éter, percebe-se uma diminuição
da altura, por conta do aumento da pressão de vapor exercida. Quanto maior a
queda da altura do mercúrio, maior a pressão de vapor.

Quando esse líquido forma uma solução por meio da dissolução de um soluto não
volátil, ocorre o chamado efeito tonoscópico, que é a queda da pressão de vapor.
Isso porque as moléculas do soluto bloqueiam o escape de moléculas do solvente
da superfície da solução. Com menos moléculas na fase vapor, menos pressão será
exercida."
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Lei de Raoult

A queda da pressão de vapor de um líquido pode ser quantificada por meio de uma
equação desenvolvida pelo cientista francês François-Marie Raoult, conhecida como
lei de Raoult.

PA = xA ∙ PA*

PA é a pressão de vapor do líquido A, xA é a sua fração molar (varia de 0 a 1) e PA*


é a pressão de vapor do líquido A quando puro.

Quando o líquido A deixa de ser puro e se torna um solvente em uma solução, a sua
fração molar já não é de 100%, pois já não compõe mais a totalidade do sistema.
Assim, quanto maior a presença de soluto, menor a fração molar do solvente (xA) e,
consequentemente, menor a pressão de vapor.

Ebulioscopia
Uma das consequências da queda da pressão de vapor é o aumento da temperatura
de ebulição. Isso porque um líquido atinge ebulição quando a pressão de vapor se
iguala à pressão atmosférica.

Imagine um líquido puro em ebulição. Nesse ponto, a pressão de vapor é igual à


pressão atmosférica. Agora, adiciona-se ao líquido um soluto não volátil, e,
consequentemente, a pressão de vapor cai (a temperatura não). Para que a pressão
de vapor se iguale novamente à pressão atmosférica, ela deve ser elevada. A
elevação da pressão de vapor ocorre então com o aumento da temperatura, e, por
conseguinte, a igualdade entre pressão de vapor e pressão atmosférica (ebulição)
ocorrerá em uma temperatura maior do que quando o líquido estava puro."
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"No caso da ebulioscopia, a queda da pressão de vapor (de vermelho para azul) faz
com que a solução se iguale à pressão atmosférica em uma menor temperatura. Já
no caso da crioscopia, a queda da pressão de vapor (de vermelho para azul) faz
com que a solução se iguale à pressão de vapor do solvente sólido em uma menor
temperatura.

Crioscopia (ou abaixamento crioscópico)

A queda da pressão de vapor também impacta o ponto de congelamento do líquido.


Porém, dessa vez, ocasiona a diminuição da temperatura de solidificação do líquido.

Conforme diminuímos a temperatura de um líquido, suas moléculas se aproximam


até que se inicie a solidificação. Os sólidos também possuem uma pressão de vapor,
e quando a pressão de vapor do líquido se iguala à do sólido, ocorre a solidificação.
E o que se percebe é que quando se parte de uma solução, essa igualdade ocorre
em uma temperatura menor do que o ponto de congelamento caso o solvente
estivesse puro.

Isso porque a pressão de vapor do sólido não se altera por conta de um soluto não
volátil, já que se admite que o soluto não solidifica junto ao solvente, e apenas o
solvente passa para a fase sólida. Entretanto, conforme o solvente vai congelando,
mais concentrada de soluto fica a fase líquida, dificultando ainda mais o
congelamento das moléculas de solvente restantes. Por isso, a temperatura deve
cair para facilitar o congelamento, de modo que as moléculas do solvente possam se
aproximar ainda mais.
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Assim, quanto menor a pressão de vapor da solução, menor a temperatura de


congelamento.

Osmose

É o fluxo de solvente através de uma membrana para uma solução mais


concentrada. Tal membrana deve ser seletiva (semipermeável), de
modo a permitir a passagem do solvente, mas não do soluto."

"A passagem de solvente através da membrana faz com que haja um


aumento na altura da parte que recebe o fluxo de solvente, havendo
assim um aumento de pressão. Quando o fluxo de solvente cessa é
porque a pressão é suficientemente alta para impedir esse trânsito.

A pressão capaz de cessar o fluxo de solvente é então chamada de pressão


osmótica. Quanto maior for a pressão osmótica, maior deverá ser a altura da
solução necessária para impedir o fluxo de solvente. Nesse ponto de fluxo nulo de
solvente entre as soluções, é possível dizer que ambas estão isotônicas, ou seja,
têm a mesma pressão osmótica."
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ISOMERIA

Isomeria: o que é, tipos e exemplos


A isomeria é um fenômeno muito importante estudado na química orgânica. Ela é
dividida em dois grandes grupos: isomeria plana e isomeria espacial. Confira aqui
tudo o que precisa saber sobre definição, tipos e exemplos

A palavra isomeria tem origem do grego: isos = igual e meros = partes. Ela é uma
característica presente em certas moléculas que, apesar de possuírem a mesma
fórmula molecular, possuem propriedades ou estruturas diferentes.

Estrutura de compostos com fórmula moléculas C2H6O

Para entendermos melhor esse conceito, vejamos, por exemplo, o composto C 2H6O.
Com a informação da fórmula molecular podemos montar duas estruturas diferentes:
Apesar de serem parecidas, são duas moléculas diferentes: metóxi-metano e
etanol. Do mesmo modo que as moléculas possuem fórmulas estruturais distintas,
esses compostos possuem propriedades físicas e químicas únicas. O etanol é
líquido a temperatura ambiente e usado como combustível, enquanto que o metóxi-
metano é um gás e comumente aplicado como anestésico.
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Características do etanol e do metóxi-metano.

Tipos de Isomeria
Agora que sabemos o que são isômeros, vamos entender como classificá-los.
Dentro da química orgânica, a isomeria se divide em dois grandes grupos: plana e
espacial.

Tipos de isomeria.

Isomeria plana
Antes de mais nada, é importante saber que a isomeria plana é também chamada
de constitucional. Ela leva em consideração a fórmula estrutural plana das
moléculas, ou seja, o arranjo tridimensional dos átomos no espaço não é relevante.
Ela pode ser dividida em: função, cadeia, posição e tautomeria. Assim sendo, vamos
dar uma olhada em cada uma dessas divisões:
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Isômeros de função
Os isômeros de função são aqueles que possuem a mesma fórmula molecular,
entretanto pertencem a funções orgânicas diferentes. Se levamos em consideração,
por exemplo, o metóxi-metano e o etanol, podemos dizer que eles são isômeros de
função, pois o metóxi-metano é um éter, enquanto que o etanol pertence a função
dos álcoois.
Desse modo, se pegamos os exemplos mais famosos, podemos citar isômeros de
função entre os pares aldeído-cetona, éter-álcool e ésteres-ácidos carboxílicos.

Exemplos de isomeria de função

Isômeros de cadeia
A isomeria de cadeia ocorre entre compostos com a mesma função orgânica e
fórmula molecular. Assim, a diferença entre eles está na cadeia carbônica. Nesse
sentido, podemos observar variações nas ramificações, grau de saturação, estrutura
da cadeia e aromaticidade.
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Isômeros de posição
Na isomeria de posição, como o próprio nome sugere, a diferença entre os isômeros
estará na posição de algum componente da molécula. Assim, as variações podem
ser no lugar da insaturação, do grupo funcional, do heteroátomo ou do substituinte.
Por exemplo:

Exemplo de isomeria de posição


As duas moléculas mostradas a cima possuem fórmula molecular C 5H10. A diferença
entre elas está na posição da insaturação. Na molécula da esquerda, temos a dupla
ligação entre o carbonos 2-3. Em contrapartida, no composto a direita, a
ligação π ocorre entre os carbonos 1-2. Sendo assim, esses alcenos são isômeros
de posição.

Tautomeria
A tautomeria é também chamada constitucional. Ela é um tipo de isomeria dinâmica,
ou seja, ocorre um equilíbrio químico entre compostos de funções orgânicas
diferentes. Repare que, apesar de estarmos falando em variação de função, a
tautomeria não é uma isomeria de função. Em resumo, aqui temos uma molécula
que, em solução aquosa, estabelece um equilíbrio que altera a sua função
orgânica. Existem apenas dois grupos que sofrem tautomeria: aldo-enólica e ceto-
enólica.
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Nessa primeira, existe um equilíbrio entre um enol – molécula cujo grupo funcional -
OH está ligado a um carbono sp² –, e um aldeído. Esse equilíbrio acontece porque a
ligação dupla dos enóis é instável, devido à eletronegatividade do oxigênio.

Na tautomeria Ceto-enólica, uma cetona pode ser convertida a um enol quando o


oxigênio da cetona captura um hidrogênio de um carbono. Assim, a ligação C-H se
desfaz e uma ligação O-H é formada. Ocorre a transferência da dupla do grupo C=O
para a ligação C-C.

Isomeria espacial
Algumas moléculas orgânicas possuem a mesma cadeia carbônica, o mesmo grupo
funcional, insaturação na mesma posição e, além disso, os mesmos substituintes, no
entanto, ainda são compostos diferentes. A diferença é que, quando organizadas no
espaço, seus átomos estão em posições diferentes. Esse é o caso dos isômeros
espaciais! Eles podem ser classificados em isomeria geométrica e óptica.
Isômeros geométricos
A isomeria geométrica só pode ocorrer quando há ligações duplas. Para analisarmos
esse tipo de isômeros, sempre olhamos exclusivamente para a porção ou porções
da molécula que têm carbonos fazendo dupla ligação. Além disso, é necessário que
o composto tenha as seguintes características:
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1. Um único carbono não pode ter dois ligantes iguais.


2. Um mesmo ligante precisa aparecer em ambos os carbonos.
Para identificar isômeros geométricos, utilizamos a nomenclatura cis e trans, de
acordo com sua organização no espaço. Por exemplo:

Antes de identificarmos os isômeros, é preciso conferir se eles seguem as


características estabelecidas: ambas as moléculas possuem a mesma fórmula
molecular, C4H8, e possuem dupla ligação. Além disso, os carbonos ligados à
insaturação possuem substituintes diferentes. Agora, como identificar cis e trans?

É necessário, então, traçar um plano horizontal imaginário que passe pela dupla
ligação. Em seguida, analisamos a posição dos ligantes: se os ligantes iguais estão
do mesmo lado, se trata do isômero cis, mas caso estejam em lados opostos, se
trata do isômeros trans.

Isomeria óptica
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Esse tipo de isomeria ocorre com compostos orgânicos que são a imagem especular
um do outro, ou seja, esses isômeros possuem estruturas idênticas, exceto quando
estão espelhadas, e por isso não são sobreponíveis. Além disso, eles recebem um
nome especial: os isômeros ópticos são chamados de enantiômeros.
Dessa forma, os enantiômeros podem ser identificados através da assimetria
da molécula. Os compostos assimétricos são aqueles que possuem, pelo menos,
um átomo de carbono fazendo 4 ligações simples com 4 ligantes diferentes. Esse
carbono é muito importante e recebe o nome de carbono quiral ou assimétrico.
Outra característica peculiar dos enantiômeros é que, como são a mesma molécula,
eles possuem as mesmas propriedades físicas e químicas. Por isso, a única
maneira de diferenciá-los é através de suas propriedades ópticas – ou seja,
como interagem frente a luz polarizada. Observa-se, então, para qual lado o plano
da luz será desviado.
Para isso, é usado um polarizador e um polarímetro contendo uma amostra de um
composto orgânico para ser analisado. É possível, assim, observar três resultados:
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 Amostra opticamente inativa pode indicar que aquele composto não possui
carbono quiral ou que representa uma mistura racêmica, ou seja, existem
quantidades iguais dos dois enantiômeros. Dessa forma, há igualdade de
concentração entre dextrógiros e levógiros.
 Dextrógiro, também representado como (d), (R), (+), é toda molécula que
desvia o plano da luz polarizada para a direita.
 Levógiro, também representado como (l), (S), (-), é toda molécula que desvia
o plano da luz polarizada para a esquerda.
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Referências: - https://brasilescola.uol.com.br/quimica/propriedade-coligativa.htm

- https://aprovatotal.com.br/isomeria-o-que-e-tipos-e-exemplos

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