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VENOCLISE

Antes de iniciar a terapia intravenosa o profissional da saúde deve conhecer o


diagnostico e alergias de seus pacientes. Isso deve ser feito por causa:

• Segurança do Paciente: Alguns tratamentos podem ter interações adversas


com certas condições médicas, e o profissional de saúde precisa estar
ciente desses potenciais complicações.
• Dose Apropriada: O diagnóstico também é importante para determinar a
dose correta do medicamento a ser administrado.
• Alterações da pele, veias difíceis e esclerosadas (veias que passaram por um
processo de esclerose, que é a formação de tecido cicatricial ou
endurecimento da parede da veia), edemas, queimaduras, renal crônico,
obesidade, dermatites, toxicômanos e pele escura.

Equipamentos
Cânula
• Cobre a agulha, é fabricada de diferentes materiais sendo os mais
utilizados o teflon e o poliuretano. Deverá ser radiopaco para que em caso
de acidente seja mais facilmente detectado. (é o que fica dentro da veia do
paciente)

Tampão
• Previne o refluxo do sangue

Agulha metálica ou mandril


• Por ser biselada, a inserção é mais fácil, provocando menor traumatismo
(após inserção na veia do paciente ela é retirada restando apenas a cânula)

Canhão do cateter
• Deve cumprir a normativa e cores segundo o calibre

Veia utilizadas para medicação endovenosa


Membros inferiores

• Poplítea
• Safena magna
• Tibial anterior (evitar devido ao risco de flebites e embolia)
• Dorso do pé
Membros superiores

• Veia cefálica
• Veia basílica
• Veia mediana do cotovelo
• Veia intermedia do antebraço
• Veias metacarpianas dorsais

Seleção da veia
Uma veia deve ser examinada por palpação e inspeção. Ela deve ser firme,
elástica, cheia e arredondada.
Critérios da seleção do local

• Condição da veia
• Idade e compleição física do paciente
• Competência/ habilidade do executor

Deve-se evitar

• Veias lesadas, avermelhadas e inchadas


• Veias próximas de áreas infectadas
• Região de articulação
• Veias muito pequenas para o volume de sangue coleado
Material necessário
• Garrote
• Algodão
• Dispositivo de punção venosa (cateter flexível ou cateter agulhado)
• Filme transparente estéril ou curativo estéril
• Extensor dupla via (se 2 medicamentos)

Calibre do cateter

Cateter venoso periférico maleável - calibres:

• nº 14 e 16 – para grandes cirurgias, traumatismos, para infusão de grandes


quantidades de líquidos
• nº 18 – para administração de sangue e hemocomponentes ou outras
infusões viscosas;
• nº 20 – uso comum adequado para a maioria das infusões venosas;
• nº 22 – para crianças, bebês, adolescentes, idosos, também adequado para
a maioria das infusões que precise de velocidade de infusão menor.
• nº 24 – Recém-nascidos, bebês, crianças, adolescentes e idosos, adequado
para infusões de velocidade menor.

Cateter venoso periférico agulhado (scalp): próprio para terapia de curta


duração, adultos cooperativos; administração de dose única.

Passo a passo da punção


1. Realizar inspeção visual para selecionar a veia periférica mais adequada
sempre que possível, evitando áreas de dobras e próximas a articulações
2. Selecionar dispositivo de punção venosa adequado para o tipo de terapia a
ser infundida e calibre de acordo com a necessidade:
3. Garroteie o local a ser puncionado
4. Solicite o paciente para abrir e fechar a mão (ajuda ao ingurgitamento
venoso)
5. Faça antissepsia ampla da pele em sentido único, com algodão e álcool
70%
6. Firmar a pele no local com a mão não dominante, com o objetivo de fixar a
veia
7. Introduzir a agulha em ângulo 30º a 45º dependendo da profundidade da
veia, com bisel voltado para cima e depois paralela à pele na direção da
veia a ser puncionada.
8. Uma vez introduzido na pele, direcione o cateter e introduza-o na veia, ao
introduzir na veia o sangue refluirá ao canhão da agulha ou mandril,
introduzir apenas o cateter segurando o mandril
9. Soltar o garrote;
10. Conectar o equipo dupla via previamente preenchido com S.F.0,9%,
11. Aspirar para verificar se a agulha ou cateter continuam na veia
12. Proteger o local de conexão, com gaze estéril para manter a área asséptica

IMPORTANTE
• Cada flebotomista não deve fazer mais que duas tentativas de punção
periférica.
• Os locais de punção endovenosa mais comuns são a face anterior e
posterior do antebraço.
• Não use as veias das mãos nos idosos ou em pacientes que deambulam. A
inserção endovenosa em veias dos MMII é comum em crianças, porém
esses locais devem ser evitados em adultos pelos riscos de
tromboembolismo.
• Torniquetes não devem ficar por mais que 6 minutos
• Evitar áreas de flexão e áreas de pressão
• Torniquetes múltiplos podem ser usadas em casos de edema ou obesidade.

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