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Acessos em HD

Enfermeiro Bruno Amorim


Generalista, Especialista em saúde do trabalhador e Nefrologia.
Acessos em HD
• Acesso adequado para HD é o definitivo;

• Permite a melhor qualidade de vida e sobrevida;

• Ideal que seja realizado quando estiver no conservador;

• Temporarios: CDL;
• Permanente: Fístula, prótese e PermCath.
Fístula Arteriovensa
• Indicada somente para pacientes com IRC;
• Anastomose subcutânea de uma Veia + Artéria;
• 30 dias depois do procedimento as paredes se dilatam;
• Parede ficam espessas e em seguida possibilita inserção de
agulhas;
• Confeccionada no braço não dominante (para não limitar
atividades do paciente).
• FAV não possui batimentos e sim “FREMITO”.
Fístula Arteriovensa
• O cuidado desse FAV é exclusivo da equipe juntamente com o
paciente que vai desde higienização a exercícios.
• FAV ideais devem apresentar um bom fluxo arterial;
• Geralmente em > 300ml/min, punção deverá ser confortável
durante a seção de HD. Recebem as seguintes denominações:
• Radiocefálica;
• Braquicefálica;
• Ulnar-basílica;
• Braquiobasílica;
• Radiobasílica.
Fístula Arteriovensa

• Primeira foto: Tipos de anastomose entre artéria e veia;


• Segunda foto: A) abertura cirúrgica que mostra as posições anatômicas das veia e artéria;
• B) Anastomose pronta.
Fístula Arteriovensa
• Veia cefálica é de mais fácil punção;
• FAV no cotovelo é de mais difícil confecção, mais fácil de causar
Edema e roubo de fluxo;
• Ideal que seja confeccionada de 2 a 6 meses antes da HD;
• Devem ser instruídos quantos aos cuidados de preservação de
Membros (JAMAIS: Usar acesso para coleta de exames e ou
punção para medicação em casos de internações);
• Acesso é EXCLUSIVAMENTE para a HD.
Fístula Arteriovensa
• Não deverá ser utilizada antes de 30 dias;
• O paciente deverá exercitar os membros onde a FAV foi
confeccionada afim de mantê-la maturada e resistente.
• Geralmente ela demorará em torno de 60 a 90 dias para punção.
• Há situações que deverá ser utilizada em 30 dias em situações
pontuais.
Complicações em FAV
• Fluxo Baixo: Obstrução parcial do ramo venoso, em razões de
repetidas punções.
• Trombose: Hipotensão, desidratação (em caso de obst. Por
coágulos deverá ser desobstruída através de cirurgia)
profissional deverá ficar atento.
• Isquemia da mão: Diabéticos, arteriosclerose, circulação
comprometida. (dor na mão, suor frio mesmo em repouso).
• Infecções: São raras, sinais de inflamação devem se
sinalizados, devem ser tratadas de imediato por ATB.
Complicações em FAV
• Pseudoaneurisma: Causado pelo constante extravasamento de
sangue após a remoção das agulhas.
• Requerem apenas observação muito cuidado ao puncionar ao
ramo fora da lesão, quando há afinamento deverá ser
reparada cirurgicamente.
Cuidados de enf. em FAV
• Enfermagem em si, tem papel crucial na orientação e supervisão em
quanto a lavagem do membro que encontra-se a FAV antes da
terapia. Ex: Senhor João, já lavou o seu braço?
• Antissepsia: Deverá ser limpa com solução asséptica;
• Punção arterial: 3cm acima da anastomose;
• Punção venosa: 5cm afastadas uma da outra afim de evitar
recirculação sanguínea;
• Pontos de punção: Rodizio antigamente, temos a técnica pouco
utilizada de Buttonhole, devem ser colocadas em sentido contrário.
Cuidados de enf. em FAV
• Independente do tipo de punção ideal é que elas não sejam
unidirecional (no mesmo sentido);
• Devem ser colocadas se possível ao contrário;
• Agulha Arterial: Voltada para extremidade do membro;
• Agulha Venosa: Voltada para coração;

• Evitam a recirculação do acesso.


Cuidados de enf. em FAV
• Fixação de agulhas: Devem ser bem fixadas afim de evitar traumas,
sangramentos e acidentes, saída d inserção de agulhas.
• Escolha adequada do calibre da agulha: Calibre adequado seja utilizado
para cada tipo de FAV e fluxo prescrito.
Cuidados de enf. em FAV
Laranja 17g

Amarela 15g

Verde 16g
• Extravasamento de sangue: As agulhas devem ser retiradas do local,
compressão até cessar a hemorragia usar gelo no local até diminuir,
orientar uso do gelo em casa também.
Cuidados de enf. em FAV
• Curativos: Compressão do local após finalizar terapia e retirada de
agulhas. Sangramento acima de 30 minutos deverá ser revisto o
anticoagulante, anti-hipertensivo e local de punção.
• Não deverá circular esparadrapo no local de punção.
• Deverá ser retirado 6 horas após a seção com cuidado e o membro
deverá ser lavado com agua e sabão.
• Monitorar HAS: Frequentemente monitorada, hipotensão poderá
causar paralisação total da FAV.
• Monitorar PV da FAV: aumento da PV, Acesso deverá está com
problema, causa recirculação, piora a qualidade de HD e trombose.
Cuidados de enf. em FAV
• Presença de Fremito: Antes da realização da punção deverá
pressionar levemente o local para ver se existe a presença do mesmo,
caso não acionar a ENFERMEIRA IMEDIATAENTE!
Fremito acontece devido a mistura do sangue arterial e venoso.
• Tricotomia: Não deverá ser feita, orientar o paciente.
• Exercício: Deverá ser estimulado com uma bola de borracha.
• Qualquer alteração no local da FAV como calor, edema, dor, eritema,
edema ou AUSÊNCIA DE FREMITO comunicar a equipe médica e de
enfermagem.
Jamais deverá puncionar o paciente sem a presença de FREMITO, isto
é um sinal que a FAV paralisou.
Acessos em HD (Prótese)
Enfermeiro Bruno Amorim
Generalista, Especialista em saúde do trabalhador e Nefrologia.
Prótese (Acesso)
• Também chamadas de ENXERTO;
• Utilizadas quando há seguidas tentativas de infrutíferas
confecção de FAV em punho e cotovelos.
• Mais comum é a de Politetrafluofoetileno de 6 de diâmetro.
• Existe também as biológicas que são de Carótida bovina
(Trombose consecutivas).
Prótese (Complicações)
• Infecções: Geralmente causadas de origem estafilocócica,
quando infectado deverá ser removido.
• Estenose e trombose: Por baixo fluxo da prótese, hipotensão e
desidratação.
Cuidados de enf. em Prótese
• Antissepsia: Ainda deverá ser mais cuidadosa e rígida, pela
facilidade de infecção;
• Punções: Deverá ser empregado a mesma técnica da FAV;
• Extravasamento: Sangramento é mais intenso que na FAV, pois
esse tipo de acesso costuma ter maior velocidade de fluxo;
• Curativos: Após remoção das agulhas deve-se exerce maior
pressão de que na FAV, é de material estranho demorando para
cessar.
• Monitorar PA: deverá ser monitorizada continuamente para
evitar hipotensão e paralização do acesso.
Acessos em HD (CDL)
Enfermeiro Bruno Amorim
Generalista, Especialista em saúde do trabalhador e Nefrologia.
Acesso (CDL)
• Cateter Venoso Centrais (Duplo Lúmen)

• Via de acesso temporária mais utilizada em HD;


• Usamos quando não há acesso definitivo e quando não estiver
disponível para uso, inserido geralmente na subclávia, jugular e
femoral, implantado sob anestesia local na própria unidade.
• Fixado por fios cirúrgicos de sutura.
• Usado em: Pacientes com IRA, acesso permanentemente
indisponível, urgência dialítica e via de acesso definitiva.
Cuidados com o (CDL)
• Curativos: deverá ser realizado com solução estabelecida pela
unidade, antes ou durante a dialise, esse curativo deverá
permanecer sempre fechado e realizado em cada terapia.
• Lavagem: Os dois lúmens devem ser lavados com SF0,9% ao
final de cada seção afim de remover coágulos.
• Uso de anticoagulante: Deverá ser inserida heparina pura após o
final de terapia, a quantidade deverá ser de acordo com o tipo do
CDL informação contida no local, deverá permanecer no CDL até
a próxima cessão.
• Heparina: deve ser retirada no inicio da terapia para evitar
hiperdosagem.
Complicações com (CDL)
• Pneumotórax: Perfuração do pulmão, acarretando colabamento.
• Hemotórax: Derramamento de sangue do compartimento
extravascular da região torácica.
• Lesões dos nervos: Nervos do plexo braquial.
• Hemorragia: Perfuração do átrio;
• Arritmias: Inserção muito profunda do fio guia pode causar
perfuração do pericárdio.
• Infecções graves: Deverá ser utilizados por 7 dias, como esse
tempo não é respeitado, por excesso pode causar sepse,
Staphylococcus aureus.
Indicação para retirada (CDL)
• Sinais de infecção: Presença de secreção purulenta ao redor da
inserção do cateter.
• Febre: Temperatura superior a 38°.
• Calafrios: Manifestação de calafrios durante a HD ou de uma
seção a outra.
Acessos em HD (PermCath)
Enfermeiro Bruno Amorim
Generalista, Especialista em saúde do trabalhador e Nefrologia.
PermCath (Acesso)
• Empregado em pacientes com IRC;
• Que apresentem problemas de confecção com acesso vascular;
• Implantado cirurgicamente em veias de grande calibre;
• Geralmente Jugular ou a subclávia.
• Crescimento do tecido conjuntivo no Dacron diminui a taxa de
infecção por criar uma barreira e permitir a permanência
prolongada.
PermCath (Cuidados)
• Curativos: Deve-se limpar a pele ao redor antes e depois de cada
HD, curativo pode ser mantido aberto.
• Lavagem das vias: Devem ser lavadas com SF após cada
sessão.
• Heparina: deverá ser colocada no final da sessão de acordo com
a marca do cateter utilizado, deverá permanecer até próxima
sessão.
• Retirada da Heparina: Deverá ser retirada após o inicio para
evitar super dosagem de heparina.
PermCath (Indicação para retirada)
• Um novo cateter poderá ser inserido de 24 a 48 depois da
retirada do atual, preferência do lado oposto.
• Sinais de infecção: Secreção purulenta;
• Febre: Temperatura acima de 38°;
• Calafrios: Manifestação de calafrios antes, durante e depois da
HD.

• Indicado de imediato a realização da hemocultura e adm de


ATB.
Acessos em HD (Trans-hepático)
Enfermeiro Bruno Amorim
Generalista, Especialista em saúde do trabalhador e Nefrologia.
Trans-hépatico
• Implantação do cateter para hemodiálise por meio do acesso
venoso trans-hepático percutâneo parece ser uma técnica
segura, porém a utilização desse acesso deve ser aplicada
somente em casos de esgotamento de outros acessos vasculares
profundos.

• Manuseio tanto para terapia e curativo será


do Enfermeiro de sala.
Referência utilizada
FERMI, Márcia Regina Valente. Diálise para enfermagem: Guia
Prático. São Paulo: Guanabara Koogan, 2010.

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