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Acesso vascular:
● quanto ao sítio do acesso: periféricos ou centrais;
● a estrutura vascular: artéria ou veia;
● topografia do vaso: superficial ou profundo;
● via de acesso: punção ou dissecção.
Em relação ao Cateter:
● exteriorização: semi-implantável ou totalmente implantável;
● tempo de permanência:
○ curto (até 7 dias);
○ longo (após 7 dias);
○ temporário (até 30 dias)
○ definitivo (mais de 30 dias).
Técnica de Seldinger
INDICAÇÕES
● Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central, pressão de artéria
pulmonar, débito cardíaco por termodiluição);
● Acesso vascular para a infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas;
● Terapêutica substitutiva renal de urgência (hemofiltração, hemodiálise);
● Acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou
quimioterapia;
● Reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia;
● Estimulação cardíaca artificial temporária;
● Acesso venoso em pacientes com veias periféricas ruins.
Contraindicações
● não há contraindicação absoluta
● contraindicações relativas:
○ Infecção do sítio de punção
○ Trombose na veia alvo
○ Coagulopatia (INR > 1,5; TTPA > 55; TP > 50%)
CLASSIFICAÇÃO
PREPARAÇÃO
• Soluções degermantes.
• Pinças para assepsia.
• Cateteres venosos centrais (mono, duplo ou triplo lúmen).
• Dilatador rígido do cateter venoso central correspondente.
• Fio-guia metálico com extremidade em ‘T’.
• Agulha metálica (18 G de 8 cm).
• Seringas.
• Conectores (tampinhas e/ ou equipos).
• Soluções antissépticas (alcoólicas).
• Anestésico local com xilocaína a 2% sem vasoconstritor.
• Frascos com solução salina.
• Gases estéreis.
• Gorro e máscara.
• Luvas e aventais estéreis.
• Campos cirúrgicos estéreis.
• Fios de sutura para fixação.
• Material cirúrgico para fixação (porta-agulha, pinças e tesouras).
• Esparadrapos comuns, hipoalérgicos e cirúrgicos.
• Caixa para descarte de materiais perfurocortantes.
• Se possível aparelho de ultrassonografia com transdutor linear de alta frequência.
TÉCNICA
● Posicione o paciente em Decúbito Dorsal (pode ser necessário posicioná-lo de
acordo com o local de punção escolhido).
● Paramentação cirúrgica.
● Assepsia extensa do local de punção.
● Campos cirúrgicos estéreis.
● Localize a veia de acordo com as referências anatômicas do sítio da punção.
● Anestésico local: xilocaína a 2%.
● Punção venosa com agulha calibrosa conectada à seringa, mantendo sempre uma
pressão negativa com o êmbolo da seringa.
● Quando houver refluxo de sangue, mantenha a posição da agulha e desconecte a
seringa.
● Introduza o fio-guia metálico com extremidade em J” por volta de 20 cm.
● Mantenha o fio-guia nessa posição e retire a agulha.
● Proceda à dilatação da pele e ao trajeto até o vaso com introdução do dilatador pelo
fio-guia
○ pode ser necessária a abertura da pele com lâmina de bisturi para introdução
do dilatador.
● Mantenha o fio-guia nessa posição e retire o dilatador.
● Introduza o cateter definitivo com cuidado, sem perder a extremidade distal do
fio-guia.
● Retire o fio-guia.
● Lave a via (distal) com solução salina e feche o lúmen.
● Fixe o cateter com pontos, seguindo as especificações do fabricante do dispositivo.
● Faça curativo oclusivo.
● Realize a confirmação radiológica da posição adequada do dispositivo.
OBS: Caso haja alguma alteração no ritmo cardíaco do paciente durante o procedimento,
puxe o fio-guia de volta até que o ritmo se normalize.
SÍTIOS DE PUNÇÃO
VEIA SUBCLÁVIA
● via mais cômoda para o paciente
● taxa de sucesso 95%
● menor taxa de infecção e de trombose
● maior risco de pneumotórax e complicações hemorrágicas
dois tipos de abordagem:
● Infraclavicular:
○ local da punção está de 2 – 3 cm lateral ao ponto médio da clavícula
○ agulha deve ser direcionada para a fúrcula esternal, margeando a face
posterior da clavícula;
● Supraclavicular:
○ local de punção deve ser na borda lateral do ramo clavicular do
esternocleidomastoideo, na margem superior da clavícula, em direção à
fúrcula esternal.
VEIA FEMORAL
● via de exceção: altas taxas de infecção e trombose venosa profunda.
● indicação: rápida obtenção do acesso em pacientes instáveis hemodinamicamente,
podendo ser realizada até durante uma reanimação cardiorrespiratória.
● palpação da artéria femoral na região inguinal e punção da veia femoral
medialmente ao pulso femoral, cerca de 1 – 2 cm abaixo da prega inguinal
● USG: vasos são anecóicos, mas a veia é muito mais compressível do que a artéria,
por isso, ao realizar uma leve compressão na pele com o transdutor, será possível
identificar qual vaso é a veia.
COMPLICAÇÕES
● dependem do sítio da punção e do tipo de cateter
● mais comuns:
○ pneumotórax
○ hemotórax
○ punção arterial inadvertida
○ trombose venosa
○ estenose/oclusão venosa
○ infecção
○ embolia
Infecção
● infecção no sítio da punção,
● colonização do cateter seguida de infecção intraluminal
● via hematogênica através do cateter
● revisão diária do cateter, com remoção imediata quando ele não for mais necessário
● utilização de antibióticos tópicos é ineficaz
Mecânicas
● punção arterial, hematoma, pneumotórax, hemotórax, arritmia e localização
inadequada do cateter
● punção guiada por USG diminui o risco
Trombóticas
● menor risco: veia subclávia
● retirada do cateter, o mais rápido possível