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ACESSO

PARA
HEMODIÁLISE
ACESSO PARA HD

• Acesso ideal
• É aquele que fornece fluxo de sangue
suficiente para uma prescrição da
diálise, uma sobrevida adequada e um
baixo risco de complicações
ACESSO PARA HD

Devemos considerar
• A sobrevida de um paciente em diálise é em média 20
anos.
• Uma fístula dura em média 5 anos

Conclusão:
Um paciente pode necessitar por volta de
4 acessos para o tratamento dialítico durante
sua vida
ACESSO PARA HD

• QUEM É O RESPONSÁVEL PELO


ACESSO ?
ACESSO PARA HD

Resposta:

Toda a equipe !
ACESSO PARA HD

PORÉM:

A Enfermagem é a que mais tem


contato direto com o acesso do
paciente !
ACESSO PARA HD

• O cirurgião sabe como faz e não sabe


para que serve
• O nefrologista sabe para que serve e não
sabe como faz

• A ENFERMAGEM USA E CUIDA !

Dr. Fábio Linardi


ACESSO PARA HD

A avaliação do acesso feita pelo


Técnico/Auxiliar de enfermagem é de
uma importância inestimável, pois o
acompanhamento da evolução e os
cuidados adequados é que vão garantir
verdadeiramente com que a sobrevida
seja a melhor possível
ACESSO PARA HD

O momento de instalar o paciente da diálise é


uma oportunidade para os profissionais de
enfermagem mostrarem as suas
capacidades não somente técnicas.
Estamos “tocando” a pessoa, lidando com não
somente o acesso para a HD, mas também
com um dos acessos que ele dispõe no
momento para estar diretamente ligado ao
tempo e a qualidade de vida que pode
usufruir !
ACESSO PARA HD

Temos que sentir que somos capazes de


ajudar as pessoas
não somente pela nossa formação, mas
também pelo nosso jeito de tocar,
olhar e “saborear” os nossos gestos.
Como você se sentiu depois de ter
recebido de alguém um gesto de
atenção inesperada ?
VONTADE VONTADE SENTIU QUE
DE SER DE VIVER AS SUAS
MELHOR ? MELHOR ? FORÇAS
FORAM
RENOVADAS ?
Um gesto do profissional de enfermagem pode
promover esses sentimentos nas pessoas que
estão recebendo nossos cuidados e atenção.
CIÊNCIA
ANATOMIA DE VASOS
ANATOMIA DE VASOS

Veia jugular Veia jugular


interna externa
ANATOMIA DE VASOS
Veia jugular interna

Veia subclávia
Veia subclávia
ANATOMIA DOS VASOS

Veia Femoral

Artéria Femoral
Veia Safena
TIPOS DE ACESSO
FÍSTULA ARTÉRIO VENOSA MS:

Recebe a denominação de acordo com o


nomes dos vasos ligados

UB - Ulnar Basílica
RC – Rádio Cefálica
BC – Bráquio Cefálica
BB – Bráquio Basílica
RB - Rádio Basílica
FAV / CIRURGIA

Artéria

Veia
FAV / CIRURGIA

Anastomose
FAV / CIRURGIA

Veia com fluxo


da artéria

Artéria

Anastomose
PRÓTESE

• Utilizada quando não é possível a


confecção de uma fístula clássica,
utilizando as veias do paciente

• Feita de material sintético. As mais


comuns são as de PTFE e Dracon
PRÓTESE DE DACRON
FAV / CIRURGIA

Superficialização e
anteriorização da
veia basílica
VEIA SAFENA

• FAV FEITA NO MI

• PODE SER REIMPLANTADA NO MS


MATURAÇÃO FAV
• Todos os acessos devem avaliados
individualmente. O tempo de maturação é
entre 30 e 60 dias

• Não devemos pré fixar um prazo

• A parede do vaso deve ficar espessa para


que haja hemostasia adequada
(orientar o paciente quanto aos exercícios)
MATURAÇÃO PRÓTESE PTFE

• A prótese é feita de um material


sintético.
• Deve-se respeitar o intervalo de 45
dias para que haja a “incorporação” da
mesma pelo tecido ao redor.

A HEMOSTASIA ADEQUADA APÓS AS


PUNÇÕES DEPENDE DISSO !!!
FAV VEIA SAFENA
SHUNT ARTÉRIO VENOSO

ACESSO
UTILIZADO
NO INÍCIO
DO
TRATAMENTO
DE DIÁLISE
CRÔNICA
COMPLICAÇÕES
FAV / PRÓTESE
COMPLICAÇÕES FAV

• TROMBOSE DEVIDO:

Hipotensão
Hematócrito Muito Alto
Hipercoagulabilidade
Heparina Inadequada
Hematomas Frequentes
Curativo Muito Compressivo
COMPLICAÇÕES FAV

• INFECÇÃO
• SANGRAMENTO
• ESTENOSE
• ANEURISMA
• SÍNDROME DO ROUBO
• SOBRECARGA CARDÍACA
principalmente nas fístulas proximais,
as vezes sendo necessário a redução do vaso
COMPLICAÇÕES DA PRÓTESE PTFE

• A PRÓTESE GERALMENTE TEM UMA SOBREVIDA MENOR COMPARADA


A FAV CLÁSSICA

• INFECÇÃO

• SANGRAMENTO – por ser de material sintético quem


promove a hemostasia é o tecido
ao redor (o furo feito pela agulha
nunca fecha)

• TROMBOSE – devido mesmos fatores


relacionados a fav
COMPLICAÇÕES DE FAV

Aneurisma
Ponto de
necrose
COMPLICAÇÕES DE FAV

Aneurisma
COMPLICAÇÕES DE FAV

Aneurisma
COMPLICAÇÕES DE FAV

Necrose
devido
isquemia
por roubo
de fluxo
sanguineo
CUIDADOS
DE
ENFERMAGEM
ORIENTAÇÕES PARA O
PACIENTE

• Explicar Para O Paciente O Que É A Fístula,


Prótese Ou Cateter !
Seu
acesso..

• Sabendo Melhor Do Que Se Trata Ele Pode Nos


Ajudar !!!
ORIENTAÇÕES PARA O
PACIENTE

• LAVAR O BRAÇO COM SABÃO


Usar somente água, só serve para “hidratar e
refrescar” as bactérias !

Fazer esfregaço e muita espuma !!!!


Ideal 10 segundos !

Não adianta dizer que tomou banho em casa, porque


a flora bacteriana da pele se refaz em 30’ !
ORIENTAÇÕES PARA O
PACIENTE
Blá,blá,blá..

• Não dormir sobre o braço


• Não carregar peso
• Usar a FAV somente para a diálise
• Não permitir a verificação de PA no membro
• Avisar a equipe qualquer sinal de alteração do
acesso
• Orientar como proceder nos casos de sangramento
• Orientar quanto tempo permanecer com o curativo
(aumento do risco de trombose e infecção)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• FAZER UMA ASSEPCIA RIGOROSA


(LEMBRAR DA LUVA !!!!)

• OBSERVAR O TEMPO DE AÇÃO DO


ANTISSÉPTICO (Ex: PVPI demora 30’’ para agir”)

• PUNCIONAR COM MOVIMENTO ÚNICO

• VARIAR O LOCAL DA PUNÇÃO

• FIXAR AS AGULHAS
O movimento pode causar desconexão e “rasgar”o vaso
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Manter uma distância de 5 cm entre as pontas das
agulhas (suficiente para não haver recirculação)

• As agulhas podem ser inseridas no mesmo sentido

FUGIR DA ANASTOMOSE E NÃO DA CICATRIZ !!!!

Anastomose

Cicatriz cirúrgica
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Realizar as punções pensando na


economia do vaso.
Um hematoma
nesta região, tira
Segunda opção todas as
de RC terço possibilidades de
médio novas FAVs

Terceira opção
FAV RC
BC
Distal
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Não fazer curativo muito compressivo


após a retirada das agulhas.

• Para que ocorra a hemostasia do vaso


é necessário a passagem de um certo
volume de sangue, pois ele carrega os
elementos necessários para a
formação do trombo
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Curativo comprimindo o vaso

sangue veia

Curativo menos compressivo, permitindo a


passagem do sangue

Células formando o trombo


CÂNULAS PERCUTÂNEAS

CATETER
CATETER DE
TEMPORÁRIO LONGA
PERMANÊNCIA
CÂNULAS PERCUTÂNEAS

ACESSO TEMPORÁRIO
Cateter de dupla luz

Pode ser implantado:


- Subclávia
- Jugular
- Femoral
VEIA SUBCLÁVIA

• Pode ser mantido por várias


semanas. É mais “confortável” para o
paciente porém está sendo menos
utilizado devido a ocorrência da
importante estenose do vaso.
VEIA JUGULAR

• Pode ser mantido por várias semanas,


menos “confortável” para o paciente
(preferência usar os cateteres curvos),
porém está sendo mais utilizada, devido a
redução de complicações tardias após a
confecção das fístulas.

Cateter curvo
VEIA FEMORAL
• FÁCIL INSERÇÃO DO CATETER

• UTILIZADO QUASE SEMPRE PARA UMA ÚNICA DIÁLISE,


PORÉM PODE PERMANECER POR CERCA DE 3 DIAS COM O
PACIENTE DEITADO

• PACIENTE DEVE PERMANECER DEITADO DURANTE O


TRATAMENTO E APÓS A RETIRADA DO CATETER, ATÉ A
HEMOSTASIA DO VASO

• RISCO DE SANGRAMENTO

• RISCO DE INFECÇÃO
CÂNULAS PERCUTÂNEAS
CATETERES DE LONGA PERMANÊNCIA

- Permcath
- Ash split cath
- Tesio cath

Podem ser implantados:


- Subclávia
- Jugular
PERMCATH

• FEITO EM SILICONE MALEÁVEL

• POSSUE CUFF CUTÂNEO


Melhor fixação na pele
Redução de infecção
PERMCATH

Cuff cutâneo

A Ponta Fica
Dentro Do
Vaso
TESIO CATH
• FEITO EM SILICONE MALEÁVEL

• AS PONTAS FICAM NO ATRIO


Permite melhor fluxo

• POSSUE CUFF CUTÂNEO


Melhor fixação na pele
Redução de infecção

• Os lumens são separados:


Vantagem: permite a troca separada nos casos de
coagulação
Desvantagem: necessita de duas punções diferentes
TESIO CATH
ASH SLIT CATH

• FEITO EM SILICONE MALEÁVEL

• POSSUE CUFF CUTÂNEO


Melhor fixação na pele
Redução de infecção

• OS LÚMENS PODEM SER SEPARADOS PELO CIRURGIÃO


NA HORA DA INCERSÃO:
Vantagem: necessita somente de uma punção
ASH SLIT CATH

• VOLUME INTERNO É MAIOR, COMPARADO COM O


PERMICATH
Permite melhor fluxo

• AS PONTAS FICAM NO ATRIO


Permite melhor fluxo

• AS PONTAS SÃO ABERTAS


Orifício de 360 graus – não aspira a parede
Permite melhor fluxo
ASH SPLIT CATH

Pontas ficam dentro


do Átrio
PERMCATH

A ponta fica
dentro do vaso
COMPLICAÇÕES
CÂNULAS
PERCUTÂNEAS
COMPLICAÇÕES CPC
OBSTRUÇÃO DA SUBCLÁVIA
Veia Subclávia

Dificuldade do
retorno do
sangue
COMPLICAÇÕES CPC
ESTENOSE DA VEIA SUBCLÁVIA

Desenvolvimento
de circulação colateral

Edema
OUTRAS COMPLICAÇÕES CPC

AGUDAS
TARDIAS
• PUNÇÃO DE ARTÉRIAS

• PNEUMOTÓRAX
• INFECÇÕES
• HEMOTÓRAX

• ARRITMIAS CARDÍACAS
• TROMBOSES
• SANGRAMENTO

• COAGULAÇÃO
DO CATETER

• DISFUNÇÃO DO CATETER
ORIENTAÇÕES PARA O
PACIENTE

• Orientar o paciente quanto a não


dormir do lado do cateter
• Não molhar, tracionar ou dobrar
• Não usar fora da unidade
• Orientar quanto a saída acidental ou
sangramento Tudo
isso !!
!
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Manusear com técnica asséptica, usar máscara, luva e campo estéril
impermeável.
Dependendo da gramatura, a contaminação se dá em um prazo
curto de tempo.

• Fazer a desinfecção das pontas antes de


abrí-las, respeitando o tempo de ação do anti-
séptico utilizado

IMPORTANTE AÇÃO MECÂNICA


CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Ao término da sessão, lavas as vias com SF


suficiente para a remoção de sangue

• Infundir a heparina sob pressão, utilizando


uma seringa pequena, fechando a pinça logo
em seguida, evitando que haja refluxo de
sangue para a luz do cateter com
consequente coagulação
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

• Realizar curativo do óstio a cada 72 hs ou


s/n

• Manter as ponteiras ocluídas


Alguns serviços optam em deixar sem
curativo os cateteres de longa permanência
devido a presença do cuff (barreira física).
Neste caso prender os segmentos na pele
CUIDADOS DE ENFERMAGEM

COMITÊ DE CONTROLE ??????


CUIDADOS DE ENFERMAGEM

ANOTAÇÕES DE
ENFERMAGEM REVER
CONCEITOS !!

AVALIAR E
SUGERIR
MUDANÇAS !
MUITO OBRIGADA !!!

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