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PREPARO E

ADMINISTRAÇÃO DE
DROGAS ENDOVENOSAS

Profª: Patrícia de Souza


SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA AVANÇADA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A administração via endovenosa (EV) permite a
aplicação de medicações diretamente na corrente
sanguínea através de uma veia. Como o medicamento
ou a solução é absorvido imediatamente, a resposta do
cliente também é imediata. Como a absorção pela
corrente sanguínea é completa, grandes doses de
substâncias podem ser fornecidas em fluxo contínuo.
Indicam-se diluições em seringas de 20 e 10ml, ou
seja com 20 ou 10ml de água destilada ou para
injeção.
Tipos de Infusão
Bolus: é a administração intravenosa realizada em
tempo menor ou igual a 1 minuto.

Infusão rápida: é a administração intravenosa


realizada entre 1 e 30 minutos. Algumas podem ser
realizadas com seringa, porém para infusões em tempo
superior a 10 minutos recomenda-se a utilização de
bureta.
Infusão lenta: é a administração intravenosa
realizada entre 30 e 60 minutos.
Infusão contínua: é a administração realizada em
tempo superior a 60minutos, ininterruptamente.
Administração Intermitente: não contínua, por
exemplo de 6 em 6 horas. Para este tipo de terapia é
importante a preocupação com a manutenção da
permeabilidade do cateter que permanecerá com
dispositivo tipo tampinha nos intervalos da medicação.
Locais mais indicados para punção
endovenosa:
1. REGIÃO DO DORSO DA MÃO: Área em que
encontramos veias superficiais de fácil acesso, porém
atenção à punção de longa duração nesse local, pois
pode limitar os movimentos.
2. REGIÃO DOS MEMBROS SUPERIORES: Área em que
encontramos vários locais disponíveis para realizar a
punção.
3. REGIÃO CEFÁLICA: Utilizada com freqüência em
pediatria, quando não há possibilidade de realizar a
punção em regiões periféricas.
CUIDADOS NO PREPARO
 Atenção a pacientes alérgicos.
 Conhecer o medicamento
( reconstituição,diluição,tempo de infusão,reações
adversas, fotossensibilidade, estabilidade) .
 Lavar as mãos.
 Desinfecção do local de preparo.
 Homogeneizar e observar presença de partículas
e alteração na cor.
 Atenção ao manuseio da seringa e agulha.
Material:
 Medicação;
 Bolas de algodão com álcool 70%;
 Seringas com SF 0,9% para lavar o acesso
caso esse for mantido salinizado;
 Agulhas de acordo com a finalidade do acesso
(scalp, jelco, agulha hipodérmica...);
 Garrote;
 Esparadrapo ou micropore para fixação, se for
preciso.
 Equipo e soro em caso de infusões.
Escolhendo o dispositivo:
 Comprimento: será determinado pela extensão da veia
que se pretende puncionar.
 Diâmetro: um cateter de menor diâmetro ocupará
menor espaço dentro da veia, facilitando o fluxo venoso
e a introdução do medicamento.
 Calibre de 20 a 22 é utilizado para a maior parte dos
líquidos infundidos.
 Calibre 14 a 16 para soluções viscosas e cáusticas.
 Calibre 18 para hemoderivados. 16 – 18 – 20 – 22 - 24
EQUIPO COM BURETA
EQUIPO
Sistema fechado
Injetor lateral
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA COM CATETER
TIPO JELCO

- A técnica de punção é igual a das anteriores, com


angulação de 15o e agulha com bisel para cima.
- Ao penetrar no interior da veia, veremos que reflui
sangue no dispositivo transparente (canhão) do
JELCO.
- Segura-se o mandril e empurra-se o cateter para o
interior da veia até fique complemente introduzido.
- Retira-se o mandril, comprimindo-se a ponta do
catéter, sobre a pele, impedindo ou diminuido o
refluxo de sangue;
- Conecta-se ao equipo de soro através de uma
torneira de 3 vias ou similar.
- Após a punção, deve ser feito o teste de refluxo,
para evidenciar que realmente o cateter está no
interior do vaso e, então, inicia-se o gotejamento do
soro e fixação do acesso.
TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA COM CATETER TIPO
SCALP
- O espaço interno do scalp deve ser preenchido por
soro ou com o sangue que reflui da veia, para poder
conectar no equipo de soro.
- Faça a fixação do scalp com esparadrapo, previamente
cortado.
- Certifique-se de que o scalp esta no interior da veia,
descendo o frasco de soro.
- Identifique com data e numeração do catéter utilizado
(algumas instituições também solicitam que seja
anotado o nome do profissional que realizou a punção).
Referências Bibliográficas:

1. SMELTZER, S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth – Tratado de


Enfermagem Médico--Cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro,
Guanabara, 2008.

2. POTER, P; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª ed. Rio


de Janeiro: Elsevier, 2009.

3. PIANUCCI, Ana. Saber Cuidar: Procedimentos básicas em


Enfermagem. 13ª ed. São Paulo: SENAC, 2006.

4. SILVA, M. T; SILVA, S.R.L.P.T. Cálculo e Administração de


Medicamentos na Enfermagem. 2ª ed. São Paulo: Martinari,
2010.

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