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Tipos de acesso e

infusões

Raquel L. da Cunda Ruthes


Disciplina: Simulação Clínica 2
INTERNATO EM
1ª Parte - Teórica
Acesso venoso
1.INTRODUÇÃO

Os primeiros relatos de acesso venoso periférico em humanos são de


meados do século XVII quando Robert Boyle e Richard Lower relataram
transfusão de sangue de animais em humanos

A primeira transfusão sanguínea entre humanos ocorrer em 1818, por


Blundell.

A infusão por terapia salina só viria a ocorrer em 1831 e 1832


ACESSOS VASCULARES:

❑ Acesso Venoso Periférico


❑ Acesso Venoso Central
❑ Acesso Arterial
❑ Intraósseo
Acesso Venoso
Periférico
Acesso Venoso Periférico

✓O acesso venoso periférico é um dos principais procedimentos


realizados na área de saúde.

✓Conhecer esse procedimento é algo essencial para todos os médicos.

✓ Mais de 70% dos pacientes internados em instituições hospitalares


necessitam do acesso venoso periférico.
✓É mais superficial que outros acessos, sendo destinado a
administração de medicações comuns e coleta de sangue para
exames.

✓É aconselhado que ele seja mantido em um mesmo sítio por até 72


horas, tendo em vista o risco de complicações como infecções, flebite
e trombose.
(FLEBITE/TROMBOSE)

A flebite é uma inflamação que ocorre na camada interna das veias


mais superficiais das pernas.

Esta condição acomete as mulheres com maior frequência e,


dificilmente, ocorre nas veias dos membros superiores.
Em alguns casos, a inflamação pode causar a formação de coágulos
que afetam o fluxo do sangue.

Caso isso ocorra nas veias mais superficiais, temos o que chamamos de
tromboflebite.

Nos casos em que os coágulos se formam nas veias mais profundas,


temos um caso de trombose venosa profunda (TVP).
2.RESPONSÁVEL PELA PRESCRIÇÃO E PELA
EXECUÇÃO
A prescrição do acesso venoso periférico é de responsabilidade do
médico.

A sua execução pode ser realizada pelo médico, enfermeiro ou técnico


de enfermagem.
3.INDICAÇÕES

a) Administração de drogas;

b) Injeção de fluidos, como soros e hemoderivados;

c) Cirurgias;

d) Emergências
4.CONTRAINDICAÇÕES

Devem ser criteriosamente avaliadas e estão associadas,


principalmente, às alterações patológicas no local da inserção.
São consideradas contraindicações relativas:
a) Infecção;
b) Flebite;
c) Esclerose venosa;
d) Infiltração intravenosa prévia;
e) Queimaduras ou trauma próximo ao local;
f) Fístula arteriovenosa no mesmo membro que se pretende fazer o acesso;
g) Procedimentos cirúrgicos envolvendo essa extremidade.
(ESCLEROSE VENOSA)
(FÍSTULA ARTERIOVENOSA)
(O que é diálise?)

A diálise é um tratamento que permite a substituição de algumas das


funções mais importantes dos nossos rins, nomeadamente a regulação
do volume extra-celular (através da retirada de líquido com a
ultrafiltração) e a eliminação de elementos que se acumulam na
insuficiência renal como, por exemplo, o potássio e a ureia (através do
mecanismo de difusão).
Situações que, apesar de não serem
contraindicações, podem dificultar ou impedir o
acesso venoso periférico
Desidratação severa ou;
Choque.
INTRAÓSSEO

Nesse sentido, o acesso venoso periférico ficaria impossibilitado por


conta da vasoconstricção ou até mesmo colapso desses vasos, sendo
necessário o acesso por outro meio.
Os cateteres possuem uma ampla variedade
de tipos, com diferentes características:
No que diz respeito a escolha do tamanho e calibre dos cateteres:

Deverá considerar o quadro clínico do paciente,

O volume e;

A viscosidade do fluido a ser administrado.

Quanto menor for o número da agulha, maior


será o seu calibre
Cateteres calibrosos permitem a infusão rápida de fluidos e são úteis
para a administração de líquidos viscosos.

Cateteres com menor calibre, todavia, causam menos flebite mecânica


(irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo
sanguíneo dentro do vaso que, por sua vez, reduz o risco de flebite
química
TIPOS DE CATÉTERES

“Scalp” ou “butterfly”

São agulhados possuem calibre entre 19 e 27 G,

“Abocath” ou “jelco”.

São flexíveis entre 14 e 24 G


O jelco é um cateter intravenoso QUE, ao contrário do scalp, possui tempo
de permanência maior, permitindo também a infusão de grandes volumes
de forma rápida.

Outra vantagem é a retirada do mandril metálico, permanecendo no espaço


intraluminal apenas o dispositivo maleável, o que impede a perda do
cateter por transfixação e também favorece a movimentação do membro.
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO

SCALP
TAMANHOS
ABOCATH - JELCO
6.REVISÃO ANATÔMICA

A escolha do local para o acesso envolve diversos fatores, como a


idade do paciente, seu conforto, a urgência do caso, o acesso a veia e
características inerentes ao vaso.

Escolher veias com maior diâmetro, mais visíveis, de fácil acesso e com
uma certa distância de articulações, ou seja, que não interfiram na
mobilidade do membro.
NORMALMENTE...

Acesso nas veias dos membros superiores, uma vez que possuem
menores índices de complicações em comparação com os vasos dos
membros inferiores.
OUTROS TIPOS DE
ACESSOS
INTRA-ÓSSEO
➢JELCO
➢DISPOSITIVO APROPRIADO
Dispositivos
Agulhas
Partes da agulha
Tipos de biséis
Cores dos Canhões das Agulhas

As cores dos canhões das agulhas tem padrão mundial o que facilita a
identificação do calibre da agulha.
AGULHAS
Seringas
Seringas

São equipamentos usados por profissionais de saúde para inserir ou


aspirar substâncias liquidas por vias: intravenosa, intramuscular,
intracardíaca, intratecal, subcutânea, intradérmica e intramuscular.
Stopper
Volumes e Graduações das Seringas
Seringa de 1mL
Mais usada para aplicação de medicamentos nas vias subcutânea e
intradérmica.

♦Existem duas apresentações para as seringas de 1mL:

UI – Unidades Internacionais é dividida em 100 partes iguais, ou seja


1,0mL = 100UI.
mL- 0,1mL, 0,2mL…até » 1,0mL.
Seringas graduadas em unidades internacionais (UI) são as mais
utilizadas, principalmente pelas pessoas que fazem uso de insulina.

Para converter mililitros (mL) em Unidades Internacionais (UI) basta


multiplicar por 100.

Para converter Unidades Internacionais (UI) em mililitros (mL) basta


dividir por 100.
Seringa de 3mL

É dividida em subunidades de 0,1 mL.

É graduada de 0,5 em 0,5 mL e cada 0,5 mL contem 5 traços menores


que correspondem a 0,1mL cada.
Seringa de 5mL

É dividida em subunidades de 0,2 mL.

É graduada de 1,0 em 1,0 mL e cada 1 mL contem 5 traços menores


que correspondem a 0,2mL cada.
Seringa de 10mL

É dividida em subunidades de 0,2 mL.

É graduada de 1,0 em 1,0 mL e cada 1 mL contem 5 traços menores


que correspondem a 0,2mL cada.
Seringa de 20mL

É dividida em subunidades de 1,0 mL.

É graduada de 5,0 em 5,0 mL e cada 5 mL contem 5 traços menores


que correspondem a 1,0mL cada.
Seringa de 60mL
Usada para aspiração e injeção de grandes volumes líquidos e alimentação
enteral, durante procedimentos médicos.

É dividida em subunidades de 2,0 em 2,0 mL.

É graduada de 10,0 em 10,0mL e cada 10,0mL contem 5 traços menores


que correspondem a 2mL cada.
INTERNATO EM
2ª Parte – Prática
Aferição de Pressão Arterial
Técnica de aferição de PA em membros
inferiores
1. Localizar, com os dedos indicador e médio, a artéria tibial posterior;

2. Posicione o estetoscópio, segurando o diafragma deste sobre a


artéria tibial posterior;

3. Feche a válvula de ar e insuflar;

4. Abra a válvula vagarosamente e observe o manômetro;


5. Registrar o ponto em que são ouvidos os primeiros filhos de
Korotkoff (Pressão Sistólica) e oponto em que foi ouvido o último
som de Korotkoff (Pressão Diastólica);

6. Deixar que o restante de ar escape rapidamente


Vamos começar?

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