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Enf.

Bruno Amorim
Especialista em saúde do trabalhador e nefrologia.
Enf. Bruno Amorim
Especialista em saúde do trabalhador e nefrologia.
Competência do Reprocessamento em HD
• Lei do Exercício Profissional e Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem.
• Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (RDC/Anvisa) nº 11, de 13 de março de
2014.

• Atribuição do Técnico de Enfermagem e Enfermeiro com


treinamento especifico pela unidade em Reprocessamento de
linhas e dialisadores.
Reprocessamento em HD
Retirada do dialisador (Capilar) do paciente.

Limpeza Esterilização

Medição das fibras

Registro Armazenamento

Enxague antes do uso no


mesmo paciente
É um processo minucioso, requer seguimento rigoroso dos protocolos de reprocessamento para atingir o
padrão estipulado. Desta forma, se faz necessário seguir algumas orientações de segurança para
minimizar os riscos inerentes relacionados à reutilização de capilares.
Protocolo no Reprocessamento em HD
Todos os trabalhadores, ao
realizarem procedimentos nos
pacientes, no reprocessamento
de dialisadores e linhas
arteriais e venosas ou
manipulação de produtos
químicos, devem estar
protegidos com Equipamento
de Proteção Individual (EPI).
Protocolo no Reprocessamento em HD
• Os dialisadores e as linhas arteriais e
venosas podem ser utilizadas, para o
mesmo paciente, até 20 (vinte) vezes,
em reprocessamento automático em
máquinas registradas na Anvisa.

• É vedado o reuso de dialisadores de


paciente com sorologia positiva ou
desconhecida para hepatite B,
hepatite C, HIV e Covid-19.
Protocolo no Reprocessamento em HD
Protocolo no Reprocessamento em HD
• Após a medida do volume interno das
fibras, qualquer resultado indicando
uma redução superior a 20% do volume
inicial torna obrigatório o descarte do
dialisador.
• O conjunto do paciente (linhas e
dialisador) reutilizável deve ser
acondicionado em recipiente individual,
limpo, desinfetado, com identificação
clara e precisa do nome do paciente e RG
(registro geral) do hospital.
Protocolo no Reprocessamento em HD
• Após o 20° uso, o conjunto linha e capilar deverá ser
desprezado.
• O registro da utilização de um novo conjunto de dialisador e
linha arterial e venosa deve ser assinado pelo paciente e
arquivado.
• É obrigatória a medida do volume interno das fibras
"priming" em todos os dialisadores antes do primeiro uso e
após cada reuso subsequente, mantendo arquivados os
registros dos dados referentes a todos os testes.
Protocolo no Reprocessamento em HD
A solução de ácido peracético do dialisador reprocessado e não
utilizado, deverá ser trocada a cada 72 horas, caso o capilar
não tenha sido usado. Estes casos podem acontecer por falta de
adesão do paciente à sessão de hemodiálise ou por indicação
médica para avaliar função renal de pacientes em tratamento
de insuficiência renal aguda (IRA).
Protocolo no Reprocessamento em HD
• Todos os valores da medida do volume interno das fibras dos
dialisadores, obtidos tanto antes da primeira utilização como após
cada reuso, devem ser registrados e assinados pelo responsável
pelo processo e permanecer disponíveis para consulta dos
pacientes.

• Todo paciente deve ser instruído a verificar sua identificação no


dialisador e linhas, antes de ser submetido à hemodiálise.

• A solução de ácido peracitico deverá ficar em contato com


dialisador por, no mínimo, 8horas para esterilizar, podendo
variar de acordo com as instruções do fabricante.
Protocolo no Reprocessamento em HD

Deverá ser realizado teste para confirmar a


concentração da diluição de solução esterilizante.
Protocolo no Reprocessamento em HD

A diluição das soluções, quando necessária, deve ser feita por


profissional capacitado, empregando vidraria de laboratório
graduada ou volumétrica, usando água tratada para diálise.
Protocolo no Reprocessamento em HD
• A identificação do conjunto
capilar e linhas deverão ser
trocada sempre que necessário.
• A verificação da legibilidade da
identificação deverá ser feita a
cada sessão de hemodiálise.
• Cuidar para que não se
produza dobras nos segmentos
das linhas arteriovenosas para
evitar rachaduras e/ou
rompimentos.
Riscos do Reprocessamento em HD
• Remoção inadequada da sujidade dos dialisadores e linhas de
diálise, expondo o cliente ao risco de infecção e uma diálise
inadequada.

• Preenchimento inadequado dos capilares, linhas arteriais e


venosas, uma vez que a esterilização acontece por contato
direto com a solução esterilizante.

• Tempo de exposição à solução esterilizante insuficiente para


atingir a esterilização das linhas e dialisadores.
Medidas de segurança
• O reprocessamento é dividido em três fases: antes do primeiro uso, o
tratamento de diálise e pós-diálise.
• Antes do primeiro uso:
• O dialisador é registrado no inventário, designado para um paciente
(quando é identificado de modo permanente com o nome do paciente,
observando se há pacientes com nomes semelhantes na UTR.
• Antes do primeiro uso, o dialisador é processado para medir o volume
celular total inicial (VCT) (volume do feixe de fibras + volume dos
encabeçamentos).
• Durante o pré-processamento o dialisador é lavado com água tratada,
submetido a teste de pressão e preenchido com ácido peracético.
• Nesta etapa deve-se seguir as seguintes medidas de segurança:
Medidas de segurança
• Em relação à reprocessadora automática de filtro dialisador:

• Sempre que a reprocessadora automática de filtro dialisador for


armazenada por um período superior a 7 dias, faz-se necessário a
realização da desinfecção pós-turno antes do seu uso.

• Quando o equipamento for utilizado, após um longo período,


deverá ser realizado programa PREPARAR MÁQUINA (tem por
finalidade retirar resíduos de solução esterilizantes presentes nas
tubulações internas da reprocessadora após ter efetuado um ciclo
de auto sanitização).
Medidas de segurança
• A sanitização periódica e pós-turno deverá ser realizada
rigorosamente, pois tem a finalidade de enxaguar as
tubulações do equipamento, eliminar acúmulos de material
orgânico nas tubulações e esterilizar (sanitização periódica)
ou efetuar desinfecção de alto nível (pós-turno), preenchendo
suas tubulações com solução esterilizante.
• A realização da sanitização periódica, deverá ser realizada
sempre no final do turno da tarde, pois, para que ocorra a
esterilização completa, o equipamento deverá permanecer
preenchido com solução esterilizante por, no mínimo, 11 horas.
Medidas de segurança
• Em relação à solução limpadora e solução esterilizante:
• Os hemodialisadores, após a utilização, ou antes do primeiro uso,
são submetidos ao processo de esterilização química líquida,
subsequentemente, à limpeza.
• Após a diluição do ácido peracético para solução limpadora e
esterilizante, deve-se realizar o teste para verificação da
concentração esperada para cada uma das soluções.
• O resultado do teste será anotado em folha própria para controle
de qualidade e segurança do paciente. Deverá ser identificado no
galão de solução limpadora e esterilizante a DATA DA
DILUIÇÃO, HORA, DATADE VALIDADE DA DILUIÇÃO (de
acordo com as especificações do fabricante) e RESPONSÁVEL.
Medidas de segurança
• Tratamento de hemodiálise
Antes de permitir o uso de um dialisador reprocessado, o
profissional responsável pelo paciente deve inspecionar: a
identificação de rótulo, a integridade estrutural, as conexões
devidamente tampadas, o completo preenchimento com solução
esterilizante ( para isso deve-se verificar o nível hidroaéreo nos
encabeçamentos com o dialisador em posição horizontal: os dois
encabeçamentos devem estar preenchidos, no mínimo, até a altura
de dois terços) tempo mínimo de exposição ao agente químico
esterilizante (tempo de exposição de acordo com as recomendações
do fabricante) e as condições de armazenamento apropriadas.
Medidas de segurança
• O capilar é montado na máquina de hemodiálise, as
tampinhas dos conectores do capilar, deverão ficar imersas
em ácido peracético após a montagem do mesmo para,
posteriormente, ser utilizado na sala de reprocessamento do
mesmo.
• O capilar deverá ser lavado com solução de soro fisiológico até
a retirada de todo o germicida do capilar, antes do uso no
paciente.
• A ausência total de ácido peracético, deverá ser confirmada
com o reagente especifico para resíduo do mesmo.
Medidas de segurança
• Uma vez preparado para o uso
em um paciente, o dialisador
pode permanecer na máquina
por no máximo (2) duas horas,
caso ultrapasse este tempo,
faz-se necessário repetir o ciclo
do reprocessamento.
Medidas de segurança
• Após a hemodiálise:

• Ao fim da sessão, o profissional devolve o sangue contido no


dialisador para o paciente, e encaminha o mesmo para o
reprocessamento. É de extrema importância, fechar as
aberturas do dialisador para evitar contaminação cruzada.
O dialisador é lavado, limpo, testado, desinfetado,
inspecionado, rotulado e armazenado até o próximo uso.
Medidas de segurança
• Antes do armazenamento do conjunto linhas e dialisador
correspondente, realizar a conferência da identificação da caixa
de armazenamento com a identificação do dialisador.
• A conferência da identificação do conjunto linhas e dialisador
deverá ser realizada antes de cada sessão de HD pelo enfermeiro
do plantão e técnico de enfermagem responsável pelo paciente.
• Devem ser notificados dados completos do paciente, RG,
circunstâncias em que ocorreu o evento adversos, se houve dano
ou não e conduta adotada. Os dados do notificador e do
notificado são sigilosos.
Atribuições diretas do TER
• Verificar quais dialisadores do turno serão desprezados após 20º
uso.
• Colher as assinaturas dos pacientes cujos capilares serão
desprezados.
• Passar em cada máquina para pegar o recipiente de cada
paciente, imergir em ácido peracético as tampinhas dos
dialisadores até o momento do reprocessamento.
• Conferir a quantidade de solução esterilizante diluída, assim
como a data de validação para estabilidade da solução
esterilizante.
Atribuições diretas do TER
• Organizar o ambiente do reuso com as devidas caixas de
armazenamento, recipientes com tampinha imersa em ácido
peracético e todas as identificações que serão usadas em cada
capilar ou linha.
• Verificar cada capilar e linhas as respectivas identificações.
• Usar EPIs (luvas, gorros, óculos, avental de plástico, máscara
com filtro).
• Acondicionar em baldes os capilares e linhas, para serem
encaminhados até as salas de reprocessamento.
Atribuições diretas do TER
• Capilares, linhas arteriais e venosas de pacientes com sorologias
positivas (HIV, Hepatite B e C, Covid-19) ou suspeitos, não
deverão ser levadas para bancada de reprocessamento; as
mesmas deverão ser descartadas em lixo branco após passagem
de hipoclorito 1% por toda extensão do sistema na máquina de
hemodiálise.
• As linhas deverão ser descartadas, sempre que se constatar
roturas em sua estrutura, ou quando não for possível a limpeza
integral das mesmas.
Atribuições diretas do TER
• BRASIL, Ministério da Saúde – Resolução da Diretoria
Colegiada - RDC N° 11, dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas
de Funcionamento para os Serviços de Diálise e dá outras
providências, 13 de março de 2014 BRASIL.
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária Gestão de riscos e
investigação de eventos adversos relacionados à assistência à
saúde. Ministério da Saúde: Brasília, 2017. Manual de Diálise de
Jonh T.Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S.Ing. 5ª Edição
BRASIL, Ministério da Saúde – Resolução da Diretoria Colegiada
- RDC N° 11, dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de
Funcionamento para os Serviços de Diálise e dá outras
providências, 13 de março de 2014 BRASIL. Agência Nacional
de Vigilância Sanitária Gestão de riscos e investigação de
eventos adversos relacionados à assistência à saúde. Ministério
da Saúde: Brasília, 2017. Manual de Diálise de Jonh
T.Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S.Ing. 5ª Edição

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