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Retrograda e Miccional
Repassar o conhecimento do procedimento radiológico para estudo da uretra,
bexiga, avaliar a micção e observar possíveis refluxos ureterais.
Objetivo
Preparo do paciente
Dieta leve na véspera do exame. Às 22 horas, tomar dois comprimidos de laxante e manter
jejum até a hora do exame.
Material utilizado
Procedimento
Nunca se deve ter pressa e tentar introduzir o meio de contraste sob pressão. Pode ocorrer
ruptura por uso de pressão desnecessária. (BONTRAGER, K.L. 2003, p.563).
● Realizar radiografia simples em AP (piloto) - raio central (R.C.) angulado 10° a 15° caudal,
centralizado 5 cm superior a sínfise púbica.
● Realizar radiografia em AP para pequeno enchimento 100ml.
● Realizar radiografia em AP para médio enchimento 250ml.
● Realizar radiografia em AP - raio central (R.C.) angulado 10° a 15° caudal, centralizado 5 cm
superior à sínfise púbica.
● Realizar radiografia em perfil.
● Realizar radiografia em oblíquas: OAD e OAE.
Observar os procedimentos estéreis. Cuidar para não contaminar o material: risco de infecção.
(LEAL, R. et al. 2006, p. 79 e 80).
Uretrocistografia Retrógrada
Objetivo
A uretrocistografia retrógrada é um exame radiológico não funcional realizado em homens para
estudo de toda a extensão da uretra, realizado por meio contraste via uretral com auxílio de uma
oliva de adaptação.
Nesse exame, é utilizada uma seringa com adaptador especial ao pênis e realiza-se as
radiografias quando é introduzida a quantidade necessária de meio de contraste.
Quando não se tem adaptador, injeta-se o contraste pela uretra, diretamente sem o auxílio de
pinças ou outro subterfúgio. (LEAL, R. et al. 2006, p. 63).
Indicações clínicas
● Uretrites.
● Uretrites gonocócicas.
● Estenose uretral.
● Fístula.
● Tumores (neoplasias). (LEAL, R. et al. 2006, p. 63)
Material utilizado
● Soro fisiológico.
● Meio de contraste iodado.
● Seringa de 20 ml.
● Sonda para meato urinário.
● Cuba rim.
● Material anti-séptico.
● Anestésico gel 2%.
● Pinça de brodney.
● Gazes e luvas estéreis.
O preparo do contraste é realizado na cuba rim onde se mistura o soro fisiológico (25%) e o
contraste (75%).
Realizar assepsia do meato urinário e regiões periféricas.
Conectar a sonda acoplada à seringa cheia de meio de contraste no meato urinário.
A garra metálica é utilizada para fixação da sonda no órgão masculino, fixá-la segurando toda a
glande.
● Realizar uma radiografia simples, sem contraste para avaliar o posicionamento e a técnica (kV e
mAs) em A.P. Chassi: 24x30.
● Com o paciente na posição de O.A.D., injeta-se o contraste, realizar radiografia no exato momento
da injeção para poder visualizar o trânsito do contraste pela uretra. Chassis: 24x30 transversal,
com a borda inferior do chassi 4 cm abaixo do púbis.
Uretrocistografia Miccional
Objetivo
Indicações clínicas
● Traumatismo.
● Perda involuntária de urina.
● Infecção urinária.
● Litíase. (LEAL, R. et al. 2006, p.67).
● Divertículos uretrais.
● Trauma uretral agudo. (NOVELLINE, R.A. 1999, p.436).
Material utilizado
Soro fisiológico (500ml), contraste iodado, sonda vesical, equipo de soro, cuba rim, material
anti-séptico, anestésico gel 2%, pinça, gazes, luvas. Realizar assepsia do meato urinário e regiões
periféricas. (LEAL, R. et al. 2006, p.67).
Procedimento
Não há preparo específico do paciente, devemos solicitar a ele que esvazie a bexiga antes de
passarmos a sonda vesical. Depois do cateterismo vesical de rotina sob condições assépticas,
geralmente realizado pelo técnico ou auxiliar de enfermagem, a bexiga é então cheia com contraste
diluído em soro fisiológico.
Deve-se deixar que o contraste flua apenas pela ação da gravidade. Nunca se deve ter pressa e
tentar introduzir o contraste sob pressão.
A fase miccional é mais bem realizada com aquisição fluoroscópica da imagem, com o paciente
em decúbito dorsal obliquado, embora a posição ortostática torne a micção mais fácil.
Antes da remoção do cateter da bexiga e da uretra, todo o líquido deve ser removido do
balonete do cateter, se esse tipo de cateter for usado. Então, o cateter deve ser removido muito
suavemente, sem traumatizar a uretra.
Com o paciente em decúbito dorsal, deve-se realizar uma radiografia simples da bexiga em AP,
para verificação da técnica empregada, posicionamento e variações anatômicas.
● Radiografar a bexiga com pequeno enchimento, 100ml em AP.
● Radiografar a bexiga com médio enchimento, 200ml em AP.
● Radiografar a bexiga com grande enchimento, 400 a 500ml em AP.
● Radiografar a bexiga cheia nas posições oblíqua direita (OD) e oblíqua esquerda (OE).
Raio Central - perpendicular ao abdome, entrando 4 cm acima da sínfise púbica.
Chassis: -18 x 24 panorâmico transversal (pequeno enchimento, médio enchimento, e pós-
miccional da bexiga).
24 x 30 panorâmico transversal (OD e OE localizada da bexiga).
Fase miccional
A OPD no paciente masculino é a ideal, pois a uretra estará superposta aos tecidos moles da
coxa direita. Essa posição evita a superposição de quaisquer estruturas ósseas, exceto a parte
inferior da pelve e o fêmur proximal. (BONTRAGER, K.L. 203, p.564).
Objetivo
Indicações
● Estenose uretral.
● Prolapso da base da bexiga.
● Incontinência do esforço urinário feminino.
● Mensura do ângulo entre a uretra e a bexiga. (LEAL, R. et al. 2006, p. 75).
Material utilizado
Soro fisiológico, contraste iodado, sonda uretral, xilocaina, luvas, gases, material para assepsia,
correntinha (cadeia de contas metálicas).
Procedimentos
O preparo do contraste é realizado na cuba rim onde se mistura o soro fisiológico (50%) e o
contraste (50%).
Realiza-se assepsia do meato urinário e regiões periféricas.
Introduz se a sonda uretral pela uretra até a bexiga.
Referências
BONTRAGER, K.L. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 5. ed. Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan, 2003.
LEAL, R. et al. Posicionamentos em Exames Contrastados. 1. ed. São Paulo: Corpus, 2006.
NISCHIMURA et al. Enfermagem nas Unidades de Diagnóstico por Imagem – Aspectos
Fundamentais. 1. ed. São Paulo: Atheneu, 1999.
NOVELLINE, R.A. Fundamentos de Radiologia de Squire. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999.
DANI, R.; CASTRO, L. P. Gastroenterologia Clínica. 1. ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1986.