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HEMORROIDAS
CONCEITOS IMPORTANTES:
Hemorroidas Internas – área de epitélio colunar (glandular) = não são sensíveis à dor, toque ou
temperatura.
Hemorroidas Externas - área de epitélio escamoso (com vários receptores somáticos à dor) =
extremamente dolorosas, principalmente quando trombosadas.
FATORES DE RISCO
• Constipação crônica;
• Diarreia ou hábito intestinar irregular;
• Tumores pélvicos;
• Gravidez;
• Hereditariedade;
• Postura ereta;
• Aumento da pressão abdominal;
• Idade avançada;
• Esforço evacuatório.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Exame Físico:
• Inspeção;
• Toque retal (posição prona ou decúbito lateral esquerdo);
• Anoscopia;
• Avaliação endoscópica.
TRATAMENTO
1. Tratamento Conservador:
• Mudanças de hábitos:
o Dieta rica em fibras (aproximadamente 20 a 25g/dia);
o Aumento da ingesta de água (aproximadamente 1500 a 2000mL/dia);
o Não ignorar a urgência evacuatória;
o Interrupção da ingesta de bebidas de álcool, comidas com pimenta,
condimentos e alimentos constipantes;
o Minimizar o uso do papel higiênico (optar por duchas);
o Fazer uso de laxativos que aumentam o bolo fecal, pomadas e supositórios
tópicos para alívio da dor;
o Administrar drogas venotônicas (p.ex.: diosmin).
• Ligadura elástica: procedimento realizado no consultório médico.
o Hemorroidas graus I, II ou, no máximo, III.
o Hemorroida grau IV requer tratamento cirúrgico definitivo.
o Contraindicações: pacientes em uso de anticoagulantes ou antiplaquetários,
pacientes imunocomprometidos ou com hipertensão portal.
o Normalmente, apenas um mamilo deve ser tratado por vez para minimizar
necrose tecidual excessiva. Quando isso não é possível, a maior hemorroida
deve ser tratada primeiro.
▪ Mais de 4 ligaduras: hemorroidectomia.
o A ligadura resulta em necrose e posterior formação de fibrose. A cicatrização
completa demora algumas semanas.
• Fotocoagulação;
• Eletrocoagulação;
• Escleroterapia;
• Esfincterotomia Lateral Interna;
• Crioterapia.
2. Tratamento Cirúrgico:
• Persistência dos sintomas após o tratamento clínico e/ou conservador;
• Pacientes incapazes de tolerar o tratamento conservador;
• Pacientes que não desejam o tratamento conservador;
• Portadores de hemorroidas sintomáticas volumosas (graus III e IV), associadas ou
não a prolapso mucoso do reto.
I) Técnica de Milligan-Morgan:
o Aberta;
II) Técnica de Ferguson-Heaton:
o Fechada;
o Melhor cicatrização;
o Baixa taxa de infecção;
OBS: é possível fazer um mix entre as duas técnicas em
pacientes com mais de uma hemorroida.
Técnica de Longo: anastomose do reto causa muita dor e desconforto pós-operatório.
No pós-operatório:
• AINEs (p.ex.: Profenid por aproximadamente 7 dias);
• Analgésico (p.ex.: Paracetamol ou Dipirona);
• Opioide em doses baixas (p.ex.: Tramal ou Tramadol);
• Medicação de resgate (p.ex.: Toragesic);
• Laxativo (p.ex.: Muvinlax);
• Pomada de uso tópico (p.ex.: Proctil ou Ultraproct, Xiloproct);
• Banho de assento com camomila ou malva;
• Raramente é necessário um venotônico (p.ex.: Diosmin).
Hemorroida Estrangulada:
• Internar o paciente;
• AINE + analgésico + venotônico + banho de assento.
o Permanganato de Potássio – pode causar queimadura.
• OBS: se infecção ou necrose = CIRURGIA.