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Identificação: PRS- SAD 003

Elaborador: Vinicius Pimenta

Revisão: Cibele Taufer da Silva


PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Aprovador: Erivelton Cordeiro Carvalho

Revisado em: 31/07/2019


Segunda edição

INTERCORRENCIAS NO DOMICÍLIO

1 – OBJETIVO

Estabelecer diretrizes para padronizar o atendimento às intercorrências no domicílio em pacientes do Programa


Melhor em Casa de Contagem.
2 – SETORES ENVOLVIDOS / EXECUTANTES

Equipes Multiprofissionais do Departamento de Atenção Domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde de Contagem.


3 – RESPONSABILIDADES

▪ Diretoria do Departamento de Atenção Domiciliar: Responsável pela aprovação deste documento e pelo
acompanhamento de sua aplicação nas equipes multiprofissionais do Programa Melhor em Casa.
• Referência Técnica de Enfermagem: Responsável pela revisão deste documento sempre que necessário;
estabelecer diretrizes para treinamentos e capacitações das equipes multiprofissionais do referido
programa; e acompanhar a execução deste POP na assistência de Enfermagem.
• Enfermeiro: Executar o procedimento de acordo com as diretrizes estabelecidas por este documento;
orientar e/ou treinar os Técnicos e Auxiliares de Enfermagem com relação à padronização das rotinas
estabelecidas; acompanhar a execução do referido POP nas rotinas assistenciais da equipe; e colaborar
com a revisão do referido documento sempre que for necessário.
▪ Técnico de Enfermagem: Executar o procedimento de acordo com as diretrizes estabelecidas por este
documento; acompanhar a execução do referido POP nas rotinas assistenciais da equipe; e colaborar com a
revisão do referido documento sempre que for necessário.

4 – RESULTADOS ESPERADOS

▪ Execução uniforme do procedimento conforme diretrizes estabelecidas de forma a evitar os eventos adversos
em sua realização.
5 - PREPARAÇÃO E MATERIAIS NECESSÁRIOS

▪ Telefone;
▪ Estetoscópio;
▪ Esfignomanômetro;
▪ Termômetro;
▪ Oxímetro;
▪ Impresso de Evolução de Enfermagem / prontuário do paciente;
▪ Caneta azul ou preta.

6 – PRINCIPAIS ATIVIDADES - DIRETRIZES


Todos os pacientes acompanhados pela SAD estão sujeitos a ocorrência de agravos e intercorrências no domicílio.
Por isso, é recomendável antecipar-se com medidas preventivas e, caso não tenha sido possível implementá-las, ter
agilidade para reconhecê-las, tomando condutas resolutivas imediatas.
Para que os cuidadores e familiares reconheçam os “sinais de alerta” e, em quais situações a equipe deve ser
acionada, é necessário que nas visitas ao paciente seja feita a orientação para esse reconhecimento.
Conforme dados do Ministério da Saúde, algumas intercorrências são consideradas comuns na atenção domiciliar:
febre, infecções pulmonares ou urinárias, delirium, disfagia, intercorrências com sondas, entre outras.
Na maioria das vezes, as intercorrências ocorrem sem a presença da equipe, pois estas não permanecem no
domicílio, sendo reportadas via telefone. Em muitas ocasiões, a situação pode desencadear um processo de
mobilização desses pacientes para os serviços de referência de urgência/emergência.
Muitas situações poderiam ser gerenciadas no próprio domicílio, mas as limitações de recursos humanos ou
estruturais (por exemplo, indisponibilidade de transporte para os profissionais, restrições dos horários de
funcionamento das EMAD, restrição de insumos, etc) podem dificultar essa assistência. No entanto, algumas
intercorrências deveriam ser manejadas em ambientes com maior disponibilidade de recursos, como hospitalar, pois
possuem uma potencial gravidade e representam uma situação de risco para o paciente no domicílio.
Para os pacientes em cuidados paliativos exclusivos, com diretivas antecipadas definidas, o objetivo é priorizar
conforto e controle dos sintomas em ambiente domiciliar, diminuindo a necessidade de atendimento em serviços de
pronto atendimento.

Avaliação do quadro do paciente:

▪ O paciente precisa de cuidados imediatos e urgentes? (Tratamento imediato em serviços de urgência ou no


mesmo dia);
▪ O paciente precisa de cuidados nas próximas horas? (Tratamento precoce ou breve, dependendo da
disponibilidade do serviço);
▪ Os cuidados podem ser postergados? (Tratamento eletivo).

Há três níveis de respostas:

▪ Resposta imediata: para sinais e sintomas classificados como alta prioridade, sendo necessário
encaminhamento para serviços de pronto atendimento, se a resposta da equipe não puder ser desencadeada
imediatamente ou quando resolução não pode ser no domicílio;
▪ Resposta precoce: para sinais e sintomas classificados como baixa prioridade, mas urgente, sendo
necessário encaminhamento para serviços de pronto atendimento, se a resposta da equipe não puder ser
desencadeada nas próximas horas;
▪ Resposta breve: para sinais e sintomas classificados como não urgentes, que deverão aguardar a avaliação
do médico da EMAD conforme possibilidade do serviço, não sendo necessário encaminhamento para
serviços de pronto atendimento.

Exemplos de intercorrências freqüentes no domicílio:

• Hipoglicemia.
• Dispnéia.
• Febre e infecções.
• Náuseas e vômitos.
• Crise convulsiva.
• Quedas/trauma cranioencefálico.
• Diarréia.
• Delirium.
• Dor abdominal.
• Suspeita de acidente vascular cerebral.
• Administração errada de medicamentos.
• Disfagia.
• Broncoaspiração.
• Obstrução de sonda nasoentérica.
• Obstrução de sonda vesical de demora.
• Dor torácica.
• Sangramento
ACOMPANHAR CASO OU ENCAMINHAR
PARA REDE DE URGÊNCIA CASO HAJA
NECESSIDADE

ERVAÇÕES:
➢ Deve-se considerar em todos os casos de intercorrências assistidas no domicílio as seguintes condições:

▪ Condições físicas e psicológicas do cuidador para seguir as orientações fornecidas pela equipe;
▪ Disponibilidade dos insumos necessários para que as orientações sejam seguidas;
▪ Garantia de uma conduta eficiente e com resolubilidade.
▪ Registrar os procedimentos e condutas adotadas em prontuário.

7 – AÇÕES DE NÃO CONFORMIDADE


▪ Realização do procedimento fora das rotinas estabelecidas por este documento.
8 – REGISTROS
Evolução do referido procedimento no Prontuário do Paciente (Evolução Multiprofissional e Prescrição Médica)

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de
atenção domiciliar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 2 v. : il. Volume 1: ISBN 978-85-334-1966-7 Volume 2: ISBN 978-85-334-
2023-6. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa.pdf. Acesso em
31/07/2019.

MARTINS, S. K. Diretrizes para a organização do atendimento domiciliar à saúde: contribuições da


enfermeira. Curitiba: UFPR, 2006.

YAMAGUCHI, Angélica Massako et al. Assistência domiciliar: uma proposta interdisciplinar. Barueri, SP:
NADI / HC-FMUSP, Manole, 2010.

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