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PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA E DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS E INSUMOS

PARA PORTADORES DE DIABETES.

Introdução

O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico caracterizado por


hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua
ação, ou em ambos os mecanismos. Possui etiologias diversificadas que interferem no
metabolismo geral dos carboidratos.
De acordo com a Diretrizes Sociedade Brasileira de diabetes 2019-2020, o
diabetes se subdivide em quatro principais categorias:
Tipos de diabetes
1 DM tipo 1:
- Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das
células β comprovada por exames laboratoriais;
- Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática.
2 DM tipo 2: perda progressiva de secreção insulínica combinada
com resistência à insulina
3 DM gestacional: hiperglicemia de graus variados diagnosticada
durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio
4 Outros tipos de DM:
- Monogênicos (MODY);
- Diabetes neonatal;
- Secundário a endocrinopatias;
- Secundário a doenças do pâncreas exócrino;
- Secundário a infecções;
- Secundário a medicamentos.

DM: diabetes mellitus; MODY: maturity-onset diabetes of the young.


Adaptado de American Diabetes Association, 2019.

Tratamento

Para o tratamento destas condições o arsenal terapêutico atual é amplo e baseia-se


na utilização de medicamentos orais, com diversos mecanismos de ação, e alguns
medicamentos injetáveis, estando dentre eles a insulina.
Devido ao alto índice de morbimortalidade relacionado ao DM, considera-se
atualmente como prioridade de saúde pública, a prevenção da doença e de suas
complicações. Na Atenção Básica, ela pode ser efetuada por meio da prevenção de
fatores de risco para diabetes como sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares não
saudáveis; da identificação e tratamento de indivíduos de alto risco para Diabetes
(prevenção primária); da identificação de casos não diagnosticados de Diabetes para
tratamento (prevenção secundária); e intensificação do controle de pacientes já
diagnosticados visando prevenir complicações agudas e crônicas (prevenção terciária).
As complicações do Diabetes Mellitus (DM) representam um importante
problema de saúde pública, já que para o tratamento das mesmas há necessidade de
incorporação de técnicas de alto custo.
Neste sentido, a Portaria nº 2.583 de 10 de outubro de 2007, estabelece o elenco
de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nos
termos da Lei nº 11.347, de 2006, destinados ao monitoramento da glicemia capilar.
Além destes, podemos citar os medicamentos previamente padronizados na REMUME
do município de João Pessoa 2022.

I- Medicamentos:

- Glibenclamida 5 mg comprimido;
- Cloridrato de Metformina 500 mg e 850 mg comprimido;
- Gliclazida 60 mg comprimido – liberação prolongada;
- Insulina Humana NPH – suspensão injetável 100UI/mL;
- Insulina Humana Regular - suspensão injetável 100UI/mL;
- Caneta aplicadora de Insulina NPH 100 UI/mL
- Caneta aplicadora de Insulina REGULAR 100 UI/mL

II- Insumos

- Seringas de 1ml com agulha acoplada para aplicação de insulina;


- Tiras reagentes da medida de glicemia capilar;
- Agulhas para caneta de insulina e
- Lancetas para punção digital.

MULTIPROFISSIONALIDADE

A Associação Americana de Educadores em Diabetes (American Association of Diabetes


Educators, AADE) estabeleceu diretrizes e protocolos no intuito de direcionar as práticas de
educação em diabetes, pontuando os diversos níveis de educadores e profissionais de saúde no que
diz respeito as responsabilidades de cada um e a interação da equipe multidisciplinar no tratamento
da doença.
O planejamento terapêutico pode ser implementado com a participação da equipe composta
por médicos, nutricionistas, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, educadores físicos entre
outros, com a participação e colaboração da pessoa com diabetes em processos de tomadas de
decisões, participando de maneira ativa no seu tratamento. Vale a pena ressaltar que a
individualização no tratamento do diabetes é extremamente importante, de acordo com a AADE:

Papel do Médico

- Coordenar o planejamento da assistência multidisciplinar, com ênfase na aplicação e


acompanhamento do protocolo clínico;
- Instruir os pacientes, familiares e equipe assistencial acerca do plano de tratamento
individualizado, metas terapêuticas e as estratégias para o seu manejo;

- Competência profissional para investigação e diagnóstico do diabetes;

- Prevenir, detectar e tratar as complicações crônicas;

- Ajuste necessário do tratamento de insulinoterapia.

Papel do Enfermeiro

- Técnica de preparo e administração da insulina;

- Realizar a administração da insulina além de suplementar e orientar a equipe e o paciente para o


manejo adequado;

- Realizar a verificação das glicemias de forma sistematizada, conforme as orientações do protocolo,


respeitando-se o horário rigoroso de sua verificação;

- Documentar glicemias e doses administradas em impresso próprio;

- Prevenção e tratamento da hipoglicemia.

Papel do Farmacêutico

- Acompanhar efetividade terapêutica do tratamento farmacológico proposto;

- Informar a equipe de saúde sobre as propriedades dos medicamentos prescritos, incluindo


orientação sobre a farmacocinética, interações medicamentosas e possíveis reações adversas;

- Promover educação em saúde voltado para o manejo da condição de saúde do paciente;

- Treinar os pacientes e/ou cuidadores quanto aos cuidados apropriados na utilização da insulina;
- Prevenir intoxicações, identificar e notificar reações adversas aos medicamentos;

- Promover ações de rastreamento de saúde direcionados para o diabetes.

Papel do Nutricionista

- Realizar avaliação e recomendações nutricionais individualizadas

- Fornecer calorias suficientes para a obtenção e/ou manutenção do peso corporal ideal e dos níveis
glicêmicos (contagem de carboidratos).

- Promover educação nutricional, a fim de estimular a ingestão energética adequada, facilitar


alterações nos hábitos alimentares para promoção e manutenção de sua saúde e qualidade de vida de
modo integral.

- Aplicar o plano educacional alimentar destinado ao paciente diabético.

Papel do Fisioterapeuta

- Avaliação fisioterapêutica individualizada

- Exercícios de alongamento, metabólicos como forma de aquecimento

- Diagnostico físico funcional do “pé diabético”

- Treino de marcha ou deambulação assistida

- Promover educação para a prática dos exercícios físicos adaptados para as necessidades do
paciente.

Diante do exposto, este Protocolo visa definir o fluxo de acesso aos usuários do Município
de João Pessoa, na garantia do atendimento integral dentro dos parâmetros preconizados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) e da acessibilidade aos medicamentos e insumos da assistência
farmacêutica padronizados aos usuários portadores de DM.

Papel do Profissional de Educação Física

- Avaliação física individualizada;

- Exercícios de alongamento, metabólicos como forma de aquecimento;


- Promover educação não só para a prática de atividade física e exercícios físicos adaptados para as
necessidades do paciente, mas também sensibilizar sobre a importância de evitar comportamentos
sedentários para o controle da diabetes;

- Sensibilizar acerca da importância de evitar comporta

Diante do exposto, este Protocolo visa definir o fluxo de acesso aos usuários do Município
de João Pessoa, na garantia do atendimento integral dentro dos parâmetros preconizados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) e da acessibilidade aos medicamentos e insumos da assistência
farmacêutica padronizados aos usuários portadores de DM.

REQUISITOS BÁSICOS PARA ACESSO AOS MEDICAMENTOS E INSUMOS

- Estar cadastrado e acompanhado pela Equipe de Saúde da Família ou no caso de usuários de


área descoberta o usuário deve ser cadastrado e acompanhado nas Policlínicas de Saúde de
sua referência como paciente portador de Diabetes;
- Ser residente do município de João Pessoa e apresentar comprovante de residência (água,
energia ou telefone) do mês vigente;
- Apresentar RG, CPF e Cartão SUS residente do Município de João Pessoa;
- Apresentar o exame da hemoglobina glicada;
- Realizar acompanhamento mensal com a equipe de saúde da USF ou das Policlínicas no qual
está cadastrado, para atividades de educação e saúde, monitoramento e controle.

REQUISITOS BÁSICOS PARA DISPENSAÇÃO DA GLICLAZIDA MR 60MG –


LIBERAÇÃO PROLONGADA

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:

 O paciente dever ser residente do município de João Pessoa;


 Estar cadastrado e ser acompanhado regularmente pelo endocrinologista;
 Ser portador de DM tipo 2;
 Ser portador Doença Arterial Coronariana e/ou Insuficiência Renal Moderada (com taxa de
filtração glomerular estimada entre 40-60 ml/min);
 Ter microalbuminúria maior do que 30mg/g de creatinina;
 Não ser portador de Insuficiência Renal Grave e/ou Insuficiência Hepática Grave.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
 Não ser residente do município de João Pessoa;

 Não ter Cartão SUS cadastrado no município de João Pessoa;

 Ser portador de Insuficiência Renal Grave e/ou Insuficiência Hepática Grave;

 Prescrição desatualizada.

DISPENSAÇÃO DE FRASCOS DE INSULINA NPH, REGULAR, CANETAS DE


INSULINA NPH E REGULAR, SERINGAS E AGULHAS PARA PACIENTES EM USO DE
INSULINA

- O paciente deverá ser cadastrado na unidade de acompanhamento USF, Policlínicas para os


casos de usuários de área descoberta;
- Preencher a ficha de cadastro para paciente em uso de insulina e quantidade de seringas e
agulhas disponibilizadas seguindo orientações do caderno da Atenção Básica (ANEXO 01);
- Para o recebimento das canetas de insulina o usuário tem que está, obrigatoriamente,
enquadrado nos critérios determinados pelo município: DM 1 e 2 na faixa etária menor ou
igual a 19 anos ou maior ou igual a 45 anos.
OBS* “A bibliografia internacional e a Portaria nº 2.583 do Ministério da Saúde, sobre o assunto
considera como segura a reutilização limitada do conjunto seringa/agulha (acopladas), desde que
respeitadas as orientações sobre armazenamento em geladeira ou em lugar adequado, com a
devida proteção da agulha por sua capa protetora plástica. A higiene das mãos e dos locais de
aplicação é fundamental para proporcionar a necessária segurança quanto à reutilização do
conjunto seringa/agulha. Com base nessas con0siderações, consideramos adequada sua
reutilização por até 08 aplicações, sempre pela mesma pessoa.” http://aps.bvs.br/aps/quantas-
vezes-podemos-reutilizar-uma-seringa-para-aplicacao-de-insulina/
Parecer:http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/02/agu-assegura-norma-sobre-
reutilizacao-de-seringas-de-insulina-por-uma-mesma-pessoa

- Quantidade de Seringas com Agulhas Acopladas a serem dispensadas por paciente no


município de João Pessoa:
Seringas 30 unidades/por tipo de insulina

- Quantidade de agulhas para caneta de insulina a serem dispensadas por paciente no


município de João Pessoa:
30 unidades/por tipo de insulina para DM tipo 2
Agulha para caneta de insulina 60 unidades/por tipo de insulina para DM tipo 1
AUTOMONITORAMENTO DA GLICEMIA CAPILAR

De acordo com o anexo da portaria nº 2.583 de 10 de outubro de 2007, o automonitoramento


da glicemia capilar é considerado uma ferramenta importante para seu controle, sendo parte
integrante do autocuidado com Diabetes Mellitus insulino-dependente são indicados como critérios
de inclusão para realizar o automonitoramento:

- O automonitoramento da glicemia capilar não deve ser considerado como uma intervenção
isolada;
- Sua necessidade e finalidade devem ser avaliadas pela equipe de saúde de acordo com o
plano terapêutico global, que inclui intervenções de mudança de estilo de vida e
medicamentos;
- Deve estar integrado ao processo terapêutico e, sobretudo, ao desenvolvimento da autonomia
do portador para o autocuidado por intermédio da Educação em Saúde;
- A indicação deve ser reavaliada e regulada a depender dos diversos estágios da evolução da
doença, acordado com o paciente que deve ser capacitado a interpretar os resultados do
Automonitoramento da Glicemia Capilar (AMGC) e fazer as mudanças apropriadas nas
dosagens da insulina;
- O Automonitoramento da Glicemia Capilar (AMGC) deve ser oferecido de forma
continuada para os pacientes selecionados de acordo com circunstâncias pessoais e quadro
clínico e esses devem receber suporte continuado da equipe multidisciplinar (médico,
enfermeiro, Farmacêutico, nutricionista, Educador Físico, Agente de Saúde e outros) para
garantir a eficácia do processo; a instrução inicial e a reinstrução periódica a respeito da
monitorização da glicemia;
- O uso de medidores (Glicosímetros) e de tiras reagentes deve ser individualizado e atender
às necessidades do paciente;
- A amostra do sangue deve ser colhida na ponta dos dedos da mão, acessado com picada de
lancetas, daí ser também chamada de glicemia em "ponta do dedo".
- A freqüência do Automonitoramento da Glicemia Capilar (AMGC) deve ser determinada
individualmente, dependente da situação clínica, do plano terapêutico, do esquema de
utilização da insulina, do grau de informação e compromisso do paciente para o autocuidado
e da sua capacidade de modificar sua medicação a partir das informações obtidas.
- Em anexo a este documento segue um diário de auto monitoramento glicêmico para fins de
acompanhamento do paciente diabético (ANEXO 2).
A frequência diária recomendada é:
TIPO DE QUANTIDADE
FREQUÊNCIA
DIABETES+TERAPIA DE TIRAS/MÊS
1x/dia ou
4x/semana com
Tipo 2 com antidiabético
alternância dos 50 tiras
oral + Insulina NPH
horários do perfil
glicêmico
1x/dia ou 4x/
semana com
alternância dos
Tipo 2 com 1 dose de
horários do perfil
NPH cedo, associado ou
glicêmico (jejum 50 tiras
não com antidiabético
ou pós café ou pós
oral
almoço ou pós
jantar ou não ao
deitar)
1 – 2x/dia com
Tipo 2 com 2-3 doses
alternância de
NPH (jejum, almoço e 50 tiras
horários do perfil
ao deitar)
glicêmico
Tipo 1 ou tipo 2 com
2 – 3 x/ dia (jejum DM1 - 100 tiras
insulina basal NPH +
ou pós-prandial ou
dose fixa de insulina
ao deitar) DM2 – 50 tiras
Regular
Tipo 1 ou tipo 2 com
insulina basal NPH + DM1 - 150 tiras
regular às refeições e 3 – 4X/dia
correções dependendo da DM2 - 100 tiras
glicemia

Diabetes gestacional 3 – 4X/dia Até 150 tiras

Tipo 2 com aplicação de


insulina conforme De acordo com o
contagem de laudo médico
carboidrato**

**O usuário deve apresentar o comprovante de registro de monitoramento glicêmico.


Os casos que não se enquadram nesta recomendação, deverão ser protocolados junto à
SMS para avaliação no serviço de referência do município.
AQUISIÇÃO DE GLICOSÍMETRO

A dispensação dos insumos para o automonitoramento de glicemia capilar, é destinado


apenas para paciente que fazem uso de insulina, que estão descompensados, e seja necessário o
automonitoramento diário, conforme regulamentado pela Portaria nº 2.583 de 10 de outubro de
2007, e se dará seguindo os requisitos básicos, já citados neste protocolo, e preenchimento da ficha
de solicitação e termo de responsabilidade do paciente.

Para portadores de diabetes Tipo 2 em terapia com hipoglicemiantes orais e em uso de


insulinas que não requeiram automonitoramento, recomenda-se a realização de dosagem de glicemia
capilar nas Unidades de Saúde da Família e Policlínicas de saúde do Município, pois não existem
evidências cientificas suficiente que o automonitoramento rotineiro da glicemia capilar nesses
pacientes seja custo-efetivo para o melhor controle da glicemia.

Os pacientes cadastrados no programa de automonitoramento, mensalmente, para


recebimento das tiras de glicemia, devem apresentar o aparelho glicosímetro na farmácia pólo
onde é cadastrado, para backup dos registros de glicemia capilar realizados no período e
cálculo da quantidade fitas de glicemia que serão dispensadas de acordo com o consumo realizado.

Os pacientes devem receber suporte continuado da equipe para garantir a eficácia do


monitoramento e do tratamento com insulina.

CRITÉRIOS INCLUSÃO

Para receber os insumos como glicosímetro, tiras reagentes, lancetas para punção digital o
usuário deverá enquadrar-se nos seguintes requisitos.

- Ser residente do Município de João Pessoa, usuário do SUS cadastrado e acompanhado, com
cartão SUS do município de João Pessoa;
- Ser usuário da rede básica de saúde com cadastro e acompanhamento na unidade de
referência;
- Possuir laudo médico comprovando o plano terapêutico para a automonitorização dos
serviços do SUS do município de João Pessoa;
- Em casos de aparelhos de automonitoramento/Glicosímetros que apresentem defeito de
fábrica deverão ser devolvidos a unidade dispensadora, para notificação e reposição de
acordo com a disponibilidade de estoque.
OBS* Para casos de Aparelho de automonitoramento/Glicosímetros que apresentem defeito
pelo uso inadequado e que não sejam de sua função, ficará a cargo do paciente providenciar
novo aparelho.

- Apresentar documentação para cadastro;

- Preencher formulário de cadastro de usuário (ANEXO 3).

CRITÉRIOS DE DESLIGAMENTO

Os critérios de desligamento são:

- Suspensão médica de insulinoterapia. Nos casos da usaria com diagnóstico de Diabetes


gestacional após o parto com a normalização da glicemia e consequente descontinuidade do
uso de insulina o equipamento deverá ser devolvido na Farmácia Polo onde foi recebido o
equipamento;
- Mediante a Não realização da hemoglobina glicada, 1 vez a cada semestre, sendo 2 ao ano,
deixando registrado o resultado no sistema glicosys;
- Mediante a não renovação semestral do cadastro (o cadastro na Farmácia Polo deve ser
renovado a cada 06 meses através de apresentação de COMPROVANTE DE
RESIDÊNCIA ATUALIZADO E LAUDO MÉDICO ATUALIZADO;
- Por negar-se a apresentar o aparelho de glicemia na farmácia onde possui cadastramento. A
leitura e avaliação dos dados glicêmicos realizados no período fazem parte do
monitoramento glicêmico do paciente;
- Por não cumprir agenda trimestral de acompanhamento com a equipe de saúde da família, da
Unidade Básica ou Policlínica de referência para o território do usuário;
- Por mudança de endereço para outro município o usuário deverá entregar o aparelho no
Farmácia Polo para que seja dado baixo no Termo de responsabilidade;
- Por óbito.
- Quando desligado do programa, o usuário ou seu responsável deverá devolver o aparelho
glicosímetro a Farmácia Polo na qual fez o cadastramento, conforme orientação.
FLUXOGRAMA DE ACESSO

Usuário diabético
cadastramento na USF, UBS ou
Policlínica de referência

Usuário Usuário
insulinodependente com Usuário em uso de
insulinodependente hipoclicemiantes
indicação para sem indicação para
automonitoramento orais
automonitoramento

Encaminhamento para
farmácia polo responsável Dispensação dos Realizar glicemia
pelo cadastramento e insumos (insulina, capilar em unidade
aquisição seringas e agulhas) na de saúde cadastrado
farmácia polo

Realização do cadastro do
usuário para o recebimento
mensal dos insumos Dispensação dos
medicamentos na
farmácia polo de
referência

Renovação de cadastro
a cada 6 meses ou Acompanhamento
quando houver mensal na Unidade de
mudança de conduta Saúde da Família

Documentos Necessários à abertura de cadastro:

- Ter cadastro do paciente com diabetes no ESUS e ser acompanhado pela ESF de
abrangência;

Formulário de cadastro de usuário diabético insulinodependente para recebimento de insulina


NPH e Regular, preenchido para controle de dispensação na Unidade de Saúde.

- Formulário de cadastro de usuário diabético insulinodependente com indicação para


automonitoramento de glicemia capilar próprio, preenchido para solicitação,
disponibilizados nas Farmácias Polo.
- Laudo Médico Original: laudo médico original atualizado com data máxima de 60 dias
(sessenta dias), legível com carimbo e assinatura do profissional solicitante da rede básica de
saúde, com quantidade de testes/dia de medida de glicemia capilar de acordo com a
Portaria nº 2.583 de 10 de outubro de 2007. O laudo deverá ser atualizado pelo médico do
Saúde da Família ou endocrinologista da rede num prazo de 06 meses para substituição do
laudo antigo e quando houver mudança de conduta no tratamento. A não renovação do laudo
implicará na suspensão da oferta dos insumos.
- Apresentar o resultado do teste de hemoglobina glicada;

Documentação Complementar:

- Cópia do registro de Nascimento (se menor e não possuir documento de identidade RG);
- Cópia simples do Registro Geral (RG) ou Carteira de Trabalho (página com identificação
com
foto e da qualificação civil) ou Carteira de Habilitação (com foto);
- Cópia do CPF;
- Cópia do cartão SUS;
- Cópia do comprovante de residência atualizado;
- Termo de Compromisso e Responsabilidade (ANEXO 4): termo de compromisso
assinado onde o usuário compromete-se em:
- Zelar pelo bom manuseio e conservação do aparelho glicosímetro. Cabe salientar que o
aparelho é de propriedade da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, portanto
deverá ser devolvido a Farmácia Polo quando não estiver mais sendo utilizado.
- Apresentar o aparelho de glicemia, mensalmente para leitura, avaliação e backup dos
dados glicêmicos realizados no período.
ANEXOS

ANEXO 1: FICHA DE CADASTRO PACIENTE EM USO DE INSULINA

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO


PESSOA
SECRETARIA MUNICIPAL DE
SAÚDE

FICHA DE CADASTRO PACIENTE EM USO DE INSULINA


Unidade de Distrito
Saúde Sanitário
Endereço: Nº Cartão SUS:

Nome Completo:
Data de Nascimento: Fone:
Nome da Mãe:

Classe Clínica: Ano de Diagnóstico:


DM 1 ( ) DM 2 ( ) Diabetes Gestacional ( )
Tipo de Insulina Quantidade de frascos /
Utilizada: mês:______________
NPH ( ) Regular ( )

Nº de Seringas / mês:
ANEXO 2: FICHA DE AUTOMONITORAMENTO GLICÊMICO

ANEXO 3: FORMULÁRIO DE CADASTRO DE USUÁRIO


INSULINODEPENDENTE COM INDICAÇÃO PARA
AUTOMONITORAMENTO DE GLICEMIA CAPILAR

INDICAÇÃO PARA AUTOMONITORAMENTO DE GLICEMIA


CAPILAR
ANEXO 4: TERMO DE COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE

Pelo presente TERMO DE COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE, Eu,


________________________________________________, brasileiro (a), RG Nº
___________, CPF________________, residente na rua
__________________________________________, nº ____,
bairro,________________________________, telefone, _______________________, mediante
este instrumento de aceitação assumo os seguintes compromisso:

1. Zelar pelo bom manuseio e conservação do aparelho de glicosímetro, de propriedade da


Secretaria Municipal de Saúde, de acordo com as recomendações dadas pelo
farmacêutico;( não abrir compartimento da bateria, não colocar em locais úmidos, a
ligação do aparelho se dará com a inserção da fita de glicemia, lingando
automaticamente, não desconfigurar a data e hora do aparelho);

2. Apresentar o aparelho de glicemia no ato do recebimento das fitas glicêmicas para


backup dos dados de glicemia realizados no período, sendo entregue a quantidade de
fitas complementares a prescrição.

3. Devolver o aparelho à farmácia em perfeito estado após termino da terapêuca utilizada ,


ou quando não houver mais indicação de automonitoramento de glicemia capilar, ou
quando não estiver residindo no município de João Pessoa, ou por algum dos critérios
de desligamento já mencionados neste protocolo.

4. O aparelho é de propriedade da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, portanto


deverá ser devolvido ao a farmácia do distrito quando não estiver mais sendo utilizado
por quaisquer dos critérios de desligamento ou por conveniência da administração.

João Pessoa (PB), _________ de _________________de ___________

_______________________________________ (assinatura do usuário ou responsável)


_______________________________________ (assinatura do responsável pela dispensação)

Atestamos que o aparelho glicosímetro foi devolvido em ___/___/___, nas seguintes


condições:

( ) Em perfeito estado ( ) Apresentando defeito


( ) Faltando peças ou acessórios ( ) Houve perda, roubo ou furto

_____________________________________
(Responsável pelo recebimento)
REFERÊNCIAS

CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA Nº 36/2014 – Estratégias para o cuidado da


pessoa com Doença Crônica Diabetes Mellitus

FERREIRA, Rosa Maria Diogo; MEJIA, Dayana Priscila Maia. Fisioterapia no


Diabetes Mellitus: Revisão de Literatura.

GONÇALVES, Susana et al. O papel do médico de família atribuído ao doente, no


conhecimento do diagnóstico da sua diabetes mellitus. In: 22º Congresso Nacional de
Medicina Geral e Familiar/17º Encontro Nacional de Internos e Jovens Médicos de
Família, 27-30 setembro 2018. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP,
2018.

http://aps.bvs.br/aps/quantas-vezes-podemos-reutilizar-uma-seringa-para-aplicacao-de-
insulina/

http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2014/02/agu-assegura-norma-sobre-
reutilizacao-de-seringas-de-insulina-por-uma-mesma-pessoa

https://www.diabetes.org.br/publico/colunas/148-monica-amaral-lenzi/1144-papel-do-
farmaceutico-no-controle-glicemico-do-paciente-diabetico. Acesso em Jun. de 2021.

OLIVEIRA, J. E. P.; VENCIO, S. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2019-


2020. São Paulo: AC Farmacêutica, 2019.
ORTIZ LA BANCA, Rebecca et al. A systematic review of nursing staff roles in
diabetes camps. Journal of Diabetes Nursing, v. 24, n. 2, 2020.
PORTARIA Nº 2.583, DE 10 DE OUTUBRO DE 2007/GM/SAS.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença
crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção
Básica, n.36).
Frid A, Hirsch L, Gaspar R, Hicks D, Kreugel G, Liersch J et al. New injection
recommendations for patients with diabetes. Diabetes Metab. 2010;36(Suppl 2):S3-18.
Grossi SAA, Pascali PM (organizadores). Cuidados de enfermagem em diabetes
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Sociedade Brasileira de Diabetes; 2009. p. 53-73.
Pimazoni Netto A (coordenador). Posicionamento oficial SBD no 01/2017:
recomendações sobre o tratamento injetável do diabetes: insulinas e incretinas. São
Paulo: Sociedade Brasileira de Diabetes; 2017.

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