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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 

____ª
VARA DE FAMÍLIA DE XXX/ UF
AUTORA, nacionalidade, estado civil, profissão, R.G. nº XXX, inscrita no CPF nº
XXX, residente e domiciliada à XXX, telefone: XXX, por si e representando FILHO
DO CASAL, absolutamente/relativamente incapaz, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado qualificado em procuração anexa,
com endereço profissional XXX, propor

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS, GUARDA,


CONVIVÊNCIA e ALIMENTOS

em face de RÉU, nacionalidade, estado civil, profissão, R.G. nº XXX, inscrito no CPF


nº XXX, residente e domiciliado à XXX, telefone: XXX pelas razões de fato e de
direito doravante expostas:
I.            DOS FATOS
A AUTORA e RÉU contraíram matrimônio em XXX, sob o regime de XXX, conforme
Certidão de Casamento em anexo. Dessa união adveio o nascimento de FILHO DO
CASAL, em XXX, conforme certidão de nascimento em anexo.

Contudo, há aproximadamente XXX as partes resolveram por fim a união, estando


separados de fato desde então, sendo que o infante sempre residiu com a AUTORA. 

No mais, durante a constância da união, os cônjuges adquiriram os seguintes bens


passíveis de partilha (conforme documentos em anexo): XXX. 

À luz de todo o exposto, considerando o divórcio ser seu direito potestativo, e o fato do
filho do casal estar sob sua guarda fática há XXX, busca a AUTORA – através da
presente demanda – a decretação do divórcio, alteração de seus registros, com a
regulamentação da guarda, convivência e alimentos ao FILHO DO CASAL.

II.          DO MÉRITO

O §6º do art. 226 da Constituição Federal, possibilitou a dissolução do vínculo


matrimonial e da sociedade conjugal sem prévia separação, ou cumprimento de
quaisquer requisitos.

Assim, é evidente que o direito ao divórcio é potestativo, e independe da vontade da


parte contrária, a qual não pode se opor. Dessa forma, a presente demanda cabe
contestação somente quanto à partilha dos bens e questões relativas ao FILHO DO
CASAL.

À vista disso, REQUER – em sede de liminar – a decretação de seu divórcio.

A) DA GUARDA E DO DIREITO DE CONVIVÊNCIA


É notório que, com o advento da Lei nº 13.058/2014, que alterou dispositivos do Código
Civil, além da jurisprudência pátria, atualmente tem-se como regra a preferência da
guarda compartilhada da criança.

Nesse sentido, o art. 1584 do Código Civil,:


Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:

I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação
autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida
cautelar

 II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da


distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe;

§ 1º (…)

§ 2 Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,

encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a


guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja
a guarda do menor.
Nesse diapasão, considerando que é do interesse da AUTORA que o FILHO DO
CASAL mantenha uma relação saudável com o RÉU, considerando ainda que o término
de seu casamento não teve muitos entraves ou complicações, pugna pela guarda
compartilhada do FILHO DO CASAL, com moradia fixada em residência materna.

Ainda, considerando que a convivência é um direito da criança e do genitor, além de ser


seu dever, não se opõe a visitação em finais de semanas alternados, pegando o infante
em residência materna as XXX, e devolvendo-o às XXX do mesmo dia.

B) DOS ALIMENTOS AO MENOR


Quanto aos alimentos do FILHO DO CASAL, deve ser observado de forma
proporcional às necessidades do menor e da possibilidade do RÉU de arcar com o
arbitrado. 

As necessidades do infante são presumidas, e englobam sua alimentação, colégio,


uniforme, vestimenta, materiais escolares, plano de saúde, remédios, transporte,
moradia, luz, água, gás, dentre outras que são basilares ao seu crescimento. 

Quanto às possibilidades do RÉU, conforme contracheque em anexo, este trabalha


como XXX recebendo a quantia mensal de XXX, além de não possuir outro filho.

Dessa forma, os encargos do FILHO DO CASAL não podem ser injustamente


suportados somente pela AUTORA, devendo o RÉU concorrer com as obrigações
decorrentes da criação de seu filho. 

Dessa forma, REQUER a título de alimentos provisórios, a quantia equivalente à 25%


(vinte cinco por cento) de seu salário mensal, devendo ser descontado diretamente em
contracheque e depositado na conta corrente de titularidade da AUTORA, XXX, até o
dia XXX de cada mês. 

Caso o RÉU venha a trabalhar sem vínculo empregatício, REQUER o pagamento a


título de alimentos da quantia equivalente a 50% do salário-mínimo nacional vigente, a
ser depositado em mesma conta.
Ainda, em ambos os casos, REQUER o pagamento de alimentos in natura,
compreendendo 50% dos gastos com plano de saúde, medicamentos, uniforme, material
escolar.

 C) DOS ALIMENTOS RECÍPROCOS ENTRE OS CÔNJUGES  


A AUTORA renúncia aos alimentos para si, uma vez que possui fonte de subsistência
própria. 

D) DOS BENS 
Durante a constância da união, os cônjuges adquiriram os seguintes bens: XXX.  

Pretende a AUTORA que a partilha seja realizada da seguinte forma:

® Bens móveis: XXX

® Bens imóveis XXX 

E) DO NOME 
A AUTORA voltará a usar o nome de solteira, qual seja: XXX.
III.        DOS PEDIDOS
Ante o exposto, REQUER: 

A) seja DECRETADO O DIVÓRCIO, nos termos postulados na peça inicial e, que seja
oficiado ao Cartório de Registro Civil competente que proceda aos registros e às
averbações devidas na Certidão de Casamento e nome da AUTORA;
B) a citação pessoal do RÉU, para comparecer à audiência de mediação e conciliação na
data e hora designada;
C) Não havendo acordo em audiência, que o RÉU seja intimado a apresentar
contestação no prazo de 15 dias, sob pena de ser declarado revel; 
D) que seja julgado totalmente procedente o pedido autoral, a fim de que seja
estabelecida a guarda compartilhada de FILHO DO CASAL, com a convivência com o
RÉU em finais de semanas alternados, pegando o infante em residência materna as
XXX, e devolvendo-o às XXX do mesmo dia.     
E) a intimação do Ministério Público, para intervir no feito;
F) que seja julgado totalmente procedente o pedido de alimentos provisórios, com sua
devida conversão em definitivos, fixando a obrigação alimentar no patamar de 25%
(vinte cinco por cento) do salário mensal do RÉU, devendo ser descontado diretamente
em contracheque e depositado na conta corrente de titularidade de AUTORA, de nº
XXX, até o dia XXX de cada mês. Caso o RÉU venha a trabalhar sem vínculo
empregatício, REQUER o pagamento a título de alimentos da quantia equivalente a
50% do salário-mínimo nacional vigente, a ser depositado em mesma conta. Ainda, em
ambos os casos, REQUER o pagamento de alimentos in natura, compreendendo
50% dos gastos com plano de saúde, medicamentos, uniforme, material escolar.
G) que seja o réu condenado a pagar as verbas de sucumbência, a serem fixadas por
Vossa Excelência. 
H) A produção de todas as provas admitidas em Direito.
Atribui-se à causa o valor de R$XXX (valor dos bens + valor de 12 meses dos
alimentos)

Nesses termos,
Pede e espera deferimento. 

LOCAL/DATA

ADVOGADO/OAB

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