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República de Angola

Governo da província de Luanda


Direção Municipal de educação de Luanda
Colégio público nº1137 Ngola Kanini

Tema: A 1ª Guerra Mundial


Sala:4
Classe:9ª
Turma:9/4
Turno: M
A Docente

_______________________

Participantes do Grupo Nª2:


Nª7-Ezequiel Manuel Batista Da Silva.
Nª8-Fatíma Romão Gomes.
Nª9-Francisco Ndala.
Nª10-Gabriela da Conceição Hifikua Ndala.
Nª11-Gaspar Domingos Miguel.

A 1ª PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL


A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande
Guerra ou Guerra das Guerras ,até o início da Segunda Guerra Mundial) foi
um conflito bélico global centrado na Europa, que começou em 28 de julho de
1914 e durou até 11 de novembro de 1918.
A guerra envolveu todas as grandes potências do mundo, que se organizaram
em duas alianças opostas:
os Aliados(com base na Tríplice Entente entre Reino Unido, França e Rússia) e
os Impérios Centrais(Alemanha e Áustria-Hungria).
Originalmente a Tríplice Aliança era formada pela Alemanha, Áustria-Hungria
e a Itália; mas como a Áustria-Hungria tinha tomado a ofensiva, violando o
acordo, a Itália não entrou na guerra pela Tríplice Aliança.
Na madrugada de 1º de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia, sendo
imitada pelo governo austro-húngaro. Grã-Bretanha e França, surpreendidas pela
rapidez dos acontecimentos, não se moveram.
Mas a Alemanha, cujos planos de campanha estavam prontos desde 1911,
declarou guerra à França em 3 de agosto
Estas alianças reorganizaram-se (a Itália lutou pelos Aliados) e expandiram-se
com mais nações que entraram na guerra.
Em última análise, mais de setenta milhões de militares, incluindo sessenta
milhões de europeus, foram mobilizados em uma das maiores guerras da história.
Mais de nove milhões de combatentes foram mortos, em grande parte por
causa de avanços tecnológicos que determinaram um crescimento enorme na
letalidade de armas, mas sem melhorias correspondentes em proteção ou
mobilidade.
Foi o sexto conflito mais mortal na história da humanidade e que
posteriormente abriu caminho para várias mudanças políticas, como revoluções
em muitas das nações envolvidas.
Entre as causas da guerra incluem-se as políticas imperialistas estrangeiras das
grandes potências da Europa, como o Império Alemão, o Império Austro-
Húngaro, o Império Otomano, o Império Russo, o Império Britânico, a Terceira
República Francesa e a Itália.
Em 28 de junho de 1914, o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da
Áustria, o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, pelo nacionalista
iugoslavo Gavrilo Princip, em Sarajevo, na Bósnia, foi o gatilho imediato da
guerra, o que resultou em um ultimato da Áustria-Hungria contra o Reino da
Sérvia
Diversas alianças formadas ao longo das décadas anteriores foram invocadas,
com o que, dentro de algumas semanas, as grandes potências estavam em guerra;
através de suas colônias, o conflito logo se espalhou ao redor do planeta.
Em 28 de julho, o conflito iniciou-se com a invasão austro-húngara da
Sérvia, seguida pela invasão alemã da Bélgica, Luxemburgo e França, e um
ataque russo contra a Alemanha.
Depois de a marcha alemã até Paris ter levado a um impasse, a Frente
Ocidental se transformou em uma batalha de atrito estático com uma linha
de trincheiras que pouco mudou até 1917.
Na Frente Oriental, o exército russo lutou com sucesso contra as forças austro-
húngaras, mas foi forçado a recuar da Prússia Oriental e da Polônia pelo exército
alemão.
Frentes de batalha adicionais abriram-se depois que o Império Otomano entrou
na guerra em 1914, Itália e Bulgária em 1915 e a Romênia em 1916.
Depois de uma ofensiva alemã em 1918 ao longo da Frente Ocidental, os
Aliados forçaram o recuo dos exércitos alemães em uma série de ofensivas de
sucesso e as forças dos Estados Unidos começaram a entrar nas trincheiras.
A Alemanha, que teve o seu próprio problema com os revolucionários, neste
ponto concordou com um cessar-fogo em 11 de novembro de 1918, episódio mais
tarde conhecido como Dia do Armistício. A guerra terminou com a vitória dos
Aliados.
Os eventos nos conflitos locais eram tão tumultuosos quanto nas grandes
frentes de batalha, tentando os participantes mobilizar a sua mão de obra e
recursos econômicos para lutar uma guerra total. Até o final da guerra, quatro
grandes potências imperiais — os impérios Alemão, Russo, Austro-Húngaro e
Otomano — deixaram de existir.

Os Estados sucessores dos dois primeiros perderam uma grande quantidade de


seu território, enquanto os dois últimos foram completamente desmontados. O
mapa da Europa central foi redesenhado em vários novos países menores. A Liga
das Nações, organização precursora das Nações Unidas, foi formada na esperança
de evitar outro conflito dessa magnitude.
Esses esforços falharam, exacerbando o nacionalismo em vários países,
a depressão econômica, as repercussões da derrota da Alemanha e os problemas
com o Tratado de Versalhes, que foram fatores que contribuíram para o início
da Segunda Guerra Mundial.
As causas da Primeira Guerra Mundial - havendo explicações na economia,
na psicologia social, no ramo da geopolítica e passando desde a escola liberal até
a escola realista das relações internacionais - são extremamente complexas, tendo
sido debatidas desde 1926.
A causa imediata apontada é o assassinato, em
Sarajevo, do Arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e
sua esposa Sofia pelo nacionalista sérvio Gavrillo Princip.
A conspiração envolveu Gavrilo Princip, um estudante sérvio que fazia parte
de um grupo de quinze assaltantes que formavam o grupo Bósnia Jovem, que
atuava em conjunto com o grupo ultranacionalista Mão Negra. Mas a causa não
foi a morte de Francisco Fernando, sendo esta apenas a "gota de água".
Imediatamente após o término da visita oficial à Rússia do presidente da
França, Raymond Poincaré, passado quase um mês do assassinato, o
conde Leopold Berchtold, ministro das Relações Exteriores do Império Austro-
Húngaro, instigado por seu aliado, o Império Alemão, apresentou ao imperador
Francisco José, em 21 de julho, um ultimato que chegou em Belgrado em 23 de
julho.

O ultimato continha várias requisições, uma delas era que o


governo sérvio seria o responsabilizado pelo atentado e que agentes austríacos
fariam parte das investigações.
Esta última requisição acabou sendo negada pela Sérvia, já que constituía, na
opinião do país, uma afronta a sua soberania.
Tal recusa sérvia também se deu pela esperança do apoio russo no caso de uma
eventual guerra, pela política do Pan-eslavismo.
Com isso, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia em 28 de julho.
Os russos então mobilizaram suas tropas em apoio aos sérvios. Inicialmente fora
apenas uma mobilização parcial em direção à fronteira Austro-Húngara.
Em 31 de julho, após o alto comando militar russo ter dito ao Império que tal
movimentação era logisticamente impossível, uma mobilização geral foi
ordenada.
O Plano Schlieffen, estratégia militar alemã, previa um rápido ataque à Rússia,
aliada da França, enquanto suas tropas ainda estivessem no início da mobilização
para evitar um ataque ao oeste.
Portanto, a Alemanha declarou guerra à Rússia em 1º de agosto e à França dois
dias depois, invadindo imediatamente Luxemburgo e Bélgica para dominar
fortificações ao longo da fronteira francesa. A invasão da Bélgica levou à
declaração de guerra britânica contra a Alemanha em 4 de agosto.

Apesar de a Primeira Guerra Mundial ter sido desencadeada por uma série de
acontecimentos subsequentes ao assassinato do arquiduque, as causas da guerra
são muito mais profundas, envolvendo uma série de questões
políticas, culturais e econômicas, além de uma complexa teia de alianças que se
desenvolveram entre as diferentes potências europeias ao longo do século XIX,
após a derrota final de Napoleão Bonaparte, em 1815, e o Congresso de Viena.

Algumas das principais causas para o início do conflito foram:[6]


 Imperialismo;
 Partilha da África;
 Disputas prévias não resolvidas;
 Um complexo sistema de alianças;
 Governos não-unificados;
 Atrasos e discrepâncias nas comunicações diplomáticas;
 Corrida armamentista;
 Planejamento militar rígido;
 Movimentos Ultranacionalistas, como o Irredentismo

Entre as principais consequências da Primeira Guerra Mundial está a ascensão


do nazismo e fascismo como regimes totalitários. Eles surgem, principalmente,
como resposta ao cenário de devastação política e econômica que o conflito deixa
na Europa, especialmente na Alemanha.
A guerra provocou a morte de quase 13 milhões de mortos e deixou vinte
milhões de feridos e mutilados.

Nesse conflito foram empregadas armas poderosas: gases asfixiantes, canhões


de longo alcance, metralhadoras, lança chamas, tanques, aviões e submarinos.
Muitos foram usados pela primeira vez numa guerra.

Mesmo os países vitoriosos haviam perdido grande parte de sua população


masculina jovem e quem voltou da guerra estava mutilado ou com sérios
problemas mentais. As perdas materiais também eram enormes e havia que
reconstruir estradas, pontes, cidades inteiras.

Começou um período de declínio da Europa, com os problemas sociais de


desemprego, fome e miséria. A instabilidade política e social favoreceu o
surgimento de regimes totalitários.

Diante deste quadro, as sociedades viviam apreensivas com a possibilidade de


um novo conflito mundial de maiores proporções e consequências do que o
primeiro, o que de fato aconteceu com a Segunda Guerra Mundial.
O fim da guerra veio em 1918, com vitória dos aliados da França e grande
derrota da Alemanha. O ponto mais importante a se destacar quanto ao fim da
guerra são as determinações do Tratado de Versalhes.
No final da primeira guerra, a Europa estava devastada. A destruição de
fabricas, campos agrícolas, vias de comunicação, à qual se associou uma
crescente agitação social.
A Europa enfrentava ainda as elevadas dividas que contraiu para pagar o
armamento. Com a crise industrial e os campos de cultivo destruídos, a produção
de bens deixou de satisfazer a procura, originando um aumento de preços
insustentável.
O fim da supremacia europeia ditou a ascensão do EUA, que se tornaram na
maior potência econômica do mundo.
Como o território e a suas actividades econômicas não foram afectados pela
guerra, os EUA passaram aa ser abastecedores da Europa de matérias-primas,
bens de consumo e armas, além de concederem empréstimos ao continente
europeu para a sua reconstrução. Desta forma, a Europa tornou-se dependente
economicamente dos EUA.
Nos anos 20 do século x, a economia norte-americana conheceu uma era de
prosperidade, marcada pelo progresso e crescimento industrial.
Havia uma grande variedade e abundancia de bens de consumo graças ao
aumento dos rendimentos, o que contribuiu para a melhoria do nível de vida.
Vivia-se um período de euforia e prosperidade, que revelou frágil pois
assentava no consumo com recurso ao credito e numa produção sem limites, que
conduziu á acumulação de stocks e a uma grave crise econômica.

A Sociedade de Nações (SDN) foi criada em1919 no contexto do pós-Guerra.


Era uma organização internacional com sede em Genebra (Suíça), que tinha como
objectivos assegurar:
 A paz;
 A independência política dos estados;
 A proteção das minorias nacionais e das populações indígenas;
 A cooperação económica, financeira, social e cultural entre todas as nações.
Apesar destas intenções a SDN não conseguiu atingir os seus objectivos, o que
muito se deveu à falta de um poder executivo forte, à ausência dos EUA neste
organismo e à exclusão da Alemanha na fase inicial da organização

Com a primeira Guerra Mundial verificou-se um reforço da exploração


colonial, pois as batalhas que decorriam na Europa não permitiam o
funcionamento das actividades económicas que sustentavam o conflito.

Por essa razão, os países colonizadores viram em África e nas suas colônias a
alternativa para a pratica da agricultura e para a exploração mineira.

Destacaram-se várias empresas mineiras e agrícolas como a do katanga, no


kongo, que explorava o cobre, o cobalto e o diamante, que explorava os
diamantes e a cotonang, que explorava o algodão e o amendoim, ambas em
Angola; a companhia do Lobito, entre outras.

Para reforçar a exploração colonial, os colonizadores utilizavam instrumentos


como o trabalho forçado, o pagamento de impostos obrigatórios, que
expropriação de terras, e ainda beneficiavam da mão-de-obra barata.

Porém, a exploração colonial não foi apenas terrível. Os Africanos, enquanto


povos colonizados, também foram enviadas para os campos de batalha, tendo
sofrido igualmente pesadas baixas humanas.

E foi este envolvimento dos Africanos no conflito mundial que despoletou a


consolidação do espirito nacionalista africano e o sentimento de que a
colonização tinha de terminar, pois o povo africano não tinha qualquer interesse e
responsabilidade nos conflitos europeus.

Por isso, começaram a verificar-se revoltas na Malawi e no Quénia contra a


situação dos africanos. O movimento anticolonial começava a ganhar expressão e
surgiram algumas organizações políticas que lutavam contra a colonização.
O pan-africano foi um movimento político e cultural que surgiu em torno da
raça negra e dos seus direitos cívicos. Envolvia, os Africanos e os descendentes
de africanos de além-fronteiras, nomeadamente na América.

O seu objectivo era unificar a África e desenvolver um sentimento de unidade e


solidariedade entre as populações do mundo africano.

Nos EUA destacaram-se Marcus Garvey, que defendia a unidade de todos os


negros no mundo, e William Edward du Bois, O primeiro professor negro numa
universidade norte-americana.

Em 1900, realizou-se a primeira conferência pan-Africana (Londres, Reino


Unido) e em 1918 durante a conferência do tratado de Versalhes, Blaise Diagne e
William du Bois apresentaram uma petição para criação de uma carta de Direitos
do Homem Africano.

No 5ª. congresso Pan-Africano (Manchester, Reino Unido, em 1945) falou-se,


pela primeira vez, na necessidade da independência dos países e povos
africanos.

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