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PODER JUDICIÁRIO

JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 23ª REGIÃO
'VARA DO TRABALHO TANGARÁ DA SERRA

ATA DE AUDIÊNCIA

Aos 18 (dezoito) dias do mês de novembro do fluente


ano, na sala de audiências da MMa. Vara do Trabalho de Tangará da Serra
- MT, sob a jurisdição do Juiz do Trabalho WANDERLEY RODRIGUES DA
SILVA, realizou-se a presente audiência relativa à Ação Trabalhista (Proc.
n° 01061.2004.051.23.00-3), entre as partes:

RECLAMANTE : IVANIL ROCHA LUIZ.

RECLAMADA : DÁRIO LUIZ CASAGRANDE - ME

Às 18:02 horas, de ordem do MM. Juiz do Trabalho


foram apregoadas as partes, que se fizeram ausentes.

Após, foi proferida a seguinte

SENTENÇA

Vistos e cuidadosamente examinados os autos.

1 - Relatório

Em 17 de dezembro de 2004, IVANIL ROCHA LUIZ,


qualificado à fl. 03, ajuizou a presente ação trabalhista em face de DÁRIO
LUIZ CASAGRANDE - ME, aduzindo em síntese que fora contratado pela
demandada em 17/05/2004 para prestar-lhe serviços na função de
eletricista, tendo sido ajustado o salário de R$ 1.500,00.

Referiu, ademais, que fora vítima de acidente laboral


quando estendia cabo de alta tensão na Fazenda Ponte Serrada, ocasião
em que fora sofreu uma descarga elétrica que lhe provocou lesões em seus
braços, tanto interna quanto externamente, bem como na parte externa de
sua barriga, motivo pelo qual pugna pela condenação patronal à reparação
moral e material, com antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional.

Pugnou, por fim, pelo integral acolhimento de sua


pretensão, bem assim lhe seja concedido o benefício da gratuidade
processual.

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Juntou procuração e documentos, atribuindo à


causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

Em que pese devidamente citada (fl. 120, a


reclamada não se fez presente na audiência em que poderia ofertar defesa,
tendo sido nesta determinada a produção da prova técnica com vistas à
aferição da extensão da lesão noticiada na peça vestibular.

Na audiência designada para encerramento de


instrução, fora indeferido o pedido patronal de produção de prova técnica
com vistas em demonstrar a “culpa” obreira no evento, encerrando-se, em
seguida, a dilação probatória.

Razões finais remissivas pelo obreiro e escritas pela


ré.

Propostas de conciliação infrutíferas apesar de


perpetradas a tempo e modo.

Relatado.

Decido.

2 - Fundamentação

2.1 – Da Existência do Vínculo Empregatício.

Tendo-se em conta a noticiada revelia, tenho por


verdadeira a afirmação inicial tangente à existência de liame empregatício
entre os contendores, a partir de 17/05/2004, tendo sido o obreiro
contratado para o exercício da função de eletricista, para perceber salário
mensal de R$ 1.500,00.

2.2 - Do Dano Moral e Estético

Esteado no artigo 5º, incisos V e X da Carta Política


vigente e 186 e seguintes do CCB/2002, propugna o autor pela
condenação da demandada ao pagamento de reparação pelos danos moral
e estético resultantes da deformação de ambos os braços, bem como pelas

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marcas deixadas pelo acidente em sua barriga, quando prestava labor em


prol da acionada.

Consoante alhures relatado, a reclamada não


ofereceu resistência à pretensão obreira, já que, malgrado citada, não
compareceu à audiência em que poderia fazê-lo.

Bem analisando o contexto probatório destes autos,


tenho plena convicção de que a razão favorece o autor tem em seu pleito,
tanto em virtude da aludida revelia, quanto pelo conjunto probatório
existente nos autos, senão vejamos.

Em linha de princípio, imperativo registrar que, na


esteira do que preceitua o artigo 927, parágrafo único do novel estatuto
civil, “haverá obrigação de reparar o dano,independentemente de culpa,
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco
para os direitos de outrem.”

Emerge dos autos que o vindicante executava suas


tarefas manuseando materiais energizados, sem que lhe fossem
propiciados mecanismos eficazes de segurança, tanto que sofreu intensa
descarga elétrica quase levando-o à morte.

De tal fato, extrai-se, induvidosamente, que a


reclamada não observou os comandos emanados dos artigos 157 e 166 da
CLT.

Assim, além da confissão ficta acerca de sua culpa –


ante a revelia verificada - seguramente, tenho que, na hipótese presente, a
responsabilidade do empregador é objetiva, pois que se amolda à previsão
contida no supramencionado dispositivo civil, subsidiariamente aplicado
ex vi do artigo 8º, § único da CLT.

Assim, verificada a existência do acidente laboral em


foco, bem ainda a responsabilidade da ré pelos danos daí decorrentes,
passo a analisar, especificamente, neste passo, o pedido de reparação
moral.

O dano moral, tal como o vem conceituando a


doutrina é “a lesão ou prejuízo que sofre uma pessoa, em seus bens
vitais naturais – não patrimoniais – ou em seu patrimônio valorado
economicamente.
(...) Obviamente, esta definição pode variar de
acordo com a acepção que se tiver do termo “patrimônio”, pois se
esse for encarado como o conjunto de bens e direitos de uma

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pessoa, é lógico que a honra estaria sempre englobada no


“patrimônio jurídico” de uma pessoa.”1

Com efeito, o dano moral refere-se à angústia, à


tristeza, ao sofrimento, injustamente impingido por uma pessoa (jurídica,
no caso) à outra, a qual experimenta um estado psíquico de menosprezo e
diminuição pessoal.

De outra parte, o dano estético, na feliz conceituação


trazida por Sebastião Geraldo de Oliveira, refere-se a “qualquer alteração
morfológica do acidentado como, por exemplo, a perda de algum
membro ou mesmo um dedo, uma cicatriz ou qualquer mudança
corporal que cause repulsa, afeiamento ou apenas desperte a
atenção por ser diferente.”2

Por evidente que o direito não deixaria que tais


violações ficassem à margem da proteção jurídica, porquanto estaria ele
negando sua própria razão de ser, enquanto pacificador de conflitos
sociais.

No caso versado nestes autos, induvidosamente o


autor foi e está sendo vítima de grave lesão moral/estética, visto que
sofrera a deformação de seus dois braços e barriga, consoante se verifica
nas fotografias encartadas às fls. 42/44 e 198/203, o que, a toda
evidência, lhe impinge dores físicas e psíquicas.

Destarte, concluo que, efetivamente, o vindicante fora


vítima de danos morais e estéticos, cuja reparação deverá ser suportada
pela acionada.

Constatada a existência dos danos moral/estético,


bem assim a responsabilidade patronal, passo à quantificação do valor a
ser pago a título de reparação moral e estética.

Imperativo registrar que a reclamada ostenta porte


econômico-financeiro médio segundo nos revelam os documentos
encartados às fls. 235/325.

Já no que toca à repercussão da lesão moral, tal se


afigura inquestionável, na medida em que em todos os locais em que o
vindicante se fizer presente impossível será que não seja notada a
deformação física com a qual tem convivido e conviverá por
indeterminado período futuro.

1
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O Dano Moral na Relação de Emprego, LTr., 3ª edição, 2002, pág. 43.
2
OLIVEIRA, Sebastião Geraldo. Indenizações por Acidente do Trabalho ou Doença Ocupacional, LTr, 1ª edição, pág.
127.

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Assim, tendo o obreiro demonstrado a lesão sofrida e


o nexo de causalidade entre o acidente e aquela, bem ainda que tal
ocorrera quando prestava serviços à acionada, com fulcro artigo 5º, V e X
da CRFB/88, bem ainda no artigo 927, § único do CCB/2002, condeno a
acionada ao pagamento da quantia de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) - o
equivalente a vinte vezes o valor do salário auferido pelo obreiro ao tempo
do acidente, a título de indenização pelos danos morais e estéticos de
que fora vítima em razão do multicitado acidente laboral.

Pleito parcialmente deferido.

2.3 – Dos Danos Materiais

Por outro norte, com esteio nos artigos 186 e 927 e


seguinte da Lei Substantiva Civil, busca o acionante a condenação
patronal à reparação material consistente no pagamento de pensão
mensal no valor equivalente ao seu salário, bem ainda ressarcimento dos
danos emergentes, ante a propalada redução da capacidade laborativa.

Como dito, não houve resistência patronal à


pretensão obreira.

Entrementes, com vistas em aferir a suposta redução


da capacidade laborativa obreira, determinou este Juízo a produção da
prova técnica, cujo laudo encontra-se acostado às fls. 182/209.

Neste particular, concluiu o expert nomeado, o


seguinte, verbis:

“06. Conclusões:

6.1 – No presente estudo, ficou estabelecida a


existência do nexo de causalidade entre o acidente do
trabalho e o dano.

6.2 – Há uma incapacidade total e permanente


para o trabalho, que o torna inválido para
exercer suas atividades laborativas.” – g. n. - fl.
190.

Deste modo, a toda evidência, faz jus o vindicante à


reparação material pela perda de sua capacidade laborativa, porquanto

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atestado pelo perito deste Juízo sua total e permanente inaptidão para o
exercício de sua profissão, qual seja, eletricista.

Todavia, tendo-se em mira que o obreiro,


confessadamente, já aufere, junto ao órgão de previdência oficial, benefício
no importe de R$ 1.176,00 (vide fl. 09), constato que o dano material, pela
perda do potencial de trabalho, a ser arcada pela demandada, corresponde
à diferença entre o citado benefício e o salário apontado na exordial (R$
1.500,00), o que resulta no valor mensal de R$ 324,00.

Assim, com fundamento nos artigos 186 e 950 do


CCB/2002, condeno a demandada ao pagamento da quantia de R$
125.712,003 a título de indenização pela perda da capacidade laborativa,
quantificado em montante único consoante autoriza o parágrafo único do
aludido preceptivo.

No tocante aos danos emergentes, igualmente


procedente a pretensão obreira, vez que sequer houve resistência patronal
neste particular, motivo pelo qual, ainda com esteio no precitado
dispositivo legal, condeno a acionada ao pagamento de R$ 1.622,00 a este
título.

Pleito que se acolhe parcialmente

2.4 – Da Antecipação dos Efeitos da Tutela

Estribado no comando contido no artigo 273 e seus


parágrafos da Lei Instrumental Civil, persegue o obreiro a antecipação dos
efeitos da tutela, colimando que este Juízo determine sejam efetivados os
pagamentos das quantias supra antes mesmo do trânsito em julgado do
decisum.

O pleito merece parcial acolhida.

É que, muito embora não tenha havido resistência


patronal à pretensão do acionante, certo é que o artigo § 4º do preceptivo
em causa, determina que à efetivação da tutela antecipada aplique-se o
artigo 588 do CPC, atinente à execução provisória.

3
Valor resultante da multiplicação do número de meses existentes entre a data do acidente (17/05/2004) e aquela em
que o obreiro completaria sessenta e cinco anos de idade (27/09/2036) – expectativa média de permanência na atividade
profissional – pelo valor da parcela mensal de R$ 324,00.

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De se ressaltar que o pedido em exame, para seu


deferimento, reclama a presença dos seguintes requisitos:requerimento do
autor, prova inequívoca dos fatos da causa, verossimilhança da alegação,
receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou abuso do direito de
defesa ou manifesto propósito protelatório do réu e possibilidade da
reversão do provimento antecipado.

Tenho que os aludidos requisitos se fazem presentes,


porquanto há pedido expresso na exordial, neste sentido, bem como a
inequivocidade e verossimilhança das alegações iniciais se confirmaram,
tanto pela prova técnica, quanto pela presunção emergente da confissão
ficta sendo que o receio da irreparabilidade do dano afigura-se manifesto,
ante a urgência com que se faz necessário o tratamento dos ferimentos, de
que fora vítima o vindicante.

Destarte, a medida em tela há de ser deferida, todavia


com a ressalva que se segue.

Com efeito, em observância ao preconizado pelo § 2º


do citado artigo 5884, tenho que a lei processual me autoriza a deferir a
antecipação dos efeitos da tutela, na espécie, no tangente apenas à
quantia de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), equivalente a sessenta vezes o
valor do salário mínimo vigente no país, a ser deduzido do montante
alhures fixado a título de danos morais/estéticos.

Repiso, por oportuno, que o deferimento da


antecipação dos efeitos da tutela que ora procedo encontra amparo no fato
de que a espera pelo desfecho da vertente contenda pode se estender por
alguns anos, com evidente prejuízo para o tratamento médico-cirúrgico do
acionante, pois que necessita, urgentemente, de se submeter a inúmeras
intervenções cirúrgicas, com vistas em atenuar as graves deformações
físicas por ele sofridas.

Nem se alegue que o § 3º do preceptivo em questão


veda a antecipação que ora faço, porquanto, conforme leciona o mestre
Carlos Henrique Bezerra Leite:

“... no processo do trabalho o requisito em tela deve


ser sopesado com a natureza alimentícia dos valores
geralmente postulados pelos trabalhadores, pois, se
de um lado o empregador pode ter algum prejuízo de
ordem econômica, de outro, é certo, o empregado pode
ter comprometida não apenas a sua própria

4
Art. 588....§ 2º. “A caução pode ser dispensada nos casos de crédito de natureza alimentar, até o limite de sessenta
(60) vezes o salário mínimo, quando o exeqüente se encontrar em estado de necessidade.”

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subsistência e a da sua família, mas a sua própria


dignidade.”5

Pleito parcialmente acolhido.

2.5 – Dos Honorários Periciais

Considerando a diligência no auxílio a este Juízo,


elaborando esclarecedor laudo pericial, faz jus o expert a honorários
periciais que fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais), os quais deverão ser
suportados pela reclamada, nos termos do preceito contido no artigo 790-
B Consolidado.

2.6 – Da Gratuidade Processual

Considerando que à fl. 25 o reclamante declara que encontra-se em


situação financeira que não lhe permite demandar sem prejuízo do
sustento próprio e de sua família, concedo-lhe a gratuidade processual,
com espeque no artigo 790, § 3º Consolidado

3 – Dispositivo

ISSO POSTO, e por tudo mais que dos presentes


autos consta decido extinguir o presente feito com apreciação de mérito,
com espeque no artigo 269, I do CPC, declarando a existência do liame
empregatício entre os contendores a partir de 17/05/2004 e julgando
PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados por IVANIL ROCHA
LUIZ em desfavor de DARIO LUIZ CASAGRANDE - ME, na Reclamatória
Trabalhista nº 01061.2004.051.23.00-3, condenando-a a pagar ao
demandante, no prazo de oito dias, a seguintes quantias:

- R$ 30.000,00 a título de indenização por danos morais e estéticos;

- R$ 127.334,00, a título de indenização por danos materiais (abrangendo


danos emergentes e reparação pela perda da redução da capacidade
laborativa);

Defere-se, ainda, a antecipação dos efeitos da tutela


para impor à ré a obrigação de pagar ao obreiro, no aludido prazo, a

5
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho, LTr, 2ª edição, 2004, pág. 305.

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quantia de R$ 18.000,00, sob pena de execução na forma do disposto no


artigo 588, § 2º da Lei Instrumental Civil.

O valor referido no parágrafo anterior deverá ser


deduzido daquele alusivo à indenização por danos morais/estéticos.

Os honorários periciais, no importe de R$ 1.000,00 (um mil reais),


deverão ser suportados pela reclamada, conforme estatuído pelo artigo
790-B da CLT.

Sentença líquida.

O deferimento das verbas acima tem como suporte o


que consta na fundamentação desta sentença que ao dispositivo se integra
para todos os fins formais e legais.

Juros e correção monetária na forma da lei (art. 39, §


1º da Lei 8.177/91 e art. 883, da CLT) e observados os Enunciados nº
200, 211 e 307 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, além das
tabelas da Seção de cálculos do Egrégio TRT da 23ª Região.

As parcelas ora deferidas não ensejam recolhimento


de verbas fundiárias, Imposto de Renda ou contribuição previdenciária,
ante a natureza indenizatória que ostentam.

Custas pelos reclamados, no importe de R$ 3.146,68


(três mil, cento e quarenta e seis reais e sessenta e oito centavos),
calculadas sobre o valor da condenação, qual seja, R$ 157.334,00 (cento
e cinqüenta e sete mil, trezentos e trinta e quatro reais), nos termos do
artigo 789, inciso I da Consolidação das Leis do Trabalho.

Cientes as partes, nos termos do preceituado no


artigo 834 da CLT e Súmula nº 197 do C.TST.

Nada mais.

Wanderley Rodrigues da Silva


Juiz do Trabalho

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