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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000870-93.2018.5.09.0016

Tramitação Preferencial
- Idoso

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 09/10/2018


Valor da causa: R$ 56.170,95

Partes:
RECLAMANTE: ROMEU FERMINO BARBOSA
ADVOGADO: JEAN GUILHERME DE ANDRADE RUTHES
RECLAMADO: SILVIO FERNANDO GRIPPA
RECLAMADO: TRANSPORTADORA ROCHA LTDA
PERITO: JOSE LUIZ KACHEL
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Fls.: 2

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO

PROCESSO nº 0000870-93.2018.5.09.0016 (ROT)


RECORRENTE: ROMEU FERMINO BARBOSA
RECORRIDO: SILVIO FERNANDO GRIPPA - ME, TRANSPORTADORA ROCHA LTDA
RELATOR: BENEDITO XAVIER DA SILVA
7ª Turma

RELATÓRIO

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de RECURSO


ORDINÁRIO TRABALHISTA.

Consta da petição inicial que o autor foi admitido em 10/10/2013, para


exercer a função de ajudante de carga e descarga, e dispensado sem justa causa em 31/07/2019, quando
exercia a função de motorista e a remuneração era de R$ 2.341,24.

A reclamatória trabalhista foi ajuizada em 09/10/2018.

A sentença proferida pela Excelentíssima Juíza Janete do Amarante em 30


/07/2020 (ID. 002424c) julgou parcialmente procedentes os pedidos para condenar as reclamadas ao
pagamento de saldo de salário, aviso prévio indenizado, 13º salário proporcional de 2018, férias e terço
de 2016/2017 e 2017/2018, multas dos arts. 467 e 477 da CLT, salários de maio e junho de 2018,
indenização do vale transporte de maio e junho de 2018, indenização do vale alimentação de maio e
junho de 2018, valor remanescente do 13º salário de 2017, FGTS e honorário sucumbenciais.

Inconformado, recorre o reclamante (ID. 308c040).

Embora devidamente intimadas, as reclamadas não apresentaram


contrarrazões.

É o relatório.

FUNDAMENTAÇÃO

ADMISSIBILIDADE

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Número do processo: 0000870-93.2018.5.09.0016 ID. bbbaad1 - Pág. 1
Número do documento: 21072519314820100000097555267
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Preliminar de admissibilidade

Em preliminar, o autor alega que deixou de recolher as custas em razão da


insurgência ao indeferimento da gratuidade de justiça.

As custas processuais, nesta Justiça Especializada, são devidas pela parte


vencida (art. 789 da CLT).

Portanto, considerando que houve o parcial acolhimento dos pedidos da


petição inicial, não há custas a serem suportadas pelo reclamante, tanto que, já na sentença, foi
estabelecido que as custas ficaram a cargo das reclamadas

Assim, presentes os pressupostos de admissibilidade, CONHEÇO DO


RECURSO ORDINÁRIO do autor.

MÉRITO

RECURSO ORDINÁRIO DE ROMEU FERMINO BARBOSA

GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O autor não se conforma com a não concessão dos benefícios da justiça


gratuita.

Consta da sentença:

"11. JUSTIÇA GRATUITA

A justiça gratuita diz respeito apenas à isenção das despesas processuais,


que pode ser concedida nos termos do artigo 790, §§ 3º e 4º da CLT,
restando prejudicado o pedido ante a procedência parcial da demanda."

Analisa-se.

Logo à petição inicial, o reclamante declarou não dispor de condições


financeiras para arcar com as despesas processuais, pedindo os benefícios da justiça gratuita. A
declaração se confirma com os demais elementos dos autos.

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Número do documento: 21072519314820100000097555267
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Enquanto o vínculo empregatício com as reclamadas se manteve ativo, o


autor já recebia quantia inferior ao limite estipulado pelo §3º do art. 790 da CLT (ID. 1bcc5ba - Pág. 4).
Não havendo notícias de que o autor tenha se realocado no mercado de trabalho, extraio que o reclamante
não tem condições de fazer frente às despesas do processo, por se tratar de trabalhador de baixa renda.

Ante o exposto, dou provimento para conceder ao autor os benefícios da


justiça gratuita.

DANOS MORAIS EM RAZÃO DO ATRASO SALARIAL

Entendendo que a sentença se mostra contrária ao entendimento sumulado


deste Regional, o autor requer o provimento do pleito de indenização pelo dano causado ante os atrasos
salariais.

Consta da sentença:

"9. DANO MORAL

Ainda que os reclamados tenham sido declarados revéis e confessos,


em se tratando de pedido de indenização por danos morais, há que se
visualizar a presença do ato ilícito praticado pelo empregador, bem como
do dano moral sofrido pelo empregado, este abrangendo
constrangimentos, humilhações, calúnia, injúria e difamação, por
exemplo, e, à obviedade, o nexo causal entre a conduta do primeiro e a
consequência danosa na esfera pessoal do segundo.

No caso em tela, a mera irregularidade apontada pelo autor - falta


/atraso de pagamento de salários - é passível de correção judicial e,
por si só, não gera indenização por dano moral.

Nesse sentido a ementa a seguir transcrita:

"DANO MORAL - DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL - NÃO


CONFIGURAÇÃO - A mora salarial, o atraso no pagamento de outras
verbas e incorreção nos valores das verbas devidas, não enseja em
qualquer mácula à integridade moral do Autor. O dano moral somente se
configura quando for demonstrada efetiva violação ao patrimônio moral
do empregado, gerado pelo ato patronal. Esta violação, entretanto, não
pode ser presumida, nem reconhecida com baseem meras a legações. O
dano moral se caracteriza por elementos objetivos, que devem ser
demonstrados, não por meras considerações subjetivas da parte que se
declara atingida. As irregularidades perpetradas pelos Reclamados e
descritas pelo Autor são passíveis de correção judicial, como ocorreu no
caso concreto e, por si só, não geram indenização por dano moral. Logo
é indevida a indenização por danos morais. (TRT-PR-02206-2005-562-09-
00-5 - ACO-07224-2007 - 4A. TURMA - Relator: ARNOR LIMA NETO -
Publicado no DJPR em 20-03-2007)".

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Outrossim, o empregador não é responsável pelos inadimplementos do


empregado, pois é inerente à relação de trabalho, por ser continuada, a
possibilidade daquele vir a atravessar dificuldades financeiras,
ocasionando o atraso do pagamento de salários. Ao assumir dívidas
empregado tem noção do risco que está assumindo e não pode transferir
esses riscos ao empregador.

Com relação aos descontos de parcela do plano de saúde na folha de


pagamento, não vislumbro ato ilícito, pois a forma de custeio do plano é
definida no contrato celebrado com a seguradora e ordinariamente prevê a
participação do empregado.

Destarte. indefiro a indenização postulada." (destaquei)

Com razão.

Como já relatado, as rés incorreram nos efeitos da revelia e foram


condenadas ao pagamento, dentre outras verbas, de saldo de salário, 13º salário proporcional de 2018,
férias e terço de 2016/2017 e 2017/2018, salários de maio e junho de 2018, indenização do vale
transporte de maio e junho de 2018, indenização do vale alimentação de maio e junho de 2018, valor
remanescente do 13º salário de 2017.

Em suma, é incontroverso que, durante a contratualidade, as reclamadas


atrasaram de forma reiterada o pagamento dos salários ou, ainda, deixaram de os pagar, em algumas
oportunidades.

Data venia o posicionamento do juízo, mas entendimento contrário ao


exposto é consolidado neste Regional através de sua Súmula 33, de modo que a ementa transcrita pela
sentença não mais corresponde às decisões atuais deste Regional.

In litteris:

"ATRASO REITERADO OU NÃO PAGAMENTO DE SALÁRIOS OU DE


VERBAS RESCISÓRIAS. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO.

I - O atraso reiterado ou o não pagamento de salários caracteriza, por


si, dano moral, por se tratar de dano in re ipsa;

II - O atraso ou o não pagamento das verbas rescisórias devidas não


caracteriza, por si, dano moral, sendo necessária a prova de
circunstâncias objetivas ensejadoras do dano" (grifou-se).

Cuidando-se de dano extrapatrimonial e que afeta a subjetividade do


trabalhador, cabe ao julgador, por equidade, fixar a indenização em montante que represente uma efetiva
satisfação à pessoa lesada, no intuito de compensar o sofrimento por ela suportado, em que pese a
impossibilidade de plena reparação desse tipo de prejuízo. Nesse contexto, o princípio da razoabilidade é
o principal norteador. O quantum indenizatório deve representar efetiva sanção ao empregador, servindo

Assinado eletronicamente por: BENEDITO XAVIER DA SILVA - 21/09/2021 13:32:31 - bbbaad1


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como desestímulo a práticas lesivas, sem, porém, transmudar-se em fonte de enriquecimento para o
beneficiário.

Deve o julgador observar, por exemplo: a natureza do bem jurídico


tutelado; a intensidade do sofrimento ou da humilhação; os reflexos pessoais e sociais da ação ou da
omissão; a extensão e a duração dos efeitos da ofensa; as condições em que ocorreu a ofensa ou o
prejuízo moral; o grau de dolo ou culpa; o esforço efetivo para minimizar a ofensa; e a situação social e
econômica das partes envolvidas.

Levando em conta tais critérios e que não se provou que da conduta da ré


advieram danos maiores, entendo razoável arbitrar o valor de R$ 2000,00 a título de indenização.
Registra-se que a alegação de que "o veículo do Recorrente fosse alvo de uma ação de busca e apreensão
conforme devidamente comprovado em decorrência dos reiterados atrasos salariais" é inovatória,
tampouco há nos autos a comprovação citada.

Ante o exposto, reforma-se a sentença para condenar as reclamadas ao


pagamento de indenização por dano moral no montante de R$ 2.000,00.

Juros e correção monetária na forma da Súmula 11 deste Regional.

SALÁRIO IN NATURA: VALE ALIMENTAÇÃO - INTEGRAÇÃO

O autor insiste ser devida a integração salarial do vale-alimentação e


reflexos.

Consta da sentença:

"8. VALE ALIMENTAÇÃO PAGO EM DINHEIRO

Indefiro a integração pretendida, uma vez que o vale alimentação


concedido pelo empregador não possui natureza remuneratória,
encontrando amparo convencional expresso nesse sentido (por exemplo,
cláusula 19, CCT 2016/2018, fl. 73)."

Analisa-se.

A cláusula convencional citada pelo juízo dispõe que "As empresas que
não fornecerem alimentação em suas próprias dependências ou em restaurantes conveniados em locais
próximos ao do trabalho ficam obrigadas a concederem ticket refeição ou vale alimentação, a todos os
seus empregados, nos dias em estes trabalharem, no valor de R$ 16,00 (dezesseis reais) cada um, não
caracterizando natureza salarial" (ID. 3f50aa7 - Pág. 5).

Assinado eletronicamente por: BENEDITO XAVIER DA SILVA - 21/09/2021 13:32:31 - bbbaad1


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Número do processo: 0000870-93.2018.5.09.0016 ID. bbbaad1 - Pág. 5
Número do documento: 21072519314820100000097555267
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Conforme se extrai do art. 458 da CLT (com a redação vigente à época da


admissão do reclamante) e da Súmula 241 do TST, como regra, a alimentação, nas mais diversas formas
em que pode ser fornecida, integra o salário. Existem, porém, algumas circunstâncias que afastam a sua
natureza salarial, dentre as quais se destacam: a) comprovação da adesão do empregador ao PAT (Lei nº
6.321/1976, Decretos nº 5/1991 e 349/1991 e OJ 133 do da SDI-1 do TST); b) existência de norma
coletiva prevendo o caráter indenizatório da parcela; e c) quando não for concedida gratuitamente, ou
seja, quando o empregador efetuar descontos mensais no holerite do trabalhador.

Apesar dos argumentos trazidos pelo reclamante, não vislumbro que a


norma coletiva tenha feito diferenciação sobre o modo de pagamento do auxílio alimentação. Assim,
havendo existência de previsão normativa quanto ao caráter indenizatório da parcela, entendo que a
sentença não comporta reforma neste particular.

Não se pode negar, porém, que, segundo o art. 457, § 2º, da CLT, com a
redação dada pela Lei nº 13.467/2017, passou-se a vedar o pagamento em pecúnia: "As importâncias,
ainda que habituais, pagas a título de (...) auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, (...)
não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não
constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário".

Assim sendo, reforma-se parcialmente a sentença para condenar as


reclamadas a pagar as diferenças decorrentes da integração do vale alimentação, a partir de 11/11/2017
até o final da contratualidade, com reflexos em aviso prévio, décimo terceiro, férias acrescidas do terço
constitucional e FGTS.

MULTA CONVENCIONAL

Entendendo que as rés descumpriram o instrumento coletivo, o autor


requer a reforma para que as haja condenação ao pagamento de multa convencional.

Consta da sentença:

"10. MULTA CONVENCIONAL

Extrai-se do item 6 da exordial, que apenas os vales alimentação dos


meses de maio e junho de 2018 não foram quitados (fl. 12). Além disso,
no item 8 da exordial, o autor alega que o vale alimentação era pago em
dinheiro "ao longo de todo período contratual" (fl. 13).

Logo, não prospera a alegação presente no item 10 da petição inicial, de


que o vale alimentação nunca foi pago (fl. 18).

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Outrossim, indefiro a aplicação da multa prevista na CCT 2016/2018, que


tem vigência limitada a abril de 2018 (fl. 70). O descumprimento da
cláusula afeta ao vale alimentação se deu a partir do mês de maio de
2018."

Analisa-se.

Conforme já fundamentado anteriormente, não extraio que a cláusula


décima nona da CCT 2016/2018 (ID. 3f50aa7 - Pág. 5) faça diferenciação quanto a forma do pagamento
do vale alimentação. Sendo assim, a tese do autor de que o pagamento em dinheiro seria o suficiente para
se considerar o descumprimento da convenção de modo a ensejar o pagamento da multa prevista na
cláusula sexagésima primeira não procede.

Em atenção à petição inicial, noto que a causa de pedir do pleito de


pagamento da multa convencional foi pelo "descumprimento de diversas cláusulas" de forma genérica e,
ainda, por nunca ter sido pago o vale alimentação.

Em relação ao descumprimento de forma genérica, entendo que cabia ao


autor demonstrar quais cláusulas não teriam sido observadas, por ser fato constitutivo do seu direito (art.
818, I da CLT). Por sua vez, a alegação de que nunca foi pago vale alimentação contradiz o próprio
pedido de integração do vale alimentação pago.

Entretanto, tem-se que o pagamento da verba foi realizado na importância


de R$14,50 por dia de trabalho, enquanto a norma convencional estabeleceu a quantia de R$16,00. A
meu ver, por si só, o pagamento em valor inferior ao estipulado é o suficiente para caracterizar o
descumprimento da convenção.

A seguir, o teor da cláusula sexagésima primeira da CCT 2016/2018 (ID.


3f50aa7 - Pág. 15):

"CLÁUSULA SEXAGÉSIMA PRIMEIRA - PENALIDADES

Fica estabelecida a multa equivalente a um salário mínimo, em favor da


parte prejudicada, no caso de descumprimento das cláusulas da presente
convenção coletiva de trabalho."

Período de vigência da CCT referida:

"As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho


no período de 01º de maio de 2016 a 30 de abril de 2018 e a data-base da
categoria em 01º de maio".

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Considerando que a convenção em questão vigorou até abriu de 2018,


tem-se que a quantia correspondente a um salário mínimo, à época, era de R$954,00, valor o qual fixo
como quantia correspondente à multa normativa.

Assim, reforma-se a sentença para condenar as rés ao pagamento de uma


multa convencional no valor de R$954,00 (novecentos e cinquenta e quatro reais) ao autor.

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Constou da sentença:

"12. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA

Em face da procedência parcial dos pedidos e considerando a revelia dos


reclamados, condeno estes ao pagamento dos honorários advocatícios
sucumbenciais em benefício do patrono da parte autora, no importe de 5%
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, considerando-se o
grau de zelo do profissional, a natureza e a importância da causa, o
trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço
(art. 791-A, da CLT)."

O autor trouxe sua insurgência nos seguintes termos: "A luz de todo o
exposto, reformada a sentença e sendo deferidos os pedidos aqui guerreados, requer a devida majoração
dos honorários sucumbenciais, nos termos do art. 791-A da CLT.".

Como se vê, não houve fundamentação para o requerimento de


majoração. Assim sendo, e considerando que não há qualquer autorização para majoração dos honorários
em caso de procedência recursal no art. 791-A da CLT, não há o que prover.

Mantém-se a sentença.

ACÓRDÃO

Em Sessão Telepresencial realizada nesta data, sob a Presidência da


Excelentíssima Desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpao; presente a Excelentíssima Procuradora
Renee Araujo Machado, representante do Ministério Público do Trabalho; computados os votos dos
Excelentíssimos Desembargadores Benedito Xavier da Silva, Rosemarie Diedrichs Pimpao e Marcus

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Aurelio Lopes; ACORDAM os Desembargadores da 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª


Região, por unanimidade de votos, CONHECER DO RECURSO ORDINÁRIO DO AUTOR. No
mérito, por igual votação, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO para conceder ao autor os benefícios
da justiça gratuita e para condenar as rés ao pagamento de: a) indenização por dano moral no montante
de R$ 2000,00 (dois mil reais); b) diferenças decorrentes da integração do vale alimentação, a partir de
11/11/2017 até o final da contratualidade, com reflexos em aviso prévio, décimo terceiro, férias
acrescidas do terço constitucional e FGTS; e c) multa convencional no valor de R$954,00 (novecentos e
cinquenta e quatro reais). Tudo nos termos da fundamentação.

Custas inalteradas, por ora.

Intimem-se.

Curitiba, 9 de setembro de 2021.

BENEDITO XAVIER DA SILVA


Relator

amo

VOTOS

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Número do processo: 0000870-93.2018.5.09.0016 ID. bbbaad1 - Pág. 9
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