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487)
fls. 487
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Registro: 2021.0000882763
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1002353-55.2021.8.26.0003 e código 17573DDC.
ACÓRDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA CATARINA STRAUCH, liberado nos autos em 28/10/2021 às 09:10 .
O julgamento teve a participação dos Desembargadores PEDRO KODAMA
(Presidente sem voto), JOSÉ WAGNER DE OLIVEIRA MELATTO PEIXOTO E
SERGIO GOMES.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
APELAÇÃO-1002353-55.2021.8.26.0003
Apelantes e reciprocamente Apelados- CARLOS MATIAS KOLB (justiça
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Gr atuita) e BANCO PAN S/A
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reconhecida- Sentença de parcial procedência- mantida-
RECURSOS DESPROVIDOS
Vistos,
Tr atam os autos, de Ação Revisional de Contr ato c.c Tutela de
Ur gência, pr omovida pelo autor , CARLOS MATIAS KOLB em face do BANCO
PAN S/A. Nar r a o auto que em 09.05.2012, as par tes fir mar am contr ato de
financiamento de imóvel, no valor de R$150.308,90. O valor ser ia pago em 161
pr estações mensais, das quais, já houve a quitação de 102 par celas. Aduz que há
cobr ança de encar gos abusivos como: taxa de ser viço no valor de R$980,00; taxa
mensal no valor de R$23,04,; segur o embutido no valor das par celas;
capitalização composta de jur os pela Tabela Pr ice; cálculo de cor r eção pelo IGP-
M, ao invés do IPCA; jur os r emuner atór ios acima da média de mer cado. Postula
a suspensão da cobr ança das par celas ou autor ização par a r ealizar o depósito
judicial das par celas calculadas sem a incidência de encar gos indevidamente
cobr ados. Requer a r evisão do contr ato, par a substituir os jur os compostos, por
jur os simples, declar ar nula a taxa de jur os r emuner atór ios de 13,97% ao ano,
substituindo-a pela taxa de mer cado infor mada pelo Bacen de 7,72% ao ano;
nulidade da cobr ança de segur o de pr oteção financeir a, taxa de ser viço, no valor
de R$980,00 e taxa mensal do no valor de R$23,04. Postula a r estituição do
valor pago em excesso.
“ Ante o exposto, com fulcro no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil,
julgo PROCEDENTE, EM PARTE, o pedido inicial a fim de declarar nula de tarifa
dos custos de administração “Valor do Financiamento destinado ao pagamento
das despesas acessórias (devidas a terceiros)”, no valor de R$ 980,00 (item 3-A.2
fls. 36), e condenar a ré à restituição simples de R$ 980,00 (novecentos e oitenta
reais), corrigidos monetariamente pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça,
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das custas e despesas processuais, na proporção de 75% para a autora e 25%
para a ré, bem como dos honorários advocatícios, os quais fixo em 10% do valor
da causa, diante do baixo valor da condenação e, ainda, considerando-se o local
da prestação do serviço, a complexidade da demanda e o zelo do profissional na
condução do feito, conforme preceitua o art. 85, §2º, do Código de Processo Civil.
Anote-se, todavia, que a autora é parte beneficiária da gratuidade da justiça, de
modo que as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição
suspensiva de exigibilidade, nos termos do artigo 98, § 3º, do Código de Processo
Civil”. (gr ifo no or iginal)
Insurgência recursal do autor (fls.391/ 414). Alega
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que, o CONTRATO PREVÊ COMO INDEXADOR MONETÁRIO O IGP-M (FGV),
MUITO SUPERIOR AO ÍNDICE INFLACIONÁRIO OFICIAL IPCA (IBGE).
NECESSÁRIO RECÁLCULO DA DÍVIDA COM APLICAÇÃO DE JUROS SIMPLES.
ILEGALIDADE DA COBRANÇA DE JUROS COMPOSTOS NO SFH. PRÁTICA DE
ANATOCISMO CONFIGURADA. Invoca a Súmula 121 do STF. O indexador
monetár io utilizado em contr ato, r epr esentou no per íodo contr atual (09/ 05/ 12
a 09/ 11/ 2020) o acumulado de 92,86%, o que, diga-se, é MUITO ACIMA DO
APRESENTADO PELO ÍNDICE OFICIAL DE INFLAÇÃO BRASILEIRA IPCA (IBGE)
que no per íodo r epr esentou o acumulado de 58,22%. Dispar idade da taxa
cobr ado. Pr evista pelo Bacen em 7,72% ao ano e em contr ato 13,975 ao ano.
Abusividade demonstr ada. O Apelado impõe ao Apelante a contr atação de
Segur o Pr oteção Financeir a, como condição par a concessão de financiamento,
única e exclusivamente com empr esa per tencente ao mesmo gr upo econômico
da financeir a Apelada, sem sequer estipular o valor total da r efer ida cobr ança,
descr evendo tão somente, o valor a ser pago mensalmente, o que sofr e com a
capitalização de sua cobr ança cumulada com os jur os compostos. Pr ática
abusiva e lesa o dir eito do consumidor por não lhe dar a opção de escolha de
contr atação ou não de r efer ido segur o, ou até mesmo por não o deixar optar
pela segur ador a per tencente ao gr upo do Apelado ou qualquer outr a ofer ecida
no mer cado. Alega venda casada e invoca o ar t. 39 , I do CDC. Assim, confor me
pode se constatar às fls. 18/ 20 do anexo de cálculos do laudo per icial (fls.
102/ 126), consider ando-se o valor financiado de R$ 150.308,90 (cento e
cinquenta mil, tr ezentos e oito r eais e noventa centavos), excluindo-se as tar ifas
indevidas e consider ando-se o cálculo com os jur os simples, o Apelante passa a
ser CREDOR do valor cor r espondente à R$ 1.085,89 (um mil e oitenta e cinco
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r eais e oitenta e nove centavos), uma dispar idade enor me, se consider ar mos a
cobr ança ilegal das tar ifas e dos jur os compostos, onde o Apelante per manece
devendo ao Apelado o valor de R$ 176.290,52 (cento e setenta e seis mil,
duzentos e noventa r eais e cinquenta e dois centavos). Ao final postula a
r efor ma da r . sentença nos pontos atacados.
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de Justiça, é vedado ao julgador em casos que ver sam sobr e contr atos bancár ios,
conhecer de ofício da abusividade das cláusulas contr atuais. Confor me se extr ai
dos autos, não houve qualquer vício ou falha no consentimento a Apelada
quando da assinatur a do ter mo, não r ealizando esta qualquer r essalva. Deve-se
ater ao pr incípio da pacta sunt ser vanda ou o Pr incípio da For ça Obr igatór ia,
segundo o qual, o contr ato obr iga as par tes nos limites da lei. O instituto jur ídico
do contr ato, independentemente de qualquer alter ação, está sob o auspício da
segur ança jur ídica a fim de fazer valer suas cláusulas, sendo essa autonomia um
“poder atr ibuído à vontade individual de par tejar r elações jur ídicas concr etas
admitidas, pr evistas e r eguladas “in abstr ato” na lei. Ou seja, a autonomia
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pr ivada é a esfer a de competência outor gada legalmente ao par ticular da qual
ele pode r egulamentar suas r elações por meio de negócios jur ídicos. Com efeito,
essa esfer a deve ser for mada com base no ar tigo 104 do CÓDIGO CIVIL.
Confor me contr atação entabulada entr e as par tes, as tar ifas bancár ias
questionadas nesta demanda, além de devidamente autor izadas pelo BACEN,
não configur am, de for ma alguma, vantagem exager ada por par te do Banco. Ao
final postula o efeito suspensivo e a r efor ma da r . sentença, par a cor r igir o er r o
in judicando, par a julgar impr ocedente os pedidos autor ais.
Contr ar r azões (fls.449/ 456 e 457/ 469).
É o Relatório.
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efetiva de 14,90% a.a. Segur o 386,86 e R$391,36, mensais de R$38,75; tar ifa de
administr ação 23,04. Segur o R$390,51.
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A contr ovér sia dos autos, r eside na legalidade da
cobr ança do segur o de pr oteção financeir a embutido no valor das par celas, taxa
de ser viço e ser viços de ter ceir os no valor de R$980,00. Utilização do índice IGP-
M, par a r eajuste do saldo; taxa de jur os r emuner atór ios de 13,97% a.a ,
utilização Da Tabela Pr ice e jur os compostos.
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Ademais o CDC se aplica às Instituições Financeir as,
confor me estabelece a Súmula 297, do Super ior Tr ibunal de Justiça: “O Código
de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.
Pois bem.
financeiro nacional”.
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per iodicidade infer ior a um ano por instituições integr antes do Sistema
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Financeir o Nacional.
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diver sas instituições e obter o financiamento desejado.
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3. TARIFA DE CADASTRO e IOF - Possibilidade de cobrança - Recurso
Especial 1251331/RS, sob o rito do art. 543-C, do Código de Processo
Civil de 1973: "Permanece válida a Tarifa de Cadastro expressamente
tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a
qual somente pode ser cobrada no início do relacionamento entre o
consumidor e a instituição financeira" Ausência de abusividade no
caso concreto Financiamento do IOF que não encontra óbice no
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ordenamento. 4. BANCÁRIO TARIFAS DE REGISTRO DO CONTRATO E
AVALIAÇÃO Cobrança regular - Valores não abusivos - Serviços
prestados - REsp 1.578.553/SP, repetitivo, representativo da
controvérsia. SENTENÇA MANTIDA RECURSO DESPROVIDO.” (TJSP;
Apelação Cível 1006056-53.2019.8.26.0006; Relator (a): Ser gio
Gomes; Órgão Julgador: 37ª Câmara de Direito Privado; For o
Regional VI - Penha de Fr ança - 2ª Var a Cível; Data do Julgamento:
10/ 12/ 2019; Data de Registr o: 10/ 12/ 2019) (g.n.)
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“ AÇÃO REVISIONAL FUNDADA EM CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO.
SUFICIÊNCIA DA PREVISÃO DE TAXA DE JUROS ANUAL SUPERIOR AO
DUODÉCUPLO DA MENSAL PARA AUTORIZAR A COBRANÇA DA TAXA
EFETIVA ANUAL CONTRATADA, DE ACORDO COM A SÚMULA Nº 541
DO STJ. AUTORIZAÇÃO DA COBRANÇA DA TARIFA DE CADASTRO NO
INÍCIO DO RELACIONAMENTO NEGOCIAL PARA REMUNERAR A
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PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE PESQUISA EM CADASTROS DE
PROTEÇÃO AO CRÉDITO, BASE DE DADOS E INFORMAÇÕES
CADASTRAIS, SEGUNDO O ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NO
JULGAMENTO DO RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA
RESP Nº 1.251.331/RS. DESCABIMENTO DA LIMITAÇÃO DA TAXA DE
JUROS REMUNERATÓRIOS EM 12% AO ANO, POIS AS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS NÃO SE SUBMETEM AO DECRETO Nº 22.626/33 (LEI
DA USURA), DE ACORDO COM A SÚMULA Nº 576 DO STF, SEM
CONTAR QUE A TAXA PRATICADA PELO RÉU NÃO EXTRAPOLA O
PATAMAR MÉDIO DO MERCADO EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS DA
MESMA ESPÉCIE. TABELA "PRICE". AUTORIZAÇÃO DA INCIDÊNCIA
DE CAPITALIZAÇÃO DE JUROS EM PERIODICIDADE INFERIOR À
ANUAL, EXPRESSAMENTE PACTUADA, NOS CONTRATOS DE
OPERAÇÕES FINANCEIRAS FIRMADOS NA VIGÊNCIA DO ART. 5º DA
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.170-36/2001. RECONHECIMENTO DA
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA MENCIONADA MEDIDA
PROVISÓRIA NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº
592.377/RS. INCIDÊNCIA DE COMISSÃO DE PERMANÊNCIA
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Gosson, j. 13/06/2019, DJe 26/06/2019).
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de Usura. Súmula nº 283 do Superior Tribunal de Justiça. Faturas
enviadas mensalmente ao domicílio do autor com a discriminação de
valores, taxas e juros. Utilização da Tabela Price. Abusividade não
demonstrada. Cobrança de comissão de permanência não verificada.
Pedidos de repetição de valores pagos em dobro e de danos morais não
acolhidos. Majoração dos honorários advocatícios, nos termos do art.
85, § 11º, do CPC. Sentença de improcedência mantida. Recurso
desprovido” ( TJSP, AC 1061657-51.2017.8.26.0576, 37ª Câm. Dir.
Priv., rel Des. Pedro Kodama, j. 26/06/2019, DJe 26/06/2019).
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sentença: “ No presente caso, há previsão contratual de cobrança de seguro
“morte e invalidez permanente” embutido no valor das parcelas e seguro “danos
físicos ao imóvel” no valor mensal de R$ 38,75 (itens 4-G.2, 4-G.4 e 4-H.3 fls. 37).
Todavia, necessidade de haver a contratação de seguros de morte ou invalidez
permanente e de danos físicos ao imóvel decorre da lei, não havendo que se falar
em nulidade da cláusula que prevê sua contratação. Nos termos do art. 5º, IV, da
Lei n. 9.514/97 o seguro habitacional é elemento obrigatório nas operações de
financiamento imobiliário, a ser observado pelo tomador do financiamento.
Igualmente, o art. 79 a Lei n. 11.977/09 determina que: “Os agentes financeiros do
SFH somente poderão conceder financiamentos habitacionais com cobertura
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securitária que preveja, no mínimo, cobertura aos riscos de morte e invalidez
permanente do mutuário e de danos físicos ao imóvel. Não há também qualquer
indício nos autos de que o valor pactuado esteja acima da média praticada no
mercado ou de onerosidade do valor do prêmio cobrado pela ré e, ainda, considero
que a contratação é realizada em benefício do próprio consumidor, com a
finalidade de amortização do financiamento em caso de morte, invalidez
permanente e demais hipóteses previstas no contrato. Portanto, não há qualquer
ilegalidade na cobrança realizada pela ré”.
pr ática de algum ato discor dando da contr atação, nem mesmo ao longo da
execução do contr ato a par te autor a alegou ou compr ovou ter feito alguma
r eclamação ou, ainda, exer cido o dir eito de ar r ependimento.
Consider ando que o valor cobr ado não car acter iza
Apelação Cível nº 1002353-55.2021.8.26.0003 -Voto nº 18319 10
(e-STJ Fl.497)
fls. 497
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Nesse sentido:
“CONTRATOS BANCÁRIOS Ação de natureza revisional - Cédula de
crédito bancário firmada em 08/11/2018 Sentença de parcial
procedência Aplicação do CDC (Súmula 297 do C. STJ) que não implica
automática revisão contratual, exigindo exame do contrato diante da
legislação bancária e da comum Contrato CCB com parcelas de valor
fixo, estipulação de taxa de juros efetiva anual superior ao duodécuplo
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da taxa mensal e método composto Legalidade e regularidade (Súmula
STJ 541) Legalidade e regularidade da cobrança da tarifa de cadastro
(TC) Contrato firmado na vigência da Resolução CMN 3.919/10
Precedente STJ (REsp 1.251.331-RS) Súmula 566 do C. STJ - Tarifa de
avaliação do bem (TAB ou TAG) Serviço de avaliação comprovado por
laudo de vistoria Regularidade da contratação e cobrança (Teses 2.3 e
2.3.1 firmadas no julgamento do REsp repetitivo 1.578.553/SP) Seguro
prestamista Adesão firmada em documento à parte do contrato Valor
não abusivo - Legalidade e regularidade REsp nº 1.639.320/SP
(2016/0307286- 9), tese 2.2 Comissão de permanência não contratada
Questão não conhecida - Sentença mantida Recurso desprovido, na
parte conhecida, e majorados os honorários advocatícios (NCPC, art.
85, § 11), observada gratuidade de justiça e a condição suspensiva do
NCPC, art. 98, § 3º.” (TJSP; Apelação 1031736-52.2019.8.26.0002;
Relator (a): JOSÉ WAGNER DE OLIVEIRA MELATTO PEIXOTO; Ór gão
Julgador : 37ª Câmar a de Dir eito Pr ivado; Data do Julgamento:
09/ 12/ / 2019)
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Ainda nos ter mos da r . sentença, com relação a tarifa de
administração mensal: “ Acerca da tarifa de administração mensal do contrato,
ressalto entendimento do STJ, consolidado quando do julgamento do recurso
especial representativo de recursos repetitivos: “Com o início da vigência da
Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços bancários
prioritários para pessoas físicas ficou limitada às hipóteses taxativamente
previstas em norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil” (REsp
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n.º 1.251.331/RS, .Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, j. 28.08.2013). Nesse
sentido, a Resolução n.º 3.932/2010 do Banco Central (Regulamento anexo - art.
14, § 1º, II) previu a cobrança de encargo mensal de, no máximo, R$ 25,00 para
ressarcir custos da instituição financeira com a administração de contratos de
financiamento imobiliário. A Resolução CMN nº 4.676, de 31.07.2018, norma que
atualmente disciplina a matéria, também prevê a tarifa de administração de
contrato limitada a R$ 25,00 (vinte e cinco reais) mensais em seu art. 14, II. No
caso em lume, a tarifa de administração mensal do contrato tem previsão
contratual (itens 4-G.5 e 4-H.4 fls. 36; cláusula 4 fls. 47), e observa o limite de R$
25,00, atendendo ao dever de informação, visto que há especificação, em
linguagem clara, de forma a permitir que o consumidor possa conhecer e
compreender previamente as obrigações. Ademais, não há prova de que os
encargos propiciem vantagem manifestamente exagerada ao réu.
Portanto, não há qualquer irregularidade na cobrança da tarifa mensal realizada
pela ré, sendo abusivo apenas a cobrança da taxa de serviço a terceiros, como já
aventado”.
SERVIÇO DE TERCEIROS
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documento com especificação do ser viço pr estado, de sua natur eza, nem pr ova
de que o ser viço foi pr estado. O r éu deixou de pr estar infor mações clar as,
cor r etas e objetivas, vejamos:
O r éu está cobr ando tar ifa de avaliação física
jur ídica do imóvel, no valor de R$980,00, sem nenhuma compr ovação do ser viço
efetivamente pr estado.
A previsão de cláusulas genéricas não é
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suficiente para legalizar tais cobranças, isto porque o CDC estabelece que
os fornecedores prestem informações claras e precisas ao consumidor:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade,
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos
que apresentem;
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Seguro de proteção financeira. Permitida a cobrança,
conforme Recurso especial nº 1639320/SP, decidido
sob o regime do art. 1.040 do Código de Processo
Civil/2015. Tarifa de pagamentos autorizados
(serviços de terceiros). Inadmissibilidade da sua
cobrança. Sentença de parcial procedência reformada.
Recurso do autor desprovido e apelo da ré
parcialmente provido. (Apelação nº
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1007236-60.2018.8.26.0032, Relator Des. Pedro
Kodama, 37ª Câmara de Direito Privado, Data do
Julgamento 20/01/20.
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Campos 5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 12/11/2019; Data de
Registro: 12/11/2019).
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Imobiliário (art. 5º, III, da Lei nº 9514/97). E, muito embora a capitalização em
periodicidade mensal tenha sido permitida somente em recente alteração da Lei
nº 4.380/64 (Lei n.º 11.977 de 7 de julho de 2009), o contrato em análise foi
entabulado em 9 de maio de 2012, ou seja, após a alteração da Lei nº 4.380/64 e
após a edição da Medida Provisória nº 1.963-17/00 (reeditada MP nº
2.170-36/01), logo, não há que se falar em abusividade. Por consequência, não
vislumbro qualquer ilegalidade na cobrança de juros capitalizados e adoção da
tabela price no caso em tela (cláusula 3.2.8 fls. 46)”.
Nesta quadr a, mantenho a r espeitável sentença, no
tocante a r estituição somente, dos ser viços de ter ceir os, indevidamente
cobr ados, no valor de R$980,00 (fl.36), nos ter mos lançados.
(assinatura eletrônica)